I Wish You a Merry Christmas
por Patrícia Fernandes


Challenge: #008
Nota: 5,0
Colocação:




Véspera de natal,era o pior dia do ano para null null. Mas nem sempre foi assim, houve um tempo onde o natal era a época mais bonita e mágica do ano para ela, mas todo o espírito do natal acabou depois que ela flagrou ele, com outra na cama, na manha de natal.

08:00 a.m

O despertador tocava em um barulho ensurdecedor no loft 13c em TriBeca Nova York, até que null null perdendo a paciência o jogou no chão, lamentava o fato do despertador ser novo, mas era impossível aguentar aquele som outra vez, null decidiu reunir toda a coragem que tinha para se enfiar debaixo do chuveiro, e se pois a pensar na vida, mas logo afastou os pensamentos e se arrumou apressadamente, pois o psicólogo não poderia esperar mais.
Depois de colocar seu vestido rosa, uma meia calça preta, com seu par de ankle boot também preta e seus brincos dourados de argola, se olhou no espelho não reconhecendo quem era aquela pessoa, assumia que estava mais magra que normal e que seu rosto estava ressecado, precisava de um bom hidratante, mas não era só isso, sua expressão parecia triste e cansada com orelhas profundas, resultado das noites em que o álcool era o rei e ela apenas uma súdita, seus pulsos estavam doendo por causa dos cortes da noite passada, sentia se mal por ter que se machucar mas tinha que matar esses vermes parasitas que estavam dentro dela, sugando seu sangue e a matando por dentro, iria almoçar com null mais tarde e era melhor que nem ela nem seu novo psicólogo vissem seus machucados, decidiu trocar de roupa optando por uma calça jeans e uma blusa vinho com mangas compridas, percebendo que estava atrasada, procurou seu ipod, colocou dentro da bolsa e saiu de casa, se esquecendo de tomar os remédio diários.
Esperava que seu novo psicólogo, Dr Drew, não fosse igual aos outros, que não sabiam qual era o tratamento adequado, e que só ficavam pesquisando sem nunca dar a ela algum tipo de resultado, queria se curar, se ver livre da sua doença, a qual denominavam de síndrome de Ekbom, dar adeus a esses malditos parasitas era um sonho, que ela gostaria de alcançar.
Se levantou para pedir para a secretaria que anexasse à sua ficha seu outro problema, o de glossofobia, aproveitou para perguntar por que não tinha mas ninguém no consultório.
— Por hoje ser véspera de natal o Dr Drew vai atender só até as dez horas e você é a penúltima paciente dele, agora eu vou te dar sua ficha e você confere se seus dados estão certos.— Estava conferindo seus dados na ficha, quando de repente ouviu a voz de alguém, a voz ,dele.
— Olá null — ouviu a voz rouca de null no seu ouvido.
— Olá null — null disse com o maior desprezo que conseguiu, era difícil para null encontrar null naquele dia, em que iria fazer um ano que seu mundo tinha se tornado triste e cinza, não havia superado a traição e nem sabia se iria superar um dia.
Não houve mais palavras, apenas uma troca de olhar que foi o suficiente para que todo o medo, arrependimento e magoas fossem expostas, a única vontade de null era sair correndo da li e ir pra casa e chorar. Chorar, uma palavra que null sabia muito bem o significado nesse último ano, quando já estava pronta para sair, ouviu seu nome sendo chamado por alguém, quando se virou, viu que quem a chamava era um homem desconhecido, que aparentava ter trinta anos para menos, alto, e muito bonito com cabelos loiros, sorriu e foi ao encontro do homem, deixando null para atrás.
— Prazer, Dr Joseph Drew. — disse o homem que já não era mais um desconhecido.
— Prazer, sou null null. — quando percebeu que o homem fitava seu corpo sentiu as bochechas corarem — Podemos começar a consulta, Dr Drew.
— Claro, pode entrar e por favor me chame de Joseph — como o corpo de Joseph estava ocupando mais da metade da porta, null teve que passar com o corpo colado ao dele.
