Dia dos namorados, tem data pior? Completamente consumista e humilhante, eu odeio o dia dos namorados! Talvez pelo simples fato de eu sempre, SEMPRE estar solteira nessa época do ano, sempre eu terminava antes ou não estava pegando nem gripe, então odiava por que não tinha com quem trocar presentes nem com quem sonhar em ter jantares românticos, mas dessa vez eu estava namorando e odiava pelo simples fato de não saber o que dar.
Meu nome é Marília, eu tenho dezessete anos e estou no terceiro ano do ensino médio de uma escola católica, eu sou apaixonada pelo meu namorado desde os onze anos de idade. Eu estava na quinta série e ele na sexta quando o vi pela primeira vez, e foi amor a primeira vista. Beijamos-nos em um dos bailes de formatura do colégio quando eu tinha dezesseis, e fomos começar a namorar no dia vinte e seis de junho, estamos juntos há quase um ano e é o nosso primeiro dia dos namorados juntos, agora entende o nervosismo?
Lembro-me como se fosse ontem do dia em que ele me pediu em namoro...
FLASHBACK
- Máa vamos lá fora comigo? – Renato me chamou para irmos sentar nos banquinhos que ficam na frente do Mcdonalds, tínhamos acabado de almoçar lá com nossos amigos.
- Gostou da festa junina? – Eu perguntei me sentando ao seu lado e sendo imediatamente abraçada por ele.
- Tirando que eu tive que ficar na barraca dos doces o tempo inteiro e a gente nem ficou muito juntos gostei... – Ele disse rindo depositando um beijo em minha testa.
- Aquela Andressa da oitava série tava de palhaçada! Até parece que ela precisava ficar tanto tempo na frente da sua barraca! – Eu falei dando um soquinho de leve em seu braço.
- Para de bobeira Máa, eu gosto de você... – Ele me deu um beijo de leve me fazendo sorrir mais ainda. – Não sabia que você era ciumenta! – Eu senti minhas bochechas queimarem.
- Pois eu sou, e muito! – Eu peguei meu celular e coloquei o fone em cada ouvido o fazendo rir.
- Quero ouvir também! – Ele pegou um dos fones o colocou e me puxou pra mais perto, então Band – Aid da Pixie Lott começou a tocar, e o olhei fazendo uma careta, sabia que ele não gostava da Pixie, mais por um segundo ele ficou parado me olhando como se eu fosse uma alienígena, o que me deixou preocupada.
- Re, me desculpa eu vou... – Mais ele não me deixou terminar.
- Namora comigo? – Eu agora que fiquei o olhando sem saber o que responder, quer dizer eu sabia o que dizer, era o que eu mais queria, eu só não conseguia acreditar então não respondi, simplesmente o beijei.
ENDFLASHBACK
Finalmente o dia dos namorados, eu tinha comprado uma camisa do São Paulo pra ele com autógrafo (O que não se faz por amor em? Ecati), eu estava ansiosa para vê-lo que não conseguia me concentrar em nada, a aula parecia demorar uma eternidade para passar e eu só pensava em ir correndo para a saída do cursinho dele (já que eu saio mais cedo). Assim que bateu o sinal, eu e minha amiga fomos ao banheiro para que eu me arrumasse um pouquinho, nada exagerado, continuei com o uniforme só arrumei o cabelo, passei um rímel e gloss e saímos. Assim que passei pela portaria da minha escola quase cai dura no chão. Do outro lado da rua, Renato estava parado com um buquê ENORME de flores, rosas vermelhas para ser mais especifica. Eu atravessei a rua correndo e me joguei em seus braços, eu não podia estar mais feliz.
- Feliz dia dos namorados, linda! – Ele me beijou e me entregou o buquê.
- Que lindo Re, obrigada! – Eu não conseguia parar de enchê-lo de beijos, estava tão emocionada.
- De nada... E tem mais! – Ele me abraçou pelos ombros e foi andando comigo.
- Aonde vamos? – Eu perguntei cruzando meus dedos no seu.
- Surpresa! – Eu ri enquanto ele beijava minha bochecha.
