As Férias da sua vida
por Marília De Santi


Challenge #04

Nota: 8,2

Colocação:




’s P.O.V on:
Férias!Nem acredito que finalmente estou pensando e concretizando esse maravilhoso desejo, EU, depois de três anos trabalhando sem parar finalmente vou ter Férias! Parece até um sonho, mais que graças ao meu bom e querido Deus, vai se tornar realidade e eu vou para Cancún, México!
Tenho passado vinte quatro horas desses três anos trabalhando e estudando, não estou reclamando, sou apaixonada pela minha profissão, ser promotora é um sonho desde os meus quinze anos, mais eu resumi minha vida a isso. Não tinha vida social, não sabia o que era sair em um sábado à noite para beber com amigos, por que sempre tinha que ficar em casa estudando algum caso importante. Mais agora, eu havia terminado um noivado com Charles, oceanógrafo que viajava pelo mundo e voltou dizendo que se apaixonou por uma bióloga; foi o meu empurrão para tirar minhas merecidas férias.
Estava indo para Platinum Coast Resort, cujo dono é um velho amigo da faculdade, e fez questão de me hospedar em seu resort, e depois de tanto insistir eu aceitei. Lá estava eu indo para o México!
Cheguei a minha casa por volta das três da tarde, olhei para as malas prontas perto a porta e já sorri, era só tomar um banho e sair em direção ao aeroporto. Joguei tudo no sofá e corri para o chuveiro como se aquilo fosse essencial para a minha existência, joguei as roupas pelo chão durante o trajeto, entrei no Box e fiquei imaginando todas as coisas que faria. Saí e coloquei minha roupa, já separada para a viagem, e peguei dentro do criado mudo o passaporte e os outros documentos necessários, saindo logo em seguida.
Sentei em minha poltrona da primeira classe, coloquei minha bolsa junto ao corpo e encostei a cabeça olhando pela janela, ainda não tínhamos nem começado a se movimentar mais a sensação de liberdade já me envolvia de forma arrebatadora.
’s P.O.V off

