~Quarta-feira, 16:37, Casa de Hanna
- Seu book já está marcado, Han, relaxa, é daqui a dois meses.
- E o vestido, ? Tá tudo certo? Você tem certeza absoluta?
- E por acaso, alguma vez, eu já falhei? Hanna, eu planejo casamentos desde quando eu era criança, está tudo sob controle.
- Desde criança? Como é? – perguntou Katie, surpresa.
- Isso mesmo, K. Quando eu era pequena, passava muito tempo presa em casa, não tinha muitos amigos... Era mais uma brincadeira na verdade, na minha família, são mais mulheres que homens, eu planejava praticamente tudo, dos detalhes da igreja aos detalhes da festa. Depois disso, minhas tias só mandavam a um profissional para deixar mais oficial.
- Não entendo porque você faz isso, sabe que não precisa. Você é herdeira de um dos melhores hotéis da cidade – Hanna constatou.
- Mas eu não me sinto bem não fazendo nada, sinto como se nada fosse realmente meu.
- Ah, mas depois de tantos casamentos, você não pensa em se casar? – perguntou Katie.
- Penso... Mas não é tão fácil assim.
- Não vai se casar, ? – perguntou Han.
- Na minha vida inteira, eu só tive três namorados, e um deles, foi quando eu tinha sete anos de idade.
- E o Matthew? Não vai mesmo dar uma chance pra ele?
- Eu não sei se posso confiar no Matt. Ele é o cara mais mulherengo da cidade.
- Mulherengo é diferente de cobiçado, Em – Hanna riu.
- Eu acredito que quando tiver que ser, vai ser.
- Ah mulher, pare! Você fala como se tivesse quase quarenta anos, mas não, você só tem vinte e três, é uma menina – disse Kat, rindo.
- Olha quem fala, menina dos vinte e quatro... – encerrou o assunto. – E o seu casamento, quando sai?
- Se tudo der certo, e vai dar, no início do próximo ano, eu estou tão ansiosa.
- Passa tão rápido, K – disse Hanna.
- Garotas, o papo está ótimo, mas preciso ir – disse , recolhendo todas as suas pastas que estavam espalhadas em cima da mesa.
- Já? Você não ficou nem vinte minutos – disse Han.
- Exagerada, estou aqui há quase duas horas – Em riu. – Preciso mesmo ir, tenho que me encontrar com uma cliente nova, minha avó me indicou pra ela.
- Sua avó? – perguntou Katie.
- Sim, e ela está bem animada com o casamento dessa garota, me parece que ela é amiga da família dela ou coisa assim.
- Ok, mas você vai vir na minha festa, na sexta – Katie afirmou.
- Tudo bem, me liguem! Beijos – se despediu e saiu com pressa.

- Olá, você deve ser a , certo? – uma mulher ruiva e sorridente abriu a porta logo depois de Em tocar a campainha.
- Isso, é com você que eu vim me encontrar? – analisou-a de cima a baixo. Usava fones de ouvido enormes, pijama de ursinhos e segurava um livro. Definitivamente não era com ela.
- Não, é com minha irmã, entre – ela deu espaço para Em entrar e fechou a porta em seguida. – EMMA, DESCE. A REBECCA JÁ ESTÁ AQUI!
Uma mulher loira e muito bonita desceu as escadas e se aproximou.
- Olá . Sua avó me falou muito sobre você.
- Me chame de . Emma, não é?
- Isso mesmo. Sente-se, por favor – ela indicou o sofá com a mão e elas se sentaram. – Aceita um café? Acabei de preparar.
- Aceito – Emma assentiu e saiu por dois segundos, e voltou com uma xícara de café. – Obrigada.
- Então, pode me explicar como tudo funciona?
- Você vai me dizer exatamente como quer, todos os detalhes e eu vou encaixar tudo pra você e te mostro uma proposta, a partir disso, nós vamos ajustando tudo.
- Ah, sim. Posso pergunta uma coisa? – assentiu. – A opinião do noivo conta?
Elas riram.
- É importante você mostrar pra ele como quer, para saber a opinião dele também. Mas homens não se ligam muito nesses detalhes.
- E quando nós podemos começar? – Emma perguntou animada.
- Você já sabe a data?
- Daqui uns seis meses no máximo, estou muito ansiosa.
- Seis meses? Vai ser um pouco apertado, mas comigo te ajudando pode acreditar que vai ser tudo mais fácil. Nós podemos marcar semana que vem, está livre?
- Bem, não faz muito tempo que me mudei, então ainda não estou com a agenda cheia, eu posso sim.
- Você não é daqui? – perguntou .
- Não – Emma sorriu. – Eu vim de Los Angeles. Ele morava aqui desde criança, e estava visitando uns amigos quando nos conhecemos, agora que eu terminei a faculdade, eu me mudei. Ainda não estamos morando juntos, por isso trouxe minha irmã para me fazer companhia.
- Ah sim, que legal. Eu adoraria morar em LA... Mas não largo Nova York por nada.
- Comigo é o contrário, mas vai valer muito a pena... – o celular de Emma tocou, desviando sua atenção. – , me desculpe a grosseria, mas eu preciso sair, nos vemos semana que vem, certo?
- Claro, Emma. Tenho que ir também, foi um prazer conhecê-la.
- Igualmente, .

- , a mamãe chegou – gritou logo depois de entrar seu apartamento e trancar a porta. O filhote veio correndo, arrastando seu boneco do Bob Esponja – Está com fome, meu amor?
Em o pegou no colo e foi caminhando até a enorme área descoberta de seu apartamento - vantagem de morar na cobertura do prédio - onde costumava ficar a casinha de . Ela encheu um pote com água e o outro com ração e soltou o cachorro no chão.
- Mamãe precisa comprar ração, vamos? – ele a encarou como se a entendesse.

- Fica quietinho, ok? – Em sussurrou para o cachorro. Eles entraram na enorme loja para animais e foram direto na seção de comida. – , fica quietinho, por favor.
colocou o cachorro no chão, segurando-o pela coleira. Ele continuava tentando correr, mas desistiu quando percebeu que não conseguiria.
- Esse saco tá pesado, vou levar o menor – Em aproveitou que estava se comportando e soltou a coleira por dois segundos para devolver o enorme saco de ração a prateleira, tempo suficiente para o cão conseguir correr.
Ela largou tudo pra trás e começou a correr atrás dele por toda loja, mas parou quando perdeu o fôlego. Viu de longe, um homem alto pegar o cachorro no colo.
- Ei, solta o , ele é meu – gritou e foi caminhando até ele.
- Ei, calma – disse ele. – Eu consegui pegá-lo pra você, toma aqui o seu... ?
- Me desculpa, mas é que esse cãozinho é a minha vida, eu tenho medo de algo acontecer com ele.
- Eu sei como é, também tenho cachorros.
- Então, muito obrigado Senhor.. ?
- Senhor está no céu. . E você é a?
- Pierce, – ela sorriu sem graça. – , me chama de .
- Ei, Pierce? A gente se conhece? Seu nome não me é estranho.
- Vai ver você já ouviu falar do meu pai... Espera, ? Eu conheço você sim – ela sorriu.
- Conhece? – ele perguntou, confuso.
- Ai meu Deus, isso é tão estranho, eu estava me lembrando de você hoje... Eu era sua vizinha e bem, nós namoramos uns dois meses, quando tínhamos sei lá, uns sete anos, talvez?
- ? Meu Deus, eu me lembro...
- Que coincidência. O que tá fazendo por esses lados?
- Eu comprei um apartamento aqui perto, já faz uns anos, foi um pouco antes de eu sair da cidade.
- Sair da cidade? Não sabia que você tinha se mudado.
- Nós perdemos o contato quando meus pais se separaram, infelizmente. Mas eu ainda continuei gostando de você por uns dois anos – confessou, rindo.
- Você não foi o único, eu fiquei muito triste quando você teve que se mudar.
- Você está livre agora? Nós podíamos, sei lá, tomarmos um café, juntos?
- Tenho uma ideia melhor.

