– Acorde, ! – alguém me cutucava.
– Deixe-me dormir, – resmunguei.
– Não dá para você ficar na fossa para sempre, cara! Cadê aquele meu amigo animado de sempre? – ele continuava me cutucando.
– Dormindo. Deixe-me em paz, . Daqui a pouco, eu levanto. Agora vaze do meu quarto – ninguém se mexeu. – ANDE, ! CAIA FORA – disse, dando um tapa nele.
– Ai, está bom, está bom... Seu violento – ele disse e ouvi um barulho de porta se fechando. Paz! Finalmente.
Ah, desculpe. Nem me apresentei. Meu nome é , mas todo mundo me chama de . Sou um ator – mais conhecido pelo meu papel no filme Crepúsculo. Moro em Los Angeles e divido uma casa com o meu melhor amigo . Estou há dois dias trancado no quarto. Só saio para comer. Por quê? Simples: o amor da minha vida não me ama. Deixe-me explicar:
Há dois anos, conheci uma garota. O nome dela? . Apaixonei-me perdidamente por ela e começamos a namorar. Eu sempre arrumava um tempo entre as filmagens dos meus filmes para ir visitá-la, dava presentes, declarava-me todo dia. E ela? Não ligava. Recebia os meus presentes, murmurava um “obrigada” e, quando eu dizia “eu te amo”, a garota respondia um seco “eu também”. Sempre fiz de tudo para agradá-la e esta nunca fez nada por mim. Só falava comigo quando eu ligava e apenas me via quando ia visitá-la. O que ela fazia da vida? Estudava. O quê? Medicina. É, sei que é difícil, mas ela passava dias, horas, trancada e estudando. Não saía comigo... Nada.
A gente namorou por dois anos e resolvi pedi-la em casamento. Fiz um jantar romântico, caprichei nas palavras, ajoelhei-me e mostrei o anel, perguntando. O que ela fez? Deu um meio sorriso, murmurou um “uhum” e me deu um selinho. Só isso. Nem um “eu te amo”, “obrigada”, “claro que quero”. Nada disso. Só “uhum”. Foi então que comecei a perceber que ela talvez não gostasse o suficiente de mim.
Flashback!
– , o que fiz de errado, hein? – falei, levantando-me irritado.
– Quê? Amor, você não fez nada de errado. Está tudo lindo. Já disse que quero me casar com você. Não disse?
– Estou começando a perceber que você não me ama do jeito que a amo – falei irritado e com lágrimas nos olhos.
– Do que está falando, amor? Claro que amo você – ela falou assustada.
– Tem certeza, ? Tem certeza? – as lágrimas começaram a cair, então resolvi desabafar. Ela precisava saber sobre como eu me sentia. – Ligo, você fala comigo sem nenhuma animação. Vou visitá-la, trata-me como se eu fosse um amigo. PIOR! Só um mísero conhecido sem importância – continuei, percebendo que agora ela também chorava. – Sempre fiz tudo por você, dava presentes, interrompia as gravações do meu filme para ir visitá-la. E você? Tratava-me como se eu não significasse nada. Quer saber? CANSEI! Cansei de sempre dizer que a amo e você só murmurar um seco “eu também”. Nunca tomava iniciativa de dizer que me amava, nunca tomava iniciativa de NADA. Eu a amo, , mas percebi que você não me ama. Não do jeito que preciso que ame. Estou indo. Espero mesmo que encontre alguém que você ame e que seja feliz com esse alguém – disse, chorando e indo embora sem olhar para trás.
– , POR FAVOR, ESCUTE-ME! – ouvi gritar, contudo não parei e fui embora.
Fim do Flashback!
Faz dois dias que isso aconteceu. E hoje? É dia um de janeiro. Ano novo. Mas, para mim, isso não significa merda nenhuma.
Terminei com ela porque vi que ela não me amava. Não quero ficar com alguém que não me ame. Amo mais do que qualquer coisa, mas, se ela não me ama, não posso obrigá-la a fazê-lo.
– Toc, toc. Posso entrar?
– Entre, – fale, e ele entrou.
– Tome – ele disse, entregando-me uma agenda. – A pediu para eu lhe entregar e ela disse para que lhe implorasse para ler. Palavras dela: “não precisa me perdoar. Só leia isso, por favor”. ‘Ta? Vou deixá-lo sozinho para ler.
Fiquei encarando a agenda por um tempo, com medo do que me esperava. Resolvi dormir um pouco. Deitei-me e, horas depois, acordei. Não dá mais para adiar. Preciso ler isso.
