As luzes estavam perfeitas nas ruas e null não conseguia tirar os olhos das árvores com luzinhas diferentes que enfeitavam a cidade de Londres.
A neve branquíssima onde o carro do seu pai passava por cima dava um ar muito mais natalino do que ela pensava que estaria aquele 24 de Dezembro. Ela arrumou seu cachecol rosa e roxo no pescoço, do jeito que ela gostava e sorriu encostando sua cabeça no vidro encarando as pessoas nas ruas. Todos andavam felizes, o natal era realmente a época em que as pessoas se uniam para confraternizar.
Ela colocou a mão no bolso da jaqueta e pegou o chiclete que ela havia deixado ali pela manhã, abrindo o pequeno pacotinho e o colocando na boca.
- Eu quero. – Clark seu irmão que estava sentado ao seu lado a cutucou.
- Para, garoto! Não me cutuca. – Ele cerrou os olhos pra ela que fez cara feia – Eu só tenho esse.
- Problema seu, arranja outro. – Ela bufou e fechou os olhos encostando sua cabeça no encosto do banco
- Cala a boca seu doente, você que quer você que tem que arranjar. – Ela sorriu olhando para o teto do carro e fazendo uma bola de chiclete que o garoto fez questão de estourar fazendo-a olhar pra ele com cara de quem comeu e não gostou.
- Então me dá um pedaço do seu.
- Crianças, chegamos! – A mãe de null avisou e os dois saíram do carro cada um em uma porta.
- Mãe eu não sou mais criança, já tenho dezoito anos. – Sua mãe a olhou e sorriu – Quem é criança é esse pirralho aqui. – Ela apontou para o irmão.
- Anda null, me dá um pedaço do seu. – Clark puxou seu braço e ela fechou os olhos contando até dez bem alto.
- Não e me deixa em paz. – Ela disse como se alguém falasse com uma criança e o garoto bateu o pé indo ao encontro de seu pai choramingando.
Sua mãe a olhou de cara feia e ela bufou dando de ombros. Atravessaram a rua e null sorriu ao ver a decoração da casa dos null’s. Havia enfeites de natal por toda a cobertura da casa. Ela segurava o presente do seu primo nas mãos e mal via a hora de vê-lo, há mais de três anos eles não se viam e agora seria a hora perfeita para se verem. Estavam grandes e com mentes totalmente diferentes.
O Pai de null apertou a campainha e abraçou sua mulher esperando para que Charlie null abrisse a porta, null cuspiu o chiclete em um canto do jardim, seria falta de educação mascar chiclete na frente de seus familiares. Foram surpreendidos por Alex null o filho mais velho da família. Os olhos de null brilharam ao ver como o garoto estava grande e bonito.
- ALEEEEEEEX! – Ela o abraçou fortemente enquanto ele a rodava no ar.
- Meu Deus, Cadê a minha pirralha? – Ele falava com a voz abafada pelo cabelo da garota
- A pirralha cresceu null um. – Era assim que null diferenciava os irmãos da família. Era null um e null dois. O Um era Alex e o dois era null. null era o filho mais velho, tinha dezoito anos, mas na lista de null o número um era Alex, o seu melhor amigo.
- Entre! – Ele deu espaço para null entrar e ela o fez um pouco tímida
- E então como estão os problemas? – null deu um cutucão fraco em sua barriga e ele suspirou.
- Você sabe null, tenho muitos. E agora vindo morar aqui nesta rua meus problemas só aumentam.
- E eu poderia saber por quê? – Ela arqueou uma de suas sobrancelhas e ele a abraçou de lado.
- Minha ex-namorada mora nessa rua, e eu não posso vê-la se não vou ter problemas com a minha namorada. – Ele sussurrou perto do ouvido de null que assentiu.
- E o null dois? Como esta?
- Outro problema na minha vida null. – Ela o encarou. - Ele pegou trauma de natais. Da ultima vez ele...
- null! – Ouviu uma voz familiar lhe chamar e virou na direção em que o som foi dito e encontrou seu tio e sua tia sorridentes.
- FAMÍLIAAAAAAAAAAAA! – Ela ‘gritou’ e todo mundo riu na sala. Ela correu e em um único abraço, abraçou seu tio e sua tia.
- Como você está querida? – Meg a tia de null falou passando a mão pelos cabelos lisos da garota.