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Finalmente! Céus, se eu tivesse que ficar mais um minuto dentro daquele escritório eu me mataria! Sair finalmente pelas ruas de Londres, sentir a brisa bagunçar meus cabelos tinha um poder mágico em meu corpo. Eu afrouxei a gravata e tirei aquele paletó terrível que não tinha nada a ver comigo, joguei de qualquer jeito junto a minha pasta no banco de trás e acelerei, eu tinha duas horas para estar em casa, tomar um banho e partir para as minhas merecidas férias! Cancún, México me aguarde que está chegando para abalar!
Tomei um banho rápido já que o transito estava terrível e coloquei a primeira roupa que vi dentro do armário, desde que não fosse terno eu estava feliz e sai junto da minha única e mediana mala.
Chamei um taxi e novamente por culpa do transito cheguei atrasado ao aeroporto, quase perdendo o vôo, mas consegui fazer o check-in a tempo e fui correndo sentar no meu lugar.
Sentei praticamente me jogando e recebi um olhar repressor da mulher que estava sentada ao meu lado, mais eu dei o meu melhor sorriso imaginando que ela fosse ficar com as pernas bambas mais acho que não deu certo já que ela virou o rosto e voltou a olhar para a janela. muito bonita por sinal Cabelos pretos presos em um rabo de cavalo meio frouxo, um casaco preto grosso, uma calça jeans de lavagem escura, um sapato de salto extremamente alto rosa e vários acessórios.
- . – Eu estendi a mão para cumprimentá-la, primeiro ela me olhou como se estivesse buscando encontrar da onde me conhecia e então sorriu estendendo a mão e me cumprimentando.
- , muito prazer. – Ela balançou nossas mãos e mantinha um sorriso lindo no rosto. – Eu te conheço . – Ela soltou minha mão e apontou fazendo charme.
- Conhece? – Acho que se já a conhece-se a reconheceria, com certeza.
- O senhor não é assistente administrativo da Music Corporatin? – Ela sorriu mais ainda quando eu concordei com a cabeça. – Você estava na audiência do...
- Processo contra salários atrasados, agora me lembro de você... – Nossa, ela estava muito diferente do dia da audiência, no dia ela estava com os cabelos presos em um coque, roupa social, expressão fechada, totalmente diferente de agora.
Acabou o assunto depois disso, mais eu queria conversar mais com ela, ela era promotora, adorava mulheres poderosas, e uma coisa que agora eu reparara, ela não estava mais com seu gigante anel de diamantes no dedo anelar da mão esquerda.
- Está solteira? – Eu soltei sem querer. Ela me olhou assustada, sem entender então eu apontei para sua mão e ela suspirou.
- Ah sim, parece que uma bióloga é mais interessante. – Ela deu um sorriso fraco e voltou a prestar atenção na janela, e novamente ficamos em silêncio.
Passou-se menos de cinco minutos e fomos avisados que estaríamos decolando. Finalmente!
Depois de uns bons vinte minutos dentro do avião eu já estava começando a ficar entediado, e ela parecia muito bem enquanto lia um livro chamado ‘O poder da constituição’. Até que uma aeromoça muito estranha chegou.
- Olá, posso lhes oferecer quiche de camarão? – Ela me lançou um olhar um tanto quanto vulgar, eu não sou gay nem nada, mais detesto mulheres oferecidas.
- Não obrigada, - respondeu olhando rapidamente para a moça e voltando para o seu livro. - E você? – Eu estava começando a achar que ela iria me devorar junto com a quiche.
- Tem queijo né? – Eu perguntei fazendo careta, e a aeromoça oferecida confirmou com a cabeça.
- Não vai querer também, querido? – me olhou e lançou um olhar mortal para a aeromoça que pareceu ficar intimidade.
- Não amor, esqueceu que tenho intolerância a lactose? – Eu respondi segurando sua mão. – Nada de queijo para mim... Mais pegue você... – Estávamos tentando ser o mais convincente possível.
- Não quero querido, você sabe o efeito de camarão em mim... Obrigada, pode ir. – dispensou a aeromoça sorrindo, enquanto ela tinha certeza que poderia arrancar a cabeça de , não tenho culpa que eu sou gato!
- Ufa! Valeu... – Eu respondi sorrindo.
- De nada... Agora a história do queijo? Só pra afugentar? – Ela apontou com a cabeça para a aeromoça que ainda nos lançava olhares.
- Não tenho alergia mesmo... E você? – Será que era difícil perceber que eu queria puxar assunto?
- Alergia. – Ela respondeu voltando a seu livro. Tudo bem, não ia ter mais assunto e eu teria que aceitar. Mais pelos menos ela tinha me salvado da aeromoça safada e o pouco de conversa já foi uma evolução.
Mais por enquanto eu iria me limitar a tirar um cochilo.
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Tudo o que eu queria era ficar o mais longe de qualquer tipo de sentimento possível, só queria saber de horas e horas tomando sol até ficar com cor de argila, e vários tratamentos para a pele, mais não eu tinha que me sentar logo ao lado daquele Deus grego que era . Ele tinha um charme tão natural que chegava a ser assustador. Assim que ele chegou, eu não o reconheci de cara, mais já fiquei bamba com seu sorriso e depois quando descobri que ele era o tão comentado quase tive um troço. Ele estava com uma calça jeans de lavagem escura camiseta branca com uns desenhos coloridos e uma jaqueta preta por cima, lindo, MUITO lindo
tentou puxar assunto, várias vezes mais eu não podia ser simpática com ele ou dar qualquer abertura para pensar que poderia se aproximar, depois do meu relacionamento com Charles eu não queria ter mais nada com ninguém, mais isso foi antes do episodio da aeromoça.
Depois que fingimos ser um casal eu percebi uma coisa. Eu sou uma mulher de trinta e cinco anos livre bem sucedida e dona do meu próprio nariz viajando para o México. México, isso significa que tem um oceano inteiro me separando do meu país, do meu emprego e da minha vida, então não teria nada errado se eu quisesse ter qualquer coisa com o , por que o que acontece em Cancún fica em Cancún, certo?CERTO!
Chegamos ao aeroporto e eu tive que acordá-lo, ele tinha dormido e ficado mais lindo ainda, quantos anos será que ele tinha? Ele não tinha cara de ter chegado aos trinta ainda, ain meu Deus, será que eu estou pensando em ter alguma coisa com uma criança? Não, mais de vinte e cinco ele tem, isso com certeza, e o que são dez anos?Nada!Nada?
- ? – Eu balancei um pouco seu ombro mais ele parecia realmente adormecido, acariciei as costas de sua mão e ele continuou sem reagir, decidi então tentar o rosto, passei meus dedos calmamente por suas bochechas e ele pareceu reagir.
, acorda... Chegamos. – Ele então abriu os olhos devagar e sorriu de leve, eu me distanciei, aqueles olhos azuis lacrimejados por ter acabado de acordar me matavam. Eu peguei minha bolsa e me levantei, passei por ele e parei no corredor.
- Espero te ver por ai. – Eu falei piscando e sai andando, realmente eu esperava o encontrar novamente, e se fosse para acontecer alguma coisa iria acontecer, eu não precisava forçar.
Quando estava pegando minhas malas na esteira do aeroporto senti um perfume contagiante e assim que me virei lá estava ele.
- Acho que vamos nos ver sim em? – Ele pegou uma das minhas malas e colocou no carrinho por mim.
- Obrigada. – Eu respondi reparando que mesmo com o meu scarpin oito centímetros ele era bem mais alto do que eu.
- Topa tomar uma cerveja gelada comigo? – Ele perguntou enquanto andávamos para fora do aeroporto, eu não o olhava, procurava sem parar meus óculos escuros dentro da bolsa, já que assim que saímos fomos cegados pelo sol escaldante de Cancún.
- Adoraria, mas... – Ele fez uma careta fofa e eu ri. – Gostaria de passar no hotel primeiro...
Ele sorriu, acho que esperava que eu fosse lhe dar total fora, mais eu só quis adiar um pouco, afinal estava desconfortável com aquela roupa e eu precisava colocar uma mais fresca, já que não estávamos mais na fria e nublada Londres.
- Ah claro, podemos nos encontrar em algum lugar... – Logo depois de dar a opinião ele desfez o sorriso - Se eu conhecesse algum lugar por aqui.
- Façamos assim... Dê-me o seu telefone e assim que eu me trocar nos encontramos.
- Tudo bem, em que hotel você está? – Ele me entregou o seu celular e eu o meu para que assim pudéssemos marcar nossos números.
- Na realidade eu estou em um resort... Chama-se Platinum Coast Resort – Eu falei e no mesmo momento ele soltou uma gargalhada. – O que foi? – Eu perguntei sem entender, ele então tomou fôlego e respondeu:
- Eu também estou nesse resort. – Eu abri a boca não acreditando na coincidência.
- Não acredito!
- Acredite! – Ele me devolveu o celular e então pegamos um taxi juntos.
Durante o caminho me contou que conhecia George Fritz o dono do resort [que eu também conhecia, é o velho amigo da faculdade já mencionado] e que eles tinham se conhecido no casamento da irmã de , o primo do George se casou com a irmã do . Fala se esse mundo não é pequeno?! Assim que chegamos George estava na recepção.
- ! – Ele abriu os braços e veio correndo me abraçar.
- George! – Eu o abracei também, ele me levantou e girou comigo me fazendo rir muito. Éramos melhores amigos na faculdade.
- ! – Ele sorriu abraçando a também. – Como...? – Ele perguntou apontando de mim para rindo.
- Nós nos conhecemos agora no avião! – respondeu, rimos os três juntos e então George nos levou até a recepcionista.
- Liza, esses são meus convidados especiais... Os coloquem nos melhores quartos, por favor! – Ele falou com ela e então se virou para nós dois. – Tenham uma boa estadia... Encontramos-nos no almoço! – Dizendo isso ele saiu me deixando sozinha com .
Fomos então fazer nossa ficha na recepção, e eu tive que dar uma espiada na ficha dele. Minha curiosidade falava mais alto.
‘Nome:, estado civil: solteiro, data de nascimento: 05/02/1980; OH MEU DEUS! Ele tem vinte e nove anos!’ Eu tentei disfarçar com o meu espanto. Realmente quem olha pra ele não diz que ele tem vinte e nove, diz que tem menos, e nossa diferença eram apenas seis anos e não dez anos o que já melhorava. Mais será que ele não gostava de mulheres mais velhas?Não acho que não... Mulheres mais velhas são sempre muito atrativas, mais espera o que eu estou pensando? Pareço uma adolescente, que coisa...
- Srta? Srta...? – A mocinha da recepção me chamava com uma caneta estendida, eu apenas sorri e assinei o papel e logo em seguida ela me deu a chave do quarto que parecia um cartão de crédito. – Quarto 328, e seja bem vinda ao Platinum Coast Resort, esperamos que a senhorita tenha uma boa estadia!
- Obrigada! – Eu peguei a chave e quando me virei me olhava com os olhos cerrados.
- Então, estamos em quartos vizinhos agora... Podemos nos trocar e nos encontramos em meia hora na piscina? – Ele apontou para a grande visão da piscina que dava para se ver pelas portas grandiosas de vidro.
- Claro, em meia hora... – Eu concordei e ele virou indo em direção ao bar, pelo jeito ele não iria subir por enquanto.
- A propósito. – Ele se virou me chamando enquanto eu já andava para o lado contrario em direção aos elevadores. – Adoro mulheres mais velhas! – Dizendo isso ele se virou indo até o bar, eu me controlei muito para não ficar extremamente vermelha e corri para o elevador. Ele me deixaria louca.
Assim que entrei na minha suíte de férias quase cai para trás. O lugar era maravilhoso, uma cama gigantesca, uma sacada com cortinas claras, sofás pequenos bem posicionados, um frigobar, armário com alguns docinhos, um banheiro enorme com banheira, perfeito! Tirei aquele casaco pesado que usava e fui logo abrir minha mala atrás da minha roupa de banho.
Coloquei um biquíni rosa clarinho, frente única e por cima uma saída de praia com uma estampa divertida e bem praiana, minha bolsa de palha, e meus óculos gigantes de sol. Coloquei minhas roupas dentro da pequena cômoda só para demorar um pouquinho mais, e depois de já ter desfeito minhas malas e arrumado o banheiro do meu modo eu desci. Criancice querer o fazer esperar, eu sei, mais eu podia, eram as minhas férias!
Assim que desci o encontrei deitado nas espreguiçadeiras da piscina, estava apenas com um short de tactel com umas flores brancas, bem no estilo praia.
- Está aqui há muito tempo? – Eu perguntei parando em frente a ele. Ele abaixou os olhos e foi subindo, dos meus pés até a cabeça.
- Nã... Não. – Ele respondeu se sentando e me dando um espaço para sentar.
- Enquanto estava descendo ouvi um casal dizer sobre um passeio de barco... – Eu comentei olhando para a paisagem que podia ser vista dali.
- Eu ia adorar ir... Você... Quer... Ir? – Eu estava o deixando nervoso ou era só impressão.
- Por isso eu comentei... Vem bonitão... – Eu me levantei e estendi a mão para ele que segurou e eu o puxei, quando me virei para andar ele me puxou de volta. Nossos corpos colidiram e ele me segurou com força pela cintura deixando nossos rostos bem próximos e nossas bocas separadas por poucos milímetros.
- Tem certeza que quer ir andar de barco? – Ele abaixou o rosto passando o nariz e os lábios bem de leve pelo meu maxilar e descendo para o pescoço, eu respirei fundo, eu não o deixaria virar o jogo;
- Absoluta. – Eu lhe dei um tapinha no peito dando impulso e me separando dele mais ainda segurando sua mão. – Vamos logo...
E então fomos andar de barco. No começo eu não sabia se estava enjoada pelo balanço ou pelo me observando e prestando atenção em cada movimento que eu dava.
Eu fui para a parte mais alta do barco e a menos movimentada tomar um ar, fiquei bem na beirada com os olhos fechados e meu Ipad tocando Jamie Cullum – Mind Trick, que combinava muito bem com o clima, a brisa e a paisagem quando senti um corpo quente se aproximar de mim e dois braços aparecerem no meu campo de visão me abraçando pela cintura e as mãos seguravam duas garrafas de cerveja. Eu tirei um dos fones e me virei para olhá-lo.
