Acidentalmente


1 – Encontro às Cegas


Já era noite na fria Londres, como era minha última noite, resolvi aproveitar e me divertir em um tradicional Pub Inglês. Vesti meu sobretudo sobre meu vestido frente única preto, calcei minhas botas e sai a pé mesmo, não tinha pressa e o hotel que estava hospedada era perto do centro. Depois de três ou quatro quadras, encontrei um pequeno e reservado pub, mas não menos agitado, entrei e por não conhecer ninguém, procurei o bar, um vinho cairia bem e me esquentaria. Me sentei em um banco perto do balcão e fiquei olhando as pessoas dançando e conversando, estar em Londres era a realização de um sonho de longa data. E tinha me esforçado para estar ali. Realmente os ingleses são caras mais perfeitos que existem, e olha que sorte, um deles acaba de parar ao meu lado no bar.

- Eu quero uma dose de vodca pura, preciso desestressar, essas fãs me enlouquecem. – Ele disse ao barman e eu não pude deixar de rir, no mínimo ele se achava demais, tudo bem ele realmente poderia se achar, mais não era pra tanto vai. – Me acha engraçado? Tudo bem que eu sou lindo mais...
- O engraçado é como se acha o cara mais perfeito, só isso. – Eu disse bebendo outro gole de vinho, ele me olhou e deu um sorrisinho filho da puta, que me deixou sem chão juro que se estivesse em pé cairia. – Você não é pra tanto. – Eu juro que não entendi a cara que ele fez quando eu disse isso, era uma mistura de surpresa e eu juro que senti um desapontamento.
- Você acha que não sou pra tanto? – ele me olhou coçando a cabeça, e se sentou ao meu lado. – Existem milhares de garotas que matariam por um beijo meu. – ele disse, tomando sua vodca pura, é seu dia deve ter sido pesado mesmo.
- Sério? Acho que não sou uma delas. – Eu disse rindo do jeito dele, juro que se ele não fosse tão... Err... Convencido, eu ate ficaria com ele.
- Acho que posso te fazer muda de idéia. – ele disse me dando outro sorriso, Puta Mann para com isso eu quero chegar viva em casa ok? Mais um desse eu morro. – Harold Judd. Mas pode me chamar de Harry.
- , pode me chamar de... mesmo. – Eu disse apertando a mão dele. – E o que te faz o cara mais perfeito do mundo, Harold?
- Então, você não é de Londres, né? – Ele me perguntou chamando o barman com um aceno – Uma cerveja pra mim e bom outra taça de vinho para a .
- Você quer me embebedar, só assim vai conseguir mudar minha opinião? Que feio, Harold! – Eu disse rindo, deixando minha taça de lado. – E respondendo sua pergunta, sou do Brasil.
- Ouvi dizer que as brasileiras são boas de cama – Ele disse me medindo dos pés a cabeça, juro que minha vontade era voar nele ou dizer, quer descobrir, mas eu sou uma idiota se fazendo de difícil. O que eu posso fazer?
- Nunca ninguém reclamou disso – Eu disse tomando um gole do meu vinho. Nessa mesma hora começou a tocar “I gotta feeling”, se estivesse em casa estaria dançando feito uma idiota, como uma devotada escritora, eu não sei dançar. Qual é escritoras não dançam, não bebem e não fazem nada que seres humanos normais costumam fazer.
Mas eu não consegui ficar indiferente à batida da música, acompanhando-a balançando os pés em seu ritmo.
- Vamos dançar – Ele disse, já levantando...
- Eu não danço – respondi me segurando no banco e engolindo quase todo o vinho que tinha na minha taça – um Sex on the beach, please – Eu disse já me sentindo um pouco alterada. Por que infernos eu bebi mesmo? Ah, sim. Eu queria me divertir.
- Qual é? É “I gotta Feeling” todo mundo dança, ou simplesmente pula nessa musica – ele disse me puxando mais uma vez – Vem, .
- Eu já disse, eu não danço, Harold – eu disse, bebendo meu drink, e me soltando dele pela segunda vez.
- Vem comigo, – Ele disse ainda insistindo e me dando outro de seus sorrisos. Filho da puta maldito, para com esse sorriso. – Pensei que as brasileiras eram ótimas em mexer o corpo.
- Olha, eu já estou dançando – eu disse apontando para o meu pézinho balançando – Sou ótima em mexer o corpo de outro jeito, Harry. – É, eu realmente já bebi demais. Eu nunca falaria isso em sã consciência. – Quer dizer... – Percebi que qualquer argumento seria inútil, ele já estava me arrastando para a pista de dança. No começo, me senti uma idiota dura que não sabia dançar, mas fui me soltando e a bebida começou a fazer efeito.

[...]

Abri meus olhos devagar, a claridade me cegando por um momento. Olhei em volta. Eu estava sem roupa, numa cama que não era a minha. E o pior: sozinha. Continuei a procurar pelo quarto vestígios que me fizessem lembrar a noite anterior, mas tudo em que eu conseguia pensar era na minha cabeça latejando... Maldita ressaca!

- Bom dia, teve uma boa noite? – Disse Harry entrando no quarto só de boxer e se deitando na cama, eu delicadamente me afastei um pouco dele ainda assustada com o que poderia ter acontecido.
- Bom dia. – Eu respondi sem graça, tenho certeza absoluta que corei nesse exato momento. Fiquei olhando para baixo sem saber o que falar. Eu não conseguia formular nenhuma frase, aquela dor maldita não deixava. Percebi que ele estendeu a mão na minha direção, vi então um comprimido e na outra mão um copo com água.
- Sua cabeça deve ta te matando – ele disse.
- Obrigado, Harry. – eu disse meio que sem saber o que falar, eu não iria chegar pra ele e perguntar “Então, nós transamos essa noite? É, que bom sabe, eu bebi demais e não me lembro” – Como eu cheguei aqui?

Ele começou a explicar e eu não prestei atenção em nada, me lembrei que meu vôo saía em menos de 3 horas e me levantei, sem dar atenção alguma a suas palavras. – Eu preciso das minhas coisas, tenho que ir embora. –Disse me levantando ainda um tanto tonta.
- Como assim, você tem que ir embora? – ele me perguntou assustado.
- Eu volto para o Brasil ainda hoje. – eu disse me vestindo de qualquer jeito.
- A gente pode sair mais tarde, sei lá, tomar um café? – ele disse também se levantando e se vestindo, eu juro que ainda preferia ele de boxer.
- Eu tenho que voltar para o Brasil ainda hoje, e pra ser exata, eu preciso estar no aeroporto em menos de quatro horas. – eu disse, já pegando minha bolsa e pensando em como me despedir dele.
- Posso pelo menos te levar ao seu hotel, e depois ao aeroporto? – ele perguntou já segurando as chaves do carro e pegando minha bolsa. Não seria louca de negar uma carona em tão boa hora, ainda mais tão bem acompanhada. Fomos ate o hotel, onde eu peguei minhas coisas da forma mais rápida possível, enquanto isso, ele fez o pequeno favor de fechar minha conta. Nos encontramos já em seu carro, aproveitei para verificar meus emails durante o caminho. E por sorte ou azar vi uma nota no jornal local, que dizia que todos os vôos haviam sido cancelados, devido ao mal tempo. Olhei pro Harry e fiz uma cara de desespero. Teria que ficar na cidade no mínimo ate à tarde do dia seguinte.

- Err. Harry, temos um problema, ou melhor, eu tenho um problema – eu disse, quando ele parava o carro em um sinal fechado. – Meu vôo foi cancelado, pode me levar de volta para o hotel? – Perguntei sem graça colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
- Acho que podemos voltar ao meu apartamento. – ele disse já fazendo um retorno e eu pude perceber um sorriso discreto. – Sabe, é quase que impossível uma vaga de ultima hora em um hotel como aquele. E eu tenho certeza do que falo. – Não discordei, ele tinha razão, demorei mais de três longos meses para conseguir aquela vaga. A volta foi tranqüila, resolvi deixar minha pose de durona de lado, e fui ate que bem legal com ele, almoçamos juntos, conversamos por um bom tempo. Na verdade eu mais falei, do que deixei ele falar. A única coisa que sabia, era que ele trabalhava com mais três amigos, e só. Mais uma hora ou outra o assunto acaba, é sempre assim. Estávamos em silencio há alguns longos minutos, quando começou tocar “For You From Me - Jon McLaughlin”, era uma música calma e que ótima para dançar. Acho que pensamos a mesma coisa, quando percebi já estávamos dançando. Ele já não parecia o cara convencido do dia anterior. Era um cara tranqüilo, só aproveitando o momento, sua boca estava perto demais da minha, nossas respirações se misturavam, ele desceu suas mãos até minha cintura, e me puxou para mais perto dele, não demorou muito para que nossos lábios se tocassem, não consegui pensar em mais nada, o beijo começou calmo, eu bagunçava seu cabelo, e ele passava a mão pela minha cintura, enquanto nossas línguas brincavam uma com a outra. Mas não demorou muito para o beijo tomar mais força, e logo senti meu corpo ir de encontro com a parede. Tomei um impulso fazendo com que minhas pernas enlaçassem sua cintura. Já não queria saber o que era lógico ou não, comecei a puxar sua camisa para cima com o propósito de tirá-la o mais rápido possível, e ele, percebendo minha pressa, me ajudou.
- Podíamos continuar isso no meu quarto. – Ele disse voltando a beijar meu pescoço e apertando com mais força minha cintura, soltei um gemido abafado e só concordei, balançando a cabeça. Ele me levou até seu quarto, às vezes esbarrando em alguma parede ou derrubando alguma coisa. Chegamos ao quarto em um ritmo apressado, deixando o desejo falar por nós. Logo estávamos totalmente despidos, e continuávamos a nos beijar rápido e ferozmente. Num ato rápido, mas igualmente intenso, puxei seu lábio inferior, mordendo-o e logo senti um leve gosto de sangue.
Ele me empurrou em direção a sua cama e deitou sobre mim. Eu gemia alto enquanto ele me penetrava, o que o fazia ir cada vez mais rápido.
- Harry – Gemi com uma voz rouca em seu ouvido e o vi que ele se arrepiou. Trocamos as posições, fazendo-me ficar por cima. Eu beijava e arranhava seu tórax dando leves mordidas onde era possível, enquanto ele apertava minhas coxas, o que me deixava enlouquecida. Ele inverteu as posições novamente, voltando a me penetrar. Um tempo depois, chegamos ao clímax juntos. Encostei-me a seu peito ainda ofegante, fechei meus olhos, pensando no que tinha acontecido. Realmente, ele tinha me feito mudar de idéia. Tudo bem, eu não mataria por um beijo dele, mais com toda a certeza, Harold Judd não era de se jogar fora. Acordei e já era dia, olhei para o relógio, que ficava no criado mudo, eu estava atrasada como sempre. Acordei Harry com um beijo no rosto.

- Bom dia, dorminhoco. Já são dez horas, logo preciso pegar meu avião. Pode me levar? – perguntei, sorrindo e já juntando minhas roupas. Ele afirmou que sim com um aceno e eu corri para seu banheiro; eu precisava de um banho. Aquela água quente era extremamente relaxante. Saí do banho e o encontrei já pronto, sentado em sua cama me esperando.
- Pronta? – ele perguntou, me estendendo um copo de café e um cookie – Foi o máximo que consegui encontrar em tão pouco tempo. – Peguei o café e agradeci com um sorriso. Com toda a certeza do mundo, a noite passada foi a melhor de toda a viagem.
Fomos conversando coisas idiotas e sem nexo, como o tempo, os velhinhos no parque e como havia amanhecido quente. Diferente do dia anterior, fazia um sol lindo, e o vôo já estava confirmado, Harry me esperou perto da sala de embarque enquanto eu fazia meu check-in. Ele bem que poderia passar as férias no Brasil, não me importaria de ter que mostrar tudo para ele. Me aproximei, já com a passagem em mãos e um sorriso amarelo.
- Agora é a hora em que eu te digo tchau – Eu disse sem graça, ele me deu um sorriso e me puxou para um abraço.
- Espero te ver de novo – Ele disse, ainda me abraçando.
- Eu também. Mas acho meio que impossível. – Disse, inspirando forte e sentindo seu cheiro tão bom. O perfume dele é daquele tipo que te deixa sem ar e sem saber o que fazer. Me afastei com muito custo ao ouvir o aviso do meu vôo e dei um sorriso de lado.
- , esse é o meu número, sei lá, se resolver voltar a Londres, pode me ligar e marcamos alguma coisa ok? – Harry disse, me entregando seu cartão.
- Pode deixar, eu ligo sim. E bom, esse é o meu – eu entreguei um cartão com o meu número – Caso queira conhecer o Brasil. Posso te mostrar um pouco do meu país. Preciso ir, foi bom te conhecer. – dei um ultimo beijo em seu rosto e entrei na área de embarque. Quando olhei pra trás já não conseguia vê-lo. É, o que acontece aqui fica aqui, de volta a vida real .


2 – Caindo na Real


Já estava no Brasil há aproximadamente sete semanas, já tinha voltado à minha rotina, ou seja, ficar sentada em frente a um computador, digitando tudo o que vinha à minha cabeça. Porém, havia algo diferente, com toda a certeza. Talvez o fato de nada parar no meu estômago e minhas olheiras estarem enormes. E bom, eu estou um poço de delicadeza. Hã... Acho que tudo está normal. A quem eu quero enganar? Eu não estou normal.
Minha menstruação está atrasada há quatro semanas e eu sou pior que um relógio, eu nunca atraso. Fiquei olhando a mesma caixinha por mais de vinte minutos, tomando coragem para fazer aquele maldito teste de gravidez. – Ah, qual é? Talvez dê negativo. E não é difícil, é só fazer xixi nessa fitinha aqui. – Eu dizia a mim mesma, pegando a fitinha na mão e entrando no banheiro.
Pronto. É só esperar 5 minutos e já vou saber se me mato ou se dou pulinhos de alegria. E se eu estiver grávida? Eu não posso ligar para o... Ai, caramba, como é o nome dele mesmo? Arthur? Não! É Arnold... Não, também não é esse, ah lembrei é Harold. – Olhei para a fitinha e vi um rostinho feliz, voltei a olhar a caixa. – Parabéns, Harold. Você vai ser papai! – Eu disse ainda sem acreditar no que tinha acontecido. – E parabéns, , daqui 7 meses você pode se jogar da ponte. – Disse, já começado a chorar e me sentando novamente no vaso.

Só havia uma pessoa que vinha na minha mente nesse exato momento. Tudo bem. Ela vai me xingar, e dizer que sou uma idiota. Mais com toda a certeza no final ela vai me dizer “Vai ficar tudo bem, ”.
Saí de casa com o teste na bolsa e uma caixinha de lenços na mão. Ela não morava tão longe de mim. Corri até o outro lado da rua e comecei a tocar sua campainha igual à uma louca. Sabe quando você coloca o dedo na campainha e não tira por nada? Então, fiz isso. Sim, ela iria me matar, mas assim que percebesse meu choro, ia parar de me xingar e iria me abraçar. Era certeza. Se não fosse tão sério, com certeza seria engraçado.
A me abriu a porta com cara de poucos amigos e um taco de baseball na mão. E, pra completar, um copo descartável de refrigerante na boca.
- Cacete, , por que não enfia esse dedo na sua campainha? – Ela disse, colocando o copo na mesinha ao lado da entrada – Da próxima vez, acerto sua cabeça com esse taco, e vou te dar motivo de verdade pra chorar. Espera... POR QUE você tá chorando?
- Desculpa, é que o caso é de extrema urgência. – Eu disse entrando na casa dela e me jogando no sofá já sentindo meus olhos se encherem de lágrimas novamente.
- Não chora, o que houve? Quem eu vou ter que matar dessa vez? – ela disse, colocando o taco em um canto e me abraçando.
- Ninguém, a não ser que você queira que meu filho nasça órfão. – eu disse, chorando mais ainda. – Sim, , eu estou grávida! – Eu disse, assim que ela me olhou com uma cara engraçada, e apontou para a minha barriga.
- , você ficou louca?! Como assim grávida? Você é solteira, menina! Tem uma vida e uma carreira inteira pela frente e está grávida? Quem foi o irresponsável que tem a outra parte nessa loucura?! Como você vai criar um filho agora?! Sem família, sem uma casa adequada, sem um ambiente adequado?! Não estamos falando de um cachorrinho! É uma criança! Tem necessidades especiais, e toda a sua vida vai mudar por causa da sua irresponsabilidade! Todo o seu futuro está praticamente perdido!
- Sim, eu devo ter ficado louca, mas ele era tão perfeito, me levou para o apartamento dele, e bom... Não tinha muito que fazer, afinal de contas, o aeroporto estava fechado até o dia seguinte... E eu perdi o nexo naquela hora. – eu disse, lembrando de tudo o que tinha acontecido. – O nome dele é Harold, e ele é inglês. E ah, , eu vou ser a família dessa criança e ela a minha. – eu falei me sentando melhor – Não acho que meu futuro esteja perdido, só não sei se devo entrar em contato com o Harold. Ai, o que eu faço?
- Eu entendo que você queira ter uma família, mas esse não é o momento certo. – Percebi que deu um longo suspiro, tentando se controlar. – E bom, quanto a esse Harold, acho que ele deve saber que vai ser pai. Mas pense bem antes de qualquer decisão. , um filho não é brincadeira.
- E o que eu posso fazer agora, ? - eu perguntei, afundando mais ainda o meu corpo no sofá – Eu já estou grávida, amiga, não tem o que fazer. – Eu disse dando um longo suspiro.
- Tem razão, não há mais nada o que fazer. Mas você tem que estar ciente de que sua vida não chegará nem perto do que é agora quando esse bebê nascer, amiga. – ela disse, me olhando com carinho e preocupação. A é assim, pode ser louca e até um pouco estressada. Mas, no fundo é uma mãezona, minha mamãe judia.
- É eu sei, tudo vai ser para ele. Ou ela, não sei ainda. – Eu disse, pela primeira vez pensando naquele serzinho que estava crescendo dentro de mim. – Bom, que tal você ser uma boa amiga e me trazer um chocolate quente bem gostoso, hein? Enquanto isso, você me deixa usar o seu computador, o que acha? – eu disse, fazendo uma carinha de menor abandonada, precisava ver meus e-mails e responder alguns.
- Pelo que eu saiba, os desejos de grávida não começam tão cedo. – ela disse estreitando os olhos – Eu vou, mas quero que fique bem claro que só estou fazendo isso porque sou uma ótima amiga e você está passando por uma reviravolta em sua vida.
- Obrigado! Te amo, sabia? – eu disse, abraçando-a e dando um beijo em seu rosto. – Eu deixo você ser a segunda mãe do pirralho. – Disse, agora rindo, e me levantando. – Eu quero com pedaços de chocolate! – Me levantei e sentei em frente à mesa do computador, liguei o monitor e comecei a fuçar o que a estava vendo, quando uma foto me chamou a atenção.
Tudo indicava ser de uma banda que viria ao Brasil no próximo mês. “Não pode ser!”, eu disse pra mim mesma, colocando a mão sobre a minha boca e voltando a ler a legenda da foto.
Na foto, havia quatro garotos, e eu logo reconheci aquele par de olhos azuis. Voltei à legenda e pude ver seu nome ali, “Harry Judd” - É ELE, PUTA QUE PARIU, É ELE!! - Eu comecei a berrar e a apontar para o monitor, e em menos de um minuto, a estava do meu lado.
- O que é isso, ? Ficou louca? Quem é 'ele'?
- COMO ASSIM QUEM É ELE? – Eu disse desesperada – É o Harold Judd, ou o Harry. Eu reconheceria esses olhos em qualquer lugar. – Eu disse me jogando na cadeira. – Bem que ele me disse. "Existem milhares de garotas que matariam para ter um beijo meu." Mas eu não quis acreditar. Eu falava feito uma louca, sozinha. – , sua burra, esses devem ser os três amigos que trabalham com ele. Eu tenho um telefone dele aqui, em algum lugar... - eu remexia minha bolsa atrás do cartão.
- Espera um pouco aê, VOCÊ DORMIU COM O HARRY?! Você quer morrer, ou o quê? – ela disse dando um pulo e me olhando já estressadinha, o que eu fiz dessa vez?
- Sim, no apartamento dele... E ele me levou no hotel, e fechou a conta pra mim. E depois me levou de novo pro apartamento dele, e no dia seguinte me deu uma carona até o aeroporto. - Eu disse, enquanto procurava o cartão. – ACHEI! – Disse, entregando um cartão onde se lia “Harold Judd, Super Records” – Acho que sim.
- Como é que você dorme com HAROLD JUDD e não me conta nada? Você tem que ir atrás dele! – ela disse já pegando o telefone e discando.

- Ei, desliga isso! – eu disse, já pegando o telefone e apertando o botão que encerraria a chamada. – Eu tenho que pensar ainda o que vou dizer, eu nem sabia que ele era realmente famoso! Pensei que ele estava mentindo. – eu disse guardando o cartão e olhando pra ela de novo. – Conhece muito da banda?
Nunca me arrependi tanto de fazer uma pergunta, ela falou TUDO sobre ele. Onde nasceu, nome da mãe, do pai. O engraçado é que eu dormi com ele, e a minha melhor amiga sabia mais dele do que eu. Depois ela começou a me falar da banda, e de como se formaram, dos prêmios que já tinham ganhado, e eu sei que por mais de 5 horas ela falava e falava. E falava. E a cada frase que ela dizia, mais o meu queixo caía.
- Então, quer dizer que ele é realmente MUITO famoso? Do tipo que é conhecido em qualquer lugar do mundo? – Eu perguntei, sem expressão alguma. Eu já não estava em mim mesma. Eu tinha certeza que ele ia surtar ao saber do bebê, isso quando eu não sabia que ele era famoso. Imagina agora sabendo de tudo isso.
- Sim, no mundo INTEIRO. , ele é baterista de uma das mais conhecidas bandas da atualidade, eles tocam muito! Não sei como não os reconheceu. – dizia, e ria do meu jeito. – Não quero te desanimar, mas terão meninas em todo o mundo querendo te matar.
- Eu não vou contar. – Eu disse firme, e a quase me matou, só com o olhar. – Ele não vai entender, . Vai pensar que foi tudo uma armação.
- Você mesma me disse, ele percebeu que você não o conhecia – ela disse, com um copo de refrigerante na mão. – Então, não tem como você ter feito por vontade. E eu, que achava que o descuidado e tonto era o Danny.
- Quem? – perguntei, confusa.
- Danny Jones. É um dos meninos. Algo me diz que logo você vai conhecê-lo. – ela disse, jogando-se ao meu lado no sofá.
- Ah vou, sim! – Respondi, fazendo sinal de positivo com a mão – Já estou até morando com o Judd. Eu não vou ligar pra ele. Ah! Eu preciso de alguma coisa bem forte. – Eu disse, me levantando e indo ate o bar.
- Tá maluca? Você tá esperando o Judd Júnior! Traduzindo, nada de bebidas alcoólicas. – ela disse, me fazendo sentar de novo. – Estamos entendidas?
- Você me deu medo agora, , pareceu minha mãe. – eu disse, rindo.
- , zinha, meu anjinho... – disse, se sentando ao meu lado com um olhar estranho. Já sei, ela vai me pedir alguma coisa. Quer ver?
- O que foi ? O que você quer? – Eu disse, já imaginando o que ela iria pedir. – Eu ainda não recebi pelo último livro, então tô sem dinheiro, já vou avisando.
- Ai, . Quem vê, pensa que eu vivo te pedindo as coisas... – Ela disse, fazendo uma voz fofa. Isso indicava perigo.
- Quem não te conhece, que te compre. – eu disse rindo. Era bom ficar ali com ela. A situação podia ser a pior, mas ela sempre me animava. [N/Alle: Aeee primeira! SIM isso é verdade, a Dani nunca me deixa ficar mal por muito tempo... Ela sempre solta um foda-se e me anima de alguma forma. Te amo, cachinhos.]
- Assim, se você não quer falar com o Judd, por você mesma, fala pelo bebê. – ela disse, passando a mão na minha barriga.
- É talvez, e eu disse talvez, você esteja certa. – Eu pensei um pouco e sorri. – OK, . Eu converso com o Judd!
- Isso! – ela disse, fazendo uma dancinha estranha. – E bom... Você pode aproveitar a situação e me apresentar o Poynter. – Ela disse, piscando e se jogando no sofá.
- Ah, sua vadia. Era essa a intenção? – Eu disse, dando almofadadas nela. – Eu aqui pensando que era pelo bebê, e você ai pensando naquele nanico.
- E que nanico, hein, ? – Ela disse, rindo. – Aaaah, qual é? Você tem direito de ficar com o Judd e eu não tenho, de ficar com o Poynter? Isso é injusto! Eu sou a favor de todas termos o direito de ficarmos com um cara como... Como qualquer um deles! – ela disse, cruzando os braços, e eu não pude deixar de rir. Era essa minha . – Mas, mudando de assunto. , liga pra ele. – disse, séria me olhando – Ele vem mês que vem e você precisa falar com ele.
- , eu acho que isso pode esperar. – eu disse, me levantando e pegando um bombom na mesinha de centro. – Tipo eu tenho que saber o que eu vou falar, e como eu vou falar.
- , é simples. – Ela disse pegando o telefone e fazendo cena. – Oi, Harry, aqui é a , sim a que passou dois dias com você em Londres. Você vai ser papai, err, eu também to super feliz, que bom que entendeu. Tchau amor. – Ela me olhou sorrindo e me jogou o telefone. – Liga.
- Sabe o que é, . Eu lembrei que eu preciso dar comida para o Boris, e bom a gente se vê depois – eu disse saindo e deixando uma muito puta, e juro que a ouvi me xingando em hebraico. Tudo bem ela me perdoa.

