This Christmas
por Nat Puga


Challenge #01

Nota: 9,6

Colocação:




"Véspera de natal!" gritou ao telefone, batendo palminhas com as mãos livres. O viva-voz era perfeito para a menina, que amava gesticular enquanto conversava e brigava com as pessoas. Um sonolento bufou do outro lado da linha. ouviu alguns sons de movimentação e, então, Daniel finalmente se pronunciou:
"Você realmente me acordou as..." pausa. "Oito e quarenta e cinco, para me lembrar do que eu mais quero esquecer?" perguntou, exasperadamente. imaginou a cara emburrada do amigo e riu.
"Sr. Grinch, sinto muito se esta data mágica não te apetece, mas eu, por um acaso, possuo uma cozinha abarrotada de panetones e trufas, que serão deglutidas por mim, se você não sair da sua toca de reclusão e se dirigir à oficina do papai-noel agora!" ela pediu, sorrindo de ponta a ponta do rosto, quase rasgando as dobras das peles.
"Sininho, eu vou tentar me levantar e tentar trocar de roupa e vou para aí." sabia que a mudança de humor do menino se devia ao fato dela ter mencionado as trufas - o garoto era viciado.
"Espera." pediu, de repente. pensou um pouco, rindo em seguida. "Porque você me chamou de Sininho?" franziu o cenho.
"Você não brincou que está na oficina do papai-noel?" perguntou, pausadamente. "Quem trabalha lá são os duendes, ora." respondeu, com um tom de obviedade. teve um síncope de risos do outro lado da linha, ignorando , que esperava pacientemente o fim do surto da menina.
"!" exclamou. "A Sininho é uma fada!" berrou, espantada com a lerdeza do garoto.
"Fada?" berrou à mesma altura, incrédulo. "Você está mentindo para mim." disse, se levantando e andando até o guarda-roupa, preparando-se para escolher uma roupa. O dia estava incrivelmente gelado e a neve cobria tudo, fazendo o topo das árvores parecerem a ponta de um cotonete e as calçadas uma pista de gelo infinita.
", o mentiroso aqui é você que disse que ia trocar de roupa e vir. Desliga esse telefone." pediu. "Quando você chegar aqui te conto até a raça do pateta."
"O pateta é um esqui--" começou, sendo interrompido por um sequência de toques do telefone. "?"