— Me desculpe — null disse completamente envergonhada com a situação, depois que terminou com null nunca mais teve contato algum com qualquer outro homem.
— Não existe absolutamente nada para se desculpar. — mesmo percebendo o tom malicioso decidiu fingir que nada aconteceu, apenas entrou no consultório e olhou pela janela, percebeu que começara uma tempestade de neve, esperava que essa não aumentasse, pois seria difícil voltar para casa, deixou as preocupações do tempo para depois e se sentou no divã. Ficou surpresa quando viu que null estava na porta olhando fixamente para ela e depois com um olhar ameaçador para o Dr, que logo pediu licença fechando a porta e entrando no consultório se sentado ao lado dela.
— Então, qual é o seu problema? — depois de um tempo encarando aqueles dois glóbulos azuis, null começou a falar de tudo, da traição, da auto mutilação... Mesmo se sentindo um pouco desconfortável decidiu falar, estava cansada de todos aqueles problemas e realmente esperava que ele a ajuda-se.
— Quero que você tire a blusa, agora — Dr Drew disse pegando null totalmente de surpresa.
— Por quê?, desculpe mas que eu saiba isso não faz parte do tratamento — indagou null , assustada.
— Eu falo...você faz...é assim que funciona, quero ver suas marcas dos cortes que você faz — disse o Dr que já começava a avançar em null para tirar sua blusa.
— Eu posso arregaçar minha mangas. — arregaçou as mangas fazendo que os cortes ficassem em evidencia.
— Não, eu quero que você tire a blusa — null que já estava assustada, entrou em pânico quando viu que Dr Drew avançava para cima dela, resolveu levantar e sair dali, mas ele foi mais rápido a puxando pelo braço e logo em seguida a jogando na parede colando seus corpos e de repente começou a beija-la a força, null sabia que precisava sair daquele lugar, mordeu os lábios de Joseph o mais forte que conseguiu , e gritou o mais alto possível aproveitando que ele estava distraído com a dor.
Nesse momento viu null entrar pela porta, depois de alguns segundos para entender a situação, null partiu pra cima e Dr Dr, que tentava se desviar dos golpes de null,mas não estava conseguindo, null tentou pedir que null parasse, mas ele não a ouvia, era a primeira vez que via null desse jeito.
— Para null! — depois de um tempo null conseguiu se enfiar no meio dos dois e empurrar null pelo peito. — Vem, vamos sair daqui.
null o fitou nos olhos, esse entendendo o recado saiu do consultório, mas não sem antes lançar um olhar ameaçador a Joseph. Logo que saíram do prédio, onde ficava o consultório, null notou que a tempestade de neve havia piorado e já estava pensando no que iria fazer, pois táxis não passavam naquele tempo, não tinha nenhum ponto de ônibus ali perto, sabia que a estação de metrô mais perto era á quatro quarteirões dali e ainda poderia estar fechada. Decidiu por fim, correr o risco e ir de metrô mesmo com a tempestade de neve, quando já tinha começado a andar sentiu que alguém a puxava pelo braço.
— Não vai me agradecer não? — disse null a olhando fixamente nos olhos, como que se quisesse ler seus pensamentos, null ainda não havia parado para pensar sobre o que aconteceu, decidira fazer isso mais tarde.
—Obrigada, e tchau. — null murmurou, assumia que se não fosse por null estava realmente encrencada, mas não tinha tempo pra isso precisava ir embora, olhara no relógio já eram 10:30, estava atrasada, tinha combinado com null estar no l'océan as 11:00, com esse tempo demoraria mais do que o normal para chegar em casa. Quando já estava a alguns passos de null, sentiu outra vez uma mão em seu braço, já estava pronta para reclamar.
— Onde você vai?
— Embora.
— VOCE TÁ LOUCA? NESSE TEMPO? — null gritou, assustando null que não entendia o por que daquele tom de voz. — Vem eu te levo pra casa.