3 - Moment of truth? Not yet!


Sabe aqueles dias em que você, não quer sair de casa e fica jogada no sofá, comendo doritos e bebendo refrigerante? Então, eu estava em um desses dias, largada em frente a TV, assistindo “ O pacto” e babando em todos aqueles caras mais que perfeitos, quando do nada, um ser não identificado, abre a porta da minha casa berrando comigo.

- , sua vaca, já faz dois dias que você ta me enrolando – disse jogando algumas sacolas em cima do sofá e tomando minhas guloseimas. – E eu cansei. – Ela pegou o telefone e me entregou – Liga...
- Mais ...
- NOW! – ela gritou e eu peguei o telefone dela. Eu sei que não poderia ficar enrolando por muito tempo. Mas, esse tipo de noticia, não é algo que se diga por telefone. – Good Girl. – O cartão de visita dele, já estava em cima da mesinha, peguei e disquei os números com um medo terrível, o que ele iria pensar de mim? Escutei o chamar algumas vezes. Eu senti um peso no estômago quando ouvi aquela voz do outro lado da linha.
- Alô. – Ele disse dando uma risada, ouvi outras pessoas no fundo. Eu fiquei muda. E senti algo diferente. Senti vontade de sorrir junto com ele, e não pude resisti dando um sorriso junto. – Alô, alguém ai?
- Er... Harold Judd? – Eu perguntei já sabendo a resposta e olhei que me olhava me dando forças, percebi ela sussurrando um “vai ficar tudo bem.”
- Quem gostaria? – Ele perguntou ficando um pouco mais serio.
- Eu não sei se você vai se lembrar – Eu dizia tudo com muita cautela e medo ao mesmo tempo. – Meu nome é ...
- ? é você mesmo? – Ele perguntou, e acho que fez isso sorrindo. – Tudo bem com você?
- Estou bem, e você? – Eu perguntei mais calma, me soltando no sofá e fechando os olhos. Ele sem lembrava de mim. Isso era bom.
- Ótimo, na verdade eu nunca estive melhor. Que bom que me ligou. Tenho ótimas noticias... – ele disse rindo e percebi que estava em um lugar mais silencioso.
- Eu liguei para te fazer um convite. – eu tomei fôlego e soltei de uma vez – Queria saber se não quer vir passar uns dias no Brasil?
- Você não vai acreditar. Estou indo a trabalho ao Brasil. E bom, quando eu soube que iria, eu tentei te ligar. Mas a organização nunca foi o meu forte e bom eu perdi o telefone. – ele disse sem graça.
- Acontece, Judd. Quando você vem? – perguntei apreensiva. Olhei para que me olhava como se tudo fosse o ultimo capitulo de uma novela e devorava o MEU doritos ao mesmo tempo. Vaca!
- Bom, tudo esta marcado para daqui 15 dias. – ele disse soltando um suspiro.
- Pode vir antes? – eu disse sem pensar e logo tentei arrumar – Quer dizer, eu preciso falar com você, mas não é algo que possa ser dito por telefone, então pensei se não poderia vir antes.
- O que houve? – Ele perguntou e juro que senti certa preocupação.
- Nada muito sério. – eu disse e me repreendeu com o olhar. – Só queria te ver e bom, conversar um pouco.
- Chego na segunda – ele disse com certa animação – Me busca no aeroporto?
- Claro, por que não buscaria? – Eu disse, ficando mais nervosa. Logo ele estaria ali comigo. Olhei para minha barriga que já não era mais a mesma, havia ganhado certo volume localizado. Dei um sorriso imaginando um bebe em meu colo com aqueles olhos e aquele sorriso.
- Ok! , eu vou ter que desligar o Fletcher ta me enchendo aqui. Parece que o Dougie quer comprar outro lagarto. E eles estão me chamando. – ele disse e eu me levantei, ficando de frente com a Janela.
- Tudo bem, e boa viagem. – eu disse já me preparando para desligar o telefone.
- ... – eu parei ao ouvir ele me chamando de novo. – Gostei muito de ter falado com você.
- Eu também. – e depois de dizer isso eu desliguei.

Acho que já fazia uns vinte minutos que eu estava parada olhando pela janela e com o telefone ainda na mão. A minha pequena andava de um lado para o outro na sala. E eu ainda não havia dito nada. Ele chegaria na segunda e ele havia gostado de ter falado comigo. Isso com toda a certeza mudaria quando eu soltasse a frase “parabéns papai”.

- SHIT! Você vai me matar desse jeito. – explodiu e me sentou no sofá – Você sabe que eu odeio ficar curiosa. Me conta. – ela me disse com um olhar de expectativa e medo.
- Parece que o Fletcher tava enchendo ele, o Dougie quer um lagarto novo e ele teve que desligar. – Eu disse e pude vê-la ficar confusa.
- Caralho, , não me enrola – Ela disse surtando. – O que o Judd disse?
- Que ele vem na segunda – Respondi me sentando de novo. – PUTA MERDA. Hoje é quinta. Eu tenho três dias!

[...]

Acordei na segunda, pulando da cama. Ok, mentira! Eu não acordei, por que não consegui dormir. Já por volta das oito da manhã, resolvi levantar e tomar meu bom e agora, natureba, café da manhã. O problema é que tudo o que eu tentava comer não descia bem. Olhei para meu armário, pensando na possibilidade remota da ter esquecido alguma coisa gostosa lá dentro, mas desisti. Subi até meu quarto, me arrastando, e resolvi tomar um banho e me arrumar, nada muito chamativo. Optei por uma calça jeans com uma batinha preta e um scarpin vermelho, para dar um toque final. Deixei meus cabelos ao natural, e soltos. Fiz uma maquiagem leve e coloquei meus óculos de sol. Fiquei alguns minutos imaginando aonde tinha colocado minhas chaves. Desci, encontrando-as na mesinha ao lado da porta. Entrei no carro, ainda pensando em como contar ao Harry o que havia acontecido. Não seria tão simples.
Parei em um farol vermelho e uma cena me chamou a atenção: era uma garota por volta de vinte e cinco anos com um bebê no colo. Ela estava sorrindo e mimando aquela coisa tão pequenina. Fiquei me imaginando naquela situação... Talvez ser mãe não fosse uma idéia tão má. Uma buzina me fez voltar à realidade, e em menos de 5 minutos, eu já estava em frente ao aeroporto. Ainda faltavam 10 minutos para que o vôo dele chegasse. Estacionei o carro em uma vaga nada próxima ao aeroporto. Que inferno, o que esta acontecendo aqui. Geralmente é cheio de vagas nesse horário. Desci e caminhei rápido ate a área de desembarque no aeroporto. E para minha surpresa, eu não era a única que o esperava. O saguão estava lotado, milhares de garotas berravam aos plenos pulmões, e que pulmões! Se fosse no meu, no primeiro berro eu já estaria sem ar. Tentei chegar mais perto do desembarque, mas era impossível. Elas gritavam, se acotovelavam, só faltava saírem no tapa por um espacinho perto da saída. Eu achei que não podia ficar pior.
Engano o meu.
Quando eles (sim, ele trouxe todos junto!) saíram pela porta, elas simplesmente voaram sobre eles. Pensei até que meu filho ficaria órfão. Mais uma vez, tentei empurrar algumas fãs e chegar perto do Judd, mas era realmente impossível. Desisti depois que fui arremessada fora da bagunça. Resolvi sentar e esperar aquilo tudo acabar.
O máximo que aconteceria seria eu só vê-lo no hotel. E acho que seria até melhor. Vi quanto ele passou o olhar pelo saguão me procurando. Era impossível ele me encontrar no meio de tanta gente. Percebi um outro, mais baixo que ele, o puxar e logo saírem daquela bagunça, finalmente escoltados por seguranças.
Eu fiquei ali mesmo, no saguão do aeroporto, sentada e tomando meu frapuccino. Pensando na dimensão do problema que eu tinha em minha pacata vida. Imagine você: eu era uma totalmente calma e isolada escritora, que vivia trancada dentro de casa, escrevendo, e que, quando saía, era pra ir na casa da ou da Luanna. E que agora, ia ser conhecida em todo o mundo, como a garota que engravidou de Harold Mark Christopher Judd. Imaginei se todas aquelas garotas ensandecidas soubessem do meu pequeno problema. Acho que teria uma morte lenta e dolorosa. Senti meu celular vibrar, peguei e pude ver uma nova mensagem.

,
Estou te esperando do lado de fora do aeroporto.
Aquele anão de jardim não deixou que eu te procurasse.
Judd.


Pensei um pouco e meu lado responsável e medroso falou mais alto, escrevi a resposta.

Hey, Judd,
Te vejo no hotel.
Ou podemos sair juntos hoje à noite?
Você que decide.
Quem é o anão de jardim?
.


Saí do aeroporto e fui atrás do meu carro, percebendo que ele estava mais longe do que eu me lembrava. Joguei minha bolsa no banco de trás, entrando em seguida. Lembrei de passar em um mercado antes de ir para casa, e lá fui eu, feliz, comprar algo comestível de verdade. Depois segui para minha casa. Cheguei e coloquei as compras na mesa da cozinha, e peguei uma garrafinha de água. Joguei meu scarpin longe e me joguei no sofá. Parece que as pessoas marcam a hora de me mandar mensagens, eu sentei e o celular tocou. Me estiquei até a mesinha onde estava o celular e depois, li a mensagem.

Hey .
Sua entrada está liberada aqui.
Estamos no Hilton. Cobertura.
É só falar que vem falar com o Fletch.
Ele que libera a sua entrada.
Vem logo.
Obs: O anão é o Dougie.
Harry.


Respondi na hora e peguei meus sapatos e voltei para o carro.

Harry...
Estou saindo de casa,
te vejo em 40 minutos.
Obs: Ainda não almocei.
Se vira.


Entrei no carro e segui até o Hotel. Mais uma vez, me deparei com milhares de fãs, e não sabia como entrar. Fiquei mais de quinze minutos parada olhando as fãs. Tomei coragem e fui ate a recepção, encontrei uma garota com uma cara estranha e fui falar com ela.

- Boa tarde, meu nome é , e estou aqui para falar com o Fletch. – Eu disse, sorrindo e sendo educada.
- A senhora e todas aquelas outras. – Ela disse com um sorrisinho cínico. "Querida, eu estou esperando um filho do Judd, pode me deixar subir?", pensei indignada. OK! Respira.
- Pode olhar a lista de quem já foi liberado? – Eu perguntei, mais séria, e ela me devolveu o mesmo sorrisinho.
- Você deve ser mais uma dessas fãs, né? – ela disse, apontando para fora do Hotel. – Vocês não cansam de tentar não?
- Não exatamente... – Ouvi uma voz dizer, antes que eu pudesse fazer a mesma afirmação. A voz dele. – Então, será que dá pra realmente checar os nomes quando pedirem? Não é como se pudessem mesmo inventar um nome que já esteja na lista. – Ele continuou, ainda mais perto, mas não me virei para olhá-lo.
Quando ele estava perto o suficiente de mim para me causar arrepios por lembrar tudo o que estava acontecendo, girei em sua direção e soltei um sorrisinho ligeiramente impotente, por não conseguir nem lidar com a recepcionista do hotel.
- Claro que sim, Sr... Peço desculpas. – A megera do outro lado do balcão respondeu, usando com ele um tom totalmente diferente do que usou comigo.

Senti que Harry deu uma sacaneada na recepcionista, porque ele olhou de canto pra ela antes de envolver minha cintura com suas mãos, me puxando pra ele delicada, mas decididamente, juntando nossos lábios com uma intensidade quase desnecessária para o momento. Pude sentir o desconforto dela de onde eu estava. Depois, ele riu baixinho, soltando a minha cintura e pegando a minha mão, me conduzindo ao restaurante do hotel.
- Então, você finalmente descobriu a loucura que é a minha vida.
- É, eu acho que uma hora ou outra eu teria que descobrir – eu disse sorrindo, ainda um pouco surpresa. Nos sentamos em uma mesa um pouco afastada. Ele fez sinal para o garçom e pegou o cardápio.
- Bom, já passou do horário do almoço, então pensei em fritas e um hambúrguer – ele disse, colocando o cardápio de lado.
- E, por favor, um copo de coca-cola enorme – eu disse, sorrindo e já salivando só de pensar no hambúrguer. Ele riu do meu jeito e fez os pedidos. – Então, é sempre assim? Toda essa muvuca?
- Isso não é nada, ninguém invadiu o hotel ainda. – Ele disse, me olhando e segurando minha mão.
O que está acontecendo aqui? Por que o beijo, e agora essa mão? E eu gosto disso!

Continuamos conversando sobre coisas banais, o que ele tinha feito durante esses meses, o que eu tinha feito. Claro que eu omiti qualquer fato que se ligasse à gravidez. Não demorou muito e nossos lanches chegaram, ele riu da minha cara, e eu tenho certeza que meus olhos brilharam vendo aquele lanche. – Já vi que realmente gosta de hambúrguer.

- Se você tivesse uma amiga louca, que te priva das coisas boas da vida, ficaria do mesmo jeito. – eu disse, comendo uma batata – Man, como isso é bom.
- Por que ela te priva de hambúrguer e batatas? – Ele perguntou, rindo e roubando uma batata minha, recebendo um tapa na mão em seguida. – Hey, Bad Girl. Por que não posso?
- Ela diz que não faz bem comer essas coisas. E a batata é minha, sai. – Eu disse rindo, e ele fez uma carinha de piedade que me derreteu. – Ok, Judd. Só uma. – Dei uma batata na boca dele. – Mas me fala, o que te trás a essa terra tão linda?
- Se você me perguntasse isso semana que vem, – Ele começou, como se pensasse em algo muito difícil. – Eu diria que é um show. Mas como ainda faltam mais de dez dias para o show, eu diria que é por uma garota.
- E posso saber quem é a sortuda? – perguntei, rindo e dando minha última mordida no meu delicioso lanche.
- Olha, vou te dar dicas, ok? – Eu afirmei com a cabeça. – Ela tem um corpo perfeito, é uma péssima dançarina, mas se movimenta muito bem em... Outras situações. – Eu tenho certeza de que corei, e a única atitude digna para àquela hora foi um tapa em seu braço. Rimos juntos. – Ah, e outra dica! Ela acabou de me bater! – E mais um tapa.
- Hey, se ela já ta batendo nele, a coisa é séria! – Ouvimos alguém dizer. Me virei e vi dois caras (diga-se de passagem, lindos), rindo e nos observando.
– Dougie Poynter, pode me chamar de Dougie.
- E eu sou Daniel Jones, mas me chame só de Danny. – O outro disse, sorrindo, e me estendeu a mão.
- , podem me chamar de... – Olhei para o Judd e dei uma risada – .
- Isso não é justo! – Ele protestou, rindo – Eu não podia. – Ele disse, frisando o ”eu” e fazendo um bico enorme.
- Não reclame, Harold. Você me deixou bêbada me chamou de mesmo sem a minha permissão. E outra, eu não te deixei me chamar pelo apelido logo de cara, por que... Bom, você foi um menino muito mal aquela noite, com aquele papo de “as fãs me estressam, garçom, me dê vodca pura” – eu imitei ele e os meninos riram.
- Alguém que vai colocar nosso Judd na linha? – Dougie perguntou para Danny, que afirmou com a cabeça.
- É lógico que ela já me colocou na linha - Judd disse me olhando e me deu outro beijo. Estou me acostumando com a idéia de ter algo com o ele. Talvez isso seja o destino. – Mas, você disse que queria conversar comigo, , é algo sério? – Ele disse, e logo deu uma mordida no lanche dele. Eu quase engasguei com a pergunta. Eu ainda não estava pronta para contar e, bom, minha barriga nem estava aparecendo ainda. Talvez isso pudesse esperar um pouco. E, é lógico que não contaria na frente dos garotos.
- Só queria te ver. – eu disse, piscando e dando uma risada depois – Fiz errado?
- Claro que não, também senti sua falta. – ele disse rindo – Mas não precisava me preocupar. Da próxima vez, só diga que está perdidamente apaixonada por mim e que quer me ver. – Ele disse, passando a mão no cabelo e fazendo pose.
- Ok, eu não queria te contar, mas... – Eu disse, fingindo constrangimento – Harry, desde nosso primeiro encontro eu me apaixonei por você. Mas você é muito convencido, e não vai dar certo. – Eu disse, fazendo ceninha e abaixando a cabeça. – Foi bom enquanto durou.
- E o Oscar de pior atriz vai para... – Dougie disse, rindo – .
- Obrigada, obrigada. – Eu acenava feito miss e secava uma lágrima imaginária. – Eu dedico esse prêmio ao Boris, meu gato de estimação que morreu há três anos, e à , que me ajuda a manter a forma, e bom... A Dougie Poynter, por me dar esse prêmio! – Eu disse, levantando um premio imaginário.

Terminamos nosso lanche e os meninos me convidaram para subir para a suíte deles, não vou negar que fiquei um tanto quanto sem graça, mas o que poderia acontecer de ruim? Nada. Já estava grávida mesmo. Subimos já imaginando o que poderíamos fazer naquela noite, eu poderia apresentar algum barzinho legal para eles, ou levá-los em algum restaurante legal. Acho que eu poderia levar a também. Ok, é certeza que tenho que levar a , se eu não levar eu morro. Estávamos os quatro jogados na sala, eu e o Harry abraçados em um sofá, Dougie ocupando um só para ele e o coitado do Danny no chão se matando com um vídeo game.
- Não tem um quarto integrante? – perguntei contando os meninos – Eu sei que tem, o Harry me disse que trabalhava com três amigos, e eu só to vendo um e meio – Danny riu da minha brincadeira, mas acho que o Dougie não gostou muito por que logo recebi uma almofada na cara em resposta.
- Quem é meio? – ele me perguntou com uma cara de poucos amigos – Tá me chamando de baixinho, ?
- Outch, tá louco? – Perguntei rindo tacando a almofada de volta – Te dei liberdade para me tacar as coisas?
- E eu te dei liberdade pra me chamar de meio? – ele perguntou me imitando. Danny ria da situação, ok, até eu estava rindo.
- OK, pequeno grande homem, quem é o quarto mcguy? – perguntei fazendo carinho no cabelo do Harry que a estava no décimo sono. Ele fica tão lindo assim.
- É o Tom, ele deve ta dormindo, tá assim desde que terminou com a Gio – Danny respondeu tacando o controle para o Dougie – Acho que vou acordar ele e mandar ele se arrumar pra gente sair.

- Vou aproveitar e vou para a minha casa me arrumar e pensar em um lugar para levar vocês – Eu disse saindo com todo o cuidado do lado do Harry, ele estava dormindo tão gostoso, não queria acordar ele – Encontro vocês as onze. Tudo bem?
- Ok eu vou me arrumar também e depois eu acordo esse ai – Dougie disse se levantando e indo para o quarto. – Só não acordo agora por que ele nem dormiu essa noite.
- O que você quis dizer com isso, Dougie lindo? – eu perguntei chegando mais perto dele.
- Eu? Nada... Ele só não dormiu a noite. Por que achava mais interessante ficar pensando em como você estava – ele disse sorrindo e saiu correndo. Man, acho que esses meninos não cresceram. Ok, o Dougie não cresceu mesmo.

4 – Inferno!