pulou da cama, calçando as pantufas e correndo pelo quarto até alcançar a gaveta de roupas. Trocou seu pijama de borboletas por uma calça jeans e um moletom grosso, devido ao frio intenso. Penteou os cabelos com a escova de madeira e, por fim, o prendeu num rabo alto, com o auxílio de um elástico. Suas bochechas estavam coradas e seus lábios rachados, de modo que preferiu não colocar maquiagem. Correu, em seguida, para fora do quarto, quase derrubando a guirlanda pendurada em sua porta na pressa. Parou por alguns instantes para admirar a árvore de natal da sala, majestosa, indo praticamente até o teto do apartamento. Grandes esferas coloridas pendiam de suas pontas e inúmeras luzes em seu interior iluminavam-a parcialmente por fora.
A campainha tocou exatamente no instante em que seguia para a cozinha e ela bateu palmas novamente, ansiosa para ver o amigo.
"Grinch!" gritou exageradamente ao ver escorado na soleira da porta, com um conjunto de frio azul-escuro. sorriu, olhando a cara de felicidade da menina.
"Espero que não esteja mentindo sobre as trufas." disse, passando pela porta e depositando um beijo na testa dela.
"Não. Elas estão na cozinha, esperando por você." respondeu, seguindo-o para cozinha. entortou o sorriso ao perceber que a casa toda parecia estar verde e vermelha e que, em cada canto, um papai noel sorria para ele. Algumas vezes ele estava acompanhado por uma rena.
"Seus pais saíram?" perguntou à menina, que já estava na cozinha, abrindo um pacote de trufas de chocolate. Piscou os olhos tentando tirar a imagem psicopática do papai noel da mente e, assim como a garota, rumou pelo corredor para a arejada cozinha da casa. A menina já tinha separado dois pedaços grandes para cada em dois pratos decorados com laços vermelhos. riu da cara de nojo dele, observando a tolha da mesa, repleta de caixas de presentes bordadas, uma mini-árvore numa mesa de canto e um trenó cheio de bolachas recheadas dentro.
"Saíram. Foram buscar umas cestas de natal em algum lugar e depois vão sair para arranjar outra árvore." quase engasgou com o pedaço grande de trufa na boca.
"Outra?" perguntou, espantado. "Para quê?"
"Para a sala de jantar." Informou. "A Gina morreu semana passada."
"Gina?" perguntou, já prevendo a resposta.
"É, a árvore." disse. "Não me olha com essa cara, ." ele deu de ombros e engoliu o restante de sua trufa.
Quando acabaram, depositou os pratos sujos na pia e se virou para o garoto. Ele olhou atento para ela, esperando se pronunciar.
"O natal é mágico, ." ela falou, quase num sussuro desesperado. Ele a encarou fixamente. "Qual o seu problema com ele?"
quase sentiu pena da menina. Como se o natal fosse um parente dela, pensou.
"..." suspirou. "Você sabe que minha família não é exatamente normal." a lembrou. soltou um muxoxo. A mãe de abandonara o garoto quando ele ainda era um bebê e seu pai, quando não estava bêbado estava absorto demais trabalhando na carpintaria vendendo madeira ilegal. também tinha um irmão mais velho, que após ser libertado da prisão (tinha furtado uma farmácia) viajou para o Haiti alegando querer mudar de vida e investir em seu lado humanitário. Sendo assim, a única família de era a própria garota e o outro melhor amigo deles, . Na verdade, a menina se surpreendia com o fato de ser um garoto bem normal se comparado a família, direito e estudioso, enquanto , que nascera numa família rica e ajustada ser tão problemático. Vivia aparecendo bêbado nos cantos e sempre estava metido em alguma encrenca. Na delegacia mais próxima, todos já o conheciam.
"Logo..." continuou, alheio aos pensamentos da menina. "Meus natais foram o que posso chamar de traumáticos." completou. pensou em algo para dizer, para provar que ele estava errado, mas nem assim conseguia. O que ela, uma menina com pais que se amavam, não tão rica quanto , mas não tão humilde quanto , que tinha uma família unida e tinha tudo sempre perfeito podia dizer?
"Não pode ter sido tão ruim assim, ." afirmou. A única coisa que conseguia pensar para dizer. bufou.
"Realmente, não foi tão ruim. Foi péssimo. Eu odeio o Natal, ." falou, com veemência. "Quando não passava assistindo qualquer programa idiota na televisão estava em um bar com meu pai, assistindo ele se embebedar. Não esqueça dos lindos cartões que Fred me manda todo ano, com fotos de enchentes e crianças decepadas do Haiti!" completou, irônico.
"Alguma coisa tem que ser boa..." refletiu, em voz alta. Seus olhos se iluminaram. "Os presentes!" riu um pouco alto.
"Por incrível que pareça, eu tenho trauma até dos presentes." confessou, apoiando as mãos nos ombros da garota. "Uma vez eu ganhei um par de meias de natal. Daquelas que vem até o meio da canela, que meu avô usaria! E uma delas veio com um furo!" seu tom de voz ia subindo cada vez mais e seus braços quase sacudiam inconscientemente.
"Ah, . Pelo menos foi um... presente." tentou amenizar o fato, mesmo não acreditando em suas próprias palavras. bufou.
"Era uma meia furada, ." falou, seu tom de voz contido e um sorriso mínimo no canto dos lábios. "Uma meia furada." o encarou com um sorriso reprimido, tentando não rir do garoto.
"." chamou, com o tom de voz sério desta vez. "Você tem trauma do natal porque nunca viveu um natal de verdade. Mas é um tempo lindo, cheio de alegria, velhinhos fingindo que são papai noel, trazendo alegria para as criancinhas, famílas celebrando a união... " ela ignorou o olhar de a palavra família. "E tenho certeza que, se você passasse o dia de hoje comigo, celebrando como eu celebro todo ano, você olharia para mim, jogaria todo o seu orgulho e preconceito para o alto e diria "Eu amo o natal" com um sorriso na ponta dos lábios." disse, também ignorando os olhares aterrorizados do garoto.
"Isso é um convite?" ele perguntou. (sim) bateu palmas.
"Claro que é. disse que vai vir também. Se ele não for internado em coma alcoólico antes, é claro." completou, imaginando o garoto adentrando a casa com um garrafa de uísque na mão, se desculpando com os pais de por ter aberto, já que era um presente.
"Não sei, ." disse, olhando para o chão. Reparou que seu tênis estava incrivelmente gasto.
"Sabe sim, . Eu faço qualquer coisa, mas passe a véspera de natal comigo." implorou. olhou para ela e uma idéia venho a sua mente.
"Passo." disse, vendo o sorriso dela aumentar gradativamente. "Contanto... tenho um pedido também." olhou para ele desconfiada.
"Qualquer coisa."
"Ótimo. Eu passo o dia de hoje inteiro com você, faço qualquer besteirada de natal com você, mas você terá que passar o natal propriamente dito, amanhã, comigo." pediu. resmungou alguma coisa inaudível.
"Pensei que odiasse o natal." comentou.
"Odeio." disse . "Amanhã vou te mostrar como o natal é idiota, uma invenção capitalista das grandes empresas, principalmente a coca-cola, com aqueles ursos bobos." falou. "Você vai ver tudo do meu ponto-de-vista." concordou, um sorriso diabólico brotando.
"Então... hoje você vai viver o natal da minha maneira, e amanhã eu vivo da sua?" perguntou, gostando do desafio.
"Exato."
"Então... que comece o melhor natal da sua vida, Grinch."