- Eu não acredito, não acredito que você fugiu de casa – disse, rindo.
- Eu era uma criança. Uma criança sem noção. Isso nem tem tanta graça...
- Um pouco, talvez – ela continuou rindo. – Então, me conta, porque mudou de cidade?
- Não foi por muito tempo, eu queria conhecer coisas novas... Mas e você, o que anda fazendo?
- Estou fazendo faculdade de administração e estou trabalhando também, eu organizo casamentos.
- Isso é a sua cara! Já casou então? – ele encarou discretamente as mãos da mulher, procurando por alguma aliança.
- Não. Eu organizo casamentos dos outros. Mas e você?
- Ah, isso não importa. Já está um pouco tarde, eu tenho que ir embora – ele conferiu o relógio em seu pulso. – Me passa o seu número.
- Aqui, pega meu cartão – ela tirou do bolso da calça e o entregou.
Eles foram caminhando até a porta do apartamento, e se despediram com um abraço rápido.
- Obrigado pelo lanche, vê se não some – ele sorriu.
- Tchau, !

- Eu tinha certeza que você não viria – disse Katie.
- Vocês me chamaram, não chamaram? – perguntou .
- Fala sério, Em – disse Hanna. – Você nunca vem nas nossas festinhas.
- Hm, querida, deve ser porque vocês duas estão sempre acompanhadas e eu odeio segurar vela!
- Nós já falamos sobre isso... Não vai mesmo falar com o Matthew? Ele está aqui – perguntou Kat.
- Nem fala o nome dele. Se ele me ver aqui, não vai me deixar em paz...
- Tá, . Vamos parar de caretice e pular pra parte das fofocas, alguém tem alguma? – perguntou Han.
- Eu – Katie ergueu a mão. – Na verdade, não é bem uma fofoca e sim uma novidade: O Nick aprovou minha ideia de nos casarmos no início do próximo ano.
As garotas bateram palmas.
- Minha vez – disse Hanna. – Mas é uma fofoca mesmo! Vocês se lembram daquela garota que nós encontramos no desfile daquela estilista espanhola, Rachel? – as outras duas assentiram. – Fiquei sabendo por fontes seguras que ela está grávida, e ainda por cima, de gêmeos.
- O que? A família dela não vai aceitar nunca, a garota ainda nem se casou – disse .
- A família dela é toda tradicional, coitada da garota – disse Kat. – Ok, , sua vez.
- Minha vez de que? – perguntou , confusa.
- Fofoca ou novidade – disse Han.
- Ah, bem, tenho uma novidade. Depois de me encontrar com a tal da Emma, a cliente da vovó, eu fui pra casa e depois passei no pet shop, para comprar comida para o , vocês nem imaginam quem eu encontrei...
- Quem? – perguntou Katie, curiosa.
- O carinha que eu namorei quando tinha sete anos.
- O que? Não acredito – perguntou Hanna.
- Ele ficou gato? – perguntou Katie.
- Vocês são mesmo gêmeas? – perguntou , rindo. – É isso mesmo que você ouviu Hanna, e sim Katie, ele ficou muito gato. E tem mais, ele pediu meu telefone.
- Ligou? Mandou mensagem? Whatsapp? – perguntou Han.
- Não, nada até hoje... Mas ele me passou o endereço dele, assim, me mostrou o prédio de longe, mas isso já é alguma coisa.
- E ele está solteiro? – perguntou, Kat.
- Você está muito interessada nesse assunto para o meu gosto, Sra. Katie Foster – disse , rindo.
- Em breve, Katie Parker...
- Estou louca para começar o seu casamento... – disse , animada.
- Ok, dona , mas primeiro, vamos desencalhar você, assim que ele ligar, mandar mensagem, whatever, vocês marcam de se encontrarem, entendeu? – disse Hanna.
- Tudo bem, dona Hanna – disse , imitando-a.
- Agora, vamos ficar bêbadas, por favor, eu tive uma semana cheia – disse Katie.
- Eu não posso. Tenho hora para ir embora – falou, desanimada. – Vou me encontrar com meu pai.
- Não acredito que você vai deixar minha festa para ir encontrar seu pai – disse Katie.
- Quem vai encontrar com o pai sexta à noite? – perguntou Hanna, num tom sarcástico.
- Não é sexta à noite. Eu preciso ir embora cedo, para acordar cedo amanhã... Ele está na cidade. Sabe como é difícil ele vir aqui?
- Tudo bem... Mas você vai ter que beber pelo menos um copo – Katie afirmou.

O celular de Em começou a tocar, em cima do criado mudo, acordando-a.
- Droga, nunca mais vou beber – ela reclamou.
Tateou o móvel em busca do aparelho e atendeu quando finalmente o encontrou.
- ? – a voz do outro lado da linha fez Em despertar. – Sou eu.
- Ah, pai. Tudo bem?
- Tudo sim, e com você? Estou com saudade.
- Também estou. Você já está aqui?
- Sim. Cheguei ontem à noite? Nós podemos nos encontrar? O assunto é sério.
- Você pode vir aqui em casa?
- Prefiro que você me encontre aqui no hotel, pode ser?
- Ok, mas não posso ficar muito tempo, preciso me encontrar com a vovó.
- Tudo bem. Vai ser rápido.
- Eu já estou indo.

- Eu não posso fazer isso. É muito pra mim, pai – respondeu confusa.
- , qual o problema? Já faz anos que aquilo aconteceu, você precisa superar.
- Superar? Eu já superei. Mas eu não estou preparada para ver você se casar de novo. Ainda mais com aquela mulher.
- A Marg é uma pessoa tão boa, e ela gosta de você.
- Ela não gosta de mim. E isso é desde quando eu era pequena. Acha que eu passava tanto tempo em casa por diversão? – ela perguntou, relembrando de quando era pequena e resolveu contar para Marg que estava afim de um garoto. Só saia aos fins de semana. – Eu não vou fazer o seu casamento, pai.
- Vai ser tão difícil assim pra você, querida?
- Sim. É um sacrifício. Eu não gosto da Margareth.
- Você nunca gostou de nenhuma mulher com quem eu me relacionei depois que sua mãe morreu. Faz isso, por mim, por favor.
Eles se olharam por uns instantes. Em encarou seu pai. Não era mais tão novo assim e se aquilo iria deixa-lo feliz, ela faria. Faria qualquer coisa por ele.
- Então tá... – ela respondeu, por fim. – Sabia que iria se arrepender mais tarde. – Eu faço.
- Obrigado, muito obrigado. Marg vai ficar muito feliz...
- Estou fazendo isso por você – eles se abraçaram. – Agora eu preciso ir ver a vovó.
- Sabe, às vezes eu sinto inveja da sua relação com a sua avó – ele riu.
- Ela é muito importante pra mim.
- Eu sei, querida. Você está sempre com ela...
- Você não precisa se sentir mal. Eu te amo muito, pai.
- Eu também amo você.