Cheguei em casa jogando meu sapato de qualquer jeito, ainda não tinha pensado onde leva os meninos, mas tinha certeza que a me ajudaria. Passei pela cozinha e peguei um chocolate para matar minha ansiedade, dei a primeira mordida e fechei os olhos me lembrando de nunca mais deixar a mexer no meu armário. Subi as escadas até o meu quarto e abri meu guarda roupa, peguei meu celular e disquei o numero da , acho que ela estava tão ansiosa quanto eu por que ela nem deixou o celular tocar direito. - CARALHO, POR QUE DEMOROU TANTO PARA ME LIGAR? – ela gritou no celular e eu só pude afastar o aparelho do meu ouvido e rir da situação – TEM NOÇÃO DE COMO ESTOU CURIOSA, QUER DIZER PREOCUPADA. ME CONTA O QUE ACONTECEU.
- Hey, , eu tô bem sim e você? – eu disse sendo irônica. Ela soltou um barulho em sinal de nervosismo – Olha, eu juro que depois eu te conto tudo, será que você pode me ajudar antes disso? – Ela soltou a respiração pesadamente e eu ri. Cara, ela era muito curiosa.
- O que foi, ? Em que posso ser útil? – Peguei um vestido vinho frente única, que era um pouco acima do joelho, e joguei na cama, procurando agora sapatos que combinassem.
- Preciso levar o Mcfly para sair hoje à noite e não tenho idéia de onde levá-los. – falei como se fosse algo muito normal, eu tinha certeza que ela entrou em choque ela ficou uns 3 minutos em silêncio.
- Ok. Quer saber pra onde vamos então? – ela perguntou já animada. Dando gritinhos. Tinha certeza ela já estava correndo para o quarto para escolher a roupa certa.
- Eu quero saber para onde vamos – eu disse e depois ri do jeito dela – E quem disse que você vai? – perguntei rindo.
NÃO VOU? E se você tentar me impedir, te tranco nesse quarto e jogo a chave pela janela. Eu vou.
- Hey, calma ai, honey – eu disse já deitada, me controlando para não rir – É obvio que você vai né, . E não precisa me ameaçar, até porque se me trancar, quem vai te apresentar para o anão de jardim?
- O espírito não é esse, . É "se eu não vou, você também não vai". E não tente dar uma de espertinha pra cima de mim, porque seus interesses no Mr. Judd são bem maiores que os meus no anão de jardim, que mais dá vontade de comer com chantilly NO MUNDO.
- Falando em anão de jardim, eu o conheci. Cara, ele é muito legal, e com todo respeito, ele é gostoso pra caralho, mas como meu assunto é com o senhor Judd, eu não vou mais falar disso. Mas, enfim, AONDE VAMOS, GOLDENBERG?
- Uma palavra, todo o significado: INFERNO. Larga esse vestido vinho, entra no espírito e vai com aquele vermelho curto. Enquanto você ainda pode usar roupas que definam esse seu corpinho, antes de parecer que você engoliu uma melancia.
- Tá falando daquele lugar que tem a máquina de camisinha? E como sabe que escolhi o vinho? – Perguntei confusa, já me levantando e guardando o mesmo, peguei o vermelho curto e joguei em cima da cama.
- Você sempre usa o vinho quando quer parecer sofisticada. E como você acabou de dizer, é aquele lugar que tem a máquina de camisinha. Não é hora pra ser sofisticada. É hora pra deixá-lo babando por você, permanentemente.
- Ok, já estou com o vermelho na cama – disse olhando os sapatos pensando – Vou com o scarpin vermelho ou o preto?
- Preto e bolsa preta. Faz um meio coque também. Ah, quer saber? Vou separar minhas coisas e a gente se arruma aí, alguém tem que te maquiar.
- OK vou pro banho. Te amo, beijos. – disse e logo desliguei o celular. Corri para o banho e tomei todo o cuidado do mundo para não molhar o cabelo, a água morna me relaxava, enquanto eu lembrava como tinha sido no hotel, será que realmente estava rolando algo mais sério? Não isso é praticamente impossível. Ele é famoso e mora do outro lado do oceano, o que ele ia querer comigo? Sai do banho enrolada em uma toalha e para minha surpresa encontrei a dentro do meu quarto arrumando a minha roupa, sapato e bugigangas em geral. – Hey, mala. - disse rindo entrando no quarto.
- Oi, bom, sua roupa tá certa e a maquiagem eu já tenho em mente o que fazer – ela disse já pegando uma toalha no meu guarda roupa – Eu vou tomar banho e quando eu sair quero o seu cabelo pronto e deixe só a maquiagem por minha conta. – Ela entrou no banho e eu fui me arrumar. Assim que fechei meu vestido meu celular começou a tocar, peguei e vi Harry no visor, não pude deixar de sorrir.
- Hey, Judd – Eu disse me sentando e colocando o scarpin – Pronto pra sair?
- Senhorita – ele disse rindo – Ainda não, na verdade quero saber que horas você vem nos buscar e aonde vamos.
- Passo ai lá pelas 11 e bom, vamos a uma casa noturna que toca rock. – eu disse não querendo assustar eles. – Harry, você já se arrumou? – perguntei olhando no relógio que já marca 9 horas.
- Na verdade o Dougie acabou de me acordar – ele disse com uma voz fofa – Mas eu já to indo para o banho, eu me arrumo rápido, .
- Ok, então eu vou desligar, para você ir para o SEU banho, por que eu ainda nem fiz a maquiagem e ainda não jantei. Beijos. – Desliguei o telefone e coloquei meus brincos. Prendi meu cabelo em um coque meio desfiado e vi a saindo do banho, ela me olhou rindo e ligou o celular dela para que ouvíssemos músicas. Parecíamos duas idiotas cantando. Quando terminamos de nos arrumar eu olhei nos espelho e só pude falar uma coisa.
- UAU! – Harry Judd, acho que tenho pena de você essa noite – Vamos, nós vamos nos encontrar no hotel. Sai com a de casa por voltas das dez e meia, fomos conversando e tenho que afirmar que senti inveja da , em nenhum momento ela demonstrou estar com medo de conhecer o Dougie, sabe tipo nervosismo, mãos tremendo e suando, essas coisas. Pelo contrário, ela ia me contando histórias dele e dos outros McGuys, eu ria igual louca. Chegamos ao hotel e eu vi a mesma garota antipática na recepção, coloquei meu melhor sorriso no rosto e fui até ela. – Boa noite.
- Boa noite, senhorita – ela disse com um sorriso forçado – O senhor Judd te aguarda no bar do hotel.
- Muito obrigada, querida – disse e me apoiei no balcão e perguntei, sarcástica – Mas você tem certeza? Não quer olhar a lista? – Sorri pra ela, me virei e puxei , ainda sorrindo, para a entrada do bar.
- O que foi aquilo, ? Eu sei que eu disse pra entrar no espírito do Inferno, mas... aquilo! O diabo veste é scarpin! - ela riu também, divertida.
- Você sabe que não faço isso com quem não merece – disse rindo me aproximando de onde os meninos estavam. O primeiro a nos ver foi o Danny, coitado ele parecia precisar de um babador. Ele fez sinal para os outros guys e eles nos olharam, Harry sorriu ao me ver e fez uma cara de quem gostava do que via.
- Acho que o Harry aprovou seu vestido – disse cantarolando – Não se esqueça, leve moedas para a maquina de camisinha. – Eu a empurrei rindo.
- Hey, não se esqueça que já estou no espírito – Eu disse fazendo cara má e ela riu. – Boa noite, garotos, essa é a . – eu disse sorrindo, eles se levantaram todos juntos.
- Oi, , eu sou o Danny – ele disse dando um beijo no rosto dela.
- Ola, sou o Dougie – Dougie a beijou no rosto e a abraçou, UOU é impressão minha ou a esta corada e seus olhos brilham? Droga deveria ter tirado uma foto.
- Olá, eu sou o Tom – o garoto loiro com a cova mais perfeita que já vi a abraçou e deu um beijo em seu rosto.
- Hey, , você deve ser a garota má que proíbe minha de comer hambúrguer. – Harry disse sorrindo e depois lhe deu um beijo no rosto – Oi, – ele disse me puxando para um beijo rápido – , esse é o Tom. – Ele disse apontando o garoto loiro, eu sorri e acenei ele se aproximou me dando um beijo no rosto.
- Oi, – ele disse sorrindo – Desculpe por não aparecer a tarde, eu estava com sono.
- Tudo bem, Tom, você estava cansado da viagem eu entendo. – eu disse deitando minha cabeça no ombro do Harry, ele passou os braços pela minha cintura me puxando para mais perto dele.
- Aonde vamos? – Danny perguntou sorrindo com uma cara de garoto que quer aprontar – Quero curtir a noite brasileira.
- A noite brasileira ou as brasileiras? – Tom perguntou rindo. Danny deu um sorriso malicioso e mostrou o dedo do meio.
- Vamos ao Inferno – disse rindo, enquanto olhava para o Dougie, ela não vai disfarçar não? Apesar de que não faria diferença, pelo olhar do Dougie a química entre os dois era recíproca. – É uma casa noturna onde toca Rock. Vocês vão gostar. A já entrou até no clima.
- – eu disse rindo – Justo eu uma menina tão boa.
- Sim, eu percebi sua bondade com a recepcionista. – Ela disse rindo e eu ri junto.
- Eu só fiz uma pergunta para ela. – Disse com cara de boa menina enquanto me olhava rindo.
- O que você perguntou, ? – Harry me olhou enquanto falava.
- Se ela não queria mesmo confirmar o meu nome na lista – Eu disse já o puxando para fora do bar – Hey, vamos logo eu quero curtir um pouco essa noite.
- Eu sei bem o que você quer curtir no inferno, disse ao meu lado e eu não pude deixar de rir – Harry, a já te contou que no inferno tem uma maquina de camisinhas? – disse rindo e eu corei na mesma hora.
- Eu tenho moedas – Harry disse beijando meu pescoço de leve.
- Acho melhor irmos em dois carros – Danny disse rindo – Acho que o casal ali vai sair antes.
- É concordo na parte de irmos em dois carros – eu disse sorrindo e olhei para a e depois para o Dougie – Com toda a certeza, a adoraria ir sozinha no mesmo carro que o Dougie. – vi minha amiga ficando tão vermelha como um pimentão.
- Eu adoraria te levar no meu carro, – Dougie disse a abraçando de lado.
- Ok, três carros – Tom disse rindo – Você vem comigo, Danny meu amor? – ele disse com uma voz fina e Danny o abraçou ao mesmo tempo.
- Claro, meu amor, assim podemos sair sem que notem. – Não tinha como não rir daqueles meninos.

Acabamos indo em dois carros, eu, Danny e Harry no meu, , Dougie e Tom foram no outro. Como já sabia o caminho Dougie acabou me seguindo. Já estávamos quase chegando, quando o outro carro parou ao meu lado, percebi que era a dirigindo... Coitados eles não tem amor a vida!

- Hey, tá livre hoje? – Dougie perguntou em tom de brincadeira.
- Se for para você, quem sabe? – eu disse piscando e logo arranquei com o carro.
- Então você tá livre? – Judd perguntou erguendo uma sobrancelha.
- Não, não estou. – falei rindo do jeito como ele cruzou os braços me encarando.
- Não liga pra ela, amor – Danny disse com uma voz afeminada. Eu segurei o riso prestando atenção no caminho – Você sabe que para você eu sempre tô livre. – Não aguentei e comecei a gargalhar.
- Hey, esse é meu, Jones, você perdeu. – eu disse sorrindo e dando um tapa na perna do Danny aproveitando que já estávamos saindo do carro. – Se contente com o Tom – ele fez uma cara engraçada e tentou abraçar o Harry.
- Sai, Daniel – Ele disse rindo enquanto empurrava o Danny – Seu caso é o Fletcher. – Danny saiu batendo o pé fingindo nervoso. Me virei olhando o dono dos olhos mais lindos que já havia visto e fui até ele o abraçando, ele logo me envolveu pela cintura me puxando para mais perto dele. – Tá sozinha?
- Tô contigo – eu disse sorrindo, ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, e depois desceu sua mão até minha nuca me puxando para um beijo calmo, como se por reflexo minhas mãos passaram por seus braços subindo pelos ombros até chegarem em sua nuca, onde puxei seus cabelos com pouca força. Ele sorriu em meio ao beijo correspondendo logo em seguida com mais profundidade.
- Hey procurem um quarto – Dougie disse chegando onde estávamos, me afastei de Harry, porém ainda ficamos abraçados.
- Mais tarde – Harry disse com um sorriso malicioso no rosto, e logo ganhou um tapa em resposta – Outch, que foi, amor?
- Ela tá com vergonha, o que não quer dizer que ela não quer um quarto. – disse rindo e logo recebeu um dedo do meio como resposta – Qual é, você tá mesmo afim de um quarto, e de morangos com chantilly também.
- Ok, eu não to afim de saber do que esses dois vão aprontar no quarto não – Tom disse rindo, colocando as mãos no bolso. – Será que podemos entrar e beber? - E conhecer garotas – Danny completou sorrindo.
- Vamos logo – disse saindo na frente. Vi os meninos se animando assim que entraram no Inferno. Fomos em direção ao bar, cada um pediu uma cerveja. Ah, claro você deve estar se perguntando, mas , você pediu uma cerveja? Não, eu não pedi uma cerveja. Primeiro por que não posso e não quero fazer mal ao meu bebe, e segundo por que a me mataria. Então resolvi pedir uma coca-cola mesmo. É gostosa, tá gelada e eu amo.
- Sério? – Danny perguntou e todos me olharam confusos.
- E qual o problema? – Perguntei tomando meu refrigerante – Eu que vou dirigir depois.
- E cadê a que ama um a taça de vinho e um sex on the beach? – Harry perguntou confuso me abraçando.
- Resolveu parar de beber depois de acordar com uma puta ressaca, na cama de um desconhecido e em um país que não era o dela – eu disse olhando para o Harry. - Você gostou, não pode reclamar – ele respondeu rindo, não aguentei e comecei a rir também batendo no braço dele.
- Eu tive sorte, ele era um cara legal – falei enquanto tomava mais um gole da minha coca.
- Legal? Fala sério. Ele era lindo, perfeito, gostoso, entre outras coisas – ele disse rindo colocando a lata de cerveja vazia no balcão.
- Nossa, , dormimos juntos e eu não me lembro de você. – Tom disse, se segurando para não rir.
- Nossa, Tonzinho, você não lembra de mim? – disse fazendo um bico e logo senti Harry me abraçando e me puxando para perto dele.
- Tom, eu disse, lindo, perfeito e gostoso. E não feio, queixudo e mandão. – Harry disse apontando para Tom com a mão livre.
- Hey, cadê o resto do povo? – perguntei confusa procurando os outros.
- A e o Dougie estão dançando – Harry apontou para os dois que estavam no meio da bagunça – E o Danny deve tá procurando alguém.
- E eu vou fazer o mesmo – Tom disse arrumando a camisa antes de sair – Cuida do tigrão, .
- Pode deixar que eu cuido sim. – eu disse olhando Harry com um sorriso tarado. – Harry, você sabe que eu não danço, então que tal procurar um lugar pra gente sentar? – Harry me virou me abraçando por trás enquanto procurávamos outro lugar para ficar. Percebi que não chegaríamos a lugar nenhum daquele jeito. Não demorou muito e já estava encostada em uma parede com o Harry na minha frente.
- Eu realmente senti sua falta – ele disse me dando um selinho, sorri feito boba passando a mão pelo cabelo dele. Ele desceu as mãos ate minha cintura, e logo me envolveu em um beijo calmo e carinhoso. Hey só um minuto, o que esta acontecendo aqui? Troca de carinhos, beijos no mesmo nível. Eu continuaria pensando no que aconteceu, se ele não tivesse começando a beijar meu pescoço, descendo lentamente até meus ombros onde afasto uma alça do meu vestido. Inspirei mais uma vez sendo dopada pelo seu perfume. Sua mão segurava firme minha cintura. A cada minuto eu passava Harry me prensava mais contra a parede, deixando suas mãos livres, mãos que deslizavam por toda a lateral do meu corpo. Puxei seu cabelo fazendo com que ele me beijasse novamente, nosso beijo se tornou rápido e intenso. Logo minhas mãos já estavam dentro de sua blusa arranhando suas costas sem dó alguma. – , se continuarmos assim vou ter que te levar para o hotel agora mesmo. – ele disse me dando uma mordida na orelha – Claro que antes vamos passar na máquina de camisinhas, e quem sabe esvaziá-la.
- Eu não me importo de voltar para o hotel. – disse mordendo de leve seu pescoço enquanto arranhava sua barriga. – Mas sabe, a cabine do banheiro daqui, não é apertada – Ouvi a risada de Harry e ele me olhou surpreso. – Algum problema? – perguntei erguendo minha sobrancelha, ao mesmo tempo que parava de provocá-lo.
- Nenhum, só esta melhor do que a encomenda. – ele disse dando o mesmo sorriso lindo de sempre. – Temos muito tempo, . Pra que apressar?
- Melhor continuarmos mais tarde – disse lhe dando mais um selinho.
- Vai dormir no hotel? – ele perguntou me abraçando, enquanto eu brincava com seu cabelo.
- Isso é um convite?
- Sim. – ele respondeu, me puxando e trocando de posição comigo, ele se encostou na parede me virando de costas para ele, assim eu podia ver tudo o que acontecia na casa noturna.
- Hum, preciso falar com a primeiro. – eu disse encostando minha cabeça em seu peito – Não quero que ela vá para casa sozinha.
- , você ta vendo aquele casal quase se fundindo ali? – Harry apontou para um casal em uma parte mais escura. Eu olhei de relance.
- Sim, o que tem? – Perguntei mirando meu rosto de lado para que pudesse vê-lo.
- Olha direito – eu forcei o olho para ver direito quem era. – Tenho certeza que conhecemos os dois.
- AI MEU DEUS! – eu disse dando um pulinho – A ficou com o nanico, man, que rápida – eu disse rindo. – E caralho, acho que devíamos dar umas moedas para eles. – eu disse rindo mais ainda. já estava toda descabelada e Dougie estava com sua camisa toda aberta. – Acho que não tem problema eu dormir no hotel. – Passamos boa parte da noite assim, conversando, nos pegando, rindo do jeito que Danny tentava conversar com uma garota. Coisa que não deu certo já que ela não falava uma palavra em inglês, e muito menos ele uma em português, então ele simplesmente beijou. Tom desapareceu por um bom tempo, surgindo do nada ao nosso lado com a boca toda vermelha e o cabelo todo bagunçado. É realmente nenhum desses meninos perde tempo. Avisei a que iria embora com o Harry mais cedo e perguntei se tinha algum problema se o Danny fosse embora junto com eles, ela disse que não e me mandou curtir a noite. Bom era realmente essa a intenção.

5 – I MISS YOU


Fomos conversando e brincando até o carro, a rua estava vazia e a noite estava com um clima agradável. Entramos no carro e eu logo joguei meus sapatos no banco de trás, adorava dirigir descalça e hoje não seria diferente. Harry começou a mexer no porta luvas e eu liguei o carro, saindo daquele estacionamento.
- Tem algum CD bom aqui? – ele disse enquanto procurava algum CD – Blink 182? – ele perguntou erguendo a sobrancelha e eu ri.
- Algumas músicas – respondi rindo – E nem sou fã e verdade. Só tenho esse CD. Você gosta?
- Uma das minhas bandas favoritas – ele disse colocando o CD. – Vai achar estranho se eu disser que senti sua falta nesses dois meses? – ele perguntou me olhando, eu sorri de lado sem saber o que falar. – É sério, eu senti. Os caras até me zoavam às vezes. Mas a verdade é que senti falta da sua risada e do seu jeito comigo.
- Qual é, Harry? – Perguntei mais séria. – Você pode ter a garota que quiser e sentiu a minha falta?
- Essa foi a diferença. Você não é como essas garotas que posso pegar a hora que quiser. – ele disse com um semblante calmo – Eu não sou acostumado a levar um fora, , e bom, você meio que mostrou o meu lugar naquela noite.
- Ah, então o truque é te dar o fora? – Eu disse rindo – Eu realmente não sabia quem você era. E bom, foi engraçado o jeito como chegou ao bar. Mas posso te garantir, gostei muito do cara que conheci no dia seguinte. O cara tranqüilo, que soube aproveitar o momento e que dava duro com os amigos.
- Eu falei que ia fazer você mudar de idéia. Foi estranho quando você veio embora – ele disse olhando para fora do carro, eu sorri, mas fiquei em silêncio – Eu senti como se algo importante estivesse escapando pelas minhas mãos.
- Harry, você tinha me conhecido dois dias antes. – Eu respondi sinceramente. – A gente nem se conhecia direito, ou melhor, a gente ainda não se conhece direito. Você sabe que sou a , uma escritora que curtiu férias em Londres, e eu sei que você é o Harry, baterista do McFLY. Detalhe que eu nem sei direito o que é McFLY.
- , sabe como é difícil encontrar uma garota que não queria ficar comigo pelo meu dinheiro? Ou pela fama? – ele disse me olhando dessa vez. – Você foi diferente, você foi durona comigo e como você mesma disse, nem sabia quem eu era. Não vou negar que feriu meu orgulho o seu jeito no começo da noite, mas depois de alguma conversa eu percebi que você era uma garota legal.
- Você me parecia um metido que só queria aparecer mesmo. – Eu disse estacionando o carro e logo em seguida o olhei. – Foi assustadora a bagunça no aeroporto. E só ali caiu a ficha de que você realmente era famoso e que não era só fachada aquele dia. E bom, já que você foi tão sincero me contando como se sente. Eu preciso te contar uma coisa também. – Eu disse tomando coragem para contar a verdade.
- Pode falar, pequena. – Ele disse tirando uma mecha de cabelo do meu rosto e me olhou sorrindo. Merda, Judd, não sorri desse jeito, assim eu não vou conseguir.
- É que, bom, eu... – Eu comecei a gaguejar – Eu senti sua falta também – Eu disse dando um sorriso sem graça. Qual é a minha? Por que infernos eu não consigo falar a verdade para o Judd? Ele me lançou outro sorriso de tirar o fôlego de qualquer mulher e se aproximou, me dando um beijo calmo.
- Vamos subir e aproveitar todo o tempo que temos juntos – ele disse me dando um selinho antes de sair do carro – E espera não sai do carro ainda! – Ele deu a volta correndo e abriu a porta para mim. – Senhorita.
- Obrigada, caro cavalheiro. – Eu disse fingindo uma reverência, logo o abracei de lado enquanto esperávamos o elevador chegar ao estacionamento. Assim que o elevador chegou, Harry me puxou para dentro do mesmo rindo e logo me encostou na parede me beijando – Judd, espera a gente chegar no quarto, menino. – Pedi, enquanto recebia beijos pelo meu pescoço.
- Vai demorar muito, e você não quer que eu espere de verdade. – Ele mordeu de leve a ponta da minha orelha o que me fez soltar um gemido baixo.
- Alguém pode entrar no elevador – Eu disse indecisa entre empurrá-lo para longe de mim, ou puxá-lo para mais perto ainda.
- Duvido muito. – Ele disse descendo uma mão até minha coxa e a apertando de leve. Logo eu já estava ofegante e com os cabelos bagunçados, mas já não estava tão preocupada, afinal de contas eu já estava no 23º andar e nada poderia dar errado. E como se lessem meus pensamentos, a porta se abriu.
- Chegou cedo, Judd – O homem comentou com um sorriso de lado. Fudeu, ele conhece o Harry. Eu queria sumir de qualquer jeito. Sabe aqueles momentos onde você poderia simplesmente se enfiar dentro de um buraco e ficar ali por dias? Então, era exatamente isso que eu queria fazer. – Boa noite, eu sou o Fletch, e você deve ser a famosa .
- Boa noite. – disse sentindo minhas bochechas corarem – Sim, eu sou a , só não sei se famosa.
- Eu disse que senti sua falta. – Harry disse soltando um suspiro. – Digamos que ele é um dos que me zoavam. – Graças ao bom Deus o elevador parou na cobertura – Boa noite Fletch. Nos vemos amanhã. Ou melhor, nos vemos mais tarde. – Eu dei um aceno de cabeça e Fletch correspondeu da mesma forma, andava da forma mais rápida que conseguia e assim que o Harry abriu a porta do quarto eu o empurrei lhe dando vários tapas pelo braço.
- Eu falei que alguém ia ver – eu disse ainda o estapeando.
- , seus tapas doem, pequena. – Ele disse me segurando e depois fez o bico mais fofo que eu já tinha visto. – Para, pequena.
- Não me chama de pequena, eu ainda to brava com você. – Eu disse tentando me soltar, ele deu um sorriso tarado e levantou minhas mãos, me encostando na parede.
- Sei como curar esse seu nervoso de forma rápida e satisfatória. – Ele disse encostando nossos corpos.
- De... que... forma? – eu perguntei pausadamente tentando não gaguejar. Ele não respondeu com palavras, logo estávamos nos beijando de forma rápida e selvagem, ele abaixou meus braços ainda me segurando pelos dois pulsos e me levou até a cama onde eu cai e ele logo caiu em cima de mim. Tentei algumas vezes me soltar, mas ele era muito mais forte do que eu.
- Ainda quer me bater? – ele perguntou encostando nossas testas e me olhando nos olhos. Eu neguei com a cabeça e logo iniciei outro beijo, na mesma hora ele me soltou e senti meu vestindo subindo, como se isso fosse uma autorização comecei a abrir a camisa dele e a passar as unhas por suas costas. Ele soltou um gemido rouco entre o beijo. Em pouco tempo meu nossas roupas já estavam jogadas em algum canto do quarto.