— Não, eu vou de metrô. — não poderia nem pensar na idéia de ficar no mesmo carro, no mesmo ambiente, de null, queria se livrar dele, queria ir pra casa.
null para com esse orgulho, a gente mora no mesmo bairro, eu to indo pra lá agora. — disse null com um olhar que e cansaço.
— Não obrigada, prefiro ir de metrô.
— Nossa garota você é irritante, quer saber? Vá a pé mesmo, faz o que você quiser,o importante e você ficar o mais longe possível de mim. — disse null entrando no seu carro, e logo dando a partida, em seguida saiu rua baixo.
Odiava o fato dela e de null morarem em TriBeCa, odiava mais ainda encontrar ele pelas ruas, acompanhado por mulheres, mas o que ela mas odiava era o fato dele não ter a procurado, depois que a traiu, nenhuma explicação, nenhum arrependimento. Decidiu que não tinha tempo para null agora, tinha que se preocupar com o fato que ela teria que andar quatro quarteirões, embaixo de uma tempestade de neve e sem casaco por que tinha o esquecido dentro do consultório, não voltaria só por um casaco, na verdade não voltaria por nada, decidiu que o melhor a se fazer era começar a andar...
Era difícil pensar no que poderia ter acontecido se null não tivesse chegado, maldita hora que ela decidiu ir lá, poderia ter continuado a freqüentar o psicólogo de sempre, e ter tomado os remédios de sempre. Suas marcas no pulso não paravam de doer, decidiu olhar, e viu enormes parasitas saindo da sua pele,entrou em desespero, precisava tirar aqueles bichos nojentos do seu corpo, sentia - os sugando seu sangue e comendo sua carne, começou a se coçar desesperadamente esperando que os parasitas saíssem do seu corpo pelas feridas que esperava provocar se coçando. Perdeu o equilíbrio e caiu no chão, não pensava em levantar, não tinha tempo para isso, só queria ter mais feridas para os bichos nojentos como ela os dominava, saíssem.
null, O QUE TA ACONTEÇENDO? — ouviu null gritar, tinha percebido que um carro tinha parado a sua frente, mas não imaginara que era o de null — Meu deus, o que foi? Fala comigo, por favor.
null, esses bichos estão dentro de mim....matando-me. — null sentiu um sentimento de felicidade, quando null o chamou pelo seu apelido, mas logo a felicidade desapareceu quando reparou no estado em que ela se encontrava, caída no chão com os pulsos e braços todos feridos, mãos cheia de sangue, e olhar desesperado. Poderia ter insistido mais para ela voltar com ele para casa, tudo aquilo poderia ter sido evitado, mas uma vez ela estava machucada, por culpa dele.
null sentiu que null a carregava rumo ao carro, notou que estava no banco dos passageiros, e que ele em um piscar de olhos já estava sentado no banco de motorista ao seu lado, não sabia como conseguiu prestar atenção a isso tudo, pois não conseguia parar de se coçar.
null, para de se coçar agora — disse null a segurando pelos dois pulsos. — para, olha o seu estado.
null se deu conta da cena patética que null tinha presenciado, para null, null deveria achar que ela era uma louca, ou coisa do tipo, odiava fazer isso com seu corpo, mas a vontade de se ver livres dos parasitas era mais forte do que ela, não pode conter algumas lágrimas que caiam, se sentia fraca, ridícula e louca. Já preparada pra sair do carro viu que null não a soltara.
— Me solta null — disse null em um fio de voz, não conseguia encará-lo, tinha vergonha de si mesma.
— Olha pra mim null ,por favor
— Por favor null, não me rebaixe, mais do que você já fez.
Naquele momento ele se sentiu o pior cara do mundo, não prestava, sabia disso, não acreditava que tinha traído a mulher mais incrível do mundo, se lembrava como se fosse hoje o dia que se conheceram, na excursão da escola para uma fabrica de alimentos. Ele por ser um professor respeitado de matemática liderou a excursão, não poderia imaginar que nessa excursão encontraria a engenheira de alimentos mais linda do mundo, e que nem a namoraria, e que nem a trairia.