- Oi, vovó – sorriu. – Tudo bem?
- Olá, querida – ela puxou Em para um abraço. – Estou ótima, vendendo saúde, e você?
- Somos duas... Estou bem.
- Você não está com uma carinha muito boa. Aconteceu alguma coisa?
- Nada muito importante – Em respondeu, indiferente.
- Você já conheceu Emma?
- Sim, eu a adorei. Ela é muito simpática.
- Eu sabia que se dariam bem, têm gostos parecidos...
- Vou me encontrar com ela semana que vem. Já vamos começar a acertar os detalhes. Organizar um casamento em seis meses vai ser apertado.
- Mas você é ótima, tenho certeza que tudo vai sair como o planejado!
- Eu espero que sim, vovó.
- E as suas amigas, como elas estão?
- Está tudo bem com Hanna e Katie. O casamento de Han já está chegando, ela está muito ansiosa. Kat decidiu se casar no início do próximo ano.
- E você querida? Não pensa em se casar também? – riu.
- Me fizeram muito essa pergunta nesses últimos dias. Acredito que quando tiver que ser, será.
- Você está certa. Não é necessário apressar as coisas. Tudo vai acontecer em seu tempo certo.

estava ao caminho de casa, quando ouviu seu celular tocar na bolsa e parou para atender. O nome de Katie piscava no visor.
- ? É a Katie, tudo bem?
- Sim, K. E com você?
- Estou bem, o problema é a Han.
- O que houve com ela? – perguntou , preocupada.
- É uma bomba na verdade, ela está pirando.
- Fala logo, Katie. Está me deixando nervosa.
- Ok... Hanna está grávida.

- Na hora que eu te liguei, não imaginei que viria aqui – disse Katie, quando abriu a porta para .
- Como assim você me dá uma notícia dessas e não espera que eu venha pessoalmente conferir? – Em retrucou.
- , obrigada por vir – disse Hanna.
- Não precisa agradecer, amigas são pra isso... Como você está se sentindo?
- Meio gorda na verdade... Ai meu Deus, eu vou engordar, não vou caber no vestido.
- Ei, agulha e linha concertam isso... Que bobeira é essa agora? Essa notícia é ótima. Você já contou ao Patrick?
- Não, só vocês duas sabem... Ainda não contei nem pra mamãe – disse Han.
- E você descobriu isso quando? – perguntou Katie.
- Já faz umas semanas que eu estou tendo os sintomas então decidi fazer um teste de farmácia, mas deu negativo. Fiz um exame de sangue e o resultado só chegou ontem.
- O que? Você é doida, esqueceu-se do porre que tomou ontem? – exclamou .
- Eu não tomei porre nenhum, vocês duas que ficaram bêbadas... Eu estou muito bem, tirando essa dor de cabeça chatinha.
- Tá, agora você tem que contar para o Patrick, liga pra ele – Katie incentivou.
- Então vou ligar pra ele e simplesmente dizer: "Estou grávida, você vai ser pai." – disse Hanna, sarcástica.
- Não, você liga e diz que precisa conversar pessoalmente. Prepara um jantar e conta.
- Eu posso fazer aquela torta de maçã, todo mundo adora – Katie se ofereceu.
- Faz tanto tempo que não como aquela torta – disse animada. Seu celular tocou. – Espera...
- Atende logo – disse Hanna. – Pode ser o .
- ?
- Oi , tudo bem? – Hanna sorriu maliciosa para .
- Tudo sim... E com você?
- Estou bem.
- Ah, que bom... Você quer sair? Ou melhor, está livre agora?
- Estou sim, o que tem em mente?
- Andar no parque, que tal?
- Ótima ideia!
- Te encontro daqui, uns quinze minutos, ok?
- Ok. Até daqui a pouco.
- Até, – ele encerrou a ligação.
- O que ele queria? – Kat perguntou animada.
- Me chamou pra sair – soltou um grito animado. – Eu preciso correr. Só tenho quinze minutos.
se levantou, pegou sua bolsa e foi correndo até a porta, mas tropeçou no tapete de boas-vindas.
- Droga, Hanna. Já te falei para tirar isso daqui – reclamou.
- Anda logo, mulher. Vai – Han acertou uma almofada na cabeça da amiga.

- Oi, . Me desculpe o atraso. Eu não estava por aqui.
- Está tudo bem, faz uns cinco minutos que cheguei também – ela sorriu e se sentou ao seu lado, no banco. – E então, ... Como anda a vida? Não tivemos muito tempo para conversar aquele dia
- Eu já te disse. Estou fazendo faculdade... – a interrompeu.
- Não, quero saber de alguma coisa que você goste... Eu não sei mais nada sobre você, ainda detesta morango?
- Sim, detesto... – ela riu. – Bom, depois que você se mudou, não aconteceu muita coisa diferente. Eu acabei mudando de escola quando fui para o ensino médio e conheci minhas melhores amigas. Namorei dois garotos também, mas não deu certo. Depois que me formei, comecei a trabalhar com casamentos e comecei a faculdade. Mas e você? Como foi depois que se mudou?
- Minha vida no colégio não foi muito comum. Eu nunca fui um bom aluno, tinha muitos amigos, mas perdi o contato com a maioria. Depois que me formei, eu concluí o primeiro período de direto na Columbia, mas larguei tudo. Eu não quero nada disso.
- Você largou uma Universidade da Ivy League? – ela perguntou surpresa.
- Larguei – disse simplesmente.
- E sua família, seu pai... Como eles reagiram?
- O começo foi difícil, mas agora, eles já superaram...
- E o que você anda fazendo agora?
- Eu não gosto de ter compromissos, eu sou... – ele foi interrompido.
- Espera – ela riu. – Eu já entendi tudo. Não era um bom aluno, tinha muitos amigos, largou a faculdade. Você virou o seu irmão. Não gosta de se prender a ninguém, adora uma farra, uma menina por semana...
- Não... O meu irmão é um cara sério agora. Nós não temos completamente nada a ver um com o outro.
- Está confirmando minha descrição? – ele sorriu. – Vamos mudar de assunto. Vai me chamar para fazer o seu casamento?
- Meu... Hm, meu casamento? – ele gaguejou. – Eu nem, nem penso nisso ainda.
- Tem certeza? Porque não soou nada convincente.
- Tenho certeza... Me responde uma coisa, porque você entrou nessa de casamentos?
- Foi uma coisa muito aleatória, na verdade. Eu queria um jeito de "fugir" dos negócios do meu pai. Deu nisso...
- Você se lembra que nos casamos, debaixo daquela árvore enorme que ficava no parque? – ele mudou de assunto.
- Eu me lembro, e você até me deu um anel daqueles de doce, e qual era o sabor mesmo... Morango.
- Foi para implicar com você – ele riu. – Eu tenho que ir... Você podia ir lá em casa um dia desses.
- É, vamos marcar.
- Eu te ligo, ok?
- Tudo bem. Vou esperar.

~Segunda-feira, 14:12, Casa de Emma
- Então, Emma, já tem alguma ideia do que quer? – perguntou .
- Sinceramente, – ela riu. – Estou completamente perdida.
- Ah, não se preocupa, estou aqui para te ajudar. Você já tem em mente quantas pessoas vai convidar?
- Não são muitas, porque a maioria dos meus amigos e família não são daqui e é complicado vir todo mundo... Duzentos e cinquenta, no máximo.
- Tenho algumas fotos aqui, de salões de festa, um mais lindo que o outro – tirou uma das pastas da bolsa e entregou Emma.
- Você pode deixar essas fotos comigo?
- Claro. Eu tenho outras aqui também... Vestidos, decoração, tudo.
- Por mim, eu me casaria num castelo – ela riu do próprio pensamento. – Enorme, com um jardim lindo, uma torre bem alta... Mas o não quer nada muito grande.
- ? – perguntou, surpresa.
- Sim, é o meu noivo – Emma sorriu. – Bem, acho que o nosso tempo está acabando. Pode deixar as fotos comigo?
- Sim. Eu tenho mais fotos dessas.
- Então, nos encontramos na próxima semana, ok?
- Claro. Até.

sentiu o celular vibrar no bolso da calça. Número confidencial. Atendeu por curiosidade.
- ? – a voz do outro lado pronunciou.
- Sim?
- Não está me reconhecendo?
- Espera... Vicky? É você?
- É claro que sim. Onde você está? Estamos te esperando.
- Droga eu me esqueci completamente.
- Então você precisa correr. Só tem uma hora, ou vai perder o voo.
- Eu não consegui ninguém para ficar com o .
- Não tem problema, trás ele. Mas corre.
- Só vou passar em casa e pegar umas coisas. Já estou indo.

