A eternidade
Era dia 5 de dezembro. null estava de férias da redação, finalmente tinha conseguido um tempo a mais com null. null estava de férias da banda, da gravadora e da vida de famoso. null amava quando isso acontecia. Não que null implicasse com o emprego do marido, mas o assédio das fãs não era o que ela mais gostava no mundo. null não tinha mais
premieres, não tinha que ir fazer musicas na casa do null, não tinha que fazer clipes, gravar musicas, sair pra festas... Era
disso que null mais gostava.
Faltava um dia para o aniversário de 5 anos de namoro e 4 anos de casado dos dois. Seis de dezembro REALMENTE era um dia especial para os dois. null se lembrava perfeitamente de como null havia pedido sua mão.
Flashback
Era dia 6 de dezembro, havia um ano que eles começaram a namorar. null a levou para a praia, na hora que o sol se abaixava, e tocava o final do mar. Não tinha ninguém na faixa de areia que os dois estavam. Eles se abraçavam, observando o pôr-do-sol.
- null, eu tenho que te agradecer. – null disse. Os olhos azuis dele brilhavam com o sol, os fios de seu cabelo pareciam dourados com o reflexo alaranjado do céu, e null sabia que sua vida estava completa com null, era ele que faltava na vida dela por tanto tempo. – Tem um ano que eu passo com a mulher mais maravilhosa do mundo. Tudo que você faz é absolutamente incrível, e eu não quero que minha vida seja incompleta como era antes de te conhecer. Eu tenho certeza que eu quero passar o resto da minha vida com você. O resto da minha vida é pouco. Eu quero passar a eternidade com você. E é isso que eu te prometo. A eternidade.
null sorriu. Como ela poderia se sentir melhor? Sorriu e deixou escapar uma lágrima. Ela sentia do mesmo jeito por null. Não tinha como ter um ano melhor. null amava null com todas as forças e tinha certeza que queria morrer deitada nos braços dele.
- Quer se casar comigo? – Ele sorriu, e abraçou null mais forte.
null se virou, esqueceu do mar, esqueceu do pôr-do-sol, esqueceu da areia em seus pés, de qualquer outra pessoa que podia passar por lá e de qualquer outra pessoa no mundo. null o beijou, e foi o melhor beijo que null já recebeu. O que importava era aquilo. null não podia fazer nada que não fosse perfeito. null achava estranho estar apaixonada. Ela estava louca por null. Ela o respeitava como nunca respeitou ninguém, e era o maior respeito do mundo. Ela achava as coisas que ele fazia absolutamente incríveis, até as coisas mais normais. Isso era REALMENTE estranho. [n/a: o dougie disse mais ou menos isso, eu mudei um pouco pra ficar no contexto, mas eu TINHA que usar isso.]
- Isso é um sim? – null perguntou, com a cara de idiota mais linda do mundo.
- Claro. – null sorriu, e voltou a beijá-lo. Eles ficaram na praia por um bom tempo, olharam as estrelas, a lua. Parecia que null tinha feito com que a noite ficasse bonita para ela.
End flashback.
null lembrava daquele dia como se fosse ontem. E realmente, o tempo passou rápido demais. 5 anos com null passaram como um mês, porque foi tudo tão maravilhoso. Em cinco anos com null, ela fez tudo que desejava ter feito e não pode em 20.
null encarava o ventilador de teto, se perguntando onde null estava. Ela havia saído com as amigas.
null passou o dia inquieto, andando de um lado pro outro do apartamento, ligando e desligando a televisão, trocando os canais freneticamente. Ele começava a se preocupar. null tinha avisado que voltaria às 22:00, já passava de onze horas. O celular de null tocou, com uma musica de sua banda. ‘I wonder what is like to be loved by you’ [n/a: sempre que celulares tocam em fics minhas são com Walk in The Sun, q.], era a música dos dois. Ele leu o nome no visor do celular: Amor. null apertou o botão para atender a chamada.
- Alô? null, eu tava muito preocupado com você, meu amor! – null falou correndo.
- null, é a Haley, calma. A gente tá aqui no hospital. – null sorria por conseguir ter noticias delas, e quando Haley falou a ultima palavra, a cara de null se quebrou em desespero.