6 – Oh shit! We lost Danny.



on


Quando a e o Harry foram embora, dei apenas uma ordem expressa para os meninos: que eles fizessem o que quisessem desde que às 4 horas da manhã estivessem na porta do Inferno para que eu pudesse levá-los para ao hotel.
Depois voltei a dar minha atenção apenas para o Dougie, o que - como era esperado, - tornou minha noite uma das melhores, ou assim eu achei, a princípio.
Talvez eu tenha me precipitado com esse pensamento, por não sabe o inferno (e não estou falando do estabelecimento) que me aguardava ao fim daquela noite. Claro que achei que todos cumpririam sua parte do acordo, então quando Danny não veio nos encontrar na porta no horário combinado, esperei que ele tivesse só perdido um pouco a noção do tempo.
Um pensamento que se mostrou muito inocente quando às 5 da manhã ele ainda não tinha aparecido. Nem às 5 e meia, depois de aproximadamente 127 ligações minhas para o celular dele.
Claro que eu não era a única atrás dele, os meninos já haviam procurado em praticamente todos os lugares. Tom tinha ido olhar no banheiro há cerca de 5 minutos, enquanto Dougie esperava na porta e eu tentava convencer os seguranças a não fecharem o local enquanto não o encontrássemos, diante da afirmação deles de que não havia mais ninguém lá, exceto nos banheiros.
Disquei de novo o número do celular do Danny sem consultar mais a agenda e aguardei. Chamou uma vez. Duas. Na terceira, finalmente ouvi um "Alô?"
- Danny? SEU IMBECIL, AONDE VOCÊ ESTÁ?
- Estou no banheiro, mas não sou o Danny. É o Tom, achei o celular dele aqui no banheiro. Definitivamente perdemos o Danny. Acho que ele foi abduzido...
- Ok, Tom, venha nos encontrar na porta, sim?
E desliguei, voltando para a porta e indo em direção ao Dougie.
- Encontramos.
- O Danny? - Ele perguntou, coçando a cabeça.
- Não. O celular dele. Estava no banheiro, o Tom achou. - Resmunguei em resposta.
Dougie riu e me abraçou, dando um bocejo em seguida.
- E agora? - Tom voltou, perguntando.
- Vamos embora. Já o procuramos em tudo e ele não está aqui. Ele sabe o telefone de vocês de cabeça, certo?
- Deve saber... eu acho. - Dougie respondeu.
- Ele sabe o meu.
- Ótimo, Tom. Então vou levar vocês dois para o hotel e de lá a gente avisa o Harry e a que perdemos um dos membros do McFLY. Claro que vai ficar tudo bem. Detectem a ironia, por favor. Estou ferrada. E quando o encontrarmos, vou colocar um chip com GPS naquele imbecil. - Desabafei enquanto descíamos a rua em direção ao estacionamento.
- Se ele tiver mesmo sido abduzido, acho que ele já volta com um chip... Mas não tenho certeza quanto ao GPS. - Tom retomou sua teoria, agora mais convencido dela. Ele continuou. - Provavelmente foi por extraterrestres que querem estudar a raça humana... AH, DROGA!
- O que foi agora? - Perguntei, sem saber se queria ouvir a resposta.
- E SE ELES ACHAREM QUE TODOS OS SERES HUMANOS SÃO BURROS COMO O DANNY?! - Ele berrou, jogando os braços para o alto.
Eu bufei, e Dougie comentou:
- Só se o extraterrestre for uma loira de 1,80m. Aposto 100 libras que ele está passando a noite com alguma garota. Ou algumas garotas, não há como saber.
- Aposto 150 que ele foi abduzido. - Tom rebateu.
- Dentro do carro, vocês dois. - Ordenei, impaciente, quando chegamos no estacionamento.
Pouco tempo depois chegamos ao hotel e subimos direto para o quarto, Tom resolveu tomar um banho e mandou o Dougie pedir alguma coisa descente para comermos. Dougie mandou o dedo para ele e eu peguei o telefone já pedindo três pizzas grande de queijo. Dougie correu para o seu quarto para se trocar e eu fiquei jogada na cama do Danny imaginando onde aquela mula havia se enfiado.

- O Danny sempre some com alguma garota, não precisa se preocupar – Dougie disse antes de me dar um beijo rápido – Ele logo aparece.
- Ele não podia sumir, não hoje! – Disse me levantando para abrir a porta e pegar as pizzas. – O Fletch vai me matar se um de vocês sumir. Ele não sabe falar português, como ele vai entender o que qualquer uma dessas garotas disser?
- PIZZA! – Tom gritou se jogando em cima do Dougie – Diz que é de queijo!
- É de queijo. – Disse mordendo um pedaço de pizza – E ai, o que vamos fazer?
- Jogar vídeo game e ver como o Dougie perde como uma menina – Tom disse, já no segundo pedaço. Comia meu pedaço de pizza, impressionada com a habilidade de Tom, que conseguia devorar um pedaço atrás do outro como se nunca tivesse visto comida na vida, jogar videogame e ainda ganhar do Dougie todas as vezes, até que este desistisse. Quando os ânimos baixaram um pouco, o telefone do quarto tocou.
- Alô? – perguntei, curiosa.
- Oi, meu nome é Andréia, sou da recepção. Estou ligando pra pedir que diminuam o barulho, por favor...
- Se era sobre o videogame, já desligamos faz meia hora.
- Não, não é no quarto de vocês – ela sorriu do outro lado da linha - É no outro quarto de vocês. Estamos ligando lá repetidamente, mas ninguém atende. Por isso ligamos pra esse quarto. Vocês podem, por favor, falar com eles? Já tivemos três reclamações, não queremos ser chatos com vocês nem nada, mas...
- Tudo bem, a gente fala com eles. Obrigada.
- Obrigada e tenha uma ótima noite. - ela desligou.
- O que foi? - perguntou Tom, deitado de barriga pra cima, ele visivelmente tinha comido pizza demais.
- É... Não sei como falar isso sem causar um constrangimento. - Admiti, rindo.
- Então fala causando mesmo - Dougie sorriu.
Levantei do sofá, indo até a porta e sabendo que eles me observavam curiosos.
- A recepcionista ligou pra avisar que estão reclamando do barulho do quarto do Harry. E que já ligaram lá várias vezes, mas ninguém atende. Alguém aí tá a fim de ver o que tá acontecendo de tão importante por lá? - Perguntei, um brilho maligno no olhar.
- Esse tipo de constrangimento é bom, sabia? - Dougie disse, se levantando e envolvendo a minha cintura com as mãos, antes de me beijar.
Tom pareceu se recuperar instantaneamente dos inúmeros pedaços de pizza consumidos e levantou com um pulo, animado. Começou a revirar sua mochila.
- O que você tá procurando aí, Tom? - Perguntei, rompendo o beijo com Dougie na porta.
- Minha buzina. Acho que vai dar um toque dramático. Já que não podemos flagrar o Danny, vou aproveitar esse momento ilustre.
Dei risada, antes de mandá-lo desistir da ideia, uma vez que estávamos sendo advertidos pelo barulho e fazer MAIS BARULHO seria burrice. Saímos os três em silêncio do quarto, Dougie ia à frente com o cartão para abrir a porta. Eu tentava não rir do jeito maníaco que o Tom sorria. Dougie encostou na porta fazendo uma arminha com a mão e olhou para o Tom se segurando para não rir.
- Eu vou entrar, me cobre 000 – Ele disse rindo.
- 000 é a ... – Tom disse e eu tampei sua boca.
- Shhhh! – Eu disse, tendo que tampar minha própria boca depois pra conter o riso.
Dougie passou o cartão e assim que a luz da porta ficou verde, Tom chutou, fazendo-a bater com tudo na parede do quarto.

On

Já devia ser a terceira ou quarta vez que transávamos e de maneira nenhuma nos cansávamos disso. Harry investia cada vez mais rápido, enquanto eu arranhava suas costas sem nenhuma cautela, meus gemidos eram altos e em bom tom. Ele desceu a mão até meu seio direito e o apertou me fazendo soltar mais um gemido. Ouvi um barulho alto, mas até que eu percebesse o que estava acontecendo, Tom e Dougie já estavam na metade do quarto, na porta e eu roxa de vergonha. Enterrei meu rosto no peito do Harry, que berrou com eles.

- MAS QUE PORR... O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI?
- PUTA MERDA, ESQUECI MEU CELULAR! DEVERÍAMOS TER FILMADO ISSO! - Tom dizia, aos pulos, perto da cama.
- Ligaram da recepção reclamando do barulho. Aparentemente a empolgação de vocês está atrapalhando alguns hóspedes. – disse, ainda da porta, mais do que roxa sem nos olhar.
- Três. - Informou-os Dougie
- Três hóspedes. – Ela consertou, já puxando os meninos pra fora do quarto.
- Ah, e o Danny desapareceu. Boa noite, gente. – Tom disse antes da porta se fechar. Olhei confusa para Harry que se levantou me dando um beijo na testa.
- Acho que acabaram com nossa festa – ele disse sentado procurando alguma coisa pelo quarto.
- Acho que não saio mais do seu quarto – Eu disse escondendo o meu rosto com um travesseiro.
- Olha, eu não vejo problema nenhum em você não sair do meu quarto – Harry disse tirando o travesseiro do meu rosto me dando um sorriso sacana.
- Harry Judd, seus amigos acabaram de nos pegar transando e você ainda tá pensando nisso? – eu perguntei dando alguns tapas em seu braço.
- O que mais você quer fazer ficando sozinha nesse quarto comigo? – ele disse dando um beijo no meu ombro.
- Sabe, eu realmente adoraria continuar, mas se eu bem entendi temos uma criança desaparecida – Eu disse-me afastando e logo vesti uma camisa dele que encontrei perdida – Se importa? - Não, ela fica melhor em você – ele disse colocando uma boxer e logo em seguida colocou uma camiseta e uma bermuda, abri a mala dele e peguei uma outra boxer. Ele me abraçou por trás enquanto eu a vestia.
- Amanhã, quando o Danny aparecer e ficar claro que ele estava perdido no apartamento de uma loira de mais de 1,70 de altura, eu juro que mato ele por interromper nossa noite. – Ele disse sem me soltar enquanto íamos até a porta.

Entramos no quarto do Danny e encontramos todos jogados na cama rindo, senti na mesma hora meu rosto ficando vermelho. Harry riu baixo no meu ouvido e logo me soltou pulando em cima de todos.

- Dá próxima vez que nos interromperem, eu juro que mato vocês. – Harry disse enquanto fazia cocegas na , eu ri da situação.
- Olha quem resolveu ficar vermelha, Tom. – Dougie disse me olhando.
- Ah, calem a boca vocês – eu disse tacando uma almofada em Dougie – Principalmente você, meio homem. Já tentaram ligar para o Danny? – Perguntei pegando o celular do Harry. - Nossa, , como não pensamos nisso? – disse sarcástica me jogando um celular – O Tom achou ele jogado no banheiro. - Grande Danny! – Harry disse pegando o celular e o jogando dentro da mala do Danny. – E agora o que vamos fazer?
- Dormir e esperar ele ligar? – Tom disse já se ajeitando na cama. - Acho que é uma boa. Ele tem o telefone de todos vocês? – perguntei já indo para perto da porta. - Sim – Dougie disse se levantando – , posso te pedir um favor?
- Claro – Disse já do lado de fora do quarto. Harry foi na frente e já estava me esperando na porta do quarto dele. - Tentem não fazer barulho – ele disse e entrou correndo no quarto junto com . - Muito engraçado, Poynter – eu disse antes de entrar no quarto.

Acordei com o telefone do Harry tocando, cambaleei ate a mesa e o atendi falando meio enrolado.
- Alô? – Perguntei me encostando na parede ainda de olhos fechados. - ? Oi, é o Danny – Ele respondeu como se só houvesse ido comprar balas.
- ONDE INFERNOS VOCE SE METEU, JONES? – perguntei despertando na mesma hora.
- Eu sai do inferno com a Rafaela, mas acho que aconteceu alguma coisa que eu não me lembro, por que eu acordei com a Andreza – ele disse com voz de sono.
- Man, quando eu colocar minhas mãos em você eu vou te socar de um jeito... – eu disse já colocando meu vestido. – Onde você está?
- Eu tô debaixo de uma árvore, em frente a um mercado e eu não sei, exatamente, onde isso fica, até por que eu não conheço nada aqui – ele disse rindo sem graça. - Tenta descobrir o nome da rua, Jones, eu tô indo te buscar. – eu disse saindo do quarto sem fazer barulho, entrei no elevador que por sorte estava no andar e corri até o estacionamento – Descobriu o nome da rua, Jones? - Washington Luiz – ele disse em dúvida. - Tá, me fala você consegue ler o nome do mercado? – perguntei jogando meu sapato no banco do passageiro e coloquei o cinto de qualquer jeito. - Extra – ele disse com um sotaque carregado – Sabe onde fica? - Para a sua sorte estudava aí perto, então sei sim, me dá 10 minutos que eu chego aí, e por Deus, Danny, não some daí. – Eu disse desligando o celular. Dirigi o mais rápido que eu podia, passei em alguns sinais vermelhos e fiz uma nota mental de cobrar dele se eu levasse alguma multa. Sorri ao ver o Danny parado embaixo de uma árvore me esperando, parei o carro do lado dele, abri a porta e fiz sinal para que ele entrasse – Bom dia, Daniel.
- Bom dia, mamãe, broncas só mais tarde, por favor. – Ele disse com um sorriso fofo.
- Como assim sem broncas, Danny? Tem ideia de como eu e a ficamos preocupadas? Você não conhece nada na cidade e o pior, você nem ao menos fala português! – eu disse fazendo o caminho de volta para o Hotel. – Não faça mais isso, por favor. – Disse irritada e percebi que Danny se encolheu no banco. – Eu deveria ter te deixado perdido, só até você perceber a gravidade da sua brincadeira. - , é sério você tá me assustando, tá até parecendo minha mãe! – ele disse sério. – Eu errei e já entendi. Não vai ter próxima vez.
- Danny se houver próxima vez, pelo menos leve o celular – eu disse colocando o carro novamente na garagem. – E só para avisar o Tom dormiu no seu quarto. – disse já entrando no elevador.
-Obrigado, . – ele disse assim que chegamos ao nosso andar e logo depois entrou no quarto.

Entrei no quarto e fiquei um tempo vendo o Harry dormir, ele era tão lindo e perfeito. O que diabos havia visto em mim? Sentei ao lado dele e comecei a fazer carinho em seu cabelo, ele acordou sorrindo e deu um beijo em minha mão.

- Bom dia, amor – ele disse ainda de olhos fechados – Que horas são? - Nove da manhã – eu disse dando um selinho nele – Já busquei o Jones. E ele já está dormindo. – Ele me olhou sorrindo e se ajeitou e me puxou para perto dele.
- Então vamos voltar a dormir – Ele disse me dando um abraço sem jeito.
- Perdi o sono, amor – eu disse sorrindo – Sabe, eu andei pensando, o que planejam fazer esses próximos três dias?
- O que você e a decidirem – ele disse ainda de olhos fechados.
- Tudo bem, então acorde e arrume suas coisas, eu vou acordar a e vamos em casa arrumar nossas coisas, nós vamos descer para a praia. – Disse já me levantando, enquanto ele se espreguiçava na cama.
- Praia, é? – ele disse sorrindo.
- Sim – eu disse, mandando beijos já da porta. Entrei no quarto do Dougie e acordei ele e a com um tapa na bunda de cada – BOM DIA, FLORES DO DIA! , vamos para casa arrumar as malas, nós vamos para praia ainda hoje e você, nanico, levanta e arruma suas coisas também. – Sai do quarto já imaginando o que nos esperava nos próximos dias.


Harry On

Depois que as meninas foram embora, levantei e me arrumei deixando minha mala ainda intocada ao lado da cama. Me joguei na cama e fiquei pensando.
Se a 3 meses atrás, alguém me dissesse que estaria apaixonado, eu juro que iria rir na cara da pessoa por um bom tempo. Até por que eu não o tipo de cara que se apaixona tão facilmente. Diferente do Danny que se apaixona por uma diferente a cada noite. Mas a me conquistou com o jeito "Foda-se quem você é, Judd." E é engraçado ficar com ela. Ela sempre me faz rir de alguma coisa. Como quando o Fletch pegou a gente no elevador. Falando em Fletch, espero que a não tenha percebido o olhar dele para mim. Ele parecia querer me matar.
Falando no diabo, olha quem acaba de entrar no meu quarto, mas é um gay mesmo, entra sem bater nem nada, já imaginou se estou com a de novo.

- Harry, precisamos conversar. – Fletch disse assim que entrou no quarto. A cara dele não parecia muito boa.
- Ah, já vi. O que foi que o Danny fez dessa vez? - perguntei terminando de me arrumar na frente do espelho. - Essa sua historia com a . O quanto isso tá sério?
- Ah... – eu soltei me jogando no sofá. O quanto meu namoro?! Não eu ainda não pedi ela em namoro. Relacionamento?! É, pode ser! O quanto isso é sério? Eu saí de Londres para vê-la. Acho que é bem serio. - A gente tá se conhecendo, dude. Eu não posso dizer que já é um namoro. Mas não posso negar que chegue a ser.
- Só tenha juízo. Vocês pareciam um tanto empolgados ontem à noite. Tá usando proteção, pelo menos? Ah, me sinto seu pai! - É, você tá parecendo o meu pai – Eu disse rindo, mas logo a ficha caiu. Não usamos nada em nenhuma das vezes que dormimos juntos. Acho que ele percebeu isso, pois a próxima coisa que ouvi foi o grito puto dele. - SE ESSA GAROTA FICAR GRÁVIDA, HARRY! AH, EU NAO POSSO ACREDITAR NISSO. E SE ELA FICAR GRÁVIDA?! VOCÊ SABE O QUE ISSO SIGNIFICARIA NA IMPRENSA? - Ele gritou me encarando. É impossível a ficar gravida, não é? Digo isso não aconteceria comigo. Aconteceria? - Fariam a festa! Esqueça a imprensa, sabe o que significaria na sua carreira? Na sua conta bancaria? Na sua vida?
- O que minha conta bancaria, ou a minha carreira tem a ver com o fato de que eu esqueci de usar camisinha? - Perguntei sem conseguir pensar direito - E é quase que impossível a ficar gravida. - Você faltou em todas as aulas de orientação sexual, não foi? Só estou te dizendo, se essa garota ficar grávida, e se ela não for burra vai ficar, sua vida acabou. Aliás, posso até considerar te tirar da banda, dependendo dos níveis do prejuízo. Pense bem. - Ele disse já saindo do quarto.
- Sair da banda? Fletch, volta aqui, cara! - eu disse indo atrás dele - A não tá gravida! - Eu disse já no corredor e logo encontrei Tom e Dougie conversando, os dois nos olharam assustados. - Eu não quero e nem vou sair da banda... Você sabe que se acontecer alguma coisa eu não vou deixar isso prejudicar ninguém. E o que você quis dizer com "e se ela não for burra ela vai ficar"? Acha que ela só esta me usando? - Boa noite, Harold. - ele disse batendo a porta do quarto na minha cara.
- Dude, o que eu fiz de errado? - falei assim que ele fechou a porta.


7 – Feelings to the extreme.

On

Sol! Era disso que eu precisava nos próximos dias, ficar deitada em uma esteira torrando ao sol. Alugamos um sobrado com três quartos, meu lamento ao Tom e Danny que terão de dividir o mesmo quarto. Terminei de colocar minhas malas junto com as da e voltei para trancar a porta de casa, era só isso que faltava. Os garotos já estavam no carro, havíamos dividido quem ia com quem e dessa vez Tom iria conosco. Era só fechar a porta de casa e litoral, aí vamos nós! Mas eu me esqueci de como a pode ser chata antes de uma viagem, parei em frente ao carro, vendo o jeito como ela me olhava, lá vem o interrogatório, quer ver?

- , você tem certeza que já pegou tudo? – Acho que era a terceira ou quarta vez que ela me perguntava isso, sério eu tô imaginando quando esse bebê nascer, ela vai querer tomar conta dos dois.
- Sim, , eu já peguei tudo. –respondi, já abrindo a porta do carro com a intenção de deixá-la falando sozinha.
- Mas tudo mesmo? – ela perguntou cruzando os braços, enquanto encostava-se ao carro. - Sim. – respondim já sem um pingo de paciência.
- Protetor solar?
- Sim.
- Escova de dentes?
- Sim! – Sim, mamãe. Isso era o que eu queria responder.
- Cartão de crédito?
- Siiiiiim, Goldenberg, mas que inferno eu peguei tudo! – disse já me sentando no carro, fechando a porta em uma pancada só.
- Biquini? – ela perguntou me zoando.
- É claro que eu ... – Eu ia responder da maneira mais grossa possível, mas nessa hora me lembrei de ter colocado meus biquínis em cima de cama e de ter os deixado lá – PUTA QUE PARIU, VIU! – disse saindo do carro correndo. Eu queria matá-la, ainda mais pelo sorriso filho da puta de vitória que ela tinha agora. Ainda ouvi um “Ela sempre esquece alguma coisa". Destranquei a porta de casa e logo fui buscar o dito cujo, no meio do caminho para a minha surpresa encontro minha carteira em cima da mesinha de centro – MERDA! Ainda bem que ela não entrou junto. – disse, já trancando tudo de novo.
- Só não perde a cabeça por que tá grudada, né, ? - ela disse rindo.
- E você só não perde a sua por que esqueci minha serra elétrica. – respondi, já ligando o carro. Harry me olhou sem entender nada, mas preferiu ficar quieto, acho que ele percebeu meu mal humor. Deus, nunca coloquei fé que mulheres grávidas são tão sensíveis, mas agora eu juro nunca mais duvidar disso.
- ! – Danny disse, colocando a cabeça para fora do carro. Olhei sem responder nada, o que eu mais queria era dar partida e sair dali. – Posso ir com vocês? – Ain, Senhor, dois já é difícil controlar bagunça, imagina os três? Dei meu melhor sorriso e assenti com a cabeça. Não me pergunte como, mas em menos de um minuto Danny já estava no banco traseiro do meu carro se estapeando com o Tom – Amor, eu vim por você! – ele disse, tentando lamber a bochecha do Tom.
- Agora podemos ir? – perguntei sem muita paciência.
- SIM! – responderam os três juntos, não tive como não rir da animação deles. Afinal de contas era só a praia.

A viagem foi tranquila quase o caminho todo, os meninos sempre inventavam alguma brincadeira idiota, quase morri de rir quando os três resolveram cantar Beatles, o que seria normal se os três cantassem a mesma musica, mas não cada um cantou uma em alto e bom som. Vi o visor do celular do Harry acesso e apontei pra ele. Ele olhou e logo atendeu rindo.