Tinha raiva de si mesmo, por ter jogado no lixo um relacionamento incrível, por causa de um desejo do passado, maldita hora que null tinha voltado, sempre a desejou na adolescência e achou que esse desejo tinha continuado, mas a noite que passaram juntos só serviu para duas coisas: para mostrar que null pertencia ao passado, e para perder null , pena que teve que chegar a dormir com null para descobrir isso.
— Me desculpa pelo o que eu fiz null eu...
— Não quero ouvir, me larga e vê e me deixa em paz.
— Não, já te deixei em paz durante um ano inteiro, e isso me matou por dentro, então não me peça isso. — disse null, ligando o som do carro, diziam que música clássica acalmava as pessoas, talvez seja por isso que ele amasse esse estilo de musica,null se achou com sorte por que seu cd preferido de música clássica estava no carro, resolveu colocar, null que mesmo tendo parado de se coçar estava nervosa, precisa se acalmar, quando colocou play na música, fechou os olhos e sentiu sua atmosfera mudar, mas logo viu que sua musica tinha sido interrompida.
— Fala serio null.
null, isso é musica de verdade — disse null, voltando a colocar play na música, mas logo a música foi pausada outra vez.
— Música isso? Ta longe de ser, tem que aprender a ouvir Blink-182, avegend sevenfold, linkin park, isso que é musica de verdade. — Disse null o encarando nos olhos, defendendo seu ponto de vista.
— Sabia que existi uma coisa chamada G-O-S-T-O?
— Obvio que sei, e o seu gosto não é totalmente horrível só porque você é fã do Michael Jackson, como eu.
— Michael é rei, é impossível não ser fã dele, mas voltando... Você gosta de coisas que MATAM as pessoas e o meu gosto que é considerado ruim? — disse null arqueando as sobrancelhas em um sinal de desafio.
— Não sei o que você te contra armas, ela são super legais e interessantes, e elas também ajudam pessoas — null disse se defendendo, sempre gostara de armas, achava que era pelo fato de seu pai e seu irmão terem sempre assistido filmes onde armas fossem o principal assunto.
— Desisto. — null percebendo que aquilo não levaria a nada, desistiu de continuar aquela briga.
— Ok, que tal você ligar o carro e dirigi-lo rumo a nossas casas? — null disse com sarcasmo, estava cansada de ficar ali, sabia que não chegaria a tempo para o almoço com null , decidiu mandar uma mensagem cancelando o almoço e confirmando a presença no jantar de natal.
— Você vai ao jantar?— ouviu null dizer de repente.
— Vou sim — null olhou para o braços e para as feridas, sentiu um desconforto enorme.
— Tem lenços no guarda luva, e ataduras também — disse null ao perceber que null encarava a feridas sem saber o que fazer com elas, não sabia se null se sentiria confortável se ele tocasse nesse assunto, mas decidiu arriscar, pois se tratava da saúde dela. — Você foi ao psicólogo por causa disso?
— Se chama síndrome de Ekbom, foi diagnosticada no inicio do ano, e sim, fui lá por causa disso, queria mudar de psicólogo, o meu antigo passava alguns remédios que eu odiava, por isso parei de tomar, e tive essa crise. E você? Por que estava no psicólogo? Sua coimetrofobia voltou?
null sabia que null estava mudando de assunto, por um lado não gostava por que queria saber mais sobre o estado de saúde dela, mas por outro lado gostou dela ter mostrado interesse por ele, mesmo ele não merecendo depois de tudo.
— Voltou, em outubro fui ao baile de halloween da escola onde eu trabalho, que aconteceu em um cemitério, ai... — null não sabia se null estava realmente prestando atenção, parecia mais interessada com o que tinha no porta luvas.
— Ah, que chato, null por que você carrega um creme dental no seu porta luvas?