"Para onde estamos indo, ?" perguntou preocupado, se abraçando por causa do frio das ruas Londrinhas. tinha um sorriso confiante no rosto.
"Vamos para o centro comercial Elderry, o melhor lugar para começar a véspera de natal." informou, vendo revirar os olhos. Ambos andaram alguns metros, até avistarem a luxuosa e imponente construção redonda, que lembrava muito o coliseu, de uma forma mais moderna e envidraçada. Um grande letreiro luminoso estava pendurado à porta, com os dizeres "Feliz Natal" brilhando de forma alternada em verde e vermelho. parou de repente, e abriu sua mochila rapidamente, tirando uma câmera digital e duas pilhas recarregáveis de dentro dela. Após encaixá-las, olhou paciente para .
"O quê?" Ele perguntou, fingindo não entender as pretensões da menina.
"! Hoje você faz tudo que eu quiser, lembra?" reclamou. Ele concordou cabisbaixa e ficou embaixo do letreiro, fazendo uma falsa cara de felicidade. tirou duas fotos, e chamou uma moça que passava para tirar uma foto dos dois. correu para perto dele e o abraçou. A moça tirou a foto e, após agradecê-la, foi embora. A menina passou os braços pelos de e correu para entrar no Elderry.
"Cara, isso é assustador." disse ao entrar. O local, como resto do mundo, brilhava em diferentes enfeites natalinos, com meias gigantes penduradas no teto, um papai noel sorridente no meio do saguão principal, vários duendes distribuindo doces para crianças e cafeterias lotadas de atendentes usando gorros de papai noel.
"Não é?" perguntou. Com certeza, o assustador dela era um assustador legal.
"Elderry me lembra duendes. Como se fosse o nome de um deles, ou a casa que moram." comentou, numa face retorcida em desespero.
"Isso aí, " vibrou. "Entrando no clima natalino!"
Ambos seguiram pelos corredores abarrotados de pessoas, seres idiotas (duendes e papais noeis, segundo ) e enfeites natalinos. entrou em um corredor mas estreito, indo diretamente a uma loja reluzente em um canto. Puxou para dentro dela, sem dar a ele tempo para descobrir o nome da loja. imediatamente sentiu um cheiro de caramelo e café quente e se sentiu extremamente aquecido. "Você não pode se sentir aquecido, ." Pensou.
"Nossa primeira parada." disse . "É aqui, na Christmassy. Vamos arranjar um cachecol e uma meia para seus doces." completou. "Cachecol? Meia?" perguntou.
"Óbvio." respondeu de dentro de uma arara lotada de cachecóis que a havia sugado. "De preferência um cachecol verde e vermelho, pois sei que você ama." riu sem humor e acompanhou a menina sair de dentro da arara, com uma penca de cachecóis fofos na mão.
"Meu Deus." exclamou.
"Lindos, não é?" remexeu um por um na sua mão, analisando-os meticulosamente. "Temos o clássico verde e vermelho, o branco com detalhes verdes, vermelho e dourado, dourado com detalhes verdes, um completamente verde com as pontas vermelhas e o querido branco listrado de vermelho." falou, mostrando-os um por um para .
"Ahn..." balbuciou. piou baixo.
"Bom, decidirei por você." disse, revirando-os em sua mão. "Vejamos. Branco e verde me lembra sonserina. Vermelho e dourado me lembram grifinória. Fora." frisou a última palavra, devolvendo-os a arara. "O branco listrado de vermelho me lembram aqueles guarda-chuvinhas, esquece." observou os dois restantes. "Olha, , acho que verde e vermelho são sua sina!" Exclamou, rindo em seguida. "Você fez de propósito." observou. riu culpada. "De qualquer modo" se pronunciou, para espanto de .
"Esse verde e vermelho me lembra um papel de presente, então o verde com pontas vermelhas." disse, puxando-o da mão da menina.
"Isso, ! Atitude" lembrou. "Agora, vamos para o balcão, as meias ficam lá." seguiram pelos corredores lotados, até chegarem a uma balcão de vidro, no qual estavam expostos diferentes meias, de várias cores e tamanhos.
"Isso é uma babaquice." disse.
"Como é seu primeiro natal propriamente dito, temos que ficar com o tradicional." Alegou ela, ignorando o comentários anterior do garoto. pediu à vendedora uma meia de tamanho médio, de cor branca com alguns detalhes vermelhos na barra. A mulher a entregou, e estendeu-a para , como se fosse uma jóia preciosa.
"Pelo menos veio sem furos." comentou, arrancando gargalhadas da garota. Ele próprio acabou rindo e ambos seguiram para o caixa. fez questão de pagar por tudo e, assim que saíram da loja, o carregou até uma cafetería e pediu dois "Natal encantado" para tomarem.
"Não é bom?" perguntou ao menino que bebia o café com vontade.
"É sim." detestou confesssar. "O que vem dentro?"
bebeu mais um gole e disse:
"Café, leite desnatado, chocolate meio amargo, pedaços crocantes de marshmallow derretidos e um creme especial." disse. "Só vendem na época de natal."
"Então, o que faremos agora?" perguntou. descansou o copo de plástico no balcão e olhou o relógio.
"Esperar. O show começa daqui a dez minutos." disse. olhou inquisidoramente para ela. "Ah. É um show lindo, lá na área de patinação no gelo, fora do Elderry. Várias patinadoras e patinadores dançam pela pista ao som de canções natalinas tocadas por flaustistas e violinistas." explicou, sonhadora. "Não se preocupe." acrescentou, ao ver a cara de desespero do garoto. "Dura apenas quinze minutos." Completou.
Terminaram o café, e voltou a puxar , desta vez para a saída do centro comercial. Uma aglomeração de pessoas já estava em volta do rinque de patinação, onde vários músicos estavam à postos para o começo do espetáculo. Conseguiram um lugar perto da ponta esquerda, tendo uma visão da entrada do rinque, onde várias patinadoras e patinadores estavam em pé, esperando o chamado para entrarem. olhou para , que parecia ansiosa olhando para todas as direções. Seus olhos iam do relógios para o rinque, e do rinque para o relógio. Só parou quando ouviu uma longa vibração vindo de uma flauta. Bateu palminhas e apertou o braço de com força. Várias patinadoras vestindo vestidos justos de uma cor prateada irromperam no rinque, numa dança sincronizada. A música começou a ser tocada pela orquestra, e mais patinadores entraram, vestindo collants pretos, também justos. explicou a que a história desse ano era sobre a princesa do gelo, que procurava desesperadamente por sua flauta de ouro, o único objeto capaz de salvar o natal por algum motivo que não gravou. Ele começou a ficar tão empolgado quando a menina quando a princesa do gelo, uma patinadora em cima de um pódio, vestindo um vestido branco brilhoso apareceu no meio da pista, sendo rodeada pelos patinadores. O show acabou pouco tempo depois, com a princesa encontrando a flauta de ouro numa caverna de fogo.
disse a que achou o espetáculo meio bobo, mas a menina viu que ele estava muito compenetrado. O frio havia ficado mais severo, por isso decidiu que era hora de voltar para casa e continuar mostrando a a magia do natal. Pegaram um ônibus e rapidamente chegaram à rua da menina. buscou as chaves na mochila e entraram.
"Por pouco não viramos bonecos de neve, heim ?" brincou. Ele se virou para ela rindo.
"Todas as suas piadinhas envolvem alguma coisa sobre natal?" perguntou. A menina, no entanto, olhava admirada para um ponto fixo atrás dele. se virou, revirando os olhos ao constatar que era a outra árvore de natal.
"! Não sabia que estava aqui!" e se viraram e viram Rachel, a mãe de adentrando a sala, embrulhada em um casaco de cor marrom.
"Mãe!" exclamou. "Trouxe tudo?" perguntou, os olhos brilhando. A mãe sorriu e apontou para uma caixa mediana ao lado da porta da cozinha. correu até ela.
"Vai passar a ceia conosco hoje, ?" a mãe de perguntou ao menino. Ele concordou sem graça.
"Se a senhora não se importar... está tentando me converter nessa máfia natalina dela." explicou. gritou "idiota" de dentro da cozinha. Rachel riu.
"Fica a vontade. também virá, não é?" perguntou preocupada. assentiu. "Ano passado ele quebrou meu castiçal numa brincadeira. Espero que esse ano não seja o vaso da dinastia Ming." Balançou os cabelos, arrumando-os sobre os ombros. "Bom, tenho que encontrar Richard na casa da tia dele agora." pegou a bolsa que estava no sofá e pendurou-a sobre os ombros. Após se despedir de e , foi embora.
voltou instantes depois com a caixa aberta na mão, e a depositou perto da árvore.
"Agora, ..." começou, fazendo suspense. "Você vai montar uma árvore de natal, o símbolo máximo da noite de natal."
fez colocar o pinheiro no suporte (vermelho, para constar), pendurar as esferas coloridas em cada ponta, derrubar sobre ela neve artificial e purpurina dourada, pendurar laçarotes dourados e, por fim, prender em volta dela inúmeras luzes brilhantes, que piscavam alternadamente. , então, retirou da caixa com extremo cuidado uma estrela dourada e um anjo e os entregou para .
"Saiba que é uma honra colocar o anjo e a estrela." explicou. ia rir, mas achou que talvez o enforcasse com o pisca-pisca se o fizesse. Ele levantou, colocando o anjo bem em cima da árvore, ajeitando sua veste sobre o corpo minúsculo e, por fim, prendeu a enorme estrela no topo do pinheiro. o afastou da árvore e pediu para ele observá-la. tinha que confessar que ela estava linda, parecendo a árvore de alguma loja de departamentos, ou a árvore de algum filme americano. Depois de babarem nela, a carregou até a sala de jantar.
Perceberam que já era tarde, então concordaram em cada um trocar de roupa em sua própria casa e se encontrarem às oito horas para a ceia, na casa de .