Fomos então andando juntos abraçados, eu não fazia ideia da onde, ele estava me levando, mais confiava nele cem por cento. Como estava frio Renato me deu sua blusa pra colocar, mesmo eu insistindo que não precisava já que ele iria passar frio; não faz ideia de como ele é teimoso.
Chegamos finalmente ao clube que ele é sócio, entramos e ele me levou até o jardim perto da churrasqueira, e eu fiquei mais emocionada ainda, uma toalha xadrez estava estendida no chão, um cobertor dobrado ao lado, uma caixa pequena com as bebidas e comidas para nós dois.
- Dá pra parar de ser perfeito? – Eu perguntei o beijando.
- Dá pra parar de ser boba? Eu não sou perfeito, só quero que nosso primeiro dia dos namorados seja perfeito! – Ele se sentou no chão, me puxou para sentar entre suas pernas e nos cobriu com o cobertor, tudo estava sendo perfeito.
Ficamos conversando sobre nosso dia, ele contou como tinha sido o simulado que tinha feito e como o cursinho é chato e que ele não ve a hora de finalmente entrar na faculdade, eu contei de como o dia tinha demorado de passar até que ele me contou do Luís o amigo dele.
- É gay! – Ele falou como se contasse a coisa mais secreta do mundo, o problema era que eu tinha descoberto uma coisa muito mais bombástica hoje.
- Eu fiquei sabendo hoje, e sabe o que descobri também? – Eu me sentei melhor entre suas pernas o fazendo rir do meu suspense. – O Luís é gay, e quer roubar o meu namorado! – Ele então ficou com os olhos arregalados e boca aberta me olhando.
- Como é que é? – Ele se afastou um pouco parecendo querer encontrar um tom de brincadeira em mim.
- É sério, ele tá pensando em se declarar pra você agora que já falou pra todo mundo que é gay não tem mais nada a perder! – Eu cruzei os braços ficando séria.
- Mais eu namoro você, será que não é meio obvio que eu não curto homem? Só mulher? – Eu ri do aparente desespero dele.
- Calma meu amor, ele está pensando em se declarar, não significa que vai realmente! – Ele balançou a cabeça parecendo querer afastar algum pensamento indesejável.
- Será que é dele o chocolate ao leite e o bilhetinho que deixaram na minha bolsa hoje? – Ele colocou a mão no queixo pensativo, e eu lhe dei um beliscão na barriga.
- Sendo homem ou mulher eu não quero ninguém dando chocolate, muito menos recadinhos de amor pro meu namorado! – Ele riu.
- Não eram recadinhos de amor, era um bilhete... E deixe mandar, eu gosto de chocolate e eu não vou te trocar só por isso! – Eu dei um beijo demorado em seu pescoço o fazendo rir mais ainda.
- O que estava escrito? – Eu perguntei voltando a abraçá-lo.
- ‘Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder, deixa assim ficar subentendido!’ – Ele falou com a maior naturalidade do mundo.
- Isso é um recado de amor! E eu te mandei isso quando tínhamos quinze anos! – Eu o belisquei de novo.
- Eu sei, por isso mesmo que não é um recado de amor, não é original! – EU revirei os olhos.
- Renato, quando fala de gostar é recado de amor! – Ele balançou a cabeça e o dedo em sinal de negação.
- Não é não! – Eu o belisquei de novo. – Ai ai, para com isso! – Eu ri, não agüentei, a cara dele foi hilária.
- Tá eu paro, só promete me contar todas as vezes que você receber essas coisas? Sendo de homem ou de mulher? – Ele apertou meu nariz.
- Para de falar ‘Sendo homem ou mulher’ até parece que eu sou uma atração gay! – Eu gargalhei jogando meu pescoço pra trás.
- Tudo bem, eu paro, mais promete! – Ele sorriu e passou a mão em meus cabelos.
- Eu prometo! – Eu sorri mais ainda o abraçando mais forte.
- Re, você não quer saber o que ganhou? – Eu perguntei ainda abraçada com ele.