- Estou ótima, muito melhor agora com vocês por aqui. – Ela sorriu verdadeiramente e seu tio deu um beijo em sua testa.
- Compramos um lindo presente pra você. – Ele falou baixinho e sua tia gargalhou.
- WOW! Adoro presentes de natais. Alias, amo o natal. – Todos sorriram.
Meg saiu da sala e foi pra cozinha. null se sentou no sofá e ficou observando uma flauta ao lado da televisão, cerrou os olhos para ver se aquilo realmente era o objeto que ela pensava. Olhou para o lado e viu sua mãe conversando com seu tio e foi até ao lado da TV e fingindo olhar para uma foto ao lado da TV ela levou sua mão até o objeto e quando ia pegá-lo...
- Conlicença? – Um senhor que ela nunca havia visto pegou à flauta que estava ao lado da TV e null corou.
- Claro... Desculpe. – Ele sorriu e ela disfarçou pegando o quadro na mão e olhando a foto.Era null. Ela o olhou e viu o quão bonito ele estava os cabelos perfeitamente lisos caiam sobre os olhos null que batiam perfeitamente com o sorriso que ele tinha nos lábios. Ela sorriu ao ver a foto e passou os dedos sobre a mesma reparando cada detalhe naquele garoto que era tão diferente aos quinze anos.
- null? – A voz de Alex a sobressaltou e ela rapidamente colocou o quadro ao lado da TV.
- O-Oi... – Ela disse sem-graça e ele sorriu
- Senta aqui, vamos conversar. – Ele segurou em sua mão e ela assentiu sentando no grande sofá verde que ocupava grande parte da sala.
- Então... Erm... O que aconteceu com o null mesmo? – Ele assentiu com um suspiro e ela o encarou cruzando as pernas.
- Ele está traumatizado null, há um bom tempo null não... Não... Você sabe. – Ele falava e ela piscava os olhos freneticamente sem entender.
- Eu sei? Eu não sei de nada. – Ela levantou os braços como quem se rende e ele sorriu.
- Há um bom tempo null não... Transa. – A garota abriu os olhos mais que necessário.
- Coitado. – Ela balançou os pés – Mais o que isso tem a vê com o natal?
- null é estranho pra eu ficar contando isso pra você.
- Desembucha garoto não sou mais uma pirralha. – Ela deu um pedala na cabeça dele que corou. – Manda.
- Promete não contar a ninguém? – null cruzou seus dedos e os beijou
- Prometo.
- Então, você se lembra como null era o ‘garanhão’ da escola, certo? – ela assentiu, estava ansiosa para saber o que o natal tinha haver com isso. Era a época que ela mais amava no ano e era a que passava mais rápido. Como uma pessoa poderia não gostar do natal? – Pois então, null namorou uma garota no ultimo ano da escola e esperava por aquilo com ela o mais rápido possível. Ele combinou com ela de ir a uma praia no natal para que eles curtissem e tals. Porém chegando lá assim que deu meia noite começou a rolar tudo que null mais queria só que... – Ele parou de falar e null mordeu o lábio tirando o cachecol do pescoço.
- Não me diga que ele... Broxou? – Alex assentiu e null tampou a boca com as duas mãos como se não estivesse acreditando e depois começou a rir sendo acompanhada por Alex – Mentira? Ai ele ficou traumatizado?
- É ele não quer nem mais saber dessa data. – Ele deu de ombros
- E porque isso é um problema pra você? – A garota gargalhava com a mão na boca sem se segurar.
- Porque eu passo o ano inteiro atrás de uma garota pra ele, homens não podem ficar tanto tempo sem fazer. – null riu muito mais.
- Poxa, que estranho. – Ele assentiu. – Até que esses problemas são razoáveis, você tinha muito mais antes
- Isso não é nem um terço do que você pensa null. A empresa em que eu trabalho esta cheia de problemas e parece que tudo cai em cima de mim, meus pais não me deixam sair, eu fico atrás de uma garota para o null, ele mal sai do quarto acho que até perdeu o jeito de beijar, minha mãe não quer que ele tenha uma banda e ele insiste em ter e eu continuo no meio de todos os tipos de constrangimentos que há nessa casa, minha namorada é um grude, a minha sogra me odeia... – null arregalou os olhos sem acreditar e por muito tempo ficou ali conversando com Alex.
