Acordei cedo. Eu não podia me atrasar para o trabalho. Não hoje. O filho do meu chefe iria passar o dia na empresa com o pai, observando os funcionários. Seu pai estava prestes a abrir uma filial da empresa em Londres e colocar o filho a frente de todo o trabalho. Alguém daquela empresa ia receber a honra de ir com ele e eu não podia perder essa chance. Peguei uma roupa que tinha escolhido na noite anterior (uma saia preta que ficava um pouco abaixo do meio da coxa (era a mais longa que eu tinha), uma blusa de botão branca e um blazer preto), entrei no banheiro, tomei um banho de corpo, vesti a roupa, escovei os dentes e prendi o cabelo em um coque. Eu tinha que passar uma impressão de responsável. A empresa que eu trabalhava se chamava All The Music. Era uma empresa de contratos musicais e eu trabalhava na parte jurídica dela. Cheguei ao prédio e fui direto para o elevador, apertando o botão do último andar, onde ficava minha mesa e o escritório do meu chefe.
- Bom dia, – , minha colega de trabalho e melhor amiga, falou quando me sentei.
- Bom dia, – falei sorrindo pra ela e ligando meu computador.
- Milagre você chegar cedo.
- E eu ia perder uma oportunidade dessa? – perguntei agora olhando pra ela.
- Não vai mesmo deixar pra mim, né?
- Não - falei e começamos a rir.
- Que vá a melhor! – falamos juntas.
Ficamos fazendo o nosso trabalho, mas conversando besteiras por um tempo. Quando terminei de imprimir a papelada que o John (meu chefe) precisava assinar pra que eu levasse pra Roberta Medina (ela é quem promove o Rock In Rio), levei até a sua mesa e quando saí da sua sala vi a me indicar o elevador. O botão estava aceso, o que significava que tinha alguém chegando. Fui rápido até minha mesa e me sentei, tirando algumas coisas que estavam em cima da mesa. O elevador então chegou e as portas se abriram, revelando o John e seu filho. Eu e nos levantamos na mesma hora.
- Bom dia, John – falamos juntas com um sorriso no rosto. Não, aquilo não era falsidade. Fazíamos aquilo toda manhã. O John era um ótimo chefe, com um carisma de dar inveja.
- Bom dia, meninas – ele falou com um sorriso no rosto – Esse aqui é meu filho, .
- Bom dia – falou dando um sorriso. E que sorriso lindo. Ele era todo lindo, na verdade. Cabelos castanhos propositalmente bagunçados, olhos azuis brilhantes iguais aos do pai.
Eu acho que tanto eu quando estávamos olhando pra ele hipnotizadas.
- – John me chamou, me tirando do transe – Os papéis já estão na minha mesa?
- Já sim.
- Excelente – John falou entrando em seu escritório, sendo seguido pelo filho.
Eu e ficamos nos olhando por alguns segundos e depois nos sentamos.
- Não sabia que ele era tão lindo – sussurrou.
- Nem eu – sussurrei de volta – Mas também, com o pai que tem.
- Pois é, ele é muito parecido com o pai.
- É, eu sei que você é doida pra dá uns pegas no John – falei já rindo.
- Você é doida - falou, me fazendo rir um pouco mais alto.
- O que aconteceu de engraçado? – o perguntou. Em que momento ele tinha saído da sala do pai que eu não vi?
Eu e nos olhamos e ficamos caladas.
- Tudo bem, não precisam me dizer o que foi. Só queria que alguém me dissesse onde fica a copa – falou indo até o elevador.
- Eu poderia te levar lá – como aquelas palavras saíram da minha boca?
- Seria ótimo – sorriu.
- E pra começar, não precisamos pegar um elevador – falei sorrindo, me levantando e indo até uma porta que tinha atrás da mesa da .
me seguiu e eu fui mostrando a ele o que cada porta daquele corredor significava.
- Aqui é a xérox e, finalmente, a copa – falei abrindo a porta.
- Obrigado – ele falou sorrindo e entrou na copa.
- Não foi nada – falei entrando na copa também – Eu precisava vim aqui também, lembrei que não tomei café da manhã.
- E por que não? – ele perguntou, pegando uma xícara de café e me entregando.
- Pra falar a verdade – comecei a mentir. Não ia dizer que foi pra não chegar atrasada pela primeira vez no trabalho, não é? – Eu não sei. Simplesmente esqueci.