Abri a primeira página, receoso.
Olá. Meu nome é e esse é o meu diário.
Mais abaixo, tinha alguma coisa rabiscada às pressas.
Por favor, leia tudo isso. É a única coisa que lhe peço.
Virei a página.
23 de dezembro.
O dia em que a pedi em namoro. Não pude evitar um sorriso.
Hoje fui me encontrar com . Ele é o cara mais incrível da face da Terra. Eu o amo tanto! Cheguei ao local combinado e ele me esperava, lindo como sempre e com aquele sorriso que tanto amo e sonho todas as noites.
– Oi, ! – ele disse, abraçando-me. Ah, como amo o abraço dele. – Queria lhe falar uma coisa.
“Eu também queria, . Queria muito falar que sou apaixonada por você”. Era isso o que eu queria dizer, mas não disse, graças à porcaria da minha incapacidade de falar de sentimentos. Começo a gaguejar. Não consigo falar “eu te amo”. É muito difícil pra mim. Nem para minha mãe eu disse, para você ter noção. Na verdade, eu nunca disse “eu te amo” para ninguém. Claro que os “eu também” não contam. Quero falar de iniciativa. Não consigo dizer e me odeio por isso.
– Tu... Tudo bem – falei, gaguejando. Será que ele percebe como me deixa nervosa?
– Então... Tenho medo de você não aceitar, mas preciso tentar. Eu... – ele respirou fundo. – Eu a amo, .
Parei de respirar quando ele disse isso. E o cara falou ainda olhando no fundo dos meus olhos. Ai, meu Deus, vou desmaiar. Só que ele quer uma resposta. Preciso dizer “eu te amo”. Não pode ser tão difícil assim.
– Eu... Eu te... – comecei, gaguejando. – Eu te... – respirei fundo, mas desisti. – Eu também – falei, sorrindo.
Ele sorriu lindamente e disse:
– Quer namorar comigo?
Não falei nada. Só o beijei. E... Posso falar? Foi o melhor beijo da minha vida. Amo esse garoto mais do que qualquer coisa. É errado amar alguém tanto assim. Eu sei, mas não consigo evitar.
.
Então ela me amava? Como fui burro! Burro, burro, burro! Não acredito nisso.
Resolvi pular algumas partes até o dia da briga.
Eu e o terminamos hoje. Nunca me senti tão mal em toda a minha vida. Ele disse que eu não o amava e me falou umas coisas que me fizeram perceber que talvez não demonstrei a ele o tamanho do meu amor. Às vezes, foi por medo. Algumas vezes, por causa dos estudos. Não acredito que por essa burrice perdi o amor da minha vida. Não quero mais viver. Só quero chorar e chorar. Será que mereço o seu perdão? Estou me sentindo um lixo. Não mereço o . Ele é um cara incrível. E eu? Sou só uma idiota que não sabe falar de sentimentos por medo.
.
Esse foi o último dia em que ela escreveu, mas abaixo disso tinha uma coisa rabiscada do mesmo jeito que no começo:
É isso. Não sei se você leu tudo, porém espero que tenha lido pelo menos o começo. Pode me odiar para sempre pelo que fiz. Eu sei. Mas nunca OUSE duvidar do meu amor por você, . Nunca amei alguém tanto como o amei e ainda amo.
Desculpe-me por tudo.
.
PS: escrevi uma música sobre tudo o que aconteceu. Ela foi gravada e está nesse CD na última página. É para você. Por favor, escute e preste bastante atenção na letra. Desculpe. Eu te amo, eu te amo, eu te amo.
Coloquei o CD no meu rádio e ela começou a cantar. Não pude deixar de perceber como a voz dela era linda, mas resolvi prestar atenção na letra.
(N/A: tradução com algumas adaptações. Não é traduzida ao pé da letra. Mudei um pouco, coloquei palavras que não estão na letra original, mas fiz isso apenas na parte em parêntesis. Foi preciso. Juro que ficou melhor. Só quero que vocês saibam que foi de propósito. Sei como é a letra original. ‘Ta? Mais uma coisa: recomendo que leia primeiro a parte de cima e depois a em parêntesis, ou o contrário. Você aí que é fluente em inglês vai se confundir se ler o que está em cima logo depois do que está em parêntesis, porque a tradução não é completamente correta, como já falei. E agora vou me calar.)
I’m so glad you made time to see me.
(Estou feliz por você ter arrumado tempo para me ver.)
How’s life? Tell me how’s your family.
(Como vai a vida? Diga-me como vai a sua família.)
