Believe or Not
por Patrícia J.


Capítulo 1

Tinha acabado de chegar ao aeroporto de Londres e não sabia pra onde ir, estava completamente perdida. null levava com dificuldade suas malas até o balcão de informações, que não serviu de nada, pois não tinha idéia do que a mulher de voz nasal do balcão dizia para ela fazer. Onde havia se metido? Arrastou as malas até uma cadeira mais próxima para respirar e esperar que seu anjo da guarda desse uma luz. Não que fosse seu anjo da guarda, mas as preces de null foram ouvidas quando uma garota que devia ter a mesma idade que ela, perguntou:
- Você viu um cara de cabelo null, olhos null, por aqui?
- Não, não vi. - null disse simplesmente.
- Eu mato o null! Era pra ele estar aqui agora. - A menina falou brava, enquanto se sentava ao lado de null. - Acho que vou esperar.
null apenas concordou com a cabeça. Ia pegar seu celular para ligar para sua mãe, nunca conseguia fazer nada sozinha e com certeza tinha sido um erro resolver de um dia para o outro ir morar em Londres, mas a menina abriu a boca novamente:
- Eu sou null null e você? - A garota virou-se para null.
- Hmm.. - null largou o celular. - null null. - Tentou sorrir amigavelmente.
- Tá esperando alguém também? - null continuou perguntando, parecia bem simpática pelo tom de voz.
- Não, na verdade eu estou meio perdida, acabei de chegar de Cardiff e.. - null começou.
- Cardiff? No País de Gales? - null a interrompeu. - Dizem que é lindo! - Exclamou, juntando as mãos e sorrindo.
- É sim. - null afirmou, devolvendo o sorriso.
- Então veio passar férias? - null perguntou novamente.
- Não, vim morar aqui, ter um pouco de independência e procurar um emprego. - null contou. - O único problema é que não conheço nada aqui e nem sei por onde começar a procurar um apartamento.
- Você está precisando de um apartamento? - null a encarou. - Uns amigos meus colocaram pra vender um agora que se mudaram, acho você vai gostar.
E dizendo isso, null pegou algumas malas de null, esquecendo completamente que tinha vindo buscar o amigo e foi levá-la até o apartamento que tinha dito.
O apartamento realmente era ótimo, do tamanho ideal e comprando alguns móveis ficaria perfeito. null aceitou o apartamento e agradeceu muito a null por ajudá-la, mas ainda não satisfeita null se ofereceu para levar null a uma loja de móveis no dia seguinte.

- null, eu preciso te apresentar alguns amigos. - null dizia a amiga que tomava seu café da manhã no seu primeiro mês de cidadã londrina.
- Eu não tenho tempo, preciso procurar emprego. - null falou de boca cheia, limpando o leite que escorreu e fazendo null rir.
- Olha, nós vamos a um pub hoje a noite.. você podia ir. - null pediu.
- Quem exatamente são esses seus amigos, não são loucos não né? - null fingiu uma cara de espanto.
- Claro que não.. Bom, eu te disse que sou empresária de uma banda né? Eles são essa banda. - null falou receosa sobre o que null poderia pensar.
- Então você manda neles? - null perguntou indo levar as louças para a pia.
- Mais ou menos, eles nem sempre me obedecem.. Mas então, você vai ou não? - null levantou e foi até ela ajudar a lavar a louça.
- Só se você me ajudar a procurar emprego hoje, sei que está de folga. - null entregou um copo pra ela.
- Fechado, terminando aqui, a gente sai e você vai voltar com um emprego. - null foi levantar os braços e deixou o copo cair no chão e se espatifar. - Desculpa. - Sorriu amarelo, enquanto null ria dela.
E bom, null não estava errada, já que null realmente voltou pra casa com um emprego. Não sabia mais como agradecer a menina, tinha ajudado a encontrar aquele apartamento, comprar todos os móveis e agora com o emprego. null tinha se tornado uma ótima amiga em poucas semanas.
- Chega de agradecer, null, já disse que não foi nada. - null interrompeu a outra.
- Gerente de projetos daquela empresa, é demais pra mim. - Os olhos de null brilhavam enquanto ela sentava no seu sofá.
- Tudo graças a sua faculdade, seus intercâmbios, eu só dei um empurrãozinho. - null empurrou null para o lado sentando junto dela. - Bom e eu vou indo, as nove passo aqui, ok?
null tinha esquecido completamente que ia sair com null e apenas concordou com a cabeça. Quando viu null fechar a porta que a mensagem de que já eram quase 8 horas processou na sua cabeça e ela levantou pra tomar banho e arrumar.
Depois de um banho relaxante, null saiu da suíte e foi direto para o closet, onde escolheu um vestido cinza curto, pegou o escarpan e um casaco azul marinho.
Estava com fome e resolveu fazer um miojo rápido, enquanto esperava null. Nove e pouquinho null estava interfonando no seu apartamento e null, enfiando a ultima colherada de miojo na boca, escovou os dentes e desceu.
- Humm, arrasou. - null disse sorrindo, quando null abriu a porta do passageiro.
- Quem? - null fingiu-se de desentendida.
- Ai null. - null riu e ligou o carro, saindo.
As duas foram ouvindo música e conversando alguma coisa até chegar ao pub, que tinha um nome diferente e null tentava ler o que estava escrito no letreiro.
- É português. - null comentou. - O dono desse pub é do Brasil.
- Ahnn. - null fez uma cara de "entendi", entrando com null no bar.
- Ali estão eles. - null apontou para uma mesa no canto esquerdo do pub. - Vamos. - E puxou a mão de null.
- Hey McFly! - null chegou saudando eles, que levantaram os copos rindo. - Bom, preciso apresentar alguém. - E null puxou null, que estava atrás dela. - null, esses são os pestes de quem eu cuido.
- Hey. - Eles disseram em coro e null deu um tchauzinho tímido.
- null.. - null apontou para o que estava mais próximo delas. – null.. – Apontou para o garoto ao lado do tal null. – E null. – Finalizou com o último que havia sobrado. – 1.. 2.. Ei, tá faltando alguém! – null pôs as mãos na cintura.
- A noivinha do seu namorado não chegou. – null disse.
- Namorado? – null perguntou, cochichando com null, enquanto iam sentar.
- É, eu não quis te contar antes porque queria que você visse ele primeiro. – null também falou baixo. – Você vai gostar dele. – Afirmou.
Minutos depois o tal namorado da null chegou, cumprimentou os amigos e depois deu um beijo na namorada.
- null, essa é a null. – null apontou para a amiga ao seu lado.
Os dois se olharam por um segundo. null sempre sabia quando tinha que ser legal com a pessoa e confraternizar com ela, assim como foi com null, e quando não tinha e alguma vozinha em sua consciência dizia que ela não deveria confraternizar-se com null.
- Mais garotas pra mandarem na gente? – null finalmente disse alguma coisa, depois de encarar a menina.
- Seja educado, null. – null ralhou com ele.
- O que eu disse? Você manda muito em mim, os homens que deviam fazer isso. – null se encostou mais na cadeira.
- E o que faz você pensar assim? – null dirigiu a palavra para ele pela primeira vez. Tinha desprezo por homens machistas.
- É a lei da natureza, o homem veio primeiro e a mulher deve obedecer o que ele diz. – null tinha um olhar desafiador que encarava null.
- E pense na vida sem a mulher, o homem sobreviveria? Homens não servem nem pra dar nó em gravata sem ajuda de uma mulher. – null concluiu.
- Parem com isso. – null pediu, olhando os dois sem entender.
- Viu, a null concorda comigo. – null sorriu convencido para null.
- Ela não disse que concordava com você, nenhuma mulher gosta de ser escrava do homem. – null disse.
- Ei, null. – null a chamou. – Você vai gostar de conhecer o Marcos, dono desse pub. – Ele falou levantando.
null agradeceu em pensamento, null tinha salvado tudo. null concordou, dando um pequeno sorriso e seguiu null.
- Não precisava tratar ela assim, man. – null deu um tapa na cabeça de null.
- Eu não fiz nada, foi ela quem começou. – null cruzou os braços.
- “Eu não fiz nada, foi ela quem começou.” – null imitou uma vozinha de criança e cruzou os braços como null, fazendo todos, menos null, na mesa rirem.
- null, cadê a null? – null perguntou.
- Foi viajar pra casa dos pais e não quis que eu fosse com ela. – null contou.
- Ela ficou com medo dos pais dela a deserdarem depois que vissem o null. – null falou baixinho, brincando.
- Não foi isso não. – null tapou a boca de null. – Ela só não queria que eu já conhecesse os pais dela, não tem nem um mês que a gente tá junto.
- Eu já conheço os pais da null. – null disse com aquele tom convencido de sempre. – E por falar nisso, eu e seu pai precisamos marcar outra partida de golf.
- Não conte com isso, amor, meu pai reclamou até, que você não entendia a ESSÊNCIA do golf. – null falou, olhando de canto de olho para null que ficara sem graça, enquanto os outros riam.
- Eu tenho uma tia no Brasil. – null contava a null, quando voltavam para a mesa.
- Você não é inglesa, não é? – null perguntou olhando null, que se sentava.
- Não, sou do País de Gales. – Respondeu com uma certa frieza.
- Ahh, conheço seu tipo.. – null disse apontando pra ela. – Filhinha de papai que resolveu vir pra Londres para tentar viver sozinha.
- Desculpe, mas eu não tenho tipo. – null falou brava, apesar de que era realmente bem mimada quando morava com os pais. – E o porque eu saí do País de Gales não é da sua conta.
- null, pára de ser idiota. – null elevou um pouco o tom de voz.
- Não é culpa dele, esse encontro que não está dando certo.. Eu vou ao banheiro. – null falou tristemente e saiu, logo sendo seguida por null.
- Desculpa, null.. – null começara, quando as duas entraram no banheiro. – Só que eu simplesmente não suporto pessoas como seu namorado. - Ela disse sincera.
- Tudo bem, não sei porque, mas ele está sendo realmente idiota hoje. – null tentou um sorriso.

Capítulo 2

E os dias se seguiram. null estava bem atarefada com os projetos que tinha que entregar no novo trabalho. Agradeceu quando acordou no sábado de manhã, não tinha trabalho e poderia descansar. Era isso que ia fazer, alugar uns três filmes e ficar em casa deitada assistindo. Mas seus planos mudaram quando a campainha tocou antes do almoço.
- null? – null abriu e fechou os olhos algumas vezes para ver se era mesmo o garoto que se encontrava ali.
- Oi. – null disse amigável.
- Como você descobriu onde eu morava? – null continuava empoleirada na maçaneta, estranhando tudo.
- Nós morávamos aqui, o McFly inteiro sabe, mas resolvemos comprar casas separadas. – null comentou. – Bom, tá afim de um churrasco com McFly ao vivo na casa do null?
A garota lembrou quando null levara ela até o apartamento e dissera que era de alguns amigos, então eram deles.
- Na casa do null? – null torceu a boca ao dizer o nome dele. – Duvido que ele me queira lá, depois daquele dia.
- Nah, bobeira. – null pôs uma mão no ombro dela. – O null é assim mesmo.. Vamos? – Ele fez uma cara de súplica.
null lembrou-se que estava conversando com null na porta, e nem tinha ao menos convidado ele para entrar.
- Ai desculpa null, nem te convidei pra entrar. – null disse se afastando para null entrar.
- Sinto falta daqui, era até bom quando nós morávamos juntos. – null falou pensando alto e null sorriu em concordância. – Você vai ou não? – null sorriu.
- Tudo bem, preciso me trocar.. Hmm, senta aí e fica a vontade que eu já volto. – null correu para seu quarto.
Alguns minutos depois, ela apareceu na sala pronta e eles puderam ir para a casa de null.
Na rua da casa de null, null ia mostrando a sua casa, a de null e a de null e contava que preferiram morar na mesma rua assim quando quisessem perturbar algum deles era só tocar a campainha, ou não.
null havia saído do carro e andava em direção a porta, mas null disse que iam entrar pelos fundos.
- Já começaram a festa sem mim? – null fingiu-se afetado, quando viu null na churrasqueira e null escolhendo cds.
- Se você chama o que o null está fazendo de começar um churrasco, sim nós começamos. – null brincou, indo na direção deles.
- Hey, null. – null cumprimentou com a faca que estava em sua mão.
null acenou de volta, rindo de null, já que ele parecia bem confuso.
- Onde estão o null e a null? – null perguntou a null, depois que ele cumprimentou os dois.
- No quarto. – null respondeu malicioso.
- Quê? – null e null exclamaram juntos.
- Ê, to brincando. – null fez eles o olharem em repreensão. – Foram comprar algumas bebidas, o null não tem nada em casa, vive a base de salgadinho e água. - Vamos escolher alguns CD's.
- Então vamos ser só nós? – null perguntou a null, já que null havia se juntado a null.
- Só? Que outra garota teria o prazer de ter um churrasco com o McFly? Sinta-se honrada. – null fez uma voz convencida e null rolou os olhos.
- Vai ser uma oportunidade única. – Ela disse.
- E o que vai ser? – null perguntou se abaixando e olhando os cds empilhados.
- Hmm.. – null abaixou-se ao lado dele. – Mas só tem Beatles aqui!
- Sabe como o null é, sempre nutriu uma paixão secreta pelo John Lenon e.. – null abaixou o tom de voz. – Na gaveta de cuecas dele ele guarda uma foto do John.
null riu de null, ele sempre arranjava um jeito de fazer uma piada.
- Village People? – null arregalou os olhos apontando para o cd.
- Ele é anormal, que tal lembrarmos null de sua música preferida. – E null pegou o cd do Village People e colocou Macho Man para tocar.
Como se fosse previsto, no momento que a música começou a tocar null e null entraram pelo portão, cheios de sacolas.
- Não morre tão cedo, null null. – null gritou para ele, que deu as sacolas para null colocar no freezer.
- Por que? – Ele perguntou levantando uma sobrancelha.
- null queria lembrar você sobre sua musica preferida. – null apontou para o rádio e null fixou seu olhar nela. Tinha concordado com null de deixá-la vir e tentar ser amigável.
- “Every man wants to be a macho, macho maaaan..."null começou a cantar, levantando os braços como se estivesse carregando pesos.
- É bem a sua cara. – null disse rindo. – “Macho, macho man, i got to be a macho maannn..." – Começou a cantar zoando null.
- Ham, muito engraçado. – null fingiu uma risada. – Depois se a null vier brigar comigo a culpa é sua. – Apontou para null.
- Eii, eu estava brincando. – null gritou, enquanto null ia se afastando.
- Meu passatempo favorito. – Disse null.
- O que? – null não entendera.
- Irritar o null. – Riu. – Vamos escolher um cd bom agora. – E puseram Rolling Stones, depois de uns minutos procurando.
- Vou falar com a null. – null avisou null, apontando para a casa e ele simplesmente assentiu.
Ela entrou na casa de null pela cozinha e lá estavam ele e null se beijando bem apaixonadamente. null preferiu não interromper, então pensou em ir até a geladeira e pegar um pouco d’água, mas quando abriu a geladeira eles se separaram assustados.
- Eu não queria atrapalhar. – null disse levantando as mãos.
- Não atrapalhou. – null sorriu indo ao seu encontro. null viu null bufar com raiva.
- Claro que não. – Disse sarcástico.
- null! – null ralhou.
- O quê? – null virou-se para ela. – Não adianta, meu santo não bate com o dela. – Apontou.
- É, parece que sim. – null falou o olhando fixamente.
- Não briguem.. – null pediu. – Aposto que isso é só.. só uma besteira e logo vocês vão se entender.
- Desculpa, null. – null realmente sentia muito. – Mas eu não suporto pessoas como ele, arrogantes, machistas, metidos a engraçados..
- Pra não falar de você, não é? – null parecia irritado. – Mimada, metida a sabe tudo, intrometida..
- Você poderia ser ao menos gentil. – null aumentou o tom de voz. – Mas não, no dia que nos conhecemos já veio com aquele papo de “mais menina pra mandar na gente?”, é ridículo.
null abriu a boca uma vez apontando diretamente pro rosto de null, mas não conseguiu dizer nada.
- Tudo bem. – null disse afastando null. – Se vocês não se entendem, ótimo, só não discutam e cuidem cada um de sua vida.
null lançou um ultimo olhar de raiva para null e depois saiu.
- Não adianta. – null murmurou sentando ao lado de null na espreguiçadeira. – Eu não suporto o null.. Eu sei que conheço ele a pouco tempo, mas no momento que bati os olhos nele vi o quão insuportável ele é.
- Calma, null. – null pôs a mão na perna dela estendida. – Você não precisa gostar do null.
- Mas e a null? Ela não agüenta que nós brigamos. – null estava confusa.
- A gente agüenta suas brigas com ele, o null bem que merece. – null falou amigável.
- Eu acho que já vou. – null se levantou. - Tchau null.
- Mas já? A carne nem saiu ainda! – null exclamou impressionado.
- E vai sair pra hoje? – null perguntou rindo e levantando-se também. – Não vai null, ainda nem tocamos.
Ela sentia uma grande vontade de escutar o tal McFly e então resolveu ficar um pouco.
- Só se começarem agora. – null sentou-se novamente junto a null na mesma espreguiçadeira.
- Certo, null pega o violão. – null gritou e logo null apareceu com o violão e sentou. null desistiu do churrasco e foi até eles.
- Hey, I’m looking up for my star girl..null começou com a música que ele e null tinham composto juntos. - I guess I'm stuck in this mad world, the things that I wanna say, but you’re a million miles away.null acompanhava no violão. - And I was afraid when you kissed me, on your intergalactical frisbee, I wonder why, I wonder why, you never asked me to stay..
- Ooooooh.null fizera.
- So wouldn't you like to come with me.. null voltara a cantar e agora segurava na mão de null como se cantasse para ela. - Go surfin the sun as it starts to riseeee.. Whooooa, your gravity’s making me dizzy.. Girl, I gotta tell ya I feel much better, make a little love in the moonlight..null terminou o refrão.
- Quem compôs isso? – null perguntou rindo.
- Se estiver bom, fui eu. – null levantou a mão. – Se estiver ruim foi o null.
- Hey, there's nothing on Earth that could save us, when I fell in love with uranus... null recomeçara e null também. - I dont wanna give you away, cause it makes no sense at all.. E a gente parou aí.
- Por quê? – null quis saber.
- Porque as idéias acabaram. – Disse null.
- Houston, we gotta problem. – null apareceu no quintal.
- Boa, null. – null disse e começou a tocar e cantar. - Houston, we gotta problem, ground control couldn’t stop them, I wonder why, I wonder why you never asked me to stay... E refrão de novo.
- Eu to falando sério. – null revirou os olhos. – Show particular amanhã.
- Mas eles nos deram umas férias, cara. – null reclamou.
- Parece que vai ser em uma boate, não sei, liga pra eles null. – null apontou pra trás. null levantou rápido e entrou dentro da casa.
- Agora eu já vou mesmo. – null levantou-se, sem olhar pra null.
- Não. – null gritou e os três olharam pra ele. – Quer dizer.. Você não precisa ir só por causa daquilo. – Continuou sem graça.
- Aquilo.. – null foi dizendo, enquanto chegava mais perto de null. – Foi um insulto.
- Insulto? Você.. - Apontou pra ela. - Começou a me chamar de arrogante primeiro. – null defendeu-se.
- Eu posso até ter te chamado de arrogante primeiro, mas você me chamou de intrometida, não se fala isso pra uma garota. – null virou-se de costas e cruzou os braços.
- Tá bom, null, olha.. – null entrou na frente dela. – A gente não se deu muito bem e não vai se dar, mas vamos tentar um pacto. – E estendeu a mão pra ela. null olhou da mão estendida para os olhos de null, que com certeza não transmitiam nenhuma verdade naquele tal pacto, então apenas olhou furiosamente pra ele e disse:
- Vou falar com a null. – E começou a andar, esbarrando de propósito na mão estendida de null.
- Eu tentei. – Ele levantou os ombros olhando para null e null que, rolavam os olhos.

Capítulo 3

Estava andando pela rua sem muito rumo. Era domingo e não tinha muito o que fazer, então null entrou em uma loja de animais para dar uma olhada. Foi direto para os cachorros, sempre quisera ter um, mas seus pais nunca deixaram. Havia um único filhote de labrador empoleirado na grade esperando ansiosamente alguém vir comprá-lo.
null achou ele lindo e não demorou a pegá-lo no colo e fazer carinho, mas foi advertida pelo dono da loja que não era permitido pegar os animais. O homem tinha uma voz arrastada e uma cara muito ruim, não parecia gostar muito de animais. Então, null disse que ia levar o labrador e comprou tudo que precisava, casinha, ração, coleira..
- Vou te chamar de Simba. – Ela disse enquanto acariciava o focinho do cachorro e ia para casa. – Rei Leão sempre foi o melhor clássico Disney.
Passou horas divertidas com o novo cãozinho a tarde. Ensinara ele a fazer xixi no jornal da área de serviço e a onde ia ficar a tigela com comida e água. Quando fez pipoca para assistir seus filmes de desenho que não abria mão, ele enfiou a cara na pipoca e comeu boa parte, se engasgando com algumas.
Mais a noite o telefone tocou e uma null bem alegre gritou um:
- Hellôôôô
- null? – null franziu a testa.
- Se apronta, vamos para o show particular do McFly hoje. – Ela falava muito alegre.
- Pára Simba. – null gritou brava com ele que arranhava o sofá.
- Quem é Simba? – null estranhou.
- Meu cachorrinho, comprei pra me fazer companhia. – respondeu.
- Ham.. mas então, vamos? Vamos null, por favor, até o null disse que é pra você ir. – null falou rindo e null ouviu um “eu não disse nada” ao fundo.
- Eu vou ver se posso deixar o Simba com a vizinha do lado e eu vou, a onde é? – null indagou.
- Sabe aquele pub que nós fomos? É na esquina da outra rua, não tem como errar.. – null informou. – As 9:30, ok?
- Ok, tchau. – E null desligou o telefone e foi se trocar.
Olhou para seu armário e estava pronta para pegar uma blusa e uma saia qualquer, mas pensou melhor e lembrou que era um show particular provavelmente só pessoas realmente importantes estariam lá e ela achava que devia tentar arrasar, pelo menos dessa vez. Então ao invés de pegar a saia, virou-se para um vestido, um vestido vermelho e muito bonito que podia jurar que quase nunca usara. Era frente única, franzindo no busto até amarrar em cima e depois a saia longa e com uma abertura de lado. Olhou no espelho para pentear os cabelos e quase não se reconheceu, até Simba que brincava com uma meia parou para olhá-la estranhando.
- Bom, vamos lá. – Disse ajeitando o vestido do lado e pegando uma pequena bolsinha.

- Eu vou no banheiro. – null disse aos meninos que estavam parados na pista de dança tomando alguma coisa. – Se a null chegar, diga que eu já volto.
- Eu não entendo. – null balançou a cabeça. – O que tanto mulheres fazem no banheiro, é tudo “eu vou no banheiro”, “não sei o que banheiro”.
- Não tente entender as mulheres amigo. – null pôs a mão eu seu ombro.
- Veja a Beyoncé. – null comentou quando acabara de começar Check On It. – Ela é bem gostosa, mas de boca fechada.
- Coitada, null. – null olhou impressionado e depois bebeu sua bebida, mas cuspiu tudo no chão.
- O que.. – null começou olhando pra eles, mas viu que todos olhavam na direção da entrada perplexos. Virou-se lentamente e ficou tão perplexo quanto cada um ali.
“Ohh boy you looking like you like what you see, won't you come over and check up on it, i'm gone let you work up on it...
null acabara de chegar e parecia que entrava em câmera lenta, os cabelos voando e os olhos refletindo a luz que iluminava o ambiente. Os garotos estavam em transe, null tinha seus olhos fixados em cada movimento da garota, null mesmo tendo namorada não conseguia disfarçar, null estava babando sua bebida ainda e null por incrível que pareça estava num transe tão profundo que parecia que só existia null no mundo.
- Oi. – Ela cumprimentou eles que ainda não tinham noção de nada. Percebendo o estado deles, estalou os dedos tentando acordá-los. – Garotos?
null foi o primeiro a acordar e perceber onde estava.
- O-o-i, null. – Falou meio gaguejando.
- Cadê a null? – Perguntou.
- No-o banheiro. – null apontou.
- Ok. – Ela disse ainda estranhando todo aquele comportamento deles.
- Incrível. – null exclamou finalmente quando perdeu null de vista. – Eu juro, nunca vi alguém tão linda em toda minha vida!
- Concordo. – null ainda tinha os olhos arregalados.
- Ei, e a null, null? – null tentou desviar todos pensamentos sobre null que tinha em sua cabeça.
- Ah, não vem não null. – null levantou o dedo. – Eu podia estar em um transe, mas você estava petrificado e você também tem namorada. – Lembrou.
- Eu? – null riu, riu alto. – Eu petrificado por causa da null? Por favor, null. Ela não tem nada demais, só colocou um vestido novo, ela é bem sem sal pra mim.
- Sem sal? – null arregalou os olhos. – Pra mim é pimenta demais.
- Calma null, a null é muita areia pro seu caminhãozinho agüentar. – null que estava olhando para porta do banheiro feminino fazia alguns minutos se pronunciou.
- Ótimo, vamos ver então. – null deu um tapa no ombro de null.

- O que aconteceu com eles? – null perguntou vendo null lavar as mãos, depois de finalmente achar o banheiro.
- Nada. – null falou erguendo os ombros sem olhar ainda para null.
- Estranho. – null comentou simplesmente.
- AMIGA! – null correu em sua direção. – Você está linda. – Fez null dar uma voltinha. – To me sentindo o patinho feio perto de você. null se olhou no espelho, estava realmente.. diferente.
- Só estou diferente. – Falou sem muito entusiasmo.
- Se no seu dicionário linda, maravilhosa significa diferente você está super diferente. – null sorria feliz. – Preciso ver o que os homens acham disso. – E puxou null para fora do banheiro.
Não tinha uma pessoa naquela boate que não olhasse para null, principalmente os homens e até os que estavam acompanhados pelas namoradas.
- null, você sempre foi linda mas hoje.. – null parou de puxá-la para falar. – Está maravilhosa, se eu não tivesse namorado eu ia pegar uma pouco do seu mel.
Ela apenas sorriu, estava se sentindo sem graça com todos aqueles elogios. Só havia se maquiado um pouco mais, colocado um vestido mais atraente e deixado seus cabelos soltos ao invés de presos como na maioria das vezes ficavam.
- Então, quando começa o show? – null chegou perto dos meninos e abraçou null.
- Daqui meia a hora. – null respondeu beijando o topo da cabeça de null que era menor que ele.
- Não tem nenhuma fã histérica aqui não né? – null soltou ele.
- Não, foram só alguns convidados da gravadora. – null respondeu por null.
- Eu acho que vou pegar alguma coisa pra beber. – null disse numa voz meio baixa.
- Eu vou com você. – null se apressou. – Não posso deixar uma dama andar por aí assim.
- Que cavalheiro. – null sorriu, mas se assustou quando null pegou em sua mão. null e null disseram que iam conversar com algumas pessoas ali, ou qualquer coisa que null e null entenderam como uma desculpa para não ficarem de vela.
- O null não presta. – null revirou os olhos. – Foi só ela por uma roupa nova e ele fica todo caidinho.
- Ele não é assim null, você sabe. – null o olhou em repreensão. – Mas eu percebi que ele tava de olho na null desde o dia que eu apresentei ela pra vocês. Ai, eles formariam um belo casal né? – Olhou agora sorrindo para null.
- Claro, o palhaço e a metida-a-sabe-tudo, casal 20. – null disse com muito sarcasmo.

- O que você quer beber? – null soltou a mão de null quando chegaram até o balcão.
- Água. – Respondeu simplesmente.
- Água? Vamos lá, null você não está falando sério. – null sorriu para ela. Tinha um sorriso tão meigo.
- Eu não bebo cerveja, vodka essas coisas. – null comentou explicando. – Rude demais pra mim.
- Hmm.. nem champagne? – null a encarou.
- Champagne tudo bem. – null concordou.
- Uma garrafa de champagne. – null pediu ao garçom. – E dois copos.. vamos brindar. – Virou-se para null.
- Brindar o que? – null riu.
- A vida, oras. – null falou pegando os copos, a garrafa e servindo.
- Você não é normal, null. – null pegou o copo e bebeu um pouco.
- Claro que não, qual seria a graça de ser um simples mortal? – null levantou os ombros. – Vamos, pega o copo e vamos dançar.
- Danç..- Mas null já havia puxado null para a pista.
null já começara a dançar La Bamba bem animado.
Para bailar la Bamba
Para bailar la Bamba
Se necesita una poca de gracia
Una poca de gracia
- “Para mi y para ti ahi arriba ahi arribaaa...
null fazia gestos para null dançar também. Então ela cedeu e deu uma mão para null que segurou e pôs a outra na cintura dela e eles começaram a dançar uma coisa bem esquisita.
Por ti sere
Por ti sere
Yo no soy Marinero
Yo no soy Marinero
Soy Capitan soy Capitan

Os dois giravam e depois se juntavam numa valsa esquisita que mexia os pés em ritimo de anos sessenta.
- null, você vai me deixar tonta. – null disse ofegante dançando grudada com ele.
- Mas essa é a graça. – null virou o rosto e seu nariz tocou no de null. Pararam de dançar e se encararam profundamente. O coração de null batia acelerado, ela não sabia o que era então simplesmente virou o rosto fingindo procurar os outros.
- Onde será que estão os outros? – Perguntou, mas depois percebeu que sua mão ainda estava no ombro de null e a dele em sua cintura.
- Não sei. – Ele a olhou confuso, vendo-a ficar a meio metro dele.
- Acho que já está na hora de vocês irem né? – null passou a mão pelo braço, visivelmente tímida. – Eu vou procurar a null, vai indo lá. – E saiu andando bem rápido em direção a outra parte da boate.
null se sentiu derrotado e foi arrastando o pé até o palco.

Quando já estavam todos nos seus postos e a platéia atenta a eles, null foi a frente e disse:
- Essa música vai para uma pessoa especial.
“The world would be a lonely place..." Eles começaram e então null piscou para null logo ali em baixo. Ela estava com os olhos marejados. null ficou feliz por ela, por mais idiota que null fosse e a null não merecesse ele, ela estava realmente feliz.

Capítulo 4

Segunda-feira nunca era o melhor dia, principalmente se tinha chegado em casa por volta das duas da manhã e ter que levantar as sete pra entrar no trabalho as oito.
Na hora que null se viu livre daqueles trabalhos em sua mesa anotou mentalmente ao sair do trabalho que deveria entrar em uma auto-escola.
Mas ao sair com todas aquelas pastas debaixo do braço e papéis esvoaçantes, viu a figura de null parada do outro lado da rua olhando em volta.
Com dificuldade, ela foi tentando driblar as pastas que caíam e atravessou a rua, não queria ser inconveniente mas null poderia lhe dar uma carona.
- null. - null o chamou, e ele virou o rosto pra ela.
- Hey. - Ele disse e viu null sorrir meigamente. - Deixa eu te ajudar. - E pegou algumas pastas e papéis.
- Obrigada. - null agradeceu pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha. (Tinha resolvido parar de usar cabelo preso.) - O que você está fazendo aqui na porta do meu trabalho?
- Você trabalha aqui? - Ele fingiu uma indignação.
- Não colou, null. - null riu.
- Tá, eu queria te ver e a null disse que você estava no trabalho. - null falou mais lentamente.
- E porque você queria me ver? - null colocou uma mão na cintura.
- Não posso querer te ver não? Nossa, eu vou embora então. - E null saiu fazendo careta pra ela.
- Espera null. - null correu até ele. - Eu não posso deixar você ir, eu não vou agüentar ir até em casa.
- Que estorção, eu jurando que você ia falar "null, não vá eu preciso de você!" - Ele fez uma voz afeminada. - Entra logo.
E null sorriu para ele entre pulinhos, deu um pequeno abraço no garoto e andou até o carro dele.
- Aonde você está morando? - null perguntou quando eles já estavam andando.
- Na ex-casa dos McFly, conhece? - null brincou.
- McFly? Não é aquela banda de garotos que tocam trompete, pandeiro e triângulo? - null entrou na brincadeira.
- Como você sabia? - null virou o corpo pra ele levando as mãos a boca. - Achava que eles só eram conhecidos na Ucrânia.
null balançou a cabeça, tentando conter o riso para fingir que aquilo não tinha tido graça, mas não conseguiu e ainda com null rindo histericamente perto dele era impossível.
- Você tá morando na nossa antiga casa? Naquela espelunca? - null a encarou.
- Hey, é bem bonitinho do meu jeito. - null replicou. - Quando fui deixar o Simba na vizinha, ela disparou a me falar de vocês. Ai, de como eram bonitinhos, meio barulhentos, mas umas graciiiiiiiinhas. - E null apertou as bochechas de null.
- Ninguém merece aquela velha caduca. - null rolou os olhos.
- Ela é bem boazinha, me chamou pra conhecer os 12 gatos dela. - null contou.
- E chegamos. - null falou depois de alguns minutos.
- Tomara que o Simba não tenha feito xixi em tudo. - null falou pra si. - Tchau. - E null deu um beijo na bochecha de null antes de sair. Ele passou a mão onde ela tinha beijado e sorriu abobado.
- O que estou fazendo? Porque fico tão idiota perto dela? - null pensou alto e tirou a mão da bochecha, dando partida.
null entrou em casa e encontrou um Simba dormindo profundamente dentro de sua casinha e não havia nenhum sinal de bagunça e nem cheiro de xixi pela casa a não ser pelo jornalzinho dele.

A semana foi se prolongando. null não havia falado com null desde domingo, porque estava realmente atarefada e provavelmente null também, tendo que cuidar dos garotos.
Acordou no sábado e como de costume olhou o relógio de cabeceira que marcava 10:15, então rapidamente levantou e foi tomar seu café. null pegou uma xícara de café e foi andando pela casa até chegar na varanda que dava para uma vista linda de Londres no verão.
Mas quando olhou pra baixo e viu null encostado em seu carro com uma flor na mão e olhando pros lados.
- null! - null gritou. - O que você está fazendo aqui a essa hora?
- Essa hora? Já é quase de noite. - Brincou. - Desce.
null o olhou confusa e viu que null prestava atenção em suas vestes. Bateu a mão na testa, estava só de short curto e uma blusa de alcinha, praticamente sem roupa no meio da varanda falando com null.
- Hmm.. você não quer subir? - null indagou.
- Não, vai lá trocar e eu te espero. - null sorriu. Ela fez um sinal para ele esperar e então correu para o quarto.
Desceu já vestida com uma roupa básica e viu null sorrir pra ela.
- Não me lembro de ter te contratado como meu segurança. - null disse levando as mãos ao olhos pelo sol forte.
- É, mas mesmo assim eu gosto de te ver. - null falou e estendeu a rosa pra ela.
- Juro que quando te conheci não te achei nada dos românticos. - null aceitou a flor.
- E eu não sou, no máximo pago o jantar pra garota, você que me faz querer ser mais romântico. - null comentou meio envergonhado. - Então, pronta para passar um dia com o null aqui? - Continuou logo.
- Bom eu tenho uma pilha de trabalho me esperando lá dentro. - null apontou pra cima e fingiu pensar. - Acho que aceito seu convite.
- Só pra não fazer seu trabalho? - null fingiu espanto.
- Não né. - null riu e andou até a porta do passageiro.

Eles já estavam andando pelas ruas de Londres mas estavam quietos, null resolveu quebrar o silêncio.
- Posso ligar? - Perguntou apontando pro rádio e viu null concordar com a cabeça
A rádio que estava tocava músicas estranhas, então ela passou e passou e passou mas não achou nada de bom, então apertou para mudar pro cd.
- Hillary Duff? - null se espantou quando Hillary Duff começou a tocar.
- Qual o problema? - null olhou pra ela. - Ela até canta direitinho.
- Ah claro, eu canto melhor que ela no meu chuveiro. - null cruzou os braços. - Pra onde a gente tá indo?
- Tomar café, você não tomou um café decente. - null disse e virou a esquina parando em um café.
Abriu a porta para null entrar e ela agradeceu sorrindo.
- O que você quer? - null perguntou baixando o cardápio quando já estavam sentados de frente.
- Hmm.. Um misto quente com achocolatado e uma rosquinha. - null falou depois de escolher.
- Acho que vou querer o mesmo. - E null chamou a garçonete perto deles fazendo o pedido.
- Você não deveria estar gravando, tocando ou alguma coisa assim? - null colocou os cotovelos na mesa descansando.
- Não, a null e a gravadora nos deram uma folga.. Acho que a null que pediu as férias pra poder ficar mais com o null. - null disse.
- Mas ela já é manager de vocês, fica o tempo todo com ele. - null levantou os ombros.
- É, mas ficar com ele trabalhando não é a mesma coisa que ficar com ele a sós. - null lembrou.
- Como eles começaram a namorar, a null nunca me disse. - null resolveu continuar com o assunto.
- Ahh, logo que a null aceitou o trabalho de manager ela sempre tinha maior apego com o null, sempre mais preocupada com ele e essas coisas. - null foi contando. - Mas o null nunca que percebia o quanto ela gostava dele, foi o null que teve que abrir os olhos dele e dizer pra ele convidar ela pra sair.
- Claro, faz bem o tipo dele mesmo. - null revirou os olhos.
- O null é bem idiota com as mulheres, tem essa coisa machista e é bem metido. - null falou. - Mas no fundo é uma boa pessoa.
null bateu palmas. - E aí está nosso café.
Os dois comeram e conversaram "entre cada mordida" depois pagaram e saíram.
- E agora? - null perguntou entrando no carro.
- Sugiro pegar seu cachorro e irmos dar uma volta no parque. - null afirmou.
- O Simba vai adorar. - null sorriu.
Depois de passarem na casa de null e pegarem o cachorrinho, foram até o Green Park que era lindo no verão. Tinha um grande lago e patos nadavam nele, grandes árvores e uma grama verdinha.
- Vendo esse parque até me dá saudades de Cardiff. - null comentou com null enquanto andavam pelo parque. - Eu costumava ir sempre a um parque perto de casa com meu ex namorado.
- E você sente falta do parque e de casa ou do seu ex-namorado? - null quis saber.
- De casa, do parque, da minha família. - null respondeu. - E não sinto nem um pouco de saudades dele, já esqueci e foi passado.
- Olha Maggie, amor juvenil. - null e null ouviram uma senhora cochichar para a outra sentadas num banco perto deles.
- Que casalzinho mais adorável. - A outra senhora disse também. null e null riram, então o garoto passou a mão pelos ombros de null.
- O que você está fazendo? - null perguntou sussurrando.
- Não vamos desapontar as velhinhas, elas não sabem o que é namorar a muito tempo. - null brincou e null riu balançando a cabeça.
- Ei, Simba. - null se abaixou e pegou um graveto. - Vai pegar. - E tacou.
Simba soltou da coleira e saiu correndo atrás do graveto. null deu um tapa em null.
- O que eu fiz? - Ele disse incrédulo.
- Ele é pequeno ainda null, não pode sair correndo sozinho. - E null correu atrás do cachorro.
- Nossa! Que drama. - null murmurou e correu seguindo null.
null pegou o cachorrinho no colo e começou a falar com ele quando null chegou.
- Vamos almoçar? - null ofereceu apoiando as mãos nos joelhos para respirar.
- Mas a gente acabou de tomar café. - null lembrou.
- É nada, já são quase 1 hora. - null falou checando o relógio.
- Tá, vamos deixar o Simba em casa e vamos almoçar. - null afirmou pondo o cachorro no chão novamente.
Então foram almoçar no shopping bem no centro de Londres e dar uma volta por lá. Depois de almoçar, estavam andando pelo shopping quando a música tema de Star Wars começou a tocar.
- Ai, meu celular. - null disse pegando o celular na bolsa.
- A musiquinha do seu celular é o tema de Star Wars? - null perguntou estranhando e viu null confirmar com a cabeça.
- Alô?
- Amiga, é a null tudo bom? - null ouviu a voz de null no celular.
- Tudo e aí? - null perguntou sorridente.
- Também, o que tá fazendo? - null continuou.
- Passeando no shopping com o null. - null respondeu.
- Com o null? Nossa então deixa eu parar de ser estraga prazeres. - null brincou.
- Que estraga prazeres, o que você quer?
- Só queria saber como você tá, mas to vendo que tá muito bem. - null brincou novamente.
- É eu estou ótima, e aposto que você também com essas férias pra ficar com seu namorado. - null disse.
- Claro, amiga. - null falou. - Então tchau, porque eu to sentindo cheiro de queimado e provavelmente o null deve ter queimado as pipocas, beijo.
- Beijo. - E null desligou.
- Star Wars? - null continuava incrédulo.
- É, o meu preferido é o império contra-ataca e o seu? - null encarou ele.
- Meninas nunca gostam de Star Wars. - null falou.
- Não vai dar uma de null, null. - null levantou a mão. - Eu gosto de provavelmente todos filmes de ficçã..
- null! - Os dois pararam ao ouvir uma voz ao lado deles chamando a garota. null se virou e arregalou os olhos, porque ele estava ali?
- Hmm.. Oi, Gary. - null suspirou fundo e falou.
- Nossa quanto tempo.. - O tal Gary começou a falar. - E quem é esse? Seu namorado?
- Não, não é meu namorado.. É o null, null esse é o Gary meu ex-namorado de Cardiff. - E os dois apertaram as mãos. - O que você está fazendo em Londres?
- Passando as férias de verão, sabe. - Gary contou. - E.. eu estou noivo.
- Ah é? Que bom pra você. - null tentou um sorriso. - Quando vai ser o casamento?
- Logo, vai ser em Cardiff.. Se você quiser ir é só me ligar. - null via que Gary tinha um sorriso muito irônico no rosto.
- Tudo bem, foi bom te ver.. Até mais. - null disse e acenou.
- Que cara idiota, posso bater nele? - null perguntou depois de se afastarem de Gary.
Andaram, passearam até a noite cair. Resolveram então dar uma volta no centro para encerrar o dia.
- Você tem sido um ótimo amigo, null. - null falou encarando ele enquanto sorria. null sem entender muito apenas sorriu também. - É sério, tudo isso.. - E fez um sinal como se abrangesse tudo. - É tão especial.
- Você merece. - Foi a única coisa que null conseguiu dizer. - Quer ir embora? Aposto como está cansada.
- Ah é, vamos. - E null andou um pouco, mas depois se virou e deu um abraço apertado em null. - Vamos.