- Já com saudades, amor? – Ele perguntou, colocando no viva voz e fez sinal para que todos calassem a boca.
- Harry, eu quero o divórcio, você me abandonou? – Dougie respondeu, fingindo choro.
- Você me trocou pela e ainda quer pedir o divórcio? – Harry se fez de desentendido e eu tampei a boca para não rir alto.
- Mas você me abandonou pela , ou se esqueceu dos seus surtos depois que conheceu ela. Eu ainda me lembro, Harry querido, era uma sexta feira e você chegou na casa do Tom berrando “conheci o amor da minha vida”. – Harry corou violentamente nessa hora e Tom e Danny riram no banco de trás. – E eu resolvi fugir com a para Las Vegas. – Ouvi berrar do outro lado da linha.
- Você vai me trocar por essa baranga? – Harry forçou um choro e desligou o telefone rindo. – Err, está bonito o dia lá fora.
- É verdade. , ele realmente chegou gritando lá em casa. – Tom disse rindo – O Danny até se assustou por que estávamos todos dormindo depois de uma noite de farra.
- Eu não me assustei, eu só resolvi ver se o chão amortecia minha queda. – Danny disse com cara de intelectual. O celular de Harry tocou novamente e eu o peguei já o atendendo, enquanto eles discutiam a queda do Danny.
- Oi, sócio. – atendi sorrindo.
- Oi , a quer parar no próximo posto, pode ser? – ele perguntou rindo.
- Claro, eu queria mesmo esticar as pernas. – disse rindo do jeito do Harry.
- E que pernas hein, ? – Harry disse me deixando vermelha. Eu revirei os olhos e desliguei o celular.
- Vai catar coquinhos no meio da estrada, Judd. – disse rindo, enquanto jogava o celular para ele, logo em seguida lhe dei um tapa na perna.
- Outch! Você não era tão agressiva, . – ele disse se espreguiçando. – Que bom que vamos parar, minha bunda já tá ficando quadrada já.
- E que bunda hein, Judd? - Disse de um jeito nada inocente e ele riu me dando um beijo no rosto. Logo estávamos parados no posto, eu só a vi a sair correndo e gritar “banheiro”, eu ri e sai andando atrás dela.

- Então quer dizer que o Judd encontrou o amor da vida dele? – disse assim que saiu do banheiro, indo lavar as mãos. Eu só ri e abaixei minha cabeça. Ela me olhou e deu um sorriso de lado. – O que foi, ?
- Eu realmente tô com medo de estragar tudo. – disse já sentindo meu olho arder. Merda, eu não vou chorar. – Man, ele ficou vermelho na hora que o Dougie disse, o que quer dizer que não é mentira. Puta que pariu, , eu tô grávida dele e ele nem sabe. Quando souber, eu aposto contigo que ele vai sair correndo me chamando de golpista.
- Hey, vem aqui. – ela disse me abraçando. – Ele parece gostar mesmo de você, . Bom você sabe que ele sabe, que você não sabia quem ele era. Então por que o golpe?
- , ele é rico, é famoso e eu estou grávida dele. – eu disse, já chorando no ombro dela. – Quem vê de fora com toda a certeza do mundo diz que isso é golpe da barriga. Eu tenho mesmo que contar pra ele? – perguntei fazendo bico e ela se afastou me encarando.
- , por pior que seja a situação, essa criança tem todo o direito de ter um pai e de saber quem é esse pai. Se ele não aceitar de primeira, vamos fazer de tudo para que aceite de segunda. E tenho certeza que no final vai dar tudo certo. – ela disse dando um sorriso fofo. – E outra, se qualquer pessoa te fizer mal, eu juro que piso nas bolas dele com salto 15, ok? Independente de quem seja. – eu ri do jeito dela. – Agora vamos, lava esse rosto e vamos embora porque a praia nos espera. Tem quatro crianças nos esperando no carro.
Chegamos e encontramos todos no meu carro, comendo salgadinhos e bebendo coca-cola. Ri da situação. E me sentei no meu banco, abrindo a coca que haviam comprado pra mim.

- Hey, vamos lá fora. – Harry disse, depois de me encarar e sair do carro. Balancei a cabeça negativamente e sai atrás dele. Ele havia percebido meus olhos vermelhos. Pensa em uma desculpa, . – Tá tudo bem, pequena? – ele perguntou, segurando meu rosto com as duas mãos.
- Tudo certo. – respondi com um sorriso de lado.
- Te achei estranha desde a hora que saímos de casa, você discutindo com a , quieta o tempo todo no carro e agora esse olho de quem chorou. O que tá acontecendo, ? Não mente pra mim. – que inferninho, esse cara me conhece melhor que ninguém e olha que ele me conhece há pouco tempo.
- A me irrita sempre quando vamos viajar e minha cabeça tá doendo. – eu disse encostando-me ao peito dele. – Não aconteceu nada. É sério.
- , eu não sou só o cara que você beija e que vai pra cama, ok? – ele disse me olhando sério. – Eu também sou no cara que se importa contigo, que quer saber o que acontece com você. Isso tudo é muito novo, tanto pra mim quanto para você, mas com toda a certeza eu quero ser mais do que só esse cara. Antes de tudo quero ser seu amigo. Então, por favor, não mente pra mim. Eu sei que tem alguma coisa te chateando. – Não mentir para ele? Será que esconder essa gravidez é considerado uma mentira? O abracei forte me segurando para não chorar. Ele percebeu e começou a mexer no meu cabelo. De certa forma aquilo foi me acalmando. – Eu não vou te forçar a dizer nada, mas quando quiser conversar, eu vou te ouvir.
- Obrigada. – eu disse baixo, mas ele ouviu. Ficamos mais algum tempo abraçados quietos e logo ele disse meio sem graça.
- Sabe, o Dougie não mentiu no telefone. Eu realmente gritei isso quando cheguei em casa naquele dia. – sorri ao o ouvir dizendo aquilo. – Pena que ela não sente o mesmo.
- Você não sabe o que ela sente. – eu disse sorrindo.
- Relaxa, logo eu descubro. – ele disse me afastando e logo me deu um selinho rápido. – Vem, vamos lá, antes que venham nos buscar. – fomos até o carro em silêncio e assim que eu cheguei fui expulsando o Dougie e a . Não demorou muito e já estávamos na casa que nos aguentaria por cinco dias.

xXxXx

- Hey, todos vocês aqui na sala. – eu disse assim que entramos na casa. Dougie e se jogaram em um sofá, Harry ficou parado encostado na porta e Danny e Tom se jogaram nas duas poltronas. – Eu e a tomamos a liberdade de dividir os quartos. Danny e Tom, vocês ficam na segunda porta a direita. É o único que tem duas camas de solteiro. Dougie, eu sinto muito, mas você terá que dividir o quarto com a e o Harry vai dividir comigo.
- Baranga, quando isso tudo terminar ele vai correr de volta para mim. Você sabe, não é? – ele disse cruzando os braços, forçando uma voz de mulher. E logo levou um tapa da . – Brincadeira, , dividir o quarto com você é bem melhor. – ele disse dando um beijo nela e eu ri da situação.
- Posso continuar? – perguntei e todos me olharam em silêncio. – A geladeira já foi abastecida. Mas conhecendo vocês, acho que devemos comprar mais cervejas. Na estante da sala tem um vídeo game. Então se matem nele, porque eu sei que vocês adoram. Na parte de trás da casa temos uma enorme piscina onde eu pretendo afogar o Dougie. – ele me olhou assustado e eu ri. – Brincadeira, Douguizinho, e lá também tem uma churrasqueira. Acho que é só. Ah, já ia me esquecendo. seu quarto é a primeira porta a esquerda. O nosso é o ultimo do corredor.
- Hum, o de vocês é afastado para não ouvirmos os barulhos? Porque né. E acho que já vi e ouvi o suficiente no hotel. – disse rindo.
- O que eu perdi? – Danny perguntou, confuso.
- Ligaram reclamando do barulho do quarto da e do Harry. – Dougie disse rindo. – Acho que eles não quebraram a cama por pouco.
- O Dougie esta sendo discreto. – Tom disse rindo – Na verdade assim que estramos encontramos o Harry e a na cama e, bom, a não foi nada silenciosa. – Harry foi até os dois e bateu na cabeça deles. – Ainda acho que devia ter filmado. Ia dar um bom dinheiro.
- Que merda, eu queria ter visto a cena. – Danny disse rindo e eu subi as escadas, já havia ouvido coisa demais e se ficasse um pouco mais vermelha ficaria pior que um pimentão.

Olhei no relógio e vi que ainda era cedo. Tá, não tão cedo, mas já era por volta as uma e meia a tarde, o que me fez pensar que se corrêssemos ainda pegávamos uma cor. Coloquei meu biquini preto e desci as escadas, ainda amarrando a canga. Encontrei todos jogados na sala, revirei os olhos e gritei com todos.

- VAMOS POVO, AINDA É CEDO, QUERO TODO MUNDO PRONTO AQUI NA SALA EM DEZ MINUTOS. – vi todo mundo subindo correndo e me joguei no sofá, olhando minha bolsinha de praia. Já tinha separado tudo. Protetor, dinheiro e celular. Era o que precisávamos. Bom, eu estava contando só comigo e com o Harry o resto que se virasse, né? Mas por ser uma pessoa muito boa, eu gritei mais uma vez em alerta - NÃO ESQUEÇAM DE LEVAR PROTETOR SOLAR, DINHEIRO E O CELULAR. – Pronto, consciência tranquila.

Chegamos na praia as duas da tarde, o sol estava de matar. Passei meu protetor e fiz o mesmo com o Harry, que pediu de forma muito fofa que eu passasse protetor na suas costas. Depois disso deixei minhas coisas com a e fui dar um mergulho. Fiquei brincando com os meninos na água durante um tempo e depois voltei para a areia onde resolvi tomar um pouco de sol. Acabei dormindo.

- , acorda... – Harry me chamava com calma, eu sorri tampando o sol com minha mão e me sentei, e só então percebi o sorriso sem graça do Harry.
- O que aconteceu? - perguntei desconfiada.
- Sabe como é né? Nunca vamos à praia e o pequeno Danny esqueceu de passar o protetor solar, e, bom, ele tá passando mal. – Harry disse me ajudando a levantar, corri até perto do Danny e o olhei com pena. Ele parecia um pimentão, ele suava e parecia meio enjoado. Me abaixei perto dele e dei um sorriso sem graça.
- O que você aprontou, hein, Danny? – ele me olhou sem graça e logo deu um suspiro. – Eu pedi pra trazer protetor, não era óbvio que tinha que passar, criança? – olhei pra ele e peguei minhas coisas que estavam com o Harry, peguei algum dinheiro na carteira e dei pra . – , compra uma água para o Danny e vê com os meninos quem quer? – disse preocupada. – Eu vou com o Danny pra sombra. Danny, consegue levantar? – disse estendendo a mão para que ele se apoiasse e levantasse, logo eu estava debaixo de um toldo com ele. voltou com seis garrafinhas de água e entregou uma para cada um. - Bebe a água, disse baixo pra mim.
- Depois, eu tô sem sede. – disse, jogando um pouco de água na cabeça do Danny. - Não perguntei se tá com sede, eu falei pra beber a água. – eu soltei um suspiro e bebi um pouco da agua olhando pra ela emburrada.
- Povo, já deu, né? Todo mundo para casa. – eu ia ao lado do Danny o apoiando, já que ele parecia meio tonto. Toda hora ele reclamava que estava ardido e eu ria sem jeito. Assim que chegamos a casa, o pessoal foi tomar banho e lógico que eu enfiei o Danny primeiro no banheiro e o mandei tomar um banho gelado. Depois eu fiquei cuidando dele, que deitou na sala que era o lugar mais fresco.

- Tenta dormir um pouco, dude. – Harry disse sentando do lado dele.
- Tá ardendo demais essa porra. – Danny reclamava e tentava não se mexer.
- Eu sei, mas tenta descansar. – Harry parecia preocupado com o amigo. Logo eu sentei do lado dele e lhe entreguei um copo com soro caseiro.
- O gosto não é muito bom, mas você tem que se hidratar, então nada de cara feia e bebe tudo. – eu disse sem jeito. Ele reclamou um pouco mais acabou tomando tudo. – Bom menino. Agora faz o que o Harry disse, tenta dormir um pouco. E você também Judd, vai dormir, à noite a gente vê o que faz. Se o Danny não melhorar o levamos ao medico. Mas antes... – eu disse pegando um tubo de creme. – Vou passar esse creme pra aliviar essa ardência. – passei o creme no Danny que acabou dormindo. Subi para o quarto e encontrei meu Harry sentado na cama tomando sorvete, sentei ao lado dele e roubei um pouco. – ele dormiu, e acho que logo ele melhora e não vai precisar de médico.
- Tomara, se o Danny for para no hospital é capaz do Flecth me matar. – ele disse, colocando o pote de sorvete vazio do lado da cama. – Vamos dormir um pouco? – ele disse mordendo minha orelha e depois deu um beijo no meu ombro.
- Sossega, Judd, e sim, vamos dormir. – eu disse rindo antes de me ajeitar na cama e simplesmente capotar.


8 – The friends discover

Os dias passaram tranquilos depois daquele susto. Danny já estava bem melhor, mas ainda proibido de ir à praia sem um protetor nível 60, então ficamos mais em casa, curtindo a piscina, comendo churrasco e bebendo. Man, como esses meninos bebem! Em três dias fomos ao mercado seis vezes comprar cerveja e vodca, ainda não vi o Harry bêbado, Dougie disse que ele está fazendo charme. O que importa é que nesse exato momento estou curtindo um momento ternurinha com o Judd ao lado da churrasqueira enquanto a fica bêbada com o Tom.

On.

Cara, eu realmente precisava desses dias de férias, não posso reclamar, vivo me agarrando com o Dougie e descobri que ele é um amor. Sério, ele me mima e é super fofo sem ser grudento. Virei amiguinha do Tom e do Danny, e sempre que posso fico conversando com a até tarde. Quem quer férias melhores?

Olha que coisa boa, agora mesmo eu tô jogada de frente com a piscina tomando caipirinha e conversando coisas desconexas com o Tom.

- Eu acho que a caipirinha de maracujá é a melhor, pena que ela dá sono – eu disse rindo e Tom me olhou rindo mais ainda.
- Mas a gente fica bêbado e dorme de qualquer jeito, então qual o problema de dar sono? – ele disse filosofando.
- Ah, sei lá. Não faz pergunta difícil.
- , por que a não bebe mais? – Tom perguntou do nada.
- Porque faz mal para o be... be... – disse sem pensar e só depois me dei conta da merda que estava fazendo. – Porque beber faz mal. – Tentei consertar tudo, mas acho que o Tom não estava tão bêbado assim. Cocei minha nuca em sinal de nervosismo e olhei para Tom enquanto engolia o resto da bebida.
- A tá grávida? – Ele perguntou em um tom baixo, mas sua expressão era realmente séria.
- Ai Deus! Sim, a está grávida, mas não conta pra ninguém. – Pedi com minha melhor cara de piedade.
- É por um acaso ela tá de quanto tempo? – Ele me perguntou e eu relaxei na cadeira já estava fudida mesmo.
- Acho que três meses agora, é dois ou três meses. – Eu disse fechando olhos já imaginando minha morte lenta e dolorosa. – Mas vamos beber e esquecer esse assunto?
- É de quem eu to pensando que é? – Ele perguntou tomando meu copo de caipirinha e o colocou na mesinha.
- E eu lá sei ler mente, quem você acha que é?
- Harry? – ele perguntou com cara de “isso é obvio”.
- Harry Potter? – eu perguntei sorrindo. – Nossa que legal a vai ter um bruxinho, ou será que o menino vai ser um aborto e não vai ter poderes?
- Harry Judd, , não se faça de besta. – ele disse sério, cruzando os braços. Ok, fodeu!

On.

Passamos o dia inteiro na piscina, a ficou bebendo com o Tom, o Dougie ficou se matando no vídeo game, e o Danny já estava bêbado demais pra fazer alguma coisa descente. Ah! Eu e o Harry ficamos conversando perto da churrasqueira. O dia foi tranquilo, a única coisa que eu ainda não entendi, é o porque do Tom ficar tão quieto de umas horas pra cá.
Deixei os meninos na sala e resolvi ir tomar um banho e pensar em algo descente para fazer no jantar. Entrei no meu quarto sorrindo e cantando alguma coisa idiota. Percebi que a veio logo em seguida e se sentou na minha cama me olhando de um jeito estranho.

- Oi, . – ela disse sorrindo, enquanto mexia nos cabelos. – Eu preciso te contar uma coisa... – ela fez mais uma pausa e soltou muito rápido com um sorriso culpado no rosto. – Eu fodi tudo!
- Como assim você fodeu tudo? – Perguntei confusa sem saber do que ela estava falando. MEU DEUS, A FICOU COM O TOM!
- Eu fodi tudo, tudo mesmo, por favor, não me mate! – Ela disse fazendo voz de criança e me olhando com piedade. Não, eu não mataria ela por isso, ela não ficou com o Tom.
- , eu não tô entendendo. Como você fodeu tudo? Do que você está falando? – Eu perguntei confusa segurando ela pelos braços. – Me explica com calma o que você aprontou.
- Então, sabe o Tom? – Fodeu, ela pegou mesmo o Tom. – Não o Tom, vizinho da sua prima. Aquele outro... – Ela começou a falar cada vez mais nervosa. – Amigo do Harry... Sabe?
- Claro que eu sei quem é o Thomas. , não enrola. – Eu disse cruzando os braços já sem paciência alguma.
- Ah, a gente estava conversando. – ela disse se levantando e indo para o outro lado da cama. – E tomando caipirinha.
- E ai? – Eu perguntei já imaginando a merda feita.
- E... E... E você sabe como meu filtro de informações fica falho quando eu bebo. – ela disse, enquanto dava um sorriso sem graça. – Então eu posso talvez assim ter deixado escapar, sem querer, que você tá grávida do Harry. Não o Potter. O Harry Judd mesmo. – Ela colocou a mão na frente do rosto como quem se esconde e gritou. – NÃO ME MATA.
- , CARALHO, como você contou isso pro Fletcher? Você é louca? – Eu gritei, gesticulando feito louca.
- Qual parte de FOI SEM QUERER você não entendeu? – Ela disse com jeito de quem admitia o erro. – Quer me fazer sentir pior do que eu já tô? Tô me sentindo uma péssima amiga. MAS SE VOCÊ TIVESSE CONTADO PRO HARRY QUANDO TINHA QUE TER CONTADO, ISSO NÃO TERIA ACONTECIDO, ! VOCÊ TINHA QUE TER CONTADO PRA ELE, O HARRY TEM O DIREITO DE SABER. – E nessa hora o pior aconteceu.
- A tinha que ter me contado o que? – Harry perguntou sorrindo, enquanto entrava no quarto e parava um pouco atrás da .
- Eu tinha que contar? – eu perguntei sem saber o que falar.
- Ela se esqueceu de te contar que eu e o Dougie estamos namorando. – disse dando um sorriso falso e dando pulinhos.
- Nossa, , parabéns para os dois. Aquele anão de jardim, não me contou nada. – Harry disse a abraçando.
- Agora, eu preciso sair correndo, sabe como é, né? Eu preciso falar com o meu namorado. – disse e saiu correndo do quarto.
- Nossa, isso não foi legal. – Harry disse com um sorrido triste. FODEU! A desculpa não colou. – Mas eu posso resolver isso. – Ele veio até mim e segurou minhas mãos, com um sorriso fofo no rosto. – Eu queria pensar em uma maneira melhor para fazer isso. Mas o fato de ser com você já torna o momento especial, então não tenho que enrolar muito. , quer ser minha namorada? – Eu juro que tentei falar alguma coisa, mas de repente tudo ficou preto e eu desmaiei.

On.

Sai do quarto da correndo, eu precisava encontrar o Dougie. Desci as escadas e fui direto para a sala, Danny estava jogado dormindo em um canto, Tom jogava videogame e o Dougie não estava ali. Sem perguntar nada para os meninos eu subi correndo as escadas de novo. Entrei no quarto que estávamos dividindo na casa e nada do Dougie. Man, eu preciso encontrar o Dougie antes do Harry. Já sei a PISCINA. Desci as escadas correndo de novo e fiz a nota mental de alugar uma casa térrea da próxima vez. Passei correndo pela cozinha e da porta já pude ver ele sentado na beirada da piscina com os pés dentro da água, juro que quase perdi o foco, não sei explicar como, mas ele parecia mais perfeito do que todas as outras vezes que eu já tinha visto ele. Balancei a cabeça como se tentasse tirar esses pensamentos da minha cabeça e corri até ele.

- Ainda bem que te achei, se o Harry perguntar nós estamos namorando. – Eu disse de uma vez sentando do lado dele. Ele me olhou assustado e eu sorri. – Longa historia, Dougie.
- Tô sem pressa. – ele disse me dando um selinho. – Explica.
- Mas é que a historia nem é minha. – Eu disse pensando se seria legal ele saber de tudo.
- Me enfiaram na historia, quero saber o porquê. – Dougie disse tirando os pés de dentro da água para ficar de frente comigo.
- Fodeu. – Eu disse me dando por vencida. – Dougie se eu te contar, você tem que prometer não contar para ninguém. Nem para o seu melhor amigo.
- Por que eu não posso contar para o Harry? – ele perguntou desconfiado.
- Promete, e depois que você ouvir tudo, vai entender. – eu disse fazendo beicinho.
- Ok, eu prometo, mas é sacanagem fazer beicinho. – ele disse me dando mais um selinho.
- Hum, lembra quando a foi para Londres? E ela conheceu o Harry? – eu perguntei e ele assentiu.
- O Harry ficou todo encantado com ela. E ficou se amaldiçoando por ter perdido o cartão. – ele comentou e eu continuei.
- Então nossos queridos amigos se comeram loucamente durante a noite e no dia seguinte também. Só que eles se esqueceram de uma coisa muito importante. Ai a voltou para o Brasil e continuou a vida dela. Ou seja, ela ficava sentada o dia inteiro em frente ao computador escrevendo e comendo besteiras. – Dougie me olhava prestando atenção. – Depois de quase dois meses que ela tinha voltado ela apareceu na minha porta chorando desesperadamente. Eu juro que eu quase a matei com um taco de baseball, mas ela estava chorando. Bom, ela entra na minha casa e me soltou a bomba que estava GRÁVIDA. Sim, caro Dougie, a está GRÁVIDA. Só que ela não queria ligar para o pai do bebê. Eu conversei com ela que disse que ia assumir essa criança sozinha e bla bla bla. Ai eu fui até a cozinha e ela foi usar o meu computador. De nada ela começou a gritar, “é ele, é ele, é ele!” E quando eu fui ver quem era ele, o pai do bebê era o Harry.
- Espera o Harry vai ser pai? – Dougie disse quase levantando. – E como assim ela vai assumir sozinha?
- Bom o fato é que a nem sabia quem era ou o que era McFly e quando ela viu o tamanho do problema, ela realmente surtou e disse que não iria contar para ele, porque ele ia achar que isso tudo é um golpe. Então eu contei do show de vocês aqui no Brasil e ela disse que tudo bem contar. Mas o Harry veio todo carinhoso e ela ainda não teve coragem de contar.
- Mas o Harry precisa saber! – Dougie disse passando a mão pelo rosto em sinal de nervosismo. – E onde eu entro?
- Bom hoje à tarde enquanto você jogava, eu bebi demais e deixei escapar para o Tom e ai eu fui contar para a que o Tom já sabe. E bom e gritei alguma coisa do tipo, “Como você ainda não contou para o Harry?” E ele ouviu e eu dei a desculpa. “Ah! A novidade é que eu tô namorando o Dougie”. Pronto fim da historia NÃO ME MATA.
- Tá então o Tom também sabe? – ele perguntou pensando – QUE MERDA.