I haven’t see them in a while.
(Faz tempo que não os vejo.)
You’ve been good, busier than ever.
(Você está bem, mais ocupado do que nunca.)
We small talk, work and the weather.
(Jogamos conversa fora, trabalho e o tempo.)
Your guard is up and I know why.
(Você está na defensiva e eu sei por quê.)
Because the last time you saw me is still burned in the back of your mind.
(Porque a última vez que você me viu ainda queima na sua mente.)
You gave me roses and I left them there to die.
(Você me deu rosas e eu deixei de lado, morrendo.)
So this is me swallowing my pride.
(Então aqui estou eu, engolindo o meu orgulho.)
Standing in front of you, saying I’m sorry for that night.
(Ficando na sua frente e dizendo que sinto muito por aquela noite.)
And I go back to December all the time.
(Minhas lembranças voltam a dezembro o tempo todo.)
It turns out freedom ain’t nothing, but missing you.
(Acho que a liberdade não é nada além de saudades suas.)
Wishing I’d realized what I had when you were mine.
(Queria ter percebido o que eu tinha quando você ainda era meu.)
I go back to December, turn around and make it all right.
(Volto a dezembro, dou meia volta e faço tudo certo;)
I go back to December all the time.
(Volto a dezembro o tempo todo.)
These days I haven’t been sleeping.
(Nesses dias, não tenho dormido.)
Staying up playing back myself leaving.
(Fico acordada, lembrando-me do que aconteceu.)
When your birthday passed and I didn’t call.
(Quando o seu aniversário passou e não liguei.)
Then I think about summer, all the beautiful times.
(Então penso sobre o verão, em todos os momentos lindos.)
I watched you laughing from the passenger side.
(Vi você rindo e isso me faz tão bem)
(N/A: aqui mudei bastante o final. É, eu sei. Vamos ignorar esse detalhe.)
And realized I loved you in the fall.
(E percebi que amei você no outono.)
And then the cold came, the dark days when fear crept into my mind.
(E então veio o frio e os dias escuros, quando o medo invadiu a minha mente.)
You gave me all your love and all I gave you was goodbye.
(Você me deu todo o seu amor e lhe dei somente um adeus.)
So this is me swallowing my pride.
(Então aqui estou eu, engolindo o meu orgulho.)
Standing in front of you, saying I’m sorry for that night.
(Ficando na sua frente e dizendo que sinto muito por aquela noite.)
And I go back to December all the time.
(Minhas lembranças voltam a dezembro o tempo todo.)
It turns out freedom ain’t nothing, but missing you.
(Acho que a liberdade não é nada além de saudades suas.)
Wishing I’d realized what I had when you were mine.
(Queria ter percebido o que eu tinha quando você ainda era meu.)
I go back to December, turn around and change my own mind.
(Volto a dezembro, dou meia volta e mudo a minha própria mente.)
I go back to December all the time.
(Volto a dezembro o tempo todo.)
I miss your tan skin, your sweet smile so good to me, so right.
(Sinto falta da sua pele bronzeada, do seu sorriso doce tão bom para mim, tão certo.)
And how you held me in your arms that September night.
(E como você me segurou em seus braços naquela noite de setembro.)
The first time you ever saw me cry.
(Foi a primeira vez em que você me viu chorar.)
Então me lembrei. Era uma noite de setembro. Foi quando ela descobriu que os seus pais iriam se separar e chorou muito. Antes disso, nunca havia a visto chorar.
Ok, ok. Continuando...
Maybe this is wishful thinking.
(Talvez isso seja apenas uma doce ilusão.)
Probably mindless dreaming.
(Provavelmente um devaneio sem motivo.)
But if we loved again, I swear I’d love you right.
(Mas se nos amássemos de novo, juro que o amaria do jeito certo.)
I’d go back in time and change it, but I can’t.
(Eu voltaria no tempo e mudaria tudo, mas não posso.)
So, if the chain is on your door, I understand.
(Então, se a tristeza está na sua porta, entendo.)
So this is me swallowing my pride.
(Então aqui estou eu, engolindo o meu orgulho.)
Standing in front of you, saying I’m sorry for that night.
(Ficando na sua frente e dizendo que sinto muito por aquela noite.)
And I go back to December all the time.
(Minhas lembranças voltam a dezembro o tempo todo.)
It turns out freedom ain’t nothing, but missing you.
(Acho que a liberdade não é nada além de saudades suas.)
Wishing I’d realized what I had when you were mine.
(Queria ter percebido o que eu tinha quando você ainda era meu.)