Capítulo 5

Já haviam passado semanas bem sufocadas de trabalho pra todo mundo, e o ultimo domingo de julho que null finalmente conseguiu encontrar null.
- ONTEM? – null praticamente abriu seus pulmões de tanto gritar.
- É, me pediu em casamento ontem. – null respondeu toda feliz.
- Mas null, você tem..
- 22 anos e qual o problema? – null disse rápido enquanto andava rápido também e null ao seu lado estava muito nervosa.
- Por favor alienígenas devolvam a verdadeira null e peguem esse clone que vocês deixaram. – null fez voz de súplica enquanto erguia as mãos para o céu. – Você não pode se casar com ele.
- Porque não? Eu sei que você tem todo esse problema com o null desde o dia que conheceu ele, mas eu não posso fazer nada amiga, sinto muito. – null olhou pra ela com cara de quem pedia desculpas e depois virou-se continuando a andar.
- Você está com ele a o quê? Um mês?.. Tem certeza de que ele te ama? – null pegou qualquer argumento.
- Claro que ele me ama, e eu amo ele também. – null afirmou.
- Como você pode amar ele? Ele é estranho, grosso, insensível.. – null disparou a insultar o menino. – Ah null, sabia que ia te achar aqui. – null disse segurando a mão do garoto quando entraram em uma cafeteria que pegaram o costume de ir.
- Eu sou tão previsível assim? – null perguntou estranhando.
- Não é isso, você já sabe da última? A null vai se casar com o idiota do null, diz pra ela que ela está fazendo a maior bobeira da vida dela? - null continuou segurando a mão dele enquanto o encarava.
- Bom.. O null pode ser um anormal, mas é meu amigo e a null também é, se meus dois amigos vão se casar está bom pra mim. – null falou.
- Muito obrigada. – null disse ironicamente, enquanto anotava mentalmente que queria matar null.
Antes de null responder, o celular de null tocou uma música muito estranha.
- Atende isso pelo bem dos meus tímpanos. – null pediu.
- Oi amor. – null atendeu com um sorriso largo e null fingiu vomitar. – Aqui no Express, quer vir pra cá? – E null começou a fazer gestos exagerados de negação. - To esperando então, beijo. - E desligou.
- Porquê? - null fez um olhar cansado para null que não sabia o que dizer. Não conseguia gostar de null, logo quando o viu sentiu que ele não era uma pessoa que se deva confraternizar e logo concluiu que estava certa quando conheceu ele um pouco melhor, sempre querendo se fazer de engraçadinho, era insensível, grosso, ignorante e mais cinqüenta outras coisas.. Não entendia como null podia gostar dele, e agora se casar.
Completamente mergulhada em seus pensamentos retrospectivos e não prestando atenção em nada de que null e null conversavam, foi o tempo para que null chegasse.
null levantou a cabeça dando um beijo no garoto.
- Onde você estava?
- No estúdio, compondo algumas coisas. - null respondeu sentando-se na cadeira do lado de null. - E por falar, você precisa ir lá amanhã null.
null estava ignorando completamente a presença de null ali, típica coisa dele e a garota não estava nem ligando.
- Pra que? - null franziu a testa.
- Não gostaram de algumas coisas em uma música. - null disse e null se encostou no ombro dele. null virou-se para null à sua frente que brincava com o açúcar.
- E aí filhinha de papai, a null te contou? - null a encarou e depois recebeu um tapa de null.
- Infelizmente. - null deu um risinho irônico. - E ela sabe que eu sou totalmente contra.
- Vai ter que dizer isso quando o padre perguntar. - null jogou açúcar nela.
- null pára com isso! - null falou brava com ele.
- O que? Eu não estou fazendo nada! - Disse em tom cínico. Ai homens nunca fazem nada, incrível!
- E quando vai ser o noivado? - null perguntou agora sorrindo.
- A gente ainda não discutiu isso né sweety? - null olhou pra ele.
- Daqui duas semanas, null. - null pensou um pouco e depois concluiu.
- Ótimo. - null sorriu animada e beijou ele.
- Então, vocês deviam fazer lá em casa. - null comentou. null olhou incrédula para ela e null soltou uma gargalhada.
- Quando foi que você virou a boa samaritana? - null ironizou.
- Eu estou fazendo isso pela minha amiga, é o que ela quer? Tudo bem, eu compreendo. - null afirmou. null sentiu uma felicidade que a fez sair da cadeira e abraçar a amiga.
- Que bom que você parou com essa besteira, null. - null até gritou.
- Lembre-se, estou fazendo isso por você. - Deu ênfase na palavra você mirando o olhar em null.
- Para os vagabundos que ficam, to indo. - null se pronunciou levantando da cadeira.
- E eu vou com você, preciso pegar o Simba no veterinário. - null acompanhou null.
- Você ama tanto aquele saco de pulgas, seu namorado não é? - null zombou entrando na frente de null.
- Podia até ser, porque ele é bem melhor que você. - null apontou pra ele. - Agora saia da minha frente. - Ela empurrou null para o lado, que levantou os braços num sinal de "uh, pode passar"

null chegou em casa, estressada. Primeiro o casamento de null, depois null e pra melhorar tinham colocado um xampu em Simba que tinha dado alergia.
- Simba vem comer, pelo menos você esquece a coceira. - null o chamou indo até a área e virando um pouco de ração na tigela. Ele correu até lá e lambeu a mão dela depois voltou sua cara para a comida.
Deixou ele descansar e foi tomar um banho pra depois continuar seu projeto. Não ia ter cabeça para escrever nada, mas no dia seguinte era segunda-feira e ela precisava entregar aquilo.
Estava praticamente dormindo em cima daquela papelada quando seu celular tocou, olhou no relógio pregado e já passava da meia noite. Quem estaria ligando a essa hora? Mas descobriu logo que olhou pro visor escrito "null"
- Sabe que horas são? - null atendeu o telefone.
- Sei, mas eu estou nervosa amiga. - null disse e parecia que estava comendo alguma coisa.
- O que você está comendo? - null franziu a testa.
- Chocolate, sempre me acalma. - null respondeu ainda mastigando o chocolate.
- Então, porque está nervosa? - null deitou a cabeça na mesa visivelmente cansada.
- Hmm.. - null murmurou, continuava mastigando.
- Fala logo que eu não sou a Oprah. - null falou alto.
- Tá bem.. É, meu casamento. - null desabafou.
- O que tem ele?
- Eu estou nervosa, e se der alguma coisa errada? E se eu achar que realmente amo o null mas depois que a gente for morar junto e virar uma família tudo vai ser diferente? E meus pais? Eu nem dei a notícia pra eles. - E null deu mais uma mordida no chocolate falando tudo embolado e rápido.
- A única coisa errada nisso tudo é você não ter miolos nessa sua cabecinha e querer se casar com o null.. null ele não é homem pra se casar e já nem é pra namorar, arrogante do jeito que é, eu não suportaria. - null falou brava.
- Você não conhece o null, não sabe o como ele é legal. - null disse com uma voz mansinha.
- Eu posso até não conhecer ele direito, mas sei como são homens como ele.. Eu tive um namorado igual a ele, o Gary.. Achava que podia ser metido a engraçadinho com todo mundo que estava tudo bem, era arrogante e grosso até comigo.. E desse tipo de pessoa eu quero distância agora, prometi a mim mesma que não ia me apaixonar por ninguém até ter certeza do que eu queria. - null foi contando a null.
- Mas eu sou apaixonada pelo null, desde quando bati os olhos nele. - null continuou com aquela vozinha de pena.
- Será que é mesmo? Você pode achar que é apaixonada por ele, que tudo é lindo e na verdade você está cega pelas falsidades dele.
- Ai null, não sei.. Acho que vou numa cartomante. - null falou e riu depois com null.
- Ótima solução. - null disse sarcástica. - Bom, eu não quero ser responsável por nenhuma escolha sua amiga, eu só estou tentando te ajudar como você vem feito desde que eu cheguei em Londres.
- Owwwnn.. obrigada, só de ser minha amiga já é a melhor ajuda. - null disse e parecia estar sorrindo. - Eu acho que vou deitar, sempre penso melhor quando estou deitada.
- Ok, até mais então. - null se despediu.
- Até, beijo. - E null desligou.

O telefone tocou e null podia jurar que não era nem sete horas da manhã ainda. Tateou até a escrivaninha onde ficava o telefone e atendeu. Assustou ao ouvir a voz de seu chefe, mas se acalmou quando ele disse rápido que ela não precisaria ir ao trabalho hoje porque ele teria uma reunião muito importante e estava dispensando todos os funcionários. Desligou e voltou a dormir tranqüilamente sabendo que não tinha trabalho naquela dia.
null dormiu até as 10 e não conseguiu mais ficar na cama, então levantou e foi tomar café. Enquanto tomava uma xícara de café e lia o jornal teve uma idéia, uma ótima idéia por sinal. Iria esperar até depois do almoço para executar sua idéia.
A hora havia chegado, pegou um táxi e lembrou bem onde era a rua. O táxi estacionou e ela desceu, tocou a campainha e esperou.
- O que é dessa ve.. - null visivelmente bravo foi abrindo a porta quando deu de cara com null com os braços cruzados e um sorriso no canto da boca. - null?
- É, posso entrar? - null perguntou levantando uma sobrancelha.
- A null não está aqui. - null disse.
- Eu não vim falar com a null, vim falar com você. - E apontou pra ele. - Então, posso entrar?
null abriu mais a porta dando espaço para ela entrar. Coçou a cabeça, não estava entendendo nada. null entrou olhando tudo, era uma casa muito bonita e até estava bem arrumada pra caras como o null, provavelmente pagava uma empregada.
- O que quer? - null ficou de frente para null.
- Qual é a sua hein? - null olhou profundamente pra ele. Iria encurralar ele, fazer ele confessar porque do nada havia pedido null em casamento porque null tinha certeza que amor não era.
- Como assim? - null franziu a testa.
- Não se faça de cínico, porque pediu a null em casamento? - null continuou imóvel, encarando null fundo nos olhos.. aquele olhar dela o deixava confuso.
- Porque é isso que as pessoas fazem quando elas se gostam. - null falou como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo e só null não entendia. Mas a garota riu sarcástica.
- Deve ter sido o null que disse pra você fazer isso. - null continuou sarcástica.
- O que tem o null a ver com isso?
- Não foi ele que teve que abrir seus olhos pra ver o quanto a null era atenciosa com você? Porque você só olha para seu próprio umbigo! - null deu ênfase em "umbigo".
- Isso não tem nada a ver.. - null passou as mãos no cabelo. - Eu.. eu gosto da null. - Disse por fim.
- Não do jeito que ela gosta de você! - null aumentou o tom de voz.
- Afinal o que você tem a ver com isso? - null começou andar em volta da cadeira da sala. Não conseguia ficar olhando para os olhos dela.
- O que eu tenho a ver com isso? A null é minha amiga, me ajudou o tempo todo.. - null ia dizendo mais null interrompeu.
- Claro, você é filhinha-de-papai não sabe fazer nada sozinha. - Teve que inventar qualquer coisa para atingi-la
- Sou mesmo, e é graças a eu ser filhinha-de-papai que eu encontrei a null, e não quero que ela sofra por sua causa. - null apontou na cara dele.
- Olha, porque você não PÁRA de se meter? - null parou de andar e ficou a menos de quinze centímetros de null. Ela estava ofegante, ele podia ouvir o coração dela acelerado. - Não.. não consegue cuidar da sua própria vida? Deve ser por isso que não arranja namorado. - null inventou qualquer coisa novamente.
- Eu não sou como você que quer se aproveitar dos outros, que engana as pessoas com falsidades para elas acharem que você está apaixonado por elas assim como elas estão por você. - null gritou. - Eu to perdendo meu tempo aqui, você não tem concerto.. Espero que a null enxergue isso a tempo. - E bateu a porta da casa dele.

Capítulo 6

null havia pedido para null reservar o final de semana para ir com ela e null até a casa dos seus pais e poder dar a notícia, porque estava nervosa com o que eles iriam pensar e null poderia dar uma força.
E assim a semana passou até chegar o sábado. null estava no carro dele levando as duas até a casa dos pais de null, que era bem afastada do centro da cidade onde tudo parecia ser mais calmo e tranqüilo. null pensou que os pais de null eram um casal de velhinhos do tipo anti-tecnologia.
- Ai amiga, eu estou nervosa. - null pegou na mão de null enquanto null tocava a campinha.
- Ei, quem tem que acalmar a minha namorada sou eu. - null disse puxando null para si e null apenas rolou os olhos.
- null? - A mãe de null apareceu na porta. Era bem arrumada e tão bonita quanto a filha, e não tinha nada de velha. - Filha, você não dos disse que viria.
- É, mãe.. - null puxou null para trás dela. - Viemos fazer uma visita surpresa. - E sorriu amarelo.
- Claro, entrem. - A mãe abriu a porta para dar espaço. - E olá, null.
- Oi, senhora null. - null cumprimentou meio nervoso.
- O que é isso de senhora, é Elizabeth.. - Ela não parecia ter notado a presença de null ali ainda. - E quem é você?
- Eu.. - null ia dizer quando null interrompeu.
- Ah mãe, essa é a null. - E null puxou null pra perto de si que cumprimentou sua mãe. - Ela é de Cardiff acredita?
- Uma galesa? Que prazer. - Elizabeth disse segurando null pelos ombros. - null nunca me falou de você.
- É porque nos conhecemos a um mês mais ou menos. - null contou. - E ela me ajudou muito a me adaptar.
- É meu orgulho essa menina. - E ela puxou null para si.
- Onde está o papai? - null perguntou indo se sentar com null.
- Ah ele está lá em cima vendo um torneio de golf, vou chamá-lo. - Ela fez sinal de que eles esperassem e subiu as escadas.
- Nem pense em falar nada de golf com o papai. - null disse beijando null na bochecha.
- Depois eu falo que você manda muito em mim e você diz que não, seu pai me adora. - null falou se espreguiçando e pondo os pés em cima da mesinha. null viu aquela cena e balançou a cabeça olhando null.
- Tira o pé daí. - null bateu no pé de null quando sua mãe voltava e agora seu pai junto. - Papai. - Ela foi ao encontro do pai para abraçá-lo.
- E o que traz vocês aqui para interromperem meu campeonato de golf? - O pai de null brincou.
- Robert! - Elizabeth ralhou com o marido.
- Eu estou só brincando querida, vamos digam. - E ele fez força para se sentar.
- Porque acha que a gente veio aqui só pra dizer alguma coisa, papai? - null perguntou.
- Porque você só vem aqui quando quer nos dizer alguma coisa. - O pai respondeu.
- Ok, eu digo null. - null se pronunciou. - Como vai senhor null? E as partidas de golf? Precisamos marcar mais algumas.
- Desculpe meu rapaz, mas você não tem o talento que o golf pede. - Robert respondeu negando com a cabeça e null abafou uma risadinha que só null percebeu e olhou pra ela com uma cara de "que engraçadinha"
- null, não complica as coisas. - null deu um empurrãozinho nele. - É o seguinte.. Mãe, pai, eu e o null vamos nos casar.
- O quê? - O pai de null exclamou.
- Que ótimo querida. - A mãe dela tentou amenizar. - Mas vocês são tão novos.. Tem tanto pra viver.
- Mas a gente se ama mãe. - null abraçou null.
- Se é isso que você quer, por nós está tudo bem.. não é Robert? - Elizabeth deu um cutucão no marido.
- Desde que vocês entendam que vida de casado é totalmente diferente da vida de namorado. - Robert disse.
- Nós sabemos, senhor null e sabemos também que se depender de mim nada vai mudar em relação a nós dois. - null afirmou e null murmurou um "ah com certeza" que só ele ouviu, porque estava prestando atenção nela mais do que em todo mundo.
- E o noivado? Vai ser logo? Porque o casamento tem que ser no mínimo no final do ano. - Elizabeth disse.
- O noivado nós já combinamos que vai ser lá em casa. - null se pronunciou pela primeira vez.
- Que ótimo, null. - A mãe de null falou. - Então que comecem os preparativos.
- E eu vou voltar para minha partida de golf. - Robert falou e se virou para subir as escadas.
- Vamos tomar um lanche? - Elizabeth ofereceu. - Eu acabei de fazer biscoitos.
Na volta, null deixou null em casa e ela resolveu que ia descansar porque estava dormindo pouco nos últimos dias.
Foi acordar com seu telefone tocando e praticamente 8 horas da noite.
- Alô? – Ela atendeu com voz embargada.
- null, é o null.. Você precisa vir pra cá agora! – Ele falou muito rápido.
- Mas porque, null? Eu.. eu acabei de acordar. – null bocejou.
- Não importa porque, só preciso que você venha pra minha casa imediatamente. – null continuou falando rápido o que fez null se desesperar. O que tinha acontecido com ele, afinal?
- Tá bom, eu já estou indo então. – E null desligou o telefone indo correndo colocar a primeira roupa que havia visto na frente: uma blusa branca três quartos e saia preta.
Chamou um táxi e pediu que ele fosse bem rápido até a rua onde null morava. Desceu do carro apressada e tocou a campainha. Esperou.. Dois minutos haviam se passado e nada, então tocou mais uma vez mais forte e nada, tocou a última vez e então pôs a mão na maçaneta e girou, a porta estava aberta. Quando abriu estava tudo escuro.
- null eu vim o mais rápido que.. – null começou mas notou o quão escuro a casa estava. – null?
null viu duas velas serem acesas junto com uma luz fraca da sala de jantar deixando o ambiente totalmente romântico e quando desviou o olhar das velas viu a figura de null de avental terminando de acender as velas.
- null. – null disse sem saber o que pensar. Ele não existia. – Você me preocupou, sabia?
- Sabia que você ia se preocupar comigo. – null respondeu convencido. – Senta. – E entrou para a cozinha.
null olhou tudo, havia uma rosa num vasinho no centro da mesa e duas velas entre a flor. Dois pratos colocados um de frente para o outro e seus talheres e uma garrafa de vinho. Escolheu um lugar e sentou.
- Que cheiro bom. – Comentou para null. Nisso ele veio trazendo macarronada.
- Vo a lá. – null colocou a travessa na mesa e tirou o avental. Estava lindo com uma camisa rosa claro e calça jeans.
- Você que fez? – null perguntou olhando dentro da travessa.
- Se estiver bom foi, se não eu posso ter encomendado. – null falou se sentando em frente a ela.
- E pra que o avental? – null franziu a testa.
- Pra ser mais convincente. – null respondeu óbvio e pegou as taças de vinho servindo.
- Eu ainda não entendi a onde você quis chegar com tudo isso. - null disse pegando o copo.
- Eu resolvi fazer um jantar e te chamar, mas queria que fosse surpresa. - Contou.
- Ai null, você não existe sabia? - null falou rindo. - Mas pra falar a verdade isso tá parecendo mais um jantar romântico, só tá faltando a sua cama cheia de flores.
- Não, não tá faltando. - null falou como se fosse a coisa mais normal do mundo e viu null arregalar os olhos.
- Tá falando sério? - null perguntou enquanto null servia os pratos.
- Se quiser ir lá ver. - null respondeu rindo e entregou o prato pra ela. - Vê se eu já posso casar.
null enrolou o macarrão no garfo e provou, não podia negar que estava muito bom.
- Foi você que fez mesmo? - Perguntou tomando um gole de vinho.
- Tive uma ajuda da minha mãe, liguei pra ela e ela me disse como fazer. - null revelou.
- Fala pra sua mãe me dar a receita. - null disse comendo mais um pouco. Eles jantaram, beberam vinho e conversaram por um bom tempo até que resolveram se levantar da mesa.
- E o que tem de sobremesa? - null perguntou encarando null.
- Sobre..mesa? - null pareceu nervoso.
- Você não fez nenhuma sobremesa? - null pôs as mãos na cintura e fez um cara de indignação.
- Nem lembrei. - null bateu a mão na testa.
- Tem leite condensado, manteiga e chocolate em pó aí? - null perguntou indo para a cozinha.
- Deve ter aí na dispensa. - null apontou pra uma porta no fundo da cozinha e null voltou com uma lata de leite condensado, manteiga e chocolate em pó. - O que você vai fazer?
- Brigadeiro de panela, receita brasileira. - null respondeu pegando uma panela num armário. - Agora sai da cozinha, não dá pra fazer nada com alguém te olhando. - E empurrou null para a sala. null levantou os ombros quando ela saiu e foi até o rádio que ficava na sala e procurou um cd do Beatles ali. Colocou um e foi mudando até I Need You começar a tocar.
"You don't realize how much I need you, love you all the time, never leave you.. Please come on back to me, I'm lonely as can be, I need you..."
- Nada como Beatles. - null gritou da cozinha e null foi até lá.
- "Said you had a thing or two to tell me, how was I to know you would, upset me.." - null cantou ao lado de null.
- "I didn't realize as I looked in your eyes, you told me." - null também cantou olhando null. - Vem, vou te ensinar a fazer o melhor brigadeiro de panela. - E empurrou null na sua frente. - Segura a colher.. - Pegou na mão de null fazendo ele segurar na colher. - E mexe.. null, é pra mexer. - Ela ralhou. Mas null pensava em outra coisa, em como ela tinha um cheiro bom e o quanto a respiração dela estava compassada e nervosa.
- Ah.. - null começou a mexer.
- Mexe só um pouco e depois deixa cozinhar. - null falou lavando as mãos.
Depois do brigadeiro pronto, cada um pegou uma colher de sopa e encheu de brigadeiro para comer na sala.
- O gostoso de comer brigadeiro é na colher. - null comentou sentando no sofá e vendo null sentar ao seu lado com o rosto virado para o outro lado. - null? Tá ruim? E null recebeu um dedada de chocolate no nariz.
- Péra, péra.. mas um aqui. - null passou o dedo em uma bochecha dela, com null tentando afastar a mão dele. - E outra aqui. - E passou na outra bochecha.
- null você me paga! - null pegou um pouco de chocolate e com muito esforço, por null segurar sua mão, passou na testa dele.
- Quase que você suja meu cabelo. - null falou bravo passando a mão no cabelo.
- Ui, meu cabelo tá sujo. - null brincou rindo e null avançou pra cima dela com o dedo coberto de chocolate. null na tentativa de se desvencilhar de null caiu do sofá e null caiu junto em cima dela. null pôs as duas mãos, uma de cada lado da garota, encurralando-a.
- Agora você não escapa. - null disse sorrindo.
- null, sai. - null deu um empurrãozinho no peito dele, mas null não se moveu. Ele abaixou seu rosto devagar até seu nariz tocar no de null. Ela olhava fixo nos olhos dele e não tinha certeza se entregava-se ao momento ou se simplesmente virava o rosto. Respirou fundo e fechou os olhos levantando a cabeça um pouco e encostando seus lábios nos de null que também, pego de surpresa, fechou os olhos involuntariamente. null nem null fizeram movimento algum, apenas prolongaram o beijo. Mas null de repente pareceu acordar, abriu os olhos e o rosto de null se transformou no de null e começou a ver null rindo dela enquanto ela chorava e dizia que amava ele. Afinal o que estava fazendo ali? Não tinha certeza do que queria, tinha prometido a si mesmo que não ia mais se machucar e agora estava ali beijando null na casa dele.
- null.. - null empurrou ele com mais e força e null se assustou e levantou. null tratou de levantar o mais rápido possivel e pegar sua bolsa na mesa.
- Mas.. o que.. - null murmurou algumas coisas. - null.
- Não, null.. não é certo. - null correu até a porta e segurou a maçaneta.
- O que não é certo? Eu gosto de você, porque não seria certo? - E null correu até ela.
- Nós somos só amigos, e eu quero que seja assim. - null falou e virou-se de novo para a porta.
- Mas porque? - null segurou no braço dela.
- Porque eu não quero ser mais que uma amiga pra você, null. - null se soltou do braço dele e girou a maçaneta. - É só isso que eu posso oferecer agora. - E saiu da casa. null saiu atrás dela. null já havia saído correndo. Ela olhou pra trás a tempo de ver null passar a mão nos cabelos e depois enxugou uma lágrima que caía.
- "Acredite ou não, todo mundo tem coisas a esconder... - null cantava baixinho uma música que sua mãe cantava pra ela. - Acredite ou não, todo mundo guarda a maioria das coisas em seu interior.. acredite ou não, todo mundo acredita em algo lá em cima. - Viu a estação de metrô e entrou ainda cantando. - Acredite ou não, todo mundo precisa se sentir amado, sentir-se amado..."

Capítulo 7

- Mãe? - null disse ao telefone abraçando as pernas, quando já tinha chegado em casa.
- null, filha.. O que aconteceu pra você ligar a essa hora? - A mãe de null se assustou, provavelmente estava na cama.
- Eu quero ir embora. - null afirmou enxugando uma lágrima. - Pra Cardiff.
- Mas filha, você já tem tudo aí.. como vai largar tudo que você conseguiu e voltar?
- Eu não consegui nada, eu nunca consigo nada sozinha mãe. - null falou já brava.
- O que aconteceu? - A mãe perguntou preocupada.
- Primeiro o Gary me aparece em Londres dizendo que vai se casar, você sabia disso? - null disse alto.
- Sabia, a mãe dele me contou.. Mas você me disse que tinha esquecido ele.
- Eu esqueci! - null gritou novamente. - Mas pra que ele faz o favor de aparecer na minha frente? Todo cínico mostrando o anel de noivado. - Fungou.
- Querida, não liga pra isso..
- Eu não estou ligando mãe.. Depois a única amiga que eu tenho aqui vai se casar com um cara pior que o Gary, ela não enxerga!
- Você não pode se meter na vida dos outros, null, se ela acha que é bom pra ela..
- Até a senhora? Eu não me meto na vida dos outros. - null cruzou os braços. - E terceiro.. aiii mãe!
- O que vem em terceiro? - Ela perguntou anciosa.
- Um garoto que a null me apresentou, ele.. ele é gentil, é romântico e até cozinha.. - null riu ainda chorando.
- E o que você está esperando pra casar com ele? - A mãe dela brincou fazendo null rir novamente.
- Eu não posso mãe, eu não quero me machucar de novo.. o Gary também era assim no começo, só que o null..
- null o nome dele? Olha faz o que seu coração mandar, não vai voltar pra Cardiff por causa disso.. A hora que você achar que deve se apaixonar de novo vai e segue seu coração.. Só não deixa o null esperando muito.
- É, obrigada mãe.. Eu precisa ouvir isso. - null fungou de novo. - To morrendo de saudades.
- Todo mundo aqui está, sei pai então.. quer ir de qualquer jeito te visitar aí, logo que tiver tempo. - Ela sorriu.
- Ele está dormindo? Toda vez que ligo nunca consigo falar com ele.
- Está no vigésimo sono, amanhã é domingo e provavelmente ele vai ficar o dia em casa.. você pode ligar, ia alegrar o dia dele.
- Eu ligo, beijo mãe.
- Se cuida, beijo.

- Campainha infernal. - null colocou o travesseiro em cima da cabeça ignorando a campainha que tocava descontroladamente, mas viu que a pessoa não ia desistir tão facil. - Aiiiii, já vou.
E null abriu a porta dando de cara com null de biquini e canga, null e null sem camisas e de shorts. Esfregou os olhos.
- Não tem piscina no prédio. - null disse olhando pra eles confusa.
- A gente sabe. - null entrou na frente de null. - Viemos te pegar pra nadar na casa do null.
- Nadar?
- É, null, anda.. - null empurrou ela. - Vou te ajudar a escolher o biquini.. E vocês dois comportem-se sentados aí. - null ordenou.
- O null vai? - null perguntou sentando na cama e vendo null abrir suas gavetas.
- Huuuuum, tô sentindo o amor no ar. - null falou pegando um biquini. - Esse, toma.
- Não, é feio. - null tacou o biquini de novo pra null. - Ele deve estar bravo comigo. - null encarou o chão.
- Porque? O que aconteceu que eu não to sabendo? - null pôs as mãos na cintura.
- Ele fez um jantar e me chamou pra ir na casa dele, então nós.. nós..
- Vocês? - null incentivou.
- Nos beijamos. - null desabafou e viu null arregalar os olhos. - Mas não foi um beijo, foi um selinho prolongado.
- Ah que que isso, você com o null na casa dele e fica dando selinho? - null saiu do lado de null. - Coloca esse biquini logo.
- Eu não quero me apaixonar agora, null.. Eu já sofri demais por causa do Gary e não quero sofrer de novo. - null disse entrando dentro do banheiro.
- E quem disse que você vai sofrer? Sua pessimista. - null gritou.
- Eu não posso, o null é um ótimo amigo e é assim que vai ser. - null falou saindo do banheiro já de biquini. - Ai, preciso entrar em uma academia.
- É claro que precisa. - null disse sarcástica e foi entregando roupa pra ela, que vestiu. As duas voltaram pra sala. - Campeonato inglês de novo? - null entrou na frente da TV dos garotos. - Vocês já sabem quem vai ganhar mesmo.
- Mas a gente não cansa. - null afirmou. - E vai falar que você não assiste com a gente pra ver o David Beckham?
- É claro, o que mais interessa? - null deu de ombros. - Eu sei que ele vai largar a Vitória um dia e vir pra mim.
- Não fale isso amiga, você é comprometida.. já eu.. - null brincou saindo de casa com null e os garotos.
- Enquanto o David Beckham não vem que tal o null null? - null estendeu o braço para null.
- Depois dessa oferta, nem que o David Beckham apareça só de cueca na minha frente eu aceito ele. - null falou sarcástica.
- Engraçadinha. - null rolou os olhos vendo null rir.
null dirigiu até a casa de null, com null ao seu lado e as meninas atrás.

- Fala. - null encarou null que estava com ele no quintal esperando os outros.
- Falar o quê? - null não entendeu e entrou dentro da casa de null.
- O que aconteceu, porque você não tá assim por nada. - null foi atrás de null que tomava água.
- É, realmente eu to assim por nada, AH a não ser pelo fato que a null me odeia e eu não sei o motivo. - null respondeu tudo muito rápido e muito irônico.
- E você vai querer entender ela? - null perguntou. - O que você fez pra ela?
- Esse é o problema, não fiz nada.. - null parou. - demais. - Completou.
- Então você fez alguma coisa. - null apontou pra ele.
- Não, não fiz.. A única coisa que eu fiz foi tentar mostrar que gostava dela, mas ela começou a falar que a gente só poderia ser amigos e nada mais. - null resumiu.
null ficou olhando por um momento para null. Então ele estava gostando dela? Como ele conseguia? null era no minimo insuportável demais, metida demais para se gostar. Mas alguma coisa dentro dele se manifestava, ele só não sabia o que era.
- Então finge que você não gosta. - null deu de ombros se virando pra abrir a geladeira. - Mulheres são assim, quando elas tem o cara comendo na mão, elas não querem e quando não tem, elas correm atrás.
- Isso não é verdade. - null balançou a cabeça.
- É claro que é! - null afirmou rapidamente. - Finja que nada aconteceu, não dê gelo, não fique bravo, só continue como se nada tivesse acontecido.. Aí caro null ela vai perceber que você não gosta realmente dela porque não está tentando mais nada e vai correr pra você.
- null, isso é vida real.. não um seriado! - null lembrou.
- Eu sei disso, a vida real é assim.. Faz o que eu to te dizendo. - null falou e saiu, ouvindo o barulho de pessoas chegando.
null foi a primeira a entrar na casa e já estava pronta para correr e abraçar null, mas viu um vulto entrar na sua frente e logo em seguida pular em cima de null que chegava perto deles.
- null, sai de cima de mim.. Você está sem camisa. - null gritava.
- Nada como um montinho logo de manhã. - null falou saindo de cima de null.
- Muito obrigada null, por cortar meu barato. - null disse chegando perto deles e dando um beijo em null.
null já ia direito para o cooler que estava perto da churrasqueira e pegava um pouco de gelo e esfregava em si mesmo.
- Tá quente aqui não? - Perguntou olhando os amigos que tinham uma cara de "o que você está fazendo null?"
null estava parada olhando pros lados, certificando-se que null não estava ali. Ia suspirar aliviada quando escutou uma voz conhecida atrás de si.
- Hey. - null falou e quando ela se virou ele acenou. null congelou. O que ia fazer agora? Não tinha coragem de olhar pra ele, não tão fundo quanto ele olhava pra ela.
- Oi. - null disse sem muita certeza que sua voz iria sair. - null, eu..
null chegou mais perto dela e pegou em sua mão acariciando. null não sabia o que fazer, não queria estragar a amizade, não queria ficar com null ainda..
E de repente um jato de água foi lançado em seu rosto, molhando sua blusa e seu cabelo.
- Guarda isso, null. - null gritou com o garoto que acabara de jogar água em null com uma arminha d'água.
- E aí, null? Refrescou? - null falou pra ela que sacudia sua blusa. null olhou para ele que ria sem parar. Andou até lá pisando forte, pegou bruscamente a arminha da mão dele e jogou um jato de água no rosto de null.
- Agora está bem mais refrescante. - Ela disse tacando a arminha em null com força.
- O que.. Ai você me paga garota. - null gritou enquanto null levantava uma sobrancelha. De repente a única coisa que viu foi as mãos de null pegarem suas pernas e a erguerem, enquanto null mandava ele soltar e null e null riam.
- Me solta seu idiota.. O que você está fazendo? - null batia nas costas de null que levava ela em direção a piscina.
- Isso. - E null tacou null dentro da piscina de roupa e tudo.
- Você tem problema mental? - null gritou quando emergiu.
- Prefiro ter problema mental do que ser tão metida como você. - null falou.
- Tá bom, null.. desculpa por aquilo. - null disse olhando pra ele com uma cara de que realmente sentia muito.
- Porque você está me pedindo desculpas? Foi eu quem começou tudo. - null levantou os ombros e depois percebeu que tinha acabado de admitir que tinha começado tudo. Tinha admitido alguma coisa pela primeira vez na vida, já era uma vitória para null.
- Ah esquece, ok? - Ela estendeu a mão para ele apertar. Devagar null foi chegando a mão dele perto da de null e quando segurou, ela o puxou pra dentro da piscina. null, null e null correram pra borda da piscina a tempo de segurar null.
- Você.. me.. paga. - null dizia enquanto era segurado por null e null.
- Você é muito vulnerável. - null disse e subiu a escadinha pra fora da piscina. null chegou com duas toalhas.
- Vocês dois. - null apontou para null e null que se enxugavam. - Tem problemas mentais.
- O único problema aqui.. - null falou. - É ela.
- É claro, você nunca faz nada. - null disse irônica fazendo movimentos exagerados.
- Tirem essas roupas molhadas. - null interviu.
Enquanto null e null pulavam na piscina e null e null conversavam, null puxou null.
- Eu te falei pra fingir que nada aconteceu, mas nããão, você fica todo meloso. - null deu um tapa no ombro de null.
- Era incenação, man! - null exclamou. - Não precisava ter tacado água na menina.
- Então vai lá e fala pra ela. - null mandou. Espera, porquê estava ajudando null? Porque estava ajudando null a conquistar null? Devia estar ficando maluco.
- Sobrei. - null disse rindo quando null chegou perto de null, e ela olhou feio para null que foi abraçar null.
- Como você conseguiu ter esse poder sobre o null? - null inventou qualquer assunto e null o olhou estranhando.
- null, eu acho melhor..
- A gente pular na piscina? De acordo. - null terminou por ela.
- Mas...
- null.. - null chegou perto dela que encarou ele. - Você não disse que só pode me oferecer amizade? Então, é isso que nós vamos continuar ser.
- A gente não devia ter feito aquilo.. - null olhou o chão.
- Pára de se preocupar. - null pôs a mão no ombro nu dela. - Amigos, certo?
- Amigos. - null sorriu apertando a mão de null.
Parecia que tinha tirado um peso de cima de suas costas, null tinha entendido ela, tinha entendido que ela não queria agora e estava só tentando fingir que nada tinha acontecido! Além de tudo, era compreensivel.

- Parem de ficar torrando no sol. - null gritou umas horas depois de dentro da piscina. null levantou o óculos e se apoiou nos braços.
- Londres quase nunca faz sol desses, você quer que eu não me bronzeie?
Os garotos olharam para null que fez uma cara de "é verdade" e as duas deitaram de novo.
null olhou pros outros e eles balançaram a cabeça como se tivessem entendido o que ele estava pensando. Saíram de fininho da piscina e foram até as garotas.
- No três. - null falou. - Um.. dois... TRÊS.
null pegou a espreguiçadeira de null junto com null e null e null fizeram a mesma coisa com a de null. As duas acordaram num susto e começaram a protestar até que foram jogadas dentro da piscina e os meninos pularam junto.
- Eu tinha acabado de passar bronzeador. - null choramingou para null.
- Ótimo, agora nunca vou poder competir com as mulheres brasileiras.. todas bronzeadas! - null cruzou os braços.
- Você é melhor que qualquer uma brasileira. - null abraçou ela e beijou sua bochecha.
- É porque você nunca foi pro Brasil. - null falou brincando e null cerrou os olhos para ele. - Brincadeira, brincadeira.
Enquanto isso null cochichava alguma coisa com null, estavam planejando alguma coisa.
null saiu da piscina e os dois foram atrás.
- Vai null, bobinho. - null empurrou null para frente dele enquanto null, rindo, ia do outro lado com uma bola.
- Eu não sou o bobinho. - null falou irônico.
- Tem razão, você sempre foi. - null disse enquanto fingia tacar a bola pelos lados. null foi pra perto dela e tentou pegar a bola. - Hã.. Hã.. - E tacou por cima da cabeça dele para null que agarrou.
- Nossa null, não conseguiu vencer uma mulher? Que coisa feia pra um MACHO como você. - null falou zoando ele.
- Cala a boca garota. - null levantou o dedo.
- E quem você pensa que é pra me mandar calar a boca? - null chegou perto dele. null segurava a bola sem entender nada.
- Eu sou homem. - null encarou ela também. null sentiu a raiva subir a cabeça.
- Só pelo que você tem.. - null chegou bem pertinho de null. - ENTRE AS PERNAS! - E deu um chute nas partes íntimas de null, que levou as mãos lá morrendo de dor. null fez uma cara de vitoriosa enquanto null ria de null se contorcendo. Ele correu pra dentro de casa para que nem null nem os outros vissem que ela tinha acabado de levar um chute lá por uma garota e o pior... TINHA DOÍDO MUITO!

Capítulo 8

- Cara deve ter doído muito. - null falou empoleirado no banco do motorista. Estavam os quatro no carro, na porta da casa da null esperando as duas se trocarem e eles poderem ir em uma boate.
- O grande null não é tão grande assim. - null brincou e null e null riram.
- Quer parar de falar nisso? - null virou para null que levantou as mãos.
- Não sei como você consegue não gostar da null. - null falou.
- null, você já perdeu. - null disse. - O null foi mais rápido.
- Esse é meu garoto. - null deu um tapa nas costas de null. - E como foi?
- E eu achando que a null era muita areia pro null. - null balançou a cabeça.
- A gente não fez nada. - null se defendeu e viu a cara de desapontamento de null e null. - Só nos beijamos rápido.
- É claro, ela tem o nariz empinado demais pra querer qualquer coisa com você. - null disse dando de ombros.
- Eu não acho a null.. - null começou mas a porta do lado dele foi aberta pela própria.
- Ouvi meu nome. - Ela falou entrando atrás e null na frente com null.
- É, null o null aqui estava acabando de dizer que null é um nome lindo. - null falou olhando pra ela meio nervoso por inventar qualquer coisa na hora.
- Ah, obrigada null. - null sorriu pra ele.
- Vamos então? - null olhou para null que acelerou e saiu.
null tinha dado a idéia de ir em uma boate e logo tinha escolhido em qual iam, mas ninguém conhecia o tal lugar. Então ele apenas dirigiu até lá.
Era uma casa grande e tinha um letreiro luminoso. Parecia normal. Eles desceram do carro e entram. O lugar estava lotado, muita gente dançando, bebendo, conversando e música muito alta.
- Legal né? - null comentou olhando pra eles.
- Quando você vem aqui e eu não sei? - null olhou desconfiada pra ele.
- Eu só vim aqui uma vez, babe.. com um amigo. - null deu de ombros e os outros garotos olharam torto pra ele.
- Bom, eu to morrendo de sede.. o bar me espera. - null falou.
- Vamos dançar? - null pediu animada segurando as mãos de null.
Ele beijou a bochecha dela e concordou com a cabeça, saindo.
- Quer dançar, null? - null ofereceu a mão, e depois olhou para null tentando conter o riso.
- Quem vê pensa que você é cavalheiro, null. - null soltou, parecendo com bastante ciúmes.
null riu do jeito dele. - Vamos dançar, nós três ok? - E foi atrás deles empurrando-os para onde as pessoas dançavam.
"I'm telling you loosen up my buttons baby, but you keep fronting.. Saying what you going to do to me..."
- Vai null, eu sei que você ama essa música. - null empurrou ele rindo.
null olhou cerrado para null e depois virou-se para null. Ela estava com a mão na frente da boca provavelmente tentando conter um riso.
-"But I ain't seen nothing..." - null cantou fazendo uma voz histérica de mulher e puxou null para dançar com ele.
Ela entrou na brincadeira e começou a cantar. - "You say you're a big boy, but I can't agree.. 'cause the love you said you had, ain't been put on me..."
null bateu palmas, ela tinha uma voz boa. Então ele e null ficaram de frente para ela, a encorajando a continuar cantando.
Ela riu balançando a cabeça e continuou. - "I wonder if I'm just too much for you.. Wonder.. If my kiss don't make you just.. Wonder.." - E rebolou um pouco, fazendo null e null baterem palmas. Eles começaram a rebolar e dançar como ela, enquanto ainda cantava.
"What I got next for you, what you want to do? Take a chance to recognize that this could be yours.. I can see, just like most guys that your game don't please"
null e null começaram a cantar com uma voz muito fina e histérica. - "Baby, can't you see? How these clothes are fitting on me!" E rebolaram descendo até o chão, o que faz null gargalhar e continuaram. - "And the heat coming from this beat, I'm about to blow, I don't think you know..."
A música continuou tocando, mas eles resolveram ir sentar em umas poltronas que ficavam de frente pra pista.
- Eu.. não.. consigo.. parar de rir. - null gaguejou ainda rindo.
-"I'm telling you loosen up my bottons baby!" - null cantou pra ela que riu mais um pouco daquela voz que ele fazia.
- Eu vou me juntar ao null, rebolar assim me deu sede. - null disse e foi em direção ao bar.
- E eu vou no banheiro. - null falou meio ofegante. - Minha maquiagem deve tá horrível!
- null, eu sei, você sabe, que não tem como você ficar horrível. - null olhou sorrindo pra ela.
- É uma necessidade feminina ir ao banheiro. - null falou e então saiu para ir ao banheiro.

- null null? - null, que tinha acabado de deixar null conversando com uns amigos que ela tinha encontrado, ouviu uma voz as suas costas e virou.
Era uma garota que devia ter uns 18 anos e usava uma roupa bem vulgar, não para a vista dele é claro.
- Oi. - null falou chegando perto dela.
- Não posso acreditar que estou mesmo te vendo.. - Foi até o ouvido dele. - Você é mais gato ainda de perto. - Ela disse num sussurro.
- Ham..
- Eu estava indo mesmo para uma parte mais reservada da boate, você não quer ir? - A garota continuou sussurrando no ouvido dele.
- Não.. Eu.. - null não conseguia tirar os olhos do corpo dela. - Eu estou indo encontrar minha namorada. - Disse depois que pareceu acordar.
- Desde quando você tem namorada? - Ela olhou com uma cara de nojo.
- Faz um bom tempo..
- Conta outra, null, você é o mais galinha do McFly inteiro. - A menina parou de sussurrar e agora parecia zangada.
- Eu ERA. - Ele concertou.
- Tudo bem.. Depois você conta pra ela que é corna. - E ela o puxou pelo colarinho da camisa...

null estava voltando do banheiro olhando pros lados, quando arregalou os olhos vendo null beijar e pressionar uma garota contra a parede. Não, era DEMAIS! Ela não agüentaria ver tanta cafagestagem numa pessoa só. Andou pisando firme até lá e parou bem em frente aos dois, então pigarreou.
null soltou a garota muito rápido e olhou assustado para null, com a boca toda borrada de batom vermelho e a camisa amassada.
- Você deve ser a namorada dele.. - A garota falou rindo. - Agora você não precisa mais contar pra ela que é corna, null, ela já sabe!
- Sai daqui. - null berrou com ela e a garota olhou com indignação para ele, mas saiu esbarrando no ombro dele de propósito. - null, não é nada do que você está pensando. - null começou a falar com uma voz de súplica.
- É claro que não é! - null falou. - É muito PIOR do que eu pensava que você era capaz de fazer.
- Ela me agarrou, eu juro.. Eu estava voltando para encontrar a null..
- Agora você pensa nela não é? - null cruzou os braços. - E quando um não quer dois não brigam, duvido que você não queria aquilo. - E apontou para onde a menina tinha saído.
- Eu não queria! - null gritou. - Ela me agarrou! Eu não ia bater na garota pra me soltar.
- Não é a mim que você tem que dar explicações! - null também gritou. - É à null.
- Eu não posso. - null pareceu desesperado. - Ela vai querer terminar tudo, nosso namoro, nosso noivado..
- Que pena né? Devia ter pensado nisso antes de sair agarrando fãs. - null saiu andando.
- Você tem que entender que não foi por intenção! - null correu atrás dela e segurou seu braço. - O que eu tenho que fazer pra você não contar nada pra null?
- Você já me deu motivos o bastante pra contar tudo pra ela. - null puxou seu braço e encarou null firme.
null olhou para o chão triste.
- Por favor, eu gosto muito da null e não pode acabar tudo assim. - Ele disse numa voz muito mansinha e pela primeira vez na vida null pareceu enxergar alguma verdade nos olhos de null. - Eu não tive intenção, e não quero magoar ela e muito menos deixar ela pensando que eu traí ela com uma fã, elas as odeia!
null sentiu um pouco de pena de null. Ele estava falando a verdade, até porque ele não era um ogro que machucava todo mundo! E tinha null.. null podia ver o quanto ela ia ficar mal com isso, não podia deixar ela se magoar por uma besteira que null havia feito sem pensar muito.
- Tava procurando você, babe.. - null apareceu.
- É eu acabei de achar ele. - null falou devagar.
- Cuidando do meu noivo por mim, amiga? - null abraçou null de lado e null sorriu.
- Eu deixei o null sozinho na pista de dança, vou encontrar ele.. Agora você vai ter cuidados melhores, null. - null terminou a frase meio irônica e saiu.
- Acho que a null tá gostando do null, né? - null falou olhando para null.
- É deve ser.. - null respondeu indiferente. - Vamos, null, essa boate já perdeu a graça.