- Você ficou louca? Como pode esquecer-se de pegar um avião? – Victória perguntou.
- Não me enche – reclamou. Eu não estou muito boa esses dias.
- Isso tá me cheirando a homem...
- Isso tá me cheirando gente intrometida... Ops, essa é você.
- Quanto veneno, mulher... Eu só estou falando.
- Droga, eu preciso avisar as meninas que estou saindo da cidade.
- Tá esperando o que?

~Enquanto isso... Apartamento do
- Eu não posso contar a verdade pra ela – reclamou. – Ela vai me odiar.
- Acho que você devia contar. Quando ela descobrir...
- Nem continua isso – ele massageou as têmporas. – Eu não devia ter me envolvido naquilo tudo.
- Faz o seguinte: Não precisa contar nada. Chame-a pra jantar aqui e se você perceber que vai dar certo, você conta, se não, contar pra ela vai ser bobeira. Vai que ela espalha?
- Ela não é assim... Mas você tem razão. Você é um gênio.
- Você sempre diz isso – eles riram. Era verdade.

~De volta ao Aeroporto
- Já avisou todo mundo? – perguntou Vicky.
- Só tenho Han e Kat para avisar...
- Que coisa feia, ... E mamãe e papai?
- Não moro com eles... Eu nem tenho mãe. Pensei que soubesse.
- Acho que você já me disse.
- Falando sobre o meu pai... Ele me chamou, que droga.
- Você já falou a palavra droga muitas vezes hoje... Três vezes, na verdade – ela contou nos dedos. – Seu pai chamou você pra que?
- Fazer o casamento dele. Eu não quero fazer, eu odeio a Margareth.
- Aceitou porque então?
- Porque eu não tenho coragem de negar nada pra ele, Vicky. Eu faço qualquer coisa pelo meu pai...
- Eu queria ter um pai.
- Está na hora do nosso voo. Vamos?
- Bora...
- Estou achando você desanimada, não era pra tá mais feliz?
- É o casamento da minha irmãzinha, ... Ela não vai mais morar comigo. Ainda não me acostumei com isso.
- Vamos? A gente conversa no avião – Victória assentiu.

- Sete homens? Eu vou ficar aqui com SETE HOMENS?
- Não se preocupa, . A maioria é casado. Ou você não é o tipo deles – Victória riu. – E a parte boa é que vai poder mandar em todos!
- Mesmo assim... Eu não quero.
- Olha, são dois maquiadores, um figurinista, um cabeleireiro e seu ajudante, um fotógrafo e um cara para filmar tudo... Mesmas empresas de sempre, relaxa.
- E tinham que ser todos homens?
- Isso só foi uma coincidência estranha. Já falei, é só relaxar. E é só por hoje. Amanhã você vem para o sítio comigo. Nós só não vamos agora porque já está tarde – ela conferiu o relógio em seu pulso.
- E porque você não vai dormir aqui? – ela perguntou brava.
- Porque eu já tenho companhia melhor – Victória riu. – Você e o vão ficar bem. É só relaxar.
- Droga, Vicky. Porque eu sou sua amiga mesmo?
- Nós já conversamos sobre o uso do "droga".
- Ah, eu vou é dormir, adeus Victória!
- Boa noite, !

O telefone de vibrou em baixo do travesseiro, acordando-a.
- Ah, e ai , como vai?
- Tudo bem por aqui... Me desculpe, eu te acordei?
- Não, imagina, já faz um bom tempo que estou acordada – ela mentiu.
- Ah, que bom... Liguei, pra gente marcar de sair. Esse fim de semana, que tal?
- Ótima ideia, mas tem que ser outro dia. Eu não estou na cidade. Estou ajudando uma amiga com o casamento dela. Eu volto domingo à noite.
- Segunda à noite então... Pode ser?
- Claro. Até segunda.

- Vocês não são o que eu pedi, são frouxos e sem jeito algum. Vou mudar, melhorar um por um – disse , brava.
- Ei, ei. O que tá havendo aqui? – Vicky abriu a porta do apartamento.
- Estou prepa... Ou melhor, estou tentando preparar nossos sete rapazes para o casamento da sua irmã.
- Qual é o problema com eles?
- São um desastre. Sem ofensas – ela se virou para encara-los. – Não gosto de trabalhar com gente que tá começando.
- Eu devia ter seguido os seus conselhos... Mas eles vieram muito bem recomendados, . Não devem ser tão ruins assim.
- Não acho que você devia ter "seguido os meus conselhos", você é uma ótima profissional, Vicky.
- Mas você trabalha com essas coisas há muito mais tempo.
- Bem, eu estou aqui pra te ajudar, não é? Não se preocupa, porque vai dar tudo certo.
- Uhh, to ansiosa...
- Uma noite com um modelo gato não ajudou? – ela riu.
- Não... Mas está tudo bem. Vamos logo para o sítio. É um pouco longe daqui.

- Isso é uma cesta de chocolates? Pra mim? – Victória perguntou, sarcástica. – Estava com saudades, pirralha.
- Pirralha? Olha, se for continuar me ofendendo, pode ir embora – elas riram.
- Trouxe a e o comigo. Eles vão ajudar.
- Olá, Valerie – cumprimentou.
- Ainda bem que veio. Tenho medo das escolhas da minha irmã...
- Olha aqui, você é quem está me ofendendo agora – Vicky forjou um tom sério. – Ok, sem palhaçadas agora, isso aqui tá lindo.
- Está mesmo. Eu adorei tudo – Valerie disse animada. – Querem conhecer o lugar?
Elas assentiram.
- Eu acho casamento assim, de manhã, ao ar livre, lindo demais – comentou.
- Eu também... Acho que estou vendo muito Crepúsculo – disse Vicky.
- Não seja boba! Você sabe que eu amo essa saga – Valerie sorriu.
- Vocês duas juntas são demais – disse , rindo.
- AAAAAAAA! – Victória gritou. – Tem um sapo ali, credo.
- Isso aqui é um sítio, Sis, é natureza – Val disse num tom sarcástico.
- Acho que eu vou deixar pra conhecer depois... Eu não gosto de natureza – uma expressão de nojo estampava o rosto de Vicky. – Vem comigo, . Vamos continuar trabalhando com os nossos boys.

- Eu preciso de um pente! – exclamou o cabeleireiro.
- Eu acho que já está bom – Victória interviu. – Está tudo ótimo com você! Está linda, Val.
- Tem certeza? É sério, ? – ela perguntou preocupada.
- Claro! Uma verdadeira princesa. Está tudo perfeito. Apenas curta o seu dia – sorriu.
- Vocês são ótimas!

~Domingo, 21:10, Apartamento de
- Já chegou em casa? – Hanna perguntou.
- Sim. Acabei de colocar água e comida para o . Vou descansar um pouco agora.
- Como foi o casamento?
- Foi lindo, Han... Uma coisa que eu adorei e que você pode usar na sua cerimônia: eles tocaram a marcha nupcial com saxofone.
- Saxofone? Jura? Vou olhar depois... – assentiu, mesmo sabendo que Hanna não poderia vê-la. – Bem, pode ir descansar, só queria saber se você estava bem.
- E como anda o baby?
- Anda trazendo mal estar... – ela riu.
- Já foi ao médico?
- Tenho consulta marcada amanhã. Enfim, vou desligar agora, beijos.
- Beijos pra você. E mande um abraço para Katie.

