Destino


Challenge: #009
Nota: 6,9
Colocação:




Capitulo 1:

POV Sophia

"A festa do ano está chegando gente! O baile de máscaras onde vão apenas os Vips famosos de Paris e da região. E adivinhem? Consegui um convite! Um amigo meu será barman na festa. Bom, vou comprar um vestido (e uma máscara, lógico) e deixo vocês informadas sobre tudo, ok? Fiquem ligadas, talvez eu consiga um autógrafo de algum famoso para sortear aqui, hein?
Xx Mel"

Postei a matéria no meu blog. Sim, eu sou uma blogueira. Não, meu nome não é Mel. Mel é a minha cadela. Meu nome verdadeiro é Sophia, mas gosto de ficar no anonimato. Sou famosa por conta do meu blog, um dos mais acessados aqui de Paris e da região. Nele, falo um pouco de tudo: sobre moda, maquiagem, eventos, cinema, teatro, música, animais... E bom, como eu contei na matéria, o Baile de Máscaras está se aproximando: ele acontecerá daqui 2 dias! E eu ainda não comprei minha roupa. Pois é, eu sempre deixo tudo pra última hora.
Peguei minha bolsa e minhas chaves, desliguei a luz e sai de casa. Andei pelas ruas movimentadas de Paris, passando por uma praça onde havia crianças correndo de lá pra cá, e gritando bastante. Balancei a cabeça negativamente. Odeio crianças! Não me julgue mal, mas eu simplesmente não suporto essa bagunça e barulhada toda que elas fazem.
Cheguei à loja que eu desejava, e entrei. Ali há vestidos deslumbrantes. Observei-os, tentando descobrir o que mais me agradasse. Notei a aproximação de uma das vendedoras.
- Olá, precisa de ajuda? – Ela perguntou, sorrindo falso. Elas sempre perguntam isso, perceberam? Retribui o sorriso.
- Sim, eu estou procurando um vestido para o Baile de Mascaras. – Disse. Ela me olhou de cima a baixo, arqueando uma sobrancelha. Estava certamente imaginando como eu tinha conseguido tal convite.
- Ah, ahn... Claro. Temos esses aqui, e mais alguns no andar superior. Pode olha-los à vontade, vou pegar os outros no andar de cima.

[. . .]

Abri a porta de casa, e Mel logo correu na minha direção. Sorri, fazendo carinho nela. Eu sempre amei cachorros. Levei o vestido, o sapato e a mascara para o meu quarto. Tomei um banho e passei a mão pela pequena cicatriz no meu pulso que o tempo não apagou. Evitei pensar no assunto, pois não queria que tais lembranças me invadissem.
Sai do banho, sequei meu cabelo e prendi com uma presilha as mechas que insistiam em cair sobre meus olhos. Fui até a sala, olhei para as conchas que meus pais trouxeram de uma praia quando eu era criança. Tentei segurar as lágrimas que se formavam nos meus olhos. Olhei para a Lua. Ela estava particularmente linda e hipnotizante hoje. Era noite de lua cheia, e parecia que se eu esticasse o braço, a tocaria.
Coloquei meu pijama, deite-me na cama e apaguei o abajur. Demorei um pouco, mas consegui adormecer.

POV Gustavo

A equipe estava dando os últimos toques na decoração. Eu estava orgulhoso do meu trabalho, tudo estava fantástico. Meu nome é Gustavo, e a propósito, sou produtor de eventos. Organizar o Baile de Mascaras com certeza era o que eu precisava para a minha carreira decolar.
- Tudo certo então pessoal. Terminamos por aqui. – Falei, observando a equipe recolher suas coisas e sair. Sorri, satisfeito, e fui pra casa também.
Cheguei em casa, tirei o gorro de lã e o cachecol. Esse inverno estava violento. Troquei a água do potinho do meu cachorro, Rex. Eu sempre amei cachorros.

[. . .]