Era domingo e as duas se encontravam no apartamento de null discutindo os preparativos para o casamento.
- Eu to uma pilha.. - null falava batendo a caneta no papel. Virou-se para null que estava sentada na poltrona da sua casa olhando fixo para alguma coisa. - null!
A menina pareceu acordar num susto. - Ham?!
- Você ouviu o que eu falei até agora? - null ergueu uma sobrancelha encarando a outra desconfiada.
- Ouvi.. quer dizer, até a parte que você falou que ia começar a fazer a lista de coisas do seu casamento. - null falou, rezando para que a amiga não ficasse brava.
- Isso foi a meia hora atrás! - null exclamou. - Onde você está com a cabeça?
Aonde? No dia anterior, naquela cena! Aquela maldita cena que não saía da sua cabeça e até a fizera perder o sono. E sem contar com a culpa que carregava por não contar para null! Mas ainda acreditava que estava fazendo bem a amiga não contando. Como null conseguia ser tão.. tão.. AI!
null socou a almofada de raiva.
- O que foi? - null perguntou assustada.
- Nada, estava só pensando no... - null tentou inventar qualquer coisa. - No monte de trabalho que vou ter amanhã, é, é isso. - Sorriu aliviada.
- Você anda muito estressada com esse trabalho amiga, devia pedir umas férias. - null aconselhou.
- É, acho que sim. - null confirmou.
- Bom, eu vou comprar meu vestido e o terno do null em Nova York. - null escreveu no papel. - Você podia ir com a gente.
- Vamos ver, preciso comprar um vestido também. - null disse meio distraída.
- Claro, você e o null têem que ser os padrinhos mais lindos. - null deu de ombros se voltando para o papel, sem perceber o espanto da amiga.
- Eu e o null vamos ser os padrinhos? - null levantou rápido.
- Ah, eu não tinha te falado! Vão sim, acho que o null ia falar com o null hoje. - null explicou, mas null continuava com uma cara de espanto. - Serão você, o null, o null e o null, já que minha irmã não deve dar a mínima para o meu casamento e provavelmente não vai sair da Austrália e vir pra cá. - Ela continuou. - O null insistiu pro null ser o par do null, mesmo ele não querendo se passar por "mulher".. - null fez aspas. - Vai ser lindo. - Juntou as mãos e seus olhos brilharam.

Capítulo 9

O noivado tinha sido marcado para o sábado daquela semana. Além disso, os pais de null disseram que iam a Londres para visitá-la e null mandou convidá-los para o noivado também. Ia ser uma pequena comemoração, tudo no apartamento de null. null não se continha de tanta felicidade.
Era sexta-feira a tarde e null estava arrumando a casa quando a campainha do apartamento tocou. Largou a vassoura encostada na parede e foi até a porta olhar no olho-mágico.
- Minha filha mora aí? - null ouviu uma voz grossa de traz da porta e logo reconheceu seu pai.
Destrancou correndo a porta e deu um abraço forte nele.
- Ai, pai. - null disse numa voz abafada pelo abraço. - Entra. - Disse se soltando do pai e dando espaço.
- E eu, não ganho abraço? - A mãe de null abriu os braços olhando pra ela e null pulou abraçando ela também.
- Entra mãe. - null puxou a mãe pela mão.
- Olha Nora, ela fez um ótimo trabalho com esse apartamento. - O pai de null disse a mãe, olhando a sala de tv/visita/jantar.
- Vem, vou mostrar pra vocês o resto da casa. - null chamou os dois para a cozinha.
A mãe de null começou a abrir tudo na cozinha e verificar.
- Filha, você não tem nada aqui! Só pratos e talheres. - Ela exclamou. - Nem comida na geladeira tem.
- Mãe, eu peço comida! - null rolou os olhos. - Não sei cozinhar! - E eles voltaram para a sala.
- Ali é o banheiro. - null apontou. - E tem quatro quartos, dois são suítes.
- Eu vou descer e pegar as malas. - O pai de null falou.
- Mãe, vocês podem ficar no meu quarto que é cama de casal e eu fico no quarto de hóspedes. - null disse. - Agora preciso terminar de arrumar essa casa, a null disse que já vinha trazer as coisas que a mãe dela tinha preparado pro jantar.
E foi assim, passado algum tempo null e null chegaram trazendo a comida.
- Mãe, pai, essa é a null. - null apresentou quando chegaram.
- Então você é a famosa null. - A mãe de null cumprimentou a menina, assim como o pai.
- Famosa eu não sei. - null sorriu olhando de canto de olho para null.
- E esse é o noivo dela, null - null apresentou null tentando ser o mais simpática possivel.
- Então vamos deixar os homens na sala que a gente tem um pouco de trabalho. - null disse empurrando null para perto do pai de null e indo para a cozinha.

A noite, a comemoração já havia começado e todos já estavam bem animados conversando. Os pais de null e os pais de null pareciam se conhecer a anos! O jantar ainda não havia sido servido. null e null estavam sentados conversando com os pais e null, null e null estavam em outro sofá conversando entre si. null não parava de ir e vir da cozinha trazendo alguns tira-gostos.
- Filha, vou te ajudar. - A mãe de null disse levantando quando a garota passou com uma garrafa de vinho e as duas foram para a cozinha. - Então..
- Então o quê o mãe? - null disse tirando uma massa do forno.
- Aquele é o null. - A mãe dela apontou para trás.
- É mãe. - null parou por um momento e encarou a mãe. - O que você acha? - Perguntou insegura mordendo o lábio.
- O que eu acho? Que na minha época deviam ter garotos mais parecidos com aqueles. - Ela brincou.
- Mãããiiin. - null choramingou revirando os olhos.
- Vamos voltar pra lá e eu quero que você me apresente direito. - Sua mãe disse e empurrou ela de volta pra sala.
- Gostei de você null. - null ouviu seu pai falar. - Ei filha, vem até aqui. - E null foi até eles com um sorriso falso.
- Se divertindo? - null perguntou olhando seu pai e null que agora conversavam sozinhos.
- Muito. - O pai de null falou. - Esse garoto é muito esperto. - Ele deu alguns tapinhas no ombro de null, null tentou sorrir em concordancia.
- Seu pai quer me levar para trabalhar na empresa dele em Cardiff. - null contou a null como se os dois fossem muito amigos.
- Ham..
- Mas acho que você não ia me querer morando lá não é? - null perguntou erguendo a sobrancelha.
- E porque você não ia querer filha? - O pai dela perguntou também estranhando.
- Não.. eu.. eu não disse isso. - null gaguejou. - O null faz o que ele quiser, eu não tenho nada a ver com a vida dele, não é? - null disse querendo mostrar mesmo que ela não tinha nada a ver com o que null fazia, se ele beijava outras enquanto estava noivo ou se enganava as pessoas. - Com licença. - E se retirou indo em direção aos garotos e sua mãe sentados em outro sofá.
- Aí está ela. - A mãe de null disse puxando a filha pela cintura. - Estávamos justamente falando de você.
- E da sua foto de nenem pelada que toda sua família tem na carteira. - null brincou.
- Mãe, eu não acredito que você falou isso! - null pôs as mãos no rosto, mas depois olhou para null que ria meigamente.
- Você era linda filha. - Ela disse olhando pra cima. - Mas agora você já pode me apresentar o null direito, sabe a null fala muito de você.
- MÃÃÃÃIIIIIIIIIIN. - null cerrou os olhos para a mãe enquanto os garotos riam. - Pára com isso!
- Tudo bem, null. - null falou. - Eu sou null, amigo da null. - E os outros garotos fizeram uma cara "aham, amigo, sei"
- Bom null, acho melhor deixar a sogra conhecer seu futuro filhinho. - null falou brincando e ele e null se levantaram.
- Hey! - null e null gritaram repreendendo os dois que riam. null então virou-se para null que havia corado ligeiramente.
- Eu adoraria ter você como genro, null. - A mãe de null comentou.
- Mãe, você não entendeu ainda que nós somos só amigos? - null esbravejou um pouco. - Vamos null, eu não sei porque minha mãe tá assim hoje. - E ela lançou um último olhar bravo para sua mãe e saiu para a cozinha seguida por null.
A menina colocou as mãos na pia e bufou impaciente.
- Você não precisa ficar assim, sua mãe só está tentando ser legal. - null tentou consolar.
- Eu preciso sim, null. Eu não quero que as pessoas pensem que nós somos namorados! - null virou de costas pra ele.
- Nossa, é tão ruim ser considerada minha namorada? O que é? Vergonha? - null andou até mais perto dela, ficando a poucos centímetros das costas da garota.
- Não! Isso não tem nada.. - null virou para frente sem saber que null estava tão próximo. - ..a ver. - Terminou a frase com uma voz baixa.
- Então o que é? - null disse quase num sussuro.
- null não faz isso.. - null também disse num sussuro. Narizes colados, olhos fixos uns nos outros..
- Esse jantar sai ou não? - null entrou na cozinha falando e se deparou com os dois. - Ahh..
null virou muito rápido para null e null foi mais rápida ainda em ir até o forno.
- Já tá saindo.. Eu.. eu e o null viemos.. pegar as coisas. - null disse abaixada e puxando alguma coisa do forno sem olhar para null. Não ia conseguir!
null não soube dizer o que sentiu, só sabia que era uma coisa estranha parecida com raiva. Mas raiva? Porque raiva? Ele não tinha nada a ver se null e null estavam prestes a se beijar no meio da cozinha, afinal não era isso que ele queria, ajudar null?
- Eu vou lá avisar todo mundo então. - null apontou pra trás e se virou, saindo da cozinha.
- null.. - null começou, mas a menina levantou rápido com um prato na mão e pôs em cima da mesa, sem olhar para ele. - Você não está..
- Brava? Não! - null se virou. - Nós somos amigos, não somos null?
- So-omos. - null respondeu sem entender.
- Então, era isso que eu queria saber. - null pegou algumas vasilhas com os pratos do jantar e saiu da cozinha.
Todos já estavam sentados à mesa. null e null no centro, a garota tinha um sorriso enorme nos lábios. Então null pigarreou e começou a falar:
- null null.. - Olhou nos olhos dela e pegou alguma coisa no bolso. - Você aceita se casar comigo? - E null abriu uma caixinha vermelha com um anel de brilhantes.
null olhou o anel e depois olhou null, caiu uma lágrima de um olho, e então olhou todos em volta. Tinham sorrisos estampados nos rostos e uma cara de ansiedade.
- Sim. - null disse finalmente segura. null pôs o anel em seu dedo e os dois se abraçaram diante de palmas de todos. Se soltaram e uma chuva de "Parabéns" foram ditas a eles.
- Agora podemos comer? - O pai de null perguntou e levou uma cotovelada da esposa.
- Podemos pai. - null disse com um sorriso.
E eles jantaram, coversando sobre o grande casamento que ia acontecer daqui alguns meses, menos uma pessoa parecia animada com isso. É, null ainda não havia engulido por inteiro esse casamento, null estava tão feliz, mas até quando a felicidade da amiga ia durar?
- Parabéns. - null disse a null quando todos já estavam comendo um mousse de chocolate sentados no sofá e os dois estavam ainda na mesa.
- É, os namorados se casando, os amigos virando namorados.. - null comentou.
- O que você quer dizer com isso? - null ergueu uma sobrancelha.
- Não seja cínica null! - null falou. - Você não consegue esconder que está afim do null.
- Eu não estou afim do null, null. - null afirmou.
- E eu sou a rainha da Inglaterra. - null ironizou. - Por que não assume?! Tem medo de homem?
- Ah tá bom, agora quem é você pra me fazer esclarecer alguma coisa? - null indagou. - Eu não sou como você que engana as pessoas.
- Quer parar de falar isso? - null disse bravo. - Eu já disse, eu não estaria casando com a null se não gostasse dela.
- Ah é claro que você gosta, tanto que fica beijan.. - Então null pulou em cima da mesa e tampou a boca de null, fazendo um grande barulho e todos olharem pra eles.
- É.. - null começou a procurar alguma coisa como desculpa. - Aqui está a colher que você queria. - E estendeu uma colher para null.
- Você está bem, null? - null perguntou preocupada.
- Estou sim. - null se levantou e foi até null começando um novo assunto com ela e os pais.

Já passava da meia noite quando todos haviam ido embora. A mãe e o pai de null tinham ido dormir, pois a garota havia recusado a ajuda para lavas os pratos (tinha mania com limpeza) já que null havia oferecido para ajudar.
- null.. - null começou enxugando um prato.
- Hã? - null murmurou lavando outro prato.
null pegou a esponja que a garota havia deixado de lado cheia de espuma.
- Fala, null. - E então null se virou para o garoto que a sujou de espuma fazendo um bigode e uma barba.
null começou a rir da cara da garota.
- O natal chegou mais cedo. - null disse dando um peteleco no nariz dela.
- E você vai ver o presente que você vai ganhar. - null olhou para null com uma cara de "ou corre ou morre".
E null correu, saiu disparado pela sala da casa com null correndo atrás dele. Entrou no quarto de hóspedes e quando foi fechar a porta null segurou.
- Você vai me pagar, null. - null dizia fazendo força do lado de fora da porta. - Me deixa entraaaaaaar.
- Qual é a senha? - null perguntou fazendo força do lado de dentro.
- Não sei! Você acabou de inventar isso. - null falou com o rosto grudado na porta.
- Você é nova no clube, vou te falar a senha. - null disse e sentiu null parar de forçar a porta.
- E qual é? - A garota segurou a esponja na mão pronta para sujar null.
- Essa! - E null abriu a porta puxando null para dentro pelo braço e colando seus lábios inesperadamente. A garota continuou com os olhos abertos muito assustada e null soltou dela.
- null, eu não consigo mais! Eu estou apaixonado por você e só o que eu preciso é te ter por uns mínimos segundos. - null falou segurando as mãos de null. - Posso ficar aqui e fingir por um tempo que você é minha?
null foi invadida por uma coisa sem explicação, tinha o homem perfeito dizendo que estava apaixonado por ela, mas mesmo assim não parecia completa.
- Você não existe. - null disse o olhando com um pequeno sorriso no rosto.
- Existo, e vou te provar o quanto apaixonado por você eu estou. - null andou até ela e null olhou pra cima nos olhos dele. Assentiu com a cabeça e null entendeu. null colocou seus braços em volta do pescoço dele e fechou os olhos sentindo a respiração de null tocar seu rosto e finalmente os lábios deles se juntarem num beijo de verdade. null abraçou null enquanto beijava a garota e ela segurou seus cabelos sentindo null apertá-la contra si. Ele guiou null que estava de costas até a cama de solteiro daquele quarto e a deitou cuidadosamente na cama ainda beijando e fazendo carinhos. null subiu um pouco e deitou a cabeça no travesseiro enquanto null beijava seu pescoço.
Voltaram a se beijar e se acariciar até que dormiram, null deitada em cima do peito de null e ele acariciando o cabelo dela.

Capítulo 10

null acordou no outro dia com o sol entrando pela janela que eles haviam deixado totalmente aberta. Esfregou os olhos e com dificuldade tentou enchergar alguma coisa, viu que null ainda dormia e seus cabelos estavam jogados por cima do peito dele. A respiração dela era calma e null sorriu ao vê-la se mexer um pouco sem acordar. Ficou ali acariciando os cabelos da garota e a assistindo dormir profundamente. Não sabia o que ia acontecer quando null acordasse, ela era confusa as vezes.. Numa hora estava tudo bem e depois ela estava brigando e querendo esquecer tudo, mas pelo menos ele tinha se declarado e agora null tinha certeza dos sentimentos dele e.. e.. null não soube mais o que pensar, viu null se mexer de novo. Passado algum tempo, null resolveu acordá-la, não estava aguentando pra saber o que ela ia dizer afinal. Beijou o pescoço dela e sentiu a garota arrepiar antes de abrir os olhos vagarosamente e se virar para null.
- A quanto tempo você está acordado? - Ela perguntou olhando para null que estava apoiando a cabeça na mão.
- Alguns minutos, te vendo dormir. - null respondeu e ela balançou a cabeça rindo um pouco.
- Não tem graça ver alguém dormir. - null disse se encolhendo.
- Tem sim, principalmente se esse alguém é você.. Parece tão inofensiva dormindo. - null brincou e levou um tapa no braço da garota. - Ai, doeu!
- Que bom. - null afirmou séria.
- Eu.. é.. - null começou a gaguejar.
- É o que null? - null perguntou sem paciência.
- Como fica? A gente? - null foi dizendo as palavras de vagar com medo da reação dela.
- Eu.. eu.. eu ainda não sei null, acho que devemos ir com calma. - null também disse tudo muito devagar e viu null assentir com a cabeça.
- Como você quiser. - E deu um beijo na bochecha da garota e ia se levando quando foi puxado por ela novamente.
- Vamos dormir mais um pouco, tá tão bom. - Ela disse com os olhos já fechados e puxando null pra perto dela.
- Ahhh, agora é bom ficar comigo né? - null levantou a sobrancelha.
- É, null.. Agora deita aqui, cala a boca e vamos dormir. - null se acomodou de novo nos braços dele e null abraçou ela. Fecharam os olhos e logo estavam dormindo de novo.
Passado algum tempo, a mãe de null abriu a porta do quarto com cuidado, talvez a filha ainda estivesse dormindo. Entrou no quarto e viu null e null dormindo abraçados. Não pode negar que sentiu um alívio ao ver que os dois estavam com roupa, então pigarreou alto. Primeiro null abriu os olhos e espreguiçou, depois null se mexeu e quando começou a abrir os olhos enxergou o vulto de sua mãe parada. Levantou da cama muito rápido, fazendo null se assustar e cair da cama.
- null.. - null disse deseperada olhando pro garoto no chão. - Mãe.. - Olhou para sua mãe.
- Sra. null.. eu.. a gente, não.. - null se ajoelhou no chão e começou a guaguejar.
- Mãe. - null foi até ela e a segurou nos braços. - Não é nada do que você tá pensando.. Ontem, eu.. quer dizer o null, eu não pude deixar ele ir embora tão tarde e.. - null olhou para null pedindo ajuda.
- E.. a gente ficou conversando e acabamos dormindo aqui. - null inventou.
- Eu não disse nada. - A mãe de null balançou a cabeça. - O café está na mesa. - E saiu do quarto.
- O que ela quis dizer com isso? - null perguntou encarando null que apenas levantou os ombros mostrando que não entendera também.
null disse a null que iria trocar de roupa, enquanto ele ia no banheiro. Chegou em seu quarto e desmontou em sua cama já arrumada. Passou a mão em seu pescoço e arrepiou, sentindo o beijo de null ali de novo. Chacoalhou as mãos tentando afastar aquilo de sua cabeça e levantou abrindo seu armário. Pegou uma regata e um shorts, trocou e saiu do quarto.
Entrou na cozinha, seu pai estava lendo um jornal, sua mãe fazendo torradas e null bebendo alguma coisa. Puxou uma cadeira e se sentou.
- Torradas, querida? - A mãe de null perguntou sorridente.
- Pode ser. - null respondeu pegando o leite.
- Então.. - O pai de null fechou o jornal. - null, é esse o seu nome?
null engoliu o que estava bebendo rápido e confirmou com a cabeça. null olhou de canto de olho pra ele.
- Quais são suas intenções com a minha filha? - Apoiou os braços na mesa e encarou null, que engoliu em seco visivelmente nervoso.
- Pai, o null é meu amigo. - null falou por null também meio nervosa.
- Eu estou brincando. - E empurrou null com o cotovelo e o garoto sorriu nervoso. - Então, vão nos mostrar a cidade hoje? Faz anos que não venho pra Londres.
- Claro, papai. - null continuava nervosa.
E eles foram, depois do café, até o centro de Londres onde iam passear a pé. O pai e a mãe de null iam de mãos dadas olhando tudo, enquanto null e null iam mais atrás, calados.
- Vai me ignorar mesmo? - null quebrou o silêncio finalmente.
- Não estou te ignorando, null. - null disse simplesmente. O fato era que, ela já não entendia mais o que queria.
- Ah não, esqueci que você aderiu a lei do silêncio. - null falou irônico, já estava cheio disso.
- O que quer que eu faça? - null parou de andar colocando as mãos na cintura e encarando null que parou também.
- Isso. - E null segurou null pelos ombros colandos seus lábios. Mas null empurrou ele.
- Não, null.
null suspirou e olhou pro lado.
- Você é bem confusa sabia? - Disse ainda sem olhar pra ela.
- Sabia! - null afirmou com o tom de voz um pouco mais alto do que o normal.
- Então se decida, porque eu não vou estar aqui a hora que você quiser não. - E null virou para o lado oposto a que eles estavam indo.
- null, espera! - null gritou, mas ele nem se quer virou. Correu até seus pais.
- Onde está o null, null? - Sua mãe perguntou.
- Recebeu uma ligação da gravadora e teve que ir correndo pra lá. - null respondeu tudo muito rápido e se surpreendeu por ter inventando uma desculpa tão boa e tão rápido.

null havia acabado de deixar seus pais no aeroporto, já anoitecendo, quando seu celular tocou.
- Alô? - Disse pondo o cabelo pra trás da orelha.
- Honey, vem pra casa do null.. só ta faltando você. - A voz de null entrou no ouvido de null.
- Acho que não null. - null disse entrando em um táxi.
- Pra onde a senhorita vai? - Perguntou o taxista e null fez sinal para ele esperar.
- Por favooooor. - null suplicou, null podia ver a cara que ela estava fazendo de cachorro sem dono.
- Você sempre vence, não é? - null falou.
- Ótimo, to te esperando. - E null desligou.
null disse o endereço ao taxista que deu partida.
Foi meio perdida em pensamentos. null estaria lá, e provavelmente muito bravo com ela. Também, era uma burra, dizia pra si mesma. O garoto estava apaixonado por ela, o cara perfeito e ela não queria ficar com ele? Porque? Não tinha resposta a esse "porque não queria ficar com ele", não sabia se era medo, insegurança de se apaixonar e quebrar a cara ou se era null que era bom demais pra ela.
- Senhorita, chegamos. - O taxista disse já meio impaciente.
- Ahn.. - null pareceu acordar. - Desculpa, aqui está. - E tirou algumas libras de sua carteira entregando ao taxista e saiu do carro.
Arrumou os cabelos, puxou o vestido arrumando e tocou a campainha.
- Hey. - null cumprimento quando abriu a porta.
- Hey null. - null deu um beijo em sua bochecha e entrou junto com o garoto.
- Amiiiiiiiiiga. - null pulou do sofá e foi até null abraçá-la.
null sentou ao lado de null e null que jogavam uma partida de video-game muito entretidos.
- Não liga pra eles, quando começam a jogar isso ninguém pára. - null disse a null que sorriu sem jeito. - Vem.
E as duas se sentaram na poltrona assistindo eles jogarem.
- null! - Uma garota saiu da cozinha.
- Já vou null, só terminar de acabar com o null. - null disse sem olhar para os lados.
- Coisa que não vai acontecer. - null disse com os olhos cerrados na tv. - GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL - null largou o controle e saiu comemorando.
- Essa é a null, namorada do null. - null apresentou a tal menina.
- Hey, prazer. - null disse sorridente. Parecia bem simpática.
- Prazer, null. - null cumprimentou a garota.
- Acho melhor a gente fazer alguma coisa pra comer. - null falou. - Se depender desses aí, ficam até de madrugada.
- Concordo. - null falou empurrando as duas para cozinha, ouvindo null ainda comemorar.
- O null é um inútil. - null disse abrindo a geladeira. - Eu acabei de chegar da casa dos meus pais e ele nem pra ficar comigo, o que aquele video-game tem que eu não tenho? - E pôs as mãos nas cinturas, mas riu depois com as outras.
- Homens. - null murmurou ainda rindo. - E por falar nisso, aposto como quer saber onde está o null.
- Não, não quero. - null levantou as mãos.
- O null? Seu affair? - null chegou mais perto delas interessada.
- Não.. quer dizer.. não sei. - null olhou de canto de olho para null.
- Os garotos disseram que ele passou aqui mais cedo, mas disse que não queria falar com ninguém. - null contou.
- Ele deve estar me achando uma idiota. - null sentou em um banquinho da mesa. - Ele está apaixonado e nós nos beijamos, de verdade e dormimos abraçados ontem. - Ela contou.
- Amiga. - null sentou ao lado dela e pôs a mão em seu ombro.
- Mas ontem foi um dia, um dia em que eu queria aquilo.. e hoje é outro dia que eu não sei o que eu quero. - Disse meio confusa. - E ele disse que é pra eu me decidir, porque ele não vai estar aqui a hora que eu quiser. - E colocou as mãos em seu rosto.
null ouviu isso de boca aberta, parecia coisa de novela.. null não fazia nada lindo assim pra ela.
- É incrivel como são os homens.. - null sentou do outro lado de null. - Uns ajoelhados aos nossos pés, outros nos trocando por video-games.
- null, o null não é assim.. Aposto como está com tantas saudades quanto você, só não percebeu ainda. - null falou amigável e null sorriu aceitando aquilo. - E você, tem que dar um tempo mesmo para seu coração e se o null não quiser esperar, ele só vai perder. - null puxou null fazendo a garota se levantar.
- É. - null suspirou. - Vamos ao trabalho, porque não sei vocês mas eu esto morta de fome. - null falou agora sorrindo, fazendo as outras sorrirem também.
Elas acharam algumas coisas que deram para fazer sanduíches. Realmente, null não tinha nada que prestava em casa, até pasta de amendoin que tinha vencido a uns 2 anos elas encontraram na geladeira dele.
- Larguem isso e venham comer. - null colocou a bandeja de sanduíches na mesa da sala. Nenhum dos três se moveu. Ela andou até lá e apertou o botão de "off" do video-game.
- null! - null gritou indignado. - Eu tava acabando com o null.
- Eu não vou falar de novo! - null olhou cerrado pra ele e null murmurou alguma coisa como "mulheres" para null.
- Metida-a-sabe-tudo, nem vi que você estava aqui. - null disse encarando null enquanto sentavam pra comer.
- Tudo bem comigo também, null. - null respondeu a ele, irônica.
- Hey null. - null acenou falando com a boca cheia de sanduíche e levou um tapa de null. - O que? - Ele a olhou indignado.
- Não seja porco, null. - null tacou um guardanapo pra ele que limpou o molho escorrendo.
- Vocês realmente acharam alguma coisa que presta na cozinha do null. - null comentou pegando mais um sanduíche.
- Tem bastante coisa que presta lá. - null disse meio emburrado.
- Claro, uma pasta de amendoin que está vencida há dois anos, um meio limão estragado.. - null foi dizendo enquanto os outros, a não ser null, riam.
- Ha-ha-ha. - null fingiu uma risada com a boca cheia e null levantou uma sobrancelha com cara de vitoriosa.
- E como vão os preparativos,null ? - null mudou de assunto de repente, provavelmente já sabia do casamento por null.
- Ah nem me fala, nem comecei com preparativos. - null disse. - Mas semana que vêm nós vamos a Nova York ver meu vestido e o terno do null.
- Semana que vem.. Já? - null a olhou assustado.
- Eu te disse isso ontem mesmo, null. - null sentiu-se afetada. null não andava prestando muita atenção no que ela falava sobre o casamento ultimamente.
- E é claro que ele não prestou atenção. - null murmurou, não sabia porque mas tinha vontade de brigar com null.
- E quem é você pra falar no que eu presto ou não atenção? - null cerrou os olhos pra ela.
- Vai começar. - null murmurou para null que não estava entendendo porque eles brigavam toda hora.
- Ninguém precisa ser nenhum vidente pra saber que você não presta atenção em nada a não ser coisas que se referem a você. - null falou tudo muito rápido.
- Gente! - null gritou. - Não vão começar com isso de novo, por favor! - E lançou um olhar significativo a null que se conformou.
De repente só ouviram a porta ser esmurrada freneticamente. null levantou e olhou para null e null que deram de ombros. Foi até lá e abriu a porta.
- null! - null segurou null que quase caiu de cara no chão.
- E aí, null, a festa é aqui? - Ele perguntou com uma voz arrastada, visivelmente bêbado. Estava com os cabelos despenteados e a camisa um pouco desabotoada.
- null, você está bêbado. - null tentou carregar null até o sofá, e null e null levantaram e foram ajudar.
null olhou de canto de olho para null que tinha uma cara de espanto. Ele não podia estar assim por causa dela, null pensou, iria se culpar a vida toda.
- Eu to bem, eu to bem. - null dizia com aquela voz horrível de gente bêbada. - Não precisa ficar me carregando. - E tentou se desvencilhar de null, virando. Quando virou viu null o olhando espantada e ele abriu os olhos que estavam muito pequenos. - null. - Ele disse e tentou andar até lá, mas caiu de cara no sofá. null se levantou e foi até ele.
- null! - null segurou o rosto dele. - Não acredito que você fez isso!
- Você queria o que? Eu estou apaixonado por você e você não está nem aí pra mim, o jeito é tomar umas. - null olhou pra ela com a cara horrível e o cheiro de bebida que null sentiu. Ficou chocada ao ouvir aquilo, ele realmente tinha bebido por causa dela.
- Acho melhor levar ele pro teu quarto, null. - null disse. - E a null ir junto.
null e null puseram os braços de null nos ombros e subiram as escadas com null cambaleando pros lados. Colocaram ele na cama de null e comentaram alguma coisa com null, depois fecharam a porta deixando os dois lá.
- Eu não quero deitar. - null tentou levantar, mas null empurrou ele de volta. - Eu quero mais cerveja, garçom.
- null pára com isso. - null disse meio irritada se ajoelhando perto dele.
- O que foi? Quem deveria estar bravo aqui sou eu, é você que não me quer. - null virou para o outro lado da cama.
- Me escuta. - null puxou null de volta para si.
- Não, eu quero mais cerveja. - null falou irritado.
- É, mas não vai ter! - null irritou-se de verdade agora. - Vai é me escutar!
- Então fala logo, fala que me odeia e que não quer me ver nunca mais! - null fez gestos exagerados.
- null, não diz isso, eu não te odeio.. de jeito nenhum, pelo contrário.. Eu.. eu gosto muito de você. - null falou pausadamente e sentiu seus olhos marejados.
- Se gosta de mim, porque não quer ficar comigo? - null parecia uma criança indefesa daquele jeito.
- Não é tão simples assim, você sabe. - null segurou forte a mão dele.
- Claro que é, você que quer complicar tudo. - null olhava fundo nos olhos dela, parecia estar se recuperando.
null suspirou profundo e olhou para o lado. De repente sentiu a mão de null em seu rosto.
- A gente podia tentar. - Ele disso com uma voz mansinha. null o encarou e finalmente a lágrima que estava prestes a cair, escorreu pela sua bochecha.
null enxugou com as costas da mão a lágrima e null suspirou de novo, seu coração batia rápido e sua cabeça parecia estar a mil por hora.
- É claro, null. - Ela disse por fim. - Nós nos gostamos, certo? Qual o problema em ficarmos juntos? - E sorriu para ele e o abraçou apertado.
- Me faz lembrar disso amanhã. - null falou abafado pelo abraço e null riu.
- Pode ter certeza. - Soltou dele e os dois se encararam antes de se beijarem.

Capítulo 11

null havia levado null em casa depois que ela deixara null dormindo. Não havia contado nada a ninguém quando deixou null no quarto de null, iria esperar a hora certa. Chegou em casa, deitou em sua cama do jeito que estava e dormiu profundamente.
null acordou já de manhã com a campainha do apartamento tocando sem parar, abriu um olho com dificuldade pela claridade que entrava no quarto e escutou a campainha ser tocada novamente. Bufou para si mesma e levantou com a cara amassada, toda manchada de maquiagem e o cabelo bagunçado.
Abriu a porta e deu de cara com um buquê de rosas vermelhas na sua frente. Piscou e viu null sair de trás do buquê com um sorriso no rosto.
- null! - null escondeu o rosto nas mãos. - Fecha os olhos, eu estou horrível.
- Não, não está. - null disse sorrindo de lado e ainda oferecendo o buquê a ela. null balançou a cabeça.
- Você tem uma memória boa mesmo bêbado hein? - Ela riu.
- Sinto te decepcionar mais eu não tenho. - null falou e null o olhou confusa. - O null que me contou, ele.. hum.. escutou a nossa conversa atrás da porta.
- Ai aquele intrometido! - null cruzou os braços bufando. - Isso é a cara dele.
null olhou pra ela e voltou a estender o buquê. null segurou e sentiu o perfume doce das rosas.
- Sãos as minhas preferidas. - Disse. - Com você sabe?
null olhou pra cima e assobiou. null riu e ele voltou a encará-la. Num movimento muito rápido null puxou null pela cintura e eles ficaram com os narizes colados, se olhando e depois fecharam os olhos e se beijaram. null que estava com o buquê na mão esquerda, tateou a mesa da sala e pôs ele em cima. Ele começou a guiá-la para o sofá, mas no meio do percurso null pisou em um brinquedinho de Simba que fez ele se desequilibrar e os dois caírem no chão as gargalhadas.
- Que coisa mais romântica. - null disse ainda rindo com a mão na barriga. null agora estava virado olhando pra ela. - Que foi? - Ela perguntou ainda olhando pro teto.
- "I can't seem to get you off my mind.. - null começou a cantar meio que declamando. - That's when I realized, you had me hypnotised"
- Isso foi romântico. - null falou encarando ele.
- Eu tinha que ser romântico depois disso. - null apontou pra eles caídos no chão. Virou de barriga pra cima e olhou o teto. De repente sentiu os lábios de null tocarem os seus e o toque dela em seu rosto. Mas logo ela parou o beijo e se levantou.
- A onde você vai? - null perguntou se apoiando nos cotovelos ainda deitado.
- Tomar banho, meu estado é deplorável. - null apontou para si. - Hum, se você quiser fazer um café da manhã pra mim seria uma boa.
- Que folgada! - null exclamou se levantando.
- É bom começar a me tratar muito bem. - null gritou já de seu quarto.

Os dois haviam passado um dia ótimo. Pediram comida japonesa e depois null obrigou null a assistir Grease, quando ele disse que nunca havia assistido e ela ficou indignada dizendo que quem em sã consciência nunca tinha visto Grease.
Já passavam das 7 horas e null havia acabado de "expulsar" null de lá, alegando que tinha trabalho no dia seguinte. Então o telefone tocou.
- Parabéns! - null reconheceu a voz de null assim que pôs o telefone no ouvido.
- null, não é o meu aniversário. - null disse rolando os olhos.
- Eu sei! O null me contou amiga. - null falou excitada.
- Claro, depois ele diz que sou eu a intrometida. - null estava cheia de null.
- Se ele não me contasse, você iria demorar uma eternidade pra contar. - null afirmou.
- Iria mesmo! - null disse. - Não quero que a Inglaterra inteira saiba que eu estou namorando null null, até porque eu já estou vendo as fãzinhas dele planejando os piores tipos de morte pra mim. - null terminou e as duas riram.
- Normal. - null falou. - Quantas vezes eu já não fui xingada no meio da rua por meninas que eu nunca vi na vida? É melhor se acostumar. Bom, não foi só pra isso que te liguei.. Que tal uma noite só das garotas? Eu, você e a null pra comemorar o novo casal? - null pediu.
- Não posso amiga, tenho que trabalhar amanhã! - null explicou.
- É só um pouquinho, prometo que você estará em casa as 11 em ponto! - null falou com uma voz de súplica.
- Ai, tá bom, tá bom. - null cedeu.
- As 8, ok? - null perguntou.
- Ok, beijo.
- Beijo. - E elas desligaram.
null correu até seu quarto e abriu o armário. Olhou bem para aquele monte de roupa que tinha empilhadas em cabides e simplesmente não conseguia encontrar uma que a agradasse nesse momento.
- Humm.. - Murmurou passando os cabides. Escutou Simba entrar em seu quarto. - O que eu visto, Simba? - null perguntou ao cachorro como se ele fosse responder. Mas não se pode duvidar desse cachorro, ele era mais inteligente do que muita gente e null jurava que ele era um cão reencarnado. Ele foi até perto dela e empoleirou no armário puxando uma calça jeans bordada na perna e largou no chão. Depois agarrou uma regata lilás. null pegou as roupas do chão.
- Eu nem lembrava que tinha isso! - Ela exclamou sorrindo. - Obrigada. - E passou a mão no topo da cabeça de Simba que latiu.
Foi o tempo de se trocar, arrumar o cabelo, maquiar e escovar os dentes para null interfonar. Então, ela desceu.
- Quem é a nova comprometiiiiiiiiiiida? - null zoou null quando ela entrou no carro.
- Eu, eu, eu. - null começou a apontar para si freneticamente o que fez null rir.
- Vamos, ainda vou passar na null. - null disse e acelerou.
Depois de pegarem null, elas se dirigiram a um pub bem no centro de Londres e um lugar bem movimentado.
- Ali. - null apontou para uma mesa vazia quando elas entraram.
- O null não queria me deixar vir. - null comentou quando as três estavam se sentando. - Disse que nós íamos a uma boate ver gogoboys. - E elas riram.
- Nós podemos ir ainda. - null brincou fazendo uma voz maliciosa que fez elas rirem de novo.
- Que ótimo exemplo vocês são, hein? - null brincou também.
- O null não fez nenhuma objeção, disse que ia ver futebol na casa de alguns amigos então. - null também comentou.
- Ah, eu mandei o null ficar lá em casa sossegadinho até que eu voltasse. - null contou e elas riram novamente. Um garçom se aproximou delas.
- O que as belas moças vão querer? - O cara parecia o irmão gêmeo do Tom Cruise, o que fez elas darem risinhos.
- Tônica. - As três responderam juntas e ele anotou.
Continuaram a conversar, sobre o casamento de null, sobre coisas inúteis e mais um pouco. Até que um outro garçom, esse mais velho, interrompeu.
- Os senhores daquela mesa.. - E ele apontou para uma mesa há uma pequena distância. - Pediram para entregar isso a vocês. Elas deram risinhos novamente e abriram o guardanapo que dizia:
"Acho que estou em um filme de contos de fadas, porque vocês são as princesas mais lindas que já vi."
- Huuuuuuuum. - null falou rindo com as outras e olhando de canto de olho para os caras. Eram quatro. Um loiro de olhos verdes e o cabelo arrepiado. Outro com os cabelos pretos e grandes, e os outros dois de cabelos castanhos e sorrisos encantadores.
- Queria ser solteira numa hora dessas. - null choramingou e viu as amigas olharem com repreensão pra ela. - O quê? Eu amo o null, mas esses caras são os filhos do Brad Pitt, Hugh Grant, Leonardo DeCaprio, Orlando Bloom..
- Calma amiga. - null disse. - Eu escrevo.
"Essas princesas já têem príncipes, desculpe." Lívia escreveu e pediu para que um garçom levasse para eles.
De repente, a musiquinha do Star Wars começou a tocar e null abriu sua bolsa para atender o celular.
- Alô?
- null, onde você está? - Era null. Não podia dizer que tinha saído com as amigas sendo que ela mesma havia "expulsado" ele de sua casa por causa do trabalho. - Liguei na sua casa, mas ninguém atendeu.
- Eu estou.. no.. na.. - null começou a gaguejar e as garotas entenderam quem era. null começou a apontar para si freneticamente e dizer "minha casa". - Estou na casa da null. - Ela disse finalmente.
- O que você está fazendo aí? Não disse que tinha trabalho? - null parecia irritado.
- Disse, mas é que.. ela me pediu.. pra ajudar a escolher uma coisa do casamento. - null inventou e null fez positivo com as mãos.
- Tudo bem. - null pareceu convencido. - Te vejo amanhã.
- Ok. - E null desligou respirando fundo. - Eu não podia dizer a ele que estava aqui. - Explicou às amigas. - Disse que tinha trabalho amanhã e..
- Nós entendemos. - null falou. - Afinal, quem nunca mentiu a onde estava pro namorado?
- Omitiu, amiga, omitiu. - null corrigiu e elas riram.

Ao decorrer da semana, tudo estava perfeitamente normal. null e null se falavam sempre que podiam, o que não era todo dia, já que null tinha seu trabalho e null vivia trancado no estúdio com o resto da banda compondo as músicas para o novo CD.
"Motion In The Ocean?" null exclamou surpresa quando, em uma ligação, null contou a ela o nome que haviam escolhido para o CD. Mas depois, para acalmá-la, prometeu compor uma música só pra ela, que ficou roxa de vergonha.
Era sexta-feira a tarde e null ainda se encontrava no trabalho, quando o telefone de lá tocou.
- Peterson Projetos de Arquitetura, boa tarde. - Ela atendeu.
- Amiga. - null reconheceu a voz de null, ela parecia estar chorando. - Preciso que você venha pra cá, logo que sair do trabalho.
- null, o que.. o que aconteceu? - null perguntou assustada.
- Não dá pra dizer agora, só preciso que você venha pra cá. - null disse numa voz mansinha.
- Ok, logo que terminar aqui eu vou. - null falou, e com um "obrigada" de null, elas desligaram.
null terminou todo seu trabalho o mais rápido que pôde. Saiu do trabalho pronta para chamar um táxi, mas viu null encostado em seu carro, esperando.
- Hey. - Ele disse indo ao seu encontro, mas null colocou as mãos em seus ombros e virou o rosto.
- Rápido null, eu preciso ir na casa da null urgente. - Ela disse se desvencilhando dele e indo até o carro.
- Nossa, eu tive um dia duro de trabalho e é isso que eu recebo? Ordens? - null falou irritado e se negou a ir até o carro.
- Ai, desculpa. - null foi até ele e o encarou com uma cara que pedia desculpas.
- Hmmm... - null fez, fingindo estar pensando e null riu dele. Entrelaçou seu braço no pescoço dele e o beijou. Mas logo partiram o beijo, sabendo que tinha que ir até a casa de null.

Capítulo 12

null foi o mais rápido que pôde, mas o trânsito parecia não estar colaborando. Porque sempre que estamos com pressa os sinais insistem em estar fechados?
- Anda.. - null murmurava a cada cinco minutos.
- Calma babe.. - null colocou a mão sobre a perna dela. - Tem uma droga de presidente austríaco na cidade.
- E viva a Lei de Murphy. - null levantou os braços num sinal de comemoração irônica. Sua paciência estava começando a se alterar.
Dez minutos se passaram e eles finalmente estavam tocando a campainha do apartamento de null.
- null, me desculpa.. O trânsito.. tava horrível e.. - null começou a se desculpar quando viu null abrir a porta. A garota estava com uma cara horrível e parecia ter chorado muito. Ela abriu a porta, apenas fazendo um sinal para que os dois entrassem.
null estava sentado no sofá passando as mãos belos cabelos, visivelmente preocupado. null e null também estavam lá e pareciam preocupados também.
- O que aconteceu? - null começou a ficar preocupado também com a feição dos amigos e sentou ao lado deles. null e null apenas balançaram a cabeça.
- É a minha avó.. - null começou com uma voz muito baixa e null a encarava. - Sofreu uma parada cardíaca e está internada na Irlanda..
- null.. - null disse sentindo a dor da amiga.
- Ela era uma das melhores coisas que eu tinha, amiga.. Sempre tão bondosa e gostava tanto de mim.. - null contou. - Ainda posso me lembrar como se fosse ontem, eu e minha irmã íamos todas férias de verão pra Irlanda visitar ela. Minha irmã nunca ligou muito pros meus avós, mas eu simplesmente adorava eles, principalmente a minha avó.
- Era pra gente estar indo pra Nova York agora. - null disse olhando para os pés.
- É, mas eu preciso ir pra Irlanda com os meus pais hoje ainda.. E já está tudo reservado em Nova York, as passagens compradas, o hotel.. Nós não sabemos o que fazer! - null olhou para null pedindo ajuda. Então ela se levantou ficando de frente para null.
- Pode ir para a Irlanda com seus pais, amiga e dar todo o apoio que sua avó precisa.. Eu vou para Nova York no seu lugar. - null disse firme. - E prometo escolher o melhor vestido de noiva que eles tiverem, afinal nós temos o mesmo manequim mesmo e.. - null nem pôde continuar a falar quando null a abraçou forte e começou a agradecer.
- É a idéia perfeita! - Ela dizia chorando de alegria.
- Quer dizer, que nós.. - null apontou para ele e null. - Vamos para a Nova York juntos?
- Você vê uma saída melhor, gênio? - null o encarou.
- Eu vou também. - null se pronunciou.
- Ah não vai não. - null disse. - O null já está indo, precisamos de mais uma cabeça pensante além de mim para terminarmos esse CD no prazo pedido.
- Ah claro, e o null não conta não? - null olhou para null irritado.
- Eu disse, cabeça pensante. - null repetiu devagar e levou um tapa de null que emburrou.
- Além do mais, é alta temporada null.. - null disse. - Você nunca vai conseguir uma passagem para hoje em tempo, e nem um quarto no hotel.
- Está decidido! A null vai para Irlanda com os pais e fica o tempo que precisar até a vó dela se recuperar e eu e o.. null.. vamos para Nova York comprar o vestido e o terno, certo? - null olhou para todos que afirmaram com a cabeça, todos menos null. - Não está bom para você null?
- Que seja. - E null saiu da sala indo para a cozinha.
- Não é sua culpa, acho que ele esperava realmente uma viagem para nós dois. - null comentou com null.
- Bom, então eu vou pra casa fazer as malas, encontramos no aeroporto daqui uma hora, ok? - null olhou para null que afirmou. Ela e null saíram da casa de null.
null olhou para os garotos que fizeram um gesto para que ela fosse até a cozinha falar com null, e ela foi.
- null..
Ele bebia um pouco de água de frente para a pia, não olhou pra ela, simplesmente disse:
- Era para ser nós dois..
- Eu sei, null, mas você tem que entender o meu lado.. Você acha que eu estou feliz de ir para Irlanda ver minha avó numa cama de hospital ao invés de passear em Nova York com você? É claro que não! - null pôs uma mão no ombro dele que virou. - Faz esse esforço por mim? Talvez essa viagem seja até boa pra vocês dois, talvez passando mais tempo juntos vocês parem com essa coisa idiota de se odiarem.
- Não null, eu vou para Nova York com a null, agora não me peça para ser legal com ela. - null afirmou.
- Tudo bem, eu não estou te pedindo isso, só estou comentando que.. - Ok, eu entendi. - null beijou a testa dela. - Vamos, preciso passar em casa e pegar as malas.