- Será que ele se importa se eu der um Oi? – null perguntou e Alex negou com a cabeça
- Sobe lá null. Terceiro quarto à direita.
- Ok. Licença. – null sorriu e olhou pela sala. Seus pais estavam na cozinha com os tios e Alex ligava a TV. Ela encarou a escada alguns segundos antes de subir e dar de cara com um imenso corredor. Pra ela a casa parecia menor. Contou os quartos e viu uma porta roxa com um aviso: “NÃO ENCOMODE!”. Ela Hesitou e pensou antes de bater três vezes na porta.
null coçou os olhos e desligou a TV.
Ainda era véspera de Natal e a festa lá embaixo parecia estar muito melhor do que um quarto sem nada pra fazer. Ele pensava nesta frase sem parar, pra ele era Alex o chamando para descer. Ele não desceria, não mesmo.
Ligou as luzes mais claras do quarto e abriu a porta bocejando, vendo uma garota de vestido vermelho com um decote absurdamente maravilhoso parada na porta de seu quarto. Ele abriu os olhos e os coçou antes de olhá-la de cima a baixo.
null parada na porta ainda sem saber o que fazer levou a mão até a cintura e sentiu suas pernas bambas.
O garoto realmente havia crescido e não parecia nem um pouco idiota como nos seus quinze anos. Ela observava cada parte do corpo do garoto, dos seus olhos incrivelmente null até seus pés descalços. Ele havia virado um homem.
Ainda olhando para o decote da garota desceu os olhos e percebeu a tatuagem que ela tinha no pulso direito onde sua mão segurava a cintura.
Ele estava sem reação, não sabia como uma garota tão bonita havia batido logo na porta de seu quarto. Mais reconhecia muito bem aquela tatuagem.
Era null null. Bingo.
Era ela e como estava bonita.
Ele encarou os olhos da garota e ela sorriu.
- Oi null dois. – Ele sorriu e ela mordeu o lábio. – Posso te dar um abraço? Faz três anos que não nos vemos não é?
- Quantos quiser. – A garota gargalhou e deu um passo já entrando no quarto do garoto e ainda olhando nos seus olhos sorriu e depois o abraçou.
O perfume dela ainda era muito bom. Mais agora vinha acompanhado não só de uma garotinha implicante e sim de uma Mulher.
Ela sentiu os braços do garoto – agora mais fortes – abraçar sua cintura e o perfume dele entrar junto com seu oxigênio para o seu pulmão deixando-a tonta.
- Não acredito que eu tive que vir no seu quarto se não você não descia pra me ver. – Ela sorriu e ele segurou em suas mãos ainda olhando-a fixamente, aquela garota não podia ser null. Era linda demais para ser ela.
- Erm... Não sabia que você vinha. Não gosto de Natais. – Ele abaixou a cabeça
- To sabendo. – Ela suspirou e ele a olhou sem entender.
- Sabendo exatamente de quê? – Ele olhava fixamente para os olhos dela e ela gargalhou.
- Todo mundo sabe que você levou um fora no natal e ficou todo traumatizado. – Ela sorriu e piscou entrando no quarto – Já que você não me chama pra entrar...
- Fica a vontade – Ele fechou a porta do quarto vendo-a sentar em sua cama. A cama que estava com colchas brancas se destacou quando null sentou sobre ela espalhando seu vestido vermelho-sangue sobre ela.
- Senta aqui. – Ela deu palmadinhas na cama e sorriu. Pra ele era impossível recusar. Ele foi ao seu encontro e se sentou. Ela observou seus braços mais fortinhos do que costumava ser e mordeu o lábio espantando todo pensamento poluído que veio em sua mente. – Conte as novidades.
- Não tenho nenhuma. – Ele sorriu tímido ainda vendo a garota o olhar e cruzou os braços tampando a visão dela fazendo-a o encarar tímida.
- Hmm. Gostei do seu quarto. – Ela levantou da cama e olhou o quarto dele com as luzes mais fracas acesas e algumas roupas espalhadas pelo chão inclusive uma meia - furada ao lado da cama que á fez sorrir para si mesma. Havia dois pares de tênis da Nike no chão e chinelos.