I go back to December, turn around and make it all right.
(Volto a dezembro, dou meia volta e faço tudo certo.)
I go back to December, turn around and change my own mind.
(Volto a dezembro, dou meia volta e mudo a minha própria mente.)
I go back to December all the time.
(Volto a dezembro o tempo todo.)
All the time.
(O tempo todo.)
Não pensei em mais nada. Fui correndo para a casa de . Eu tinha terminado porque achei que ela não me amava. certo? Agora que eu sabia a verdade, não tinha motivos para terminar. Correto?
Cheguei lá e bati na porta, receoso. Ela abriu. Quando me viu, ficou surpresa. Estava com o rosto vermelho de tanto chorar.
– Posso entrar? – perguntei com medo.
– Cla... Claro. Entre – ela disse, dando espaço para eu entrar. Sentou-se na sala, fazendo sinal para eu me sentar ao seu lado. Foi o que fiz.
– Olhe, , desculpe-me... – comecei.
– Não! Eu que tenho que lhe pedir desculpas.
– Mas...
– Deixe-me terminar, por favor – ela pediu.
– Tudo bem – concordei, dando um meio sorriso.
– Eu que preciso lhe pedir desculpas. É só que tenho medo de falar de sentimentos. Não sei o porquê de tudo isso. Não sei mesmo. Sei que não demonstrei direito o que eu sentia, que errei. Enquanto você se mostrava a pessoa mais incrível de todo o universo, fazendo tudo por mim, eu era uma completa retardada. Não ligava por medo de atrapalhá-lo com alguma coisa... Não o visitava por medo de que você fosse me achar muito “chiclete”, digamos assim... Não queria persegui-lo. Sabia como você era ocupado e não queria atrapalhá-lo com os filmes, entrevistas e coisas do tipo... Mas juro: só fiz isso para lhe dar espaço. Acho que acabei deixando você de lado pelo meu medo estúpido. Eu tinha medo de fazer alguma coisa errada e magoá-lo. Sei que errei... Muito. Não quero perdê-lo, . Eu... – ela respirou fundo. – Eu te amo como nunca amei ninguém em toda a minha vida.
Eu sabia como era difícil para ela dizer aquilo, então não pensei duas vezes.
– Também te amo, . Eu te amo muito.
Então a beijei.
Fim
Nota da autora: E aí, galerinha? Tudo beleza? Haha. Achei essa história muito fofa. JUUURO que tentei fazer uma song fic, com a música aparecendo no meio da história, só que não consegui e acabei a colocando mais para o final. :/ Mas não consegui porque não consigo escrever fictions começando da metade. É difícil para mim. Gosto de dizer tudo o que acontece direitinho, senão até eu mesma me confundo, haha. Porém gostei do resultado. Achei bem fofa. Não sou muito boa com finais, porque para mim a história nunca acaba, mas acho que esse ficou legalzinho.
Essa fic é dedicada à Vanessa Bassinello, amiga linda e hiper mega viciada no Lautner. Também à minha lentinha favorita, Vivian Salles, que ama muito a Swift e também é viciada na música Back To December, que foi a música que me inspirou a escrever essa fic. Amo vocês!
Obrigada às minhas amigas: Paula V. (a melhor!), Paula Regina (minha Jessemaniaca :*), Luisa, Camila, Bruna, Isa (é, Floynter. Você mesma :*), Mayara, Mariana, por me agüentarem escrevendo uma fic atrás da outra, e obrigada pela ajuda e opiniões de vocês que sempre me alegram e ajudam a escrever mais. (:
Obrigada à Taylor Swift por escrever essa música linda, inspirar-me nessa fic, ser a minha diva e sempre me inspirar com as suas músicas.
Obrigada ao Taylor Lautner, meu bebê lindo, meu ator favorito de todos os tempos. Obrigada por existir e dar o ar da sua graça para nós, humildes pessoas que caminham pela terra. Você é incrível, Taylor, e é um ator maravilhoso. Nunca duvide disso. Eu te amo. :*
Obrigada, Ana, por betar as minhas fics e me agüentar. Porque, quando começo a escrever, não paro mais! Haha!
Obrigada a você por ler! Agora que você está aqui, pode me fazer a pessoa mais feliz do mundo e comentar, dizendo o que achou da história? Please. *o*
Momento propaganda: leiam e comentem as minhas outras fics!
She’s The One I Can’t Live Without (Jesse McCartney – Finalizadas) You’re The Best Thing That’s Ever Been Mine (Jonas Brothers – Finalizadas)