- Estava te devendo uma cerveja. – Ele colocou o rosto na curva do meu pescoço e soltou o ar me deixando zonza.
- Brigada...
- O que você estava ouvindo? – Ele deu um beijo em meu ombro e logo em seguida dando um gole na cerveja. Eu toquei a tela do Ipad com a ponta do dedo e se iluminou aparecendo o nome da música e ao fundo uma foto minha com minha melhor amiga, estávamos com toucas na cabeça e esponjas de banho, era uma foto bem engraçada.
- Jamie Cullum. – Eu me virei de leve tentando o olhar.
- Não sei o que é melhor a música ou a foto! – Ele riu baixinho e eu lhe dei um leve belisco no braço o fazendo rir mais e voltar a colocar a cabeça na curva do meu pescoço. Parecíamos dois adolescentes.
Eu dei um gole na minha cerveja e ficamos assim por um tempo, apenas olhando aquela vista maravilhosa e sentindo nossos corpos colados e abraçados.
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-Será que odor de peixe não vai sair? – Eu perguntei fazendo graça enquanto entravamos de mãos dadas no resort. Não tínhamos nos beijado, nem nada do tipo mais quem olhasse de fora diria que éramos um casal.
- Você que quis pegar e ficou se esfregando, agora aguenta o ‘odor’ – Ela falou praticamente gargalhando da minha cara e fazendo aspas quando falou odor.
- Por que ‘odor’? – Eu perguntei a imitando.
- Ah por que eu quis !
Nós dois continuamos a rir.
- Olha só meu casal de amigos preferidos! – George veio até nós de braços abertos, se eu não tivesse certeza que a já era minha eu teria ciúmes de George, ele era quase igual ao seu xará o Clooney, mais ela sempre o tratava como apenas amigos, sem olhares nem nada parecido com o que ela fazia comigo.
- Tudo bem? – Ela perguntou abraçando a George.
- Melhor agora linda... – Ele fez charme e eu apenas os olhava, – Jantam comigo?
Ela me olhou e então fez um biquinho muito charmoso como quem não sabia o que responder.
- O que você acha ?
Espera. Ela queria a minha opinião? Isso significava que ela queria jantar comigo.
- Por mim tudo bem... – Eu respondi sorrindo, ela então sorriu abertamente.
- Então tudo bem, nos vemos no restaurante mais a noite? – Ela perguntou e George balançou a cabeça negando.
- Me encontrem aqui na recepção as oito e meia, - Ele então começou a se distanciar. – E vista seu melhor vestido! Você também ...
George então se afastou e então se aproximou de mim e me abraçou pelo pescoço.
- Onde será que ele pretende nos levar? – Ela perguntou ainda olhando para onde George tinha ido.
- Não sei, mais acho melhor subimos, já são seis horas...
- Demora tanto assim para se trocar bonitão?
- Quero ficar cheiroso pra você – Eu respondi piscando e então ela me afastou rindo, segurou minha mão e me puxou para o elevador rindo.
- Não vejo à hora de tomar um banho gelado! Que calor é esse! – Ela se encostou à parede do elevador depois que entrou e apertou o botão do terceiro andar.
Eu então me aproximei dela, não sei por que mais meu corpo pedia pelo dela, pedia para que eu me aproximasse e a estivesse tocando o tempo todo, eu coloquei uma mão de cada lado do seu rosto e me aproximei o bastante para vê-la fechar os olhos, mais parei. Não iria me aproximar mais, eu passei o dia inteiro tentando beijá-la, se ela quisesse teria que me beijar. Dito e feito, ela segurou com firmeza no cós do meu short e me puxou para mais perto, chocando minha barriga nua na sua coberta com aquele tecido fino e encostou nossos lábios os deixando apenas encostados. Até que não aguentei mais, a segurei com força pela cintura e aprofundei o beijo, não tínhamos nem um pouco de vergonha, ela agarrava meus cabelos com força e eu apertava sempre mais sua cintura como sinal de que queria mais e mais. Ouvimos o sininho do elevador indicando que tínhamos chegado a nosso andar e ela começou a me empurrar para trás, até que me senti esbarrar em alguma coisa, parei de beijá-la e olhei para trás, uma camareira passava bem naquela hora com o carrinho. Eu pedi desculpas e ela começou a rir. Sua risada me contagiou e eu comecei a rir junto, em meio segundo estávamos gargalhando no meio do corredor. Ela foi andando até a porta de seu quarto e me puxando pela mão, passou o cartão e abriu a porta se virando pra mim em seguida e me dando um selinho longo.
- Nos vemos oito e meia? – Ela perguntou ainda com nossas bocas grudadas e olhos abertos,
- Pensei que fosse me chamar pra entrar. – Eu andei para frente mais ela me empurrou pra trás ainda rindo.
- Hoje não bonitão...
Eu juro que ouvir ela me chamar daquele jeito me dava calafrios. Ela segurou minhas bochechas com uma mão [fazendo peixinho] e me deu outro selinho demorado.
- Até depois...
E fechou a porta, me deixando ali cheio de vontade no meio do corredor.
Eu já tinha tomado banho, já tinha me trocado [coloquei uma calça jeans escura, all star e camisa xadrez preta], feito a barba, escovado os dentes. Enfim, estava pronto. Saí do meu quarto e quando virei para pegar o cartão da porta a vi.
Estava linda, não, ainda é pouco ela estava maravilhosa, estonteante.
- Ual... – Eu disse me aproximando, ela deu uma risadinha sem graça e girou vindo parar já comigo a abraçando pela cintura.
- Gostou? – Ela perguntou passando a mão de leve no meu rosto.
- Linda!
- Brigada!Você também... – Ela se soltou e então como de costume começou a me puxar para o elevador.
Usava um vestido curto, todo estampado com cores vivas, os cabelos presos em um coque baixo e frouxo deixando algumas mechas soltas, um salto bem alto e um perfume fantástico.
Entramos no elevador e ela me beijou do nada, me deixou um tanto quanto assustado mais assim que percebi o que estava acontecendo a beijei de volta, dessa vez ela não tinha urgência e nem eu, parecia que estávamos nos beijando apenas para confirmar que realmente estávamos ali, e juntos. Quer dizer pelo menos era o que eu sentia.
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Fechei a porta e ouvi sininhos tocar, GENTE COMO ELE BEIJA BEM! Eu deslizei pela porta e fiquei um tempo ali pensando, eu realmente teria que mudar, eu estava agindo como minha sobrinha de dezesseis anos e eu sou uma promotora respeitada de trinta e cinco, não posso ficar desse jeito.
Resolvi ir tomar banho para relaxar as ideias, aquele calor de Cancún estava acabando comigo, eu sentia vontade de tomar banho de cinco em cinco minutos.
Estava na minha banheira quando me bateu uma saudade de , minha melhor amiga. Peguei meu Ipad e disquei o número já tão conhecido.
- Alô? – Ouvi a voz dela do outro lado, me deu um aperto no coração, fazia meses que a gente não se falava direito.
- Hola que tal? – Eu perguntei forçando o meu melhor espanhol possível. E eu a ouvi gargalhar.
- Você é péssima, peixe... – Peixe, nós nos chamávamos assim na faculdade.
- Que saudades amor... – Eu disse.
- Eu também... Está no México mesmo?
- Si... E conheci um Chico. – Ela riu mais ainda.
- Conte-me tudo não esconda me nada! – Ela tentava fazer um sotaque espanhol, péssimo.
- Lindo, é um bom adjetivo...
- Mexicano?
- Não inglês... Conheci no avião...
- Ual!
- Pois é, ele viu nossa foto com a toca e a esponja...
- Ah , estamos péssimas naquela foto! – A escutei resmungar.
- Estamos nada, estamos lindas!
- Sei, sei mais ó não esquece, de ficar sempre linda não vai perder o macho...
- Pode deixar... Alguma dica?
- Deixe-me ver... Desodorante, o calor daí é infernal, passe litros e litros de desodorante...
- Ok, anotado o que mais?
- Está no resort do George né?
- Yep...
- Então... Hum... AH! Tem um SPA perfeito ai, com uma mascara de pepino que é a salvação de todas as mulheres, abre os poros que é uma beleza...
Eu só ria com as coisas que ela falava, estava com saudades dela, além de não termos tempo ela estava morando na França com o marido que é arquiteto. Então nos víamos quase nunca.
- Tudo bem, desodorante, mascara de pepino para os poros e sempre linda, anotado... Liguei só pra matar a saudades, vou jantar com ele e com o George, mais tarde te ligo...
- Ok, vai lá aproveitar o gato do George e o suposto gato do inglês... Me liga mesmo, te amo.
- Muito mesmo, beijos. – Desliguei.
Antes de contar de para eu ainda estava meio apreensiva, sobre ele ser mais novo, por estar me comportando como uma menina, mais ela me tirou todo o medo e me divertiu me fazendo esquecer tudo e apenas sorrir, por isso ela é a minha melhor amiga *-*
Saí do banho, coloquei meu melhor conjunto de lingerie e comecei a procurar o que usar, tinha que ser chique sexy e comportada ao mesmo tempo.
Passei muito desodorante como me falou, passei perfume, e escolhi um vestido estampado, cinco dedos a cima do joelho. Prendi os cabelos de uma forma leve e passei pouca maquiagem.
Assim que sai vi fechando a porta, e meu senhor como ele estava lindo. O cabelo parecia meio molhado ainda do banho e totalmente bagunçado, parecia ter dormido e acordado.
- Ual... – ele disse enquanto eu aproximava-me devagar eu dei uma voltinha e parei quando seus braços envolveram minha cintura.
- Gostou? – Perguntei passando a mão de leve no seu rosto.
- Linda!
- Brigada!Você também... – Eu me soltei dele mais segurando sua mão o puxei para o elevador.
Entramos no elevador e eu o beijei do nada, acho que o assustei um pouco já que ele demorou a reagir, mas dessa vez eu não tinha urgência e ele também não, parecia que estávamos nos beijando apenas para confirmar que realmente estávamos ali, e juntos. Quer dizer pelo menos era o que eu sentia. Assim que o elevador parou, nós nos distanciamos e fomos de mãos dadas até a recepção onde George nos esperava de braços dados com Georgiana.
- Gigi! – Eu gritei assim que a vi, e corri abraçá-la. Ela continuava com o mesmo estilinho surfista de sempre, cabelos loiros de sol, vestido longo praiano.
- !
se aproximou e ele nos olhava sem entender.
- Oi... – Ela falou meio em dúvida.
- essa é Georgiana, amiga de faculdade assim como George.
- Hola ... – Gigi o cumprimentou.
- Você é Georgiana Willians? Surfista profissional? – Ele perguntou enquanto apertava a mão de Gigi, nervoso.
- Isso... – Ela respondeu o olhando desconfiada.
- Cara, quando eu estava no ultimo ano do colégio eu fui ver você surfar na Califórnia... – Ele sorria abertamente.
- Nossa... Eu sou velha assim? – Nós todos rimos. – Você surfa?
- Não... Mais eu fui à Califórnia participar de um campeonato de skate. Eu andava no colégio e vi voce lá... – Ele explicou sorrindo mais ainda. – Você arrebentou...
- Valeu, valeu... Mais a tava lá também... – Ela apontou pra mim sorrindo. – Antes de meter a cara nos livros pra passar o serviço público, ela surfava...
- Surfe de faculdade, nada demais... – Eu fiquei envergonhada quando falavam do meu surfe, e um pouco tocada, é uma fase da minha vida que eu gostaria de reviver.
- Eu não sabia... – Ele me olhou como se eu fosse a coisa mais linda e perfeita do mundo, como se orgulhasse por eu ter surfado. – Ficou em que lugar?
- Prata, quase tirou o meu lugar... – Gigi respondeu.
- Para... Não íamos jantar? – Eu mudei de assuntou fazendo todos rir, George então fez que tinha se lembrado de algo e puxando Gigi pela mão ele foi para fora do resort.
- Vou querer saber mais disso depois... – sussurrou em meu ouvido, eu apenas sorri e apertei sua mão na minha,
Assim que saímos vimos o extravagante Cadillac Provoq Concept de George estacionado bem em frente ao resort.
- Sempre querendo aparecer... – Gigi sussurrou em meu ouvido antes de entrar no carro, eu ri e puxei para parte traseira junto comigo,
- Carro novo? – Eu perguntei e vi Gigi fazer careta pelo retrovisor, agora George iria falar e falar do carro até não poder mais.
O que pareceu ter adorado já que os dois começaram uma conversa muito animada sobre carros e motos e qualquer outro tipo de automóvel.
Chegamos ao restaurante muito elegante a beira mar, George se aproximou da recepcionista sorrindo.
- Fritz, mesa para quatro. – Ele disse e no mesmo momento recebeu um beliscão de Gigi.
- Não fique fazendo charme... – Ela disse e logo em seguida lhe deu um selinho demorado.
- Olhos só pra você minha surfistinha... – Eles eram assim desde sempre, no Love, nos ciúmes, terminavam e voltavam.
Nós nos sentamos em uma mesa de frente pro mar, e ficamos conversando. O garçom veio, nós fizemos os nossos pedidos e voltamos a conversar, que já conhecia George pareceu se entrosar bem com Gigi, já que os dois que monopolizavam a conversar e, eu fiquei apenas escutando.
Ele era inteligente, engraçado, charmoso, cavalheiro e em um dia ele já tinha me feito uma pessoa muito mais feliz do que... Charles meu ex-noivo, por exemplo, nunca me fez em seis anos de namoro e dois de noivado. Ele era espontâneo e carismático, e parecia mais maduro, nos contou que quando mais novo ele e seus amigos sonhavam em ter uma banda, e mesmo seus pais dando muita força nunca deu certo.
Começamos a comer e a beber, o vinho estava muito bom e a comida melhor ainda. O jantar estava indo maravilhosamente bem. Gigi se levantou nos chamando para irmos para a praia e foi o que fizemos.
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’s P.O.V on:
Estávamos nos beijando com muita vontade, a porta bateu na parede fazendo um barulho alto e nós apenas rimos e continuamos a fazer o que estávamos fazendo, ela deu impulso e subiu no meu colo cruzando as pernas na minha cintura, eu andava as cegas pelo quarto e tropecei em vários lugares até finalmente chegar a cama, tínhamos bebido um pouco mais o que causava uns tropeços a mais. - ... – Ela falou enquanto eu desci meus beijos por seu pescoço.
- Hum? – Eu perguntei baixinho, mais ela apenas riu.