Ele riu, o que me fez rir também. Me estiquei pra pegar um pote de biscoito que tinha em uma prateleira. Quando voltei a apoiar os pés no chão, a xícara de café virou, derramando em mim.
- Não acredito – falei vendo que minha blusa branca agora estava com uma mancha horrível de café.
- Deixa que eu te ajudo – falou, pegando uns guardanapos e enxugando minha blusa.
- Não vai adiantar, essa mancha só vai sair lavando.
levantou o olhar da mancha, chegando até o meu. Estávamos muito perto. Então, do nada, ele me beijou. Não pensei duas vezes e retribui o beijo dele. Ele segurava minha cintura, me puxando cada vez mais pra perto dele, como se isso fosse possível. Eu, em resposta, segurava seu cabelo, dando pequenos puxões às vezes. Ele começou a desabotoar minha blusa e a tirou, deixando-a cair no chão. Fiz o mesmo com a sua camisa, revelando seu porte físico. E que físico, hein? Não me contive em passar a minha mão por todo o seu abdômen. Ele me colocou em cima do balcão, levantando um pouco minha saia. Coloquei minhas pernas ao seu redor e as mãos deles foram para baixo da minha saia. O celular do começou a tocar, me trazendo a consciência.
- Acho melhor você atender – falei, me afastando ele e saindo de cima do balcão.
Peguei minhas roupas do chão e me vesti. Dei uma ajeitada no cabelo e abri a porta.
- Ei – falou, me fazendo parar e olhar pra ele – Prefiro você com a saia mais curta. Você tem belas pernas.
- Obrigada?! – falei muito tímida. Eu devia parecer um pimentão agora.
Saí dali dando passos rápidos e, quando entrei na sala e fechei a porta, vi uma com cara de curiosidade olhando pra mim. Fingi que não vi, me sentei e fixei meu olhar na tela do computador, tentando me concentrar ao máximo no meu trabalho, mas aquele momento que aconteceu segundos atrás não saía da minha cabeça. O entrou na sala, olhando pra mim e sorrindo de lado. Senti que corei na hora.
- Só volto mais tarde – falei me levantando, indo quando deu a hora do almoço.
- Não vai almoçar comigo, não? – perguntou arrumando suas coisas.
- Não posso, tenho levar uns papéis pra Roberta Medina assinar. Depois eu vou almoçar e depois vou aproveitar que Ivete está aqui no Rio e vou levar o contrato da turnê dela. Depois disso tudo é que eu volto pra cá – falei enquanto esperava o elevador.
- Se voltar, né?- falou.
- Pois é – falei entrando no elevador assim que as portas se abriram.
- Boa sorte - foi tudo que ouvi ela dizer antes das portas do elevador se fecharem.
Minha tarde realmente foi cansativa. O único memento que eu tive pra descansar foi enquanto esperava a Ivete sair da gravação do programa da Xuxa. Com todos os papéis do Rock In Rio devidamente assinados e os da turnê da Ivete entregues ao seu empresário, peguei um táxi e fui até a empresa. Quando cheguei lá já tinha saído. Ela deve ter aproveitado que o John saiu cedo e foi pra casa. Afinal, era sexta à noite. Fui até a sala do John ver se estava tudo em ordem e voltei pra minha mesa pra desligar o computador. Como de costume, peguei uns contratos pra deixar separados até segunda pra que eu não esquecesse de mostrar ao John. Quando comecei a separar os contratos por prioridade... NÃO ACREDITO. Os papéis que o John tinha que ter assinado pra amanhã. O contrato com a Katy Perry para um show em São Paulo depois do Rock In Rio.
Flashback on
Um fax da central dos Estados Unidos tinha acabado de chegar. A Katy Perry havia assinado o contrato para um show em São Paulo depois do Rock In Rio. Fui até a sala do John levar o contrato.
- Pois não, ? – John falou sem dar atenção a mim.
- A central dos Estados Unidos acabou de me mandar o contrato com a Katy Perry assinado.
- Que ótimo, que dizer que ela aceitou – John sorria como uma criança feliz.
- Pois é – falei sorrindo também – Posso deixar aqui?
- Não, eu só preciso assinar. Tem um monte aqui que eu preciso ler primeiro – ele falou apontando pra três grandes contratos em sua mesa, sendo que tinha outro que ele já estava lendo – Deixa esse pra depois.
- Depois quando? – perguntei olhando pro contrato em minhas mãos.
- Depois eu vejo – ele falou voltando sua atenção ao contrato a sua frente.