"!" exclamou, ao ver o amigo no portão de sua casa. O amigo levantou os braços, um contendo uma garrafa na mão e o outro uma caixa de bombons.
olhou o amigo e, decididamente, perguntou:
"Você não está bêbado?" riu abertamente e passou pelo portão.
"Estou. Mas não o suficiente para cambalear." disse. "Ainda." riu e abraçou o amigo. Ele a entregou os bombons e os dois entraram na casa, onde a família de conversava num volume alto, a música tocava sem parar e uma enorme mesa de petiscos e entradas estava disposta no meio da sala. Os olhos de se iluminaram ao ver o bar do pai de , e ele logo buscou uma taça de Scotch.
"... , que surpresa!" a mãe de exclamou fingindo uma falsa animação perto do rapaz. pegou a mão dela e a beijou, dizendo boa-noite em seguida. Rachel esqueceu o que ia falar com a filha e deu meia-volta, quase correndo para verificar se o vaso estava intacto. e se entreolharam e riram, sendo interrompidos pela campainha.
correu para a porta, vendo do outro lado do portão. Pela cara dele, parecia estar indo a um enterro ou entrando numa sala de cirurgia. a seguiu, sorrindo ao ver o amigo.
"! !" exclamou surpreso ao ver o amigo. Pensava que, talvez, ele realmente tivesse um coma alcoólico. Ele passou pela porta, abraçando e se dirigindo ao amigo. Ambos se abraçaram (de uma forma gay, pensou) e sorriram um para o outro.
"Onde você esteve essa semana?" perguntou. " e eu te procuramos por toda parte." concordou rindo. Frequentemente, sumia por dias sem dar sinal de vida.
"Estava na Irlanda. Meus pais disseram que precisavam de uma férias de e meio que me empurraram até o jatinho mais próximo." Explicou, como se fosse uma coisa normal toda família ter quatro jatinhos.
"O que importa... é que passaremos o natal juntos!" bateu palmas, feliz. e se entreolharam e correram até a menina, cada um segurando um braço dela.
"Chega de palminhas, ." pediu. A menina guinchou, rindo baixo. Seguiram de volta para a sala.
"A propósito, , você está vestindo um cachecol de natal?" perguntou, olhando o pescoço do amigo. riu de uma forma psicótica.
"Está. É uma aposta que fizemos hoje, pela manhã." disse. " passou o dia inteiro de hoje comigo, para eu lhe mostrar a magia do natal, e amanhã passaremos o dia com ele, para ele mostrar a... desmagia do natal." explicou. pareceu confuso.
"Passaremos?" perguntou.
"Você realmente achou que a ia te deixar fora dessa?" perguntou, rindo.