Em uma hora, mais ou menos, null vinha arrastando uma mala de carrinho e segurando uma frasqueira e null em seu encalço com outra mala de mão. Avistaram os amigos sentados esperando por eles.
- O vôo está marcado pra que horas? - null perguntou a null quando finalmente os alcançaram.
- 7:30. - null disse olhando nas passagens.
- Ótimo, temos 15 minutos. - null comentou.
- São três dias, não é como se a gente fosse morar lá! - null apontou para as malas de null.
- Eu sei, mas são prioridades femininas. - Ela respondeu irritada.
- Desde que eu não tenha que carregar.. - null levantou os ombros.
- Não precisa se preocupar. - null cerrou os olhos pra ele. - Eu vou comprar uma revista. - Dizendo isso ela foi até a banca mais próxima.
- Eu vou fazer o check-in - null disse e saiu em direção o balcão.
- Hey man, você tem certeza que isso vai dar certo? - null perguntou para null.
- Sinceramente? - null olhou pra ele. - Não.. Mas estou fazendo isso pela null.
null deu tapinhas no ombro do amigo. Sabia que aquela viagem não ia ser facil pra ele. Por mais que gostasse de null e a achasse uma pessoa maravilhosa, ela insistia em não gostar de null e vice-versa.

- Pronto. - null voltou com uma revista de cinema e uma de moda na mão.
"Vôo 325 - Destino: Londres - Nova York. Favor comparecer ao portão de embarque." A voz da mulher ecoou pelo aeroporto.
- Bom, é o vôo de vocês. - null disse olhando os dois. null pegou suas malas e foi até null.
- Fica bem tá? Eu vou tirar fotos dos vestidos e te mandar por mensagem, ok? - null falou pondo uma mão no ombro de null que fez sim com a cabeça. Virou-se para null.
- Me liga quando chegar lá. - Ele disse simplesmente olhando ela com um olhar vago.
- Pode deixar. - E null encostou os lábios nos dele.
- Dá pra ir ou vamos ter que perder o vôo? - null estalou os dedos perto deles. null e null se soltaram rapidamente.
- Então, tchau. - null disse acenando para null e null, enquanto se afastava com null.
- É ali. - null apontou para o portão de embarque.
- Ótimo. - null entrou na frente e arrancou um "heey" dele. Andaram por todo free shop, até chegar no túnel que ligava ao avião.
- null, você está me esmagando com essas malas. - null dizia fazendo manobras para andar dentro do avião com a garota e todas aquelas malas.
- Sinto muito. - Ela disse virando para ele e fazendo uma cara de quem não sentia muito. - É aqui o meu lugar.
- Não, esse é o meu lugar. - null tentou entrar na frente dela. - Eu vou ficar na janelinha.
- Ah não vai mesmo. Não tá vendo? Cadeira 37A.. É a minha. - null disse esfregando o bilhete na cara dele. - Com licença. - Ela disse a um homem enorme que ocupava a cadeira do meio. - Você pode sentar aí mesmo.
- Ótimo. - null sentou na cadeira do outro lado do homem.
- Ótimo. - null olhou a ultima vez pra ele e abriu a revista.
- Você não quer se sen.. - O homem que estava no meio começou a falar para null.
- Não. - null e null disseram juntos e o homem fez uma cara de "ok, tudo bem."
Uma hora de vôo havia se passado. null continuava a ler sua revista e null batucava em sua perna, cantarolando alguma coisa.
- Quer parar com isso? - null disse irritada para null que começou a batucar e cantarolar mais alto.
- E se eu não quiser? - Ele perguntou desafiante.
- Não tem coisa melhor pra fazer, não? Toma, leia essa revista. - null tacou a revista em cima da barriga do homem.
- Bebida senhor? - A aeromoça ofereceu para null.
- Energético, por favor. - null respondeu e a aeromoça trouxe a latinha.
Tentou puxar o lacre, mas estava realmente fechado. null olhou pra ele.
- Quer ajuda?
- Não.
- Me dá isso aqui, null, você não sabe nem abrir uma latinha. - null puxou a latinha da mão dele, mas ele continuou segurando na altura do rosto do homem que estava no meio deles.
- Não, eu sei abrir.. só está.. bem fechado. - null disse puxando para o seu lado e null puxando para o dela. De repente a latinha estourou, jorrando energético na cara do homem.
- Vocês tem problema? - Ele disse limpando o rosto. - Vou deixar vocês se matarem. - E saiu da poltrona.
- Viu o que você fez? - null jogou a latinha vazia em null.
- Eu né? - null cruzou os braços. Ia ser uma longa viagem.

"Vamos aterrissar em alguns minutos, por favor, coloquem o cintos." A voz da aeromoça falou. Estava quase amanhecendo. 10 horas de viagem haviam se passado. null estava dormindo encostada na janela e.. por incrível que pareça, null estava sentado na poltrona do lado dela e deitado em seu ombro, dormindo.
Ela abriu um olho após ouvir o comunicado da aeromoça. Estava com a cabeça doendo, por dormir tanto tempo encostada na janela. Sentiu um peso em seu ombro e virou para ver o que era. Deu de cara com null de boca aberta e dormindo profundamente. O que ele estava fazendo ali afinal? Era muito folgado mesmo!
- null.. - null chamou falando baixo. Ele nem se mexeu. - null! Pára de babar no meu ombro! - Ela então, gritou.
- Hã? Que? Já chegamos? - null levantou a cabeça rápido, com a cara amassada e olhou para null.
- Já. - Ela respondeu simplesmente.
- O que eu estou fazendo nessa poltrona? - Ele perguntou passando a mão pelos cabelos, finalmente tendo noção de onde estava.
- Eu também gostaria de saber, e porque você estava dormindo em cima do meu ombro. - null o encarou.
- Eu não estava dormindo em cima do seu ombro. - null se defendeu. - Porque eu ia querer fazer isso?
- Não sei, tente se lembrar o motivo que o fez fazer isso ontem a noite. - null disse. - Anda, nós estamos aterrissando.
Então, logo que aterrissaram na belíssima Nova York, eles desceram e pegaram um taxi até o hotel onde tinham reservado.
- Por favor.. - null chamou a atenção do recepcionista do hotel, batendo em um sininho. O hotel estava uma bagunça de gente entrando e levando malas pra todo lugar. - Está reservado um quarto no nome de null null..
- Desculpe. - O homem disse sem olhar pra ela. - Todos as reservas foram suspendidas. Temos uma conferência da ONU hoje e o hotel está todo reservado para os embaixadores.
- Mas, eu tinha uma reserva. - null protestou.
- Isso mesmo, senhorita, você tinha. Agora peço por favor para se retirar, estamos muito ocupados. - O homem pediu educadamente. null olhou para null com uma cara de "faz alguma coisa".
- Olha, eu sou null null.. null null do McFly. - null chamou a atenção do homem.
- Hmm.. Nunca ouvi falar. - O homem respondeu já perdendo a paciência.
- Como não? - null entrou na frente de null. - Eles são a banda mais famosa do Reino Unido.
- É, no Reino Unido, mas nos Estados Unidos eles não são. Agora podem se retirar? - Ele indicou a porta e null puxou sua mala bufando.
- Ótimo, o que vamos fazer agora? - null entrou na frente dela e a fez parar.
- Se vocês pelo menos fossem conhecidos aqui, mas não, nem pra isso você serve. - null disse irritada.
- Eu não tenho culpa se os americanos não sabem apreciar boa música. - null falou irritado também.
- Me desculpem. - Um outro homem que parecia bem confuso interrompeu os dois. - Vocês são os embaixadores da Escócia?
null olhou para null. Estavam pensando a mesma coisa. Então, com um sorriso no rosto null respondeu.
- Somos nós mesmos. Ele é o embaixador, eu sou a esposa dele. - null entrelaçou seu braço no de null.
- Vocês são muito jovens.. Mas tudo bem, me disseram que os embaixadores da Escócia se pareciam com vocês. - O homem tirou uma chave do bolso. - Aqui está a chave da suíte presidencial de vocês.
null esperou o homem se afastar para comemorar. Mas null a interrompeu.
- Vamos antes que os verdadeiros embaixadores da Escócia apareceram. - null empurrou null para o primeiro elevador que viu.
Eles abriram a porta do quarto e deram de cara com o melhor quarto de hotel do mundo. Uma cama gigantesca, um banheiro com banheira de hidromassagem, uma cozinha, uma sala de jantar, uma sala de tv e etc..
- QUE LIIIIIIIIINDO! - null gritou pulando na big cama. null largou suas coisas junto com as dela e ligou a tv da sala.
- Tivemos sorte. - Ele disse tirando a camisa e colocando em uma cadeira. null levantou para encará-lo e sentiu suas bochechas ficarem muito quentes. Demorou o olhar no corpo do garoto. Mas depois balançou a cabeça rápido.
- A onde você vai? - null perguntou, mas depois percebeu que ele começou a tirar as calças. - Hey, eu ainda estou aqui! Dá pra se vestir?
- Qual o problema? Nunca viu um cara de samba-canção? - null virou-se para ela semi-nu. null tampou os olhos.
- Eu não sou obrigada a ver isso. Anda, entra nesse banheiro logo. - null apontou para o banheiro, ainda tampando os olhos com a outra mão. null riu e entrou.

Capítulo 13

Depois de algum tempo, null começou a ouvir um barulho, parecia que null estava cantando uma coisa assim:
"1,2,3.. Take my hand and come with me, because you look so fine that i really wanna make you mine.." Era ele cantando mesmo, e a voz dele era simplesmente..
- Bonitinha. - null disse sem muita emoção, baixinho pra ela mesma. Afinal, ela nunca tinha parado pra pensar nas qualidades dele, já que de acordo com ela, ele só tinha defeitos. Mas a voz dele era realmente bonita, ele sabia cantar afinal!
"I say you look so fine and I really wanna make you mine.." null saiu do banheiro, apenas enrolado em um toalha e tentando secar os cabelos, mas ainda cantando
- "Oh, 4, 5, 6 come on and get your kicks, now you don’t.. Que foi? - Ele olhou para ela que o encarava meio sem rumo.
- Nada. - null deu de ombros. - Só que você está machucando meus tímpanos. - Mentiu. Porque não conseguia admitir?!
- Desculpa se seus ouvidos não gostam da minha voz, mas esse quarto pertence a nós dois e eu posso cantar se eu quiser. - null disse voltando para o banheiro.
- Ótimo, então quer que eu trace uma linha para dividir nossos lados? - null levantou e foi até a porta, encostando no batente.
- Não, não precisa. Desde que você pare de ser tão incoveniente. - null virou-se para encará-la.
- E você pare de ser tão arrogante. - E ela deu as costas pra ele. null bateu a porta.
- Idiota. - null falou mais baixinho sentando na cama e cruzando os braços.
Dois minutos depois, null saiu do banheiro, já vestido.
- Vou ver se consigo alugar um carro lá em baixo. - null disse saindo do quarto.
null bufou e entrou no banheiro. O cheiro dele estava empregnado no banheiro todo e parecia uma sauna de tão abafado que estava. Abanou o ar tentando se livrar daquela fumaça e daquele cheiro, mas não podia negar que o cheiro dele era respirável e.. Pera aí "O que eu to fazendo?", null falou para si batendo na testa. Tinha que parar de perceber as qualidades de null, sua voz não era nem de longe bonita e ele era muito menos cheiroso. Ele era arrogante, chato, metido e tudo de ruim que alguma pessoa podia ser. Entrou no banho, pelo menos lá poderia afastar todos os pensamentos que estavam invadindo sua cabeça no momento.

- Consegui. - null disse a null quando a garota chegou perto dele, já fora do hotel. - Aquele. - E apontou para um conversível.
- Sério que você pagou por aquilo? - null arregalou os olhos.
- É claro, ou você queria que eles pensassem que somos embaixadores da Escócia pobres? - null falou indo até o carro e pulando pra dentro. null abriu a porta e se sentou educadamente.
- Bom, o meu terno primeiro. - null disse ligando o rádio e acelerando o carro.
"I'm looking for attention, not another question, should you stay or should you go?.."
- Ah, por favor null, Kelly Clarkson não. - null apertou o botão para mudar de estação. - Isso, Robbie Williams.
"And through it all.. She offers me protection and a lot of love and affection.."
- Primeiro. - null virou pra ela. - Eu aluguei o carro, ou seja, o carro é meu e eu dou as ordens aqui e segundo, eu quero ouvir Kelly Clarkson. - E apertou o botão para voltar na outra estação.
"I waited here for you, like a kid waiting after scho.." Mas null apertou o botão de novo e mudou para a estação do Robbie Williams.
"When I come to call she won't me forsa.." E null olhou furioso para ela apertando o botão novamente para voltar para a Kelly Clarkson.
"Just walk aw.." Mas null apertou o botão também.
"I'm loving an.." E null apertou o botão já irritado.
"Do yo.."
"When I'm.."
- Ótimo, você conseguiu estragar. - null voltou a atenção para a frente quando percebeu que o botão começara a falhar.
- Eu? Porque não podíamos simplesmente ouvir Robbie Williams? Não iria estragar se você tivesse deixado Robbie Williams tocar. - null respondeu cruzando as pernas e olhando para o lado.
- EU QUERIA OUVIR KELLY CLARKSON, NÃO QUERIA OUVIR ESSA DROGA DE ROBBIE WILLIAMS! - null berrou e null o olhou com uma cara de "ok, tudo bem" e voltou a olhar para o lado.
O resto do caminho até a rua onde ficavam os melhores ternos da cidade, foi em completo silêncio.
null estacionou em frente a uma loja, alguma coisa com "for men" e eles desceram. Uma mulher veio logo atendê-los.
- Posso ajudar? - Perguntou a null.
- Nós queríamos ver um terno, para casamento. - null disse.
- Casamento de vocês? - A mulher ainda perguntou sorridente. null olhou de canto de olho para null.
- Não, é o casamento dele e de uma amiga minha. - null explicou e a mulher entendeu.
- Nós temos várias opções de cores, qual o senhor preferia? - Ela perguntou a null que estava olhando tudo com as mãos nos bolsos.
- Não sei, você pode me mostrar um de cada cor. - Ele respondeu indiferente e a mulher acentiu com a cabeça e foi buscar.
- null, seja paciente e educado, por favor. - null ralhou com ele.
- O que eu estou fazendo? - null a olhou cínico e viu ela rolar os olhos.
- Aqui. - A mulher veio com um terno de cada cor, um cinza claro, um cinza escuro, um branco, um preto, um azul marinho, um marrom..
- Esse é lindo. - null pegou o cinza claro e empurrou para null que foi experimentar.
Alguns minutos depois e ele ainda estava trancado no provador.
- E aí, deu certo? - null perguntou batendo na porta. null saiu de lá.
- Horrível. - null respondeu com as mãos nos bolsos e se vendo no espelho.
- Ficou ótimo em você. - A vendedora disse e null concordou.
- null, está perfeito. - null também disse.
- Eu não gostei, quero aquele com risca de giz. - null apontou para um.
Cinco minutos depois.. Não, ele não tinha gostado do de risca de giz, vamos para o preto.
Dez minutos depois.. Não ele tinha odiado como o preto tinha ficado nele, vamos para o azul marinho.
- null, esse está PERFEITO! - null exclamou levantando de uma cadeira.
- Não. - null pegou um outro e entrou no provador. null bufou, sentando-se novamente e jogando a cabeça pra trás da cadeira.
Vinte ternos depois, eles saíram da loja de mãos vazias.
Entraram em mais uma loja. null experimentou praticamente a loja INTEIRA e nada de escolher um.
Mais uma loja e.. NADA!
Agora ele ia encontrar o terno certo nessa loja, pelo menos null, já cansada e com fome, rezou.
Mas NADA que ele gostasse.
- Ótimo null, nós vamos entrar ali na Armani e você VAI TER QUE ESCOLHER UM TERNO LÁ. - null gritou com ele apontando para a porta da Armani.
- Armani? Aqui tem Armani? Porque você não me disse isso antes? Eu sempre quis um terno da Armani. - E null correu pra lá.
Em cinco minutos null tinha escolhido o terno que, de acordo com ele, estava justamente esperando que ele o comprasse.
- E vamos ver o vestido. - null falou feliz, estava sorrindo muito com seu terno Armani que nem tinha brigado por null conseguir arrumar o rádio e por na estação que ela queria.
Bom, null já tinha ido a NY umas três vezes e como uma boa intendedora de lojas e de compras, sabia muito bem que o melhor lugar para comprar vestido de noiva era na Barneys, então eles foram até lá.
null correu para loja da Channel, os vestidos de lá podiam ser meio caros, mas eram os mais lindos.
Um homem, com uma fita métrica no pescoço e um andar meio questionável, veio até eles.
- Pois não? - Ele olhou null de cima a baixo. A menina percebeu e ficou envergonhada.
- Queríamos ver um vestido, não tão glamuroso e nem tão simples.. No ponto. - null disse a ele.
- Temos o que você precisa. - O estilista saiu andando e entrou em uma porta.
- Tem certeza que quer comprar um vestido dele? - null sussurou para null rindo. Ai, era tão machista!
Ele voltou trazendo um vestido do jeito que null tinha descrito. Era branquíssimo e tomara que caia, alguns detalhes deixavam o decote muito bonito. Tinha uns bordados espalhados pelo vestido que ia até o pé. null o olhou maravilhada, parecia até que era ela quem ia casar. Pegou o vestido e entrou no provador.
Minutos depois ela estava saindo do provador já com o vestido e os cabelos soltos. Havia ficado perfeito nela.
- E então? - null pôs as mãos na cintura encarando null que demorou o olhar no corpo dela com aquele vestido. - null? - null estalou os dedos pra ele.
- Hã? Ah por favor null você.. você.. - null gaguejou, tentando procurar um defeito nela, e apontando para o busto da garota. - Você tem pouco peito, não vai dar na null.
null o olhou indignada. - Obrigada! - Exclamou, com a raiva subindo a cabeça e olhou para o chão. - Porque você não escolhe, então? EU SÓ ESTOU TENTANDO AJUDAR! - E ela entrou correndo no provador novamente.
- Você devia saber, mulheres não gostam que as chamem de sem peito. - O estilista comentou e null respondeu mal-educado, o que fez ele sair andando indignado.
null saiu do provador sem nem olhar pra trás, saiu da loja, abriu a porta do carro e sentou cruzando as pernas e os braços. null correu até ela.
- O que foi? - null perguntou sem olhá-lo. - Vá achar uma Pâmela Anderson para experimentar o vestido pra você.
- Ok. - null se deu por vencido. - Me.. Me.. - null finalmente o encarou. - Me desculpe, eu não deveria ter dito isso pra você daquele jeito e..
- Tudo bem null, não precisa ficar aí que nem um idiota tentando se explicar. - null, pela primeira vez, sorriu pra ele, que também não conteve o sorriso.
- Anda, eu juro que não falo mais dos seus peitos. - null beijou os dedos em cruz. null deu um soquinho em seu ombro. - Heyyy! - Mas ela havia saído correndo. null foi atrás.
null entrou em mais 5 lojas. Gastaram a tarde procurando o vestido, mas não acharam o perfeito. Haviam tirado fotos de muitos para mandar pra null e ela poderia escolher. Mesmo prometendo, null não tinha economizado em por defeitos. Tá bom, teve alguns que ele soltou um "ficou legal em você" ou "acho que a null vai gostar desse" ou ainda "Quando você casar com o null, lembre-se de comprar esse vestido."

Por incrível que pareça, quando eles voltaram, nenhum embaixador da Escócia havia vindo reenvidicar o quarto, provavelmente tinham ficado presos nos aeroportos.
Eram 6:30 e null estava desmontada na cama, dormindo como uma pedra. null comia alguma coisa do frigobar e via uma partida de baskete.
Ouviu um barulho e pensou que null tinha acordado. Olhou pra ela e percebeu que a menina tinha apenas trocado de lado, virado para o lado em que ele estava.
Esqueceu do baskete e começou a assistir null dormir. Realmente, parecia tão indefesa quando estava dormindo. O colo da garota subia e descia numa respiração calma. Mas alguma coisa na tv, o chamou a atenção. Afinal, o que ele estava fazendo? A última pessoa na face da Terra que ele poderia estar admirando era.. era.. null! "Eu só estava olhando pra ela, nada de mais." Ele disse pra si mesmo, até porque ele era homem e estava sendo obrigado a passar três dias na compania de uma única mulher, era normal ele ter essas hmm.. recaídas.

Capítulo 14

null tinha insistido, quando null acordara, que eles deviam sair.. Afinal, tinham tido um dia cansativo e mereciam se divertir. A contra gosto, null aceitou sair e foi se trocar enquanto null disse que ia perguntar alguma coisa na entrada.
A garota olhou pela janela e viu que era uma noite linda, o céu estava estrelado e nada parecia estar quieto em Nova York num sábado a noite. Queria estar a altura de uma noite em NY, então pegou a sacola onde tinha comprado algumas roupas e colocou uma calça bem justa preta e um escarpan da mesma cor e tentou, sem muito sucesso, fechar um vestido curto roxo.
null entrou no quarto e ouviu alguns resmungos vindos do banheiro.
- Que aconteceu? - Perguntou à null que estava de costas para ele, tentando fechar o zíper emperrado do vestido.
- Essa.. droga.. de.. zíper.. não fecha! - null desistiu e segurou o vestido na frente, deixando suas costas nuas a mostra. null apenas ficou olhando pra ela. null revirou os olhos. - Dá pra me ajudar? - Ela andou de costas até ele.
Ele encarou alguns minutos as costas nuas da garota, e então devagar puxou o zíper pra cima.. fechando o vestido.
- Hmm.. Obrigada. - Ela disse se virando e null balançou a cabeça, num sinal de tudo bem.
Eles foram até um bar de jazz. null dizia que era um dos melhores lugares para se divertir, também de acordo com o balcão de informações do hotel. Encontraram uma única mesa de frente para um pequeno palco onde um homem tocava jazz no piano.
null não estava totalmente confortável ali, aquilo parecia mais um encontro ou alguma coisa do tipo. Tentou por sua melhor cara de "está tudo bem" no rosto e apenas aceitou que estava saindo pra se divertir com o noivo da sua melhor amiga.
- O que você quer? - null perguntou sem olhar pra ela.
- Água. - null respondeu simplesmente.
- Vamos, null, água você bebe no hotel.. o que você quer? - null repetiu. null levantou uma sobrancelha e revirou os olhos. - Ótimo então. - null chamou uma garçonete próxima e pediu uma bebida e a água.
O silêncio reinava na mesa, a não ser pelo barulho dos copos e por null batucar com os dedos na mesa.
- Tudo bem, vamos fazer vira-vira. - null quebrou o silêncio e null o olhou sem entender. null pediu alguma coisa para garçonete e logo ela veio com dois copinhos de tequila.
- Eu não vou beber isso. - null disse.
- Então, você admite que é fraca? - null a olhou, com a sua típica cara de convencido.
- Eu não preciso provar pra você se sou fraca ou não. - null cruzou os braços e olhou pro lado.
- Fraca, fraca, fraca. - null imitava uma galinha. null sentiu a raiva subir a cabeça, era incrivel como ele tinha esse dom.
- Me dá isso aqui. - null agarrou o copinho de tequila e null sorriu vitorioso.
- Um, dois.. TRÊS! - null gritou e virou de uma vez a tequila. null deu um golinho e sentiu a bebida descer queimando.. Colocou o copo com um resto da bebida de volta na mesa.
- Isso é horrível. - null fazia caretas enquanto pegava sua água.
- Horrível é a derrota, não é? - null sorriu.
- Eu não estava.. preparada. - null inventou. A verdade é que nunca tinha bebido tequila na vida e essa fora a pior experiência, mas não ia se dar por vencida. - Peça outra.
null fez uma cara de "ok, você que manda." e pediu mais dois copos pra garçonete.
- Um, dois, TRÊS! - null virou de novo toda a bebida de uma vez. null dessa vez também virara, mas null terminara primeiro. - Eu sou o rei do vira-vira. - Ele colocou as mãos atrás da cabeça e sorriu.
Alguns vira-viras depois, os dois já estavam bem alegrinhos..
- Anda, vamos dançar. - null convidou. null gargalhou.
- Não, eu estou de salto. - Disse ainda rindo.
- Tira. - null deu de ombros. null olhou para o pé, então tirou o escarpan e levantou aceitando a mão de null.
O homem ainda tocava jazz no piano, mas agora era um jazz mais rápido. null e null foram para o meio da pista e começaram a dançar animados. Eles seguravam as mãos e iam mexendo as pernas no rítmo, sem parar de rir. null segurou uma mão de null e depois ela girou e caiu nos braços dele.
- null, não me gira, eu to tonta. - null dizia rindo ainda nos braços dele. null sorriu quando a música acabou. Ajudou ela a se levantar e uma música de jazz lento começou a tocar. null pôs a mão na cintura dela, que pôs a mão em seu ombro, e começaram a dançar devagarzinho. null apoiou o queixo no ombro de null deixando ele guiá-la.
- "Someday when I'm awfully low, when the world is cold.." - null começou a cantar junto com a música no ouvido de null, que riu.
- Não sabia que você era fã de Billie Holiday. - null disse ainda rindo.
- Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim. - null falou sussurrando e voltou a cantar de uma maneira histérica. - "Oh, but you're lovely.. with you smile so warm.."
null parou de rir imediatamente quando ouviu o que null falou. O que exatamente ele queria dizer com "tem muitas coisas que você não sabe sobre mim?". Pensou por um momento em perguntar, mas null estava preocupado em cantar e bêbado demais para falar coisa com coisa. Então riu de novo com a horrível imitação da voz da Billie Holiday que null acabara de fazer.
- Pára null, a Billie Holiday não deve estar gostando nada disso. - null dizia rindo e ele continuava cantar.
- "There is nothing for me, but to love you.. - null sussurou. - Just the way you look tonight."
Eles voltaram para mesa rindo, enquanto null ainda cantava alguns trechos da música.
- Se você não parar de cantar.. - null falou sem olhar pra ele, abrindo sua bolsa e pegando o celular para checar que horas eram. Viu algumas chamadas não atendidas de null. - O null me ligou.
- Liga de volta. - null deu de ombros como se fosse óbvio. Quando null ia fazer isso, o celular tocou.
Ela ouviu uma barulheira do outro lado da linha, mas ninguém falava.. parecia ser uma boate, pois dava pra ouvir música no fundo.
- null.. null é você? - null tampou o ouvido e falou ao telefone. Mas sem a outra linha falar nada, desligou. Ela ficou olhando para o telefone sem entender.. era o número de null, mas porque ele não tinha falado nada e porque aquela barulheira toda?
- O que foi? - null perguntou vendo null encarar o telefone.
- Ele não falou nada, só fi.. - Mas null não terminou de falar quando o telefone tocou de novo. - Alô? - Ela disse numa voz alta, tampando o ouvido de novo.
- null? - Era null. null sabia que não era aquela a voz normal dele e sim uma que ela reconheceu do dia em que ele chegou bêbado a casa de null.
- null.. pelo amor de Deus, a onde você está? - null gritou ao telefone já preocupada.
- null, eu só.. estou te ligando.. pra falar que eu.. que eu.. - null gaguejava, parecia estar fora de si.
- Fala null. - null gritou de novo, mais nervosa que o normal.
- Que eu.. não gosto de você. - null completou. - É isso.. é isso que eu.. queria dizer, eu.. eu.. estou com uma garota aqui e.. o nome dela é, é.. qual é seu nome mesmo? - Ele perguntou para alguém do seu lado.
- null, você está bêbado e não sabe o que está dizendo. - null continuava a gritar.
- Não estou bêbado! - null também gritou. - Porque.. todo mundo insiste.. em falar isso? Eu estou.. bem.. e precisava dizer isso.. eu não.. gosto de você, tudo aquilo foi só.. sei lá, uma diversãozinha.. nada do que.. do que.. eu disse era verdade! - Ele falou. Por mais bêbado que uma pessoa estivesse, não falaria uma coisa dessas.. não podia.
- É mentira! - null berrou. null agora estava preocupado com ela. - Você não sabe o que está dizendo null, você não é assim.. eu sei, você nunca falaria isso pra alguém.. null eu não acredito nisso! Isso tudo é mentira! - null gritava ao telefone, agora chorando.
- Não é mentira.. o que eu disse.. a você era mentira. - null tinha uma voz horrível de quem estava muito bêbado, mas ainda assim falava firme. - Eu não.. eu não.. gosto de você.. entenda isso. - E desligou o telefone.
null tirou o aparelho devagar do ouvido, processando cada palavra que null acabara de dizer. Era mentira, só podia ser! Ele estava bêbado!
- null, o que.. - null começou e null olhou para ele, as lágrimas escorrendo. Jogou o celular dentro da bolsa, pegou o casaco e saiu correndo em direção a porta, saindo do bar. - Hey, espera!
Ela correu muito por uma avenida. Corria sem saber onde estava e só queria um lugar para ficar sozinha. Ouvir aquilo da boca de null era horrivel, era o suficiente para fazê-la derramar lágrimas. Avistou uma ponte que ligava a avenida em que estava a uma outra, correu até lá. Apoiou os braços na ponte e colocou o rosto nas mãos, chorando.
Ficou algum tempo ali, até que ouviu uma respiração arfante do seu lado, alguém que tinha corrido muito.
- Você corre, hein? - null disse ofegante, se apoiando nos joelhos.
null enxugou o rosto, ele não podia ver ela naquele estado, mas continuou olhando pra frente.
- O que aconteceu? Você.. - null começou a falar mas foi interrompido por um suspiro de null. Se postou ao lado dela e ficou olhando para frente como a garota.
- Não aconteceu nada. - null disse simplesmente, sentindo que as lágrimas não conseguiam cessar.
- Como não aconteceu nada? Me fala, as vezes eu posso ajudar, eu..
- null, você não pode ajudar. - null afirmou, olhando pra ele pela primeira vez. - Não sei nem porque você está se metendo nisso.
null pensou em responder, pensou em dizer que estava preocupado.. por mais que odiasse null, não desejava mal a ela e não queria ver ela chorando.
- Porque agora é minha vez de ser o intrometido! - null falou encarando ela fundo.
- Não, não é. - null virou o rosto.
- Pelo menos olha pra mim. - null disse agora mais baixo.
- Eu não posso, não consigo. Você está me fazendo sentir pior! - null virou o rosto para olhar para ele, dizendo essa última frase.
null olhou o rosto da menina lavado por lágrimas. - Me fala!
- Pára de se intrometer na minha vida. - null saiu de perto dele, mas null foi atrás e segurou seu braço.
- Ótimo, não quer que eu me intrometa? Eu não vou me intrometer! Agora não venha me pedir ajuda depois, guarde essa tristeza toda pra você. - null disse rápido.
- Eu não preciso da sua ajuda. - null respondeu pra ele e puxou seu braço.
- Ótimo. - null falou e virou de costas, pondo as mãos nos bolsos.
- Ótimo. - Ela também falou e ficou de costas para null, cruzando os braços.
Alguns microsegundos depois, null ouviu null voltar a chorar. De repente, sem ele não conseguir nem processar, null deu um abraço nele.. um abraço tão apertado que ele conseguiu sentir o coração dela bater acelerado.
- O null.. ele.. disse.. que não gosta de mim. - null falou devagar abafada pelo abraço e com voz de choro.
null arregalou os olhos. - Ele não disse isso.
- Disse, null. - null soltou-se dele. - Disse com todas as letras.. Ele estava bêbado e podia estar falando da boca pra fora, mas ouvir aquilo doeu muito. - Ela explicou com um olhar triste.
Ele ficou com pena dela, dava pra sentir a tristeza da garota. Ele não podia deixar ela ficar daquele jeito, precisava dizer algumas palavras confortadoras, mas nenhuma vinha a sua mente no momento.
- null, acho melhor a gente voltar para o hotel.. Lá você esfria a cabeça, toma um banho..
- Não, eu não quero. - null respondeu.
- Porque? - null a olhou estranhando.
- Não sei, só sei que quero ficar aqui.. Até tudo isso passar.
- Você não pode ficar no meio de uma ponte, null, você..
- Posso sim e é isso que eu vou fazer. - null falou sentando e encostando as costas na ponte, abraçando as pernas.
- Tudo bem, então eu vou ter que ficar aqui com você. - null agachou e sentou do lado dela.
- Não, você não precisa. - null encarou ele.
- Preciso sim. - null também encarou-a.
- Porque você está fingindo que se importa comigo? - null perguntou franzindo a testa.
null pensou e então resolveu que devia mesmo falar tudo.
- Porque, apesar de você achar que eu sou um ridículo sem coração, e eu te achar metida, chata, mandona, que só veio pra arruinar minha vida com a null, eu acho que, no fundo, eu ainda gosto um pouquinho de você. Você consegue ser legal com os outros, eu acho, afinal, o null não estaria morto de amores por uma pessoa só com defeitos, né?
null não sabia se expressar, continuou olhando para null com a testa franzida. Até que resolveu, então, responder a altura.
- Ah, falou o gentilzão né? null, você fala de mim, mas você é bem pior! Sério, pra falar a verdade, eu acho que a null só tá com você por razões libidinosas. - Mentiu. Queria fazer null pensar que null podia ter outro a qualquer hora!
- É o quê, null? Eu aqui todo sendo bonzinho com você, tentando te ajudar e você vem e começa a falar grego comigo? - null se levantou rápido sem parar de falar.
- Eu não tô falando grego, null. - null também se levantou e começou um briga frontal.
- Ah, é? Então o que é libi-num sei o quê aí que você falou? - null levantou a sobrancelha.
- Procura no dicionário, mulinha! - null falou fazendo movimentos exagerados.
- Tá me chamando de burro?
- E se tiver? - null cruzou os braços.
- Você não perde por esperar, null null! - null apontou o dedo na cara dela.
- Hum. O que você pode fazer comigo? - null levantou uma sobrancelha e deu as costas pra ele, correndo pela ponte.
null foi atrás, segurou o ombro da garota e a virou para si.
- Há. Te peguei. - Ele prensou a garota contra a primeira parede que viu.
- Oh, não. Alguém me ajude, null null me pegou. - Ela falou irônica, fazendo gestos como se pedisse ajuda.
- Eu tô falando sério. Cuidado com o que você fala. Pode ter conseqüências. - Ele estava bem perto do rosto dela.
- Tipo? - null cruzou os braços novamente e o encarou.
- Tipo isso. - E ele segurou ela pelos ombros e pressionou a boca dela sobre a sua.
Os olhos dos dois se fecharam involuntariamente. O beijo durou até que null empurrou null e deu um tapa na cara dele.
- Seu.. seu.. Idiota! Você se aproveitou do momento pra me beijar, é isso? Aproveitou que a null não estava aqui e que eu estava triste e bêbada demais pra me importar em beijar o noivo da minha melhor amiga? - null gritou. - Eu não sou assim, null, eu não faço esse tipo de coisa. Nem nos momentos de maior fraqueza. Não sou...como você! - E ela correu, agora sem null tentar impedi-la. Ele ficou parado, repassando o que tinha acabado de acontecer, o que tinha acabado de fazer. Deu um murro na parede onde null estava há alguns minutos atrás.

Capítulo 15

null desceu do táxi correndo, com as mãos no rosto cobrindo as lágrimas que caíam sem parar. Atraiu alguns olhares de pessoas no hall do hotel, mas não se importou, só queria chegar no quarto e chorar, chorar muito. Com certeza, tinha sido a pior noite da sua vida.
Mas foi parada, pelo mesmo homem que não havia deixado que eles ficassem no hotel.
- Sua garotinha inconveniente. - O homem disse, parecia muito bravo. null
- Eu.. eu não quis.. - null gaguejou, não sabia o que fazer.
- Ah você quis sim! - O homem falou alto. - Os embaixadores estão ali e querendo seus quartos que foram roubados por vocês! O que meu chefe vai dizer quando descobrir, hein?
- Desculpe, não foi por maldade.. - Mas o homem não deixou null terminar.
- Eu devia ligar para a polícia e mandar prender vocês dois! - Ele exclamou e null sentiu seu coração parar. - Mas não vou fazer isso, seria pior ainda, mais confusão.. - null sentiu seu coração voltar a bater, mais aliviada. - Só quero que vocês tirem suas coisas de lá imediatamente e não apareçam mais aqui! - E ele apontou para o elevador.
null subiu correndo até o quarto. Mais essa, onde eles iam ficar?
Começou a arrumar suas coisas, quando a porta foi escancarada por null.
- null! - Ele exclamou.
Ela nem olhou para ele, continuou a arrumar suas coisas.
- null, o que você está fazendo.. eu..
- NÓS FOMOS EXPULSOS DAQUI! - null gritou virando-se para ele. - Agora dá pra calar a boca e arrumar suas coisas?
null entendeu, provavelmente os verdadeiros embaixadores da Escócia haviam chegado. Começou a arrumar suas coisas como null.
Alguns minutos depois, eles estavam na portaria e null colocava suas coisas no carro.
- null, por favor, PÁRA DE SER CABEÇA DURA E POE SUAS COISAS DENTRO DESSE CARRO! - null gritou para ela.
- Não! - null também gritou. - null, você acabou com qualquer coisinha que eu podia sentir por você, agora nós não somos nada.. nem conhecidos! Você não entende o que nós fizemos, pra você deve ser normal sair beijando as amigas da null, mas eu não sou assim. A null foi uma das melhores pessoas que eu conheci, e agora eu traí ela, nós traímos!
- Eu não teria feito nada se você não.. se você não tivesse me provocado! - null respondeu. - Eu disse que você devia ter cuidado com as coisas que falava!
- Eu não estava te provocando! Eu estava fora de mim, estava bêbada e triste por causa do null e.. - null parou ao lembrar dele. O que tinha feito, tinha feito uma coisa horrível com ele também.
- null, nós podemos esquecer isso! - null disse. - Virar a página, fingir que nada aconteceu! Ninguém precisa ficar sabendo.
- Pra você é fácil, né? Jogar areia em cima de tudo.. e o remorso? Não vai ficar te perseguindo? Porque eu não vou conseguir dormir pensando que eu beijei o noivo da minha melhor amiga e amigo do meu namorado!
null respirou, sentia os nervos a flor da pele. - Vamos, coloque suas coisas dentro do carro e vamos procurar um albergue pra dormir essa noite. - E ele entrou dentro do carro.
null foi vencida pelo cansaço, precisava de uma cama, não podia ficar na rua até amanhecer. Colocou suas malas nos bancos traseiros e entrou no carro.
null dirigiu por bastante tempo, parou em alguns albergues, mas nada de achar um quarto vago. Quando já estavam exaustos, viram um albergue que parecia não ser habitável.. mas era a última esperança deles.
- Oi. - null chegou no balcão e chamou a atenção de uma senhora que assistia TV. - Você tem um quarto vago?
A mulher olhou null de cima a baixo, com uma cara não muito boa por ele ter interrompido seu programa.
- Temos um único quarto, mas a cama está quebrada e o vaso sanitário está estragado. - Ela respondeu indiferente.
null olhou para null, que finalmente chegava com suas malas.. Ela deu de ombros, num sinal de "não temos outra opção mesmo" e ele voltou-se para a mulher.
- Ok, nós vamos ficar com ele. - null disse e a mulher não se moveu.
- Certo. - Ela falou. - Mas já vou avisando, isso é um albergue e não um motel..
- Ah quanto a isso você pode ficar despreocupada.. - null entrou na frente de null. - Nós não somos nada, apenas tivemos a infelicidade de ter que ficar três dias juntos.
A mulher também mediu null, murmurou alguma coisa inaudível e eles entenderam que era para seguí-la. null entrou novamente na frente de null e saiu arrastando suas malas, logo ele a seguiu.
O quarto era pior que o hall do albergue. Tinha apenas uma cama de casal, uma porta que dava para um banheiro, cortinas rasgadas na barra, paredes todas descascadas e um cheiro horrível de mofo.
null tampou o nariz e entrou no quarto, com null atrás dela.
- Ótimo, se já não bastasse tudo que aconteceu hoje ainda vou ter que dormir nessa espelunca. - Ela disse com a voz nasal, jogando suas malas em um canto pra procurar seu pijama.
- Você ainda podia dormir naquela ponte se quisesse. - null havia cansado de tentar ser bonzinho com ela. Tinha se desculpado, tinha tido paciência, mas agora se esgotara.. iria tratá-la do mesmo jeito.
- Eu não falei com você. - null virou-se para ele, quando entrava no banheiro, e cerrou os olhos para o garoto. Virou-se de novo e entrou no banheiro.
Era nojento, até pegar na maçaneta. Ela despiu suas roupas e colocou o pijama, quando virou-se para a pia..
- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. - null berrou, destrancando a porta e correndo para trás de null.
- O que aconteceu, histérica? - null virou-se para null assustada.
- Tem um.. tem um.. - null gaguejava apontando para o banheiro. null revirou os olhos e foi até o banheiro. Olhou dentro da pia, tinha uma concentração de pêlos pubianos lá dentro.. realmente nojento, mas não era nada pra tanto escândalo. - São só pêlos. - null disse saindo do banheiro.
- Não são só pêlos.. são.. ARGH! - null abanou o ar.
null revirou os olhos novamente, tirou a camisa e calça, ficando apenas de samba-canção. Estava indo em direção a cama quando null entrou na frente dele, bloqueando sua passagem.
- Sai da frente, garota, você já me deu dor de cabeça demais e eu quero dormir. - null falou tentando passar.
- Se você está pensando que eu vou dormir nessa cama com você, está muitíssimo enganado. - null disse ainda bloqueando. - Você dorme no chão.
- Eu não vou dormir no chão, dorme você. - null continuava tentando se desvencilhar da garota.
- Há, vai sonhando. - null também tentava empurrar null.
O garoto respirou fundo olhando pros lados, de repente empurrou null com tudo em cima da cama. null caiu por cima da garota e segurou seus braços. Um microsegundo depois..
"BUM!"