POV Sophia

Olhei no relógio. 5:19. Larguei a revista que eu estava folheando no sofá, e fui tomar banho. Deixei a água cair sobre mim por longos minutos, enquanto minhas lembranças voltavam a me atormentar. Comecei a cantarolar uma musica de The Script, minha banda favorita, para afugentar tais pensamentos.
Sai do banho, sequei e penteei cuidadosamente meus cabelos. Já havia ido à manicure na parte da manhã, então não precisava me preocupar com as unhas. Sentei-me na penteadeira e peguei meu kit de maquiagem. Assim que acabei a maquiagem, peguei o vestido que eu tinha deixado pendurado em um cabide para não amassar. Vesti-me, coloquei as joias, e borrifei um pouco de perfume.
Olhei-me no espelho e sorri, satisfeita. Eu estava com um longo vestido vermelho com detalhes em prata, que era justo até a cintura e depois caia em ondas até os pés. Eu usava uma sandália prateada, meu cabelo estava solto e a maquiagem era forte, destacando meus olhos. Coloquei a mascara, peguei a bolsa-carteira prata com meu bloquinho de anotações dentro, e sai de casa rumo ao baile.

POV Gustavo

O Baile de Mascaras já havia começado a um tempo, e estava bem agitado. Pelo visto, estava sendo um sucesso! Sorri, e fui para o bar pegar algo para beber. Peguei o drink, e o bebi rapidamente. Resolvi dar uma chegada para ver se tudo estava em ordem. Fui caminhando e olhando para a pista de dança. E então alguém se chocou comigo.
- Hey, você não olha por onde...Hum, oi. – Interrompo minha reclamação assim que olho para a bela moça que se chocou comigo. Ela era linda, tinha longos cabelos, um sorriso maravilhoso e usava um vestido longo vermelho que realçava suas curvas. Seus olhos eram hipnotizantes. Percebi que ela segurava um pequeno bloco de anotações.
- Desculpe-me por isso, eu estava distraída e acabei não lhe vendo... – Ela desculpava-se, sempre sorrindo. Não consegui evitar sorrir também.
- Só desculpo se me conceder a honra de uma dança. – Pisquei maroto, e fiz uma pequena reverencia. Ela deu uma risada gostosa, guardou o bloco na bolsa e estendeu-me a mão.
- Com certeza, nobre cavalheiro. – Fomos para a pista de dança.
- E então? Ainda não me disse seu nome... – Sorri-lhe.
- Sophia.
- Prazer, Sophia. Me chamo Gustavo.

[. . .]

POV Sophia

Saímos do carro dele nos beijando com desejo. Ele me pegou pela mão, e foi me puxando até finalmente conseguirmos entrar na sua casa. Tornei a grudar nossas bocas, e entrelacei minhas pernas na sua cintura.

[. . .]

Acordei com a claridade solar incomodando meus olhos e com um delicioso cheiro de comida. Abri os olhos e olhei ao redor, não reconhecendo o quarto. E então eu me lembrei da noite anterior. Sorri. Céus, eu definitivamente não costumo fazer isso de dormir com um cara na primeira noite que o conheço... Mas não senti nem um pouco de arrependimento. Gustavo era fantástico! Levantei-me da cama e vesti a camiseta dele que estava jogada no chão, pois não achei meu vestido. Sai do quarto, e fiquei sem saber para que lado ir... A casa é enorme! Resolvi seguir o delicioso cheiro de comida.
- Ah, já acordou Soph? Bom dia. – Ele disse sorrindo e me dando um selinho. Olhei para a mesa da cozinha e me apavorei. Tinha uns 7812582852585 tipos diferentes de comida, e o Gustavo ainda estava fazendo panquecas.
- Bom dia. Hey, você quer que eu fique obesa, é? – Ri.
- Imagine. Essa camiseta fica muito bem em você. – Ele sorriu, olhando-me com desejo. Retribui o sorriso. Acabou de fazer as panquecas, colocou-as em um prato e as pôs sobre a mesa. – Vamos lá, Soph, me ajude a comer essas coisas. Deu um trabalhão preparar isso, hein?! – Ele sorriu, sentando-se ao meu lado.
- Ok, vou ceder a sua instância. – Sorri.
- Obrigado. Ah, olha, comprei morangos. – Ele disse, apontando uma vasilha. Senti-me mal.
- Oh, desculpa Gustavo, mas eu sou alérgica a morangos... – Disse, totalmente envergonhada.
- Imagine. Ah, mas eu preparei esse salmão com carinho... Você não vai dispensar, certo?
- Claro que não, ele parece delicioso. – Ri e ele me servi. Uma música começou a tocar. A reconheci imediatamente. O toque do celular do Gustavo era uma música de The Script. Sorri.
- Não me diga que também é fã de The Script?
- Ah, com certeza sou. Eles são demais. – Ele disse, e sorriu. – Desculpa Sophia, vou ter que atender.
- Sem problemas. – Falei. Ele atendeu o celular.
- Fala cara. Aham. Ah, sinto muito, mas estou muito ocupado agora. Ok, obrigado. Até mais. – Ele desligou e sorriu.
- Hey, não quero atrapalhar... Se você tiver que ir eu vou entender... – Eu disse, analisando sua expressão sorridente.
- Você não atrapalha, Soph. E além disso, nós ainda temos que assistir ao filme The Notebook que eu peguei na locadora. – Ele apontou para uma sacola em cima da mesinha da sala. Não pude evitar um sorriso.
Ele pegou o jornal e começou a ler. Ele fica completamente lindo assim.
- Nossa, olha só. Parece que vai esfriar bastante... – Ele disse, mostrando-me uma matéria no jornal. – Parece que teremos neve! – Ele sorriu, animado. Paralisei, não conseguindo evitar as lembranças dessa vez. – Sophia? Você está bem? – Ele perguntou, preocupado.
- Estou... Eu só... Não gosto de neve.
- Sério? Poxa, eu amo neve. Por que você não gosta? – Ele perguntou, curioso.
- Vai fazer um questionário, agora? – Forcei um sorriso, tentando mudar de assunto.
- Eu acho que sim. Adoraria saber mais sobre você. – Ele sorriu. Suspirei. Mesmo o conhecendo a tão pouco tempo, senti que podia confiar nele.
- A verdade é que... – Olhei para a minha cicatriz, atraindo seu olhar para ela também – Meus pais... Meus pais morreram numa nevasca. – Contei, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas. Ele rapidamente veio até mim e me abraçou forte, como se quisesse tirar a dor de mim.
- Sophia, me desculpe... Eu não fazia ideia.
- Tudo bem.