- Quero, mais posso te dar o meu antes? – Eu o olhei sem acreditar.
- Eu achei que as flores e o pique nique fosse o presente! – Ele gargalhou
- Isso são coisas básicas que um namorado que se preste faz, o meu presente é outra coisa. – Dizendo isso ele tirou de dentro da caixa de bebidas e comidas outra caixa. – Pra você! – Ele me entregou
Era grandinha, toda rosa com um lindo laço para fechar, eu a abri sobre o olhar curioso de Renato. Dentro havia três coisas. A primeira era um game boy do jogo The Beatles: Rock Band, um livro e por ultimo uma miniatura de banheira.
- Renato... – Ele pegou a pequena banheira e ficou a segurando bem em frente a meus olhos.
- Se lembra da primeira, quer dizer segunda vez que nos beijamos e você me disse que você tinha uma casinha de boneca e que a única coisa que faltava era a banheira de porcelana importada mais que tinha saído de fabricação, por isso a sua casinha estava incompleta e isso era uma das coisas que mais te frustrava? – Eu comecei a chorar baixinho e sorria ao mesmo tempo.
- Você comprou? – Eu perguntei sem acreditar.
- Sim, eu pesquisei na internet e encontrei um cara que tinha a banheirinha, eu encomendei e chegou na segunda-feira a tarde. – Ele a colocou delicadamente dentro da caixa de novo e pegou o livro.
- ‘Melancia’; nunca entendi o porquê de chamar Melancia, mais ai certa garota linda me fez entrar no clube do livro das tias e eu tive que ler, e foi engraçado, divertido e nos aproximou mais ainda. O mais fantástico é que eu nunca o li realmente, você lia em voz alta e grossa, essa sua mania de achar que assim fica mais imponente. E se tornou o nosso livro. – Eu já chorava fraquinho.
- Você... – Eu o olhava e não conseguia acreditar que ele era real.
- Por ultimo... – Ele falou rindo pegando o game boy – Lembra quando fomos viajar pro sitio do Caíque? E quando fui dormir eu falei que só conseguia dormir se jogasse antes e você disse que queria? – Eu confirmei com a cabeça. – Bom eu consegui me libertar, e agora eu te dou, como um presente pra nunca se esquecer de mim! – Eu ri fraquinho.
- Eu to me sentindo uma idiota! – Eu falei dando um soquinho fraco nele que ficou sério do nada.
- Por que, não gosto? – Eu ri segurando seu rosto e lhe beijando de leve.
- Claro que não lindo, eu amei... É que o meu presente é tão... Tão nada, perto do seu! – Ele rir me beijando em seguida.
- Nada que você me dê vai ser nada! – Eu o amava demais. Fala se pode ter namorado mais perfeito? – Agora me deixa ver! –
Eu me levantei indo pegar o embrulho junto das flores, o entreguei e quando ele abriu me empurrou na grama (praticamente jogou) e começou a me beijar.
- Linda, eu queria muito essa camiseta, e tá autografada! Meu Deus! – Ele beijava cada mínima parte do meu rosto me fazendo rir cada vez mais.
Depois de ficarmos horas e horas ali só namorando e conversando minha mãe ligou que ela me queria em casa em menos de uma hora; por ser tarde Renato decidiu pedir pra mãe dele me levar pra casa de carro, então fomos até a casa dele que era na rua de baixo do clube. Chegando lá eu não sabia o que fazer apesar da mãe dele me adorar nós tínhamos prometido que não iríamos ficar visitando a casa um do outro, então em esse quase um ano de namoro era a primeira vez que eu entrava em sua casa. Já que tínhamos que esperar sua mãe se trocar ele me levou ate seu quarto para que conhecesse.
Era um quarto bem organizado, com uma cama, uma escrivaninha, o computador, um painel na parede com os horários do cursinho e alguns comunicados e duas fotos, uma sendo nossa e a outra dele com os pais e um armário mais ao canto. Eu me sentei na cama enquanto esperava ele pegar a guitarra para me mostrar quando chutei sem querer uma revista que estava no chão, me agachei pra pegar e vi que era a playboy.