- Ta meio bagunçado. Erm... Meio não, totalmente. – Ele deu uma risadinha e ela virou-se ao seu encontro.
- Você nem sabe como esta o meu. – Ela sorriu e voltou a se sentar de frente para o garoto. – Você namora?
- Eu? – Ele engoliu seco. – Não, não namoro não.
- Hmm. – Ela sorriu maliciosa.
- E você? Namora?
- Não, estou solteiríssima. – “que bom” Ele pensou e sorriu pra ela.
- A festa esta linda lá em baixo, não quer descer? – Ele negou com a cabeça. – Ah qual é null, foi só um fora.
- Eu não gosto de Natais e não vai ser você que vai me fazer a gostar. – null ficou estática ele realmente tinha trauma pra agir daquela forma.
- Desculpa... Acho melhor eu ir descendo. Foi bom te ver null. – Ela levantou da cama e null segurou no seu braço.
- Espera, não desce. – null olhou pra null e os olhos dele pareciam brilhar muito mais – Fui grosso e faz tanto tempo que a gente não se vê, eu que peço desculpas, mas sério. Fica aqui. – Ela sorriu e ele a retribuiu fazendo-a se sentar na cama de novo.
Os dois pareciam duas crianças relembrando de todo tempo que passaram juntos, das brigas ridículas que tiveram e de todos os momentos bons que passaram ao lado do outro.
- Pois é aquele dia foi tenso. – Os dois gargalharam
- Olha só o que eu ainda tenho. – Ele levantou da cama e foi até seu armário pegando uma caixa azul e tirando de lá um álbum de fotos. Ele sorriu e pegou uma foto dando na mão de null.
- NOOOOOOOOOSSA. – Ela sorriu ao ver a foto em que os dois estavam abraçados, ela com o moletom e o boné de null e ele com a touca rosa dela. Na foto null fazia uma cara de brava que acabava saindo como um sorriso e null com uma cara de safado.
- Lembra desse dia? – Ele falou e null corou
- Claro... Erm, a gente ficou não foi? – Ele assentiu – Nossa, eu não lembrava. Essa foto é linda null. – Ela o encarou e ele sorriu. null vendo a garota olhando a foto tirou a mecha de seu cabelo que caia em seu rosto e colocou atrás da orelha da menina que sorriu vendo-o se aproximar
- Faz tempo essa foto. – Ele falava mais baixo e null voltou a olhar pra foto.
- São três anos. – null suspirou e ele abaixou a mão em que ela segurava a foto e ela o olhou.
- Nós éramos crianças.
- A gente tinha quinze anos null. – Ele sorriu
- E agora temos dezoito. – null assentiu sentindo choques quando ele segurou sua mão.
- Pois é... Dezoito aninhos, muita coisa mudou. – null mordeu o lábio e null sorriu maroto
- Até o beijo? – Ele sussurrou e fechou os olhos grudando os lábios no de null. Ela se surpreendeu com o movimento do garoto mais fechou os olhos e deu permissão para que o beijo se aprofundasse. Ele segurou na sua cintura e a apertou, ela colocou a mão na sua nuca e puxou os cabelos com força o fazendo soltar um gemido baixinho. Ele jogou o corpo pra frente fazendo null deitar na cama enquanto ela passava suas unhas vermelho-sangue nos seus braços vendo cada músculo do garoto se contrair com seu toque. Ele desgrudou os lábios vendo null subir ao encontro da sua boca como se pedisse por mais. Ela abriu os olhos e viu-o sorrir
- Realmente o beijo mudou. - Ele disse ofegante colando os lábios novamente nos de null só que com mais força. Ela sabia muito bem onde aquilo ia dar e ele também. null estava com os batimentos fortes, havia muito tempo que ele não fazia aquilo e estava com medo de acontecer de novo, estava sendo teimoso, estava repetindo a mesma coisa e na mesma data. Mais null com seus toques e seus carinhos fazia-o esquecer de tudo e de todos. Ela entrelaçou as pernas na cintura de null e o puxou pra mais perto do seu corpo já sentindo sua ereção, ficou feliz em saber que o faria ‘parar de ter medo’ de natal, aquilo era muita bobagem. null começou a descer os beijos para o pescoço da garota e foi descendo até o fim de seu decote aproveitando que o vestido era frente única enquanto dava leves selinhos na menina foi soltando o vestido no pescoço da garota e depois lentamente foi abaixando o vestido da mesma vendo os seios fartos da garota descobertos. Ele sorriu e ela corou. Há muito tempo ele não sentia um corpo colado ao seu, não sentia nada parecido e sentia seu membro pulsar e ficou feliz ao ver que ele estava excitado. Olhou pra null e a beijou, mais esse beijo foi diferente. Tinha amor, tinha carinho e desejo. Ele puxou o vestido de null pra baixo e ela mesma tirou suas sandálias enquanto null brincava com o elástico da sua calcinha. null sentia um calor dominar seu corpo, lá fora poderia estar nevando mais qualquer toque de null a fazia suar. Ela não pensou duas vezes quando abaixou a bermuda de null junto com sua boxer podendo ver o membro do garoto duro de tão excitado. Ela colocou a mão no membro de null e começou a fazer movimentos rápidos de cima pra baixo, ás vezes ela parava e via o menino gemer como quem pede pra continuar e então ela continuava. null ainda tremia e com pressa ele tirou a calcinha de null e com dois dedos a penetrou sem nem pedir permissão, vendo a menina segurar com força nos lençóis da cama e morder seu lábio com força evitando um grito que provavelmente chamaria a atenção.
