Autora do Mês - Outubro
Fanfic Obsession: Como você se sentiu quando descobriu ser a Autora do Mês do FFOBS?
AUTORA 1 (G): Surtada! Essa palavra super define, quando a Ste me avisou que éramos autoras do mês, surtamos juntas. Foi uma honra. Emoção é o que se fala, não é?
AUTORA 2 (Ste): Realmente, surtada é a melhor palavra para definir. Diria que fiquei chocada e emocionada também porque nunca imaginei que receberia esse tipo de reconhecimento. Sério! Meu coração agora está quentinho de amor e gratidão.
FFOBS: Quando você começou a escrever? Lembra como foi sua primeira história?
A1: Aos 14, assim que entrei na vida de fanfiqueira e era da época dos “imagines”. Escrevi em torno de três/quatro meses, mas por N motivos eu acabei parando e voltei em dezembro de 2019 (8 anos depois). Minha primeira história foi um conto do fandom da One Direction, que envolvia viagem no tempo, cheia de erros gramaticais, mas eu amava!
A2: Eu escrevo desde pequena. Lembro que pegava várias folhas de papel, dobrava elas no meio e fazia mini livros assim hahaha. No mundo das fanfics eu entrei lá por 2004/2005, quando conheci a banda da minha vida (Simple Plan) e resolvi me arriscar a escrever algo com o meu favorito. A minha primeira fanfic era o clichê da adolescente que faz intercâmbio para o Canadá e coincidentemente vira vizinha dos caras da banda que ama. Morro de vergonha, mas tenho ela escrita em folhas de caderno até hoje.
FFOBS: O que você procura passar para os seus leitores?
A1: Tento ao máximo passar a sensação de conforto para os leitores. Espero que quando estejam lendo as minhas histórias, as pessoas possam se sentir confortáveis o suficiente para fugir da rotina do nosso cotidiano, incentivando ao máximo a leitura e a sensação prazerosa por estar lendo e entrando em um mundo com a vasta possibilidade de acontecimentos e emoções.
A2: Eu gosto de impactar os leitores de alguma forma. Brinco sempre que amo o caos, mas no sentido de trazer aquelas reações gostosas de “você não fez isso, garota!”. Procuro sempre fazer com que se sintam imersas na história e partilhem as emoções dos protagonistas e estou sempre atrás daqueles trechos que os mantenham conectados ao enredo de alguma forma.
FFOBS: Como você lida com críticas negativas e cobranças?
A1: Lido de forma espontânea em relação às críticas. Faz muito pouco que voltei a escrever e nunca tive um experiência verdadeiramente “boa” com a escrita, ainda erro muitas coisas (as betas sofrem comigo, não se enganem), então, quando é algo construtivo e oferecido de forma não grosseira, eu fico até feliz em receber. É sempre uma forma a mais de aprendizagem, sabe? Ainda mais quando vem de alguma autora/leitora que admiro. Já com cobranças, eu sou literalmente um grilo. Cri, cri, cri. Minha rotina é bem corrida, então quando ocorre uma cobrança um pouco mais pesada, apesar de sempre tentar deixar as coisas em dia, eu dou uma de marota e finjo demência.
A2: Eu tento sempre analisar as críticas negativas e extrair delas tudo o que eu posso para melhorar minha escrita. Mesmo as que não são lá muito construtivas as vezes tem potencial para ajudar, então eu tento não levar as coisas para o coração. Quanto às cobranças, eu levo super numa boa, mas saiba que se você me cobrar atualização eu cobrarei seus comentários na mesma proporção, afinal, é uma via de mão dupla hahaha.
FFOBS: Se você pudesse trazer a vida um personagem de qualquer de suas histórias, qual seria e por quê?
A1: Com certeza, seria a Abra. Acho que a nossa Malfoyzinha passou e irá passar por muitas situações que vários indivíduos passam. A Abra está diariamente travando uma batalha entre a razão e a emoção. Quantos de nós já passamos por isso? Ela vive com os seus demônios e faz com que a gente não se esqueça que, apesar de pensar ao contrário, todos cometem erros e o que seria a vida se fosse tudo perfeito? Há coisas na vida que precisamos passar, por mais dolorosas que sejam, pois só assim evoluímos e não repetimos os erros do passado. É tudo um ciclo e a Abra é a própria personificação de um ser humano de verdade.
A2: Essa foi TÃO DIFÍCIL! Eu sou cadelinha de vários personagens meus, não vou negar, mas acho que o grande vencedor é o Samuel Berkowitz de Histeria. Ele é absolutamente maravilhoso, não só pelo charme todo que esse homem tem, mas porque ele é engraçado, fofo e não vai medir esforços para capturar o grande assassino por trás do mistério da história. O Sam é aquele personagem que não tem como não amar, vai por mim.