- Eu separei um filme de comédia pra gente ver.
- Seu apartamento é lindo, . Sua cara.
- Não vai parar de repetir isso? – ela sorriu, sem graça.
O apartamento dele era realmente, muito bonito. Muitos detalhes. Havia também vários CDs em algumas prateleiras e alguns bonecos de ação. Uma TV enorme e um aparelho de som, que tinha certeza que se o volume estivesse no máximo, daria pra ouvir no outro quarteirão.
- Você gosta muito de música, não é? – ela perguntou, curiosa.
- Tem alguém que não goste? – ele riu. – Eu curto jazz. Ou alguma música clássica.
- Isso você herdou do seu pai. Eu me lembro que ele escutava. E nós dois não gostávamos de jeito nenhum.
- Você sabe muita coisa de mim... Não sei quase nada sobre você.
- Que bobagem...
- Me conta uma coisa. Que você não conta pra ninguém.
- Ok, só o sabe dessa: Eu tenho uma coleção...
- Seja mais específica, .
- Não, você vai me achar estranha – ela pensou duas vezes.
- Diz logo – gargalhou da ansiedade de . – Você parece uma hiena quando tá rindo.
- O que? Não pareço nada, idiota! – ela exclamou.
- Esquece... Conta, o que você coleciona?
- Sério? – ele assentiu. – Ok... Eu coleciono coisas de outras pessoas.
- Como?
- Tem gente que coleciona chaveiros, moedas, bonecas... Eu coleciono coisas de outras pessoas.
- Como você consegue? Vai à casa de alguém e diz "Me dá alguma coisa sua pra minha coleção?".
- Basicamente... Mas não é de qualquer um, coleciono coisas de pessoas que são importantes pra mim.
- Você é uma caixinha de surpresas, Pierce...
- Tenho uma porção de coisas lindas nesta coleção. Posso dizer que eu sou alguém que tem quase tudo.
- Sabe, você me deu uma ideia.
- Hm, que ideia?
- Vou colecionar alguma coisa também.
- Assim? Do nada? – ela riu.
- Do nada.
- Não funciona assim... Vai, sua vez, conta alguma coisa sobre você. Alguma coisa engraçada.
- Ok... Vou pensar – eles ficaram em silêncio por alguns minutos. – Eu sei cozinhar.
- Isso não é uma coisa engraçada. É uma coisa legal.
- Eu vou cozinhar nosso jantar. Macarronada é a minha especialidade.
- Tá. Agora a coisa engraçada.
- Eu tinha um amigo imaginário...
- Hm... Conta mais – já estava rindo.
- Ele era um lobo e se chamava Mc Leco.
- Mc Leco? – ela gargalhou. – De onde você tirou isso?
- Eu não sei. Mas eu era pequeno. Ele me disse pra fugir de casa... Eu já te contei isso.
- Então você fugiu de casa porque seu amigo imaginário lobo, que se chamava Mc Leco, disse pra você fugir?
- Dizendo assim, soa muito idiota.
- Mas é muito idiota, .
- Vamos mudar de assunto? Vem, me ajuda a preparar o jantar.
- Eu sou péssima cozinheira.
- Não acredito. Você tem cara de quem sabe fazer miojo.
- Para! Você só tá tirando sarro de mim hoje – ele riu.
- É saudade.
- Vai me ajudar com jantar, ou não?
- Eu é que te pergunto – ela assentiu. – Vamos lá.
Alguns minutos depois, já havia desistido e assistia preparar tudo.
- Isso tá com uma cara muito boa.
- Nem comecei direito.
- Ah, desisto. Não entendo nada de cozinha mesmo.
- Posso te perguntar uma coisa? – ela assentiu, curiosa. – Você perdoaria uma mentira, muito grande. Mesmo que seja por amor?
- Que pergunta é essa? – ela riu. – Hmm, o que você anda aprontando, Sr. ?
- Só responde, .
- Ah, depende do tamanho da mentira. E se for mesmo por amor, iria garantir uns pontinhos a mais.
- Entendi... – ele encerrou o assunto.
- Vai demorar muito? – perguntou, alguns minutos depois.
- Não, agora é rápido. Uns minutos, tá pronto.
- Faz muito tempo que eu não saio com alguém... – ela disse para si mesma.
- O que?
- Hm... Que o que? – ele riu de sua confusão. – Tava falando sozinha.
- Mas você tá aqui pra falar comigo. Fale.
- Eu estou com fome.
- Eu já me sei. Me fala alguma coisa que eu não sei.
- Não tenho nada pra dizer.
- Como você vai a um encontro sem assunto pra conversar?
- Encontro? – ela arqueou a sobrancelha.
- Já são quase nove da noite, nós vamos jantar e como você não está com ninguém, posso dizer que isso é um encontro. Ou você pensa diferente?
- As pessoas não podem se encontrar de dia? – ela riu.
- Não muda de assunto...
- Tá, mas isso não me importa. Estou me divertindo aqui e não quero me preocupar com nada – ela foi sincera.
- Como quiser – ele assentiu. – Vamos comer agora?
- Vamos.
- Pega os pratos pra mim, ali – ele apontou para o armário. tirou dois pratos do armário e entregou a .
- Eu não como muito – ela avisou.
- Então você vai quebrar essa tradição hoje, porque a minha comida é muito boa e você vai querer mais.
- Vamos ver – ela piscou.
serviu os dois pratos e eles se sentaram a mesa. Um de frente para o outro.
- E aí? – ele perguntou, quando ela deu a primeira garfada.
- Muito bom – respondeu alguns segundos depois. – Daria um ótimo chefe de cozinha.
- Já me disseram isso... – ela rolou os olhos.
- O que você pretende fazer da vida, ?
- Eu não gosto de pensar no futuro, .
- Não tem planos? Sonhos?
- Todo mundo tem... Eu quero uma vida boa com alguém que eu ame e que me ame também.
- Amor, ? Isso não existe.
- Que bobagem é essa, quem te falou isso?
- Eu sei.
- Você pode sentir o amor esta noite? Você não precisa olhar muito longe.
se calou. continuou:
- Logo você, já foi a tantos casamentos. Não acredita mesmo no amor? – ela negou. – Alguém te magoou muito... Não foi?
- Não quero falar disso... Ainda mais agora – ele sorriu. – Isso aqui tá muito bom.
- Você estragou o momento, – uma falsa expressão de decepção tomou o rosto de .
- Momento de que? – ela riu.
- Vamos começar de novo... "Não quero falar disso... Ainda mais agora" – ele tentou imitar a voz dela, fazendo-a rir. – Tudo bem, .
- Hmm... E agora? – ela ainda ria.
- Agora eu vou te beijar – não esperou resposta e se inclinou sobre e pressionou seus lábios contra o dela. Foi um beijo calmo. Ambos preferiam aproveitar o máximo que podiam o gosto um do outro.
- Beijo com gosto de macarronada... Isso é novidade pra mim – ele riu do comentário da mulher. – Sabe, acho que já está na minha hora.
- Não vou deixar você ir agora.
- Eu estava brincando.