— Ah sei La tava passando e frente ao walmart e eles estavam dando amostra grátis de creme dental e loção pós barba da clean, lembra? Você amava minha loção pós barba, dizia que era a melhor do mundo.
— É e — disse null se arrependendo logo do que disse, em seguida decidiu mudar outra vez de assunto. — cobra de borracha, sapo de pelúcia,adesivos de zebra... seus alunos realmente gostam de te dar lembrançinhas de bichos, mas enfim achei as ataduras e o lenço, agora por favor vamos embora.
null ligou o carro e saiu em direção a TriBeca, os dois estavam em silêncio, e null estava odiando isso, não a procurou durante um ano pois não tinha coragem e nem sabia o que dizer, não poderia chegar e falar “ Oi, tudo bem, desculpe ter te traído, não faço isso mais vou até comprar um anel de fidelidade para mim e para você, te amo”, nem sabia o que era anel de fidelidade, nem se realmente existia, achava que era invenção do se primo Joe, que jogou essa conversa pra namorada.
— Eu te amo.
null ouviu null falar, não sabia o que dizer, isso foi como uma bomba, e não tinha reação pra isso, não sabia o que fazer, não conseguia ao menos pensar.
null...eu não sei o que te dizer... — disse null com voz de lamento
— Só diz que me ama, e que vai voltar para mim. — disse null parando o carro em frente ao prédio de null.
— Tchau null. — disse null saindo do carro e entrando no seu prédio sem esperar uma resposta de null .
Depois ter ficado alguns minutos em frente ao prédio de null tentando entender o que aconteceu, foi para sua casa, pensando o quanto ama null, e o quão idiota ele foi, por não ter ido atrás dela durante esse ano. Só sabia de uma coisa, queria null de volta, precisava dela ao seu lado, e isso aconteceria essa noite.

Algumas horas mais tarde
— Boa noite amiga. — disse null, ao ser recebida por null na porta.
— Oi null, como você ta? — null se referia ao que acontecera mais cedo, não tinha acreditado quando null contou ao telefone.
— Não quero pensar nisso, ok?
— Tudo bem, entra. Seu irmão já chegou. — disse segurando o riso, Damon sempre era motivo de piada, ou pelo fato do único assunto que ele falava era sobre seu curso de Arquivologia e baratas ou porque tinha a mania de falar palavras que ninguém conhecia.
— Serio? Estranho... ele sempre chega atrasado.
— Bem... ele veio com o null. — null disse se sentindo desconfortável.
— E...eu já previa isso.
Resolveu entrar, tirou seu casaco, o dando para , começou a andar pela casa, reparou que a decoração estava linda, tinha que elogiar por isso, viu seu irmão conversando com uma moça sobre seu curso de arquivologia, e falando mal das garotas que vivem um estilo de vida prosaico, não sabia o que essa palavra significava, mas julgava que não poderia ser boa coisa devido à cara de nojo que ele fez. Estava pensando no que null disse mais cedo quando sentiu o impacto de um corpo contra ao dela, já estava preparada para cair no chão, quando percebeu que duas mãos fortes a seguraram, levantou a cabeça para ver quem era, e se deparou com um par de olhos que a fitava intensamente, não conseguiu se desvencilhar do olhar, poderia passar o resto da vida ali, amava-o não podia mas negar, o último ano foi o pior da sua vida, sem seus abraços, sem seus beijos, seu mundo ser triste, precisava de null todos os dias para viver, pronta para retribuir Eu Te Amo de mais cedo, ouviu que alguém tinha tocado a campainha e percebeu que null desviou o olhar por alguns segundos em direção a porta, de repente null percebeu que null mudara as feições do rosto, estava pálido parecia que iria entrar em desespero, os olhos estavam frios e com medo, percebeu que todos ficaram sem reação e null nesse momento se lembrou que na ultima vez que isso aconteceu foi no natal passado quando todos presenciaram a cena da traição, e em um piscar de olhos null aparece do lado de null e ao perceber que estava com null começou a agir como se ela e null ainda tivesse alguma coisa.
null, que saudades amoreco — null disse envolvendo os braços ao redor do pescoço de null o obrigando a soltar null.
null ? Do que você ta falando? faz um ano que a gente não se vê. — null disse desesperadamente, enquanto tentava se desvencilhar dos braços de null, enquanto olhou para null que estava parada sem expressar nenhuma reação.