", sério que o martíni é liberado?" perguntou novamente para , olhando as garrafas lindas, esperando para serem bebidas no balcão. riu.
"Sim, . Só não vá beber demais e derrubar em algum lugar impróprio." pediu serenamente. Depois, olhou para sentado no sofá vermelho, parecendo entediado. Suspirou e se sentou ao lado dele.
"Antes que pergunte pela milésima vez, , eu não estou entendiado." respondeu, antes de falar alguma coisa.
"Eu não ia perguntar isso." disse. olhou para ela com as sombracelhas levantadas. "Ok, eu ia."
"É só que..." começou, olhando em volta. "Está tudo ótimo, . Mas é que eu não quero me iludir. Não vai ser assim lá em casa, nunca." disse. olhou triste para o garoto.
"É por isso que você tem a mim. E ao . Nós sempre vamos te receber para celebrar com a gente. Nós amamos você, ." ela disse, estendendo a mão e segurando a de . chegou alguns instantes depois e depositou a sua mãe sobre a deles, enquanto a outra estava ocupada com uma taça de martíni.
"Vocês estão em um momento emo?" perguntou, bebendo um gole. "Porque eu posso voltar mais tarde."
"Nada disso." respondeu. "Venham" e puxou os dois para fora da casa, quase escorregando em seu vestido longo. A neve caia em flocos em cima da cabeça de todos, mas sorria. Ela olhou para os dois e fez um sinal para eles a observarem. Puxou o vestido para cima, até quase alcançar a parte superior das coxas e deu um nó nele próprio, diminuindo drasticamente o tamanho do mesmo. e se entreolharam.
"Assim, ..." falou desconcertado. Mas parou ao ver a menina se deitar na neve congelante. "O que você..."
"Deitem aqui do meu lado." ela pediu. bebeu o resto do martíni em um só gole.
", a gente é amigo, sabe. Apesar de você ser muito boni..."
"Vocês dois, parem de pensar besteira e deitem." pediu, irritada. e se entreolharam mais uma vez e tiraram os paletós, jogando-os em um canto. Cada um foi para um lado de . "Distantes de mim, por favor." pediu. e bufaram e deram dois passos cada para longe de . , já sabendo o que a menina faria, deitou de boa vontade, ao contrário de , que relinchava como um cavalo presunçoso.
"Já podemos?" perguntou, como uma criança.
"Podemos o quê?" replicou. quis bater palmas, mas se conteve.
"Quando eu falar já, você vai abrir bem os braços e as pernas, repetidas vezes, certo ?" o menino murmurou um "sim", mesmo não tendo entendido nada. "Já!"
e começaram a fazer espécies de polichinelos deitados, marcando com força a neve abaixo deles. começou a fazer o mesmo, se sentindo extremamente idiota. Alguns instantes depois, todos pararam e e pularam para ficarem em pé. se levantou também, sentindo suas costas extremamente dormentes. Olhou para os amigos que olhavam admirados para o chão. Ele olhou para baixo, vendo a forma de dois anjos desenhados na neve. O que deveria ser o terceiro anjo, era apenas uma massa disforme no amontoado de neve. se aproximou do amigo e deu dois tapinhas nas costas dele.
"Foi bom para a primeira vez." disse. riu sem saber o porquê.
"Bom? Eu não sei nem aonde terminam os braços do anjo. Parece mais uma criatura do Inferno." riu altamente, fazendo e olharem para ele e constatarem que sim, o amigo estava bêbado.
"Hora de levá-lo para dentro." constataram.