~Dois dias depois.
- ? – Katie perguntou.
- Olá, K. Obrigada por me acordar – ela respondeu, sarcástica.
- Onde você está?
- Em casa, oras... Onde mais estaria?
- Não sei... Perguntei por perguntar
- Eu finjo que acredito em você.
- Você tem um péssimo humor de manhã. – Kat riu. – Enfim... Esquece! Han quer falar com você, só um minuto.
- Ok.
- Tudo bem, ? – Hanna perguntou.
- Tudo sim. E você?
- Estou bem. Quero convidar você para minha festa no domingo.
- Como vocês gostam de uma festa, hein... – comentou, rindo.
- É que eu vou contar pra todos sobre o bebê. Quero que você venha.
- Claro. Nunca perderia.
- Então eu espero você... Katie quer falar, espera.
- Leve o , . Queremos conhecê-lo. Hanna estava com vergonha de pedir gargalhou.
- Tudo bem. Vou leva-lo.
- É isso. Tchau – Katie desligou sem esperar resposta. Típico dela.

se levantou e foi tomar banho. Sabia que não conseguiria dormir de novo. Depois foi até a cozinha e preparou café e ficou brincando com enquanto assistia a um filme na tv. Escutou o celular tocar e foi até o quarto para atender.
- Oi, . Como você está?
- Estou bem, e você?
- Bem também... Quer vir aqui em casa hoje? Eu posso busca-la.
- Na verdade, , estou a fim de ficar em casa hoje. Desculpa.
- Está tudo bem? – ele perguntou, preocupado.
- Sim, apenas problemas de mulher...
- Beleza... Eu vou pra aí então.
- Como é? – ela perguntou, rindo.
- Isso mesmo. Daqui umas duas horas. Tudo bem?
- Tudo. E eu quero que você cozinhe pra mim.
- Adoraria.

- Sério, porque você não monta um restaurante? Você pode – sugeriu.
- Não é tão simples, . Meu pai nunca aceitaria.
- Mas você é ótimo. Já cozinhou pra ele?
- Obrigada pelo apoio, linda. Mas o meu pai não é nada fácil de ser convencido.
- Você já tentou? – ele negou com a cabeça. – Então, ... Não custa nada.
- Não quero arriscar.
- O que você tem a perder? Tem medo dele?
- Não...
- Então... – ela sorriu e segurou uma de suas mãos. – Que importa o mal que te atormenta, se o sonho te contenta e pode se realizar?
- Você está certa – ele respondeu alguns segundos depois. – Vou conversar com ele.
- Hm... Quero te fazer um convite – ela mudou de assunto.
- Qual? – ele se interessou.
- Minha amiga Hanna está grávida e ela vai dar uma festa domingo, para contar à família. Quer ir comigo?
- Claro.

~No domingo...
- , você chegou – Hanna disse contente.
- Não perderia essa nunca, Han – elas se abraçaram. – Então... Esse é o .
- Prazer – Emma sorriu. – Fique à vontade.
- ! – Katie gritou e veio correndo. – Você tá aqui.
- Estou aqui, K – riu da reação da amiga. – Esse é o . Não queria conhecê-lo?
- Oi, – ela sorriu. – Não liga pra , ela está brincando.
- me falou de você... Como vai, Katie?
- Bem... Sinta-se em casa, .
- E eu? – perguntou, rindo.
- Você não. Já é de casa, pateta.
- Não me chama de pateta – Kat riu e em seguida deixou os dois sozinhos.
- Sua amiga é doida... – ele riu.
- Hanna também é um pouco desequilibrada. Mas hoje ela precisa se manter firme, não é todo dia que você conta para a família que está grávida e ainda nem se casou.
- Deve ser muita pressão – assentiu.
- Vem dançar comigo – puxou pela mão até onde estava o aparelho de som. Não tinha ninguém ali, com exceção de algumas crianças brincando.
- Não tem ninguém dançando, – ela riu.
- Não tem problema – ele segurou em sua cintura e a puxou para mais perto. colocou uma das mãos em seu ombro e começou a acompanha-lo. Não sabia dançar.
- Eu não sei dançar – Em disse emburrada.
- Todo mundo sabe – riu. – Quer ir lá pra casa depois?
- Adoraria.

- , não! – ela riu.
- Que foi? – perguntou ele, confuso.
- Você acabou de me beijar. E eu estava dormindo... Ainda nem escovei os dentes.
- Porque você tem que estragar tudo? – ele disse bravo, mas sabia que ele só estava brincando. – Deita e finge que está dormindo que eu vou fazer de novo.
- Não, não... Vamos tomar café? Que tal? Eu posso fazer.
- Você sabe fazer café? – ele riu.
- Como você é idiota... Eu não sou tão ruim na cozinha – ela se defendeu.
- Calma, calma... Nós vamos tomar café, eu vou preparar tudo. E depois eu tenho que dar uma saída, ok?
- Tudo bem. Eu tenho que me encontrar com uma cliente daqui a pouco também.
- Eu te deixo em casa se quiser.
- Obrigada – ela sorriu.
- Quer sair, à noite? Cinema, pizzaria... ?
- Claro. Vamos ao cinema. Me liga mais tarde pra gente marcar direito. Eu tenho que correr mesmo. Só vou tomar café antes.
- Ok.

~No dia seguinte
- Eu precisava muito falar com vocês – entrou correndo na casa de Katie.
- Quanto tempo, dona Pierce... O que anda aprontando? E essa cara? – Kat perguntou.
- Essa cara é a cara da que ficou a noite toda com – Hanna provocou. – Não é mesmo?
assentiu, rindo.
- Conta tudo, ! – Katie exclamou.
- Eu não tenho tempo pra detalhes. Eu só passei pra dizer que ele é perfeito. Adeus.
- Adeus nada, volte aqui agora e conte-nos todos os detalhes – Han pediu. – Estou grávida, . Você tem essa obrigação.
- Se eu não contar seu filho vai nascer com a cara em forma de F de fofoca? Eu acho que não... – riu da própria piada. – Me desculpe, essa foi péssima.
- Anda logo, – disse Kat.
- Ele me chamou pra jantar, cozinhou pra mim, nós conversamos e depois nos beijamos. E daí repetimos isso mais umas três vezes e ontem nós fomos ao cinema e depois pra casa dele... Não preciso completar, não é? – ela sorriu.
- Não. Já está bom – disse Hanna.
- Agora eu preciso ir mesmo. Eu tenho que me encontrar com Emma. Estou atrasada.
- Vamos sair amanhã? – Han sugeriu.
- Ótima ideia – disse Katie.
- Vamos. Me liguem. Adeus – e saiu com a mesma pressa que chegou.


- Em, eu analisei todas aquelas fotos e cheguei à conclusão que vai ser mais difícil do que eu pensei – Emma disse sem graça.
- Vamos definir um ponto inicial. Você quer começar com o que?
- Decoração.
- Já decidiu as cores?
- Não... Mas tem que ter alguma coisa rosa ou vermelho.
- Rosa ou vermelho? – ela assentiu. – Nós podemos deixar o rosa para os vestidos das madrinhas, talvez. O que acha?
- Ótima ideia... Estava refletindo aqui e decoração rosa é para o Sweet 16 – Emma riu. – Não sei onde estava com a cabeça.
- Já o vermelho, nós podemos usar na igreja, nas flores... Tenho mais fotos aqui.
pegou sua bolsa e tirou um catálogo enorme, derrubando algumas coisas. Ela se abaixou e percebeu outra pessoa entrando no cômodo. Deve ser o noivo da Emma – ela pensou.
- É você a pessoa que está preparando meu casamento? – ele riu.
reconheceu a voz e se levantou para encarar o dono dela.
- ? Você... O que... Você é o noivo? – soltou uma risada nervosa.
- Em, o que você tá fazendo aqui? Meu Deus, você é... – ele foi interrompido.
- O que está havendo aqui? – perguntou Emma, confusa. – Vocês se conhecem?
- Emma, para – disse seco.
- É essa ? – ela respondeu com outra pergunta.
- O que tá acontecendo aqui? – perguntou. – Não, melhor, eu não quero saber. Vou embora daqui. Me desculpe, Emma.
- , espera – pediu.
- Não, me deixa ir... – seus olhos marejaram.
- Deixa ela, – disse Emma.