– Chega... Pelo amor de Deus. – null se segurou nos ombros de null e sentiu seu cabelo pregar nas costas. Ela teria um problema pra sair do quarto de null, mais isso não interessava mais. null gargalhou e sentiu que teria seu orgasmo, abriu a mesinha de cabeceira e rasgou a embalagem de camisinha com a boca e tirou a camisinha enquanto null continuava a masturbar seu membro. Parecia que o quarto pegava fogo, os dois suavam e ofegava loucamente, o calor estava muito bom pra eles. null colocou a camisinha e com muita força e rapidez penetrou null que conteu um grito por um beijo de null. As investidas que o garoto dava era forte, ele mal queria saber se machucaria ela ou não. null arranhava suas costas como se não ligasse pra dor que sentia, o prazer era muito melhor. Ela atingiu o orgasmo primeiro que ele, mas null continuou a investir até chegar ao clímax. null caiu deitado ao lado de null e os dois ofegavam em cima da cama sincronizados. Ela olhou para null e ele sorriu. Os olhos de null brilhavam muito mais do que antes.
- Feliz Natal null. – Ela o encarou e null olhou pro relógio que ele tinha na parede. Eram exatamente 00h00min. null olhou pra null que sorria.
- Você sabe o que a gente fez? – null gargalhou.
- Temos dezoito aninhos null. Não somos mais crianças como naquela foto. – null e null olharam pra foto que estavam na cabeceira da cama
- Eu percebi que não somos mais crianças. – Os dois gargalharam
- Como vou fazer pra descer? Olha a situação do meu cabelo. – null olhou pro cabelo de null e sorriu
- Ta uma gata.
- Pra você, e pro meu pai? – null deitou a cabeça na cama e fechou os olhos. – Preciso descer. – null vestiu sua calcinha rapidamente e colocou a sandálias.
- Eu vou com você. – null disse colocando suas boxers e null a encarou sem entender.
- Você vai o que? – null disse levantando vestido e o amarrando na nuca.
- Vou descer com você.
- Posso usar seu banheiro? – null assentiu e null entrou se olhando no espelho e fazendo um coque em seu cabelo pra disfarçar.
Os dois desceram a escada juntos e os pais de null arregalaram os olhos.
- Filho? – Todo mundo olhou pra null e null na escada.
- Gente! Convenci o null a descer. – Todo mundo sorriu – É um trauma que eu tenho certeza que ele vai esquecer.
- A null poderia ser psicóloga. – Ele disse e null deu um empurrãozinho o fazendo rir.
- Já que está todo mundo aqui, vamos tirar uma foto do lado da Árvore de Natal antes que null resolva voltar pro quarto. – Todos na sala riram e null corou. O Homem que estava tocando Flauta sorriu quando null pediu para que ele tirasse a foto da família e logo todos estavam posicionados ao lado da Árvore.
- Ops. – O Homem que tocava flauta apertou o botão da câmera digital – Esta sem pilha.
