Autora do Mês - Maio
Leitora do Mês - Maio
Fanfic Obsession: Como você se sentiu quando descobriu que ganhou a votação de Autora do Mês do FFOBS?
AUTORA: Fiquei muito feliz, pois já faz algum tempo que eu venho participando de votações, dando de fanfic quanto autora do mês, e sempre acabava batendo na trave, ficando em segundo ou terceiro lugar. Esse mês confesso que já estava sem esperança, e faltando meia hora para encerrar, fui avisada que eu estava na liderança. Fiquei surpresa e a hora que encerrou, bastante feliz!
FFOBS: Quando você começou a escrever? Lembra como foi sua primeira história?
A: Eu tinha dez anos quando eu escrevi minha primeira história, estava na quinta série e foi uma tarefa de casa da aula de redação da escola. No dia da entrega, a professora me escolheu para ler na frente da sala e ela mesma se surpreendeu, levou meu caderno para casa e na semana seguinte entregou minha história digitada e ilustrada. Falava de um peixe dourado, que era amigo de uma ave prateada, e queria reencontrar sua família, de quem ele se perdeu. Já no mundo das fanfics, entrei aos 15 anos (já se vão 12 anos!), escrevendo uma história do Simple Plan e publicando no falecido Orkut.
FFOBS: O que você procura passar para os seus leitores?
A: Diversão, entretenimento e a possibilidade de viajar por lugares diferentes.
FFOBS: Como você lida com críticas negativas e cobranças?
A: De cabeça erguida. Entendo as cobranças, do mesmo jeito como autora, fico ansiosa para terminar um capítulo ou história, o leitor também fica para ler, porque ele está igualmente acompanhando, e alguns deles são ansiosos, então querem. Porém sempre deixei meus leitores informados do que estava acontecendo, como estava o processo de escrita, e por qual motivo possivelmente a história estava demorando para ser atualizada, e eles sempre, SEMPRE foram completamente compreensíveis. Já as críticas negativas, eu relevo, pois isso não acrescenta em nada na minha vida, e reflito com as construtivas.
FFOBS: A maioria das fics se passam fora do Brasil, por que você acha que isso acontece?
A: Acredito que por causa do fandom em que ela está inserido. As fanfics do McFly e do One Direction, fazem mais sentido se passarem em Londres, na Inglaterra. É a terra dessas bandas, as chances de esbarrar com um dos ídolos dessas bandas por lá é infinitamente maior do que esbarrar por aqui, pensando em São Paulo ou Rio de Janeiro. Então apesar de criar toda uma ficção, acredito que as autoras preferem deixar uma ponta, mesmo que mínima, de realidade. As de futebol, assim como Erstes Mal, também. O futebol europeu está em alta no universo feminino, cada vez mais mulheres estão interessadas nesse mundo, e elas assistindo, passam a se interessar pelos melhores (e também mais bonitos) jogadores do mundo, que estão por lá. Então é mais fácil encontrar Cristiano Ronaldo e Asensio em Madrid, André Schürrle e Marco Reus em Dortmund, e também Olivier Giroud em Londres, por exemplo. As histórias sem fandom, acredito eu que seja pela imaginação de se imaginar inserido em um universo diferente daquele que vivemos. A realidade é tão difícil, que sonhar um pouco não faz mal a ninguém.
FFOBS: Quando você inicia uma nova fanfic, já sabe como ela terminará ou é um processo contínuo?
A: Sempre tenho o fim planejado! Eu preciso saber o fim, para poder direcionar o meio da história para ele. Sem um fim, a história pode seguir diversos caminhos e como autora, eu posso me perder. Por isso roteirizo começo, meio e fim, para deixar a história fechadinha.
FFOBS: Se você fosse convidada a escrever uma série de TV, um filme e um livro, mas só pudesse escolher um, qual seria? Por quê?
A: Hmmm, acho que eu iria preferir escrever um livro, pois amaria ter em minhas mãos algo escrito por mim, um projeto meu publicado e porque a leitura sempre fez parte da minha vida.
FFOBS: Você tem algum autor ou história que considera uma inspiração pra você? Pode citar?
A: Tem três autoras de histórias e fanfics que sempre que eu leio algo delas, eu vejo que tenho muito mais a melhorar na minha escrita. A Luiza, autora de Runaway, a Thata, de Beside You e Love Affair e também a Lary, autora de 08. Flicker, Trap entre outras. São autoras que você vê carinho e amor nos pequenos detalhes da escrita e eu fico desejando e treinando para que eu transmita o mesmo para as minhas leitoras.
FFOBS: Se você tivesse oportunidade, hoje mesmo, de transformar uma história sua em livro, qual seria? Por quê?
A: Com toda certeza do mundo seria Eurotour. Porque além de ser a história que me deu visibilidade nesse mundo de fanfics, é uma das que eu mais tive carinho em escrever, fazendo pesquisa intensa para deixar o mais fiel à realidade (sendo que eu nunca tinha ido à Europa quando escrevi). Além disso, confesso que Eurotour já está no caminho para virar uma história original sem fandom.
FFOBS: E se não fosse uma fanfic já existente? Se fosse uma história totalmente original, que sinopse ela teria?
A: Segura o spoiler! "Depois de uma ascensão rápida e repentina, e ter seu nome na boca de todas as adolescentes do mundo, a banda The Wreck anuncia o fim com uma turnê pequena e intimista pelos Estados Unidos. Não é uma notícia que os fãs receberam com facilidade, muito menos ficaram felizes com ela, mas apesar de todos os acontecidos, você está lá, os acompanhando da costa oeste à costa leste americana, dando apoio, e assistindo ao encerramento daqueles anos incríveis."
FFOBS: Alguma cena ou história é baseada em algum fato da vida real, algo que você ou alguém que conhece vivenciou?
A: Em Eurotour tem cenas que aconteceram comigo, como estar no hotel de uma banda, não querer sair da porta e entregar o cartão pra amiga ir comprar café. Treat You Better é bastante inspirada no que eu e boa parte dos brasileiros estão passando com o desemprego. Erstes Mal mesmo, eu sonhei com o prólogo, e então, consegui desenvolver uma história baseada apenas naquilo.
FFOBS: De onde você tira inspiração para as características, manias e personalidade de suas personagens?
A: Muitas de mim mesma. Todas as minhas personagens principais têm um pouco de mim. Seja o físico, o psicológico, ou até mesmo a forma de se vestir e atitudes. Outras eu tiro de pessoas que eu conheço e de alguma forma, insiro na história como uma homenagem.
FFOBS: Qual foi o lugar mais estranho que você já teve um vislumbre de cena/momento para a sua história?
A: Já tive ideias em avião, de histórias que não têm nada a ver com viagens. Várias no banheiro e por incrível que pareça, estudando na pós-graduação, o cérebro viajava!
FFOBS: Quais são os seus próximos projetos?
A: Eu entrei em seis ficstapes, além do Mixtape da Disney. Também estou participando de dois Nós Existimos (esportes e seriados), que ainda vão entrar no site, e pretendo finalizar Treat You Better, para poder dar continuidade às minhas próximas longs e poder tirar a ideia do papel.
FFOBS: A entrevista vai terminando por aqui, caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!
A: Obrigada a todo mundo que leu e comentou em Erstes Mal e também àquelas pessoas que votaram e mim e transformaram esse destaque em realidade. Leiam sempre, nunca deixem de comentar nas histórias e aguardem que em breve tem muita novidade, hein? Um beijo grande!