- Querida, o que houve? – perguntou a avó de . Depois de vê-la entrar em sua casa completamente alterada.
- Aconteceu uma coisa péssima, vovó. Me desculpe por vir incomodar a senhora – disse , chorando.
- Conte-me, é alguma coisa com você, seu pai...?
- Não. Estamos bem. É sobre . Ele me enganou. Ele é o noivo da Emma, vovó.
- Me explique, querida. Não estou entendendo nada – ela riu da confusão da neta.
- Reencontrei , nós já nos conhecíamos desde criança. Ele me chamou para jantar várias vezes e foi ótimo comigo. Eu acabei de sair da casa de Emma, é o noivo dela.
- Você tem certeza do que está dizendo, ? – ela assentiu. – Tem algo estranho aí.
- Não. Não tem, ouvi ele me perguntar com todas as letras se era eu quem estava cuidando do casamento dele.
- Ele se explicou?
- Não. Eu saí de lá voando. E desde então ele não para de me ligar.
- Você deveria ouvi-lo. Confia em mim, algo não está se encaixando nessa história.
- Como pode ter tanta certeza disso? – perguntou , confusa.
- Conversa com ele – ela sorriu.
- Não quero que aquela história se repita. Acha que não pensei em dar chances ao Matthew?
- Você considera como uma boa opção? – assentiu. – Então, atenda-o, querida.
- Estou me sentindo péssima, como se ele tivesse me usado. Não quero sair magoada, vovó.
- Sentimentos são fáceis de mudar, mesmo entre quem não vê que alguém pode ser seu par.
- Já percebi. Não faz nem um mês que eu o reencontrei e já estou ficando maluca.
- O que eu quero dizer com isso é que você não deve abrir mão assim, tão fácil. Conversa com ele – ela sorriu.
- Obrigada pelo conselho – elas se abraçaram. – Vou tentar conversar com ele.

- ? Finalmente você me atendeu, olha eu...
- É bom que você tenha uma explicação muito boa porque só vou te dar uma chance.
- Me encontra no meu apartamento? Daqui a meia hora, pode ser?
- Ok.

- Porque você não me falou que estava noivo, ? Logo da Emma. Isso não é justo com ela. Nem comigo – disparou, assim que atravessou a porta do apartamento.
- ... Esquece a Emma. Eu gosto de você.
- Como... Como você pode? Eu não vou ficar aqui nem mais um minuto. Você mentiu pra mim e está mentindo pra ela também. Que droga, nem sei por que vim.
- Você não vai embora!
- Vai me impedir?
- Vou... Senta aqui, que nós temos muita coisa pra conversar – ele a pegou no colo e se aproximou do sofá.
- Me coloca no chão agora, ! Seu grosso...
- Me escuta antes de falar qualquer coisa.
- Eu já falei! Não fico aqui nem mais um minuto. Seu... Seu ogro.
- Ogro? A última vez que me chamou assim tinha o que... Sete anos? – ele gargalhou. – Ok, vamos por partes: Não estou enganando a Emma.
- Como você tem coragem de dizer isso? Cara de pau!
- Me escuta... Por favor! Me dá cinco minutos que eu te explico tudo. Depois, se você quiser sair correndo daqui, pelo menos você vai saber a verdade.
- Cinco minutos.
- Eu não estou enganando a Emma. Ela sabe de tudo.
- Que?
- Eu não menti pra você... – ela arqueou a sobrancelha. – Não sobre o noivado.
- Não estou entendendo nada, . Seja mais claro!
- Eu não estou com a Emma. Isso é tudo fachada. Na verdade...
- O que?
- A história é um pouco mais longa... Eu conheci a Emma em uma viagem que eu fiz.
- Ela já me contou...
- Não, ela não te contou nada.

Flashback
Quatro anos atrás...

estava na praia com uns amigos há algumas horas. Estava cansado e queria ir embora. Levantou-se e pegou sua prancha de surf ao seu lado.
- Já vai, ? – um dos amigos dele perguntou.
- Já deu minha hora! Só vou me molhar mais uma vez e já estou indo.
- Deixa a prancha comigo? – assentiu e a entregou ao amigo. Foi em direção ao mar e mergulhou, assim que sentiu a água tocar os seus pés.
- Socorro! – ouviu alguém gritar. Virou a cabeça para os lados a procura de onde vinha o som. – Alguém... Por favor!
Ele encontrou uma garota loira e branquinha sacudindo os braços e gritando e foi até ela. Mergulhou e conseguiu puxá-la para cima consigo.
- Ei, garota – ele chamou. Carregou a pra fora d'água e deitou o corpo pálido sobre a areia. – Ei... Fala comigo!
Ele deu uns tapinhas em seu rosto, mas percebeu que não adiantaria. Esticou o pescoço da garota e colou sua boca na dela. Podia perceber as pessoas se juntar ao seu redor para observar a cena, mas só se importava em ajudar a garota.
Alguns minutos depois ela despertou e começou a cuspir água. sabia que ela já estava bem. E as pessoas aplaudiram.
- O que houve? – ela perguntou, confusa.
- Me responde você – ele riu.
Ela se sentou e começou a encara-lo.
- Eu estava mergulhando quando meu pé ficou preso em alguma coisa. Não consegui soltar e a onda foi me carregando... – ela respondeu, ainda confusa. – Acho que foi isso.
- Depois de ouvir você pedir ajuda, eu fui até onde estava e te carreguei até aqui. Você já estava desacordada – ele contou.
- Não sei como agradecer... Acabou de salvar minha vida.
- Me agradeça dizendo o seu nome – ele pediu, rindo.
- Me chamo Emma. E você, salva vidas?
- Não sou salva vidas... Mas, pode me chamar de .
End of flashback


- Hmm.. Que isso importa?
- Acontece que nós viramos melhores amigos. E fizemos um trato. Ela precisava se casar pra conseguir uma herança de um tio que morreu.
- E porque ela não podia conhecer alguém, se apaixonar, namorar e depois se casar que nem uma pessoa normal?
- Isso já aconteceu. E é aí que está o problema.
- E qual é o problema? Ele é pobre e a família dela não aceitou?
- Pelo contrário, ela é muito rica.
- Espera... Ela? – perguntou , confusa a principio, mas logo uma expressão surpresa tomou seu rosto. – A Emma é lésbica?
- Sim. E ela já conheceu alguém, se apaixonou, namorou e quase se casou. E você até já conheceu ela.
- Já sei. Aquela garota que abriu a porta pra mim, quando eu fui conhecê-la, não é?
- Isso mesmo. Elas não são irmãs.
- Gente... Que história. Eu estou chocada.
- Foi um choque pra mim também... Mas a Emma é uma boa pessoa, e eu só quis ajuda-la. Não sinto nada por ela. É como se fossemos irmãos.
- Entendo...
- Eu estou perdoado agora? – ele perguntou, sorrindo.
- Claro. Me desculpa, meu Deus. Que vergonha – ela abaixou a cabeça.
- A culpa não foi sua. Não tinha como você saber – ele sorriu. Segurou o queixo de e o levantou, até os seus olhos se encontrarem. – Está tudo bem mesmo?
- Sim... Mas e agora, como fica você e a Emma?
- Vou quebrar o acordo com ela. Já estava na hora da verdade aparecer. Eu nunca parei pra pensar na besteira que ia fazer... Ela também nunca me impediria de ficar com você.
- Eu quero conversar com ela – disse , alguns minutos depois.
- Conversar o que? – ele perguntou curioso.
- Não conheço Emma muito bem, mas pude perceber que ela não é uma pessoa ruim. E eu gostei dela. Quero manter a amizade que estávamos começando a construir.
- Você tem certeza, ? – ela assentiu.
- E eu quero organizar o casamento dela também. Quando ela estiver pronta para contar a família, é claro.
- Você é uma pessoa ótima – ele sorriu.
- Era sobre isso... Que você estava falando aquele dia, na primeira vez que jantamos. Era essa mentira?
- Era sim. Estava pensando em te contar. Mas esse segredo não envolvia apenas eu. E sei como você é próxima da sua avó, e como ela é próxima da Emma também.
- Você pensou que eu pudesse contar pra ela? – riu. – Sinceramente, acho que minha avó já sabia sobre essa coisa da Emma.
- Sim. Me desculpe por pensar isso, fazia muito tempo que não nos víamos e as pessoas mudam... Ainda bem que você não mudou – ele sorriu. – Ainda é a minha Em, só que numa versão muito mais linda.
- Para... – ela disse sem graça. – Ainda estou brava por ter mentido.
- Não, você não está! – ele riu.
- Vai pedir pra Emma se encontrar comigo? – ela mudou de assunto.
- Amanhã, no Subway, que tal?
- Porque no Subway? – perguntou, confusa.
- Porque eu adoro o sanduíche de lá e você vai me trazer um...
- Então você vai ficar aqui sentadinho esperando isso acontecer – ela sorriu, sarcástica.
- Calma, estou brincando. Eu vou ligar pra ela.