— Ah amor, hoje é o nosso aniversario, hoje faz um ano que dormimos juntos pela primeira vez. — null disse olhando diretamente para null, queria destruí-la , ela não merecia o que tinha. Para null a vida de null deveria ser a sua vida, deveria ser seus amigos, seu trabalho, seu namorado. Tudo deveria ser tirado de null...
Enquanto null tentava de todas as maneiras se livrar de null, olhou para null que tinha saido corredo, e que agora estava do outro lado da sala, tentando entender a explicação da evolução das baratas, que seu irmão, sem sucesso, tentava explicar, null amava aquela garota mais do que qualquer outra coisa, e sabia que ela o amava também, só precisava de uma nova chance de null, e sabia que null daria essa chance a ele, mas antes ele deveria se livrar de uma vez por todas de null.
— Vem aqui garota. — null disse pegando null pelo braço e a levando para perto da escada, longe de todos.
— Ai amor — disse null imitando uma voz de criança.
— Olha garota, eu só vou falar uma vez, e você trate de ouvir. — null disse — Quando eu era adolescente, eu sempre te quis, eu tinha muito desejo por você garota, e eu nunca pude mostrar esse meu desejo que eu tinha por você, então no natal passado quando eu te vi, eu pensei que o meu desejo por você tinha continuado, mesmo depois desses anos, então dormir com você, e sabe, foi a P-I-O-R coisa que eu fiz na minha vida, por que o desejo que existia na adolescência morreu e por que eu amo a null, sempre amei e sempre vou amar, nesse ultimo ano eu passei todos os dias me odiando por ter feito aquilo com ela, eu preciso dela, e eu vou ter ela, mas o único modo e que você não esteja no meu caminho, então PARE DE ESTRAGAR A MINHA VIDA.
null percebeu que falou alto demais quando o silencio tomou conta da sala,null saiu correndo da casa, para ela mais uma vez null tinha ganhado e ela perdido, pediu ajuda de todos para poder montar a mesa, sabia que null e null tinham muito que conversar. null e null ficaram se encarando por vários segundos, ate que null tentando acabar com o silencio saiu de onde estava e se sentou se ao lado de null que agora encarava o chão.
O silencio tomava conta daquele lugar e em um ato de impulso null faz uma pergunta que null não imaginaria ouvir:
null, volta pra mim?
Nesse momento null ficou sem reação e olhou para null e involuntariamente sorri, um sorriso que null sabia bem o significado, foi nesse momento que null teve certeza que ela ainda o amava, por isso não aguentou e despejou de uma vez o que estava engasgado em sua garganta naquele ultimo ano. Ao falar o que sentia null deixou escapar algumas lágrimas e nesse momento null viu o arrependimento em seus olhos e o beijou. Separaram-se apenas quando null foi chamá-los para o jantar. Durante o jantar null percebeu que null e null estavam felizes, e isso a alegrava pois adorava os dois, e vira o sofrimento de perto dos dois durante esse ano.
Enquanto todos se divertiam abrindo os presentes null decidiu ir à sacada, adora a vista da cidade, e enquanto a olhava tentava colocar as idéias no lugar, estava disposta a dar outra chance a null, estava disposta a ser feliz, pois não conseguiria ser feliz longe de null. Seus pensamentos estavam muito longe e por isso não percebeu a presença de null que estava atrás dela apenas a observando, quando ela caiu em si ele já havia passado os braços em volta de sua cintura.
null chegou mais perto e null sorriu quando ele falou:
— I wish you a Merry Christmas.
E foi nesse momento que null percebeu que todos os seus problemas seriam resolvidos, ao lado de quem ela amava, o lado de null .
FIM





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