Acordei com beijos sendo distribuídos pelas minhas costas, resmunguei primeiro e então depois me virei e vendo sorrindo pra mim.
- Bom dia... – Ela me deu um beijo rápido apoiando a cabeça em cima da mão que estava esparramada em meu peito.
- Bom dia... – Eu respondi passando a mão pelo cabelo.
-Dormiu bem? – Ela perguntou começando a beijar todo o meu peito até chegar a meus lábios e me beijar com vontade.
- Muito... Muito... – Eu respondi por meio dos beijos e me virei ficando por cima dela. – Tem certeza que eu ainda não estou sonhando? – Eu perguntei a fazendo sorrir abertamente, adorava falar essas coisas melosas só para poder ver seu sorriso.
- Se estivermos não me acorde! – Ela respondeu me puxando e me beijando de novo.

Depois de ficarmos mais uma meia hora na cama eu fui fazer minha higiene pessoal e ela ligou para a recepção para pedir nosso café.
Quando saí do banheiro apenas de toalha amarrada na cintura ela estava com a minha camisa da noite anterior e a gola estava aberta deixando seu ombro direito todo de fora, na sua frente uma mesa muito farta, com frutas, sucos, pães e frios de todos os tipos.
- Uhm que delicia... – Eu falei indo até o armário pegando uma samba canção a vestindo e jogando a toalha em qualquer lugar indo me sentar perto dela logo em seguida.
- Experimenta isso... – Ela pegou um pedaço de alguma coisa e colocou na minha boca, pegando outro e colocando na sua, ela fez uma cara de quem estava comendo a coisa mais deliciosa do mundo, já eu queria vomitar, que coisa horrível era aquilo?Gosto de perfume.
- Nossa... Que horror! – Eu falei procurando um guardanapo para cuspir.
- Nem se atreva... Engole! – Ela ordenou rindo,
- Isso é horrível... – Eu resmunguei correndo para o banheiro, mais ela foi mais rápida e ficou na frente da porta.
- Para de frescura! – Ela cruzou os braços. – Engole!
- para! Isso é horrível, me deixa cuspir! – Eu tentei passar mais ela continuou na frente, eu fiz cara de criança e ela finalmente me deixou passar me dando um tapa na bunda o que me fez rir. Corri e cuspi tudo no vaso, e junto me veio uma vontade terrível de vomitar, tive que me segurar. Escovei os dentes e voltei para a cama deitando ao seu lado.
- Come isso! – Ela estava segurando um morango, e a olhei desconfiado apoiando o corpo nos cotovelos
- É mais alguma coisa com gosto de perfume?
- Não sei bobo, apenas morango... – Eu levantei a sobrancelha, duvidoso então ela mordeu o morango e me deu um beijo.
- Viu? Docinho... – Ela colocou o morango na minha boca e voltou para perto da mesa. Eu me levantei e a abracei pro trás.
- O que você me deu pra comer em? – Eu comecei a beijar seu ombro a mostra a fazendo rir.
- Um doce de açaí.
- Argth, odeio açaí! – Eu continuei a beijar seu ombro, ela então se virou e se sentou em meu colo com uma perna de cada lado.
- E onde você comeu açaí pra odiar? – Ela perguntou beijando meu pescoço e fazendo peso contra meu corpo até estarmos novamente deitados,
- Brasil baby... – Eu respondi e ela riu.
Ficamos no quarto o dia inteiro.
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Quinto dia no resort, e só alegria. Eu me mudei para o quarto do , isso significava que agora era vinte quatro horas por dia com ele e eu não me importava nem um pouco.
Estávamos sentados na recepção do SPA para esperar a nossa vez para a máscara de pepino recomendada por , ele estava lendo uma revista sobre animais das savanas africanas [totalmente inútil], e estava apenas com um roupão branco. Lindo.
- Srta. e Sr. , os senhores já podem entrar... – Uma mocinha olhava para como se ele fosse comestível, eu segurei em sua mão e lhe dei um selinho demorado antes de entrarmos na sala.
- Ciumentinha... – Ele falou colocando a mão na minha cintura e me puxando para dentro da sala.
Deitamo-nos e logo duas mocinhas entraram, começaram o ritual já conhecido por mim, e eu sabia que meu momento de relaxar estava começando.
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Assim que me deitei uma moça com um vestidinho branco veio até mim, ela era bem gostosa, e devo dizer que se eu não estivesse com a por cinco dias eu teria dado em cima dessa ai.
Ela chegou e colocou uma faixa no meu cabelo e pediu para eu fechar os olhos. Senti uma coisa gelada e meio gosmenta chocar com a pele do meu rosto e ela começar a massagear. Em seguida outra coisa foi colocada, agora mais gelada e com um cheiro conhecido, devia ser a tal máscara de pepino que falou.
Aquele negócio era gosmento, e ainda bem que eu estava de olhos fechados por que acho que ao contrario eu ficaria com vergonha de mim mesmo e com muito nojo.
Em seguida ela pediu para que eu abrisse o roupão, eu a olhei sem entender, mais ela só riu, abriu meu roupão e por cima das partes intimas colocou uma toalhinha.
Começou a massagear todo o meu corpo, começando pelas pernas, depois subiu para o abdômen, e meu Deus aquilo era bom.
Acabei cochilando.