9 – Scare


on

Olhei para o Dougie, sem saber o que dizer, ele ainda parecia chocado com a notícia.
- Ainda bem que achei vocês dois. – Danny disse parando ao nosso lado, ele estava com o semblante sério. O que não combinava muito com ele. – Harry está desesperado no quarto, parece que a desmaiou. – Troquei um olhar preocupado com o Dougie e me levantei apressada. Subi as escadas correndo e percebi que os dois faziam o mesmo. Cheguei ao quarto e encontrei a deitada na cama, com um Harry de olhos vermelhos ao seu lado. O jeito do Tom era preocupado, ele deu espaço para que eu me sentasse na cama ao lado da .
- O que aconteceu? – Perguntei passando a mão no rosto da . Ela estava realmente pálida e isso me preocupou.
- Estávamos conversando e do nada ela desmaiou. – Harry disse preocupado. – Será que devemos levá-la ao médico? – Eu realmente não queria morrer, mas se a não voltasse logo, teríamos que levá-la ao hospital, sim. E aí nada poderia esconder isso do Harry. Peguei um vidro de perfume ao lado da cama e o abri, senti o cheiro do mesmo constatando o quão forte que ele era e logo em seguida espirrei perto do rosto da Alle. Espero que isso realmente dê certo.

on


Senti o aroma forte do perfume de Harry e abri meus olhos ainda me sentindo um pouco tonta. Olhei em volta e vi que todos me olhavam de forma assustada. soltou um suspiro aliviado e colocou o frasco de perfume no criado mudo, Harry me olhou de forma preocupada e passou a mão em meu rosto, de forma suave. Dougie e Tom me olhavam tão preocupados, assim como , o que me fez acreditar que somente Harry e Danny ainda não sabiam a verdade. Tentei me sentar na cama, mas ainda me sentia tonta e as mãos de Harry e me impediram também. Ela me lançou um sorriso de alívio e percebi que Harry havia chorado.
- O que aconteceu? – Perguntei tentando mais uma vez me sentar.
- Você desmaiou e quase nos matou de susto. – disse preocupada.
- O que aconteceu, meu amor? – Harry perguntou se sentando ao meu lado.
- Acho que não comi direito durante o dia, deve ser isso. – Disse olhando para ele com um sorriso sem graça, percebi que muitos ali me lançaram olhares sérios e pensei em abrir um buraco no meio do quarto para me esconder deles.
- Acho que a precisa descansar. – disse levantando-se e, logo depois, colocando todos para fora do quarto. – Assim que ela melhorar, eu mesmo chamo você, Harry. – Ele me lançou um último olhar antes de sair e eu lhe sussurrei um “tudo bem”. Logo em seguida, fechou a porta me olhando preocupada, eu sabia que logo viria um questionário interminável. – O que aconteceu?
- Eu desmaiei? – Perguntei confusa enquanto afundava ainda mais na cama. Ela me olhou séria e eu soltei um suspiro antes de começar a falar. – Ele me pediu em namoro e eu desmaiei com o susto.
- E você vai aceitar? – Ela disse deitando-se ao meu lado.
- Não sei, . Eu quero aceitar, mas ao mesmo tempo não quero ser injusta com ele, até porque sei que se ele souber da verdade, tudo isso vai acabar.
- Você não sabe de nada, . E por falar em contar, o Dougie já sabe, tive que contar. Ele queria saber o porquê estamos namorando. – Ela disse me olhando sem graça. Eba! Mas um sabe e não é o Harry. – E quer saber? Ele não ficou tão balançado, ele só acha que o Harry deve saber logo.
- Eu sei, eu quero contar, mas eu travo, ... – Eu ia continuar a falar, mas parei ao ouvir batidas na porta, me ajeitei na cama e olhei para , que já estava perto da porta. Ela me lançou um sorriso de incentivo como se já soubesse quem batia e abriu a porta. Sorri ao ver Harry com uma bandeja em frente à porta. Dani deu passagem para que ele entrasse e saiu logo em seguida. Sentei-me com calma e me recostei à cabeceira da cama. – Não precisava, Harry. Eu ia descer para comer alguma coisa. – Disse sem graça assim que ele colocou a bandeja em meu colo.
- Garanto que faria o mesmo por mim. – Ele disse se sentando ao meu lado. Na bandeja havia morangos, um lanche natural, um copo de suco e uma barrinha de chocolates. Peguei o copo de suco e afirmei com um aceno. Eu realmente faria o mesmo por ele, mas o fato era: Ele me tratando daquele jeito, só deixava minha consciência mais pesada. – Não faz mais isso, pequena, você quase me matou do coração. – Sorri sem graça e continuei comendo meu lanche sem pressa, enquanto isso, Harry ficava mexendo em meu cabelo e cantarolando “Hero”, baixinho. Assim que terminei de comer, coloquei a bandeja ao lado da cama e me ajeitei no peito de Harry, que me abraçou em resposta. – Melhor?
- Muito melhor, obrigada. – Disse sorrindo enquanto fechava meus olhos pensando em tudo que ainda poderia acontecer nesses dias.
- Pequena, você ainda não respondeu minha pergunta.
- Desculpa, qual era a pergunta mesmo? Acho que o desmaio me deixou com amnésia. – Disse tentando fugir daquele assunto. Harry soltou uma risada baixa e me afastou de seu colo, fazendo com que nossos rostos ficassem realmente perto um do outro.
- Aceita ser minha namorada? – Sorri tendo a certeza de que havia corado, respirei fundo e mesmo sabendo que poderia não ser por muito tempo, respondi.
- Seria uma idiota se negasse esse pedido.

[...]


Acordei sentindo um peso sobre minha barriga. Abri os olhos lentamente, tinha dormido abraçada com Harry e sua mão ainda descansava sobre a minha barriga. Sorri imaginando a mesma cena daqui alguns meses, quando minha barriga já estivesse realmente grande e nosso bebe já se mexesse. Virei-me com calma e percebi que já se passavam das 8 da manhã, deveríamos voltar para São Paulo por volta das 11. Dei um beijo carinhoso no rosto de Harry e o chamei baixinho.
- Harry, já são 8:15 da manhã, precisamos voltar para São Paulo. – Ele resmungou alguma coisa e escondeu o rosto em meio aos meus cabelos. Sorri com o jeito dele e me afastei o vendo fazer uma pequena careta. – Vamos preguicinha. Se não voltarmos logo, o Fletcher não me deixa mais sair com vocês. – Não demorou muito e Harry abriu os olhos com preguiça.
- Eu realmente preciso acordar agora? – Ele se apoio nos cotovelos e jogou a cabeça para trás, soltando um bocejo.
- Você sabe que eu não te acordaria se não fosse necessário. – Harry me olhou e assentiu com certa preguiça. Dei-lhe um selinho e me levantei correndo até o banheiro. Tomei um rápido banho e vesti a roupa que havia separado antes de toda a confusão. Voltei ao quarto e encontrei Harry terminando de fechar sua mala. Sorri para ele e coloquei minha roupa suja em um saquinho, antes de enfiar de qualquer jeito na mala. – Eu vou descer e arrumar o café da manhã, você se importa de acordar os meninos antes de tomar banho? – Percebi um sorriso maldoso em seus lábios assim que ele concordou em acordar a todos. – Ai, meu Deus, não deveria ter te dado essa ideia. – Dei um selinho em Harry e saí do quarto. Eu deveria ser rápida, caso contrario, não chegaríamos no horário em São Paulo.

[...]


Logo voltamos para São Paulo, tudo no carro era motivo de bagunça, assim como no outro dia. Fomos eu, Harry, Danny e Tom no mesmo carro. Tive só um leve enjoo, mas acho que ninguém percebeu, apesar de Tom sempre me lançar olhares preocupados durante a viagem, eu tentava sorrir de maneira calma, tranquilizando-o. Ao chegarmos ao hotel, à primeira coisa que fiz foi correr até o frigobar e pegar uma garrafinha de água. Havia descoberto que água gelada cortava o enjoo e isso realmente havia me salvo algumas vezes. Fechei o frigobar e sorri para Tom, que me olhava da porta.
- Oi, Tom! – Tentei agir naturalmente, estranhando seu comportamento.
- Melhor do enjoo, ? – Ele foi direto.
- Você percebeu? – Perguntei sem graça, encostando-me à janela. Ele apenas afirmou com um sorriso de lado. – Um pouco melhor, sempre tenho esses enjoos pela manhã.
- É, você passa mal! Hoje, do nada, ficou pálida no carro, você precisa contar para o Harry! Logo ele vai desconfiar, ... – Ele disse de um jeito preocupado. Soltei um suspiro e o olhei sem graça, eu precisava conversar com alguém e dessa vez não queria que fosse a . Ela nem ao menos conhecia realmente o Harry.
- Topa sair comigo um pouco? – Perguntei colocando a garrafa na mesinha ali ao lado. – Acho que preciso conversar um pouco.
- Só se me levar ao planetário, fiquei sabendo que tem um aqui em São Paulo. – Sorri e assenti com um aceno, abri minha bolsa tirando meu celular de lá para mandar uma mensagem para o Harry.

Saí com o Tom,
Vamos ver estrelas
no planetário.
Beijos


Fomos o caminho inteiro conversando sobre como São Paulo era movimentada não importando o horário. Aproveitei para passar pela Paulista e mostrar algumas coisas para ele. Ele sorria animado e comentava entusiasmado sobre como amava meu país. Depois de pouco tempo, estávamos sentados dentro do planetário, teríamos que esperar pouco mais de uma hora até a próxima atração. Tom me olhava de forma curiosa, como se estudasse meu jeito de agir. Eu procurava um jeito de chegar ao ponto certo da conversa.
- Acho que você quer uma explicação de tudo o que está acontecendo, não é? – Perguntei ao Tom, enquanto mexia em minha pulseira de forma compulsiva. Ele se ajeitou na cadeira e concordou com um aceno enquanto bebia um pouco do seu refrigerante. – Ok. Vou tentar ser o mais clara possível.
- Poupe-me de certos detalhes, , eu sei como as coisas funcionam.
- Conheci o Harry em um Pub em Londres, aquela era para ser minha última noite na Inglaterra. Eu bebia um cálice de vinho do porto e ele chegou daquele jeito marcante que só ele tem. A primeira coisa que eu pensei foi como os britânicos são perfeitos. Mas você sabe como o Judd pode ser metido quando quer. – Fletcher riu do meu comentário e eu sorvi um pouco mais do meu café. – E não pude deixar de rir do comentário dele. “Eu quero uma dose de vodca pura, preciso desestressar, essas fãs me enlouquecem” – Disse imitando o jeito de Harry. Rimos um pouco da minha fracassada imitação e logo voltei a falar. – Eu pensei que era só uma cantada dele, eu nunca imaginei que ele fosse Harry Judd, o baterista do McFly, eu nem ao menos sabia o que era McFly. Conversamos durante a noite toda, ele me fez dançar com ele, rimos, bebemos e depois disso eu não me lembro de mais nada daquela noite. No dia seguinte, acordei na cama dele, com uma bendita dor de cabeça, ele apareceu de boxer na minha frente e me deu analgésicos. Quando dei por mim, vi que estava atrasada e que perderia meu voou para casa. Como um Lord Inglês, ele se ofereceu para me levar até o hotel e ao aeroporto. Eu já tinha dormido com ele mesmo, que mal teria uma carona? – Tom brincava com sua latinha enquanto me ouvia com atenção. Dei mais um gole do meu café e respirei fundo. – Depois de tudo pronto, quando estávamos chegando ao aeroporto, eu vi que devido ao mal tempo, não haveria voos aquele dia. Eu quis voltar para o hotel, mas o Judd me convenceu que não conseguiria um quarto e que eu poderia dormir na sua casa. Acabei aceitando, tivemos uma tarde ótima, ele me contou que trabalhava com mais três amigos, mas não me contou em que. Dançamos juntos e acabamos na cama de novo, mas dessa vez, eu me lembro de tudo, eu não estava bêbada e posso dizer que foi uma das melhores noites da minha vida. No dia seguinte, acordamos cedo e voltei para o Brasil, antes disso ele me entregou um cartão pessoal.
- Em momento nenhum você imaginou que ele realmente fosse famoso, ?
- Como eu iria adivinhar isso, Thomas? Para mim, ele era um britânico querendo chamar atenção. Mas continuando. Depois de algumas semanas, eu comecei a sentir pequenas diferenças, eu enjoava muito fácil, estava sempre cansada, emotiva demais. E a pior de tudo, minha menstruação estava realmente atrasada. Eu sou aquele tipo de mulher que parece um reloginho, então realmente tinha algo errado. Comprei um desses testes de farmácia e rezei para todos os santos para que desse negativo.
- Sério que não pensaram em usar camisinha? E você não toma nenhum anticoncepcional? – Tom tentou parecer o mais lógico possível, e ele estava realmente certo.
- Não sei se sabe, mas não sou do tipo que dorme com caras na primeira noite, eu não estava namorando, não pretendia dormir com ninguém nessa viagem, então não tomava nada. E sobre a camisinha, eu nem lembro o que aconteceu na primeira noite, Tom. – Soltei um suspiro, cansada. – Assim que vi o positivo no teste, corri feito uma criança assustada para a casa da . Eu nem ao menos pensava em ligar para o Harry, eu ia criar esse bebê sozinha. Mas a disse que eu deveria ligar para o pai, que era responsabilidade dele também. Disse que pensaria. O que eu não imaginava era que a louca da minha amiga era fã de vocês. – Ri me lembrando da minha reação. – Eu gritava feito uma louca que era “Ele”, olhando para uma foto de vocês na tela do computador. Ela me fez jurar que pensaria no bem da criança. Depois de dias, ela chegou em casa e meio que me forçou a ligar. Ele foi todo fofo dizendo que também queria me ver e que viria na semana seguinte ao Brasil. Eu tentei contar no primeiro dia, mas Dougie e Danny apareceram e depois disso fui me apegando a ele de uma forma que tinha medo de perdê-lo.
- Já pensou que todo esse medo pode só te atrapalhar? – Tom perguntou com um sorriso de lado.
- Eu tenho medo que ele me culpe por isso, Tom... Eu...
- Para, ! A culpa foi tanto de um como do outro, você não subiu em cima de você mesma e ficou grávida sozinha. E outra, ele deveria, mais do que você, lembrar-se da camisinha.
- Ok, talvez você tenha razão, mas mesmo assim eu ainda tenho medo. – Tom resmungou alguma coisa e arrumou-se na poltrona, assim que olhou em seu relógio.
- Sempre tenho razão. – Ele disse em tom de brincadeira. As luzes se apagaram e percebi que a atração iria começar. Recostei-me na poltrona e fechei os olhos, soltando um suspiro. Tom segurou minha mão e disse de forma calma. – Se precisar de qualquer ajuda, vou sempre estar aqui pelo meu sobrinho. – Sorri em agradecimento e voltamos a prestar atenção nas estrelas.


10 – Finally the secret is revealed.



Estávamos todos em minha casa vendo Harry Potter e o Cálice de fogo, os meninos estavam jogados no chão enquanto a e eu ocupávamos os dois sofás. Já era o quarto filme que assistíamos, olhei as vasilhas de pipoca e salgadinhos, todas vazias e me levantei para buscar mais, bati com a vasilha na perna da e ela levantou se alongando.


- Nunca me imaginei tendo uma tarde de filmes com eles. – disse sorrindo, enquanto pegava dois pacotes de doritos no armário e os abria.
- Nunca me imaginei com um cara como o Harry. – Disse sorrindo do mesmo jeito bobo, enquanto colocava a pipoca no forno de microondas. Tudo pareceu girar, senti todo meu almoço e o lanche que havíamos acabado de comer subindo por minha garganta, ao mesmo tempo senti um suor frio pelas minhas costas, faltou chão sob meus pés e eu me segurei na mesa da cozinha, se a não estivesse ao meu lado era certeza que teria caído no chão. – Me leva para o meu quarto, . – Pedi com a voz baixa.
- Respira, se acalma e apoia em mim. – Ela me ajudou a subir as escadas até o meu quarto e me ajeitou na cama, eu não conseguia nem ao menos pensar direito. Do mesmo jeito que o mal estar veio, ele começou a ir embora. ainda me abanava e me olhava preocupada. Respirei fundo e me sentei na cama a olhando sem graça.
- Obrigada... – Disse com a voz baixa, eu ainda não havia me recuperado por completo do susto. – Eu realmente não sei o que aconteceu dessa vez. - Respira fundo, você ainda parece um palmito. – disse me dando um copo de água, enquanto se sentava ao meu lado. Sorri segurando sua mão e respirei fundo.
- Alguém me viu passar mal? Tirando você? – Perguntei preocupada. Ela soltou um suspiro e logo em seguida coçou a nuca, na mesma hora percebi o quanto ela estava aborrecida.
- , não acha que já passou da hora de contar a verdade?
- , eu...
- , ele merece saber. – Ela jogou a revista com a qual me abanava no outro lado da cama e me olhou mais séria.
- Eu sei que ele merece saber, ... Mas eu tenho medo.
- , se for pelo seu medo, ele não vai saber nunca. E eu não vou ficar do seu lado e passar a mão na sua cabeça, o Harry tem sim que saber a verdade...
- Qual verdade que eu tenho que saber? – Harry perguntou preocupado, enquanto entrava no quarto. Respirei fundo me sentando na cama e olhei para procurando ajuda. Ela negou com a cabeça e se levantou caminhando até a porta.
- Eu vou descer e procurar seu remédio. Acho que vocês dois precisam conversar. – disse e olhou para Harry como se pedisse calma antes de sair do quarto. Fechei os olhos encostando minha cabeça na cabeceira da cama e respirei fundo, o enjoo e a vertigem ainda me faziam companhia.
- Hey, está tudo bem? Ouvi a falando que tem que achar o seu remédio. Passou mal de novo, ? – Harry parecia realmente preocupado, o que não ajudava o meu nervoso a passar. - Um pouco de tontura, foi só isso... – Disse em um tom fraco, enquanto me ajeitava na cama.
- Então o que eu tenho que saber? – Harry perguntou, sentando ao meu lado, levei minha mão até a dele e lhe fiz um carinho de leve. Deus, como eu tinha medo de não poder tocá-lo mais. Respirei mais uma vez e abri os olhos, tenho certeza que meu olhar transmitia medo, abri minha boca inúmeras vezes sem saber o que falar. – Pequena, desse jeito você só está conseguindo me assustar. – Respirei fundo e dei uma desculpa qualquer tentando me esquivar daquela conversa.
- Não é nada, Harry, depois a gente conversa. Eu ainda não estou me sentindo bem, é só isso.
- O que você tem, ? – Harry parecia preocupado e aflito ao mesmo tempo. – A disse que precisamos conversar, e pelo jeito dela, tenho certeza que você está escondendo alguma coisa, .
- A não tinha que ter dito nada. – Disse nervosa, levando a mão ate minha cabeça, por que infernos aquela vertigem não passava?
- , olha seu estado. Você vive passando mal. Fica de segredos com a . Por Deus, eu sou seu namorado, eu mereço saber o que esta acontecendo com você. – A cada vez que me esquivava do assunto Harry ficava mais nervoso e eu com mais medo do que poderia acontecer. Ele se levantou da cama e me olhou sério colocando as mãos nos bolsos. Ri pelo nervosismo e desencostei da cabeceira, e me levantei com calma da cama.
- A não deveria ter aberto a boca, eu não quero contar nada para você nesse estado – tentei sair do quarto e Harry me segurou pelo braço, entrando na minha frente e me olhando sério.
- Se a sua melhor amiga disse que eu mereço saber, eu realmente devo saber. O que pode ser tão ruim, ? – Baixei minha cabeça sem saber o que dizer. Eu não posso simplesmente dizer “Sabe o que é, Harry, você vai ser pai.” Se eu disser, assim ele morre e meu filho fica órfão. No mínimo. – Você está doente? Tem outro cara na sua vida e você não sabe como me contar isso?
- Não é nada disso. – Disse de forma ofendida – Eu não tenho outro cara coisa nenhuma, Judd. – Como ele podia pensar aquilo? Afinal de contas eu sempre estava ao lado dele nesses últimos dias. Ele me olhou mais confuso ainda e esperou que eu dissesse algo. O que não aconteceu.
- Então o que você tanto me esconde, ? – Ele perguntou me segurando pelos ombros. – O que pode ser tão ruim ao ponto de esconder com unhas e dentes? Eu me preocupo com você, caramba! Eu tenho o direito de saber o que acontece na sua vida.
- EU TO GRÁVIDA! – Gritei em resposta a todas as perguntas que ele fazia e que só me sufocavam cada vez mais. – Satisfeito? É isso que eu não te contei. Você vai ser pai, Harry. – Ele me olhou confuso passando a mão pelos cabelos demonstrando o quão nervoso ele estava. – E era isso que eu queria te contar quando te liguei dias atrás, quando você ainda estava em Londres. – Ele me olhava de uma forma diferente, como se houvesse sido traído. Me afastei de Judd e passei as mãos pelos meus cabelos de forma preocupada.
- Eu acreditei em você, . – Harry disse se afastando mais ainda, ele parecia triste e confuso, tentei me reaproximar, mas ele me olhou com nojo e voltou a se afastar de mim. – O Flecth tentou me avisar, ele me disse que você ia aparecer grávida. Ele me disse que se você não fosse burra ficaria grávida e ele estava certo, o burro fui eu. Você é só mais uma espertinha querendo se dar bem em cima de idiotas como eu. Em pensar que eu confiei em você. – Ele andava de um lado para o outro no quarto cuspindo as palavras com tanta raiva. – Em pensar que o idiota aqui veio de Londres para te ver. Sabia que ele pode me expulsar da banda por isso? Eu vou perder tudo por causa de um plano. – Eu estava assustada, com medo, sem saber o que dizer. Como ele podia pensar que tudo não passava de um plano. Quando dormimos juntos pela primeira vez eu nem ao menos sabia quem era ele.
- Eu não queria isso, eu não planejei nada. – Disse baixinho me sentando na cama já que a tontura havia voltado. – Eu nem ao menos sabia quem era você, Harry, como eu ia planejar alguma coisa?
- Mentira, era tudo um plano, desde um inicio era um plano. Você é dessas menininhas que gostam de enriquecer a custo de idiotas como eu. Eu te pedi em namoro, , eu me apaixonei por você.
- Eu tentei te contar no dia que você chegou, mas você veio todo carinhoso e eu fiquei com medo de que isso acontecesse, eu fiquei com medo de te perder. Eu também me apaixonei por você, Harry. Eu me apaixonei... – Repeti a ultima frase abraçando meus joelhos, enquanto lágrimas rolavam pela minha face.
- Se apaixonou? – Ele perguntou em meio a uma risada irônica – E desde quanto pessoas do seu tipo sabem o que é ter sentimentos? Você é uma vadia sem sentimentos que só se aproveitou do otário aqui. Uma vadia que só pensou no tamanho da minha conta bancaria. – Ouvi a porta bater e me vi sozinha no quarto. Deixei que meu corpo afundasse na cama e permiti que o choro preso em minha garganta se libertasse em um choro alto. Abracei meu travesseiro me sentindo humilhada por tudo que Harry havia me dito. Eu não era nada daquilo que ele me culpava. Eu queria poder provar que eu não era nada daquilo. Eu não queria o dinheiro dele, eu poderia sim criar meu filho sem um centavo dele. Eu só queria um pai presente que realmente amasse seu filho. Ouvi o barulho da porta se abrindo e me encolhi mais ainda com medo de que mais uma vez fosse Harry com mais alguma acusação. Eu mal conseguia respirar devido ao choro e aos soluços. Senti quando alguém se sentou a minha frente e me puxou me fazendo deitar em seu colo, percebi que era e chorei mais ainda tentando me acalmar, ela mexia em meu cabelo e cantava baixo tentando de alguma forma me acalmar.


