Trovões ecoavam pelas tumbas do cemitério local de Toluca Lake. Não havia ninguém no local que pudesse ficar com medo; estavam todos mortos, afinal.
- , pare com isso. Mesmo que você consiga voltar para o seu corpo, quem vai te tirar de lá? Eu não vou gastar minha energia espectral nisso - disse . Na verdade, ele temia que conseguisse o que planejava. Ele sempre amara a garota e não a deixaria ir embora, logo agora que eles tinham a eternidade toda pela frente.
- Mas... Meus pais estão sofrendo tanto... - retrucou a garota.
- . Use sua massa cefálica por um instante. Você está morta há dois meses. Seu corpo está completamente podre. - disse ele, levantando a sobrancelha direita. Ela, percebendo a lógica de tudo, calou-se. - Faz sentido, não? Há uma razão para tudo... Talvez tenha sido melhor assim - continuou ele.
- Melhor assim? - explodiu ela. - Eu só tinha 16 anos!
- E eu 18! Mas o que nós podemos fazer? Nada! Aceite isso, . Mas nem por isso estou me matando para voltar a viver. Ops! Eu já estou morto - sorriu o garoto maliciosamente.
- Você deveria - disse ela, ignorando completamente o humor mórbido do garoto.
e eram amigos desde... Sempre. morava a duas casas de . O primeiro contato que teve com ela, foi suficiente para que ele se apaixonasse. Não foi exatamente o mesmo com ela. Demoraram anos para que ela se apaixonasse por ele, mas, quando aconteceu, foi de uma maneira tão platônica que a deixava sem ar.
Talvez se tivessem deixado de ir ao pub naquela noite, ainda estivessem vivos. Pub que, justamente aquela noite, fora o cenário de um violento tiroteio.
Mas se aconteceu, era para ser assim. Simplesmente. E ela tinha que aceitar isso. Não é? Sim, ela tinha. Uma hora ela vai perceber que definitivamente é impossível voltar à vida, pensava .
Um dia, um velório acontecera na capela do cemitério. A garota que morrera era linda; morena dos olhos azuis. Seu nome era Ann. Ela estava claramente dando em cima de , o que enfurecia mais do que sua morte quase recente.
Ela definitivamente não podia deixar que eles começassem um relacionamento pós-túmulo...
Ela ficara diferente e notara. O que estava acontecendo com sua menina? No meio de uma discussão, ele percebera.
- Ciúmes! Você está com ciúmes! - dizia ele, cheio de felicidade.
- Quer saber? Estou mesmo! Cansei de esconder isso de você. Eu te amo, . Já tem um tempo...
- Como? Repete, por favor? - a interrompeu.
- Eu te amo. - disse ela, tristonha, com medo de que seu sentimento não fosse recíproco.
- Você não sabe o quanto eu desejei ouvir isso.
E então, a beijou. Como devia ter feito desde que descobrira que a amava. Um bom tempo depois, eles se largaram.
- Eu te amo, . Sempre te amei. Desde que éramos pequenos... Mas não queria estragar nossa amizade. Mas nós temos toda a eternidade pela frente...
- Você tinha razão. Foi melhor assim. - E então eles se beijaram novamente.
FIM
N/a: Oi, meninas lindas! (:
O que vocês acharam do meu bebezinho? *-*
Eu sempre gostei bastante dessa história, mesmo ela sendo minúscula e meio confusa na parte da Ann. Eu a escrevi há um tempão, pro Concurso Fic da Capricho, alguém lembra? O tema era Romance Sobrenatural, ou algo assim. A história é pequena porque a fic tinha que ter exatamente 500 caracteres, e eu não quis modificar o original. Enfim. O caso é que só agora tive vontade de publicá-lo. Tenho uma outra fic que escrevi pra CH, com o tema 'Projeto de Ciências' ou sei lá o quê. Talvez eu o poste, talvez não, rs.
Só queria, como sempre, agradecer à minha Omml e à minha Looshuosa por estarem sempre lá pra mim. Amo vocês.
Bom... é isso! Até a próxima. *-*
N/b: Achou algum erro, seja ele qual for, envie um e-mail diretamente para mim [paulabrussi@gmail.com], ou um tweet, indicando-o e o nome da fic. Obrigada!