- Oi, Emma – a cumprimentou.
- Oi, ... – elas se encararam por uns segundos. – Olha, isso não precisa ser estranho...
- Tem certeza? Porque parece estranho pra mim – elas riram.
- A gente se deu bem e de cara e você é uma pessoa boa. Nunca impediria de ficar com você. Eu só queria me desculpar pela mentira.
- Está tudo bem, eu aceito suas desculpas – sorriu. – Acho que se fosse comigo eu faria a mesma coisa.
- Eu não suporto a pressão da minha família. Mas isso não vai me impedir de ser feliz.
- Vai continuar morando aqui?
- Esta cidade, na verdade, faz a gente se acomodar. Eu sei muito bem pra onde estou indo e sinto que qualquer dia vou chegar. – Emma sorriu.
- É um sim?
- É um talvez!
- Não vamos perder o contato, ok? Eu adorei conhecer você.
- Eu também. E peço desculpas mais uma vez.
- Está tudo bem! Bem, preciso ir agora, mas vamos marcar para sair, todos nós – sugeriu.
- Eu adorei essa ideia. Até logo, .
- Até, Emma.

- Preciso atualizar vocês... Aconteceu mais coisa ontem depois que eu saí da sua casa do que no mês passado inteiro – ela disse para Katie.
- O que aconteceu? – perguntou Hanna, curiosa.
- Fui até a casa de Emma, como disse a vocês. Estávamos conversando quando o apareceu lá, dizendo que era o noivo dela.
- O que? – Katie elevou o tom de voz. – Que cafajeste.
- Me deixa continuar... – disse Em, rolando os olhos. – Saí de lá correndo e fui direto pra casa da vovó. Ela me disse para conversar com ele e foi o que eu fiz. me explicou toda a história e vocês não sabem. Emma namora uma garota.
- Gente... Que coisa. Pelo que você me falava dela, me parecia uma mulher muito tradicional, essas coisas – disse Han.
- Ela só é assim para manter as aparências para a família...
- Essas pessoas velhas não tem a mente aberta – Kat disse impaciente. – Eu tinha um amigo gay e ele foi expulso de casa.
- Tá... Conte-nos sobre você agora – Hanna se virou para . – Vocês vão namorar?
- Não – ela riu. – É muito recente. Não quero apressar as coisas.
- Melhor assim, ... Tudo no tempo certo – disse Katie.
- Eu tenho que ir gente... está sozinho desde cedo e eu não lembro se coloquei água pra ele.
- Você é uma péssima mãe – disse Hanna.
- Tchau pra vocês!

girou a maçaneta da porta do seu apartamento e viu que não estava trancada. Tinha se esquecido de trancar a porta também? Onde estava com a cabeça? Caminhou até onde ficava a comida e a água de e viu que os dois potes estavam cheios. Foi até a cozinha, procurar pelo cão. Sempre quando ele não estava em sua casinha, ficava na cozinha.
- ? – a chamou. Ela deu um pulo para trás.
- ? Meu Deus, quer me matar? O que está fazendo aqui?
- Calma. Me desculpe por assusta-la.
- O que você está fazendo aqui? – ela repetiu a pergunta.
- Era pra ser uma surpresa. Mas você já viu, então...
- Surpresa? – ele assentiu. – Então vamos fazer do seu jeito. Eu vou voltar lá pra fora e fingir que não vi nada.
fez o que disse e abriu a porta do apartamento e saiu. Esperou alguns segundos e entrou.
- ? O que está fazendo aqui?
- Vim te fazer uma surpresa – ele gargalhou. – Preparei o jantar...
- O que você fez?
- Macarronada – ele continuou gargalhando – Me desculpe... Você é uma ótima atriz.
- Tá... Agora me diz como entrou. Eu fiquei com medo quando vi que a porta estava aberta.
- Sua chave reserva – ele apontou para ela, em cima da mesa de centro.
- Ah, sim... Me esqueci de que tinha te contado.
- Tudo resolvido. Vamos jantar agora?
- Essa mesa está linda. Você preparou sozinho?
- Sim – riu. – Peguei umas ideias na internet e pedi a ajuda de Emma e de Marlee.
- E eu posso saber o motivo de tudo isso?
- Eu tenho duas notícias para você. A primeira é que: Eu conversei com meu pai e está tudo certo. Vou poder montar meu restaurante – ele contou animado.
- , isso é ótimo! Meus parabéns – ela o abraçou.
- Foi tudo por sua causa – ele sorriu. – Nunca falaria para o meu pai, se você não tivesse me incentivado.
- Não foi nada – ela sorriu. – E a outra?
- A outra não é bem uma notícia... É um convite.
- Hmm?
tirou uma caixinha de veludo do bolso e riu, vendo arregalar os olhos.
- Eu te convido a entrar nessa aventura comigo. O que me diz? – ele abriu a caixinha, revelando um anel de doce, vermelho. começou a rir. – Você quer?
- Está me pedindo em namoro?
- Interprete como quiser. Eu gosto muito de você, Pierce.
- Eu quero sim – retirou o anel da caixinha e colocou no dedo anelar de . – Eu também gosto muito de você.
- E de morango tá – ele apontou para o anel.
- Eu sabia! – ela riu.
- O anel de verdade está no meio do macarrão. Cuidado para não engasgar.
- Só você, mesmo .
- Existe amor em seu mundo agora? Você acredita?
- Um mundo ideal, um mundo que eu nunca vi. E agora eu posso ver e lhe dizer que estou num mundo novo com você.


FIM



Nota da autora: 10/04/2015 Oi gente. Sou a Rebeca, pra quem não me conhece. Quero agradecer você que leu até aqui. E se vai ler essa nota enorme. Essa fanfic é a primeira que eu estou concluindo e estou bem feliz. A ideia dessa short partiu de Skins, eu sei que não tem nada a ver com a história, mas eu comecei a pensar enquanto assistia, tanto que coloquei uma “Katie”. Foi bem antes de eu ler o post do Challenge e decidir participar. Eu já tinha começado a escrevê-la e mesmo sem intenção, alguns dos itens já estavam na fic, a partir daí foi só adicionar algumas coisas... Enfim, adorei participar, foi o meu primeiro Chall e que venham os próximos. XOXO
Outras fanfics:
Thank you, Brother! – Outros/Em andamento (/ffobs/t/thankyoubrother.html)

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