Amor de Infância
Autora: Dallas Rivers | Beta-reader: Giovana


Eu vou te contar uma história que aconteceu há um bom tempo, mas ela não é igual às outras histórias que você costuma ler. Desde o começo essa historia é diferente. Ela começa com um ‘Obrigada’ e não com um ‘Era Uma Vez’.

- Obrigada! - disse a pequena menina de olhos azuis.
- De nada! - respondeu o ruivo, entregando-a o último caderno que ele a fez derrubar.

Os dois viraram às costas e saíram andando. A menina, que era branca como a neve, estava vermelhinha, fazendo com que seu cabelo ficasse ainda mais dourado e seus olhos ainda mais azuis. E o menino suava, passava a mão no pescoço que estava quente, suas bochechas estavam rosadas, seus olhos cor de mel não paravam de coçar e ficava engolindo em seco, pensando quem era aquela garota e o que ela tinha feito com ele. Ele não acreditava que tinha se apaixonado tão de repente, logo ele que jurou que isso nunca iria acontecer. Então ele sentiu um cutucão nas costas e se virou, era ela, ele não conseguiu dizer uma palavra sequer. Ela disse:

- Eu fiquei com o seu livro. - entregando a ele um livro de capa vermelha - Qual é o seu nome?
- ! E-e o seu? - gaguejou o menino todo envergonhado.
- Meu nome é ! - disse a menina sorrindo.
- Obrigado por devolver meu caderno, !
- Não foi nada!

Esse era o primeiro dia de aula. Infelizmente estava no 5ºC e o no 5ºB.Todo dia na hora do intervalo e na entrada eles se cumprimentavam com um simples balançar de mãos de longe e quando alguém perguntava quem era ela, ele dizia: “é apenas uma menina em quem eu esbarrei no corredor” e logo fugia para o banheiro, para que ninguém visse seu rosto vermelho. E quando a perguntaram quem era ele, ela dizia e fazia a mesma coisa. Até que um dia os dois, correndo com as mãos no rosto para que ninguém os vissem vermelhos, se trombaram novamente, mas dessa vez com tanta força que foram jogados pra trás; ele, assustado, levantou rapidamente, mas a menina continuou ali no chão. Desesperado, achando que o amor da sua vida tinha batido a cabeça, saiu correndo em sua direção, apoiou a cabeça dela contra seu peito e encostada em sua perna e foi tirando o cabelo do rosto e do pescoço dela, “ah… Que lindos esses cachos loiros, esse rosto de anjinho...” , pensava ,enquanto ela delicadamente abria os olhos e o vendo olhando-a fixamente sem piscar. Então ele perguntou:

- Você está bem?
- Uhum! – disse ela se sentando e balançando a cabeça, ela sentiu umas pontadas na cabeça e na mesma hora colocou a mão onde estava doendo.
- Você me deu um susto, sabia? Tem certeza que está bem? – disse ele a ajudando a se levantar.
- Um pouco de dor de cabeça... Só isso. – disse ela um pouco tonta .

Quando ela se põe de pé, quase cai e ele a segura.

- Só isso, é? Vamos beber água e ir a enfermaria, que tal? – disse ele, ajudando-a a andar.
- Não, sem enfermaria! – tenho pavor a esses lugares!

Ela bebeu água. “Como ele é um fofo”, pensava enquanto ele a olhava com ar de preocupação e com vontade de chamá-la de anjinho!
Assim que tomou água, já estava melhor e mais calmo, foi aí a primeira vez que eles conversaram de verdade:

- Tá, senta aqui. – disse , a ajudando a sentar – Faz quase um mês que começou as aulas e eu não sei quase nada sobre você, além do seu apelido!
- Meu nome é Angel Zirminnem – “Angel, a desculpa perfeita pra chamá-la de anjinho.” , pensou - Faço 11 anos em novembro, dia 8, pra ser exata. Gosto de ursinho de pelúcia, sorvete, chocolate, abraços, músicas, amo ler e escrever e adoro ir ao parquinho,no balanço... Tá, agora é sua vez! – disse ela cruzando os braços.
- Ok. Meu nome é Barn, faço 11 anos em agosto, dia 22, gosto de skates, sorvete, chiclete, música, sorrisos, - ela sorri - amo assistir filme, adoro ir ao parquinho jogar beisebol… – ele fica quieto e só conseguia pensar de como sua anjinha era bonita e ela pensava no .