A cama quebrou por inteira e jogou os dois no chão. Eles ficaram se olhando por um segundo. Só depois, null foi lembrar que null null, o noivo da sua melhor amiga, o cara que ela tinha beijado a uma hora atrás e traído sua melhor amiga estava em cima dela.
- null! - null gritou. - SAI DE CIMA DE MIM!
null assustado com a reação da garota, levantou-se rápido.
null deitou no travesseiro e puxou as cobertas, virando para o lado oposto a que null estava.
Ele devagarinho pegou a coberta e deitou na cama.
- Fique, a pelo menos, meio metro de mim! - Ele ouviu a voz de null exclamar e balançou a cabeça.
Virou de barriga pra cima e encarou o teto, então involuntariamente começou a pensar em tudo que havia passado aquela noite e as imagens começaram a passar pela sua cabeça como um filme. Primeiro ficar bêbado com null e depois dançar abraçados um jazz lento, enquanto ele imitava a Billie Holiday. E, o beijo.. Podia jurar que havia ouvido sinos tocarem. Sentiu, beijando null, o que nunca tinha sentido beijando qualquer outra garota, nem null mexia com ele daquele jeito.
"O que eu estou fazendo?" null murmurou pra si mesmo. O que ele estava fazendo? Se sentindo "mexido" por causa do beijo de null? Como podia? Não era questão de estar noivo de null e sim porque ela era a null, a garota metida que havia ido pra Londres só pra acabar com a vida dele, a sabe-tudo, a chata, a insuportável da null estava mexendo com ele. IS-SO-ERA-IM-POS-SÍ-VEL!

null acordou cedo no outro dia, quer dizer, não tinha conseguido nem dormir direito, tinha perdido a conta de quantas vezes acordara de pesadelos com null que se transformavam em null e finalmente em null gritando e chorando. Levantou-se do "chão" e foi meio sonolenta até sua bolsa para verificar que horas eram no celular. Quando pegou o aparelho, havia 19 ligações não atendidas e todas de null.
"Pensei que você não gostasse de mim." null falou baixo pra si mesma. Ainda eram 8:30, mas não estava com a mínima vontade de voltar a dormir naquela cama ao lado de null. Bom, sua opção era descer e procurar uma lanchonete onde ela poderia tomar café. Trocou de roupa e deu uma última olhada em null, agora ocupando a cama inteira e babando no travesseiro. Uma idéia muito boa veio de repente a sua mente, faria isso mesmo pra dar uma lição em null?
"Ele merece." Ela pensou, e foi até sua bolsa pegou um bloquinho de papel e escreveu alguma coisa, arrancou o papel e colocou no banquinho ao lado da cama.
Desceu até o hall do albergue e constatou que a senhora rabugenta não estava lá assistindo TV. O dia era ensolarado, e null tampou os olhos quando saiu para a claridade, afinal aquele quarto não tinha janelas. Ficou por ali algum tempo apenas observando, esperando que alguem suspeito passase. Finalmente avistou uma garota, tinha quase certeza que ela era quem null procurava.
- Hey, hey.. - null chamou a menina.
A menina parou, estranhando tudo, mas sorriu.
- Bom, eu sou muito fã de McFly.. você conhece? - null puxou assunto com a menina, como se a conhecesse a muito tempo.
- CLARO! - A menina havia se empolgado. - Eu.. eu.. amo eles!
- Ótimo! - null entrou na animação da garota. - É porque me disseram que null null está hospedado nesse albergue, acredita?
A menina olhou o albergue que caía aos pedaços e fez uma cara de desacreditada.
- Nesse albergue? Você.. tem certeza? - Ela perguntou ainda olhando o albergue.
- Absoluta, fontes muito seguras me disseram. - null falou. - Eu estou aqui há algum tempo recrutando muitas fãs para que ele realmente nos note.
- Ai, eu tenho um monte de amigas que dariam tudo pra vê-lo. - A garota disse muito animada.
- Então liga pra elas, que eu preciso ir recrutar mais gente. - null também disse. - Faça muito barulho, ele provavelmente deve estar dormindo e me disseram que ele adora muito assédio das fãs.
- Jura? Achei que caras tipo null null odiassem assédio. - A menina estranhou.
- Não, ele adora! - null queria conter o riso. - Agora eu preciso ir, chame todas suas amigas. - E correu pra lanchonete.

null dormia profundamente e nem que jogassem água ele parecia acordar. Mas uma barulheira fora do albergue parecia insurdecedora e ele finalmente acordou com os gritos de..
- null, null, null, null!
Ele se apoiou nos cotovelos e começou a entender o que a gritaria estava dizendo. Estavam chamando-o. Muito intrigado, levantou-se, colocou a primeira roupa que viu em sua mala e foi até o corredor do albergue onde tinha uma janela. Olhou pra baixo e viu uma concentração de meninas que gritavam o nome dele e levantavam pôsteres. De repente uma delas viu null na janela e apontou, então elas começaram a gritar com mais força que nunca "Desce, desce, desce". Ele não estava com cabeça para fãs no momento e muito menos fãs escandalosas como aquelas. Voltou para o quarto e notou a ausência de null, afinal onde ela estava? Procurou algum bilhete e viu o recado que null havia deixado no banquinho.
"null,
Fui até a lanchonete mais próxima tomar café,
se você quiser me encontrar chama-se Andy's..
mas tome cuidado, tem uma bem parecida chamada Sandy's então não vá confundir.
null."

Então null pegou um moletom na sua mala, uma touca e óculos escuros, voltou para o corredor e viu uma janela que dava para uma escada de incêndio. "Ótimo", ele disse pra si mesmo e foi até lá. Desceu cautelosamente as escadas e quando passou pela janela da recepção notou que a senhora estava assistindo sua TV. Correu e virou a esquina, percebeu que as fãs tinham entrado dentro do albergue.
- Ahn, por favor. - As fãs entraram dentro do albergue e uma delas disse. - Você viu se null null passou por aqui?
- Ele acabou de descer pela escada de incêndio. - Respondeu a senhora sem tirar os olhos da TV.
- Ele está ali. - Uma fã gritou, apontando para null que começou a correr quando aquela multidão de fãs disparou em sua direção.
"Como é o nome da lanchonete? Andy's? Ou Sandy's? Wendy's? Ai que droga!" null correu mais depois de olhar pra trás. Avistou a primeira lanchonete e resolveu que era lá mesmo que ele ia entrar, a lanchonete que consequentemente era o Sandy's.
As fãs se aglomeraram em volta de null que procurava por null, mas não a via em lugar nenhum. Elas o cutucavam pedindo autógrafos, fotos, beijos, apertos na bunda e tudo que uma fã tinha direito.
- O que está acontecendo aqui? - Um homem baixinho com um bigode de leão marinho apareceu e fez todo mundo calar-se. - Quem é você? O que está fazendo no meu estabelecimento e fazendo tanta bagunça? - Ele não deixou nem null responder. - Anda, todos fora daqui!
null e as fãs foram literalmente jogados para fora da lanchonete. Para se livrar delas, o único jeito era ceder e dar os autógrafos e tirar as fotos.
Depois de ser cegado por flashs e com a mão doendo de dar tantos autógrafos, null retornou ao albergue e foi direto pro quarto, onde null se metera afinal?
Abriu a porta do quarto e null estava lá arrumando algumas coisas na mala. Ela o encarou.
- É você.
- null, eu.. - null começou mas null se levantou.
- Não tem desculpas null, eu fui muito trouxa mesmo. - null começara a falar. - Acordei mais cedo, te deixei um bilhete explicando direitinho onde eu estava e fiquei lá te esperando, mas não, você não veio.
- Eu tive um contratempo, eu.. - Mas ela o interrompera de novo.
- Não, tudo bem, eu resolvi trazer aquela droga de café da manhã pra você. - null apontara para uma sacola escrito Andy's, mas agora fazia uma voz de choro. - E quando eu chego aqui o que aquela senhora me diz? Que você tinha saído com suas fãszinhas! - null cobrira o rosto e fingira chorar.
- Eu..
- Não adianta null, porque você não volta e vai dar mais alguns autógrafos? Hein? - null levantara o rosto e encenava como se estivesse chorando de verdade. - Aproveite bem o café da manhã. - E pegou a sacola e tacou em null, saindo e fechando a porta. Ao sair, deu uma gargalhada.. Ver null desnorteado daquele jeito, pra ela, não tinha preço. "Bom, eu seria uma ótima atriz" Ela disse pra si mesma e depois riu.

Capítulo 16

- Eu não vou agüentar por muito tempo. - null dizia enquanto levava as mãos até os cabelos. - Ela me irrita!
Pegou o celular, precisava da ajuda de alguém e sabia quem poderia ajudá-lo.
- Sweety. - null atendeu do outro lado da linha.
- Hey. - null respondeu sem muita animação.
- Que saudades, você está bem? E a null? - null perguntou.
- Não null, não está nada bem. - E null resumiu a história de como eles foram expulsos do hotel, não tinha contado a null a parte de que eles tinham fingidos serem embaixadores da Escócia quando ela ligara da ultima vez, e como eles foram parar em um albergue fajuto e como ele não estava mais suportando null.
- Mas vocês também, fingirem ser embaixadores da Escócia? Onde vocês estavam com a cabeça? - null deu o sermão.
- Babe, eu não estou com cabeça pros seus sermões agora. - null disse impaciente.
- Tudo bem, desculpa. - null desculpou-se. - Aproveitando que você ligou, eu não gostei de nenhum vestido que vocês me mandaram.
- Nenhumzinho? - null perguntou incrédulo, eram pelo menos 20 vestidos diferentes.
- Não. Ah não sei null, ainda não é AQUELE vestido. - null explicou.
- Ótimo então, eu vou escolher seu vestido. - null afirmou.
- O QUÊ?
- Isso mesmo, eu vou escolher o melhor vestido e te fazer uma surpresa! - null disse feliz, mas null ainda continuou não acreditando.
- null você não vai..
- Vou sim null e você vai ser a noiva mais linda do mundo. Agora preciso encontrar sua amiga. - null revirou os olhos.
- Você está tendo problemas com ela? - null perguntou devagar, esperando que null não explodisse com ela.
- Problemas? Ela é insuportável, metida, cabeça dura.. Eu não vou agüentar! - null gritou.
- Calma honey, é só você ter um pouco de paciência e eu tenho certeza que você vai ver que ela não é insuportável. - null falou baixinho.
- Claro, paciência, é paciência.. - null repetia isso pra si mesmo.
- null?
- Oi?
- Eu preciso ir, te amo. - E null desligou o telefone.
- Agora, onde ela está? - null falou enquanto colocava o celular no bolso. Desceu as escadas do albergue e encontrou null sentada em um sofá lendo umas revistas. - Vamos!
- Eu não vou a lugar nenhum com você. - null respondeu sem tirar os olhos da revista.
- Isso não foi uma pergunta. - null puxou null pelo braço e a levou para fora do albergue.
- null.. você está me machucando. - E ela puxou seu braço. - O que foi? Está de TPM?
- Não enche. A null não gostou de nenhum vestido e eu resolvi escolher um pra ela e fazer uma surpresa. - null falou muito rápido.
- Você? Escolher o vestido da null? Essa eu quero ver! - null entrou dentro do carro rindo.
null revirou os olhos e entrou dentro do carro também.
Ele dirigiu de novo até a Barneys, era uma rua enorme e cheia de vitrines com vestidos de noiva.. eles precisavam encontrar o vestido perfeito.
Então null praticamente empurrou null pra dentro da Versace, tinha visto alguma coisa sobre essa loja e sabia que era chiquérrima.
- Olá. - Uma mulher sorridente veio ao encontro dos dois.
- Oi. - null não deixara null falar dessa vez. - Eu vou me casar, e estou procurando o vestido de noiva perfeito para minha noiva.. Quero fazer uma surpresa! - null explicou e a mulher fez uma cara de compreensão.
- Certo, como seria esse vestido? - A mulher perguntou.
- Eu preciso ver alguns. - null disse e puxou null pra perto de onde os vestidos ficavam.
- null, você não tem senso algum de moda. - null disse e apontou pras suas roupas.
- HA-HA-HA. Estou morrendo de rir. - null ironizou. - Este. - E puxou um vestido.
- Você sonha que eu vou experimentar isso. - null apontou para o vestido que null escolhera, era tomara que caia e na frente havia uma pequena sainha com uma espécie de "rabo" atrás. - E com certeza a null vai odiar.
- A null é minha noiva, eu conheço ela melhor que você. - null disse, parecendo uma criança brigando. - É idêntico ao vestido que a.. a.. Vitória Beckham casou. Anda, experimenta.
- Ela é vulgar. - null disse referindo-se a Vitória Beckham. - E de qualquer jeito, ela não usou um vestido desses.
- Que seja, você vai experimentar! - null empurrou null e o vestido pra dentro do provador.
null bufou segurando o vestido, estava cansada de ser tratada tão mal por null depois de tudo. Pensara que ele tinha ficado arrependido depois que beijou-a, e no mínimo não quisesse mais olhar na cara dela. Mas continuava sendo o mesmo, o mesmo null grosseiro e arrogante de antes.
- E aí? - null perguntou depois de alguns minutos que null estava trancada dentro do provador.
- Eu não vou sair daqui assim, null! - null gritou lá de dentro, estava se sentindo praticamente nua com aquele vestido.
- Vai sim ou vou ter que arrombar. - null também gritou.
null destrancou a porta e saiu de lá bem devagarzinho. O vestido podia até ser considerado bem bonito, mas o bustiê fazia parecer que null tinha colocado uns 500 ml de silicone de tão levantado que seus seios estavam, sem contar que praticamente suas pernas inteiras estavam a mostra. Deviam ter usado no máximo 1 metro pra fazer aquele vestido, já que só cobria sua barriga, suas costas, um pouco das pernas com uma sainha rodada e aquele imenso "rabo" atrás.
null tinha entrado em uma espécie de transe, não conseguia tirar os olhos das pernas de null até que seu olhar foi subindo por todo o corpo dela. Desde quando ela tinha tantas curvas?
null corou percebendo o olhar de null.
- Ahn? - null pareceu acordar. - Está.. bom. Vou levar esse.
- null, não. - null chegou perto dele e ele sentiu que estava muito quente ali. - A null vai odiar, ela não gosta desses bustiês! - null disse apontando para seus peitos e null amaldiçoou-a por ter feito isso, fazendo ele ter que olhar. - Nem essa saia que mostra praticamente nossas pernas inteiras. - null apontou para suas pernas praticamente nuas e null olhou de novo. - E esse rabo. - Virou-se de costas mostrando o "rabo" que tinha deixado sua bunda grande.
- Chega! - null não ia agüentar. - null, nós vamos levar esse vestido, então você já pode tirar. - Ele disse devagar como se falasse com uma criança.
null foi até o provador batendo o pé, tirou o vestido incrivelmente rápido e jogou em cima de null. Ele pagou pelo vestido, deixando null incrédula.. Como um vestido que tinha tão pouco pano podia custar aquela fortuna? Bom, era o dinheiro dele mesmo!
Como os dois não queriam passar nenhum tempo juntos, null pediu para que null a deixasse no centro pra ela poder fazer umas comprinhas. null iria voltar pro albergue ou procurar alguma Starbucks.
Era ótimo fazer compras em NY, null provavelmente tinha estourado o limite de seu cartão de crédito, mas ela não se importava, só queria chegar no albergue e experimentar todas de novo, sempre fazia isso quando comprava roupas novas. Pegou um táxi para voltar pro albergue e logo estava dentro do quarto jogando todas as roupas na cama para experimentar. null não estava por lá, então pegou um vestido azul marinho, tinha amado aquele. Tirou a camiseta que vestia e jogou de qualquer jeito na mala. Estava apenas de sutiã, preto com umas florzinhas rosa, e quando foi tirar a calça, a porta foi aberta. null entrou, mas quando levantou a cabeça viu null apenas em trajes íntimos.
- null sai daqui! - null gritou tentando se esconder. Mas null não conseguia sair de lá, sua cabeça trabalhava rápido e ele não conseguia largar da maçaneta. - null null SAI DESSE QUARTO AGORA. - null ainda gritava, enquanto procurava alguma coisa para se cobrir, mas estava tão nervosa que não achava nada.
null finalmente conseguiu tirar sua mão da maçaneta, mas não foi para sair do quarto, foi para andar em direção a null. Estava agindo por impulso, mas suas emoções falavam mais alto.
- null o que você está fazendo? - null perguntou desesperada vendo ele se aproximar dela. - Você está me assustan.. - Mas null nunca terminou aquela frase, já que null tratou de juntar os lábios dela com os dele ao pegá-la pela cintura nua. Ao sentir o toque de null em sua pele null arrepiou e ela (lê-se: seus hormônios idiotas) finalmente abriu a boca e colocou uma mão na nuca de null. Eles se beijaram intensamente, como não tinham feito da outra vez e só se soltaram porque faltou fôlego.
- Eu não sei o que está acontecendo comigo. - null disse respirando ofegante. - Todo lugar que eu vou nessa cidade me lembra você, eu sonhei com o beijo de ontem e com dançar abraçado com você e.. e.. Droga, null! - Ele levou as mãos a cabeça.
- null, isso é loucura! NÓS NÃO PODEMOS FAZER ISSO! - null gritou, finalmente achando uma blusa. - E.. e eu ainda correspondi!
- Não, pára! - null também gritou. - Não quero discutir isso! Só não sei o que está acontecendo comigo, não era pra ser assim, eu devia te odiar e não estar pensando em você em qualquer lugar de Nova York que eu vou!
null estava confusa, o que ele estava dizendo?
- null, isso.. isso não está certo. - Ela gaguejou. - Não é pra ser assim, definitivamente. E-eu não sei porque você está fazendo esse tipo de coisa, e porque eu estou correspondendo, mas isso tem que acabar, eu não vou trair a minha amiga! Nós estamos confusos, estamos passando muito tempo juntos e.. - Ela se tocou que estava segurando a blusa e ainda não tinha vestido, mas tratou de fazer isso!
- Você está certa. Afinal, você é a null! Você é chata, teimosa, e.. - null falou isso mais para si mesmo do que para null, que revirou os olhos, cansada daquilo. - Opa, não quis dizer isso, eu quis dizer que.. Bem, nós estamos fazendo a coisa errada e isso TEM que acabar! Eu não posso ficar pensando coisas assim de você. Talvez.. talvez a gente precise só.. voltar pra casa. Eu, pra null e você, pra se acertar com o null. Eu sei que ele gosta de você.
null respirou fundo, por mais que detestasse admitir isso null estava certo.
- É.. e-eu também acho isso. - Ela passou a mão pelo braço. - Vamos voltar.
- Então eu vou pagar a diária. - null apontou pra porta. Eles estavam estranhos, aquilo era muito estranho. Não dava pra entender o que estava realmente acontecendo entre os dois, só sabiam que aquilo devia acabar. null estava se amaldiçoando pra sempre, não podia ter feito o que ela fez, null não merecia aquilo. Ela queria gritar e contar pra amiga, mas sabia que se contasse, a amiga ia sofrer e nunca iria perdoá-la. Como ela poderia ser tão estúpida a ponto de fazer uma coisa daquelas? Ela não entendia, só sabia que havia alguma coisa, alguma coisa dentro dela que a estava dominando e fazendo com que ela fizesse coisas sem pensar, sem se lembrar de como era a realidade, a realidade em que null era o idiota, null era o noivo de sua melhor amiga e não um cara que ela devia ficar beijando e pensando e..
- Eu não vou suportar tanta pressão! - null levou as mãos ao rosto enquanto sentava-se.
Depois de ficar pensando sobre o que aconteceria quando eles chegassem em Londres, null foi chamada para realidade por null e eles foram arrumar as malas.
Logo os dois estavam pondo as malas em uma táxi, já que null havia devolvido o conversível, e indo até o aeroporto. null olhava para null de canto de olho, mas quando ela percebia ele fingia que estava olhando apenas a paisagem. null, às vezes fazia o mesmo, mas quando ele percebia também fingia que não estava olhando-o.
- O quê? O quê foi, null? - null perguntou irritada, cansada dele ficar olhando-a.
- O que eu estou fazendo? - null também perguntou, levantando as mãos em forma de defesa.
- Ah nada não. - null respondeu dando de ombros e null não entendeu. - Cínico. - Ela murmurou.
- Me chamou do quê? - null virou-se para encará-la, não que isso seja muito possível já que eles estavam dentro do táxi.
- Cí-ni-co. - null repetiu. - Porque você nunca faz nada, não é?
- Cínico? Eu? Você que faz meia hora que está me olhando e quando eu olho pra você, você simplesmente vira a cara! - null falou rápido.
- O quê? Ah você deve estar brincando mesmo. - null balançava a cabeça enquanto cruzava os braços. É, tudo tinha voltado ao normal.
- É isso aí mesmo, ADMITA! Você gosta de mim e quer me beijar.. de-no-vo! - null provocou.
null virou-se para ele incrédula, abriu e fechou a boca mas não conseguiu dizer nada.
- Como.. como você tem coragem de dizer isso? Seu.. seu.. idiota! Eu não gosto de você, nem que você se vestisse de Tom Cruise.. e muito menos quero.. beijar você de novo.. null eu tenho nojo de você!
- Nós.. nós chegamos! - O taxista, que provavelmente tinha ouvido toda a briga, disse meio assustado.
- Ótimo, porque eu também não gosto de você, null, nem que você se vestisse de Katie Holmes! - null falou pra garota, enquanto saiam do táxi.
- Então, estamos quites! - null olhou pra null pela última vez, antes de sair arrastando suas malas.

Capítulo 17

Eles não trocaram mais uma palavra desde que saíram do táxi, a viagem inteira. null acreditava que quanto menos falasse ou ficasse perto de null era melhor, e por isso pediu para uma senhora que trocasse de lugar com ela no avião. Ela achou graça depois, quando viu que a senhora que havia trocado com ela não parava de puxar assunto com null fazendo ele ficar visivelmente irritado.
Dez horas dormindo e tentando assistir Friends na televisãozinha do avião, sem sucesso pois o botão insistia em voltar pro filme Espíritos, eles finalmente pousaram em Londres. null saiu apressada, sem esperar por null. Pegou todas as suas malas na esteira e quando estava saindo pela porta do desembarque viu null correr até ela com null e null atrás.
- Amiiiiiiiiga! - null abraçou null.
- Saudades. - null disse com a voz abafada pelo abraço de null.
- Onde está o null? - null ergueu uma sobrancelha, depois de soltar do abraço.
- Deve estar ainda tentando pegar as malas na esteira, da última vez eu tive que pegar as malas dele! - null revirou os olhos lembrando como null era lerdo e ouviu null e null rirem do comentário.
- Hey! - null acenou pra eles, que vieram e a cumprimentaram. - Err.. eu.. onde..
- Ele não queria que a gente te contasse mas.. - null começou e olhou pra null.
- Acho que você deveria checar no seu apartamento. - null disse e null o olhou confusa.
- Do que vocês estão falando? - null fez uma cara de confusa pra eles também.
- Desculpe senhora, confidencial. - null fingiu fechar sua boca com uma chave.
- Senhora é a mã..
- null! - null gritou, finalmente aparecendo no portão de desembarque.
- Sweety! - null pulou nos braços de null. null sentiu seu estômago revirar, era o remorso. - Onde está? Onde ele está?
- Fala null! - null e null falaram juntos. - Soubemos quem teve que carregar as suas malas, grande cavalheiro! - null disse.
- Calem a boca! - null disse, mas riu depois da cara dos dois.
- Onde está, null? - null pulava inquieta.
- O quê, babe? - null escondeu o vestido que segurava atrás das costas.
- O vestido, o que mais poderia ser? - null cruzou os braços.
- Eu acho que já vou, preciso mesmo descansar em casa. - null falou pegando de novo suas malas.
- Deixa que eu te levo, null. - null se ofereceu.
- Anda, null me mostra! - null tentava pegar o pacote com o vestido, mas null não deixava.
- Não null, obrigada, eu vou de metrô! - null agradeceu, acenando e arrastando suas malas.
- null null, O QUE É ISSO? - Foi a ultima coisa que null ouviu, provavelmente null havia mostrado o vestido a null.

- Olá, Senhorita null, tem alguém esperando pela senhorita. - O porteiro, sempre amigável, disse.
- Obrigada, Sr. Hamilton. - null sorriu e entrou no prédio. Entrou no elevador e apertou o número 4. Alguns segundos depois, a porta do elevador abriu e estava de frente para sua casa. Ouviu alguns barulhos vindos lá de dentro, girou a maçaneta devagarzinho.
- Simba, você vai estragar tudo, eu já.. - null parou de brigar com o cachorro quando escutou o barulho da porta sendo aberta.
null arregalou os olhos quando viu sua sala. Estava coberta de flores das mais diversas cores e perfumes, estava linda.. Mas ela não tinha esquecido o que null havia feito.
- Hey. - null falou sem jeito passando a mão pelos cabelos.
- Isso tudo.. É pra mim? - null perguntou sem se mover para entrar dentro de casa.
- Claro.. Pra quem mais poderia ser? - null deu de ombros, estava estranhando o comportamento dela.
- Ah tá, porque eu pensei que fosse pra garota daquele dia na boate.. Como era mesmo o nome dela, null? - null pôs a mão na cintura, encarando-o.
- Eu não estou entendendo, null.. Do que.. do que você está falando? - null andou até ela.
- Não se faça de cínico. - null desviou dele e entrou dentro de casa, deixando suas malas perto da porta e jogando seu sobretudo no sofá.
- Eu realmente não sei do que você está falando.. Garota da boate? null, você sabe muito bem que não existe ninguém além de você! - null falou encarando as costas de null. Ela riu sarcástica.
- Ok, null. Se você não se lembra, eu vou refrescar sua memória. - null virou-se para ele. - "null, eu não gosto de você! Você foi só uma diversãozinha, tudo que eu disse era mentira!" - null imitou a voz de null, fazendo gestos. - Eu pensei que você era do tipo que não fazia essas coisas null. - Ela virou de costas novamente.
null encarou o chão, parecia que finalmente a fixa tinha caído. Andou até ela e encarou suas costas de novo. - null, o que quer que eu tenha dito aquele dia era mentira! Eu estava bêbado, completamente bêbado..
- Eu percebi mesmo. - null disse, ainda de costas, como se falasse com a parede. Depois fungou, as lágrimas estavam começando a cair.
- Então você deveria entender, droga! - null falou irritado. - Nós estávamos no começo do namoro e.. eu estava gostando de você, realmente estava, só que de repente você vai viajar pra agradar a null e me deixa aqui! Eu não estava agüentando! - null foi interrompido por outro suspiro de null, ela estava realmente chorando agora. - Daí esse amigo me disse que eu deveria sair pra me divertir e tentar esquecer que você estava longe. Mas quando eu cheguei na boate, tudo que eu consegui fazer pra me divertir foi beber! E no final, eu fiz essa besteira de te ligar e falar todas essas coisas!
null enxugou as lágrimas com as costas das mãos e deu a volta no sofá, sentando e cruzando os braços.
- Você, não vai dizer nada? - null a encarou.
null olhou pra ele e mais lágrimas escorreram. null foi até onde ela estava sentada e sentou-se também, mas null virou o rosto. null pegou em sua mão.
-"I can't believe I found, the girl who turned my life around.. - null cantou, mas continuou sem olhá-lo. - "She suddenly, came onto me, pin me down under the ground.. I could have pushed away, but I didn't know what she'd say..- null finalmente cedeu e virou o rosto, pois sabia o resto da música. - "But I'm glad, I'm not the guy who turned her.. down?" - Agora, null meio que declamou essa última frase da música.
Eles se encararam por alguns longos segundos, até que null resolveu tomar alguma atitude. Fechou os olhos e tentou aproximar suas bocas. null, involuntariamente, também fechou os olhos e quando sentiu a boca de null encostar na sua, ela pareceu voltar a realidade.
- Não, null! - Ela levantou rápido, deixando null ainda meio desnorteado.
Ele passou a mão no rosto, visivelmente confuso e irritado. - O quê, null? - Ele se levantou também. - O quê eu tenho que fazer pra você acreditar que aquilo foi tudo um erro?
null virou-se pra ele. - Me deixar sozinha.. um pouco.
null olhou pra baixo e balançou a cabeça afirmativamente. Quando já estava na porta, tirou uma rosa vermelha de seu bolso e colocou em cima da mesa da sala.
null limpou seu rosto quando escutou o barulho de porta sendo fechada. O que iria fazer afinal? Queria perdoar null, sabia que ele não tinha feito aquilo por mal.. Era tudo culpa da bebida e ela realmente havia entendido o porquê dele ter feito tudo aquilo. Mas também não queria dizer a ele que estava tudo bem, queria que ele também se sentisse culpado por ter feito alguma coisa com ela, assim como ela tinha feito com ele. Se acertar com null seria mais difícil do que ela pensara, o remorso ainda fazia seu estômago dar voltas. Porque fora tão burra, porque tinha que ter beijado null? Simplesmente não conseguia parar de pensar naquilo, fora a viagem inteira pensando no que tinha acontecido entre os dois. Queria tanto contar a null, mas sabia que não poderia e ainda iria machuca-lo. Poderia imaginar null falando "Enquanto eu estava sofrendo por você, você estava aos beijos com um dos meus melhores amigos.. que por sinal está NOIVO da SUA melhor amiga!"
null bateu a testa com força na parede, fazendo Simba se assustar e ir se entrelaçar em suas pernas.
- O que eu faço, Simba? - null olhou pra baixo, ainda com a testa na parede. Estava começando a arder.
Ela retirou rápido a testa da parede quando começou a latejar pra valer. Foi até o espelho mais próximo.
- Ótimo, um roxo enorme! - Ela se amaldiçoou, enquanto esfregava a testa.
Foi até a cozinha, abriu o freezer, pegou um pouco de gelo e um pote de sorvete de morango ainda fechado. Na sua estante de DVD's pegou Doce Novembro, colocou no DVD e sentou-se. Sorvete e seu filme de romance preferido, isso sim iria fazê-la esquecer tudo.

Duas semanas haviam se passado. null tinha voltado a trabalhar, prometendo fazer hora extra pelos dias que ela tinha faltado. null ligava todo dia pra ela, mas com medo de ter que dar alguma resposta, null nunca atendia. Cada vez que falava com null, o remorso vinha e fazia com que ela fingisse que estava com algum problema e ter que se afastar da amiga. null sempre estranhava, mas ainda não tinha comentado nada.
- Obrigada. - null pagou por suas compras. Tinha acabado de sair do trabalho e lembrado que não tinha nem água em sua casa, por isso resolveu passar no mercado mais próximo de sua casa. Tentou se equilibrar com cinco pacotes cheios de compras, que tampavam sua vista.
- Posso ajudá-la? - null se assustou ao ouvir uma voz ás suas costas e derrubou as compras no chão.
- Que droga! - Ela xingou vendo suas compras todas espalhadas.
- null, me desculpa.. eu não queria.. - null foi ajuda-la a recolher as compras.
- Err.. Oi, null. - null se levantou quando percebeu que era ele.
- Oi. - Ele disse sem graça, também se levantando. - Eu te liguei milhões de vezes, você não quis atender.. Então o jeito foi te encurralar.
- Eu.. Eu não estava pronta.. pra te atender. - null respondeu devagar.
- Hmm.. - null murmurou. - Quer ajuda? Pra pegar e levar essas coisas?
- Ahn? Ah é, as compras. - null e null de abaixaram de novo, juntaram todas as compras. null insistiu em levar os 3 pacotes mais pesados e null ficar só com 2.
- Então.. - null começou e null olhou pra ele, enquanto eles andavam. - Agora você está pronta pra me.. atender?
null desviou o olhar de null, olhando pra baixo, mas ainda sentia os olhos dele nela.
- Eu.. eu.. - null gaguejou, ainda olhando o chão.
- Você..? - null colocou as compras no chão, seus braços tinham começado a doer.
Ela também colocou as compras no chão e encarou null. - Senti sua falta. - E null abraçou-o.
null sorriu e a abraçou também, passando a mão nos cabelos da garota. - Está.. tudo bem, então?
- Está, null. Eu fui burra de não aceitar suas desculpas depois de tudo que você já fez por mim. - null respondeu abafada pelo abraço, com o rosto no peito de null.
- Não, você estava no seu direito de não me perdoar. - null disse. - E eu.. também senti sua falta.
null soltou-se do abraço e encarou null, os dois sorriram. Ela entrelaçou os braços no pescoço de null e ele pôs a mão na cintura dela. Aos poucos, eles aproximaram os rostos e depois as bocas. null deu um selinho nela e null riu dando um selinho nele também, mas null puxou null pra mais perto de si fazendo com que ela abrisse a boca e eles se beijassem de verdade. null levantou null, que gritou, interrompendo o beijo e depois riu.
- Quer parar de rir? - null encarou-a.
- Desculpa, null. - E ela deu um selinho no garoto que a girou e a pôs de volta no chão. Se beijaram mais uma vez, até que foi a vez de null partir o beijo.
- Eu estava pensando em pedir algumas pizzas e assistir filme, lá em casa. - Ele comentou, enquanto pegava as compras de novo.
- Ótimo, daí nós podemos chamar a null e.. o.. null. - null entortou a boca ao dizer o nome de null. - A null e o null e o null.
- Eu pensei em ser só nós dois. - null pareceu chateado.
- Não seja egoísta, null. - null brincou, tentando fazer com que null olhasse pra ela.
- Tá bom, o que eu não faço por você? - null se deu por vencido e null comemorou. - Mas acho que o null vai querer levar uma acompanhante.
- O null? - null parou de andar e ficou de frente pra null. - O null tem alguém?
- É, uma peguete dele! - null brincou.
- Peguete? Ah então é disso que você me chamava antes da gente namorar? - null sentiu-se ofendida. Agora estava andando de costas, encarando null de frente.
- Não, eu.. não.. Você é diferente. - null tentou concertar.
- Não vejo nenhuma diferença. - null levantou a sobrancelha. - Nota mental: Pontos a menos pro null! - E null saiu correndo na frente dele.
- Pontos a menos? Ei, espera aí. - null também correu atrás dela.

Capítulo 18

Já eram 7:30 e null continuava com as portas do seu guarda-roupa abertas, tentando encontrar alguma coisa pra vestir, sendo que devia estar na casa de null, que era longe dali, 8:00 horas.
- O que eu visto? - Era quarta vez que ela se perguntava isso. Sempre era assim, esse era seu dilema.
Alguns minutos depois, null finalmente pegou a blusinha verde bordada de alcinha, uma calça jeans bem clara, seu blazer preto e uma sandália da mesma cor.
Colocou comida para Simba, desceu até o hall do prédio e saiu. O táxi já a esperava. Ela realmente precisava aprender a dirigir, não agüentava mais ter que andar de táxi, metrô e ônibus. Em Cardiff, ela sempre tinha Harold que a levava pra qualquer lugar que ela quisesse.
Às 8:15, ela estava tocando a campainha da casa de null.
- Hey. - null abriu a porta. Continuava a se sentir sem graça perto dela, nunca sabia qual seria a reação da garota.
- Hey. - null disse rápido. Pôs um pé dentro da casa e entrelaçou os braços no pescoço de null, beijando-o. null colocou a mão na cintura dela, ainda um pouco assustado com esse beijo repentino, mas correspondendo.
Eles não sabiam quanto tempo haviam ficado sob a porta se beijando, até que null quebrou o beijo. Quando ela finalmente entrou na casa, reparou que null, null, null e null os olhavam.
- Uhuuuuuuul. - null bateu palmas e null adquiriu um vermelho-tomate.
- Grande null, tá crescendo. - null fingiu limpar uma lágrima.
- Cala boca, null. - null apareceu atrás de null, meio envergonhado também.
- Acho que vocês se acertaram, huh? - null cerrou os olhos para null, que sentava no chão ao lado de null.
null olhou pra ele, mas não respondeu nada.
- Bom, agora só falta o null. - null comentou.
- O null deve ter ido pegar a.. Como é mesmo o nome dela, null? - null olhou para null.
- Hayley.. Katie.. Alguma coisa assim. - null respondeu indeciso.
- O que essa garota é dele? - null pareceu aborrecida quando disse isso.
- Rolo. - null, null e null disseram juntos.
- O quê? O null? Mas.. - null não terminou essa frase, pois o próprio null havia aberto a porta.
- Falando de mim? - null entrou, puxando uma garota pela mão.
- Estávamos. - null murmurou emburrada.
- Hey gente, essa é a Natalie. - null puxou a menina pro lado dele, que sorriu tímida.
Todos acenaram pra ela e disseram coisas do tipo "bem vinda, Natalie", todos com exceção de null.
null, null e null cochicharam alguma coisa, pareciam garotas.
- Então, null, finalmente encontrou alguém. - null brincou e null deu um tapa no namorado, quando viu que a garota havia ficado envergonhada.
- Como vocês se conheceram, Natalie? - null quis saber.
- No Starbucks. - Natalie contou. - Depois do null derrubar todo o frapuccino dele na minha blusa. - E os outros riram.
- Ótimo jeito de se conquistar uma garota, null! - null fez joinha para null, que mandou dedo.
- Mas eu quis ajudar a limpar, ela que não quis. - null se defendeu.
- Daí ele disse: E um encontro, você quer? - Natalie contou e as meninas riram, menos null. Ela não estava gostando nada daquela menina.
- Nós não vamos pedir as pizzas não? - null interrompeu null que tinha acabado de abrir a boca pra falar alguma coisa.
- Ahn? Ah é, as pizzas. - null levantou-se rápido e foi até o telefone.
- Melhora essa cara, amiga. - null cochichou para null.
- O que essa garota tá fazendo aqui afinal? - null também cochichou.
- Ela é o rolo do null. - null, que tinha ouvido elas cochicharem, também falou.
- Mas desde que eu conheço o null, ele nunca teve nada com ninguém. - null disse e encarou suas mãos.
- Do que vocês querem? - null gritou.
- Mussarela- null respondeu também gritando.
- Mussarela não, lombo canadense. - null gritou.
- null, eu sou vegetariana. - null encarou o garoto, cerrando os olhos. - Não quero pensar que estou comendo o lombo de um pobre animal!
- O animal já tá morto mesmo, qual é a diferença? - null a encarou também, cruzando os braços.
- Se pessoas como você parassem de pedir pizzas de lombo canadense, menos animais seriam mortos para satisfazerem suas necessidades carnívoras! - null respondeu, irritada.
- Eu aceito comer de mussarela. - Natalie levantou a mão.
- Alguém te perguntou alguma coisa? - null levantou uma sobrancelha, encarando a menina.
- Hey, hey, vocês vão se decidir ou não? - Eles ouviram null gritar.
- Três pizzas, null. Uma de mussarela, uma de lombo canadense e uma de catupiry, certo? - null olhou pros outros que deram de ombros, concordando.
- Eu.. eu vou ao banheiro. - null disse e se levantou rápido. Tinha percebido a cara de confuso que null tinha, depois que ela havia "respondido" a Natalie.
- O que ela tem? - Natalie perguntou, olhando null, que deu de ombros.. muito confuso.
- Eu vou atrás dela. - null também disse e se levantou.
- Eu vou também. - null também se levantou.
- O que aconteceu aqui? - null voltou, percebendo a ausência de null, null e null e a cara dos outros.

- null, abre a porta. - null batia na porta do banheiro, mas não tinha resposta.
- Ela tá aí dentro? - null chegou perto de null.
- O que você acha? - null respondeu irônica.
- Qual é seu problema, hein? - null ficou de frente para null.
- Ah nenhum, null.. - null levantou os ombros. - Você é meu problema!
- Fala baixo. - null pôs a mão na boca de null, chegando bem perto dela.
Eles ficaram se encarando por alguns minutos, até que null tirou a mão de null de sua boca.
- A minha vontade é de contar tudo pra null, doa o que doer!
- Me contar o quê? - null abrira a porta.
- Nada, babe. - null abanou o ar. - Invenção dela.
null olhou para null, que engoliu em seco e confirmou com a cabeça.
- O que aconteceu? - null ficou de frente para null.
- Não sei.. acho que estou com ciúmes de vocês. - null respondeu. - Antes eu era a única menina, que cuidava de todos vocês. Agora todos têm namorada.. Ai não sei!
- Você não precisa ficar com ciúmes da gente, você é e sempre será nossa babá. - null beijou a testa de null, que sorriu fraco.
null, não sabia por que, mas achava que não era aquele o verdadeiro motivo de null ter estressado com Natalie. Afinal, porque ela nunca tinha feito isso com ela ou com null?
- É, eu vou voltar pra lá. - null disse e virou-se para voltar. null fez o mesmo, mas foi segurada por null.
- É melhor você nem pensar em contar alguma coisa pra null. - null falou apertando o braço dela.
- Me solta. - null puxou seu braço, sem sucesso.
- Então promete. - null continuou segurando o braço de null.
- null.. SOME DA MINHA VIDA! - null falou irritada e finalmente tirou seu braço das mãos de null.
- Não dá, você sentiria muito a minha falta. - null fez cara de convencido.
- Ah claro né, porque afinal eu te amo e quero te beijar de novo. - null disse irônica.
- Sério? - A cara de convencido de null, aumentou.
- Claro. - null fechou os olhos e foi aproximando do rosto de null, que fez o mesmo.
Quando os rostos deles estavam a poucos milímetros, null deu um tapa na cara de null.
- Viu? O quanto eu te amo? - Foi a vez de null abrir um sorriso convencido.
null ficou com a mão no rosto, vendo null voltar pra sala.
- Você quer brincar? Então nós vamos brincar, null null. - null falou sozinho.

- Onde você estava? - null pôs a mão em volta da cintura de null quando ela sentou no chão de novo, ao lado dele.
- Tendo uma conversinha com o null. - null sorriu novamente, vendo null voltar com um vermelho no rosto.
- O que aconteceu com seu rosto, null? - null perguntou apontando pro vermelho em null.
- Nada, bati. - null inventou, lançando uma olhar para null que ria com alguma coisa que null tinha falado em seu ouvido.
- Então null, o que você tem de filmes? - null perguntou. null se levantou e mostrou uma prateleira cheia de filmes.
- Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban! - null apontou para o primeiro filme da prateleira.
- Isso. - null bateu palmas. Simplesmente amava a série, tinha todos os livros e filmes e achava J.K. brilhante!
- Harry Potter? - null fingiu vomitar.
- Vamos fazer uma votação! - null se pronunciou. - Quem quer ver Harry Potter?
null, null, null e null levantaram as mãos.
- Quem não quer?
null, null e Natalie levantaram as mãos.
- Você decide, null. - null falou.
- Faz tempo que não assisto Harry Potter.. - null fingiu pensar e null gritou um "anda, null". - Tô com vocês. - E ele apontou para null e null, que bateram as mãos comemorando.
- Eu vou buscar as pizzas. - null falou balançando a cabeça, quando a campainha tocou.
Algum tempo depois, as caixas de pizzas estavam todas empilhadas e vazias. Todos estavam absortos no filme, Sirius tinha acabado de levar Ron para a casa dos gritos e as meninas gritavam, como se pudessem salvá-lo.
- É só o Sirius! - null falava.
- É, mas ele está machucando o Ron. - null cruzou os braços.
- Eu amo o Rupert Grint. - null disse e ela e null suspiraram.
- Ah é? - null, que tinha null deitada em seu colo, cochichou.
- Ah, null, ele é tão fofinho. - null sussurrou.
- Mas ele é só um garoto, isso é pedofilia ouviu? - null falou bravo.
null levantou-se e deu um beijo estalado em null, que sorriu.
Já passava da uma da manhã quando todos haviam ido embora, todos com exceção de null que ficara pra ajudar null com a bagunça. Eles arrumaram a sala e jogaram todo o lixo fora. null se jogou no sofá, exausta, enquanto null desligava a TV.
- null.. - null o chamou e o garoto virou-se para ela. Ela sorriu e o chamou pra mais perto, com o dedo indicador. Ele coçou a cabeça e foi andando devagar até o sofá, sentou-se de frente para null. Ele a olhou fundo nos olhos, mas null desviou o olhar rindo. - Você me deixa sem graça.
- Agora você está sem graça, huh? - null a segurou pelo queixo, vendo ela afirmar com a cabeça. - Eu gosto de você, null, de verdade.
null não hesitou em sorrir e abraçar null, abraçar bem apertado. Enquanto ele sentia o perfume dela e alisava seus cabelos, null fechava os olhos sentindo o abraço dele.
De repente, ela levantou e deixou null confuso. - null, dança comigo? - null estendeu a mão.
- Dançar? Nós não podemos ligar o som, já são..
- Você pode cantar. - null sorriu e continuou com a mão estendida. null aceitou e levantou. null pôs as mãos dele em sua cintura e colocou as suas nos ombros dele.
- O que você quer que eu cante? - null perguntou, enquanto balançava null.
- Uma música, que quando você ouve você lembra de mim. - null respondeu com a cabeça no ombro dele.
null pensou, que música cantaria? Até que se lembrou de uma, uma que realmente o fazia lembrar de null.
-"Do not get me wrong I cannot wait for you to come home.. - Por mais que a música fosse meio agitada, null tinha dado um jeito de fazê-la ficar calma e bonita. - For now you're not here and I'm not there, it's like we're on our own"
null tirou a cabeça do ombro de null e virou para encará-lo. null beijou uma bochecha dela e voltou a cantar, ainda balançando.
-"To figure it out, consider how to find a place to stand.. - E ele beijou a outra bochecha dela, depois voltando a cantar. - Instead of walking away and instead of nowhere to land.." - E beijou a ponta do nariz dela e null riu. Os olhos dele foram parar na boca da garota. - "This is going to break me clean in two.. - Então null beijou null de leve nos lábios e a cada beijinho ele cantava mais uma parte da música. - This is going to bring me close to you" - E null puxou null pra mais perto de si, dando outro beijo de leve. Foi até o ouvido da garota, sussurando, e agora sem cantar. - "She is everything I need that I never knew I wanted, she is everything I want that I never knew I needed"
null sorriu e voltou a encará-lo, olhando fundo nos olhos dele. Colocou a mão no rosto do garoto e ele beijou a palma da mão dela. Sorriram um pro outro e se beijaram. Se beijaram até que null foi empurrando null, que estava de costas, pro sofá e sem parar de beijá-la.
Colocou-a devagar no sofá e interrompeu o beijo, pra respirar. null sorriu pra ele e o chamou com o dedo indicador. Ele riu e voltou a beijá-la.
null estava com a mão na perna da garota e null com a mão nas costas dele, enquanto se beijavam intensamente. null puxou sua camiseta e a jogou em qualquer lugar da sala e depois ajudou null a tirar sua blusa e a garota também jogou em qualquer lugar. Eles pararam de se beijar e ficaram se encarando, mas null puxou null para outro beijo. Quando a garota sentiu a mão dele na abertura de seu sutiã, ela levou um susto. Lembrou de quando tinha beijado null, apenas em trajes íntimos e o cheiro de null ficou extremamente igual ao de null e ela já não conseguiu mais tirar ele da cabeça.
- Não, null - null parou de beijá-lo. Tentou levantar-se, mas null não deixou.
- Eu pensei que você quisesse.. - Ele disse confuso, encarando-a.
- Eu sei.. Eu também pensei. - null desviou o olhar, não conseguia ficar encarando null. - Mas não dá, acho que a gente devia ir com mais.. calma.
De repente, o telefone tocou. null saiu de cima de null e foi atender. Quando null voltou, ainda sem camisa, null já estava vestida e indo pegar sua bolsa.
- Acho que já vou, null. - null disse indo em direção a porta.
- Não, você pode dormir aqui.. já tá tarde. - null foi atrás dela. - Quer dizer, você dorme no meu quarto e eu aqui na sala.
- Não, eu não quero incomodar. - null colocou a bolsa no ombro.
- Você não vai. - null segurou a mão dela e sorriu. null acabou cedendo, já que já passavam das 2:00 da manhã.
null arrumou uma camisa que ele não usava pra ela e uma samba-canção do Mickey.
- E aí, como estou? - null deu uma voltinha, quando saiu do banheiro com as roupas de null.
- Tenho que admitir, você ficar melhor com essas roupas do que qualquer homem. - null fez uma voz gay e riu das poses de null. Ela deu um beijo estalado nele e foi para o quarto, enquanto null ia para a sala.
null deitou a cabeça no travesseiro, pensando em o que quase tinha acontecido. null, pra variar, tinha que estragar tudo, tinha que tomar conta dos pensamentos dela. Não podia fazer nada com null, pensando em null, pensando no beijo de null. Como ela odiava ele, como tinha raiva daquele garoto que só tinha entrado na vida dela para perturbá-la.
- Eu te odeio, null null. - null sussurrou pra si mesma. - Muito.

