Fanfic Obsession: Como você se sentiu quando descobriu que ganhou a votação de Autora do Mês do FFOBS?
AUTORA: Não acreditei, fiquei muito feliz por ver minhas leitoras votando e comemorando o resultado.

FFOBS: Quando você começou a escrever? Lembra como foi sua primeira história?
A: Com 13 anos, na época não era chamada de “fanfic” e sim “WebNovelas” postadas em tópicos em comunidades no orkut. Você entrava na comunidade do seu ídolo ou destinadas às webnovelas, pedia autorização para o administrador/dono da página e criava um tópico com sua webnovela, identificando personagens pelas cores disponíveis.

FFOBS: O que você procura passar para os seus leitores?
A: Alegria. Tenho passar inúmeras coisas, mas deixá-los felizes é a prioridade. Às veze após um dia estressante, triste ou vazio, tento preencher com algo bom, acredito que acompanhar a história pode mudar o dia de alguém.

FFOBS: Como você lida com críticas negativas e cobranças?
A: É uma evolução constante, escrever é aprender sempre, então as críticas ajudam na maioria das vezes, o que sempre falo é: não posso sair da ideia original. Muitos leitores criam teorias maravilhosas e já vi autoras mudarem a ideia original para agradar o leitor e no fim das contas, a história acaba perdendo um pouco o sentido. Acredito que teorias ajudam, mas sempre foco na ideia principal. Cobranças são normais, porém, a maioria dos leitores sabem que todos temos uma vida além das fanfics e que fazemos de tudo pra estar em dia nas postagens, mas imprevistos acontecem, tento sempre explicar o que aconteceu, o motivo da demora da atualização e etc, nesse ponto minhas leitoras são tranquilas.

FFOBS: A maioria das fics se passam fora do Brasil, por que você acha que isso acontece?
A: Talvez pelo fato de que a maioria dos ídolos atuais sejam de fora, não sei dizer ao certo, acho que a fanfic mostra um sonho, uma vontade, coisas que pensamos ser improváveis de acontecer e com isso o universo fanfiqueiro nos coloca na zona de conforto do ídolo. Já li fics onde a história se passa no Brasil e achei o máximo. Acredito também que muitas de nós fantasiamos em como seria se estivéssemos lá e a fic nos faz imaginar isso.

FFOBS: Quando você inicia uma nova fanfic, já sabe como ela terminará ou é um processo contínuo?
A: Na maioria das vezes, quando já tenho um final elas são shortfics, no caso das longs, é um processo contínuo, vou escrevendo e a coisa vai fluindo, não tenho ideia do final.

FFOBS: Se você fosse convidada a escrever uma série de TV, um filme e um livro, mas só pudesse escolher um, qual seria? Por quê?
A: Série. Gosto de ter os personagens principais e dar uma história para os secundários, fazer tudo ter uma ligação, já imagino vários episódios e temporadas.

FFOBS: Você tem algum autor ou história que considera uma inspiração pra você? Pode citar?
A: Truth da Carol F.

FFOBS: Se você tivesse oportunidade, hoje mesmo, de transformar uma história sua em livro, qual seria? Por quê?
A: Clichê da Carol Dias. A história é basicamente um sonho, um clichê -literalmente- que nos faz suspirar quando termina e além de ter sido originalmente uma fanfic, o livro tem algo a mais e eu adoraria ter uma história minha com o mesmo efeito.

FFOBS: E se não fosse uma fanfic já existente? Se fosse uma história totalmente original, que sinopse ela teria?
A: A história de uma mulher que amadureceu cedo demais, perdeu tudo e teve que abrir mão dos sonhos para cuidar da família. Esqueceu de si mesma e manteve o foco nos pais, quando pensava em seus sonhos, sorria por saber que eles ainda existiam, mesmo que fosse em sua mente. Até o dia em que a porta da sorte foi aberta e ela caminhou por um universo onde as coisas finalmente deram certo.

FFOBS: Alguma cena ou história é baseada em algum fato da vida real, algo que você ou alguém que conhece vivenciou?
A: Algumas atitudes do PP são baseadas em relatos de pessoas que já estiveram com o ídolo em questão.

FFOBS: De onde você tira inspiração para as características, manias e personalidade de suas personagens?
A: No caso do PP é um misto de informações recebidas e clichês que fiz questão de “rasgar” e “jogar fora” queria que vissem um outro lado do ídolo, que ironicamente parece mais real do que nunca. No caso da pp tento não citar características para que as leitoras literalmente se enxerguem na personagem, as manias são aleatórias e comuns.

FFOBS: Qual foi o lugar mais estranho que você já teve um vislumbre de cena/momento para a sua história?
A: Enquanto estava em uma festa com amigos.

FFOBS: Quais são os seus próximos projetos?
A: Estou finalizando uma série com cinco shorts restritas, onde duas já estão postadas. Finalizar Please Have Mercy e me dedicar ao livro baseado nela.

FFOBS: A entrevista vai terminando por aqui, caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!
A: Obrigada à todas que votaram, à todas que lêem, que deram uma chance à fic. Ser autora destaque sempre foi uma vontade e estar agora aqui é gratificante demais. O qaue seria de nós, autoras, sem as leitoras? Obrigada, de coração à TODAS. É incrível ter vocês.