Harry On


Sai do quarto sem me importar em olhar para trás. Como ela pode fazer isso comigo? Eu realmente acreditei nela, eu entreguei meu coração a ela e na verdade ela não passava de uma vadia que só sabe se aproveitar das outras pessoas. Passei por todos na sala e ganhei a rua, indo em direção ao meu carro. Ouvi quando Danny me gritou e entrei no carro esperando só o tempo do mesmo entrar. Ele colocou o sinto assustado e me olhou preocupado.


- O que aconteceu, cara? Ouvimos os gritos de lá da sala. – Soquei o volante com raiva e escondi meu rosto com as duas mãos logo em seguida. Eu queria chorar, por que infernos eu ainda queria chorar depois de tudo o que ela havia feito comigo?
- Ela tá grávida. Ela fez tudo de propósito, Daniel, eu sei que foi de propósito. – Acelerei o carro, cortando qualquer carro que aparecesse na minha frente. Eu queria chegar ao hotel o mais rápido possível. Eu precisava colocar minha cabeça no lugar.
- Grávida? E depois o burro e lerdo do grupo sou eu! – Danny disse, me dando um tapa na cabeça. – Já ouviu dizer em uma coisa chamada camisinha?
- Cala a boca, Daniel. Eu sei sim o que é camisinha, eu geralmente uso, mas sei lá o que aconteceu. Eu devia ter ouvido o Fletch cara. Ele vai surtar quando souber disso.

11 – Finally the secret is revealed (Parte2)

On


Depois dessa, eu me cansei. Andei furiosamente até o andar de baixo, revirando minha bolsa no sofá diante do olhar confuso de Dougie.
- O que você está procurando? – Ele perguntou com a maior cara de inocente.
- Meu celular. – respondi, ainda remexendo os objetos que se encontravam ao lado dele. – Você viu onde eu coloquei?
Ele sorriu, apontando para a cômoda ao lado da televisão.
- Obrigada, Dougie. – Sorri de volta para ele, largando todos os meus pertences onde estavam, pegando o celular e discando o número de Harry.
Depois de ter minhas chamadas ignoradas pelo que me pareceu ser a décima segunda vez, disquei o número de Danny, confirmando com Dougie se ele havia mesmo saído com o Harry.
- Daniel, me diga que você está junto com o imbecil do Harry.
- Ok. – Ele disse rindo – Eu estou junto com o imbecil do Harry.
- É ela? – Pude ouvir a voz do Harry do outro lado da linha.
- Não, é a . – Danny respondeu.
- Me deixa eu falar com ele. NÃO ME INTERESSA se ele não quer falar com ninguém, passa a porra do celular pra ele.
- Alô? – Harry perguntou, meio inseguro.
- VOCÊ PARE DE SE COMPORTAR FEITO UMA CRIANÇA MIMADA E VOLTE PRA CÁ NESSE EXATO MOMENTO, OU EU VOU ATRÁS DE VOCÊ NA PORCARIA DO HOTEL CHUTAR ESSA SUA BUNDA.
- Eu não...
- EU ESTOU CAGANDO PRA SE VOCÊ ESTÁ FURIOSO OU NÃO, VOCÊ TEM EXATOS 15 MINUTOS PRA SE LEMBRAR DE QUE A ALEXANDRA NÃO FEZ ESSE FILHO SOZINHA E ESTAR AQUI NA PORTA COM O RESTO DE DIGNIDADE QUE VOCÊ AINDA TEM. ÓTIMO. – Desliguei o celular e o joguei em qualquer lugar, me sentindo emocionalmente exausta por causa de toda essa confusão. Só então notei Dougie me olhando, encolhido no sofá, com a boca aberta e o rosto branco.
- O que foi, Dougie? – Perguntei, rindo.
- Você... Você é... Você é assustadora. Me lembre de nunca brigar com você. Não, melhor do que isso. Me lembre de nunca, NUNQUINHA, te dar motivos pra gritar comigo. O Harry está voltando?
- É bom que esteja. – Respondi, examinando meu relógio. – Em 13 minutos teremos a certeza. Caso ele não volte, você e o Tom vão para o hotel comigo. Promete me visitar na cadeia depois que eu matar o Harry?
- Posso pensar no seu caso. Vai ter bolo lá? – Dougie perguntou com um sorriso inocente e eu ri novamente.
- Você sabe da história... – Comecei triste. – Não foi planejado. Lembro da cara de pânico que ela fez ao me contar que tinha engravidado pouco depois de voltar de viagem.
- Talvez ela estivesse com medo de você, sabe? É compreensível.
- O que é compreensível? – Perguntou Tom, que descia a escada.
- Como a Alexandra está? – Rebati.
- Abalada e sonolenta. Estava quase dormindo quando saí do quarto. Daqui a pouco eu vou lá ver como ela está novamente.
- O que é compreensível? – Ele tornou a perguntar.
- Ter medo da . Você devia ter visto ela gritando com o Harry no telefone agora há pouco. Não sei como vocês não ouviram do andar de cima, sério.
- Você só diz isso porque eu tenho quase o dobro da sua altura, nanico! – Fiz graça, bagunçando o cabelo dele e me sentando ao seu lado no sofá, só agora começando a recolher meus pertences.
- Eu sou mais alto que você, ok? – Ele respondeu fingindo estar ofendido, me abraçando em seguida. Pude ver pelo canto do olho ele gesticulando para Tom “mas, sério, assustadora” e dei um tapa em seu braço, ação invalidada pelo fato de que eu já estava completamente derretida em seu abraço.

On

Entrei no chuveiro e deixei que a água quente me acalmasse. Fechei meus olhos e tentei colocar tanto meus pensamentos como meus sentimentos em ordem. E eram tantos: Raiva, tristeza, alívio, dor, magoa, decepção...
Ainda não tinha entrado em acordo comigo mesma. Eu queria espancar o Harry por tudo o que ele havia me dito e ao mesmo tempo queria que ele me perdoasse e entendesse que nada daquilo era um plano. Que só havia acontecido. Levei minha mão até meu ventre e sorri olhando para o pequeno volume (quase invisível, eu sei). Eu precisava ser forte por aquela pequena vida. Desliguei o chuveiro e me enrolei de qualquer jeito com a toalha, parei em frente ao espelho e puxei outra toalha do armário com a qual comecei a retirar o excesso de agua dos cabelos. – Você está péssima . – Disse a mim mesma enquanto me olhava no espelho. Deixei a toalha de qualquer jeito sobre a pia e sai do banheiro. Já no quarto peguei o pijama mais fofo e quente e vesti. Precisava me sentir confortável de algum jeito. Outra coisa da qual eu precisava era de uma barra de Alpino e hoje nem a me impediria de comer uma. Desci as escadas sem pressa e para minha surpresa encontrei todos quietos, pensando. Era estranho ver Dougie e Tom tão quietos. Lancei um sorriso forçado para os três e caminhei até a cozinha. Depois de achar minha barra de chocolate favorita me sentei sobre o balcão da cozinha e dei a primeira mordida. Deus, como isso é reconfortante.

Harry On

Entrei na primeira a direita fazendo o caminho de volta até a casa da . Danny me olhou confuso, mas acabou não dizendo nada. O que de certa forma foi melhor. “Pai... eu vou ser pai...” Esse pensamento não saia da minha cabeça de jeito nenhum. Parei o carro em um sinal vermelho e encostei minha cabeça no vidro, fechando os olhos por alguns instantes e vi um bebê sorrindo. Era o mesmo sorrido bobo que a tinha quando algo a agradava. Acordei dos meus pensamentos ao sentir um tapa em meu ombro. Acelerei mais uma vez o carro, sem comentar o que se passava em minha cabeça. Na verdade, tudo era uma grande confusão dentro de mim. Por mais puto e chateado que eu estivesse com a , eu realmente a amava e isso mudava um pouco as coisas. E o que mais pesava era que agora eu sabia que teria um filho. Cara, eu vou ser PAI!
Em pouco tempo estava estacionando o carro em frente à casa da . Danny saiu do carro na minha frente e foi logo abrindo a porta. Entrei logo atrás dele e, assim que entrei na sala, vi Dougie se levantar e me puxar para fora da casa. Assim que chegamos ao quintal me encostei a uma das paredes e esperei ele me falar o que queria.
- Olha, dude, eu sei que ficou nervoso com a notícia, e sei que a não deu a notícia do jeito mais adequado, mas presta atenção. Acha mesmo que ela inventaria tudo isso? – Cruzei meus braços ouvindo tudo o que ele tinha a dizer, não ia discutir com mais ninguém. Mas que inferno! Eu só queria ir para o Hotel e colocar minha cabeça no lugar. – Acha que ela esconderia por tanto tempo se fosse um golpe? Acorda Harry, ela está assustada e com medo. Essa gravidez também a pegou de surpresa. Cara, a Alexandra nem sabia o que era McFly. Como ela iria saber que você era o baterista da banda? – Baixei minha cabeça olhando para meus pés enquanto pensava no que tinha ouvido. – Judd, presta atenção, você vai ser pai de um bebê lindo, pequeno e desprotegido. Ele vai precisar do pai. Então para de frescura e vai lá dentro se desculpar com a sua namorada. Ela realmente ficou magoada com tudo o que você disse.
- Pensa que é assim, Poynter? Ela chega, fala que está gravida e eu dou pulinhos de alegria? Ela devia ter me contado isso antes. Eu não vou abandonar o meu filho. Me dei conta que a culpa é tanto minha como dela, mas como posso ter certeza que nada disse foi um plano?
- Larga de ser idiota. Você sabe que não foi golpe nenhum. – Dougie disse depois de me dar um tapa no ombro. – Você só está com medo do tamanho da responsabilidade. Harry, todo mundo aqui vai apoiar a . Pelo menos eu e o Fletcher vamos. Acreditamos nela. – Fiquei mais um tempo quieto, de alguma forma o que Dougie falava tinha sentido. Soltei um suspiro e olhei meu amigo que ainda me encarava esperando uma resposta para tudo o que havia dito.
- Fiz merda, não foi? Chamando-a de vadia e dizendo que ela fez tudo de propósito? – Dougie deu um tapa no próprio rosto e me olhou segurando um riso de preocupação. Sim, esse gay ri quando fica muito preocupado.
- Você chamou a de vadia? – Assenti e ele me pegou pelo ombro. – Faz um favor a você mesmo: entra lá, se desculpa e desfaz a merda. Pede perdão se for necessário. E se prepara, a diz que mulheres gravidas tem tendência à violência quando provocadas. – Entrei sem dizer mais nada, os outros que estavam conversando entre si apontaram para a porta. Sem dizer nada caminhei em silêncio até a cozinha e encontrei a de costas para a porta, sentada sobre o balcão, ela conversava com a barriga enquanto comia uma barra de chocolate. Encostei-me a porta por alguns minutos ouvindo o que ela dizia.
- Hey, você ai dentro, perdoa sua mãe? Ela fez tudo errado, como sempre. Devia ter ouvido sua madrinha e ter contado tudo desde o início, mas o medo da reação que seu pai poderia ter, não deixou. Na verdade, a reação dele foi bem pior do que eu esperava. Poxa pequeno, eu só queria que ele fosse presente na sua vida, eu nem ao menos quero o dinheiro dele, posso muito bem te criar com o que eu ganho com os livros. Não é muito, eu sei. Mas eu posso começar a dar aulas de português e inglês e assim posso te criar com um pouquinho de esforço. O que acha? Vai dar certo. E se um dia me perguntar dele eu vou contar toda a verdade, não vou mentir nunca mais sobre isso. Claro que de uma forma mais amena, né? – Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e o chocolate no balcão. Eu já havia ouvido tudo o que eu precisava, e realmente me sentia um lixo por não ter acreditado nela. Como se minhas pernas tivessem vida própria, caminhei sem pressa até a e me sentei no balcão ao lado dela. Senti o quão nervosa ela ficou só com a aproximação e coloquei minha mão sobre a dela em um pedido silencioso para que ela ficasse. Ela me olhou confusa e com medo. Por Deus, eu não queria que ela sentisse medo de mim. – Voltou para me ofender mais um pouco, Harry? – Neguei com um aceno e baixei minha cabeça procurando as palavras certas para falar.
- Então foi tudo realmente um acidente? Digo, você realmente não sabia quem eu era? – Cada frase que saia da minha boca soava mais e mais idiota. Ela me olhou mais confusa do que nunca e assentiu.
- Acha mesmo que preciso me rebaixar ao ponto de ficar grávida de alguém para subir na vida? Desculpa, Harry, mas eu não sou e nunca vou ser esse tipo de mulher. Eu tenho como me manter. Nunca passou pela minha cabeça pegar o seu dinheiro para criar nosso filho. Eu só corri atrás de você porque a me convenceu que a responsabilidade era dos dois. E que esse bebê merecia ter os dois pais. Eu e você. – Ela se virou e percebi que seus olhos estavam vermelhos, senti uma vontade imensa de abraçá-la, mas me segurei. Eu era o culpado por tudo o que ela sentia e sabia que ela me afastaria na primeira investida. – Olha, eu não sei o que te falaram, eu não sei o que o Fletch te disse, mas uma coisa eu posso te garantir: ele não me conhece. Harry, eu não sei se você se lembra, mas foi você quem deu a primeira investida aquela noite em Londres e foi você que me beijou quando chegou aqui. Se isso realmente fosse um golpe eu teria ido atrás de você muito antes, não acha? E outra, se realmente fosse um golpe, eu não teria tentado fazer dar certo, eu nem ao menos estaria perdendo tempo tendo essa conversa com você.
- , me desculpa, eu fiquei em choque. Eu nem ao menos sabia o que pensar, eu...
- Te desculpar? Te desculpar pelo o que, Judd? Por não confiar em mim, mesmo depois de me pedir em namoro? Por achar que tudo isso não passava de um golpe? Por me dizer coisas que eu nunca mereci ouvir? Ou por dizer que sou uma vadia que só penso no tamanho da sua conta bancária? Pode decidir ai... Quer que eu desculpe pelo que? – Acho mesmo que mereço um soco na boca do estomago. Mas o jeito como a falava comigo era muito pior do que o soco poderia ser. Ela se levantou e pegou a barra de chocolate dela e se virou caminhando até a geladeira. – Olha Judd, não iria dar certo mesmo. Você mora na Inglaterra e eu aqui no Brasil. Eu vou ter o bebê, vou criar ele sem o seu dinheiro, quando vier ao Brasil e quiser ver ele, ou ela, eu não sei ainda, fique a vontade, não vou ser eu que vou separar um pai do filho. Cresci sem o meu e sei como faz falta. – Ela guardou a barra de chocolate na geladeira e me olhou com um misto de tristeza e decepção. – Eu só queria que confiasse em mim. E você não confiou, Judd. – Ela disse em uma voz fraca e saiu da cozinha o mais rápido que conseguiu. Pensei em ir atrás dela e mais uma vez tentar arrumar tudo. Mas o jeito que ela havia me olhado, me impedia de tentar novamente. Como eu pude ser tão idiota ao ponto de deixar o que o Fletch disse me amedrontar? Harry Judd, você é um idiota.

[...]

Capítulo betado por Sarah Ávila


12 – The End


Acordei mais uma vez durante a noite sentindo falta dele ao meu lado, já havia se passado uma semana desde a nossa última conversa. Eles já haviam se apresentado e logo deveriam voltar à terra da Rainha. Chutei os lençóis contra a minha vontade e me levantei, caminhei até a cozinha e preparei um copo de leite com canela morno, talvez ele trouxesse meu sono de volta. Encontrei meu celular em cima do armário e o peguei para ver as horas, havia uma mensagem não lida. Do Danny.
Não vou dizer que não estranhei aquela mensagem. De todos os meninos, o único que ainda não acreditava 100% em mim era ele. Por fim dei os ombros e acabei abrindo a mensagem, sem saber que me arrependeria logo em seguida.

“Sei que não iria nem ao menos ler essa mensagem, se a mandasse do meu número.
Então não mate o Danny por me emprestar o celular dele.
Pequena, não quero ir embora sabendo que espera um filho meu e que no mínimo me odeia.
Sei que fui um idiota contigo, errei em te julgar e em dizer tudo o que eu disse.
Mas, vi meu erro e me arrependo. Podemos conversar?
Bom, se a resposta for sim, eu embarco amanha às 10 para Londres.
Beijos, Harry.

Li a mensagem algumas vezes e joguei o celular de qualquer jeito em cima da mesa, me sentando logo em seguida na cadeira mais próxima. Bebi um pequeno gole da minha bebida e fechei os olhos tentando esquecer tudo só por um instante. De certo modo o gosto adocicado da bebida me acalmava. Levei minha mão até minha barriga e a acariciei de leve, já haviam se passado onze semanas de gestação e um pequeno volume já denunciava a pequena vida que crescia ali. Eu realmente não tinha ideia do que fazer, estava confusa, com medo e pela primeira vez na vida sabia que ninguém poderia me ajudar a tomar essa decisão. Uma voz dentro de mim dizia: “esqueça o que aconteceu e corra até ele”. Por outro lado também havia outra voz que dizia, sabe que isso nunca daria certo, então por que correr atrás de mais problemas? Você pode criar seu filho sozinha. Já sem paciência e sabendo que não conseguiria dormir me levantei indo até a sala, no meio do caminho peguei meu notebook e me sentei o mais confortável possível no sofá, assim que me conectei a internet, abri minha caixa de e-mails e me deparei com dezenas de e-mails da minha editora. – Merda. – Resmunguei baixinho enquanto começava a ler cada uma das mensagens, como sempre me cobravam o novo livro, eu não sabia nem como resolver minha vida, como ia pensar em uma história nova? Abri minha pasta onde deixava alguns arquivos perdidos que às vezes escrevia do nada e comecei a lê-los tentando encontrar algo que pudesse render uma nova história. Quem sabe assim eu conseguia ocupar minha cabeça com algo que não fosse Harry Judd.

xXx

Abri a porta de casa e encontrei uma de olhos inchados e nariz vermelho, ela nem ao menos me deu a chance de falar alguma coisa, entrou em casa e se jogou no sofá fungando baixinho.
- Ele foi embora, eu sei que ele vai me ligar e que vamos nos ver logo... Mas eu realmente queria que ele não fosse embora, mesmo que isso seja igual milhares fãs de McFly querendo minha morte. – Ela disse em meio a um suspiro enquanto fechava os olhos e encostava a cabeça no encosto do sofá. Dei um tapinha em seu ombro e ela levantou a cabeça para que eu pudesse me sentar e logo em seguida deitou a cabeça em meu colo. Encostei minha cabeça no encosto do sofá e fechei meus olhos, sentindo um vazio imenso dentro de mim. Ele havia ido embora e eu nem ao menos tive coragem de ir até ele me despedir. Senti uma lágrima escapar e rolar pelo meu rosto. E só então me dei conta de como aquele orgulho não me levaria a lugar nenhum. – Ele disse que assim que eles terminarem de gravar o novo CD, ele volta para ficar mais um pouquinho aqui comigo. Ah e eles me fizeram prometer que vamos mantê-los informados do bebê. – Suspirei sem saber o que fazer e liguei meu celular abrindo a mensagem que Harry havia me mandado na noite anterior, li a mensagem mais algumas vezes e baixei o celular de forma que ela pudesse ler. Ela sorriu sem graça e pegou meu celular o colocando sobre a mesa, depois me olhou enquanto eu mexia em seus cabelos. - , ele ficou te esperando o tempo todo, ele mal parava de olhar para a porta com a esperança que você fosse aparecer, pelo menos para se despedir dos meninos. E bom, eu conversei com o Dougie e ele disse que nunca viu o Harry tão mal, que ele chorou um bom tempo depois da última conversa que vocês tiveram. – Levantei minha cabeça, olhando para o teto, tentando evitar que qualquer lágrima fujona escapasse. – Ele realmente se arrependeu, . E eu não sei por que infernos você não foi naquela merda de aeroporto? Sei que você o ama e acho que tudo isso é só orgulho.
Orgulho, essa era a palavra chave. Por orgulho eu não havia ido atrás dele, ainda não havíamos feito as pazes. Meu Deus, esse mesmo orgulho me corroía por dentro e só me fazia mal. Eu precisava deixar esse orgulho de lado e ir atrás dele. Olhei para a que mexia no próprio celular, desde que eu havia parado de respondê-la para viajar em meus próprios pensamentos, levantei sua cabeça com cuidado e me levantei logo em seguida.
Eu havia tomado a decisão certa. Talvez um tanto quanto atrasada, mas ainda assim era a decisão certa. Eu não sei exatamente o que me fez tomar essa decisão, acho que na verdade foi uma junção de tudo, medo de não vê-lo nunca mais, saudades, os hormônios da gravidez e o fato da me contar o quão mal ele estava no aeroporto. Subi as escadas o mais rápido que podia com a ao meu enlaço, ela ainda não havia entendido o que estava acontecendo. Abri meu guarda roupa e puxei minhas duas malas as deixando logo em seguida abertas em cima da cama. Ok, roupas de frio, lá deve estar realmente frio. Peguei alguns casacos e algumas blusas de lã mais finas e as coloquei na primeira mala, logo em seguida joguei meu sobretudo ao lado da mala, levaria ele junto comigo dentro do avião, joguei algumas calças e algumas meias de lã dentro da mala, e abri minha gaveta de lingeries e peguei alguns conjuntinhos. ainda me olhava confusa, enquanto eu arrumava minhas malas as pressas. Abri a segunda mala e joguei algumas camisetas básicas, dois pijamas e mais algumas bugigangas que eu tinha certeza que seriam úteis. Por fim corri até minha cômoda e abri a primeira gaveta tirando de lá meu passaporte e alguns euros que ainda tinha guardado.
- Ok, eu realmente to confusa. Aonde você pensa que vai? – ela perguntou, enquanto eu terminava de arrumar minha bolsa.
- Eu não penso, eu vou. Estou indo para Londres me resolver com o Harry, eu deveria ter feito isso mais cedo, mas o orgulho não me deixou ir até aquela merda de aeroporto. – Disse, fechando minha bolsa e olhei em volta tendo a certeza que não havia esquecido nada. Dei um pulo me lembrando da minha escova de dentes e corri até o banheiro, juntando mais algumas coisas na minha nécessaire.
- Cacete, , tá louca? Vai viajar assim, do nada? Você tá gravida, não pode ficar viajando quando tem vontade. – Ela me seguia pelo quarto e pela primeira vez na vida eu nem ao menos dava ouvidos ao que ela dizia. Sabia que ela só estava tentando cuidar de mim, porém eu realmente precisava embarcar no primeiro avião com destino a Londres.
- Não, eu não estou louca. E sim eu vou viajar do nada. E você como uma ótima madrinha, que quer ver a felicidade do seu afilhado e dos pais dele, vai me levar ao aeroporto agora. – Ela me olhou um tanto surpresa e começou a mexer nas minhas malas. Logo em seguida abriu meu guarda roupa e enfiou mais algumas coisas lá dentro.
- Sério, você e esses hormônios ainda vão me enlouquecer. Tenho pena do Judd. – Ela disse me ajudando a terminar as malas.

xXx

Desembarquei em Londres por volta das quatro horas da manhã, eu precisava chegar o mais rápido possível na casa de Harry, só tinha um problema eu nem ao menos sabia como chegar a casa dele. Peguei meu celular e disquei o número da casa do Dougie, ele com toda a certeza saberia me ajudar. Precisei ligar umas três vezes até ele atender.
- Alô... – Sorri com pena ao ouvir a voz de sono do outro lado da linha. E me xinguei mentalmente por não ter ido até qualquer hotel ao invés de incomodar meus amigos.
- Dougie? Sou eu a . Desculpa ligar essa hora, sei que é muito cedo, mas eu realmente preciso da sua ajuda. – Disse sem jeito, enquanto parava com minhas duas malas perto de uma das saídas do aeroporto.
- ? Aconteceu alguma coisa? O bebê tá bem? Você disse que precisa de ajuda, o que houve? – Dougie parecia realmente preocupado o que me fez sorrir, eu realmente havia encontrado grandes amigos.
- Olha, nanico, o bebê está ótimo, porém realmente aconteceu uma coisa, mas eu posso te explicar isso depois? Está realmente frio aqui em Londres e o aeroporto não é um lugar muito confortável. Será que pode me buscar?
- , qual o seu problema? Como você vem para a Inglaterra e não avisa ninguém? - Dougie parecia realmente preocupado comigo. – Vou me arrumar de qualquer jeito e em meia hora estou ai... Não saia com ninguém, não converse com ninguém... E tome algo quente...
- Obrigada, papai, e não se preocupe, sei me comportar. – Disse sorrindo e logo em seguida me lembrei que ele poderia contar aos outros. – Ah Dougie, não conte a ninguém por enquanto...
- Ok, eu não vou contar, mas vai me explicar tudo direitinho. Até daqui a pouco.