Capítulo 19

-"And teeeell me that we belong together.." - null cantava em baixo do chuveiro, enquanto enxaguava os cabelos. Desligou o chuveiro e escutou alguma coisa batendo na janela de seu quarto. Colocou a calcinha, sutiã, um roupão e uma toalha no cabelo e foi até a janela.
Sua janela dava pra uma escada de incêndio e quando pôs a cabeça pra fora viu null subindo as escadas e pronto pra tacar outra pedra em sua janela.
- Qual o seu objetivo? Quebrar a minha janela ou o quê? - null perguntou, fazendo null parar de subir e encará-la.
- Não, era só chamar a sua atenção mesmo. - null respondeu e voltou a subir.
- null, já são quase 11 horas da noite. - null exclamou, vendo null se aproximar cada vez mais. - O que você quer?
null se apoiou na janela e a encarou. - Falar com você! - null notou que ele estava extremamente bonito e bem arrumado. Usava uma camisa branca e por cima um suéter preto, uma calça jeans e um tenis branco.
- Sobre?
- Coisas.
- Que coisas, null?
- Da vida.
- Ai, meu Deus. Se for uma total perda tempo, eu mato você. Entra logo e seja rápido. - null deu espaço pra ele, que pulou pra dentro.
- Eu.. - null ficou parado em frente ela, tentando escolher as palavras.
- Você..? - null fez um gesto com a mão, sinalizando pra ele continuar, mas null ficou olhando pra qualquer outro ponto menos ela. - Desembucha, null.
- Eu não sei como falar isso, mas.. - null começou a se sentir extremamente interessado pelo relógio pregado na parede. - Você até que não é tão mal.
- Ah, é? E esse era O fato que te fez vir aqui e pertubar meu banho? - null agora batia o pé.
- É, isso. - null confirmou, ainda sem encará-la.
- Ok, pode ir então. Já captei a mensagem. - null apontou para a porta do quarto.
null respirou fundo e saiu do quarto, com null em seu encalço. Abriu a porta do apartamento e viu null se encostar no batente enquanto ele ia até o elevador. Quando ele já estava dentro do elevador e via a imagem da garota sumir, ele se lembrou do porquê tinha ido até lá. Pôs a mão e empurrou a porta do elevador, andou até null e a puxou para um beijo, levando a garota de costas até dentro do elevador novamente.
- null.. - null falava no meio do beijo, tentando resistir, numa briga interna consigo mesma.
null apertou todos os botões do elevador, que iam até o 10.. sem parar de beijá-la.
Quando já estavam no oitavo andar, null finalmente conseguiu afastar null e começou a dar soquinhos no peito, não muito forte.
- Você não pode fazer isso. - null gritava. A toalha que estava em seu cabelo tinha caído no chão. - null, eu não sou um brinquedo que você pode ficar beijando a hora que der vontade!
- Eu não.. - null a segurou pelos cotovelos, fazendo ela parar de socá-lo.
- Agora EU vou falar. - null apontava o dedo na cara dele, que andou até encostar na parede. - Eu estou com o null, null e você está NOIVO da null! O que você pensa que está fazendo com isso? NÓS ESTAMOS TRAINDO ELES!
- Eu não..
- É, null, você não vai fazer isso nunca mais. Eu não quero que VOCÊ estrague a minha relação com a null ou com o null. - null virou de costas para null e passou a mão no rosto, confusa. Tinham parado no décimo andar finalmente. - Eu te odeio, null. - Ela disse, encarando a parede oposta a que null estava.
Ele não respondeu nada, apenas encarou o chão. null apertou o botão de abrir as portas e saiu, deixando null lá dentro.
Antes das portas se fecharem, null gritou.
- Eu também, me odeio por não conseguir mais te odiar!

- Eu não posso, eu não posso, EU NÃO POSSO! - null repetia entrando no seu apartamento de novo. Levou as mãos ao cabelo ainda molhado. - Ele é o noivo da sua melhor amiga, null, da menina que te ajudou desde que você chegou em Londres e que confia tanto em você! - Agora ela estava andando de um lado para o outro. - Como eu fui me meter nessa confusão? Como? - Ela olhou pra cima, exausta. - Eu odeio o null, odeio, odeio, odeio! Ele não pode fazer isso comigo, não pode! - null se jogou no sofá e poucos minutos depois, adormeceu do jeito que estava.

- Hey null, pega uma pasta de dentes pra mim. - null chamou a atenção de null que encarava uma maçã em sua mão. Os quatro estavam no supermercado fazendo as compras de null e null.
- Ahn? - null encarou null. null e null se juntaram a eles trazendo muitos pacotes de salgadinhos.
- Tá dormindo, null? - null passou com alguns salgadinhos e deu um tapa na cabeça dele.
- O que você tem, dude? - null despejou praticamente todos os Coop Noodles que existiam no supermercado dentro do carrinho.
- Não sei.. É que eu não entendo a null. - null pegou algumas cervejas. null franziu a testa.
- Ah isso não é nenhuma novidade, você não entender alguma coisa. - null deu de ombros e null virou os olhos. - Tá, o que aconteceu? Vocês ainda não..?
- Não, man! - null falou.
- HAHA null não consegue nem levar a garota pra cama. - null zoou. null chutou uma prateleira.
- Eu quase levei tá? - null protestou. - Mas de repente ela não quis, disse que nós devíamos ir com mais calma.
- Desse jeito vocês vão casar antes de dormirem juntos. - null continuou a zoação. - Não, é brincadeira. Nós gostamos muito da null pra deixar você dormir com ela, não é null? - E null largou o carrinho, irritado e bufando.
- O que você tem hein, null? - null perguntou e os três encararam null.
- Nada, só uma coisa que eu tenho que fazer. - null inventou. - Vocês podem terminar isso? - E eles afirmaram com a cabeça. - Ok, tchau.
- O quê deu nele? - null perguntou pros outros dois que levantaram os ombros, sem saber.
Enquanto isso, null foi batendo o pé até o estacionamento do supermercado. Afinal, porque tinha ficado tão estressado? Ele não devia, já que não era ele quem tinha que admitir estar apaixonado por null, era ela.. pelo menos em seu plano era ela!
Pulou a porta da Mercedes conversível, já sabendo pra onde ia. Tinha que por o plano em prática, não sabia o porquê de estar fazendo isso, pois estava com seu casamento marcado.. pra quê fazer com que null admitisse que gostava dele? Pelo simples fato dela sempre pregar peças nele desse tipo, e agora ela ia pagar! Ele ia sim conseguir que no final ela admitisse que estava afim dele.. e ele? Ia simplesmente dizer que estava com o casamento marcado com a melhor amiga dela e não podia fazer nada. Não que ele não gostasse da null e não quisesse casar com ela, ele queria.. Mas null de uns tempos pra cá estava ocupando muito os seus pensamentos.
- Pára com isso null! - Ele disse pra si mesmo, enquanto dirigia. - Você não gosta dela, você gosta da null e só quer que ela pare de ser orgulhosa e admita que está apaixonada por você!
Estacionou em frente ao prédio e pulou pra fora do conversível. Entrou no prédio, passou pelo porteiro e resolveu perguntar:
- Hm.. O senhor sabe se a null null está?
- Ela ainda não chegou do trabalho, Sr..? - O porteiro gesticulou.
- null. - null completou.
- Então Sr. null, ela ainda não chegou.. Mas se o Sr. quiser esperar por ela. - O porteiro falou explicando.
- Err.. Ok, obrigado. - null fez um joia com as duas mãos e subiu de elevador até o apartamento de null, onde a esperou voltar.. O que ele esperava ser logo. - Sete e meia, ela deve chegar logo. - Ele disse checando o relógio e sentando encostado na porta.
Bom, ele estava certo. Alguns minutos depois, null apareceu cheia de pastas e bolsas caindo enquanto a porta do elevador abria. null se levantou rápido.
- Droga, quanto papel inu.. - null catava os papéis, mas parou quando viu um par de tênis. Levantou o olhar até chegar no rosto de null. Encarou os olhos dele por alguns segundos e depois deu a volta nele e destrancou a porta do apartamento.
- null.. - null pegou em seu braço e fez os papéis cairem novamente.
- QUE DROGA, null! - null puxou seu braço e abaixou pra recolher os papéis. - ME FAZ UM FAVOR? SOME, DESAPARECE, EVAPORA! - E entrou dentro de casa, fechando a porta na cara dele. Encostou as costas na porta e escorregou até o chão.
- Eu já disse, você não aguentaria. - null respondeu do outro lado da porta. - Eu não vou sair daqui enquanto você não me seguir.
- Ótimo, você pode apodrecer aí. - null gritou pra ele e se levantou pra tomar um banho.
Uma hora mais tarde, null tinha tomado banho, comido um sanduíche e alimentado Simba. Quando estava passando pela porta de entrada, voltando da cozinha, lembrou-se de null. Será que ele ainda estava lá?
- Você ainda está aí? - null encostou-se de lado na porta.
- Estou. - null resmungou.
null suspirou e abriu a porta, fazendo null quase cair pra trás. - Você não cansa?
- Eu disse que ia ficar aqui até você me seguir. - null levantou-se e encarou null. A garota vestia um short jeans curtinho, uma regata rosa e um lápis no cabelo.
- Então me diz, o que você quer? - Ela cruzou os braços.
- Que você me siga, já disse. - null falou.
- Se eu te seguir, você vai parar de vir aqui e nós vamos voltar a ser simples conhecidos? - null franziu a testa, propondo.
- Justo. - null respondeu, cruzando os dedos atrás das costas.
- Vou pegar meu casaco. - null disse e correu pra dentro de casa, voltando logo com um casaco preto na mão. Casaco e shorts curto? Vai entender!
Ela seguiu null até o carro e vendo ele pular a porta, lembranças de Nova York vieram a sua mente. Porquê ele tinha comprado um conversível?
- Não vai entrar? - null virou-se para null que olhava o carro.
- Ah.. - null acordou. - Claro, null, que pergunta idiota. - E entrou finalmente no carro.
E null ligou o carro. Dirigiu por bastante tempo e quando null viu passar Heathrow, estranhou.
- Nós vamos sair de Londres? - Ela encarou null.
- Mais ou menos. - null respondeu sem tirar os olhos da estrada.
- Já está escurecendo.. - null comentou sentindo a brisa bater no seu rosto. (N/A: Lembre-se que na Inglaterra escuresse só as 10 horas)
- Nós estamos chegando. - null entrou em uma outra estrada, deixando Londres completamente para trás.
- É estranho. - null suspirou. - Conversar civilizadamente com você.
null ficou meio sem fala, abriu a boca mas não disse nada. Um hora depois ele estacionou.
- É aqui. - Ele desligou o carro. Estavam estacionados em frente a uma praia deserta. Eles deviam estar perto da primeira cidade litorânea depois de Londres. Atrás deles uma casa abandonada.
- O que nós estamos fazendo aqui? - null encolheu os braços, sentindo o vento.
null não respondeu, só andou em direção a praia, tirando o tênis antes de por o pé na areia. null fez a mesma coisa que ele.
- Eu queria morar nessa casa depois de casar, mas a null disse que é horrorosa. - null comentou encarando a casa atrás deles, enquanto null se juntava a ele.
- É bem bonitinha, com uma reforma.. - null também disse levantando os ombros. - Eu moraria aí.
- Eu comprei de uma família mexicana. - null falou começando a andar. - Bom.. eu preciso falar com você.
- Já está falando. - null brincou e começou a andar de frente pra ele.
- É sério. - null rolou os olhos.
- Ah desculpa grande null, o que é essa coisa tão séria que você quer falar? Sou toda ouvidos. - null continuou andando de costas.
- E se não.. existisse null e null entre.. - null dizia, mas foi interrompido por null.
- O que você quer dizer com isso, null? - null franziu a testa, parando de andar.
- Você não acha, que nós.. que nós não somos mais os mesmos desde que, nos beijamos? - null também havia parado de andar mais a frente de null.
null estava chocada, do que null estava falando? Tinha certeza que ele havia sido possuído, não era o null que ela conhecia, o null que ela odiava, o null que ela xingava e o null que ela havia tentado, sem sucesso, tirar de sua cabeça nas últimas semanas.
- Não, null, que.. coisa besta de se dizer! - null arranjou qualquer coisa pra falar. - Nós não mudamos.
- Ah null, por favor, não se faça de cínica. - null virou-se finalmente pra ela, irritado.
- O problema, null, é que você se acha o melhor! Acha que todo mundo te ama, todos estão sempre beijando seus pés! NOVIDADE: EU NÃO CAÍ NOS SEUS ENCANTOS! - null disse tudo apontando na cara de null.
- Então diz isso olhando nos meus olhos! - null exclamou e chegou tão perto de null que sentia a respiração compassada da garota. - Diz que você não me ama!
- Eu.. - null começou respirando ofegante, encarando aqueles olhos null. - não.. - Porque não conseguia? - Eu não te devo satisfações. - E virou-se, voltando a andar.
null sorriu com o canto da boca, ela não conseguia admitir.. ELA NÃO CONSEGUIA ADMITIR QUE NÃO GOSTAVA DELE!
- Eu disse. - null puxou o braço de null, trazendo a garota para si.
- Pára com isso, null. - null virava seu rosto. - Você só está complicando as coisas! O que eu tenho que fazer pra te mostrar que nós dois estamos comprometidos e não podemos ficar traindo eles, nós não podemos null. Por favor, só volte a me odiar como antes! - Tinha começado a cair uma chuva fina.
- Não me peça isso. - null soltou null. - Eu já tentei, você não sai da minha cabeça.. Parece praga!
- Eu não queria isso! - null fazia gestos. - Isso tudo é culpa minha.
- Se você não fosse tão orgulhosa e admitisse que gosta de mim, tudo ficaria bem! - null também falava fazendo gestos.
- Ficaria bem? Tudo ficaria bem, null? Tudo pioraria! - null gritou, agora a chuva já encharcava os dois. O celular de null tocou e eles viram no visor "null". - Viu, null? Esse é o maior motivo pra eu não admitir que gosto de você! - Ela encarou null fundo. - Me leva pra casa agora, por favor?
null ficou encarando as costas de null enquanto a garota se aproximava novamente do carro. Ele tinha falhado, mas como podia? Nenhuma garota NUNCA tinha resistido a uma declaração daquela feita por ele, porque null tinha que ser tão certinha?
Ele chutou um pouco de areia, ia pegar um resfriado se continuasse naquela chuva.

Capítulo 20

null saiu do carro de null sem nem ao menos se despedir, sua cabeça estava girando. Agora já não se importava mais em se molhar, sua roupa já estava pingando mesmo. null apenas a observou entrar dentro do prédio, mas logo deu partida e foi embora.
Ela pôs a mão na maçaneta da porta de vidro, mas foi surpreendia por..
- null, eu já te disse.. - null virou-se, mas percebeu que não era null. - null! - Ela o encarou assustada.
- Surpresa em me ver? - null cruzou os braços e arqueou as sobrancelhas.
- Não, eu.. só.. pensei.. - null gaguejou.
- Eu vim aqui pra te contar que Star Girl vai ser single, antes do CD.. - null olhava pra qualquer lugar menos para a garota a sua frente. - Mas acho que o null já deve ter te contado, né?
- Não.. - null começou, tentando fazer com que ele olhasse pra ela. - Olha null, eu não sei porque você está assim..
- Não sabe? - null fez um tom sarcástico. - Eu acabei de ver você sair do carro do null! Como você quer que eu esteja?
- Isso mesmo, eu só estava saindo do carro dele! Ele me chamou pra ver uma casa que ele queria comprar. - null se amaldiçoou em pensamento por mentir pra null.
- Pensei que vocês se odiassem.. - null olhou pro lado e suspirou.
- As coisas podem mudar, null.. - null falou irritada.
- Então você admite que não odeia ele? - null virou o rosto pra ela novamente, agora ele estava realmente a encarando como se esperasse a resposta de um pedido de casamento.
- Eu não disse isso! Você está pondo palavras na minha boca, null. - null agora já estava falando alto.
- Tudo bem.. - null levantou os braços. - Eu não vou ficar aqui discutindo. - Tirou alguma coisa do bolso. - Aqui está a demo de Star Girl e a música que eu prometi fazer pra você. - E entregou o CD nas mãos de null e foi embora.
A menina encarou a capa do CD, estava escrito:
"Como prometido, espero que goste"
xxx
null

E havia um desenho de dois bonequinhos de mãos dadas e um coração em cima da cabeça deles. null levou as mãos a cabeça, era tudo que ela precisava naquele dia: discutir com null. Olhou no relógio e já era quase meia noite.
- Atchim. - null espirrou. - Claro, só isso que faltava mesmo.

null se recusou totalmente a levantar da cama no dia seguinte, mesmo tendo um monte de trabalho a esperando, estava fora de cogitação sair da cama com a dor de cabeça e garganta que estava.
Se cobriu até o pescoço de cobertas, pôs o tapa-olho e uma bolsa térmica na cabeça, enquanto media sua febre. A campainha soou estridente em sua cabeça.
- Eu não vou levantar, nem que o Bono Vox estiver lá fora! - Ela disse pra si mesma com uma voz rouca.
- Sinto te desapontar amiga, não é o Bono Vox. - null já tinha entrado e se encontrava na porta do quarto de null.
- Poxa, estou realmente desapontada. - null puxou o tapa-olho cobrindo seus olhos. null era a última pessoa que ela queria ver, pois seu estômago ia começar a revirar de remorso de novo.
- Ok, null, o que aconteceu? - null sumiu com seu tom de meiguice de sempre e null sentiu o coração ir a boca, null não podia ter falado nada, não podia.
- Nada, só estou indisposta e com um gripe filha da mãe. - null respondeu ainda sem tirar o tapa-olho.
- Foi o que eu pensei. - O tom de meiguice havia voltado para null e null suspirou aliviada, bem baixinho. - Então, vou ao mercado aqui do lado.
- Fazer o quê lá? - null finalmente tirou o tapa-olho e encarou a amiga.
- Comprar o kit contra gripe e indisposição, claro. - null disse como se isso fosse uma coisa que todo mundo faz.
- E o que exatamente é esse kit? - null franziu a testa, curiosa.
- Você vai ter que esperar pra ver. - null respondeu e no instante seguinte o celular de null começou a tocar.
"Whooooooooooo, lives in a pineaple under de sea? SPONGE BOB SQUARE PANTS!"

null pegou o celular que estava embaixo de sua costela e olhou no visor: "null". Desde quando ela tinha o celular de null? Ah desde que null pedira um dia pra que ela ligasse no celular dele, pois o dela estava estragado.
"Absorbant and yellow and poreous is he, SPONGE BOB SQUARE PANTS!"

- Deixa que eu atendo amiga. - null puxou o celular da mão de null, que não soltou.
- Não, não é ninguém importante. - null tentava cobrir o visor enquanto puxava para seu lado.
"His nautical nonsense be something you wish, SPONGE BOB SQUARE PANTS!"

- Mas você precisa atender, como sabe que não é importante? - null puxava, no momento tinha mais forças que null.
- Eu não quero atender essa pessoa amiga, é uma menina do trabalho que fica me enchendo o saco. - null inventou.
"Then drop on the deck and flop like a fish, SPONGE BOB SQUARE PANTS!"

null soltou o aparelho e null jogou dentro da gaveta de sua mesinha de cabeceira.
- Bom, vou lá então. - null sorriu e deixou o quarto, assim como a casa de null.
- Foi por pouco. - null suspirou aliviada.
"Whooooooooooo, lives in a pineaple under de sea? SPONGE BOB SQUARE PANTS!"

O celular berrou novamente de dentro da gaveta.
- Ai, esse toque é pior que o do Star Wars. - null puxou as cobertas sobre sua cabeça. - Eu não vou atender, null null, morra tentando!
"ASORBANT AND YELLOW AND POREOUS IS HE, SPONGE BOB SQUARE PANTS!"

Aquilo estava gritando dentro da cabeça de null, se null quisesse irritá-la ele tinha conseguido. Abriu a gaveta e puxou o celular lá de dentro, abrindo o flip.
- O quê você quer, null? Você conseguiu me irritar, conseguiu! Porque se for alguma coisa inútil, o que provavelmente é, você vai..
-"It's only been a day, but it's like i can't go on.. - null cantou no telefone. - I just wanna say, i never meant to do you wrong"
- O que significa isso, null? - null perguntou, fingindo não achar a letra daquela música linda.
- Eu to aqui no estúdio e te liguei pra saber o que acha da letra dessa música, então, o que acha? - null falou como se nada tivesse acontecido no dia anterior e que também eles não se odiassem mortalmente.
- Ok, deixa eu entender, você me ligou no meio da manhã, me irritou e fez minha cabeça doer mais ainda, lembrando que minha cabeça e minha garganta estão doendo por sua culpa também, só pra saber o que eu acho sobre uma música idiota? - null podia jurar que suas bochechas estavam pegando fogo.
- É, é isso mesmo. - null confirmou. - null? Alô? Ta aí?
- Eu mereço mesmo. - null jogou o celular sobre a mesinha.
Algum tempo depois, null havia voltado com o tal kit contra gripe e indisposição, jogou tudo sobre a cama de null.
- Ok. - null disse pegando um DVD. - Quarta e sétima temporada de Friends, as melhores! Hm.. Doritos, chá gelado, aspirina, esmalte..
- Esmalte? - null encarou null, confusa.
- É pra mim - null sorriu amarelo. - Chocolate, chocolate, chocolate e mais chocolate.. - null tirava muitas barras de Kit Kat e Hershey's das sacolas.
- null! Era pra eu melhorar, não engordar! - null protestou.
- Chocolate ajuda a animar, não sabia? - null continuava tirando barras de chocolate. - Bom, eu vou fazer um belo almoço pra nós duas e depois vamos ver Friends e comer chocolate, ok?
- Ok. - null se jogou na cama novamente e ligou a TV.
- O que é dessa vez? - null perguntou quando null parou em uma canal de fofocas. - Paris Hilton dirigindo bêbada de novo? - E saiu do quarto falando como a Paris não toma jeito e blá blá
"E por falar em flagras, nossos paparazzis flagraram uma garota sair do carro de null null, da banda pop McFly, ontem a noite. Ela não era a atual noiva do Flyer, null null, a manager da banda.. "

null ficou estática ouvindo aquilo, não podia ser! Como tinham tirado aquelas fotos? Como tinham seguido ela e null?
"Nossos contatos nos disseram que a tal garota é a atual namorada de null null, companheiro de banda de null, que apareceu logo que null deixou o prédio da garota e pelas fotos parece que null e a garota tiveram uma briga feia na porta do prédio, provavelmente ele ficara com ciúmes de sua garota sair do carro do seu amigo de banda, afinal, quem não ficaria? ... Britney Spears saiu apenas.."

- E aí amiga? Alguma fofoca realmente boa? - null apareceu no quarto mexendo com uma colher na panela. null estava com os olhos arregalados para TV. - null?
- É, não.. tava falando do McFly.. que eles estão fazendo disco novo e essas coisas.. - null inventou fazendo gestos frenéticos.
- Ahh, porque você não me chamou? - null sentiu-se ofendida. - Se aparecer mais coisas sobre eles, me chama! - E voltou pra cozinha.
null estava rezando em pensamento para que null não tivesse visto aquilo e rezando também para não repetir e null poder ver, mas sabia que era quase impossível.. aquelas fotos já deviam ter vazado na internet e não tinha nada que ela podia fazer!
Depois que as duas almoçaram um yaksoba bem improvisado de null, null se lembrou que ainda não tinha ouvido o CD que null havia lhe dado.
- O null é fofo amiga. - null comentou depois que null contara sobre a música que ele tinha feito pra ela. - O null nunca fez uma música pra mim.
- Ahnn.. que isso null, aposto que todas músicas que ele compõe é pensando em você! - null consolou a amiga que murmurou um "é, pode ser." estranhando muito a amiga falar uma coisa dessas sobre null.
null colocou o CD pra tocar e a primeira música era Star Girl terminada. Tinha ficado muito boa, e eles realmente levaram a sério quando null dissera que eles deviam por o tal "Houston, we gotta a problem".
- É, o null levou uma demo pra casa.. ficou muito boa mesmo. - null comentava enquanto os últimos versos da música eram tocados. - E agora, música de suspense por favor. - Elas riram.
"Good, good, good, good enough
Good, good, good enough
Good, good, good enough
Good, goooooooooood..

I can't stop, I can't stop loving you.
You're a dreamer and dreaming is what you do,
I won't stop believing that this is the end, there must be another way.
Cause I couldn't handle the thought of you going away, woooh yeahhh

Sorry is not good enough, why are we breaking up?
'Cause I didn't treat you right so please don't go changing
What was I thinking of?
You said you're out of love, baby don't call this off because sorry is not good enough

Don't stop, all those things you do
I'm a believer and that's what gets you through,
I can't fight this feeling that this is the end,
We're in the thick of it, where will this ever end? Woooh, woooh

Sorry is not good enough, why are we breaking up?
'Cause I didn't treat you right so please don't go changing.
What was I thinking of?
You said you're out of love, baby don't call this off because sorry is not good enough.

Oh, you said you'd never leave me be there, the holding please
Sorry is just not good enough for you,
Everybody makes mistakes and that's just what we do.."


- O null gosta mesmo de você, amiga. - null disse, enquanto null apertava o "pause" olhando pra janela. - Aposto como ele compôs quando vocês brigaram e..
- Eu não quis desculpá-lo. - null completou. - Bom, a letra e a melodia são lindas.
- São meeeesmo. - null empurrou null de lado e começou a cantar. -"I can't stop, I can't stop loviiiiiiing you" - E null riu do jeito dela. Não sabia mais se estava chateada com o ciúmes de null depois de ouvir tudo aquilo, mas tinha null, ela odiava admitir que existia null null em sua vida que estava bagunçado toda sua cabeça e pensamentos. Ela não podia se render aos beijos de null, as declarações de null.. Tinha que pensar em null, tinha que pensar em null!

- O que o estressadinho tem? - null apontou para null que estava mais a frente dele, de null e null. Tinham acabado de sair do estúdio pra almoçar e desde que null chegara não conversava com ninguém e errava as notas o tempo todo.
- As tartarugas vem ou não? - null gritou chamando os outros.
- O que você tem, null? Fica gritando com todo mundo e errando as músicas, man! - null resolveu tirar a dúvida.
- Nada do interesse de vocês. - null respondeu ríspido.
- Hey, a gente só quer ajudar.. - null também falou. - Fala alguma coisa, null!
- Ahn? - null pareceu voltar a Terra. - Ouvi meu nome?
- Ah dude, essa banda tá perdida.. um de TPM e o outro retardado, será que eu sou o único que salva? - null ergueu as mãos para o céu.
- null se você ainda não percebeu eu ainda est.. Hey, o que é isso? - null apontou para uma revista na banca por onde eles passavam.
- Agora deu pra ler revista de fofocas, null? Vamos, eu preciso comer man! - null reclamava enquanto voltava pra apressar os amigos.
- Não é a null ali? - null apontava pra uma pequena foto na revista. - Saindo do carro.. do null? - E null e null olharam sicronizadamente para null.
- Não, eu.. - null começou, mas null lia em voz alta o título.
- "A garota entre dois Flyers?" .. Como assim?
- Hey, não é nada disso! - null exclamou. - null, você sabe que não é!
- Não, eu não sei como é null! - null replicou cerrando os dentes.
- Não acredito que você vai acreditar numa fofoca dessas! Eu e a null? Isso é a pior coisa que podiam inventar pra ganhar dinheiro. - null devolveu irritado.
- É, null, isso é só pra ganhar dinheiro! Quantas vezes eu tive que desmentir que durmo com ursinho de pelúcia? - null disse.
- Mas você dorme mesmo, pra que mentir null? - null brincou. - E não esquece daquela vez que disseram que você tomava banho de pasta de dentes e cheirava menta!
- Ha-ha-ha, Eu sou null null, o rei da piada. - null fez uma voz de retardado. - Pelo menos não sou eu que tenho uma coleção de boxers de ursinhos coloridos! - E os dois foram discutindo a frente de null e null.
- Eu estou com a null, null. - null disse ao garoto. - E a null está com você e nós nos odiamos mortalmente.
- Eu sei, ok? - null parecia um pouco mais calmo. - Mas se põe no meu lugar, dude! Se estivesse em todas as revistas que a null, sei lá.. poderia ter um caso com o.. null! O que você faria?
- Também ficaria bravo, mas tentaria não ligar, porque sei que quem está com ela sou eu e que ela gosta de mim! - null falou (surpreendendo-se por se mostrar tão romântico, coisa que nem de longe ele era.. null estava conseguindo mudar sua cabeça) e null resmungou alguma coisa parecido como um "acho que você tem razão" e entrou no restaurante em que null e null já tinham entrado.
- .. e que ela está com você, não comigo! - null disse pra si mesmo, mas logo entrando também.

Capítulo 21

null não havia demorado, assistiram apenas alguns episódios da quarta temporada de Friends e comeram alguns Kit Kats e ela se desculpou dizendo que precisava ir ao estúdio antes que os meninos fossem embora. null, com exceção de Simba, estava sozinha novamente.
- Nós vamos viajar, Simba. - null repentinamente levantou do sofá e pegou Simba no colo. - Vamos pra Cardiff, visitar meu pai e minha mãe! Eu tenho algumas horas extras do trabalho e posso tirar esse final de semana! Está decidido, é a hora da filha pródiga visitar sua antiga cidade.
Ela não queria realmente visitar Cardiff, não que fosse muito diferente de Londres, apesar de ser sua cidade natal e tudo. Na verdade, null queria ficar longe, longe de null, de null (por mais que amasse os dois) e principalmente de null. Precisava colocar suas idéias no lugar e decidir o que queria! Também não podia negar que estava morrendo de saudades de tudo lá, principalmente de seus pais. Iria pegar o telefone agora para ligar e avisá-los.
Só a idéia de ir para Cardiff já havia feito null se sentir bem melhor e poder levantar e arrumar a mala, afinal ela devia pegar o trem as 16:30 do dia seguinte. Já havia avisado seus pais, que ficaram radiantes com a repentina surpresa, ainda mais que era aniversário de seu pai no sábado.

Era mais um dia de estúdio para o McFly, eles deveriam lançar Star Girl como single, o que provavelmente seria nesse final de semana, e logo o novo CD.
- Continuem aí, já volto! - null disse para os quatro e o produtor, quando sentiu seu celular vibrar no bolso da calça jeans. - Alô?
- Mônica? Sou eu a Rachel! - null disse ao celular.
- Quem? - null não entendera.
- null. - Ela respondeu rindo e null fez um "ahh, fala Rachel" - Não tenho muito tempo, meu trem vai sair daqui alguns minutos.. Só queria te avisar que estou indo pra Cardiff!
- Cardiff? - null assustou-se.
- É, vou visitar meus pais. - null respondeu, ouviu uma voz ao fundo, alguma coisa parecida com "Com quem você está falando, null?"
- Pára, null.
- O null está aí? - null quis saber.
"Quem é? É a null? É ela, null?"
- Está, fala com ele e boa viagem! - null disse e passou o celular para null.
- Onde você está? - null perguntou, tampando o ouvido.
- King's Cross. - null respondeu, mordendo o lábio.
- Fazendo o que em King's Cross? - null estranhou.
- Pegando um trem para Cardiff. - null disse. - Estou indo visitar meus pais.
- Quer dizer, que você ia fugir assim sem avisar? - null se irritou. Porque ela estava indo para Cardiff, afinal? E ainda, sem ao menos ligar pra ele!
- Fugir? Eu não estou fugindo null.
- É o que parece.
- O que você queria? "Oi null estou indo pra Cardiff no País de Gales, minha cidade natal lembra? Então, volto segunda-feira não precisa colocar um segurança atrás de mim"
- Qual é o seu problema hein?
- Não, null, qual é o seu problema! Você está parecendo meu pai.
- Eu só estou tentando ser seu namorado, ok? Você já viu as revistas de fofocas? - null certificou que null não estava ouvindo, não queria que ela brigasse com null ou com null. - "A garota entre dois Flyers", "null null terminou o noivado?" ou "null null é corno?"
- PÁRA, null! - null gritou e percebeu que pessoas olhavam pra ela. - Só me responde uma coisa.. Em quem você acredita, em mim ou nessas revistas idiotas? - Detestava fingir que tudo era mentira. null não disse nada por alguns minutos. - Quer saber? Não precisa responder! Quando você descobrir, você me procura ok? Passar bem! - E desligou, as lágrimas teimosas finalmente caíram, mas null as enxugou respirando fundo. Olhou no relógio que marcava 15:56, é precisava ir.

Naquele dia já era tarde no estúdio, quase todo mundo já tinha ido embora, só sobravam null que terminava de trabalhar nos pôsteres que ficariam na HMV durante o lançamento de Star Girl no dia seguinte e null que compunha e tocava algumas coisas.
- Hey null, vê se você gosta. - null chamou o garoto que correu até ela para olhar a montagem.
- É, não é que existe uma semelhança enorme entre mim e o Brad Pitt nessa foto. - null dizia com a mão no queixo, null riu dele.
- Ótimo, amanhã eu termino de imprimir. - Ela falou fechando tudo e logo pegando sua bolsa. - Vamos?
- Te deixo em casa. - null deu espaço para ela passar pela porta e depois fechou.
- Obrigada, null. - null sorriu pra ele e entrou no carro.
Não demorou muito e eles já estavam em frente ao prédio de null, que por sinal não era longe do estúdio.
- Está entregue. - null disse quando estacionou. - Hey autista.. - Ele virou-se para null que olhava fixo pra frente.
- Hm.. null? - null virou-se para ele também e o garoto balançou a cabeça em sinal de que ela podia continuar. - Você lembra daquele dia, quando o null e a null estavam em NY e bom..

- Ai null, fazia tempo que eu não me divertia assim. - null comentava enquanto entrava na casa de null. - Sério, comer cachorro-quente, andar na roda-gigante, brincar de esconde-esconde, jogar tiro ao alvo e rolar na grama? Me senti criança de novo. - Ela colocou o urso gigante que null tinha ganho pra ela no tiro ao alvo em cima do sofá.
- Meu pai sempre me levou nesse festival e eu continuo indo todo ano, mesmo depois de velho. - null contou. - Voltar a ser criança é bom, às vezes. - Ele entrou pra cozinha. - E pra encerrar o dia, uma coisa que não é muito infantil. - null gritou.
- Você vai me embebedar, é isso? - null tinha corrido pra cozinha também, vendo null colocar um pouco de vodca no liquidificador.
- Só se você deixar. - null olhou malicioso pra ela, brincando é claro. Colocou algumas frutas e um pouco de suco de laranja e ligou o liquidificador.
- Eu deixo. - null entrou na brincadeira. - Só se você fizer um strip pra mim depois. - E olha que eles nem tinham bebido.. ainda.
- Feito. - null terminou a batida e pôs em um copo pra null e em um outro pra ele.
Algumas batidas-a-lá-null-null depois..
- Não, não teve graça nenhuma. - null cruzou os braços. Eles estavam estirados no chão da sala de null.
- Teve sim. - null gargalhava com lágrimas nos olhos. - Você simplesmente tropeçou na caixa de som e foi de cara no chão.
- Pára de rir tá? É feio rir da desgraça alheia. - null choramingou, o que fez null rir ainda mais.
- Aham, então vem me parar. - null levantou e correu para cozinha, ainda gargalhando.
null levantou logo em seguida, meio cambaleante e correu atrás de null. Quando chegou na cozinha, viu que a garota tinha subido as escadas da lavanderia que levavam até o terraço, foi atrás. Já no terraço, ele não viu nem sinal de null, olhou em volta procurando a garota.
- BU! - null surgiu de detrás da porta que null tinha deixado aberta, pulando no garoto e fazendo com que os dois caíssem.
Eles gargalharam, enquanto rolavam e ficavam de barriga pra cima.
- Você devia ter visto sua cara, null. - null ria, olhando as estrelas.
- Ha-ha-ha. - null fingia um riso, mas depois ria de verdade.
- Nós estamos bêbados. - null comentou.
- Estamos. - null confirmou. - Pelo menos, nós sabemos.
- É.. - null concordou. - Hmm.. Sabe, às vezes eu acho que não estou fazendo a coisa certa.
- Que coisa certa? - null quis saber, virando-se de frente pra ela.
- Me.. - null respirou fundo. - Casar.
- Porque? Quer dizer, não é isso que você quer? - null deu de ombros.
- Eu não sei, é esse o problema. - null explicou. - Eu amo o null, mas eu tenho medo do que vai acontecer daqui pra frente. - Sentou-se.
- Posso dar minha opinião? - null perguntou, sentando-se também. - Eu acho que você deve parar e ouvir seu coração.. E se o null fizer algum mal pra você, eu acabo com ele. - null riu dele. - O álcool deve estar fazendo muito efeito agora mas, se isso ajudar, eu gosto muito de você, null.
Os olhos da garota encheram de lágrimas e ela teve uma vontade enorme de abraçar null e nunca mais soltar. - Obrigada, null, ajuda muito.
Os dois se encararam, null tinha um meio sorriso nos lábios. Devagar, os dois fecharam os olhos e inclinaram a cabeça, aproximando os rostos. Quando null já sentia levemente o lábio de null sobre o dele, que se deu conta do que estava fazendo. "É a null, noiva do null, minha melhor amiga, minha irmãzinha, como eu posso estar fazendo isso? Burro, burro, burro!". Ele abriu os olhos e se afastou da garota.
- Me desculpa, null.. - null começou, levantando-se do chão e dando as costas pra ela. Estava lutando contra si mesmo, para não beijá-la de verdade. - Eu confundi as coisas e..
- É, nós confundimos tudo. - null levantou-se também. - Acho melhor eu ir, até mais null. - E desceu as escadas.


- Hmm.. claro. - null respondeu meio sem jeito. - O que tem aquele dia?
- Eu.. - null começou e finalmente olhou para null. - Eu andei pensando muito no que.. aconteceu e..
- Eu sei. - null cortou ela. - Você não precisa ficar se preocupando, a culpa toda foi minha, nunca devia ter insistido pra você beber todas aquelas batidas e depois tentar te beijar. Vamos esquecer isso, ok?
Os olhos de null estavam marejados, ela respirou fundo e balançou a cabeça afirmativamente.
- Afinal, você é quase minha mãe/irmã, certo? - null perguntou e levou um tapa de null. - O quê eu disse?
- Eu não sou sua mãe! - Ela protestou. - Eu..
Mas o celular de null começou a tocar e ele retirou do bolso, mostrando no visor "Natalie".
- Atende. - null falou. - Obrigada por me trazer aqui, até amanhã. - Ela acenou, já de fora do carro e null acenou de volta enquanto atendia o celular e um sorriso formava em seu rosto.

- Onde você tá, null? - null falava no telefone com null.
- É.. - null pensou, olhando pros lados. - Indo almoçar! - Inventou.
- Almoçar, null? São 4:30 da tarde! - null disse irritado.
- Eu sei, não tive tempo pra almoçar ainda. - null finalmente parou o carro.
- Ok, então almoça e vem pra casa do null ou ele vai ter um surto de mulherzinha!
- O que aconteceu?
- Você sabe, ele sempre tem esses surtos pré-lançamento-de-singles.. Se eu ouvir mais alguma coisa dele, nós vamos precisar de um outro membro pra banda, porque eu vou matar o null.
- Não faça nada antes que eu chegue aí, null, ia dar muito trabalho pra banda explicar a morte do null depois. - null brincou e riu com null.
- Não demora. - null pediu.
- Também te amo, amor. - null desligou. Ele desceu do carro e entrou no prédio, foi até o porteiro. - Oi.. A null está?
- A senhorita null não está. - O porteiro respondeu. - Ela foi viajar.
- Viajar? Pra onde?
- Cardiff, País de Gales.. Não posso informar mais nada, desculpe. - E o porteiro entrou numa portinha.
- Preferia o Sr. Hamilton. - null murmurou. - Cardiff? O que ela foi fazer LÁ? - Ele parou para pensar.
De repente teve um idéia, uma idéia muito arriscada e que renderia uma série de problemas depois, mas ele estava disposto a correr esse risco.. por null, ele estava!

null havia sido recebida com muita festa no dia anterior. Festa mesmo, todos seus amigos de escola e faculdade estavam em sua casa (que era gigantesca, só a sala era o tamanho de seu apartamento em Londres de 4 quartos), seus parentes e vizinhos.. parecia que a cidade inteira tinha vindo recebê-la. Ela cumprimentou e abraçou todos, só sentindo falta de uma pessoa, mas provavelmente ele não poderia vir.
Estava conversando com suas duas melhores amigas de lá, Nicole e Victoria, e colocando as novidades em dia, quando null sentiu duas mãos cobrirem seus olhos e perguntar "Quem é?". Ela passou as mãos nas mãos da pessoa que cobria seus olhos e percebeu que eram de homem..
- Não acredito! - Tirou as mãos da pessoa dos olhos e virou-se. - Jesse!
- Achou mesmo que eu não viria? - Ele perguntou, sorrindo com o canto da boca e abrindo os braços. A garota jogou os braços em volta do pescoço dele e o abraçou tão forte que parecia que os dois iam se fundir. Jesse era como null chamava o garoto desde o primeiro dia que o conhecera (quando ele mudou pra casa ao lado da sua) pois dizia que ele era simplesmente a cópia de Jesse McCartney, (por quem a garota era apaixonada desde sempre e mesmo agora com 20 anos, não deixava de amá-lo) tinha o mesmo cabelinho loiro cortado exatamente igual ao de Jesse, os olhos verdes e a carinha de bebê. Só ela o chamava assim, para oss outros era Oliver.
- Juro que achei que você tinha esquecido de mim. - A menina fez charminho, soltando-se dele. Adorava aquele garoto, o conhecia a uns três anos, mas parecia que era desde o berço. Às vezes se chamavam de "gêmeo", porque juravam que eles eram.. pelo menos interiormente.
- Como eu vou esquecer da metade do meu abacaxi? - Ele disse e arrancou uma gargalhada da menina. - Mesmo você me mandando um ou dois emails de vez em nunca dizendo: "Hey Oliver, estou bem e morrendo de saudades.. espero que aí esteja tudo bem também, te amo meu Jesse" - Jesse imitou a voz da garota. - E poxa obrigado por me por a par das novidades.
- Nós vamos ter o final de semana inteiro pra conversar. - null falou sorrindo. - E assistir Star Wars!
- É bom mesmo, Léia. - Jesse afirmou.
- Então dorme aqui hoje, Luke! - null pediu segurando as mãos dele.
- Mas você não quer descançar, sei lá?
- Pára de fazer charminho e dorme logo aqui. - Ela ordenou e Jesse levantou as mãos tipo "você que manda".

