Fanfic Obsession: Como você se sentiu quando descobriu ser a Autora do Mês do FFOBS?
AUTORA: Eu achei que estava em uma pegadinha. Fiquei atualizando a página do site várias vezes seguidas, até ficha cair que realmente estava ali o destaque.

FFOBS: Quando você começou a escrever? Lembra como foi sua primeira história?
A: Eu sempre escrevi coisas relacionadas da profissão, não tinha escrito fanfic antes. A primeira que realmente tem sentindo e corpo é Merci.

FFOBS: O que você procura passar para os seus leitores?
A: Esperança. Eu vejo que as fanfics tem um poder muito grande da vida das pessoas que leem, e eu espero sempre passar uma mensagem de esperança a todos. Não importa o que esteja passando ou enfrentando, sempre há esperança.

FFOBS: Como você lida com críticas negativas e cobranças?
A: Eu sou super tranquila, sempre absorvo o que pode ser positivo e descarto do resto.

FFOBS: Se você pudesse trazer a vida um personagem de qualquer de suas histórias, qual seria e por quê?
A: Eu traria Beatrice. Ela é uma mulher incrível, tem uma história forte e construtiva me ensina muito e a todos que acompanham a história dela. Vejo que seu papel na sociedade seria muito significativo para todos que tivessem a oportunidade de cruzar com ela.

FFOBS: Quando você inicia uma nova fanfic, já sabe como ela terminará ou é um processo contínuo?
A: Não tem como saber. Os personagens ganham vida própria e nós autores acabamos fazendo o que eles querem. Eu até tento planejar, mas nunca funciona.

FFOBS: Se você fosse convidada a escrever uma série de TV, um filme e um livro, mas só pudesse escolher um, qual seria? Por quê?
A: Eu escreveria um livro. Segundo Carl Sagan, um livro é a prova que os homens podem fazer magia. E é isso que a escrita é para mim como magia. Daquelas que tem o poder de desconstruir qualquer coisa e ao mesmo tempo construir tudo. Todo mundo precisa de um pouco da magia dos livros.

FFOBS: Você tem algum autor ou história que considera uma inspiração pra você? Pode citar?
A: Sim, Larissa Fiorini. Ela é uma aurora aqui do site e ela escreveu Trouvaille que foi a primeira que li sobre esportes. E ela me marcou de uma forma que não consigo descrever, é tão intenso que chegar a ser surreal. A maneira como trata o amor,amizade e destino. A Lari para mim é o Ayrton Senna das fanfics e com certeza é uma inspiração enorme.

FFOBS: Se você tivesse oportunidade, hoje mesmo, de transformar uma história sua em livro, qual seria? Por quê?
A: Merci Pour Les Voituires Rapides. É a única que tenho em material concreto e é minha filhinha, os personagens são incríveis e eu os amo muito.

FFOBS: E se não fosse uma fanfic já existente? Se fosse uma história totalmente original, que sinopse ela teria?
A: Não mudaria em nada, a sinopse que Merci tem é a personificação de tudo que tem na história e de fato, na minha opinião, não precisaria de ajustes.

FFOBS: Alguma cena ou história é baseada em algum fato da vida real, algo que você ou alguém que conhece vivenciou?
A: Sim. A PP de Merci tem muito de mim. E a história dela é bem real, a morte do pai, o preconceito pelos gostos ditos masculinos, a vida amorosa. Acho que eu juntei um pouco de tudo que vi na vida e coloquei na PP.

FFOBS: De onde você tira inspiração para as características, manias e personalidade de suas personagens?
A: Eu sempre procuro um “Cast” antes de começar a escrever. Identifico os personagens reais e me inspiro um pouco neles e sempre pego algumas características de pessoas que gosto e admiro em minha vida como amigos, família e conhecidos.

FFOBS: Qual foi o lugar mais estranho que você já teve um vislumbre de cena/momento para a sua história?
A: Em um cemitério. Estava em um velório de um ente querido e vislumbrei a cena perfeita.

FFOBS: Quais são os seus próximos projetos?
A: Na cabeça tenho 300.000, mas na prática não funciona assim (risos) Eu mandei hoje para o site uma short também de fórmula um, que se passa no mesmo mundo de Merci, e eu com um projeto muito gostoso com mais duas autoras do site A Lá Faria e a Beca, sobre como a vida é bela da maneira que fazemos ela ser, o controle da felicidade está em nossas mãos. Acredito que em pouco tempo estará no site também

FFOBS: Por fim, que tal citar um trecho de uma fic que você escreveu e sente orgulho?
A: "Qual a necessidade de sempre os homens estarem incluídos nos assuntos das mulheres?
Era uma pergunta que ela se fazia constantemente, sobre a necessidade que mulheres têm no geral de falar sobre homens. Como tudo era sobre eles, se aprovariam seu sapato, seu cabelo ou a roupa que fora escolhida pela noite.
E caso não fossem aprovadas, gerava um descontentamento, quase uma crise existencial. Destruindo estimas, autoconfiança e consequentemente a própria mulher em questão. Beatrice havia passado por isso, priorizou tanto os homens em determinada época da vida, que a sua não importava mais, mas agora, e graças aos deuses da velocidade, era livre desse carma.
Não fazia a menor diferença em sua vida, ainda mais depois que descobriu que nenhuma língua ou dedo no planeta terra atingia a velocidade de seu vibrador Zalo Queen aquecimento G-Spot.
Depois que descobriu sua própria força e domínio, a mulher jamais abaixou sua cabeça e se deixou abater por qualquer palavra direcionada a ela.
Beatrice Portinari torcia pelo dia em que a população feminina do mundo abrisse os olhos."

FFOBS: A entrevista vai terminando por aqui, caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!
A: Deixo para todas as leitoras o seguinte pensamentos: Viver é sempre dizer aos outros que eles são importantes.
Que nós os amamos, porque um dia eles se vão e ficaremos com a impressão de que não os amamos o suficiente. – Chico Xavier
Esse é o lema da vida. Pense. Ame . Fale. Viva. Creia. A nossa vida é curta demais para não sonharmos e não acreditarmos que podemos. Seja quem você quiser ser. Você tem todo o poder