Assim que ele desligou o telefone, me encaminhei até uma pequena cafeteria e pedi um chocolate quente, pouco tempo depois estava sentada tomando minha bebida, enquanto jogava qualquer coisa no celular. Eu ainda não sabia como seria meu encontro com o Harry, mas rezava para que tudo corresse bem. Olhei para os salgados que estavam expostos e pedi um croissant de quatro queijos, ele realmente parecia delicioso e só de sentir seu cheiro minha boca se enchia de água. Assim que terminei de comer meu salgado meu telefone vibrou, o peguei sem jeito, pois minhas mãos ainda estavam sujas e o atendi.
- Sai do aeroporto e me encontra em frente a porta principal, não posso descer, tem fotógrafos aqui. Meu carro é o único vermelho aqui fora.
- Dois minutos e já chego ai. – Bloqueei o celular e o enfiei no bolso do sobretudo, peguei minhas malas e caminhei de forma rápida ate onde havíamos combinado. Logo vi o carro de Dougie e me aproximei dando um toquinho na janela, ele sorriu e abriu as travas de forma que pudesse jogar as malas no banco traseiro, entrei no carro e lhe dei um beijo rápido do rosto, mais uma vez quis me matar, Dougie ainda estava com uma carinha de sono e sua voz ainda estava rouca, sem contar que algo me dizia que o real motivo por ele não sair do carro era suas calças do pijama. – Obrigada por me buscar e desculpe por te acordar tão cedo eu juro que te explico tudo. Mas resumindo, eu vim me resolver com o Harry, assim que sua namorada chegou chorando lá em casa, dizendo que vocês já estavam dentro de um avião a caminho de Londres, eu vi que precisava conversar com ele e me acertar.
- Sério que você esperou ele embarcar para saber que não vive sem ele? Eu já sabia disso desde a primeira vez que vi os dois juntos. Era tudo muito natural entre vocês dois. – Ele disse, enquanto dirigia até a casa dele. Relaxei meu corpo no banco do carro e olhei pela janela, Londres era realmente linda a qualquer hora do dia. – Ele viajou para a casa dos pais assim que chegou aqui, mas deve voltar depois de amanhã. – Soltei um suspiro, chateada, queria encontrar Harry o quanto antes. Dougie pareceu ler meus pensamentos e me olhou com um sorriso calmo assim que estacionou o carro dentro da garagem. – Podemos dar um pulo lá se isso for te acalmar. Acho que são só duas horas de viagem.
- Dougie, eu realmente não quero te atrapalhar mais. Eu já te acordei às quatro da manhã na sua folga, isso seria pedir demais. – Disse sorrindo enquanto pousava minha mão sobre a minha barriga. Ele rolou os olhos e abriu a porta do carro saindo logo em seguida, balancei minha cabeça rindo baixo com o jeito de Dougie, ele e realmente combinavam. Desci do carro e encontrei Dougie já parado em frente à porta de sua casa com minhas duas malas ao seu lado, enfiei minhas duas mãos nos bolsos do sobretudo e corri até seu lado.
- Acha que realmente me ofereceria se fosse me atrapalhar em alguma coisa? - Dei os ombros em resposta a sua perguntei e entrei em sua casa o seguindo, Dougie deixou minhas malas ao lado da escada e me olhou de um jeito calmo. – Vou colocar suas malas no quarto de hóspedes e já volto para conversarmos um pouco.
- Dougie, eu posso ir para um hotel assim que clarear direito...
- Sem chances, docinho, você fica na minha casa, já divido meu homem com você mesmo, o que é dividir uma casa? – Não pude deixar de rir da cena que Dougie fazia, ele estava com as mãos na cintura e me olhava com uma das sobrancelhas erguidas. – Agora falando serio, você fica aqui , o Judd me mata se souber que te deixei em um hotel sem nenhum auxilio, sem contar que é minha amiga e que o bebê ai dentro é meu afilhado.
- Ok, eu já entendi, sobe com as malas e eu te espero na cozinha. – Disse apontando para a cozinha que estava atrás de mim. Antes de me virar e seguir até a cozinha, vi Dougie dar um sorriso satisfeito e subir as escadas de forma rápida. Ok, acho que é só para mim que as malas pesam. Entrei na cozinha e tirei meu sobretudo, o colocando sobre o balcão, a casa de Dougie era realmente arrumada, o que me surpreendia, já que ele era um garoto que morava sozinho. Me sentei em frente ao balcão e abri um pote de cookies que estava dando sopa por ali, não demorou muito e Dougie se sentou ao meu lado pegando um cookie para ele também.
- Já tem ideia do que vai falar para o Harry? – Balancei a cabeça em um sinal negativo e enfiei mais um cookie em minha boca o que o fez rir, dei um soco de leve em seu ombro engoli o que havia em minha boca, dando um suspiro.
- Que nós dois erramos, que me arrependo de não ter contado da gravidez desde o inicio e que quero recomeçar? – Disse olhando para minhas mãos ainda insegura sobre o que falar com Harry. – Acho que na hora certa eu vou saber o que falar, Dougie, não é algo que eu possa ensaiar, sabe? – Dougie assentiu com um aceno e se levantou indo até a geladeira, de lá ele tirou uma caixa de leite e encheu dois copos me entregando um.
- Bom só tem um jeito de descobrir se vai mesmo saber o que dizer na hora certa. – Terminei de tomar o leite e o olhei confusa, esperando que dissesse logo o seu plano infalível. – Vamos agora para a casa dos pais do Harry. Vocês dois conversam, se acertam e podemos todos ser felizes na Inglaterra. Claro que isso inclui minha namorada que está no Brasil e que você vai me ajudar a convencer a vir morar aqui.
- Não tem o que convencer Dougie, liga e chama. Vai por mim em menos de 24 horas a tá pulando no seu pescoço te enchendo de beijos. – Disse me lembrando de como ela estava depois de 1 hora sem o namorado. Ele pareceu gostar de ideia, pois seu sorriso era do tamanho do mundo e um tanto idiota. Me levantei e deixei meu copo dentro da pia antes de abraçar meu amigo de lado e o levar até a porta da cozinha. – Eu vou subir para me arrumar e você vai me levar para passear por Londres, enquanto isso eu decido o que realmente vou fazer da minha vida. E se tudo der certo, amanhã vamos para a casa dos pais do Harry. OK? – Dei um beijo no rosto de Dougie e subi as escadas sem esperar sua resposta. Eu já sabia o que fazer e se tudo desse certo Harry teria duas grandes surpresas e não apenas uma.

xXx

- Você vai ficar bem sozinha? – Dougie me perguntava pela milésima vez, ele estava parado na porta do quarto que eu ocupava, sem me dar ao trabalho de levantar da cama, assenti e olhei para minha pequena barriga. – , se você passar mal e estiver sozinha o Judd me mata.
- Em primeiro lugar, não estou sozinha, eu tenho companhia. – Disse apontando para minha barriga, enquanto mantinha um sorriso calmo no rosto. – Em segundo lugar, se você não for nesse passeio com eles, o Jones vem atrás de você e de brinde deve trazer o Fletcher. E você sabe que não quero ver os meninos antes de acertar tudo com o Judd. – Me sentei e o olhei sorrindo. – Vai curtir sua noite, Dougie, eu tenho seu telefone e prometo que se acontecer qualquer coisa, por mais boba que seja, eu te ligo. – Poynter pareceu confuso sobre o que fazer, ele realmente era um bom amigo e se preocupava com tudo o que poderia acontecer. Por fim ele colocou sua carteira em seu bolso e caminhou até a cama, beijou minha cabeça e passou a mão em minha barriga se despedindo. Olhei mais uma vez para minha barriga e sorri conversando com a mesma. – Acho que podemos fazer uma boquinha, ao mesmo tempo em que tentamos falar com sua madrinha. O que acha? – Me levantei e caminhei até a cozinha enquanto abria o notebook e o ligava o deixando na mesa logo em seguida. Abri a geladeira e peguei uma lata de coca-cola e um potinho de cheddar. Enquanto o cheddar esquentava no microondas, abri o armário atrás do Doritos que havia pedido para Dougie comprar mais cedo. A parte positiva de viajar sem a é comer o que der vontade, sem ter que dividir com ela. Depois de tudo pronto me sentei em frente ao computador e ri do desespero da minha amiga.
says: Sua maldita! Pode me explicar por que não recebi nenhuma ligação sua? Porque chegar do nada na minha casa e me jogar a bomba que esta grávida você sabe. Mas não sabe pegar a merda do telefone e falar, “, eu estou viva e seu afilhado está ótimo”. , você tem muita sorte que não posso quebrar sua cara. Mas pode ter certeza que depois que esse menino nascer, eu te mato.
says: , me responde, sua vaca.
Says: Eu também te amo, . Mas antes que me xingue estou muito bem e o bebê idem, pare de chamá-lo de menino, você não sabe, vai que é uma menina.
Says: Eu não quero saber se você me ama, deveria ter me ligado e avisado que tudo estava bem.
Says: O importante é que estou bem.
Says: Já encontrou o Harry ou eu vou ter que ir ao resolver tudo?
Says: Acho que só quer vir aqui para ver um certo baixinho. Mas tudo bem, eu vou fingir que acredito na sua vontade de resolver minhas coisas com o Judd. Ainda não o vi, ele foi passar esses dois dias com seus pais. Aproveitei para passear por Londres e fazer um ultrassom e um exame de sangue, eu já sei o sexo do bebê. – enquanto eu digitava minha mensagem para a ouvi o telefone de Dougie tocando na sala. Eu não podia atender, então continuei digitando minha mensagem. A pessoa que deixasse mensagem na secretaria eletrônica. – Mas nem adianta que não vou te contar, porque o primeiro a saber vai ser o Judd...
- Hey, Dougie, você deve ter saído com os caras, ou tá jogado pela casa dormindo. Eu nem sei o porque estou te ligando a essa hora. Dude, eu sinto a falta dela. Estou quase chutando tudo e pegando o primeiro voo para o Brasil, eu preciso provar que estou aqui por ela e pelo bebe, não tem sentido a criar essa criança sozinha. – Levei a mão a boca me segurando para não chorar. Malditos hormônios. Levantei-me e caminhei lentamente até a sala me sentando em frente ao telefone. – Eu contei para meus pais sobre ela e o bebê, preciso dizer como a nova vovó ficou? Ela quase me espancou quando contei tudo o que falei para a . Mas com aquele coração de ouro me aguentou chorando quando disse o quanto me arrependia... Eu fui um grande idiota em dizer todas aquelas bobagens para ela, bobagens não, disse coisas sérias e vou me arrepender de tudo isso para sempre. Eu sou um imbecil e por isso perdi a mulher que eu amo. Cara, eu não sei o que fazer... Se souber de alguma novidade dela me liga, ou melhor liga pra ela, vê como nosso bebê tá... Olha isso estou parecendo um retardado falando sozinho, bom era isso eu precisava desabafar um pouco... Se eu não me acalmar vou para o Brasil atrás dela... Qualquer coisa avisa os caras... Tchau, Poynter. – Já estava chorando quando Harry desligou o telefone, a que me desculpasse mais eu não tinha tempo de avisar nada para ela. Voltei correndo para meu quarto e abri minha bolsa jogando uma muda de roupas e alguns objetos de uso pessoal. Eu iria agora mesmo para a casa de seus pais. Voltei para o telefone e abri a agenda que ficava ao lado, não demorei para encontrar o numero do telefone de algum integrante da família Judd. Disquei o numero de forma rápida e levei ao ouvido esperando impacientemente que atendessem. Olhei para o relógio e mordi o lábio me sentindo culpada, os ponteiros marcavam meia noite e quarenta minutos.
- Alô, Dougie? – Ouvi a voz de uma sonolenta garota do outro lado da linha e respirei fundo tomando coragem para falar.
- Katherine? – Perguntei ainda cheia de receio, ótima maneira de conhecer minha cunhada.
- Isso, mas quem está falando, esse número não é da casa do Poynter?
- Boa Noite, Katherine, me desculpe ligar essa hora, mas eu preciso de ajuda e o Dougie está com os meninos. Meu nome é , sou a namorada do seu irmão e bem, talvez você já saiba de toda a história, então vou pular para a parte importante, estou em Londres e o Harry não sabe, por um acaso eu ouvi um desabafo dele na secretaria eletrônica do Dougie e estou entrando em surto, eu preciso ver ele, mas eu não quero ligar para ele. Será que pode me ajudar?
- Olha, eu sei sim quem é você, o Harry me disse muito de você antes de ir para o Brasil, fiquei sabendo que ele está na casa dos meus pais. Aconteceu alguma coisa, ? E como assim você está em Londres? – Ela parecia realmente confusa.
- Okay, você não sabe de toda a história, eu prometo te contar tudo, mas tem como me passar o endereço da casa dos seus pais?
- , você não conhece nada aqui na Inglaterra, me dá meia hora que vou tomar um banho e te encontro ai, eu não sei o que está acontecendo, mas vou te ajudar porque meu irmão ama muito você.
- Obrigada, Katherine, por favor, não conte a ninguém que está me levando lá, quero fazer uma surpresa ao Judd.
- Tudo bem, vou desligar, daqui a pouco chego ai. – Assim que desligamos o telefone voltei ate a cozinha e peguei minha garrafinha de refrigerante. Abaixei-me em frente ao computador e digitei rapidamente. “Vou ter que sair, logo conversamos, me deseje sorte.” Guardei o restante da comida e voltei para sala, onde esperei os trinta e seis minutos mais longos da minha vida. Levantei-me assim que ouvi a buzina em frente a casa. Katherine abriu a porta a acenou de dentro do carro, entrei no mesmo e a olhei com certo nervosismo. – Finalmente conheci minha cunhada.
- Na verdade ex-cunhada, mas espero que depois de hoje eu volte a ser sua cunhada. – Contei toda a história para ela, desde nosso encontro no pub até minha ideia repentina de vir para Londres, Katherine soltou alguns resmungos quando contei de nossa briga e até mesmo deu um tapa no volante, dizendo que iria espancar seu irmão quando o encontrasse. Rimos um pouco no caminho até a casa da família Judd, por sorte e também pelo horário demoramos cerca de uma hora e meia. Assim que ela estacionou o carro, respirei fundo tentando manter a calma. Desci do carro e parei em frente à porta. Kath pegou sua chave abriu a porta antes de me olhar preocupada.
- Eu vou entrar e ver onde o Harry está, depois eu volto e te busco, você fica aqui no hall, okay? – Assenti sem graça e apertei o envelope em minhas mãos. Eu ainda sentia a sensação de um vazio muito grande dentro de mim e de certa forma eu sabia que só ele poderia ocupar esse vazio. Minhas mãos suavam, meu coração batia acelerado, tudo que já havia ensaiado mentalmente, simplesmente desapareceu. Eu estava ferrada. – Okay, o Harry está dormindo, assim como a mamãe e o papai também, então você decide o que fazer. Quer subir e conversar com ele? Ou quer que eu o acorde e o chame aqui?
- Acho melhor subir, mas eu não sei qual é o quarto dele.
- Vem comigo. – Subimos as escadas com calma, Katherine parou em frente a uma das portas e a abriu com cuidado. – Eu só venho até aqui, espero que vocês três fiquem bem, qualquer coisa é só dar um grito, meu quarto é esse aqui. – Ela apontou para uma das portas. – Boa sorte, . – Sorri em agradecimento e entrei no quarto com cuidado para que Harry não acordasse, ele estava deitado de bruços sem camisa, seu semblante era preocupado, o que me fez soltar um suspiro. Sentei-me com calma ao seu lado na cama e passei a mão por seus cabelos, no mesmo instante vi seu semblante mudar, se tornando mais leve. Curvei meu corpo e lhe beijei a face com carinho. Meu Deus, como pude pensar em viver sem aquele cara? Olhei mais uma vez para o envelope em minha mão e então tomei coragem para acordar Harry.
- Judd, acorde... – Harry se remexeu na cama e logo em seguida se acomodou novamente, levei minha mão até seu ombro e o balancei com um pouco mais de força. – Harry, por favor, acorde. – Ele se remexeu na cama e abriu seus olhos, assim que me viu ao seu lado, Harry se sentou na cama me olhando de forma confusa. – Hey, sou tão feia assim?
- , como chegou até aqui? O que você está fazendo aqui? Você não pode ficar viajando a toa, o bebê está bem? – Ele me olhava preocupado e ao mesmo tentava se decidir se tocava ou não em mim. – Isso é um sonho?
- Calma, são muitas perguntas ao mesmo tempo. – Ri nervosa e segurei uma de suas mãos. – Eu prometo te explicar tudo depois, agora precisamos conversar sobre nós. – Antes que ele pudesse falar alguma coisa, respirei fundo e voltei a falar. – Judd, eu cai em mim assim que a chegou chorando em casa. Nós dois erramos, eu por não te contar tudo logo no inicio e você por dizer todas aquelas coisas. Você me magoou, Harry. Mas eu também feri a sua confiança. Olha, eu tinha milhões de coisas para te dizer, na verdade passei o dia pensando nisso. Mas agora nada vem a minha mente. Então, vou ser sincera e dizer o que estou sentindo. Eu te amo Harry Mark Christopher Judd e não me vejo criando nossa filha sem você. Hoje quando você ligou para o Dougie e disse tudo aquilo para a secretaria eletrônica, eu percebi o quão idiota eu fui de não aparecer naquele aeroporto. E... – Antes que pudesse terminar minha frase Harry selou nossos lábios em um beijo cheio de saudades e carinho, o abracei o trazendo para mais perto de mim e sorri entre o beijo ao sentir seus braços em minha cintura, algo me dizia que nossa pequena também estava feliz com tudo aquilo. Nosso beijo foi rápido, mas repleto de carinho, enterrei meu rosto na curva de seu pescoço e respirei fundo. Harry se afastou e segurou meu rosto com carinho me olhando.
- Me desculpe, se soubesse o quanto me arrependo de tudo o que eu disse. Eu fui um idiota, , você é a única mulher que pode abalar minhas estruturas e por medo, sim por que eu morri de medo quando soube que ia ser pai. Eu me protegi te atacando. E isso foi imperdoável...
- Shiii... Esquece isso, vamos esquecer todo o que já aconteceu de errado, vamos só pensar em tudo o que temos pela frente. – me ajeitei na cama e encostei minha cabeça em seu peito, Harry me abraçou e se deitou me levando junto com ele. – Eu tenho novidades... – Passamos a noite conversando, Harry surtou feito uma criança ao saber que seria o pai de uma menina, ele viajava falando de como seria com ela, contou que ela teria o pai e mais três tios em seu pé e que seu futuro namorado teria que passar pela a provação de todos. Em contra partida eu disse que ela teria a mim e mais varias tias para ajuda-la com seus namoros. Nos divertimos, namoramos e passamos a noite inteira em claro. Quando era por volta das 8 da manhã ouvimos movimentos pela casa. Me sentei na cama prestando atenção e pude ouvir a voz da Sra. Judd.
- Chris, o carro da Kath está na garagem, como não a vimos chegando? – Sorri e mordi minha língua ao olhar para Harry.
- Ela me trouxe a noite passada. – Disse como se houvesse aprontado algo. – OMG! Judd, sua mãe não sabe que estou aqui, esse não é um bom jeito de conhecer minha sogra. – Judd me olhou sorrindo e me puxou mais uma vez para perto dele.
- Ela vai ficar feliz em te conhecer, ela quase me enfiou no primeiro avião para o Brasil. Disse que se o neto dela crescesse longe, ela me faria pagar muito caro por isso. Seu sogro também ficara feliz...
- Harry querido, sua... Me desculpe, não sabia que estava acompanhado... – Olhei para Emma e me levantei alisando o vestido, tentando ficar apresentável. Harry se levantou ao mesmo tempo e caminhou até sua mãe ficando ao seu lado.
- Mãe, acho que não vai mais precisar me matar. Essa é a e bom essa aqui. – Harry passou a mão em minha barriga de forma carinhosa – É nossa pequena. Ainda estamos pensando em um nome para ela...
- Querida, que bom que veio até aqui, já se resolveram? – Assenti sorrindo e pousei minha mão em cima da minha barriga. – Fico realmente feliz, não sabe como quis esfolar esse menino, por tudo o que ele lhe fez. Meu Deus, eu sou avó. – Sorri sem jeito pelo modo que me tratava e sentia que tudo ficaria bem. – Vocês dois devem estar com fome, desçam para tomar café, vou acordar sua irmã. – Ela saiu do quarto e logo em seguida Harry me abraçou dando um pequeno beijo em meu ombro. Estava feliz, mas do que isso. Estava completa. Minha nova vida estava apenas começando, mas eu sabia que tinha tudo que precisava para meu final feliz.
- Com fome?
- Morrendo, mas também estou morrendo de vergonha dos seus pais...
- Eles vão te adorar, você deu uma neta para eles...
- Em pensar que tudo isso aconteceu acidentalmente...


FIM


N/A: E agora eu choro como se não houvesse amanhã. Acidentalmente foi e vai continuar sendo o meu bebe. Tenho um amor muito grande por essa história. E olha que tudo isso começou com um sonho e uma conversa com a Dani.
Espero que todas tenham se divertido com a história, me diverti e sofri escrevendo a mesma. Peço desculpa por todas as vezes que sumi. Mas assim como prometi, não a abandonei. Na verdade isso nunca passou pela minha cabeça.
Preciso agradecer a cada uma das minhas leitoras. Cada comentário aqui e no twitter me devam forças para continuar a postar e com toda a certeza me animavam. Preciso agradecer algumas pessoas em especial.
Dani, que sempre me agüentou sofrendo bloqueios e que de algum jeito me ajudava a sair deles.
Gisele, que foi minha querida madrinha e nunca me deixou desistir, sempre me dando ótimos conselhos para os capítulos.
Daphne, que me agüentou surtar enquanto eu escrevia os dois últimos capítulos.
Thais, por betar a fanfic e ser uma boa beta!
@Thamireswag_, Obrigada por sempre me cobrar no twitter! Vocês não tem idéia de como é bom, saber que as pessoas gostam do que você escreve.
McFly... Por que sinceramente, mesmo depois de anos como fã, esses caras ainda tiram o meu ar.
Enfim, obrigada a todas que leram a história. Deixo aqui um super beijo... Ah e comentem o que acharam do final
Alle Judd

Qualquer erro nessa atualização é meu, só meu. Reclamações por e-mail.



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