- Linda, você vai adorar, eu sei tocar garçom do Reginaldo Rossi, quase morri de rir quando aprendi! – Ele entrou rindo com a guitarra na mão, mais parou quando me viu com a playboy na mão.
- Gostou do corpo da Fani? – Eu perguntei cruzando os braços, eu não estava realmente brava, mais a cara de nervoso e envergonhado de Renato era impagável.
- Máa eu... – Eu abri a revista e comecei a folhear, nunca tinha visto uma coisa mais invasiva em toda a minha vida, ela estava com tudo à mostra e as pernas abertas, era vulgar, era vergonhoso e eu nunca tinha aberto uma revista desse gênero antes.
- Eu não sabia que você gostava desse tipo de coisa... – Ele pegou a revista da minha mão e a jogou em cima da cama.
- Eu não gosto, é do Léo, ele me pediu pra esconder... – Ele parecia mais nervoso ainda. – Posso tocar garçom pra você? – Ele se sentou na cama, pronto pra tocar Reginaldo Rossi, mais eu queria que ele me contasse a verdade.
- Renato não é vergonha você comprar uma revista playboy, é feita para garotos, você é um garoto, normal... – Ele me olhou sem entender.
- Eu vi, eu li todas as reportagens que tinha mais eu juro que não é minha... – Eu fiz cara de quem compreendia e aceitava numa boa. – Tem certeza que não está brava? – Ele segurou em minha mão firme.
- Claro que sim, não é como se você estivesse me traindo, é só uma revista... Tá tudo bem, mesmo! – Ele então colocou a guitarra de lado, se levantou foi até o armário, abriu pegou alguma coisa e voltou a se sentar segurando minhas mãos.
- Marília, eu nunca disse isso a ninguém, e eu nunca te disse isso por que eu sempre fui fraco e sempre fui muito inseguro sobre meus sentimentos, mais daqui catorze dias a gente faz um ano de namoro e eu acho meio injusto comigo e com você não dizer o que eu sinto e o que eu penso mesmo que inconscientemente toda noite. – Eu sentia suas mãos tremerem, e as minhas não estavam diferentes.
- Fala Re, o que foi? – Eu estava nervosa, eram muitas surpresas para um dia só.
- Eu gosto de você há tanto tempo, desde a sétima série pra ser sincero, mais eu sempre fui tímido e sempre tive medo da minha mãe que nunca quis que eu namorasse depois no primeiro ano eu pensei que fosse te esquecer, já que nós nos víamos pouco e você começou a namorar o nerd do Lucas. – Eu ri, ele já tinha me dito que não gostava do Lucas meu primeiro namoradinho. – Depois no segundo quando eu via você em TODAS as trocas de aula TODO intervalo meus sentimentos por você ficaram mais fortes, e ai você começou a ficar com o canalha do Pedro, que nunca te mereceu. – Eu abaixei o olhar, não gostava de lembrar tudo o que eu tinha sofrido pelo Pedro. – Na festa de formatura, quando sua amiga veio me dizer que você queria ficar comigo eu pensei, quer jeito melhor para se começar o ano do que ficando com a Marília? Não tem! Então te beijei, e naquele momento eu percebi que não tinha outra pessoa no mundo com quem eu queria estar, só com você – Ele abaixou a cabeça olhando para nossas mãos e eu pude ver sua mãe chegar, mais ela logo fez sinal para que eu ficasse em silencio e se afastou. – Eu não consegui continuar, eu era tímido e não sabia se você ainda gostava de mim, eu nunca gostei de arriscar, e minha mãe não queria que eu namorasse, mais então eu finalmente tomei coragem pra pedir pra namorar você, podia ter parecido meio cedo, mais já tínhamos esperado tanto... E eu ia te dar isso de aniversario de um ano, mais agora eu sei que o sentimento que eu tenho por você é verdadeiro e que não dá mais pra esconder, eu nunca disse isso a ninguém, mais eu digo a você hoje e agora. Marília eu amo você com todo o meu coração! – Meu coração parou, o mundo inteiro parou, éramos só eu e ele, no centro do preto e branco e embaçado, éramos nós dois e mais ninguém, ele tinha me dito que me amava, ele o menino dos meus sonhos, o meu namorado, o amor da minha vida, me amava também.