FFOBS: Quando você inicia uma nova fanfic, já sabe como ela terminará ou é um processo contínuo?
A1: Frequentemente. Sempre que surge uma nova ideia de fanfic e eu resolvo colocá-la em prática, eu já sei o final. Tenho sempre o enredo todo bolado na minha cabeça, as reviravoltas, mortes, relações e etc. A única coisa que ocorre de forma contínua é o “encaixe de ideia”, normalmente o que vai acontecer até o término da fic.
A2: Sim. Normalmente a primeira coisa que vem de ideia na minha cabeça é o final da fic. A partir disso eu construo o roteiro com os passos que vão me levar até ele.
FFOBS: Se você fosse convidada a escrever uma série de TV, um filme e um livro, mas só pudesse escolher um, qual seria? Por quê?
A1: Wow, essa é fácil! Com certeza, uma série TV e a resposta é simples: se há uma coisa que eu possa me orgulhar, é a capacidade de formar cenas na minha cabeça e, sendo uma série, teria mais tempo para explorá-las. Um roteiro sempre me chamou atenção e ter a possibilidade de enxergá-lo é simplesmente esplendido. Sou muito do visual.
A2: Eu fico muito dividida entre livro e série de TV. Amaria ver algo meu nas estantes das livrarias, mas eu sou muito visual também, então a ideia de ter algo nas telas me deixa até empolgada e com uma série eu teria tempo para apreciar tudo nos mínimos detalhes.
FFOBS: Você tem algum autor ou história que considera uma inspiração pra você? Pode citar?
A1: Eu sou MUITO cadelinha do Stephen King. Ele que me leva pro lado sombrio e me faz querer me envolver cada vez mais com suspense. Agora, no mundo das fics, além de me inspirar em duas parceiras perfeitas (Kenny e Ste, vocês são tudo pra mim), a Vanessa Vasconcellos, autora de Oblivium & Euphoria, é uma inspiração grande! Além disso, não posso deixar de fora a fic a qual me trouxe pro universo do FFOBS: Ópera, da Lan, sempre será minha grande influência.
A2:Uma pausa para eu dar um abraço na G, porque até aqui ela me tomba! Vamos lá... Eu sou cadelinha total do Stephen King também. Rei do terror que fala? Não tem como ser a louca do terror e suspense sem idolatrar esse homem. Já no mundo das fics, eu vou citar sim as minhas parceiras de escrita: Gab, Van Vasconcellos, Sereia Laranja e Dany Valença porque elas ARRASAM! E a T. Kneip também me inspira porque ela é muito versátil e está sempre cheia de plots super criativos. AMO demais!
FFOBS: Se você tivesse oportunidade, hoje mesmo, de transformar uma história sua em livro, qual seria? Por quê?
A1: Difícil escolha, viu? Acho que as histórias que tenho do universo HP seriam incríveis se fossem reais, digo, se o personagem novo realmente existisse. Agora, para transformar em livro, com certeza seria a fic que estou escrevendo para o especial de aniversário do FFOBS. Ela tem uma pegada muito pessoal e eu a amo.
A2: Eu vou apanhar se não mencionar a Trilogia Sweet Psychosis porque realmente é um dos meus melhores trabalhos, se não o melhor hehehe. Mas posso citar Histeria também? Eu inclusive já até sonhei com a capa dela esses tempos e eu tenho MUITOS planos para essa história.
FFOBS: E se não fosse uma fanfic já existente? Se fosse uma história totalmente original, que sinopse ela teria?
A1: Não teria graça se eu contasse, não é? Mas pensem um pouco em “Simplesmente Acontece”.
A2: Tenho um plot futuro envolvendo assassinatos e uma seita. Algo bem inspirado em Charles Manson. Quem sabe ela não vire uma história.
FFOBS: Alguma cena ou história é baseada em algum fato da vida real, algo que você ou alguém que conhece vivenciou?
A1: Sim! Em “A Última Ópera” há algumas cenas inspiradas em acontecimentos reais da minha vida e de algumas pessoas do meu ciclo de convivência. A própria detetive de AUO é inspirada na minha parceira Stephanie. Além disso, muito da personalidade do Draco na saga de Chosen Blood é inspirada na personalidade do meu melhor amigo. Ele aparece com frequência nas minhas histórias.
A2: Bom, em meus suspenses eu sempre pesquiso muito e inspiro meus psicopatas em assassinos reais. O livro Serial Killers: Anatomia do Mal é praticamente a minha bíblia de cabeceira. Acabo colocando sempre um pouquinho de mim em meus personagens principais e agrego características de alguns amigos meus também. Para rotinas policiais eu aproveito muito do conhecimento que obtive na faculdade também.
FFOBS: De onde você tira inspiração para as características, manias e personalidade de suas personagens?