- Senhor ? – Uma voz longe e calma me chamou, e eu sentia uma mão massagear minha coxa de uma forma muito boa.
- Hum? – Eu resmunguei, não queria ter que abrir os olhos, estava muito bem.
- O senhor pode se virar de costas? – Ela perguntou docemente, e eu como de costume passei a mão pelo rosto, mais logo me assustei lembrando-me da máscara, mais não tinha mais nada. Ela tinha lavado o meu rosto e eu não tinha acordado, essa moça era realmente muito boa. Levantei-me então e me virei como ela pediu, olhei para o lado e vi que não estava mais ali,
- Onde está à senhorita ?
- Ela foi para o banho de lama...
Ela então começou a massagear minhas costas e mais uma vez eu adormeci.
Acordei e estava sozinho ali no local da massagem, olhei para os lados assustado e não encontrei ninguém, me levantei e coloquei o roupão, quando me virei para olhar meu rosto no espelho vi entrar.
- Oi bonitão... – Ela se aproximou me abraçando por trás.
- Oi linda... – Eu me virei lhe dando um beijo.
- Ual, sua pele ficou muito boa mesmo... – Ela passou a mão por meu rosto e então se virou para olhar os seu, começou a puxar um lado, apertar o outro... Mulheres.
- Para, você está linda! – Eu segurei sua mão e ela sorriu.
- São os poros! – Ela apontou para o rosto fazendo graça e eu a puxei para um beijo.
- To louco por uma piscina; vamos? – Eu perguntei já a puxando para fora daquele SPA.
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estava com os braços apoiados na beira da piscina enquanto eu estava sentada em uma das espreguiçadeiras fazendo as unhas.
- quando eu falei piscina, eu quis dizer nós dois... – Ele passava a mão molhada e gelada pelo meu calcanhar fazendo eu me arrepiar.
- Ain lindo desculpa mais eu precisava tirar o esmalte... – Eu mandei beijo pra ele que bufou e mergulho apenas o cabelo na água, depois chacoalhando a cabeça de um lado para o outro me molhando. - ! – Eu gritei o fazendo rir e mergulhar em seguida.
- Continuei a passar o meu esmalte vinho [conhaque, da risque] quando um grupo de meninas, de dezesseis/dezessete anos apareceu, elas olharam para dentro da piscina e começaram a dar risadinhas, parecendo um bando de hienas.
‘Ain ele é muito gato... ’
‘Nossa, se ele me desse bola... ’
‘ Quantos anos será que ele tem? Será que se importa de beijar garotas mais novas?’
Esses eram os comentários que as hieninhas faziam em relação ao MEU . Sim, por que enquanto estivéssemos em Cancún, e enquanto estivéssemos juntos ele era meu. Eu dei uma risadinha assoprando o esmalte e quando elas me virão fizeram tchauzinho. me olhou de dentro da piscina e fez um tchauzinho para as hieninhas, aposto que só para me provocar... Então é claro que elas se aproximaram...
- Oi. – A mais alta de todas se aproximou e se sentou na espreguiçadeira antes pertencente a .
- Olá... – Eu sorri ainda assoprando as unhas.
- Esmalte bonito... Conhaque? – Ela perguntou apontando para o vidrinho em cima da minha canga, e eu apenas concordei, ela olhou para as amigas que pareceram apressarem ela a falar alguma coisa, e eu tentei ser simpática.
- Posso ajudar em alguma coisa?
- Você... Conhece, o... – E indicou com a cabeça.
- ? – Eu sabia me fazer de boba às vezes.
- Isso, o ...
- Escuta... – Eu me virei para ela sorrindo. – Qual o seu nome?
- Melanie!
- Então, Melanie... Quantos anos você tem?
- Dezesseis...
- Então, o tem vinte e nove, e está acompanhado... Não é legal ficar dando em cima dele... – Ela pareceu murchar com o meu comentário, eu então olhei em volta e encontrei um menino moreno nos olhando. – Mais olha discretamente para trás... Aquele menino não para de te olhar, e aposto que ele tem a sua idade...
Ela sorriu abertamente e olhou para trás.
- E ele é bem bonitinho...
- Então, tenta ficar com ele, quem sabe?
- Tudo bem, muito obrigada... – Ela se levantou e foi andando até as amigas, depois se virou fazendo jóia com as duas mãos. – A senhora é demais!
SENHORA?Como assim? Eu tinha sido super legal com ela, tinha que me chamar de Senhora?! - O que estava falando com a criança? – Nem tinha reparado que tinha saído da piscina e já estava sentado atrás de mim me molhando por completo.
- Parece que você faz sucesso com as menininhas... – Eu me virei lhe dando um beijo.
- Eu faço sucesso com todas... – Ele respondeu se levantando, - Agora você vai entrar comigo...
Eu me levantei e estendi os braços pra cima, tirou minha saída de praia, me abraçou pela cintura e pulou na piscina.
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Dez dias haviam se passado, eu e tínhamos mais cinco dias para aproveitar e então voltaríamos para casa e para a nossa vidinha de trabalho, trabalho e trabalho. Por isso, resolvemos ir acampar, George estava indo com Georgiana para um hotel na ilhazinha bem em frente ao resort, e que poderíamos ficar ao ar livre, olhando as estrelas e ainda teríamos o mar todinho para nós.