Capítulo 22

A noite de sexta para sábado tinha sido pequena para o tanto que null tinha para contar a Jesse, e vice-versa, ela estava tão ansiosa para contar suas novidades quanto para ouvir as dele. Os dois pegaram tudo que era junkie food na geladeira, o box de DVDs do Star Wars de null e passaram a noite em claro, comendo, conversando e assistindo Star Wars. Ela começou contando tudo sobre o suposto quadrado amoroso que estava vivenciando, precisa de alguém como Jesse para desabafar tudo aquilo.
- Então é isso. - null terminou suspirando. - Obrigada por meu ouvir Oprah e obrigada a esse público maravilhoso.. - Ela apontou para seus ursinhos da Disney que ficavam em uma prateleira. - que foi tão acolhedor numa hora de dificuldade minha.
Jesse balançou a cabeça, rindo dela.
- Que foi? - null empurrou o ombro dele.
- Só podia ser você mesmo pra se meter numa confusão dessas. - Jesse continuou rindo.
- Ôpa, obrigada pela expressão de incentivo. - null fez jóinha. - E eu não QUIS entrar nessa confusão, ok? Simplesmente.. aconteceu.
- Aham, aconteceu é? - E Jesse levantou um tapa dela. - Que é?
- Pra você aprender a para de ser irônico. - null cruzou os braços.
- Desculpa pequena, mas isso é no mínimo hilário. Você mal conhece o cara e vocês já se odeiam, brigam até morrer e vocês não se suportam.. agora você simplesmente esquece que tem namorado e que o cara está noivo e ficam de beijinho?
- Ei, eu não esqueci nada disso ok? Você acha que é fácil pra mim? Me dói toda vez que eu vejo a null ou tenho que mentir pro null, eu queria que fosse diferente, mas eu já estou envolvida demais nisso agora. - null afirmou e virou o rosto para o lado oposto a Jesse.
- Tudo bem, então me responde uma coisa.. - Jesse começou, mas null não virou o rosto para ele novamente. - Você gosta desse null?
null encarou o chão, tinha tanta certeza que odiava ele que nunca parara para pensar nisso depois de tudo.
- Eu.. mas é claro que não! - null exclamou.
- Isso é o que você sente.. ou o que você quer? - Jesse levantou uma sobrancelha.
- Ora Jess, se você conhecesse o null não estaria me perguntando isso! Ele é a pessoa mais desprezível do mundo e isso inclui sua ex-namorada. - null começou a rir, mas parou quando viu Jesse de cabeça baixa. - Ah não, não me diz que você..
- É, a Lorraine voltou da Alemanha e.. nós voltamos. - Jesse mordeu o lábio, inseguro.
- É uma pegadinha certo? O que ela fez com você? Lavagem cérebral, só pode! - null disse incrédula.
- Ela não é a mesma de dois anos atrás!
- Ok Jess, você sabe o que faz. - null entrou debaixo das cobertas, desligando a TV.
- Pelo menos eu admito que gosto dela, diferente de outras pessoas. - Jesse murmurou e logo levou uma almofadada na cara. - Ei!

Seria a festa de aniversário de 50 anos de Frank null naquele sábado e seria no grande club de tênis de Cardiff. Uma festa bem tropical, apesar do clima ser de outono. Nora, a mãe de null, estava simplesmente louca de tantas coisas que dizia precisar fazer.
- Hey alienígena, se vir minha mãe por aí avise que eu terminei de fazer os arranjos e estou indo passear com o Simba. - null disse passando com Simba pela mãe que colocava várias coisas no porta-malas do carro.
Não precisou andar muito e já estava passando por dentro do Roath Park, já que morava no norte da cidade e perto da Cardiff Bay. Dentro do parque, null passou na sua cafeteria favorita. Pegou um muffin e um copo de capuccino, dando um alô para a senhora e o senhor Finns. Atravessou o parque inteiro e estava na Cardiff Bay. null passou por toda ponte que levava até a praia e onde ficava os barcos. Soltou a coleira de Simba e deixou que ele corresse pela areia, ele tinha crescido tanto desde que ela o comprara.
- Hey Nate! - null acenou para o garoto que cuidava do barco de seu pai.
- Hey. - Nate acenou e correu até ela.
- Você cresceu desde a última vez que te vi. - null falou bagunçando os cabelos dele. - Aposto que já tem namorada, certo?
- Errado. - Nate se desvencilhou dela.
- Mas as garotinhas devem correr atrás de você! - null apontou pra ele.
- Não, na verdade elas correm de mim. - Nate disse abaixando a cabeça e sentando na areia.
- Não acredito, se eu tivesse 15 anos ia querer namorar você. - null sorriu, sentando-se ao lado dele.
- Obrigado, - Ele fez um joinha. - Mas, o que veio fazer na cidade?
- Descançar, matar as saudades, você sabe.. mesmo morando em Londres, ainda prefiro minha velha e boa Cardiff. - null falou suspirando.
- Aquele cachorro é seu? - Nate apontou para um Simba que corria de um lado para o outro.
- É sim.. SIMBA, VEM CÁ! - null gritou e o cachorro foi correndo até ela, lambendo a garota.
- E você? Muitos caras pra mandar ir passear? - Nate quis saber, passando a mão em Simba que estava entre os dois.
- Não, na verdade eu estou namorando.. eu acho. - null levantou os ombros.
- Como assim acha? - Nate não entendeu.
- Longa história. - null afirmou. - Bom, eu so vim passear um pouco e ficar longe daquela casa louca.. E você, vai hoje no aniversário do meu pai, huh?
- Acho que sim, meus pais vão e eu vou aparecer lá. - Nate respondeu ajudando null a se levantar. - null? - Ele chamou a garota que tirava areia de seu vestido. - Você ainda vai estar na cidade amanhã?
- Provavelmente. - null respondeu. - Por quê?
- Você poderia voltar e.. eu te levaria pra andar de barco, sabe eu aprendi a pilotar! - Nate disse sem graça.
- Claro, eu ia adorar! - null sorriu pra ele e lhe deu um beijo no rosto, despedindo-se.

null desceu do trem arrastando uma pequena mala, de repente estava rodiado por fãs histérias tirando fotos e pedindo autógrafos.
- Ótimo, como eu vou achar a casa dela? - null disse pra si mesmo, depois de se livrar das fãs.
Pegou um táxi, com a desculpa de que queria fazer um tour pela cidade, apesar de Cardiffser minúscula.
- E esse é o nosso mais famoso parque, chama-se Roath Park. - O taxista disse apontando para a entrada do parque. null olhou e viu uma pessoa conhecida sair de lá com um cachorro.
- Siga aquela moça! - null apontou para null.
- Mas eu não pos..
- Não interessa, apenas siga ela e eu te pago o dobro. - null gritou apontando pra frente.
O homem murmurou alguma coisa e seguiu null, até sua casa.
- O senhor queria vir na residência de Frank null? Porque não falou antes? - O taxista disse irritado.
- Você conhece ele? - null indagou.
- Todos aqui o conhecem, ele construiu metade dessa cidade.. Por falar nisso, hoje é o aniversário dele e terá uma festa no clube de tênis da cidade. null deu o dinheiro para o homem e saiu do carro, tinha visto um pequeno hotel perto dali, iria pra lá e depois poria seu plano em ação.

- null vamos, estão todos te esperando! - Nora chamava a menina.
- Já desço, mãe. - null gritou.
- Vá lá apressar sua amiga, Oliver. - A mãe de null pediu ao garoto.
Oliver subiu as escadas correndo e abriu a porta do quarto de null sem bater.
- Mãe, eu já..
Oliver assoviou ao ver a garota, ela estava realmente linda.
Usava uma bata vermelha frente única, com algumas flores, que aparecia um pouco de sua barriga, um shorts curto branco e uma sandália da mesma cor. Uma parte do seu cabelo estava preso com uma flor vermelha.
- Ah é você, cadê a Lorraine? - null perguntou fazendo uma voz engraçada.
- Vou encontrar com ela lá. - Oliver encostou no batente. - Vamos, seus pais estão impacientes.
null terminou de passar rímel, pegou uma bolsinha e foi com Oliver até o andar de baixo.
- Pai, quer tirar isso da cabeça? - null ria do pai que tinha um chapéu de pirata na cabeça.
- Você está linda, minha filha. - Ele beijou o topo da cabeça de null.
- Obrigada papai. - null sorriu.
- Então vamos? Tire isso, Frank. - Nora puxou o chapeu na cabeça dele, arrumando sua camisa.
Eles chegaram no clube e estava tudo enfeitado, parecia que estavam no Caribe.
- A decoração ficou ótima, Nora. - Frank falou olhando tudo.
- Obrigada querido. - Nora abraçou o marido e eles foram falar com os garçons.
- O bar me espera. - Oliver disse animado.
- Você não mudou nada, Jess. - null balançou a cabeça vendo o amigo ir até o barman. - E eu vou sentar.

- Ei, qual seu nome? - Uma mulher perguntou a null na porta do clube, enquanto dois seguranças o seguravam.
- null null. - null respondeu, sabendo que não estava na lista.
- Desculpe, não está na lista. - A mulher apontou para fora.
- Mas..
- Sem nome na lista, não entra. - Ela repetiu irritada e os seguranças o levararam para fora.
- E agora, null? Como você vai entrar? - Ele disse pra si mesmo, dando a volta no clube.
null viu uma porta e uma placa escrito: Entrada para funcionários.
- Você é o Alan? - Um homem o chamou a atenção.
- Eu.. - null pensou. - Claro, Alan, sou eu mesmo.
- Vamos, entre. - O homem puxou null pelo braço. - Vá se trocar no vestiário. (N/A: Copiado discaradamente de Just My Luck, eu sei, mas eu não pensei em um jeito melhor pro null entrar, sorry.)
null entrou e viu um armário escrito "Alan", lá dentro tinha sua roupa: um terno, ele apenas continuou com seus tenis brancos e sua calça jeans, pôs a camisa e jogou o blazer por cima.
Viu uma porta entre-aberta e entrou, saindo atrás do dj.
- null! - null ouviu alguém gritar. - Você por aqui? - Era o pai de null.
- É.. a null não disse que eu vinha? - null sorriu sem graça.
- Não, ela não falou nada. - A mãe de null sorria pra ele. - Venha, vamos comer alguma coisa.
- Onde estão o resto dos seus amigos? E a null? - Frank quis saber.
- Ficaram em Londres. Hm, onde está a null? - null perguntou.
- O Oliver deve saber. - Nora disse e puxou o garoto que passava. - Querido, onde está a null?
- Acho que ela foi pra perto das quadras. - Oliver respondeu encarando null.
- Porque você não leva o null aqui pra encontrá-la? - Frank pôs a mão no ombro de null e Oliver afirmou com a cabeça.
- Porque você está aqui? - Oliver perguntou.
- Eu.. te conheço? - null franziu a testa.
- Não, mas a null me contou e ela não vai ficar nada feliz em te ver aqui. - Oliver afirmou.
- Quem você é? O agente dela? - null desafiou.
- Não, o melhor amigo. - Oliver respondeu. - Lá está ela.
null respirou fundo e andou até ela, que estava de costas.

Capítulo 23

null estava encostada e girava o canudinho de sua bebida, não estava em clima para festas, sentia um peso enorme sobre suas costas. Estava totalmente absorta em seus pensamentos, quando sentiu uma mão tocar seu ombro. Assustou-se e virou para encarar a pessoa.
Quando viu quem era seu queixo caiu e seus olhos arregalaram-se, ao mesmo tempo que seu coração batia aceleradamente.
- null.. - null começou, não conseguia dizer alguma coisa que fizesse sentido. Porque ele estava ali? PORQUÊ? - O que você está fazendo aqui.. Eu pensei que você.. - Ela falava gesticulando com as mãos e olhando pra baixo. Por incrivel que pudesse parecer ela não estava com vontade de socá-lo ou de xingá-lo, tinha certeza que lá no fundo, bem lá no fundo, seu coração pulava de felicidade. Parecia que ela precisava daquilo para se sentir completa, precisava de null ali.
null pôs a mão no queixo dela, levantando seu rosto e fazendo com que ela o encarasse. Nesse momento a música Everything do Lifehouse começara a tocar. (N/A: Sugiro escutar essa música enquanto lêem)
- Antes eu achei que tudo não passasse de uma brincadeira, antes eu não entendia porque eu ia te procurar, antes eu achava que eu devia te odiar.. - null olhava tão fundo nos olhos dela e null não conseguia segurar as lágrimas. - Mas agora, eu descobri que você é tudo que eu preciso e o que eu preciso é ficar do seu lado.. null eu mudei, quer dizer.. Você me mudou, por mais que você odeie aquele null que você conheceu, aos poucos você conseguiu mudá-lo, porque eu tenho certeza que o antigo null nunca estaria aqui, nunca teria deixado de lançar um single só pra poder te encontrar.. - null pegou na mão dela. - Deixa eu provar que eu mudei?
- Pára, null! - null chorava. - Você não pode falar isso, como você quer que algo aconteça se nós temos uma realidade longe daqui? Uma realidade que involve você, sendo noivo e por sinal da minha MELHOR amiga e eu sendo namorada do SEU melhor amigo.. Nós temos que pensar neles, null, nós não..
- Ótimo, null. - null distanciou-se dela. - Nós temos que pensar neles, claro, mas e você? O que VOCÊ quer?
null não tinha resposta, apenas encarava null e ele encarava de volta. Os dois com seus corações a ponto de sair pelas suas bocas, suas cabeças trabalhando rápido e suas resposta para todas as perguntas não conseguiam ser dadas.
- Se você sentisse um décimo do que eu sinto, nós não estaríamos tendo essa conversa. - null disse e virou-se, decidido a ir embora. null encarou o chão e as lágrimas caíram como nunca, depois encarou as costas de null que iam se afastando. Então ela correu, correu para alcançá-lo. Segurou seu braço, fazendo com que ele virasse.
- Como eu vou falar pro null que o melhor amigo dele não sai da minha cabeça? - null sorriu no meio de lágrimas e jogou seus braços em volta do pescoço de null e pela primeira vez, o beijando.
null abraçou null enquanto eles se beijavam, tinham certeza que dessa vez aquele beijo não era forçado, tinha alguma coisa ali. null limpava as lágrimas de null com as costas da mão, fazendo carinho. null alisava os cabelos de null. Os dois ouviam sinos tocando dentro de si.
null interrompeu o beijo e null encostou sua testa na dela.
- Eu não sei porque eu fui tão idiota, porque eu decidi te odiar sendo que eu queria ficar perto de você desde o primeiro dia que te vi.. - null disse sussurando. - Eu não suportava ver o null com você, mas mesmo assim eu queria lutar com o fato de que eu gostava de você.. Agora eu quero mostrar o null que você não conheceu e fazer com que você esqueça o que você conheceu. - null desabafou. - Por favor, null, fala alguma coisa.
- null, eu também não fui fácil, eu estava convencida que eu tinha que te odiar, você era tudo o que eu não suportava. - Ela suspirou e soltou da mão dele, se afastando aos poucos. - Eu acho que você pode ter mudado sim, mas antes que eu me convença totalmente disso, a gente não pode arriscar tudo e ficar junto assim.. Quer dizer, eu preciso de um tempo pra pensar.. - null se virou, correndo. null encarou o chão, estava sentindo tantas coisas ao mesmo tempo naquela hora. Será que estava gostando realmente dela? Aquelas palavras simplesmente sairam da boca dele, ele não planejava aquilo. Mas vê-la ali e não poder falar tudo que ele queria, seria bem pior.

- Mary-Kate, onde você está aindo? Ele te fez alguma coisa? Aquele idiota. - Jesse parou null, que limpava as lágrimas, pronto pra ir bater em null.
- Não, Ashley. - null disse rindo. - Depois eu te conto, já cantaram o parabéns?
- Não, vão cantar agora.. tava indo te procurar. - Jesse disse apontando pra mesa e seus pais que estavam lá.
- Ok, vamos lá. - null abraçou Jesse e o puxou.
Quando estavam cantando o parabéns, null viu null tentando chegar até mesa, passando pelas pessoas. Ele não parava de encará-la, mas ela desviou o olhar. Precisava pensar, era muita informação, muita coisa nova pra ela aguentar em apenas uma noite.
- Porque você não disse que o null viria, querida? - Nora perguntou a null, enquanto cortava o bolo, e ela a ajudava.
- Surpresa? - null levantou os ombros, encarando a mãe, insegura.
- Você devia ter trazido o null, ele ia gostar. - Nora colocou um bolo no prato que null segurava. - Querido, o primeiro pedaço. - Ela entregou a Frank.
- E o primeiro pedaço vai para.. - Frank começou. - ..minha filha e minha esposa, eu não seria nem metade do que eu sou se elas não existissem pra mim.
Todos aplaudiram e ele as abraçou, dando um pedaço de bolo para cada.
null se afastou das pessoas, iria embora. Quando estava saindo, olhou pra trás e viu null sorrir para uma foto junto com o pai. Não segurou um sorriso com o canto da boca e lembrou que estava com a flor vermelha que estava no cabelo de null nas mãos, e não tinha nem notado. Tinha o perfume dos cabelos dela. Pera aí, o que estava acontecendo com ele? Pela primeira vez será que null null podia dizer que estava.. apaixonado? E ainda pela pessoa que ele JURAVA que nunca sentiria se quer uma amizade? Quer dizer, tudo aquilo que ele disse foi dito porque ele estava realmente gostando dela? Poxa, que confusão tinha se metido.

Sua cabeça doía quando acordou no outro dia. null tinha tido um sonho engraçado que envolvia null vindo até Cardiff e se declarando pra ela.
- Até parece. - null disse rindo e coçando os olhos. Pera aí, não tinha sido sonho! null realmente tinha ido até Cardiff no dia anterior e TINHA se declarado pra ela. - Não, não.. Isso não é verdade, null você anda pensando muito no null, PÁRA COM ISSO! - E deu um tapa em sua própria testa, enquanto corria até seu banheiro para lavar o rosto. - MÃE! - null desdeu as escadas correndo. - Mãe, o null por um acaso foi no aniversário do papai ontem?
- null, você está doente? - A mãe dela foi até a garota e pôs a mão em sua testa. - É claro que ele foi querida, e por sinal está lá na sala te esperando.. Sabe, ele não quis que eu te acordasse e resolveu esperar.
- O.. null.. está.. aqui? - null perguntou gaguejando e sua mãe a olhou confusa. null correu até a sala, esquecendo-se completamente que vestia apenas uma regata branca com um desenho da Kiara e do Kovu (Rei Leão 2) e um shorts bem curto amarelo.
- Err.. Hey. - null levantou a mão num aceno. - Bela roupa. - Apontou para os trajes de null, rindo.
- Eu.. Seu.. Você não.. Argh! - null não achava palavras concretas.
- O que foi, perdeu a fala? Eu causo esse efeito nas pessoas. - null falou convencido.
- O que está fazendo aqui? - null quis saber, chegando mais perto dele.
- Só conhecendo a cidade e você? - null disse irônico.
- O que aconteceu com o null-eu-mudei de ontem? - null perguntou, arqueando as sobrancelhas.
- Ahá, agora você se lembra de ontem. - null disse apontando pra ela.
- Eu já te disse, null.. Você não.. Você nem me deu tempo pra pensar! - null exclamou. - Isso até uns minutos atrás parecia sonho pra mim, nunca que eu imaginaria tudo isso, nunca que eu imaginaria SENTIR isso por você.. É tão novo! - Ela explicava.
- Vamos dar uma volta. - null convidou.
- Eu.. O quê? - null não entendera.
- Se troca, vamos dar uma volta! - null repetiu. null o encarou confusa e subiu as escadas correndo.
Minutos depois, null voltou já vestida (decentemente) e eles puderam sair.
Os dois andavam lado a lado, mas não trocavam uma palavra. null olhava o chão e null tinha as mãos nos bolsos.
- Eu vou te ajudar a pensar.. - null começou e null o olhou confusa. - O que eu tenho que fazer pra te provar que você me mudou?
null olhou para os lados, pensando, e depois olhou para null. - Primeiro, você poderia começar a não usar as calças no meio da bunda.
- Ah então quer dizer que você fica reparando da minha bunda. - null falou enquanto sorria convencido e null lhe deu um tapa ardido no braço. - AAAAAI, DOEU!
- Que bom, essa era a intenção. - null levantou uma sobrancelha, mais convencida que ele. - Segundo, você poderia ser MENOS metido a engraçado e parar de se achar tanto.
- Vamos entrar. - null a olhou, esfregando seu braço. Não tinham nem percebido que haviam parado na porta do clube de tenis.
null entrou e acenou pro cara que ficava na porta, null foi atrás dela, mas logo tomou sua frente e a guiou até onde eles estavam no dia anterior, perto das quadras.
Ela olhava pro nada e null veio por trás dela e pôs uma coisa em seu cabelo.
- Você esqueceu comigo. - Era a flor que estava no cabelo dela no dia anterior. null pôs a mão em cima da mão dele, que colocava a flor, e suspirou.
- Quer jogar tenis? - null falou, querendo quebrar aquele clima (estraga prazeres!).
- Tá falando com o melhor jogador de tenis.. de video-game. - null confessou sem graça. - Mas não é muito diferente, deixo você escolher o campo e suas armas.
- Certo, vamos ver quem ri por último. - null pegou uma raquete e escolheu seu lado do campo. - Você começa. - Tacou a bola para null sacar.
null sacou não muito bem e a bola quase não passou pro outro lado, mas null rebateu e nem deu tempo para que null rebatesse também.
- Sorte de principiante. - null falou, quicando a bolinha.
- É o que dizem. - null ainda sorria.
Ele sacou a bola mais forte e mais alto dessa vez, mas não foi o bastante para null não conseguir rebater e null se jogou no chão para rebater também, mas a bola quicou em seu próprio campo.
- E é 30 a 0 pra mim. - null disse, ainda sorridente.
- Onde você aprendeu a jogar tenis? - null franziu a testa.
- Eu jogo desde 5 anos, ganhei vários campeonatos aqui e na escola.. Essa costumava ser minha segunda casa quando eu morava aqui. - null revelou, deixando null boquiaberto. - É, se você soubesse mais sobre mim isso não seria novidade.
- O null e a null sabem disso? - null continuou com a testa franzida.
- Sabem, sempre que vou na casa deles e preciso ver um campeonato eles deixam.. Mas não sabem que desisti de um sonho pra ir viver em Londres. - null deu de ombros, batendo a raquete no ar.
- Pensei que você não quisesse ser mais filhinha de papai e ter tudo de mão beijada. - null replicou.
- Isso é o que você sempre pensou de mim né, null. - null falou. - Mas eu ia ter a chance de finalmente ir para um campeonato nacional, envolvendo todos os grandes tenistas iniciantes do Reino Unido e ia ser cediado aqui.
- E você preferiu ir pra Londres ao invês disso? - null ficou incrédulo.
- Era uma vida como tenista e continuar vivendo as custas do papai ou ter seu próprio trabalho, casa e dinheiro. - null explicou. - A vida não é sempre como a gente quer.
null se sentiu um pouco culpado. Sempre tinha xingado a garota de filhinha de papai e coisas do tipo, mas nem imaginava que ela tinha desistido de tudo aquilo só pra poder ter essa independência. Era uma coisa de se admirar.
- Desculpa. - null murmurou, bem baixinho.
- O quê? Não te ouvi direito. - null franziu o rosto.
- Desculpa. - null repetiu num som um pouco mais alto que antes.
- null, você poderia falar num som audível a seres humanos? - null já se irritara.
- DESCULPA, TÁ? TO ME SENTINDO CULPADO POR SEMPRE TE CHAMAR DE METIDINHA E FILHINHA DE PAPAI SENDO QUE VOCÊ DESISTIU DO QUE VOCÊ QUERIA PRA IR PRA LONDRES, PRONTO FALEI TÁ BOM? ERA ISSO! - null desabafou e jogou a raquete pro lado, deixando o campo.
- Pera aí, eu ouvi direito? null null pedindo desculpas.. PRA MIM? - null correra atrás dele. - Onde estão as câmeras? Cadê o Ashton Kutcher?
- Ha-ha, fica fazendo piadinha mesmo.. - null falava levantando os ombros. - Eu não me importo.
- null, você tá me surpreendendo. - null disse compreensiva e ele parou para olhá-la. - Sério, acho que você pode marcar um ponto pra você.

Capítulo 24

perguntou, vendo null tirar a sandália e correr pra areia.
- A muralha da China, não é linda? - null falou sarcástica, enquanto batia um vento e seus cabelos voavam. Não era um domingo ensolarado.
- Como você é engraçada, né? Olha a minha cara de quem está se contorcendo pra não rir. - null apontou para o seu rosto.
- Não seja tão mal-humorado, null. - null correu até ele e segurou em sua mão, sorrindo. Percebendo o que havia feito, ela soltou a mão dele e passou pelo seu braço, envergonhada, depois correu. null sorria por dentro.
Ele correu até ela e a abraçou por trás, mas ele era pesado e fez com que a garota se desequilibrasse e os dois caíssem e rolassem na areia.
- Você.. - null cuspia a areia. - bateu.. - Cuspia ainda. - com a cabeça, null?
- Adoro quando você me chama de null. - null sorriu e foi para beijá-la.
- Pára, null. - null se levantou incrivelmente rápido e ficou de costas pra ele, olhando o nada. - Não é como se estivéssemos namorando ou coisa parecida.
- Não foi isso que eu ouvi ontem, null. - null levantou-se também, estava começando a se irritar com ela. - Você é muito certinha, nunca fez uma loucura, sempre fazendo tudo do jeito certo.. "Não null, isso não é certo..", "Nós não podemos fazer isso..", como você se diverte?
- Ah obrigada. - null virou-se para encará-lo. - Vou entender isso como elogio, vindo de você.. Eu sou assim, porque é o que é certo, você que pensa que pode fazer o que quiser e passar por cima de qualquer coisa que ninguém vai ligar.. E eu já fiz loucuras, só pra você saber. - Ela ergueu as sobrancelhas, como se o desafiasse.
- Ah não, a null que eu conheço fazendo alguma loucura? Só acredito vendo, null. - null imitou a garota, erguendo as sobrancelhas e a desafiando.
null pegou a mão de null e o puxou pra onde ficavam os barcos.
- Oi null. - Nate a cumprimentou. - Veio andar?
- Vim, mas eu vou pilotar. - null foi subindo no barco e puxando null.
- Mas você não pode, você nem ao menos dirige.. não pode pilotar um barco. - Nate tentava pará-la.
- Posso sim. - null afirmou. - Obrigada. - E puxou as chaves do bolso de Nate e o garoto pulou pra fora do barco quando ela acelerou.
O motor fez um rugido e null acelerou, deixando a baía.
- Eu disse que você devia fazer uma loucura, não nos matar. - null, que havia caído de costas quando null acelerou, falou.
- Você pediu, agora arque com as consequências, null. - null, que dirigia o barco meio sem saber, sorriu.
- Tudo bem, você já me mostrou que pode fazer loucuras.. Agora deixa que eu dirijo. - null tirou a garota de lá, sabia que dirigir um barco era parecido com dirigir um carro.
Ele dirigiu até não muito longe, não era lá o melhor piloto de barco e não saberia voltar se fosse muito longe e tinha medo que o combustível acabasse. null estava apenas sentada e olhando a baía se afastar.
- Você devia aprender a dirigir. - null falou enquanto desligava o barco. - É meio vergonhoso uma garota de 20 anos não saber dirigir.
- Que bom que você se preocupa comigo, null. - null falou sarcástica. - É tão meigo de sua parte.
null apenas balançou a cabeça, rindo. Arrancou a blusa que vestia, subiu no banquinho ao lado de null e pulou na água, espirrando na garota.
- Seu.. Você me molhou. - null gritou quando null emergiu, apontando para si. - E deve estar fazendo uns 18 graus, você quer morrer congelado?
- Não, pode ficar tranquila.. Você não vai se livrar de mim tão facil. - null nunca iria perder aquele sorriso convencido, null tinha certeza. - Peraí.. - Ele mergulhou. - Cãimbra.. - Ele mergulhou de novo. - Alguém me ajude.. - Mergulhou mais uma vez. - Cãimbra na perna..
null se assustou e pulou na água. - null, calma, estica a perna.. - Ela falava enquanto tentava fazer com que ele parasse de pular.
null emergiu rindo. - Você devia ter visto sua cara de preocupação, null.
null afundou a cabeça de null na água e se apoiou no barco, subindo.
- Se eu morrer de peneumonia, vai ser sua culpa. - Ela tremia, enquanto abraçava a si mesma.
- É, eu realmente vou me sentir culpado. - null falou sério, enquanto subia no barco de novo. - Quem mais eu vou encher o saco?
null cerrou os olhos pra ele, ela batia o queixo e sua boca estava roxa.
- Toma. - null entregou sua camisa pra ela. - Tira essa roupa molhada.
- Não.. você.. está.. me.. oferecendo.. sua.. camisa? Pode sair Ashton.. chega de.. piadinhas.. por hoje.. - null falava enquanto batia o queixo.
- Quer aceitar que eu mudei? - null continuou estendendo a camisa. - Eu já disse, não posso deixar você morrer de pneumonia, ia perder totalmente a graça.
null ainda o olhou receosa e pegou a camisa da mão dele. - Vira pra lá.
- Como se já não tivesse te visto de sutiã. - null murmurou, se virando.
- O quê você disse, null? - null enrugou a testa.
- Vista bonita daqui, acho que quando eu estiver bem velhinho e o McFly não fizer mais sucesso, vou me mudar pra Cardiff. - null mudou de assunto.
null se virou pro outro lado e tirou sua blusa ensopada. null espiou, já que null estava de costas, e seguia cada movimento que a garota fazia. Suspirou. Não podia estar apaixonado, logo por ela. Virou-se rápido quando null terminou de colocar a camisa, que era bem grande e a garota não era muito alta então chegava no meio de suas coxas.
O celular de null começou a tocar dentro de sua bolsa. Ela finalmente tinha encontrado um toque melhor que os outros.
So wouldn't you like to come with me, go surfing in the sun as it starts to riiiiise..
- STAR GIRL! - null gritou e null se assustou enquanto pegava o celular. - Eu esqueci completamente.. Eles vão me matar, vão me tirar da banda e nunca mais vão olhar na minha cara.. Será que eu vou acabar naqueles programas "O que aconteceu com aquele membro desconhecido daquela banda?" - Ela andava de lá pra cá
- Ok null, quando você terminar de tagarelar coisas sem sentido me avisa. - null colocou o celular na bolsa novamente, era sua mãe provavelmente querendo saber onde ela estava.
- O single de Star Girl ia ser lançado ontem. - null falou. - Os caras vão me matar, eu não pretendia ficar por aqui! - Ele foi até o volante e deu partida no barco, fazendo null se desequilibrar e cair sentada no banquinho.
- Se você não nos matar antes deles. - null falou, null estava indo realmente rápido.
null pulou do barco assim que chegou na baía, com null atrás dele.
- null.. - null parou pondo a mão nos joelhos. - Eu não consigo correr desse jeito até a minha casa.
- Então sobe. - null se abaixou, apontando pras suas costas.
- O quê? Você acha que eu vou subir nas suas costas e andar..
- null.. - null a interrompeu, parecia irritado. - Eu não tenho tempo pros seus charminhos, eu tenho a minha banda pra salvar e preciso dar explicações pros meus amigos, ou você sobe nas minhas costas ou fica aí reclamando como sempre.
null o olhou com cara de indignação, não sabia se era pelo modo grosseiro que ele havia falado ou se era que pela primeira vez ela tinha percebido verdade no que null havia falado, já que ela sabia que ele se importava com a banda, mas não daquele jeito.. Nunca pensara que null null um dia poderia demonstrar tanta preocupação com outra coisa a não ser si próprio.
- Vamos. - null puxou null pela mão até um lugar no pier cheio de bicicletas. - Pega uma. - Falou subindo em uma bicicleta, colocando uma moedinha e pedalando na frente. null franziu a testa e fez a mesma coisa que a menina.
Logo os dois estavam na frente da casa de null novamente. A garota jogou a bicicleta no jardim e virou-se para null.
- Não foi tão ruim quanto eu pensei, null. - Ela disse estendendo a mão. - Até mais.
- A onde você pensa que vai? - null ergueu as sobrancelhas. - Você vai comigo.
- Não null, eu já combinei de dormir na casa da Nicole hoje, eu vou amanhã. - null falou fazendo gestos.
- Vocês voltaram? Estava ficando preocupada. - A mãe de null havia aparecido na porta. - Querem almoçar?
- Não, obrigado senhora null. - null falou educado. - A null estava acabando de pedir pra voltar para Londres comigo, porque tem uns trabalhos pra terminar.
- Sério, querida? - Nora perguntou e depois arregalou os olhos. - null, porque você está toda encharcada? E com a camisa dele?
- Eu.. - null começou, mas null a interrompeu.
- Nós estávamos nadando na praia, a null me levou até lá. - null falou. - Vamos, então?
- Vem querida, eu vou te ajudar a arrumar tudo. - Nora pegou na mão de null e a puxou para dentro de casa. - Frank está na sala, null.

Uma hora mais tarde, null se encontrava com os braços cruzados, fones no ouvido e a gaiola de Simba ao seu lado no trem. De frente pra ela estava olhando a paisagem que passava à 300 km/h.
- Ei saco de pulgas. - null bateu palmas chamando a atenção de Simba que dormia. - Você só saber dormir? Que chato! - E foi para tentar passar a mão nele, mas Simba rosnou.
- Isso mesmo, Simba, como a mamãe ensinou. - null que observava tudo, falou, dando um biscoito de cachorro pra Simba.
- Cachorro idiota. - null falou, cruzando os braços. null gargalhou.
- Você precisa conquistá-lo, null, assim como precisa me conquistar também. - Ela disse sorrindo.
- Nós nunca vamos dar certo juntos, nós somos orgulhosos demais. - null continuou emburrado.
- Alguém tem que ceder, quem sabe talvez seja eu. - E dizendo isso, null colocou os fones no ouvido novamente e não disse mais uma palavra o resto da viagem.

Capítulo 25

ouvira barulhos vindo da casa vizinha e a voz de null, então ligou para os outros e eles foram até a casa do amigo, com um null reclamando por eles terem interrompido sua soneca.
- Nunca mais faça isso, nunca mais ouviu bem? - null andou pisando firme até a porta, onde null ia entrando e quase colou o nariz no amigo.
- Ei dudes, calma. - null puxou null para um lado.
- Você é um irresponsável null, você some sem nem dar sinal de vida, deixa sua noiva completamente desesperada e ainda larga seus amigos na mão? Você não pensou como seria legal quando perguntassem no lançamento "cadê o null?" e nós ficassemos com cara de idiotas? - null jogou tudo na cara dele.
- Eu tive que ir até minha cidade, null, minha tia quase perdeu o bebê. - null sabia que não era totalmente mentira, sua tia estava grávida e tivera um complicação durante o parto, mas ele só ficou sabendo disso quando já estava em Cardiff.
- É null, mas custava avisar antes? - null se intrometeu. - Você me diz que já estava indo pra casa e nós faz esperar até 5 minutos antes do lançamento!
- Desculpa caras, foi mal mesmo. - null falou olhando para a cara de cada um, principalmente a de null.
- Ok, mas não é só a nós que você deve desculpas.. Não sei como a CIA não te achou. - null disse.
- Nós nunca vimos a null daquele jeito, liga pra ela. - null falou e null balançou a cabeça concordando.
- Pronto? Já deram a bronca na criança? Posso voltar a dormir? - null perguntou bocejando e null lhe deu um tapa na cabeça.
- Você é outro que devia ligar para sua namorada, vocês ainda estão brigados. - null foi dizendo a null andando em direção a suas respectivas casas.
- Ela que me ligue, dessa vez foi culpa dela. - null reclamou, andando ao lado de null.
- Pois é, acho que preciso ligar pra alguém também. - null falou, pensando alto. - Vê se não apronta mais, null.
- Bom, de volta a vida normal. - null pegou sua mala e entrou dentro de casa.

- Jess, você não tá me entendendo.. - null falava com o amigo no telefone, andando de um lado para o outro dentro de casa e jogando suas coisas em qualquer lugar.
- Eu to sim.. - Jesse respondeu. - O que te ajudaria se eu fosse passar um tempo em Londres?
- Muito, Oliver. - null gritou, já irritada. - Por favor, como nos velhos tempos ok? Eu e você, assistindo clássicos até tarde, fazendo brincadeiras estúpidas e eu tendo alguém pra desabafar e me ajudar quando eu mais preciso.. Eu ainda sinto muito a sua falta, tá bom?
- Sei, tanto que me largou pra ficar com o astro do rock. - Jesse disse sarcástico. - Tudo bem, estou chegando amanhã.. e é bom que você prepare um banquete no almoço.
- Pode deixar gordinho. - null falou sorrindo e Jesse desligou com um "vá te catar, gordona".
Ela ainda estava rindo do amigo, quando a campainha tocou. Abriu a porta e..
- Sorry is not good enough.. again?(Desculpas não são o bastante.. de novo?) - null falou. null respirou fundo e encarou o garoto. Deu espaço para que ele entrasse e andou de costas pra ele até a sala. Virou-se para ele e suspirou.
- null, eu quero que você saiba que, independente de tudo, você é um ótimo namorado e um ótimo amigo...
- Esse discurso é mundial, null. - null fez uma cara de que já sabia o que a garota ia falar e se virou para sair.
- Não, espera! - Ela disse desesperada. Ele precisava ouvir.
- Você vai terminar comigo, pra quê eu vou ficar se eu já sei o final da conversa?
- Porque eu realmente preciso falar, por favor. - Ela olhou pra ele quase implorando e ele encostou na porta com os braços cruzados.
- Fala.
- null, eu realmente pensei que a gente poderia dar certo. Eu sei que todo mundo diz isso, mas o problema não é você, sou eu.
- E qual é o problema? Eu não sou bom o suficiente pra você?
- Não! Claro que é! Você é até mais do que eu mereço! Mas... Eu gosto de outra pessoa, quer dizer.. eu acho.. e não é certo continuar com você. Mas null, eu juro que você é perfeito, sempre foi. Eu realmente queria amar você..
- Como eu te amo?
- null, você não me ama..
- Quem é você pra saber dos meus sentimentos? Você é só uma menininha metida, filhinha de papai. O null sempre esteve certo...
- null! - A menina falou chorando. Ele apenas pegou um papel e escreveu. Depois saiu da casa sem falar nada e deixando a menina chorando sozinha, que pegou o papel pra ler.

"This is the last time, I give up this heart of mine, I'm telling you that I'm a broken man who's finally realised You're standing in the moonlight, but you're black on the inside Who do you think you are to cry? This is goodbye"

null discou os números, com lágrimas escorrendo muito de seus olhos. Deixou tocar até cair na secretária eletrônica:
"Hey sou eu, o null, não posso atender então deixe seu recado após o arroto.. BUUUURP"
- Eu acabei de terminar com o null.. - null disse fungando. - Achei que você gostaria de saber. - E desligou.

null que voltava com a boca cheia de sanduíche de atum, ainda teve tempo de escutar a mensagem sendo gravada na secretária. Não ia atrás dela, sabia que null precisava ficar sozinha pra pensar. Ao invés disso, pegou suas chaves do apartamento de null.. Não podia adiar mais, precisava dar uma explicação à ela.
Quando colocou as chaves na porta do apartamento de null e destrancou, girando a maçaneta, a última coisa que viu foi os cabelos de null e a garota jogando os braços em volta de seu pescoço e o abraçando com uma força que ele jamais poderia imaginar que ela tinha.
- null, eu fiquei tão preocupada.. - Ela dizia, com a voz abafada pelo abraço. - Porque você fez isso comigo, hein? - Ela se desvencilhou dele.
- Desculpa, null.. - null começou, encarando o chão. - Minha tia teve uma complicação no parto, minha mãe me ligou muito preocupada..
- Eu não devia te perdoar tão fácil assim, você me fez ficar mais preocupada que o normal.. - null dizia, encarando o garoto que brincava com os dedos.
- Eu sei e..
- Mas eu não sei o que seria de mim se tivesse acontecido alguma coisa com o meu noivo. - Ela falou e colocou suas mãos na nuca dele, puxando-o para um beijo.
Só que logo eles foram interrompidos pelo telefone da casa de null, tocando. null disse para deixar tocar, mas null alegou dizendo que talvez poderia ser uma coisa importante.
- null? - null parecia nervoso, nem havia esperando ela falar "alô".
- Fala null, aconteceu alguma coisa? - null franziu a testa e olhou para null, que apertou o botão do viva-voz.
- Aconteceu e muito grave. - null falou desesperado. - O null bateu o carro e tá no hospital.
- O QUÊ? - null gritou. - Como assim, null? Onde? Quando? Por quê?
- Eu não sei, só corre pro hospital.. Eu já liguei pra null, ela já deve estar lá!
- Você fez bem em avisar ela primeiro. - null falou.
- Eles terminaram.. - null queria se esbofetar depois disso.
- Terminaram? Quem te disse isso, null? - null estranhou.
- Quem tá aí? - null perguntou, confuso.
- Ele me mandou uma mensagem, não tem importância, vamos logo! - null disse e null desligou o telefone, pegou sua bolsa e os dois saíram de casa.
null e null, null e null chegaram praticamente juntos e quando a porta do elevador se abriu, eles viram null sentada num banco ao lado de uma máquina de refrigerantes, com a cabeça escondida nas mãos.
- null! - null a chamou e ela levantou-se rápido, mostrando o rosto lavado de lágrimas.
- Amiga! - null correu e abraçou null apertado.
- Como ele tá? - null perguntou nervoso.
- Muito mal, tá passando por cirurgia agora. - null respondeu. - Eu não sei muito bem, eles não me deixaram entrar no quarto e nem falar com o médico.
- O null é forte, ele vai superar essa. - null disse, tentando consolar a todos.
- Se algo acontecer com ele, eu juro que eu nunca vou me perdoar. - null dizia com uma voz chorosa, no ombro de null.
- O null disse que vocês terminaram, é verdade amiga? - null perguntou, segurando as mãos da outra.
- É.. Eu.. - null gaguejou e pela primeira vez ali, seus olhos encontraram com os de null e os dois não sabiam ao certo o que se passava na cabeça de cada um.
O médico finalmente apareceu e os cinco bombardiaram-no com perguntas ao mesmo tempo.
- Por favor, preciso que vocês tenham calma. - O médico disse com uma voz autoritária e eles se calaram. - O senhor null, como a pessoa que o socorreu disse, ultrapassou o sinal vermelho e um outro carro bateu direto no seu lado da porta. - Conforme o médico ia falando, todos ficavam espantados. - O airbag do carro dele amorteceu um pouco o tranco, mas ele sofreu uma grande pancada nas costelas e quebrou algumas.
- Mas como ele está? Ele está bem? - null estava tão desesperada quanto os outros.
- Ele teve muitos ferimentos e teve que passar por uma cirurgia nas costelas.. - O médico disse e todos tinham praticamente prendido a respiração.