- O que? Hospital? Como assim, hospital? – null falou correndo, se levantando do sofá.
- Ia ser melhor se eu te explicasse aqui. Tem como você vir? – Haley disse escolhendo as palavras cautelosamente.
- Claro. Qual hospital? – null disse já se desesperando. Não queria nem imaginar algo tem acontecido com null. Ou com qualquer uma de suas amigas. Haley passou o endereço para null, que foi descendo as escadas rápido, para chegar ao carro.
null seguiu o endereço dado por Haley, e logo achou o hospital em questão. Ele abriu as duas portas enormes na frente do hospital, e perguntou para a senhora atrás do balcão:
- Oi, meu nome é null null, eu estou procurando Haley Shamway. Ela está ai?
- Está, sim. Vire na primeira a esquerda, depois e segunda direita. – A senhorinha simpática sorriu.
- Obrigada. – null disse, por baixo do fôlego, mas sem ter certeza que a senhora tinha ouvido, pois disse depois de sair correndo para o caminho indicado.
- Haley! – null sorriu. – O que aconteceu? – Ele se preocupou, abraçando Haley, Lucy e Mary. – Cadê a null?
Todas ficaram em silencio.
- Gente! Fala logo! O que tá acontecendo? – null se desesperou, seus olhos se encheram de lágrimas.
- null, sinto muito... – Lucy disse, olhando pra baixo.
- O que? Como assim, você sente muito? Gente, pára de mistério! Fala, o que aconteceu? A null... Morreu? – null chorava. Não cogitava nenhum mal a null.
- Não, null. Ela não morreu. – Haley disse.
- Então o que aconteceu?! Gente, que merda! Eu quero saber! – null se desesperou.
- A gente estava na casa da Haley – Mary disse, e apontou para Haley com os olhos. – E a gente tava conversando, tudo bem... A gente resolveu sair, a gente ia pra uma boate, perto da minha casa. – Ela continuou – Que não é longe da casa da Haley...
- Mary! Pára de enrolação, e conta a merda da historia! – null chorava, passando a mão na cabeça, bagunçando os cabelos, desesperadamente.
- E a gente foi atravessar a rua, porque a gente não queria ir de carro. Então, eu, Haley e Lucy atravessamos a rua, mas a null lerda – Mary soltou uma risada fraca – esperou, porque achou que não dava pra passar. Então o carro que ela esperava passar, passou. Então, um ônibus parou do lado da calçada, e ela não ouvia nenhum barulho de carro, então ele resolveu atravessar. Só que tava vindo um carro. Eu não vi muito bem a cena. Tudo que eu ouvi foi o carro tentando
frear, e um grito. Quando eu me virei, a null tava deitada no chão... – Mary se perguntou se devia continuar. Olhou para as amigas com uma interrogação nos olhos. Todas negaram levemente com a cabeça. null já tinha entendido. E quem não tinha? null tinha sido atropelada, um dia antes de fazerem 4 anos de casado. null era jovem, e não merecia.
- Não. Ela tá bem? – null chorava muito, as lágrimas escorriam seu rosto e caiam em sua camisa.
- Ela... Ela perdeu muito sangue, e tá deitada. Nós conversamos com ela, mas ela só queria falar com você. – Lucy disse.
- Tá bom. Vocês acham que eu posso entrar?
- Pode, sim. É essa ai. – Haley apontou para uma porta perto deles.
null atravessou a porta, enxugando as lágrimas, tentando parecer forte. null estava deitada naquela cama de hospital e era a pior imagem que null poderia imaginar. Ela estava coberta de machucados, com a cabeça virada para o lado oposto da porta, provavelmente dormindo. Os passos de null fizeram barulho no chão, acordando null.
- Você tava dormindo, amor?
- Tava... – null sorriu fracamente. null odiava vê-la daquele jeito, cheia de tubos e agulhas, e máquinas.
- Sono leve, hein?
- Muito, principalmente aqui. Principalmente sabendo que você podia chegar a qualquer hora. – null sorriu.
- null... Você tá bem? – null perguntou, passando a mão no cabelo de null.
- Na medida de possível. – null sorriu.
- null... Me promete uma coisa. Uma coisa só.