Fizemos nossas malas e fomos esperar George na recepção, iríamos ficar os nossos últimos dias na ilha e então já iríamos direto para o aeroporto.
Fomos de barco até Isla Mujeres e ficamos em frente ao hotel de um amigo de George. Colocamos nossas barraquinhas bem na beira do mar, e íamos jantar no hotel. Não éramos tão apaixonados por acampamento assim...
De noite, depois de muito bem alimentados, a luz das estrelas sobre nós, eu e deitados abraçadinhos com um cobertor [o dia é quente a noite fria] quando tudo começou a desandar. Estávamos no beijando, com vontade, quando:
- AH!ODEIO INSETOS! – Ela gritou, do nada quase me matando do coração.
- ? – Eu me sentei enquanto ela se levantava e começava a mexer com raiva na bolsa.
- Você trouxe repelente? – Ela se virou me perguntando, ela estava com a blusa levantada até os seios, os cabelos todo descabelado, e a boca roxa, engraçada mais ao mesmo tempo assustadora.
- Não... – Eu respondi com medo, seus olhos aumentaram de tamanho me assustando mesmo.
- Como não? Eu pedi, lembro muito bem de ter dito... ‘ não se esquece de pegar repelente’ quando você foi até a lojinha do resort. – Ela gesticulava enquanto chutava a bolsa que não queria fechar.
- Calma ... Desculpa-me eu esqueci... – Ela gritou de novo e eu finalmente fiquei de pé. – Você quer parar de ser boba, são só mosquitos... – Eu tentei beijá-la mais ela me afastou.
- Não, eu quero repelente... Repelente que você deveria ter comprado e não comprou...
- ...
- Ain , eu vou até o hotel... – Ela abaixou a blusa, tentou arrumar os cabelos com a mão e começou a andar apressada pela areia em direção ao hotel.
- Tá tudo bem? – Georgiana colocou a cabeça para fora de sua barraca.
- Tudo sim... – Eu nem disse mais nada, me levantei e fui atrás de .

- Quer parar de correr! – Eu a segurei pelo braço quando já estávamos na varando do hotel, eu fiquei gritando seu nome e ela fingia não escutar.
- Eu preciso de um repelente! – Ela se soltou do meu braço com raiva e foi andando.
- , para! – Eu a segurei com força.
- Você não pode estar toda irritada só por isso... Foi alguma coisa que eu falei? Alguma coisa que eu fiz? – Eu perguntei
- Não , por que o mundo não gira em torno de você, eu só quero a droga do repelente! – Aquilo realmente me atingiu.
- O mundo não gira em torno de mim? Quem tá fazendo escândalo por causa de um repelente?
- Eu... Só quero... UMA DROGA... DE UM REPELENTE! – Ela gritou entrando na lojinha do hotel. O mocinho parecia assustado, por ter uma mulher alucinada a essa hora da noite,
- TEM REPELENTE? – Ela continuou a gritar, ele saiu praticamente correndo e foi até uma parte mais afastada da lojinha.
-Chega! Eu levei numa boa quando você fez charme pro motorista do barco, eu levei numa boa quando você começou a tacar o meu remédio de asma pro ar, o que poderia ter me feito morrer! MORTO, EU PODERIA ESTAR MORTO! AGORA A PORRA DO REPELENTE EU NÃO ADMITO! – Eu estourei também, ela tinha parado de me beijar quebrado todo o clima, e agora dava ataque do nada e ainda falava que o mundo não girava em torno de mim?Fala sério, eu fiquei puto!
Ela me olhou como se não acreditasse que eu tinha dito tudo aquilo.
- Se você estivesse morto talvez não estaríamos discutindo por causa da ‘porra do repelente’! – Ela fez aspas com a mão, pegou o repelente com raiva da mão do atendente jogou uma nota na mão dele e saiu andando, e eu fiquei lá. Não queria falar com ela agora.
Depois de ficar um tempo pensando na nossa briga idiota eu resolvi voltar para o nosso ‘acampamento’, quando cheguei vi que não estava mais ali, Georgiana e George estavam abraçados olhando um barco partir. Não podia ser.
- Cadê a ? – Eu os olhei e no mesmo momento recebi a confirmação, ela tinha ido embora. Comecei a correr que nem um idiota pela areia até chegar ao píer e começar a gritar para o barco parar, mais ele já estava longe, não tinha como. Voltei correndo de novo e parei em frente a George, não sabia se meus olhos ardiam por que eu ia chorar ou pela falta de ar causada pela asma. Georgiana percebeu que eu comecei a ficar roxo e correu pegar meu remédio.
- Eu tomei e parei um tempo sentado olhando para o casal que parecia sentir pena de mim. - Por que vocês a deixaram ir? – Eu perguntei baixo e então senti lágrimas brotarem dos meus olhos, eu estava realmente chorando.
- Ela disse que nada iria a impedir de ir, ... Sentimos muito... – Georgiana se ajoelhou na minha frente com tristeza. Eu fiquei destruído, ela tinha me deixado cinco dias antes por causa de uma PORRA DE UM REPELENTE?!
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George e Georgiana tentaram me impedir mais eu ainda estava com muita raiva, guardei o mais rápido que consegui minhas coisas e fui com um carrinho de golfe do hotel até o píer. Assim que cheguei o motorista [que me acusou de ter dado em cima] me olhou com malicia.
- Vai voltar? – Ele perguntou, eu concordei com a cabeça e entrei. Fui para a cabine que já me pertencia e não sai de lá enquanto não cheguei até o resort. Eu não iria chorar não iria me permitir a isso.
Cheguei ao resort e pedi para que o carregador chamasse um taxi para o aeroporto. Fui até a recepção e fechei minha conta, George não tinha permitido que eu gastasse nada, então só precisei informar que estava voltando para a Inglaterra. Entrei no taxi e parti.