Saí da sua sala e voltei a minha mesa, colocando o contrato dentro da gaveta (a única que tinha chave).
Flashback off
Assim que me lembrei como aquilo tinha acontecido, liguei pro John.
- Alô – John atendeu o celular.
- John, é a .
- Pode falar.
- Então, você esqueceu de assinar o contrato com a Katy Perry pro show de São Paulo. E não podia passar de hoje. O que eu faço?
- Trás aqui em casa que eu assino.
- Tudo bem, tô indo aí agora.
- Eu estou de saída. Mas meu filho vai estar em casa. Você pode deixar com ele.
- Tudo bem.
Peguei minhas coisas, coloquei o contrato na minha maleta e fui direto pra casa do John. Quando cheguei, toquei a campainha e o abriu a porta. Ele estava com uma calça moletom cinza e sem camisa.
- Aqui está o contrato que seu pai esqueceu de assinar. Ele deve ter te falado – falei esticando a papelada pra ele.
- Falou sim – falou pegando a papelada e dando um sorriso – Não quer entrar?
- Não, , não é uma boa ideia. Eu já vou.
- Sério?
- O que?
- Não precisa me chamar de . Pode me chamar de e... entra.
- Tudo bem - sorri e entrei.
Ele colocou a papelada em cima da mesa e ficamos parados nos olhando até que meu celular começou a tocar. Era a .
- Por que não atendeu? – ele perguntou quando recusei a ligação.
- Era a – dei de ombros – Meio que ela ta querendo saber como foi minha ida a copa com você.
- Ah – foi o que ele disse – Ainda não trocou a blusa?
- Não tive tempo de ir em casa – falei olhando a mancha.
- O seu toque era uma música dos , certo?
- Era sim.
- Vem cá, quero te mostrar uns CD’s – falou esticando a mão.
Peguei-a e ele me guiou escada acima até seu quarto. Quando chegamos lá, ele me mostrou sua coleção de CD’s. Ele tinha todos dos e um monte de banda que eu gostava. Eu tava olhando seus CD’s quando senti ele me abraçar por trás e começar a beijar meu pescoço. Me virei pra ele e começamos um beijo quente. Não havia espaço entre nós. Como da outra vez, ele tirou minha blusa, mas não demorou pra também tirar meu sutiã. Eu o empurrei até uma parede, fazendo-o gemer de dor. Comecei a dar pequenas mordidas em seus lábios e dei alguns beijos em seu pescoço. Ele me empurrou e eu caí em cima da sua cama. Ele foi até mim, se livrando da calça pelo caminho e ficando só de boxer. Então ele ficou por cima de mim, voltando os beijos até chegar aos meus seios, chupando-os. Ele foi descendo o beijo até chegar a minha saia, se livrando dela. Puxei-o de volta pra mim.
- Quero que vá comigo pra Londres – ele sussurrou no meu ouvido, dando uma mordida do meu lóbulo, que me fez arrepiar.
Me livrei, com a ajuda dele, da sua cueca e ele rapidamente tirou minha calcinha, me penetrando com ferocidade e eu gemi alto de prazer. Ele soltou um riso baixinho, bem próximo ao meu ouvido. Ficamos ali naquele joguinho. Ele intercalando entre me penetrar rápido e devagar e eu entre puxar seu cabelo e arranhar suas costas. Um sempre silenciando o gemido do outro com beijos. Até que chegamos ao extremo juntos e ele caiu por cima de mim, se deitando ao meu lado logo em seguida e me abraçando.
- Sério que isso acabou de acontecer? – perguntei ainda com os braços dele em volta de mim.
- Pergunto a mesma coisa – ele falou e me deu um beijo na cabeça.
Ele tirou o braço de cima de mim e pegou o celular que estava no criado mudo ao lado de sua cama. Virei-me. deitando em seu peito. sentindo sua respiração e seu coração bater. Ele escrevia uma mensagem a qual pude ver antes dele mandar.
“Pai, já decidi. Quero que a vá comigo pra Londres”.
- É sério isso? – perguntei olhando nos olhos dele.
- E por que eu estaria mentindo? Quero você ao meu lado lá em Londres.
- Mas... eu pensei que depois de tudo isso eu seria a última pessoa que você levaria.
- Não, você é a primeira em todos os sentidos – ele sorriu e eu sorri de volta.
Ele me deu um selinho e me fez voltar a deitar em seu peito, me fazendo carinho na cabeça. E assim adormecemos, abraçados, sorrindo. Isso seria o começo de uma longa jornada.
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Letii