[. . .]

Ele estava colocando o filme. Já era de tarde. Tínhamos conversado bastante, e depois fomos almoçar fora. Eu estou olhando as fotos que estão na estante. Havia uma dele em um teleférico, algumas com a família, e uma dele rodeado de crianças. Fiz careta e peguei a foto.
- Você gosta de crianças, então? – Mostrei-lhe a foto. Vi seus olhos brilharem, e um sorriso gigante apareceu em seus lábios.
- Amo crianças. São pessoinhas fascinantes! – Ele piscou.
- Hum, eu detesto crianças. – Fiz bico. Ele riu.
- É? E por quê?
- Porque elas são barulhentas e fazem muita bagunça.
- Pois é, mas vai ter que mudar de opinião. – Ele disse, sorrindo.
- E por que eu mudaria? – Perguntei, de forma desafiadora.
- Porque você vai ter que gostar de crianças pra amar nossos futuros filhos. – Ele sorriu sapeca, e me beijou.
- É, nesse caso posso reconsiderar. – Ri. Era totalmente estranho falar disso com um cara que eu conheci ontem. Mas eu me sentia bem com ele, como se já o conhecesse a vida toda.
Ele deu play no filme, e nós ficamos assistindo agarradinhos no sofá para nos esquentarmos.
Quando olhei para fora, pela grande janela da sala, me assustei. O sol já havia se posto, e já estava escuro. É incrível como o tempo passa rápido quando você se diverte.

[. . .]

Três meses depois

POV Gustavo

Três meses haviam se passado desde o dia em que conheci Sophia. Sabe quando você troca duas palavras com uma pessoa e já tem certeza que é ela? Que foi força do destino você tê-la conhecido? Que é com ela que você quer passar todos os dias da sua vida? Pois é, foi assim com Sophia. E esse tempo todo juntos serviu para eu ter ainda mais certeza disso. Hoje decidi que era hora de Sophia conhecer meus pais. Estávamos na casa dela, escutando The Script.
- Amor, o que você acha de ir pra Boston comigo nessa sexta pra conhecer meus pais? – Perguntei. Ela me olhou e sorriu.
- Eu adoraria.
- Ótimo, nós vamos de trem até um pedaço, e depois pegamos um avião direto, ok? – Falei, sorrindo.
- Certo. Amo você, sabia? – Ela disse, abrindo um sorriso contagiante. Meu coração bateu mais forte, e eu senti que meu sorriso iria rasgar minhas bochechas de tão grande.
- Eu amo você mais. – Disse de forma sincera, e a beijei.

FIM





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