Cheguei a meu apartamento já de manhã, joguei tudo no chão e me ataquei no sofá, então não consegui mais aguentar, eu chorei.
Não sabia o que tinha feito o porquê de ter feito, eu simplesmente terminei com por causa de uma repelente, eu briguei, e terminei uma coisa que nem tínhamos direito por nada, por causa da minha mania ridícula de ser estourada. Tudo bem que eu estava agindo e me sentindo estranha mais isso não era motivo para ter feito aquilo. Mais agora já estava feito. Não poderia pegar um avião e voltar para o México, não podia tentar consertar, era tarde demais.
Depois de chorar até quase desidratar, me bater e falar mal de mim mesma por estar assim por uma aventura de férias liguei para meu escritório avisando que no dia seguinte eu já estava voltando ao trabalho, e queria o maior número de casos possíveis para compensar as minhas férias, ‘o tempo perdido’ foi à frase que usei.

Um mês se passou desde que eu covardemente tinha ido embora de Cancún. Para piorar a situação de não parar de pensar em mesmo tendo mais de cinco casos para resolver por dia, minha menstruação estava atrasada.
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Passei a noite com George e Gigi e na manhã seguinte bem cedo voltamos para o resort. Eu pensei em passar mais um dia por ali, temendo ter que voltar a rotina de sempre mais havia fechado a nossa conta e então fui forçado a ir para o aeroporto.
Então lá estava eu de novo, na tão nublada e chuvosa Londres, um retrato perfeito de como eu estava me sentindo. Eu sempre fui assim, me entrego demais em muito pouco tempo. Durante o colégio eu era O cara, ficava com várias, e depois dava o fora, mais quando eu namorei a minha vizinha tudo mudou. Ela quebrou o meu coração em um milhão de pedaços e depois disso eu comecei a me prender muitas as mulheres mesmo devendo fazer ao contrario. E esses dez dias que passei com eu me entreguei, me sentia como se pudesse passar o resto dos meus dias ao lado dela, como se tudo fosse perfeito demais. E agora tinha acabado ela tinha me deixado do jeito mais estúpido, impensado e infantil que alguém poderia fazer, e lá estava eu chorando que nem uma menininha, aposto o quanto quiser que ela não tinha chorado um terço do que eu chorei, isso se ela chorou. Forte e dura na queda do jeito que era talvez não tenha se permitido chorar, mais eu chorei. Os cinco dias que me faltavam de férias passeis trancado no meu apartamento sem falar a ninguém que tinha voltado. Bebendo e chorando. Me fala se não sou patético demais?
Um mês havia se passado. Eu tinha voltado a minha rotina patética de assistente administrativo do meu pai. Minha rotina era trabalho, casa, casa, trabalho. Não saia, não ia nem ao supermercado, estava na fossa total! Patético, Muitas vezes eu ia até seu escritório da promotoria dela e ficava parado à porta pensando se tocava ou não, olhava o número de seu telefone consegui no auxílio à lista e digitava e assim que ela me atendia, desligava. Tentei durante um mês inteiro falar ou vê-la mais eu era covarde demais para isso. Meu melhor amigo, o me fez acordar para a vida. Me fez voltar a ser o mesmo de sempre, e com os dias eu comecei a adormecer a lembrança da . Do seu corpo tocando o meu, da sua pele macia, dos seus cabelos negros, dos seus olhos verdes. Aos poucos estava melhorando.
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PUTA QUE PARIU!
Esse foi o meu primeiro pensamento depois que saí da ginecologista com , uma das minhas melhores amigas do trabalho. Eu estava grávida. Realmente grávida. De um mês e meio.
Pensei em todas as alternativas possíveis, pensei em abortar, mais isso seria crime então descartei tão rápido quanto pensei, pensei em dar para a adoção, quem sabe um casal homossexual? Seria uma boa ação, depois pensei em colocar em um orfanato, mais eu sabia que se o coloca-se lá seu futuro poderia ser tão traumatizante como de muitas crianças que eu pegava o caso no tribunal. Então no exato dia 17 de dezembro eu decidi ficar com A neném. Sim, é uma menina, e esse foi o dia em que eu a vi pela primeira vez. Eu tive a meu primeiro ultra-som, e no momento em que vi o pequeno serzinho que ela era eu senti um sentimento tão forte dentro de mim que não tive duvida, ela era minha e eu iria criá-la.

Eu estava de cinco meses, já havia se tornado apenas uma lembrança. Claro que agora nós estaríamos interligados para sempre, já que estava para chegar e ela era fruto das férias mais maravilhosas que eu já tive, e ao lado dele. Pensar nele e nos nossos momentos ainda me fazia chorar, por que eu percebi que ele tinha se tornado mais do que uma aventura de férias. Ele tinha se tornado o homem que eu amava, mais agora não importava mais, eu já tinha decidido que teria a minha menina sozinha e já que ele não tinha vindo me procurar depois que voltou significava que eu não era nada pra ele, então teria que se tornar apenas uma lembrança. Muito boa, mais apenas uma lembrança.