- Eu também te amo! – Eu falei deixando uma lágrima escapar, ele então tirou uma caixinha prata de trás e a abriu revelando dois anéis de prata.
- Namora sério comigo? – Eu ri o abraçando forte.
- Sempre foi sério! – Eu o beijei com vontade, ele então interrompeu e colocou a aliança no meu dedo anelar da mão direita sorrindo de orelha a orelha e eu o imitei logo em seguida.
- Eu te amo! – Ele disse de novo beijando o anel em meu dedo.
- Vamos Re? To pronta! – A mãe dele entrou no quarto com os olhos vermelhos.
- Mãe você ouvi! – Ele falou rindo, nós dois nos levantamos e a seguimos para fora do quarto.
- Foi lindo filho! – Ela abraçou Renato e depois me abraçou. – Vocês fazem um casal lindo! – Dizendo isso ela desceu na frente e ele me parou no topo da escada me beijando rapidamente antes de irmos embora.
Entramos no carro em silencio, eu me sentei atrás enquanto Renato sentou na frente com a mão, demos a mão por cima do ombro dele o que fez sua mãe apertar-lhe a bochecha.
- Marília você se importa se eu parar para comprar um cigarro? – Ela me perguntou meio envergonhada.
- Claro que não Dona Catarina. – Ela sorriu e Renato bufou nervoso.
- Desculpe querida, mais eu tenho esse vicio horrível. – Ela esterçou o carro e parou em frente à padaria descendo logo em seguida.
- Minha mãe é professora de educação física e fuma que ridículo. – Ele falou olhando nervoso para a janela.
- Deixa ela amor... – Eu falei me levantando um pouco e depositando um beijo em seu pescoço.
- Você é bem espertinha né dona Marília... – Eu o olhei sem entender.
- Por quê? –
- Quando ve os outros fumando, só falta subir na vassoura, agora como é minha mãe... – Eu lhe dei um tapa.
- Eu só não te bato mais por ter me chamado de bruxa por que estou de bom humor... E eu falo mesmo, mais o que vai mudar? – Ele riu beijando minha mão.
- Espertinha... – Nós dois rimos e sua mãe logo voltou para o carro.
Chegamos à portaria do meu prédio e Renato desceu comigo me levando até o portão.
- Obrigada, foi o melhor dia da minha vida. – Eu o abracei pelo pescoço.
- Obrigado você, por ter aceitado namorar comigo! – Eu revirei os olhos.
- A gente já namorava Renato, e claro que você ter me dado a aliança melhorou e fortificou tudo, mais meu amor por você não se mede por um pedaço de metal! – Eu disse antes de beijá-lo.
- Eu te amo. – Ele disse escondendo o rosto em meu pescoço.
- Eu também, muito! – Ele me olhou sorrindo, de repente bateu a mão na testa como se lembrasse de alguma coisa.
- Eu nem toquei Garçom pra você! – Eu gargalhei.
- Na próxima, eu vou adorar aposto! – A mãe dele buzinou, nós então nos soltamos e ele foi andando até o carro, antes de entrar se virou pra mim.
- Tchau, meu amor! – Ele mandou beijo logo em seguida.
- Tchau meu Reginaldo! – Nós dois rimos, eu mandei beijo também e finalmente entrei no prédio e ele foi embora.
Aquele foi o melhor dia dos namorados do mundo, ele que nunca tinha dito que me amava, disse depois de quase um ano, e tudo o que ele preparou foi mágico, depois de cinco anos esperando realmente valeu a pena, por que ele é realmente o amor da minha vida e eu não poderia estar mais feliz, bem que minha mãe disse ‘O que tiver que ser, será!’ Por isso nunca desistam de quem ama, e o dia (consumista e odiado) dos namorados pode ser tornar um dia (lindo e inesquecível) dos namorados.