"Cinco minutos." repetia freneticamente, para os amigos. Todos os convidados estavam em volta da enorme mesa de quitutes da sala de jantar, esperando juntos o relógio marcar meia-noite. se sentia estranhamente nervoso e suava pelos poros. Estava ansioso e detestava admitir isso. e quase comiam os dedos inteiros cada vez que roíam uma unha.
"Quatro." falou, baixinho, como se estivesse contando um segredo. Ambos se entreolharam e esticou uma mão até cada um dos garotos.
"Três." guinchou, querendo bater palminhas. Suas mãos estavam presas.
"Um" praticamente gritou, mordendo o lábio inferior.
"Não , depois do três vem o dois..." explicava para o amigo bêbado.
"Um." anunciou, interrompendo a mini-discussão dos amigos. sorriu e bebeu mais um gole do martíni. Observaram o ponteiro se mexer minimamente e, então...
"Meia-noite!" proclamou, num tom de respeito e alegria. E, então, foi uma explosão.
Todos suspiraram "aaah" e irromperam em sorrisos desesperados, abraçando as pessoas mais próximas de si, desejando-as feliz natal. ficou sem jeito quando o pai de lhe cumprimentou, principalmente pelo fato de que nem seu próprio pai fazia isso com ele. E então se sentiu esmagado por dois corpos, um cambaleante, que reconheceu sendo de e outro pequeno, que era de . Os abraçou com força, agradecendo por ter amigos de verdade como os dois. se separou dos meninos e foi falar com a família. pegou mais duas taças de bebida, entregando uma para . Poucos minutos depois voltou, os olhos brilhando de emoção.
"Hora de abrir presentes!" Bateu palminhas. correu para perto da lareira e foi mais atrás com em seu encalço.
Chegando lá, avistou sua meia pendurada junto com tantas outras, sendo preenchida por uma embalagem quadrada e retorcida. correu diretamente até sua meia, de uma cor verde e puxou de dentro dela a embalagem redonda de vidro. Quase chorou de emoção ao perceber que era um vinho roubado da adega do pai de , daquele tipo envelhecido em quatrocentos anos. O menino a abraçou e a entregou e apontou para a meia dela. correu até ela e tirou de lá uma caixa embrulhada num papel azul brilhante. Seus dedos rapidamente abriram o embrulho, e sorriu, ao perceber que o presente era uma caixa de som para seu ipod. tinha quebrado a dela no começo do mês e prometeu dar outra a ela no natal.
se aproximou lentamente da sua meia, como se ela desse choques ou até mesmo mordesse. Vagarosamente, puxou a embalagem da meia, rasgando o papel de presente. Seus olhos se arregalaram quando viu o ipod na pequena caixa. Olhou para os amigos, que o olhavam ansiosos para saberem sua reação.
"Gostou?" perguntou, nervosa.
"Não é uma m-meia mas, irc, acho que v-você vai gostar." brincou.
"Não posso aceitar." admitiu. "Não tenho nada para vocês." disse, envergonhado. suspirou e se postou ao lado do menino.
", não queremos nada em troca. Só te fazer feliz. Sério." Acrescentou, ao ver a cara descrente do garoto.
"Obrigada , ... cadê o , ?" perguntou assustado ao não encontrar o amigo.
"!" ouviram um grito ao longe, e se sobressaltaram. Avistaram a mãe de com os olhos arregalados encarando debilmente o sofá molhado pelo drink que acabara de derramar.