Estava saindo do supermercado com duas sacolas e minha barrigona de cinco meses quando quase tive um ataque cardíaco ou parto prematuro, ele estava do outro lado da rua, parado e me olhando com seus grandes e expressivos olhos azuis como se não acreditasse no que estava vendo. Minhas mãos ficaram fracas demais para segurar as sacolas, e meus pacotes de sucrilhos e leite foram para o chão fazendo um barulho alto, o que pareceu o despertar. Ele estava acompanhado de uma moça loira, ela começou a olhar de mim para ele e eu me senti patética parada ali; tentei agachar para pegar as sacolas mais foi mais rápido.
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Quando olhei para ou outro lado da rua achei que fosse morrer, meu coração ficou acelerado e tive que puxar rapidamente meu remédio para asma do bolso antes que morresse realmente. Recompus-me mais quando finalmente me viu eu voltei a ficar petrificado. Era ela, ali na minha frente, linda e grávida.
Assim que me viu deixou as sacolas do supermercado cair no chão, ficamos nos olhando por meio segundo quando ela tentou se agachar e eu como reflexo corri ajudá-la, afinal ela não podia agachar.
- Deixa que eu... – Comecei a falar, mais quando nossos olhos se encontraram novamente eu perdi a fala. Ela estava mais linda do que jamais a havia visto. Usava uma camiseta bege bem grudada ao corpo dando ênfase em seu barrigão, uma de frio amarrada aos ombros, uma calça preta social e uma sapatilha baixinha, seus cabelos presos. Os olhos brilhavam com uma intensidade absurda, e sua pele estava linda, parecia que tinha feito um milhão de mascaras de pepino, uma atrás da outra, estava maravilhosa.
- Obrigada... – Ela falou baixinho depois que lhe entreguei uma das sacolas com as coisas que não tinham danificado.
- ! – Olhei para trás e vi me chamar
- Pode ir, eu... – Ela começou a falar e pude ver que estava vermelha, eu sorri de lado.
- Ela é namorada do ... Eu já falei deles pra você... – Eu falei como se tivéssemos nos encontrado anteontem e não há seis meses.
- Ah claro... – Ela ainda parecia envergonhada, me virei e vi vir de mãos dadas com até nós.
- Oi... – Ele falou sorrindo para .
- Olá... – Ela sorriu estendendo a mão. – , muito prazer...
me olhou assustado e apertou a mão dela, tinha contado. Lógico!
- ; e o prazer é todo meu... – Ele me olhou de novo e então se virou para . – Essa é minha namorada, .
a cumprimentou também sorrindo, ficamos os quatro em silêncio por um tempo até que ela ajeitou as sacolas na mão e a bolsa no ombro e se viu sorrindo fraco pra mim.
- Eu já vou... Foi bom te ver ... – E dizendo isso se virou para sair. Mais como assim ela estava grávida, não iria fugir tão fácil.
- – A segurei pelo braço. – Acho que temos que conversar...
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Eu tentei fugir, juro que tentei mais quando ele pediu pra conversarmos eu percebi que ele estava certo, tínhamos MUITO que conversar.
Eu o chamei para ir até a Starbucks, que era logo no fim da rua, nos despedimos de e e fomos andando em silêncio. Assim que chegamos nós nos sentamos em uma mesa perto da janela e pedimos. Ficamos em silêncio até falar.
- Seis meses que não nos vemos... – Ele falou simplesmente.
- Pois é... – Não sabíamos como começar a conversa, e o clima estava tenso.
- É meu? – Ele perguntou finalmente depois de um longo momento de silêncio apontando para minha barriga.
- É. – Eu disse simplesmente, ele me olhou com os olhos marejados, mais seus olhos azuis estavam escuros e eu não sabia decifrar o que ele estava tentando me passar.
- Seis meses que não nos vemos e você nem pensou em me procurar para contar que estava grávida? – Seu tom de voz tinha tristeza, e eu tive que me segurar para não chorar.
- Não achei que fosse certo...
- E esconder que eu vou ter um filho é certo?
- Filha... – Eu falei abaixando a cabeça, não tinha argumentos.
- Uma... Menina? – Ele falou baixinho, assim que o olhei vi que ele estava chorando.
- Eu achei que você não iria querer me escutar depois de ter te deixado... Lá. – Eu tentei me explicar, mais era difícil falar e controlar o choro. – Você não me procurou, eu achei que...
- Eu tentei... Durante um mês inteiro eu tentei ter coragem para falar com você, mas... – Eu não estava acreditando que ele tinha ido atrás de mim.
- Me desculpa... – Eu falei me sentindo péssima, realmente eu tinha feito a pior coisa do mundo, ele tinha direito de saber que estava grávida, - Eu fui egoísta.
- Não... Eu fui... – Não o deixei continuar.
- , por favor, me deixe falar... – Eu precisar dizer pra ele tudo o que tinha guardado para mim nesses seis meses. E ele concordou com a cabeça – Eu fui infantil no México, eu transformei um momento que era pra ser especial numa idiotice por causa de uma criancice minha, por medo de estar acabando as melhores férias da minha vida, medo por eu ser seis anos, mais velha e talvez você não quisesse mais me ver, medo por pela primeira vez depois de dez anos eu estar sendo feliz de novo. Eu fui egoísta em não contar do bebê pra você, me desculpe... Mais eu tive medo por te amar tanto e tão cedo.
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- […] Mais eu tive medo por te amar tanto e tão cedo. –
Ela parou de falar e abaixou a cabeça com as mãos em cima da barriga e começou a chorar. Ela me amava, e isso foi tudo o com o que eu consegui me importar.
- ... – Eu estendi a mão por cima da mesa tentando chegar o mais próximo dela possível e abaixei a cabeça tentando buscar forças. – Quando você foi embora...
- Me desculpa... – Ela falava baixinho sem parar.
- Eu não me importo de você ser mais velha, eu não me importo de você ter me deixado, eu não me importo por nada... Eu sofri muito esses meses sem você, e parecia que você tinha levado uma parte de mim embora junto... Eu sei que é ridículo, um cara de quase trinta anos nas costas se comportando que nem um adolescente, mais eu amo... Eu amo você! – Eu disse tudo sem respirar, sem pensar simplesmente falei.
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-[…]mais eu amo… Eu amo você! –
Ah meu Deus, ele realmente disse isso? Eu estava quase tento um ataque cardíaco, ele se levantou e veio até meu lado, se ajoelhou e segurou minhas mãos.
- Esses foram os piores seis meses da minha vida , longe de você... E agora uma menininha, uma mini-nós está chegando... Eu não quero ficar longe de você!
- ...
- Não me deixa mais... Por favor, me deixa ficar com você, não me deixa ficar longe de você... Dela. Não me faça ficar longe de vocês... Por favor, – Ele passou a mão delicadamente pela minha barriga e minha pele se arrepiou, e pude senti chutar. Nós dois nos olhamos assustados e então sorrimos.
- Não, eu não farei isso com você! Se você quiser... – Eu comecei mais ele me interrompeu.
- Eu quero! – Ele se levantou e me deu um selinho nervoso e eu ri.
- Eu nem falei o que...
- Eu não quero saber, com vocês eu quero tudo!
Então nós nos beijamos.

Dia 23 de março nasceu , com oito meses e uma semana, com trinta e quatro centímetros pesando 2,2Kg. Com a pele branquinha e delicada, nós a nomeamos de . A nossa princesinha. e aceitaram serem os padrinhos da nossa neném, e a mimaram demais se querem saber.
Eu e fomos morar juntos quando fiz sete meses de gestação, e nos casamos duas semanas depois do aniversario de um ano de .

Estamos casados a vinte e três anos, os vinte três anos mais felizes da minha vida. se casa hoje, e por ironia do destino com o filho mais velho de George e Georgina. Eu e tivemos mais dois filhos, os gêmeos e com vinte e um anos agora. Nossa vida nunca foi um mar de rosas, brigamos muito, tivemos muitas dores de cabeças com nossos filhos, sofremos problemas financeiros, mais tivemos muitas felicidades, muitos momentos inesquecíveis, e eu sei que passarei os últimos momentos da minha vida, meu ultimo suspiro ao lado do homem que eu mais amei em toda a minha vida.
Muitas vezes tive medo de acordar e perceber que tudo não passou de um sonho, mais eu sempre tive para me abraçar e me mostrar que é realidade.

- Amor, me ajuda aqui... – entrou no quarto enquanto eu terminava de me maquiar, ele estava mais velho do que nas férias de Cancún, LÓGICO, mais os olhos grandes e azuis ainda eram os mesmos, e a falta de jeito com gravatas também.
- Vem cá... – Eu o chamei sorrindo, percebi que suas mãos tremiam demais. – Acalme-se , com você tremendo desse jeito vai deixar mais nervosa...
- Desculpa amor, mais eu estou nervoso... – Eu terminei de arrumar a gravata e o virei para o espelho. Lindo.
- Está pronto? – Eu perguntei apertando seus ombros, ele confirmou com a cabeça e saímos juntos de mãos dadas. O casamento seria em nosso quintal. fez questão. Afinal, ela havia crescido ali.
Fomos até seu quarto, onde ela estava com as primas terminando de se arrumar e batemos na porta. Assim que Hayley [filha mais velha de ] abriu a porta e eu vi a minha menina em pé perto da janela pensei que fosse desmaiar, mais ao invés disso eu comecei a chorar.
- Princesa... – falou indo abraçá-la.
- Pai! – Ela correu para os braços de e o abraçou, os dois eram unha e carne desde o dia em que ele a segurou pela primeira vez. tinha os olhos de , os meus cabelos negros, o nariz dele e a minha boca. Ela era a nossa mistura perfeita. Estava mais linda do que jamais pude imaginar. Seu vestido todo de renda francesa e o véu cumprido a deixavam parecendo um anjo.
- Pronta? – Eu perguntei indo abraçá-la, ela sorriu abertamente e confirmou.

Foi o casamento mais lindo que já fui ganha até do meu se quer saber. entrou ao som de She do Frank Sinatra. Eu chorei como criança e estava igual, ele não conseguia conter as lagrimas por mais que tentasse.
A primeira valsa como casada foi ao som de The way you look tonight, e a primeira com foi Somewhere over the Rainbow, a mesma música que eles dançavam no meio da sala com pisando nos pés de .
Eu puxei para dançar enquanto dançava com a namorada.
Estávamos todos lá, a família reunida e crescendo. E eu não podia estar mais feliz. Minha filha linda, meu marido maravilhoso e meus dois filhos fantásticos. Eu tive tudo o que sempre sonhei e muito mais. E tudo por culpa de uma viagem a Cancún, tudo culpa do ser atrasado e desajeitado que se sentou ao meu lado no avião. O ser que me fez e me faz ser a mulher mais feliz desse mundo.


FIM





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