- Claro, null. Qualquer coisa que você quiser. – null sorriu, com os olhos entreabertos.
- Não... Vai embora. – Foi difícil para null falar aquela frase. Ele não imaginava COMO ela iria embora, sua vida se resumia a ela.
- null, você sabe que eu não posso prometer isso. Principalmente ago... – null a interrompeu, com os dedos em seus lábios.
- null, não fala isso. Você TEM que me prometer isso. – null encarou-a. Ela era, com certeza, a única mulher no mundo que ficaria tão bonita daquele jeito. – Por favor, promete que você vai ficar o tanto que você conseguir.
- Eu prometo, null. – null sorriu. – Palavra de escoteira.
- null... Sabe o que eu acho engraçado? – null olhou para null, para a cama, para tudo...
- O que?
- Quem tá mal, no caso... Você. – null olhou pra baixo – fica forte. E quem tá acompanhando isso, fica mal. Eu acho que devia ser o contrario.
- Verdade, null. – null sorriu. O sorriso mais bonito que null podia imaginar. – Mas eu acho que quem tá mal precisa passar força pra quem tá acompanhando. E eu to fazendo de tudo. Porque eu não quero que a Haley, a Judy ou a Mary fiquem mal. E eu não quero que VOCÊ fique mal. Porque você é meu mundo! E se você ficar mal... Bom, eu ficaria mal também. – null ficou sem palavras. Ele não podia evitar ficar triste vendo a pessoa que ele mais amava no mundo inteiro naquele estado.
- Mas... Eu sei que é inevitável ficar mal. Porque, eu lembro. – null soltou uma risada fraca. – Quando eu tinha 11 anos, eu tinha um cachorro. O nome dele era Toffe. E no começo de um ano, ele começou a ficar mal... Mal mesmo. Então a gente internou ele. Ele ficava na clínica veterinária, e eu era a mais apegada a ele da família... Então, quando a gente ia lá, ele tava ótimo, super feliz. E a gente sempre chorava. E a gente não queria que ele fosse embora. Mas seria egoísmo... Porque ele tava fraco, doente. Mas, ele sempre tava ótimo... E a gente que ficava triste. Então eu sei como isso é inevitável. Eu sei como é ver alguém que você ama fraco. Mas... Por mim, null? Não fica mal. Continua sua vida. Eu vou estar SEMPRE com você.
- Eu sei que vai, porque você não vai... Morrer. Eu não vou deixar. – null disse, com os olhos se enchendo de lágrimas.
- null, eu não to bem. Eu to me sentindo muito mal. Eu não sei quanto tempo mais eu consigo agüentar. E se eu não conseguir agüentar por muito tempo, por favor, não para sua vida por mim. Eu ia querer que você encontrasse uma namorada, se casasse de novo, e fosse tão feliz com ela do que você é comigo. Eu quero que sua vida seja até melhor. Faz isso por mim. – null fechou os olhos.
- null, abre o olho. Por favor, abre o olho. – null derramou uma lágrima no lençol da cama de null.
- Eu to aqui, null. Eu to aqui. Eu não vou a lugar nenhum, não sem você. – null abriu os olhos, contra sua vontade.
- null, lembra quando eu te pedi em casamento?
- Como eu poderia me esquecer? – null sorriu.
- Você lembra exatamente o que eu falei?
- Lembro.
- Pois então. Eu te prometi a eternidade. E eu vou conseguir pra você. Como eu disse... – null olhava no relógio digital, já passava da meia noite. – há exatamente 5 anos atrás. A eternidade. É isso que eu te prometo. – null beijou os lábios de null. – Feliz 5 anos, null.
null sorriu, e virou sua cabeça pro lado.
- Eu gostaria de ter a eternidade.
N/A: OOOOOOI, GUYS! Bom, minha terceira fic aqui... Eu amei essa fic, sério *-* Eu achei linda –s Bom, to sem muito o que falar né... Ainda nem sei se eu vou fazer parte 2, se vocês pedirem, sim, se não pedirem, não. Q Meio que não deu pra entender muito bem, mas ela (você, no caso) não morreu. Então é isso, gente. Espero que tenham gostado, e comentem!
xoxo, Dora!
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