", duas horas." alertou, puxando o braço da menina. Ela se virou confusa.
"E...?
"E que o natal já começou e está na minha vez na aposta." disse. A menina bufou.
"Você ainda não desistiu depois desse dia maravilhoso?" perguntou. O garoto sorriu.
"Não. Vamos, seus pais não vão reparar que você fugiu. Chama o ." pediu . se virou e visualisou deitado bêbado no sofá, cantarolando Ciara.
"Preciso de ajuda." ela admitiu. Juntos, e conseguiram arrastar para fora da casa, mesmo sob as vaias do amigo. , então, se virou para ele.
", temos que usar seu carro." pediu. riu altamente, como se estivessem contando uma piada. Enfiou as mãos no bolso da calça jeans e tirou uma chave de dentro dele. pegou a chave e passou os olhos pela rua, em busca da Ferrari preta do amigo.
"Onde você estacionou, ?" perguntou, preocupada com o carro, mesmo não tendo uma frequência de assaltos em sua rua.
"Bem ali." apontou para frente. e se viraram ao mesmo tempo e abriram a boca ao mesmo tempo quando viram, no lugar da luxuosa Ferrari de um simplório Fusca amarelo.
"Você está brincando, não está, ?" perguntou desesperada.
"Antes fosse. Encarem isso como um castigo, por eu ser um menino mal." disse. "É pegar ou largar." disse. "E se largar quebra."
"Eu pego." afirmou. Caminhou decidamente até o fusca, entrando no lado do motorista. , com muita dificuldade, ajudou a entrar na parte de trás do carro, entrando ela, em seguida, no banco de passageiro, ao lado de .
"Para onde?" perguntou.
"Reading" revelou, virando a chave e ligando o carro.

", já estamos na estrada há..." olhou o relógio. "Quatro horas." choramingou. sorriu satisfeito.
"Exatemente. Você tem que entender como eu sofri todo ano, com meu pai me obrigando a ir nesse bar." disse, descansando os braços já que o sinal fechara. adormecera há alguns poucos minutos. bufou e se inclinou para ligar o rádio, encontrando um buraco onde ele deveria estar.
"Ótimo."
"Ótimo?" perguntou, maldoso. "Tem que ver daqui a pouco, quando começar o congestionamento. Vai ser pior ainda." revirou os olhos.
De fato, alguns minutos depois o carro parou e enxergou um enorme volume de veículos na frente deles.
"O que esse pessoal está fazendo? Deveriam estar em casa comendo nozes e dando biscoitinhos para o papai noel!" reclamou.
"Não estou sozinho no mundo. Nem todo mundo vive um natal da Disney que nem você." disse .
"Não aguento mais." disse. "Quase oito da manhã!"
"Vamos chegas aproximadamente às onze. Se tudo der certo, é claro. O que não deve acontecer." sorriu.
Se andaram dez metros na hora que se seguiu, achou muito. dormia tranquilamente alheio ao drama que se instaurara no carro e cantava alguma coisa baixinho. Ouviram alguma buzinhas e percebeu que o congestionamento havia diminuido e os carros recomeçavam a andar. Acelerou, entrando na pista da direita, quando ouviu um pequeno estouro e o carro parou repentinamente. arregalou os olhos, querendo matar o primeiro que aparecesse na frente. saiu do carro e percebeu a fumaça saindo do capô.
"Tudo que eu podia querer." suspirou sincero. "Mais tragédia." Ouviu uma porta bater e logo estava ao seu lado.
"Como se não bastassem as suas." ela reclamou. "O que aconteceu?"
"Vamos descobrir agora." Habilmente, levantou a capota, se afastando para não receber a fumaça diretamente em seu rosto. Com a umidade, logo ela se dissipou e começou a examinar o motor. "É o radiador. Precisamos de água." disse. olhou em volta e avistou uma pequena placa, quase invisível no meio daquela neve.
"Posto. Cinco quilômetros." leu. "Ha-ha. Nem pensar." falou. fechou a capota.
"Prefere ficar no meio da estrada abandonada?" perguntou. resmungou um "eu te odeio".

"Força , somos só nos dois!" pediu a que estava na outra ponta do carro, o empurrando. vinha mais atrás, caminhando lentamente.
"Sério , não aguento, não suporto mais." falou, quase chorando. Parou de empurrar e se sentou no chão coberto de neve. parou também e foi até ela.
"A gente pode pegar um táxi." ela disse. "O paga." implorou, dessa vez.
"Sempre sobra para mim." Reclamou , mais atrás.
"Falta só mais um quilômetro, ." disse, soando aliviado. "Já foram quatro." o encarou e se pôs de pé.
"Certo."
Empurraram com dificuldade o carro pelo quilômetro seguinte, tendo a ajuda de nos últimos quinhentos metros. bufou e resmungou um "Agora que você vem?"
Quando finalmente chegaram até o posto, teve vontade de chorar e se jogar do monte Everest: O posto estava desativado.
"Definitivamente, esse é o meu natal." falou. olhou raivosa para ele.
"." chamou, já sóbrio.
"O que é, ?" a menina perguntou, quase atirando o fusca em cima dele.
"Tem um chiclete no seu sapato." informou. começou a rir escandalosamente, assistindo a menina se contorcer de raiva. Ela colocou o pé direito em cima do joelho esquerdo, vendo a gosma rosa grudada em seu sapato. Respirou fundo lembrando das aulas de Yoga que teve e se virou calmamente para .
"E agora?" perguntou num calmo. riu, sem se conter.
"Vamos andando até o bar. Depois chamamos o reboque para o... carro do ." disse.
"O reboque vale o preço do Fusca. Deixa ele aí, segunda-feira eu pego o Volvo de volta." falou, enquanto alisava a parte de trás do Fusca.
"Volvo? O que aconteceu com a Ferrari?" perguntou. deu de ombros.
"Enjooei. As meninas só querem saber de Volvo agora por causa daquele Edward." disse, emburrado. "Tomei minhas precauções."
começou uma conversa sobre Edward, a qual e fingiram não ouvir, e seguiram rumo ao bar.