A1: Muito delas são baseados em meus amigos ou em mim mesma. A Avallon (uma personagem antiga minha) era minha personificação melhorada. Além disso, alguns personagens são baseados em outros pré-existentes, como, por exemplo: o Maximillian, professor de alquimia em Snow in Durmstrang, foi baseado no Snape e Dumbledore. Sem falar na própria Gillian, que foi baseada na Sally e Gillian Owens, personagens principais do livro/filme “Da Magia a Sedução”.
A2: Como respondi na pergunta acima, sempre deixo alguma marca minha em meus personagens principais, mas também me inspiro em algumas coisas que vejo em outras ficções. O Theodore da Trilogia SP é completamente inspirado no Will Graham e o Estripador de Baltimore no Hannibal Lecter, por exemplo. Já o Sam Berkowitz é uma mistura do ator Jake Abel e do personagem Jake Peralta de Brooklyn Nine-Nine.
FFOBS: Qual foi o lugar mais estranho que você já teve um vislumbre de cena/momento para a sua história?
A1: Bem, se eu colocar os fones de ouvido e dar o play em qualquer playlist minha, o vislumbre chega, pode ser dentro do carro em movimento, praticando algum exercício físico, na esteira da academia, enquanto limpo a casa... São N situações, mas o lugar mais estranho — e talvez o mais improvável — foi na sala de espera de um hospital, enquanto minha mãe estava no pré-operatório, eu lia “Uma Nova História” e então deu-se vida a Chosen Blood.
A2: Eu sempre tenho ideias de cenas nos cenários mais malucos. Acho que no meio de uma prova deve ganhar como o mais inusitado de todos. Como se concentrar depois disso?
FFOBS: Quais são os seus próximos projetos?
A1: Além de estar pretendendo finalizar todas as minhas longfics, Chosen Blood ainda tem mais duas partes em projeto. Também há um romance clichê vindo por aí. #Ansiosaestou.
A2: Primeiro, finalizar as longs e os ficstapes porque to naquele barco chamado Titanic hehehe. Mas também estou planejando algo envolvendo coven de bruxos, uma long derivada da Trilogia Sweet Psychosis e uma continuação de Histeria. Sem falar que no aniversário do site está pra chegar mais uma história para vocês que é um dos meus xodós.
FFOBS: Por fim, que tal citar um trecho de uma fic que você escreveu e sente orgulho?
A1: Difícil escolher só uma. Vocês estão lidando com uma libriana, ok?
Mas esse trecho tem todo o meu coração: “– Não há nada mais bonito do que a possibilidade de
escolhermos o nosso amanhã, não acha, senhorita Snape? – Dumbledore questionou enquanto o sol se punha,
levando consigo um pedaço do coração da garota”.
A2: “Aos seus olhos, cada ação daquele assassino soava como a composição de mais uma obra de arte, meticulosamente planejada e moldada para a plateia, que não sabia dar o verdadeiro mérito que ele merecia. Cada uma de suas composições era épica, digna de estar presente nas melhores exposições, digna a ponto do nome do Estripador de Baltimore ser estampado para que todos vissem e contemplassem. A ausência de valorização precisava ser revertida. Um artista como aquele merecia todo o reconhecimento do mundo, merecia aplausos dos céus e da terra. Merecia que todos se curvassem diante daquela magnitude.” – Sweet Monster (Parte I da Trilogia Sweet Psychosis)
FFOBS: A entrevista vai terminando por aqui, caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!
A1: É uma grande honra ter feito parte do autora do mês. Obrigada por apostarem na nossa história e, principalmente, em nós. O reconhecimento nos motiva e não há palavras que expressem de forma perfeita o quanto isso é reconfortante. Apenas quero dizer que sinto gratidão e graças a vocês (leitores). Obrigada por me receberem com tanto amor, por abraçarem minhas ideias e vibrarem comigo a cada novo acontecimento. Obrigada também às minhas parceiras. Um brinde à Ste, que compartilha das minhas loucuras e obrigada principalmente à Kenny Moura. Não existiria “G.K” sem você!
Nos vemos em breve.
All the love,
G.K Hawk
A2: Nem mil palavras vão descrever o quão grata eu me sinto por ser uma das autoras do mês nesse site incrível que é o FFOBS. Devo tudo isso a cada uma das leitoras incríveis que dão uma chance ao que eu escrevo, leem e comentam e continuam diariamente enchendo o meu coração de amor. Isso aqui é um incentivo sem tamanho e eu só quero sentar e continuar escrevendo loucamente, porque amo demais isso aqui. Agradeço também à G, por essa parceria incrível, assim como as minhas outras parceiras em outras histórias (Van, Sereia Laranja e Dany), me sinto sempre muito honrada em compartilhar tudo com pessoas incríveis e maravilhosas como vocês. Tem muito mais coisas ainda por vir, então que os jogos comecem hehehe. <3