Os dois se encarando sem perceber e aquele silêncio… O sinal toca e a expressão de alegria some de seus rostos, eles se levantam e vão para suas salas. Então, no dia seguinte, eles foram ao mesmo lugar onde eles se trombaram pela segunda vez, para se encontrar e sentar ao lado do bebedouro e ficaram lá quietos de cabeça baixa, de vez em quando um dava uma espiadinha no outro, mas não saia disso. No dia seguinte eles se deram “oi” de perto e na hora do intervalo, ao lado do bebedouro, disse:

- Posso te chamar de anjinha?
- Por quê? – respondeu
- Porque você tem cara de anjinha e seu nome do meio é Angel, certo?
- Pode ser... Ninguém nunca me chamou assim. – disse , ficando vermelha.
- Então tá, anjinha! – deu um risadinha tímida

sorriu novamente e foi ficando vermelho.

No dia seguinte, na hora da entrada...

- Oi, Anjinha!
- Oi, ! – disse , um pouco envergonhada.

Dessa vez ela conheceu os amigos dele e lanchou com o e com eles e, no dia seguinte, ele conheceu os amigos dela. Eles se tornaram melhores amigos. Passaram-se os meses, já estamos no dia 18 de agosto, faltava 4 dias para o aniversário de e já esta quase tudo preparado para festa.

- Você vai, não é, anjinha? Você não vai me deixar sozinho, no dia mais importante da minha vida, não é?
- Claro que vou, . Eu não sou tão louca assim!

No aniversário do , ela deu um CD com várias músicas que eles gostavam que ele tem até hoje. No aniversário dela, ele a deu um ursinho bege que dizia “Parabéns, Anjinha” , ele não fala mais, mas ela ainda o tem.
Esse ano se passou, eles estudaram mais meio ano juntos e viajou para o Canadá , depois de 4 anos e meio separados, eles se encontraram de novo e, por incrível que pareça, a fez derrubar uns livros.

- Anjinha? É você?
- ? Nossa! Quanto tempo!

pensava “como ela está mais bonita. Agora as sardinhas dela estão mais fortes, seus olhos estão mais claros, mas seu cabelo continua com cachinhos dourados” e ela pensava “nossa... Como ele está diferente, está mais alto, na época que eram pequenos eles eram do mesmo tamanho, está musculoso, seu cabelo continua ruivo só que mais avermelhado, parecia um príncipe”.
Pois é, quando é pra ser, será!
Nesse mesmo ano os 2 iriam fazer 16 anos e iria dar uma festa de 16 anos e convida pra ser seu príncipe. As muúsicas que tocam na festa são uma cópia do presente de aniversário de e, ao invés de ser uma boneca trocada pelo buquê, era o ursinho dado por por um sapato. Ele a calçou e, após a valsa, os dois foram até o quintal do salão onde tinha um chafariz e lá ficaram olhando pro chão e lembrando da infância.

- Sabe, anjinha, eu gosto de você desde aquela época. – disse , olhando pro chão, tremendo e suando muito – E nunca deixei de te amar. Eu acreditava que você um dia ia voltar como prometeu...
- E eu cumpri! Estou aqui. Sabe, , eu também te amo desde aquela época... – deu uma risadinha sem graça pensando no que poderia acontecer a seguir.
- Sério, anjinha? – disse ele assustado pelo acabou de ouvir.
- Uhum! – assentiu ela.

Os dois já estavam vermelhos, esbarraram as mãos propositalmente e deram uma risadinha de vergonha, os corpos foram um em frente ao outro, as cabeças se inclinaram e iam chegando mais próximo e mais próximo, até que se beijaram. Se sentiram como se estivessem estourando fogos de artifício, foi apenas um beijo, mas foi o melhor presente que recebera.

Bom, alguns dizem que eles ficaram juntos e se casaram, outros dizem que viajou e nunca mais voltou , mas pelo que eu sei, eles estão juntos e agora deve fazer 20 anos no mês que vêm e fará 20 daqui quatro meses e eles se casarão no fim deste mesmo ano.

Fim!

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Nota da beta: Qualquer erro nessa fanfic é meu, não use a caixinha de comentários, avise-me por email. Obrigada. Xx.