"Isso não é um bar."
"Selvagem."
"Bem-vindos ao meu natal feliz."
observou atentamente o interior do bar, para começar pelo cheiro: Gordura misturada com um alto teor de alcool. Sentia que podia vomitar qualquer hora com o cheiro. Depois, o local, imundo e sujo, parecendo nunca ter conhecido um detergente. e encararam os homens moribundos que frequentavam o bar, seguidos de alguns motoqueiros e alguns esquisitos com tatuagens de dragão. Um homem esfregava o balcão astutamente, com um pano mais sujo do que o próprio chão do bar. Uma pequena televisão no alto era a única fonte de entretenimento. Além disso, o lugar era extremamente abafado e quente, fazendo-os até mesmo sentir calor. "Passamos quase onze horas em um carro, empurramos o carro por cinco quilômetros, andamos mais três para isso?" guinchou.
"É o que eu faço todo ano. Mas eu venho de ônibus, é claro." disse. sentiu pena dele por um momento.
Se dirigiram ao bar e pediu três cervejas. O homem que os atendeu voltou, e postou as três garrafas sem piedade na superfície, juntamente com três copos embolorados.
"Definitivamente, selvagem." comentou . Todos abriram infelizes suas garrafas e bebericaram um gole. O líquido quente se espalhou por cada um, fazendo um calor estranho passar pelos seus corpos.
"Queria ir para casa." disse, de repente. olhou para ela. "Já entendi como seu natal funciona, . Queria aproveitar o resto que me sobra em casa, com a minha árvore, meus presentes, minhas meias e meus panetones. Juro que te dou uma caixa de trufas, mas vamos embora." pediu. se sentiu mal por fazer a amiga sofrer tanto e olhou para . Ele também olhava triste para . "Sabe, nem você está botando muita fé nese natal. Já não é tão ruim."
"Vamos embora." decidiu, se levantando. sorriu fraco e passou os braços pelos de , chamando com o outro braço.
"Ei, garotos!" uma voz os chamou. Olharam para trás e viram o homem gordo que os atendeu chamando-os. estranhou, pois tinha deixado o dinheiro das bebidas no balcão. Andou até o homem, se surpreendendo quando ele lhe entregou uma barra de cor marrom. "Brinde de natal." O homem falou. "Rapadura." olhou atentamente o doce que parecia uma pedra e agradeceu o homem, voltando para perto dos amigos.
Quando saíram do bar, o crepúsculo natalino fez eles admirarem o céu. A neve começava a cair em leves flocos gelados por sobre suas cabeças.
"Então" disse. "Alguém quer dizer alguma coisa?" olhou inquisidoramente para . Ele bufou, mas sorriu.
"Quero dizer que..." parou para pensar. Precisava de algo único para descrever o dia anterior. Buscou em sua mente alguma palavra para definir, quando se lembrou. Olhou para , olhando dentro dos olhos dela. "Eu amo o natal." arregalou os olhos tamanha surpresa e pulou em cima de , o abraçando.
"Missão cumprida!" vibrou, agarrada ao pescoço dele. "Cadê o para ouvir isso?" olhou para os lados, procurando o amigo.
estava a alguns metros, falando no blackberry.
"James? Manda o jatinho três para norte 51'89 e sul 87'10."


FIM



Nota da autora: (20/12/09)
Oi galerinha!
Aqui estou eu participando desse challenge. É o primeiro que eu participo, então espero que eu tenha entendido tudo direitinho. Sobre a história, eu estava completamente sem criatividade quando me veio a cena da meia furada a cabeça. Aí, depois disso, a história fluiu muuuuuito rápido! Para vocês terem uma noção, comecei a escrevê-la dia 12 à noite e terminei ela dia 17. Bom, é meu recorde, ok? AEUIAHEUAE. Só consegui parar para scriptar agora, 03:37 da manhã.
Enfim, um feliz natal a todo mundo, que vocês tenham muita saúde em 2010 porque isso é o principal: o resto vem com esforço.
Obrigada a todas as leitoras que fizeram meu 2009 mais feliz com os comentários lindos de vocês, a fic do mês e todo o apoio!
Beijos meninas, até 2010, porque vou encher MUITO o saco de vocês.
xx Nat

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Waiting On An Angel
(andamento)
Break me (finalizada - restrita)
Break me II (em breve, finalizada - restrita)
Wedding Ring (shortfic)
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