- Ah é, como eu sou burro. – Alex deu um tapinha na testa e saiu indo em direção a cozinha trazendo consigo um carregador – A pilha é recarregável e tava carregando.
- Não, Sério? – null ironizou e null riu baixinho
- Estou com tantos problemas que nem me lembrei de colocar pilha na câmera. – Alex disse e todos reviraram os olhos, como um jovem lindo desses poderia ter tantos problemas? Alex devolveu a câmera ao flautista e todos fizeram pose pra foto.
Todos desejaram feliz natal para quem não tinha dado ainda e depois foram para a Ceia.
Havia muita coisa pra comer, um pernil que fez os olhos de null brilhar ao olhá-lo, Tinha churrasco onde Edward, tio de null estava e havia doces. Inclusive a Rapadura o doce que null era apixonado.
- Experimenta isso. – null deu um copo com uma bebida pra null que hesitou antes de pegar o copo.
- O que é? – Ela perguntou cheirando a bebida. Forte, muito forte.
- Martini. Já experimentou?
- Nunca. – Ela negou e voltou a cheirar a bebida
- Pare de cheirar e beba de uma vez. – Ele sorriu e ela suspirou antes de virar o líquido todo na boca e sentir sua língua queimar, ela engoliu a bebida sentindo sua garganta pedir por mais, aquilo era bom... Era bom demais.
- NOSSA! Muito bom. – null sorriu com a cara de null
- Quer mais?
- Eu até beberia se estivéssemos em uma balada, mas olha a cara do patrão. – null olhou pro outro lado da mesa e viu o pai de null olhar pelo rabo de olho pra filha e gargalhou
- Bom, A gente tem que ir. – O Pai de null bocejou e ela levantou do ombro de null.
- É verdade. – A mãe de null concordou levantando do sofá. Todos se levantaram e null ficou nervoso, ainda queria muito ver a menina.
- Eu ainda quero te ver null. – null cochichou e null corou.
- Claro, eu também quero. – Os dois sorriram tímidos. – Agora que estamos morando mais perto, podemos marcar de se ver.
- Concerteza. – Ele sorriu e a garota olhou para os lados e vendo que só estavam eles na sala selou os lábios nos do garoto que sentiu choques elétricos por todo corpo.
- A gente se vê. – Ela piscou e saiu indo na direção onde a família estava.
- null... – null segurou no seu braço e ela sorriu pra ele – Erm... Obrigado de verdade. Esse foi... – Ele chegou perto da orelha da garota – O melhor natal da minha vida e pode ter certeza que você fez grande diferença. – null sentiu o coração disparar com as palavras de null e o abraçou.
- Esse não foi o melhor natal só pra você, pra mim esta na categoria dos melhores. – Ela cochichou e sentiu null se arrepiar. Deu um beijo no canto dos lábios do garoto e entrou no carro do pai. null olhou o carro virar a esquina e foi entrar em casa quando percebeu que tinha pisado no chiclete.
- DROGA! – Ele gritou e Alex riu da porta – Chiclete no sapato é o fim do mundo. – Ele bufou nervoso. E depois entrou em casa deixando a porta entreaberta.
null encostou a cabeça no vidro do carro quando viu a cidade em festa gerando um congestionamento em plena madrugada, a notícia que passava no rádio era de um fusca que havia batido em um outro carro e haviam duas pessoas feridas, null encostou a cabeça no vidro ignorando tudo que ouvia se concentrando apenas em seus pensamentos, ela começou a se lembrar de cada momento daquela noite, de como null era carinhoso com ela, como ele havia mudado em todos os aspectos. De como ele sentia medo de tocá-la, como se fosse à primeira vez e tudo por causa de uma grande besteira. Ela sabia que se dependesse dela concerteza aquela noite se repetiria por muitas e muitas vezes.
null entrou no quarto e encontrou o Cachecol de null no chão e sorriu pra si mesmo.
Tirou os sapatos e deitou na sua cama sentindo o perfume da garota pelo travesseiro e respirou fundo para que o cheiro dela ficasse guardado na sua memória. null havia mexido muito com ele, ela havia feito com que tudo se repetisse como no Natal anterior fazendo-o colocar na cabeça que aquela data agora era muito mais especial do que outras que ele poderia comemorar. Ele sabia que se dependesse dele concerteza aquela noite se repetiria por muitas e muitas vezes.