Capítulo 26

- Mas o senhor null é forte, e não foi uma pancada nas costelas que ia derruba-lo. - Ele finalmente, terminou.
- Eu disse, esse é o meu garoto. - null limpou uma lágrima e todos suspiraram aliviados.
- Nós podemos vê-lo? - null quis saber.
- Ele está desacordado e muito fraco, perdeu muito sangue.. - O médico ia dizendo. - Acho que vocês só poderam vê-lo amanhã de manhã.
- Eu vou ficar aqui. - null se pronunciou. - Não vou conseguir ficar tranquila em casa.
- Mas o médico disse que você não pode ficar com ele. - null falou, mas a menina ignorou.
- Você pode pegar algumas coisas pra mim, null? - Ela pediu e a amiga afirmou com a cabeça.
- Você quer que algum de nós fique com você, amiga? - null ofereceu.
- Só se vocês quiserem, mas podem ir.. O null vai ficar bem, eu sei. - Ela falou sorrindo.
- Eu vou ficar.. - null levantou a mão. - Também não vou ficar bem sem ter notícias do pequeno null.
- Eu também queria muito ficar.. - null falou, triste. - Mas eu prometi jantar com a Natalie e os pais dela hoje.
null revirou os olhos.
- Tudo bem, null.. - null parecia mais calma. - Eu e o null vamos certificar que vocês não precisem procurar outro membro pra banda. - E eles riram com ela.
- Eu quero ficar então. - null falou. - Quanto mais gente torcendo por ele melhor.
- Você não precisa, null, o null..
- Eu quero, null, o null é meu melhor amigo. - null afirmou. - Vou comprar café, alguém quer?
null se ofereceu pra ir com o amigo, enquanto null dizia que iria pegar algumas coisas para os três e logo ela e null saíram.

null estava sentada entre null e null, olhando para tudo, menos para null. Ela estava confusa, num misto de culpa e estranhamente, conforto, por saber que null estava ao seu lado. Mesmo sem olhar para ele, saber que ele estava lá trazia esperança. Sentiu a mão de null se aproximando da sua...
- Eu vou ver se eu consigo mais alguma informação. - Ela se levantou e foi até a secretária, uns 5 metros de distância. null a acompanhou com o olhar até sentir outro olhar nele, o de null.
- Você consegue acreditar que eles terminaram? - Comentou o amigo.
- Não.. - Respondeu null desanimado.
- Cara, tem alguma coisa errada com você? - null perguntou passando o braço pelos ombros do amigo. Ele sabia que podia confiar em null.
- null, eu estou apaixonado pela null. - Pela primeira vez null colocou todas essas palavras numa frase e olhou pro amigo, esperando a reação dele. Os olhos de null se arregalaram, exibindo profunda surpresa.
- Mas como? Quando? Vocês se odeiam!
- A gente se odeia do nosso jeito.. - null disse sem conseguir segurar um sorriso, mas logo a imagem de null numa cama de hospital veio a sua cabeça e ele apoiou os braços nos joelhos e colocou a cabeça entre as mãos - Eu fiz tudo errado e agora o null tá no hospital e a null me ignora.
- Você tem certeza que você tá apaixonado por ela, null? Não é só porque você acha que não pode tê-la?
- Agora, mais do que nunca, eu tenho certeza do que eu sinto. E até isso acontecer eu podia jurar que ela sentia o mesmo por mim.. Ela faz eu me sentir vivo e essa é a melhor sensação que eu já tive, só ela faz eu me sentir assim, ela é A mulher, você entende? Se não for ela, não sei quem vai ser.
- null.. - null demonstrava pena ao olhar para ele - E a null? Você pensou nisso, cara?
- Eu não consigo tirar isso da cabeça. Eu simplesmente não consigo falar pra ela null, não dá! Eu tenho muito carinho por ela, você sabe.
- Eu sei que não parece dude, mas tudo vai ficar bem e você pode contar comigo pra tudo.
- Obrigado cara, de verdade. - Ele voltou seu olhar para null, que voltava com um meio sorriso no rosto.
- Nós podemos vê-lo. - Ela disse.

Os três seguiram uma enfermeira que os levou até um quarto onde eles puderam ver null inconsciente, tomando soro e deitado em uma cama. Os olhos de null se encheram de lágrima novamente, ela estava tão atordoada com todo aquele sentimento por null e agora ter que ver null ali, inconsciente e frágil. Amaldiçoou-se por não estar no lugar dele. Correu até a cama e segurou firme nas mãos de null, enquanto sussurava baixinho algumas palavras que talvez ele pudesse ouvir.
null e null ficaram do outro lado da cama, dizendo frases como "a sua carne é dura, null, você vai ficar bem, dude." ou "Acorda logo man, ou nós passamos batom e pasta de dentes em você.", só pra descontrair.
Horas depois, null já havia deixado algumas coisas pra eles. null se encontrava jogado numa poltrona e roncando. null estava sentada ao lado de null e dormindo em cima da mão dele. Enquanto null, sentado em outro banquinho, terminava um música que ele havia composto. No papel estava escrito assim:

"It's only been a day, but it's like I can't go on I just wanna say, I never meant to do you wrong And I know remember you told me baby, something's gotta give If I can't be with you baby the one to hold you baby, I don't think I could stand live.."

Quando já passavam das 3 da manhã, null acordou repentinamente de um sonho ruim, que não tinha nem vontade de se lembrar. Olhou para os lados e viu null concentrado em um ponto fixo no chão, provavelmente pensando.
- Vai dormir ou vai ficar com essa cara de bobo mesmo? - null chamou a atenção dele, se levantando.
- Que cara você quer que eu fique? Eu juro que pensei que meu sentimento era recípocro.. Como eu sou idiota! - null foi falando enquanto seguia a menina para fora da sala.
- Você está sendo egoísta, null, como sempre foi! O null está assim por minha causa! - null virou-se bruscamente para ele, apontando pra si.
- Não, eu não estou. - null parecia sério naquele momento e null podia jurar nunca ter visto ele daquele jeito. - O null é meu melhor amigo e eu estou mal por ele também, agora me desculpa se eu tenho que ver você abraçada, chorando por ele e ME ignorando. - Ele falou tudo de costas pra garota, enquanto colocava uma moeda na máquina de salgadinhos.
- Como você pode dizer isso? Eu estou apostando todas as minhas fichas em você, null, então é melhor você fazer valer a pena. - null puxou o salgadinho que ele tinha pego da mão dele.
- Esse é o seu jeito de dizer que o meu sentimento é recípocro? - null não segurou o sorriso.
- Êû egôestiô eddô null, emâes îenefêellîzemêentiê ê ûem rôeck estiâr emêtiîdiô ê ârrôegôentiê qûê tiôemôû emêû ecôrâecâô ê emîenhetsâ ecâbiêecâ. - null disse tudo muito rápido, também sorrindo.
- O quê? - null franziu a testa.
- É galês, você vai ter que descobrir o que significa. - Ela continuou sorrindo.
Os dois se encararam sabendo o que queriam. Queriam poder se abraçar e se beijar, sem ter medo de nada, nem ninguém. E por que não fazer isso? null se perguntava. Estava com um peso enorme na consciência, mas tinha o cara por quem ela estava apaixonada na sua frente, sorrindo pra ela e esperando que ela aceitasse aquilo. Era só isso que faltava, null engolir seu orgulho e aceitar de uma vez por todas que tinha SIM caído nos encantos de null null!
- Será que você pode confiar em mim, pelo menos uma vez na sua vida? - null estendeu a mão para ela. - Esquecer tudo e pensar que só existe eu e você, aqui e agora.
null suspirou e, sorrindo, segurou a mão de null. Ele a puxou pelos corredores do hospital, que parecia deserto àquela hora da madrugada. null abriu uma porta que dizia "depósito" e puxou null para dentro. Estava um pouco escuro e silencioso.
- null, nós estamos no depósito do hospital! - null lembrou null.
- Ah, então é por isso que tem um braço dentro daquele pote. - null disse, apontando cegamente.
- UM O QUÊ? - null agarrou-se ao pescoço de null e juntou seus corpos.
- Eu sei que você não resiste. - null encarou null, sorrindo.
- Argh.. Eu te odeio, null! - null soltou-se dele e empurrou seu ombro.
- Jura? Eu também te odeio. - null puxou null pra si de novo. - Mas eu descobri que eu te odeio tanto, mais tanto, que até gosto de você.
- null, nós temos que ir com calma. - null falou, suspirando. Ele tinha um poder INCRÍVEL sobre ela.
- Você não aceitou esquecer tudo? - null arqueou a sobrancelha. - Finge que nós fugimos pra Grécia e estamos numa casa grande de frente pro mar.
- Mas nós estamos num depósito de hospital! - null falou, rindo.
- Finge, poxa! - null mandou. - Se você me beijar, hoje, aqui, eu vou saber que você me deu uma chance.
- Mas isso não pode simplesmente.. acontecer, null! - null levantou os ombros e se desvencilhou dele. - Um primeiro beijo não é assim.
- Primeiro beijo? - null enrugou a testa.
- É, um primeiro beijo de verdade.. Que, se for isso mesmo, nós dois vamos ouvir os sinos ao mesmo tempo! - null explicou.
- Ok. - null estendeu sua mão. - Aceita dançar comigo, como aquela vez em NY?
- Dançar? Não acho que esse é o melhor lugar pra dançar, null, tá meio apertado aqui. - null disse, apontando pra grande quantidade de muletas e cadeiras de rodas que estavam ao redor deles, naquela sala não tão grande.
- Eu vou cantar uma música que eu ouvi hoje e me fez lembrar muito de você e nós dançamos juntos. - null insistiu e null viu que ele não ia desistir fácil, então aceitou a mão do garoto. null colocou suas mãos ao redor da cintura dela, a puxando para si, fazendo com que null entrelaçasse seus braços no pescoço dele.
- "You look so beautiful today.. - null começou, balançando a garota de um lado para o outro, fazendo com que ela sorrisse. - When you're sitting there it's hard for me to look away.." - null não tinha palavras pra descrever como era bom estar ali, sendo abraçada por null, ouvindo ele cantando só pra ela e a encarando com aqueles olhos null, que pela primeira vez, ela percebeu que eram fascinantes.
- "So I try to find the words that I could say, I know distance doesn't matter, but you feel so far away and I can't lie.." - null continuou.
- Essa música te faz lembrar de mim? - null perguntou, com um sorriso no canto da boca.
- Muito! - null respondeu, suspirando. - "Everytime I leave my heart turns grey and I want to come back home to see your face tonight. cause I just can't take it.."
null se acolheu no peito dele e pode escutar o coração dele muito acelerado, nunca pensou que ela podia fazer com que null se sentisse nervoso.
- "Another day without you with me, is like a blade that cuts right through me, I can't wait, I can't wait forever! - Ele cantou o refrão e eles podiam concluir que aquela música tinha sido feita exatamente pra eles. - When you call my heart stops beating, when you're gone it won't stop bleeding, but I cant wait, I can't wait forever!"
null puxou o queixo de null e fez com que a garota encarasse profundamente seus olhos, assim como ele estava fazendo. null nunca pensara que null podia fazer com que ela se sentisse desse jeito, aquilo podia ser coisa do null, se não fosse null que estivesse parado ali. E ele continuou cantando, enquanto encarava os olhos da menina. - "You look so beautiful today, it's like everytime I turn around, I see your face.. The thing I miss the most is waking up next you, when I look into your eyes, man, I wish that I could stay!"
Parecia que o tempo havia parado e realmente só existiam os dois, ali e naquele momento. Parecia que eles estavam foragidos na Grécia, numa varanda de frente pro mar. Nada poderia dar errado.
Aos poucos, eles iam cessando a distância que existia entre seus rostos e finalmente eles tiveram o "primeiro beijo". Não tinha como negar, os sinos tocavam alto demais. Eles se separaram e não continham um sorriso. null continuou:
- "I know it feels like forever.. I guess that's just the price I've got to pay, but when I come back home to feel your touch makes it better.. Until that day, there's nothing else that I can do and I just can't take it!"
- Você imaginava que a gente estaria desse jeito, aqui, algum dia? - null perguntou.
- Do jeito que você era insuportável? Nunca! - null falou rindo e levou um tapa de null.
- Desculpa, ô legalzinho! Vamos, o null pode ter acordado! - null segurou firme na mão de null.
- O null? Conta outra. - null disse rindo, enquanto era puxado por null pra fora do depósito.

Capítulo 27

foi o primeiro a acordar no outro dia. Olhou para os lados e viu que null dormia segurando a mão de null e tinha null deitado em seu ombro, dormindo também. Balançou a cabeça para os dois e resolveu acordar o amigo, null e null poderiam chegar a qualquer momento e não era uma cena fácil de ser explicada.
- null! - null chamou, balançando o amigo. Nada de null acordar. - null, acorda! - Chacoalhou o garoto.
- Não, mamãe, só mais cinco minutinhos.. - null resmungou.
- Mamãe? - null enrugou a testa! - null, EU NÃO SOU SUA MÃE E É BOM VOCÊ ACORDAR LOGO!
- AHN? - null pulou. - O que aconteceu, man?
- Esquece. - null balançou o ar. - Vamos ver se tem alguma coisa pra comer? - null passou a mão em sua barriga e eles a ouviram roncar. - Tô com fome.
- Deu pra ver, dude. - null olhou de canto de olho para null. - Eu vou acordar a null.
- null, o que aconteceu entre vocês ontem? - null perguntou, inseguro.
- Ela me deu uma chance. - null suspirou e sorriu depois.
- Não sei se eu devo dizer que isso é um bom sinal. - null levantou os ombros.
- É, é sim! - null afirmou. - Só que eu preciso impressionar ela sabe, perto da null eu sinto que devo ser um cara legal.. Você devia me ajudar, null.
- Eu? Ah man, eu não sei não. - null tratou de tirar o corpo fora.
- Você tem namorada, você sabe como impressionar uma garota! A null nunca ligou pra essas coisas, então eu não estou acostumado! - null contou.
- Tá, vamos tomar café, antes que o bicho que vive aqui dentro morda alguém e eu te dou umas dicas. - null piscou, enquanto saía com null do quarto.

null resmungou alguma coisa e conseguiu abrir seus olhos, que estavam muito pesados. Seu corpo estava todo dolorido, parecia que havia sido esmagado por um rolo compressor. Olhou para o seu lado esquerdo e viu que null dormia enquanto segurava sua mão. Mas tinha uma coisa que ele não conseguia parar de pensar: no sonho que tivera enquanto dormia. Ele lembrava de uma garota abrindo a porta de seu carro e depois falando no celular, lembrava de uma ambulância e essa mesma garota ao lado dele, depois tudo ficava escuro e ele estava numa praia, rindo e correndo com a garota que tinha o salvado.
- É claro que não, null, o Liverpool vai pras finais.. - null falava, enquanto entrava com null, null e null no quarto.
- Oi. - null falou, com uma voz rouca.
- null, você acordou! - null disse surpreso.
- Parece que sim, o que aconteceu comigo? - null quis levantar o braço direito, mas percebeu que não conseguia.
- Não faz isso, null , foi aonde você machucou. - null foi até ele, certificando de que ele não ia mecher mais nada.
- Parece que temos mais uma bela adormecida. - null apontou para null.
- Bom dia, null. - null disse, tirando a mão (que injetava soro) dos braços dela e passando em seu cabelo. Sua briga com a menina parecida ter sido há muitos anos atrás, não importava mais.
- Ahn.. O que.. - null abriu os olhos, olhando tudo. - null! - Ela levantou para abraçá-lo. - Nunca mais me dê um susto desses, OUVIU BEM?
null fez que sim com a cabeça e eles riram.
- Acho melhor deixar os dois se entenderem. - null cochichou com os outros, que assentiram.
- Vem, babe. - null chamou a atenção de null que olhava fixo para os dois, sentindo um borbulhar no estômago.
- Ah.. é. - null virou-se e saiu.
- Bom.. Amigos? - null levantou os ombros.
- Os melhores. - null tinha os olhos marejados quando abraçou null. - Obrigada por tudo, null, você foi uma das melhores coisas que me aconteceu.
- null, você ainda é uma das melhores coisas que aconteceu pra mim, mas eu acho que eu posso superar. - Ele terminou a frase sorrindo.
- Você pode e você VAI, porque você merece uma garota legal, que eu sei que está aí fora, só te esperando.
- É.. acho que sim. - Ele respondeu, pensando na garota do seu sonho.
- AI MEU DEUS! - null gritou e levou as mãos na cabeça.
- Ai null, eu agradeceria se você não gritasse mais. - null pôs a mão na testa.
- Desculpa null, mas é que eu acabei de lembrar que eu esqueci completamente do Jesse. - null falou tudo muito rápido. - Eu tenho que ir, volto assim que puder. - E ela beijou a testa do garoto.
- Mas quem é Jesse? - null enrugou a testa, vendo a garota fechar a porta.

- Err.. Que horas são, por favor? - Jesse perguntou a uma senhora, que respondeu que já passavam da 1 hora da tarde. - Beleza, faz exatamente 1:30 que eu estou esperando..
- JESSE! - null gritou, correndo até o amigo. Tinha chegado na estação incrivelmente rápido.
- Eu agradeço pela sua consideração, null. - Jesse disse irritado.
- Me desculpa, Jess, o null bateu o carro ontem e foi parar no hospital.. Eu estava com ele até agora! - null se explicou.
- Eu entendi, o namoradinho primeiro e depois os amigos. - Jesse continuava de cara fechada.
- Eu vou fazer seu prato preferido.. hamburger com batata frita! - null disse, com olhos suplicantes.
- Não vem fazer chantagem, não.
- Ah Jess, me desculpa.. - null o abraçou. - Por favor?
- E eu tenho outra escolha? - Ele olhou de canto de lado pra amiga.
- Ê, te amo, sabia? - null deu um beijo na bochecha dele.
- É, to sabendo. - Jesse falou, mas não conteve um sorriso.
- Vamos, eu estou nojenta. - null disse, apontando pras roupas que usava desde o outro dia e eles seguiram para o táxi.

null recebeu alta naquela noite, tinha uma parte do corpo toda enfaixada, mas continuava o mesmo piadista de sempre. No outro dia todos decidiram sair para comer e comemorar a volta de null.
- Vaaaaaaaaaamos, null. - null segurava a mão da amiga. - Desde que você voltou de Cardiff, nós nem ao mesmo conversamos direito.
- Mas o Jesse.. - null começou, apontando para o amigo sentado na poltrona, mas ele a interrompeu.
- Não me põe no meio, você sabe que eu toparia sair. - Jesse disse, sem tirar os olhos da TV.
- Viu? Você não tem desculpas! - null exclamou.
- Ok, ok. - null finalmente cedeu e null bateu palmas. O verdadeiro motivo para que ela não aceitasse sair era o fato de que teria que ficar num ambiente com null e null e isso a fazia se sentir muito mal. - Às 8, então?
- Isso.. Eu e o null passaremos aqui. - null disse, animada. Jesse olhou para null com o canto do olho. - Até mais, Oliver, foi bom almoçar com vocês. - Ela falou, enquanto saía do apartamento de null e os dois acenavam.
- É pior do que eu pensei. - Jesse disse, balançando a cabeça.
- Eu sei que é, Jess, é pior do que qualquer um podia imaginar.. - null sentou-se ao lado do amigo, suspirando. - O que eu estou fazendo é horrível! - E escondeu seu rosto nas mãos.
- Ok. - Jesse puxou a garota para seu colo. - Pode parecer uma coisa que todos iriam dizer, mas vai ficar tudo bem, pequena, eu sei que no final vai dar tudo certo.
- Obrigada, Jess, você não sabe como eu sentia falta disso. - null o encarou, sorrindo e o garoto devolveu outro sorriso.

- Então, como estou? - null perguntou, aparecendo na porta do quarto de hóspedes. Jesse estava apenas de toalha. - Oliver, vista alguma coisa! - null gritou, desaparecendo dali.
- Acho que você não traz muitos homens aqui, né. - Jesse disse, para irritá-la. null adentrou o quarto e bateu nele com uma camisa. - Uau, tudo isso é pro rockstar? - Ele perguntou a olhando. null vestia uma blusa preta, um jeans skinny escuro, um escarpan roxo e um blazer da mesma cor. Ela cerrou os olhos pro amigo e saiu, batendo pé.
Alguns minutos depois, null e Jesse estavam sentados assistindo as semi-finais do Campeonato Inglês, quando o interfone tocou. null foi até lá e disse que já ia descer. Jesse deu o braço pra ela, eles desceram o elevador e andaram até o carro de null.
- Olá. - null disse, cumprimentando null e null, mas viu que tinha alguém ao seu lado. - Hey, null, como está a costela? - Dolorida. - null fez uma careta de dor. - E não me deixa dirigir.
- Eu sei que logo você estará pulando por aí. - null falou, consolando. - Você não conhece o Jess, quer dizer, Oliver, não é? - Ela perguntou apontando para o amigo. null negou. - Bom, Oliver esse é o null e null, esse é o Oliver. - E os dois apertaram as mãos.
- Já acabaram? Podemos ir? - null perguntou, com uma voz irritada e null ralhou com ele.
Logo estavam na porta de um grande restaurante japonês de Londres. Viram null, Natalie (null cutucou null, que revirou os olhos e bufou.), null e null parados à porta, esperando por eles. Todos se cumprimentaram, null apresentou Oliver aos outros quatro (fingiu não fazer questão de apresentá-lo à null) e finalmente entraram. Enquanto os garotos escolhiam a mesa, as meninas disseram que iam ao banheiro.
- null, você está bem? - null quis saber, tinha percebido a amiga um pouco triste.
- Não. - null sentou-se num banquinho. - Eu e o null brigamos no dia do lançamento do single e eu simplesmente não estou falando com ele.
- O que aconteceu, amiga? - null também perguntou, fazendo uma rodinha com null em torno de null e deixando Natalie totalmente excluída.
- Não sei, o null parece não se importar comigo.. - null disse, suspirando. - Esquece do nosso aniversário de namoro, está sempre cansado para sair, só quer ficar jogando videogame ou na casa dos garotos.. Acho que ele não gosta mais de mim.
- null, não fala isso, o null te adora! - null puxou o queixo da menina para cima. - Garotos são assim mesmo, é um mal que eles não conseguem lidar, tenho certeza que ele não faz isso por mal.
- Você deveria conversar sobre isso com ele, dizer como se sente, sem brigas. - null continuou por null e null sorriu largamente, como se dissesse que iria fazer isso e as abraçou apertado.
- Obrigada, vocês são as melhores. - null disse abafado pelo abraço.
Natalie olhava tudo, encostada na porta. Queria amigas como elas, não como as que ela tinha, que possuíam apenas um neurônio e esse neurônio pensava apenas em roupas de marca. Suspirou, triste, sabia que null e null gostavam dela, pelas poucas vezes que estiveram juntas, mas não sabia porque null simplesmente não ia com a cara dela, sendo que nunca tinha feito absolutamente nada para a menina.
- Vamos, eu estou morta de fome. - null disse, puxando as outras duas. null parou quando passou por Natalie.
- Ei, Natalie, está tudo bem com você? Aproveite que estamos dando conselhos de graça. - Ela brincou e Natalie riu.
- Está tudo bem, obrigada. - Natalie mentiu, sorrindo e segui as três pra fora do banheiro.

Capítulo 28

- E vai ter um arco de flores na entrada da igreja.. - null contava às garotas sobre os preparativos para o casamento. null e Jesse se entreolhavam a cada coisa que a amiga falava e a cada coisa null sentia uma pontada no estômago também.
- Olha, meu celular, vocês me dão um minutinho? - null fingiu, se afastando da mesa e indo na direção da entrada do restaurante. A verdade é que não estava mais suportando ficar ali, ouvindo null falar sobre o casamento e pensar no que null iria fazer sobre isso. Iria deixar null se iludir até quando? Ou quem estava se iludindo nessa história toda era ela?
null viu null se afastar e soube que era o momento perfeito para conversar com a garota, disse que ia tomar um ar, pois estava muito calor ali dentro e a seguiu, até fora do restaurante. Ele pigarreou, na tentativa de chamar a atenção de null, que estava de costas, e ela se virou no momento que ouviu null.
- O que você está fazendo aqui? - null arregalou os olhos. - null, a null está ali dentro, não..
- Você pode me ouvir? - null pediu, levantando uma sobrancelha.
- Não, eu não posso te ouvir. - null disse, irritada. - Porque tudo que vai sair da sua boca são meras promessas que eu estou começando a acreditar que nunca irão se realizar! null não pára de falar sobre o casamento e cada vez eu me sinto mais culpada.. E você? O que está fazendo sobre tudo isso? NADA! Você é e sempre vai ser um irresponsá..
Mas null não deixou null terminar, pois selou seus lábios. null resistiu no começo, mas sabia que não era mais forte do que a coisa que sentia em seu peito e logo suas mãos estavam na nuca do garoto. Após alguns segundos, null pareceu voltar a consciência e se separou de null.
- E-eu devo estar ficando louca mesmo. - null disse, com as mãos na cintura. null tinha um sorriso no canto da boca. - null, você não pode pensar que sempre que me beijar vai ficar tudo bem, ok? Não é assim que se lida com as coisas!
- Ótimo. - null exclamou. - Quando eu estou do seu lado, tudo que eu quero fazer é te beijar, te abraçar, sentir teu perfume e ouvir seu coração bater no ritmo do meu, só que é quase impossível quando você está preocupada demais gritando comigo e se sentindo culpada por tudo!
null abriu a boca, mas nada saiu. Estava tendo surpresas demais vindas de null, achava aquilo tudo impossível de ser algum dia dito por ele. Sentia que ele não era o mesmo null machista que havia conhecido à alguns meses atrás. E isso, mais do que qualquer coisa, a deixava mais apaixonada.
Jogou seus abraços envolta do pescoço do garoto e o apertou muito forte, com se aquilo fosse uma despedida. null colocou seus braços ao redor da garota e a apertou também.
- Pode não ser hoje e nem amanhã, mas eu vou dar um jeito nisso tudo. - null falou ao pé do ouvido de null e segurou a mão dela, como se passasse confiança.
Mas eles tinham que voltar, já era perigoso demais estar ali, tão perto de serem descobertos. Só de pensar assim, a culpa voltava como uma bomba em cima de null. A garota foi primeiro, dizendo que era sua mãe contando algumas novidades e alguns minutos depois, null apareceu. O resto do jantar correu normalmente, a comida era muito boa e eles puderam se divertir.
- null? – null enrugou a testa quando abriu a porta na manhã seguinte e encontrou a garota ali. – O null não está aqui.
- Eu sei. – null falou, já entrando. – É com você que eu quero falar, null. – Virou-se para encará-lo.
- Err.. – null passou uma mão pelos cabelos. – Pode falar.
- null, e-eu.. Aquilo que quase aconteceu entre a gente.. – null fazia gestos exagerados. – Eu tenho me sentido diferente desde então..
- O que você quer dizer com isso? – null franziu a testa novamente.
- Eu não sei, acho que eu.. – Mas não era dessa vez que null iria saber o aquilo significava, pois null não pôde terminar a frase.
- null. – null pôde identificar a voz sonolenta de Natalie.
Logo a garota apareceu nas escadas, com um roupão.
- null! – Ela exclamou, surpresa. – Quer tomar café com a gente?
- Espera, Natalie, a null ia me dizer alguma coisa. – null falou.
- Não.. É.. Não é nada importante. – null desconversou. – Nos vemos mais tarde no estúdio, null. – E deixou a casa.
- Acho que ela não gosta muito de mim. – Natalie desabafou.
- Claro que ela gosta, Natalie, a null só é um pouco complicada. – null afirmou, abraçando Natalie e a garota fingiu concordar com ele.

- Bom dia, pequena. – Oliver disse, colocando panquecas para null.
- Há quanto tempo você está acordado? – null perguntou, espreguiçando-se.
- Tempo suficiente para preparar panquecas do Tio Oliver. – Ele respondeu, sentando-se.
- Hm, nhami, nhami. – null bateu palmas e sentou de frente para o amigo.
- Então.. – Oliver fez um gesto para que null falasse alguma coisa.
- Então o quê? – A menina perguntou de boca cheia.
- Você e o rockstar, ou a saída de vocês ao mesmo tempo ontem foi totalmente coincidência? – Oliver disse, revirando os olhos.
- Ai, mais alguém percebeu? – null mordeu o lábio.
- Fique tranqüila, seu segredo está a salvo comigo. – Oliver falou, como se fizesse parte de algum filme.
- Eu não sei, Jess, ao mesmo tempo que eu quero ficar com ele, eu não quero, é tão errado. ­- null falou, dando mais uma mordida na panqueca. – Nossa, está muito bom.
- Por que você não conta à null? – Oliver sugeriu e null engasgou.
- O QUÊ? TÁ MALUCO? – null disse, batendo a mão nas costas. – Ela vai me odiar pro resto da vida e eu não suportaria isso.
- Então, pequena, você tem um grande problema. – Oliver deu de ombros.
- Estava ótimo, Jesse, mas alguém precisa trabalhar aqui. – null anunciou e saiu da cozinha.

- null, posso falar com você? – null apareceu na sala, onde null jogava videogame.
- Só um instante, null, estou acabando com eles. – null disse, sem tirar os olhos da TV.
- null, é importante! Eu agradeceria muito se você largasse esse videogame e me escutasse. – null falou, áspera.
- Ok. – null pausou o jogo. – O que é?
- Viu, null, esse é o problema. – null começou a andar e parou ao lado dele. – Nó-ós fizemos 6 meses sábado e você nem ao menos lembrou, eu tenho que disputar sua atenção com um videogame idiota toda hora, nós nunca mais saímos só nós dois e eu estou começando a achar que você prefere o null a mim. – null desabafou. – Nós, garotas, precisamos de atenção às vezes, null.
O garoto estava boquiaberto, não tinha nem noção do quanto null estava magoada por causa dele. E como ele podia ter esquecido, 6 meses que ele estava com a pessoa mais maravilhosa que ele já havia conhecido e ele não se dava nem o luxo de lembrá-la disso sempre.
- Era isso.. – null saiu de perto de null, quando viu que ele não ia falar nada. – O hospital está me chamando, não sei se volto pra cá hoje, até mais, null. – E fechou a porta.

- Você pode entregar isso ao Richard, por favor? - null pediu, entregando alguns papéis à uma moça. - Obrigada. - E se jogou de novo em sua cadeira.
- Ei, e aí? Como vai? Oi, e aí? - null escutou uma voz conhecida e levantou-se da cadeira. Era quem ela pensava: null, cumprimentando seus colegas de trabalho.
- null?
- Hey, estava te procurando. - null disse, aproximando-se dela.
- null, se você não percebeu esse não é o melhor lugar pra você vir me encontrar. - null falou, olhando pros lados.
- Tudo bem, as pessoas aqui são legais. - null disse, entrando no cubículo onde null trabalhava e sentando-se em sua cadeira.
- null, é sério! - null aumentou o tom de voz e se apoiou na mesa.
- Ei, eu só queria te ver. - null fez uma cara de coitadinho.
null mordeu o lábio, nervosa. - null, eu não.. - E null a puxou para seu colo e a beijou.
Mas dessa vez null foi mais rápida e não se deixou levar, se seu chefe a visse ali com certeza seria demitida. - Tá maluco? Eu posso ser demitida, sabia? - Mas null apenas sorriu, com uma cara convencida. - Ai, odeio quando você faz essa cara!
- Tudo bem, eu vou embora. - null falou, se levantando. - Mas esteja pronta amanhã a tarde.
- Pronta pra quê? - null ergueu a sobrancelha, não entendendo.
- Você vai ver. - E null saiu de lá.

Já passava da meia noite. Oliver roncava no sofá, enquanto na TV passava algum filme estranho. null dormia em cima de toda sua papelada do trabalho, mas foi acordada pelo som irritante de seu celular.
- Alô? - Ela atendeu, com uma voz sonolenta.
- Amiga? - null ouviu a voz de null soar em seu ouvido.
- null, você sabe que horas são? - null resmungou.
- Sei e me desculpe por estar ligando a essa hora. - null disse tudo muito rápido. - Eu posso ir aí?
- Agora? - null levantou-se da cadeira.
- É, se não for incomodar. - null tinha uma voz triste.
- Claro, amiga, pode vir. - null mudou sua voz sonolenta para uma amigável.
- Ok, obrigada. - E elas desligaram.
Em 5 minutos a campainha do apartamento de null estava tocando. Quando a garota abriu a porta, null a abraçou.
- Ai, amiga, eu juro que não sei o que está acontecendo comigo. - null dizia enquanto soltava do abraço e entrava no apartamento.
- Você podia tentar se acalmar. - null disse, fechando a porta.
- Ok. - null respirou fundo. - Eu preciso te contar uma coisa. - E relatou todo o fato que havia acontecido entre ela e null, deixando null de boca aberta.
- Você.. o null..? - null gaguejou.
- Eu sei, é horrível, mas eu não sei o que deu em mim. - null disse desesperada. - Eu sempre senti um carinho muito grande pelo null, como um irmão mais velho, mas desde que tudo aconteceu, eu simplesmente não consigo vê-lo mais assim.
null queria rir de toda essa ironia, enquanto ela estava morrendo de culpa, null simplesmente parecia nem ligar mais para null.
- Peraí, você acha que está gostando do null? - null disse cada sílaba bem devagar.
null mordeu o lábio e fechou os olhos, suspirando. - Eu não sei, amiga, eu realmente não sei. O que mais me preocupa é.. e se eu estiver? Como fica o null? Eu não suportaria magoá-lo. E o pior, será que é recípocro?
- Você já tentou conversar com o null sobre isso? - null tentou.
- Já, mas aquela Natalie.. - null fez uma voz engraçada ao pronunciar o nome dela. - sempre interrompe.
- Eu queria poder te dizer alguma coisa que te ajudasse, amiga, mas eu realmente não sei, tudo isso depende de você, só você vai poder decidir. - null disse, pondo a mão no ombro da amiga. - Eu só te digo uma coisa: siga seu coração.
- Obrigada. - null a abraçou de novo. - Eu não sei o que seria de mim sem você. - null sentiu alguma coisa molhada na sua blusa e percebeu que null estava chorando.
- Amigas são pra essas coisas. - null falou, passando a mão no cabelo da amiga. - Vamos, você vai dormir aqui hoje.
- Mas e seu trabalho.. - null começou, saindo do abraço.
- Sem mas, vai ser uma noite das garotas. - E Oliver deu um ronco. - Ok, das garotas e dos roncos do Oliver. - E elas riram.

Capítulo 29

Oliver estava completamente entediado, jogado no sofá e passando todos os 500 canais que tinha na TV, sem achar nada realmente interessante.
- Ok, eu estou em Londres, deve ter alguma coisa melhor pra se fazer do que ficar em casa. – E dizendo isso, desligou a TV e saiu do apartamento de null.
Entrou na Starbucks mais próxima e comprou um frapuccino e um croassant. Quando estava saindo, deu uma trombada com alguém, que ele não identificou até se levantar do chão.
- Deixa que eu te ajudo.. – Oliver abaixou-se novamente para ajudar a pessoa com quem ele tinha trombado e pegar suas compras. – Ei, eu te conheço.
- Eu também te conheço. – A garota disse, sorrindo. – Você é o Oliver, não é? Amigo da null?
- E você é a Natalie, do null. – Oliver disse, colocando as últimas coisas na sacola e entregando a Natalie.
- Ok, acho que nós já podemos levantar. – Natalie disse, percebendo que eles ainda estava agachados no meio da rua e eles levantaram-se depressa.
- Que cidade pequena. – Oliver falou, com as mãos nos bolsos do casaco.
- Está sozinho? – Natalie perguntou.
- Estou e por sinal, entediado. – Oliver respondeu, levantando os ombros.
- Somos dois, então. – Natalie disse. – Acho que para acabarmos com o nosso tédio devíamos tomar um café.
- De acordo. – Oliver afirmou e eles entraram na Starbucks.
O tempo pareceu voar depois que eles se sentaram e o tédio havia desaparecido totalmente. Natalie e Oliver conversaram de tudo, desde o gosto musical até o melhor sabor de frapuccino.

null jogou todas suas coisas em cima da mesa da sala e viu Simba correr ao seu encontro.
- Jess! – Ela gritou e não ouviu resposta. – A onde ele foi, Simba? – null franziu a testa, estranhando a saída do amigo.
De repente ouviu alguma coisa bater contra a janela da sala. – Ouviu isso, Simba? – E correu até lá. Quando abriu a janela, encontrou null subindo a sua escada de incêndio.
- Qual é o seu problema com a campainha, Homem Aranha? – null perguntou, rindo.
- Posso tentar ser romântico? – null perguntou, se sentindo ofendido.
- Tudo bem, se você cair, eu vou rir. – null avisou e null finalmente alcançou o topo da escada, ficando de frente pra ela.
- E aí, está pronta? – null perguntou, oferecendo a mão.
- Pronta pra quê, null? – null franziu a testa.
- Você vai ter que vir comigo. – null disse, sorrindo com o canto da boca.
- Ah é? E se eu não quiser? – null ergueu uma sobrancelha.
- Ok, ou você vem por bem ou por mal. – null pulou a janela e a pegou no colo.
- null null, me põe no chãããão AGORAAAA! – null gritou e null pôs a mão na boca dela.
- Shh! Ou vão achar que alguém está sendo seqüestrado aqui. – E desceu as escadas com a garota no colo, andou até o carro e a colocou sentada. – Pronto.
null cruzou os braços fazendo careta, enquanto null pulava pra dentro do carro.
Algum tempo depois, null percebeu que null estava fazendo o mesmo caminho que dava na casa abandonada naquela praia e logo eles estavam estacionando.
- Eu vou te ensinar a dirigir. – null disse, saindo do carro.
- Você o quê? – null arregalou os olhos. – E-eu acho melhor não, null..
- O quê? Tá com medo? – null desafiou, abrindo a porta do lado de null.
- É claro que eu não estou com medo, null. – null afirmou e pulou pro banco do motorista.
- Então ligue o carro. – null pediu, virando-se pra ela e null o fez. – Pise na embreagem. – null também pisou. – Agora engate a primeira e solte bem devagar o pé da embreagem. – E ela colocou a mão na marcha, mas ao invés de engatar a primeira, deu ré e eles começaram a andar pra trás. null voou em cima dela e conseguiu que o carro parasse antes que eles batessem em uma árvore.
- Eu sabia.. – null falou, batendo a testa no volante. – Eu sou um desastre.
- Não, você não é. – null tentou consolá-la, sorrindo. – Foi só a primeira vez, eu vou te ajudar. – E pegou a mão da garota, colocando na chave e ligando o carro novamente, depois pediu pra que ela pisasse no acelerador e soltasse devagar e com a mão ainda em cima da mão de null, engatou a primeira e logo a ajudou a passar pra segunda marcha e finalmente fazer com que o carro andasse.
- Nós conseguimos, null. – null falou animada, com as mãos no volante.
- Não.. Você conseguiu! – null sorriu pra ela. – Continue olhando pra frente.
Os dois se divertiram fazendo várias tentativas dando várias voltas e em pequenas curvas. null era esperta e tinha progredido muito apenas no primeiro dia de aula.
- Ei, olha. – null saiu do carro e correu para o topo de uma pedra, que ficava em cima do mar. - O sol está se pondo.
null correu até ela e a abraçou por trás. Ele sentiu a garota encher o peito de ar e soltar, sabia que ela continuava se sentindo culpada por tudo. null se soltou para virar e poder ficar de frente pra ele.
- Você não vai parar, né? - null disse, pondo um pouco do cabelo dela atrás de sua orelha.
- Parar com o quê? - null perguntou, franzindo a testa.
- De ser assim.. Preocupada com tudo e não aproveitar o agora. - null respondeu, andando até ficar bem na ponta da pedra. null mordeu o lábio e andou devagar até ele.
- Desculpa, eu.. - null começou, mas ele não se virou. Chegou mais perto de null e encaixou sua cabeça entre o ombro e pescoço dele, dando um beijinho no pescoço do garoto. null sorriu com o canto da boca, apesar de que por dentro estava sorrindo largamente, não achou que chegaria a ver o dia em que null o "beijasse" por livre e espontânea vontade.
null procurou a mão da garota e a segurou fortemente. Virou-se de frente pra ela e os dois encostaram as testas, enquanto se encaravam.
- Que bagunça nós nos metemos. - null disse, quase num sussuro.
null deu um meio sorriso. - Às vezes eu me pergunto porque nós tivemos que passar por tudo isso.
- Pra podermos ter uma história boa pra contar pros nossos filhos. - null falou, apertando mais ainda a mão de null.
- Pros nossos filhos, null? - null não segurou uma risada.
- É, tem que ser 8 no mínimo. - null disse, como se aquilo fosse bem normal de acontecer.
- Só se for 4 comigo e 4 com a null, né. - null respondeu sarcástica.
- Viu. - null soltou-se rapidamente da garota. - É esse o seu problema. - E apontou pra ela. - Você sempre estraga tudo. - Disse e se virou na direção da casa abandonada.
null chutou algumas pedrinhas e abaixou a cabeça, odiava ver null assim e sabia que algum dia ele não ia mais suportar todo esse pessimismo dela. Correu também para a casa abandonada e abriu a porta velha. Quando fechou atrás de si, viu que ali deveria ser algum tipo de sala, mas não havia sinal de null. Andou mais um pouco e encontrou null olhando o ultimo raio de sol se por pela janela. null apenas postou-se ao lado dele e passou uma mão de leve no rosto do garoto.
- Eu quero mais do que qualquer pessoa que a gente dê certo, null, mas você não entende o quanto é triste ouvir a null me ligar o tempo todo contando coisas do casamento.. Do casamento entre ela e o cara que eu amo. - null disse as últimas palavras bem devagar, como se as sublinhasse. null finalmente olhou para ela com os olhos arregalados, como se aquelas palavras nunca pudessem sair da boca da garota.
- Você pode repetir essas últimas palavras? - null pediu, ainda com aquela cara assustada. null sorriu e deu um pequeno tapa no ombro dele.
- É, null, há vários motivos para não se amar uma pessoa e você realmente me mostrou todos eles. - null disse e null fez uma careta. - Mas há apenas um que é forte o suficiente para fazer você amar essa pessoa mais do que qualquer coisa.. E bom, foi isso que aconteceu comigo.
- E qual é esse motivo? - null ficou de frente pra garota.
null pegou a mão de null, que estava apoiada na janela, e colocou delicadamente sobre seu peito esquerdo e ele pode sentir o quanto o coração da garota estava acelerado. - É somente com você que eu sinto meu coração bater acelerado, minhas pernas cederem e minha respiração parar.. - null disse tudo com a cabeça abaixada, mas finalmente levantou para olhar fundo naqueles olhos null. - Você é a única pessoa que eu sinto que poderia passar o resto da vida.
- Por que você nunca me disse nada disso antes? - null tinha o rosto franzido. Tinha certeza que null podia até gostar de ficar com ele, mas aquilo tudo que ela havia dito nunca passara pela cabeça dele.
- Porque eu estava preocupada demais brigando com você. - null falou sorrindo.
Bem devagarzinho eles cessaram a distância que havia entre os seus corpos, logo que null puxou null pela cintura e ela o segurou pela nuca, cessando também a distância mínima entre seus rostos. Foi um beijo que começou devagar e bem suave, como se eles estivessem se beijando pela primeira vez, mas que foi aumentando de intensidade assim que eles se davam conta o quanto eles se gostavam e queriam um ao outro.
null colocou null contra a parede e aumentou ainda mais a intensidade do beijo, enquanto null puxava os cabelos de null. Ele parou de beijá-la e começou a fazer uma trilha de beijinhos que ia da boca da garota e passava por todo seu pescoço. null sentia um arrepiou que ia da ponta do dedo do pé até a nuca. Mas logo null a estava beijando novamente como se não tivesse nem parado. Eles se abraçavam durante o beijo, como se aquilo fosse uma despedida em que eles não saberiam quando se veriam de novo. E de fato era quase isso, no momento que eles entrassem no carro de novo, eles deviam ser apenas duas pessoas que se odiavam.
null sentiu aquele arrepio mais forte quando null colocou uma de suas mãos dentro da blusa dela, acariciando suas costas. Em resposta, ela tinha uma mão sobre o peito dele e outra segurando sua nuca e passando com as unhas nas costas do garoto.
De repente null parou de beijá-la null pode notar o quanto a boca do garoto estava vermelha e a respiração dos dois estava compassada.
- Eu estou prestes a não conseguir mais parar. - null avisou, ofegando.
- null, e-eu não acho que nós devemos fazer isso.. Quer dizer, nã-ão agora. - null também disse, gaguejando.
Ele encheu o peito de ar e soltou, como se estivesse se recompondo e deu um longo selinho em null antes de se afastar.
- Você quer ir embora? - null perguntou, com uma carinha fofa.
- Preferia ficar com você. - null respondeu, sorrindo largamente.
- Ok, espera só um minuto. - null fez 1 com o dedo e correu pra fora da casa.
null passou uma mão pelo braço, depois de sentir um vento gelado. Olhou em volta e viu que ali havia um colchão velho, um armário e uma pequena mesinha.
No minuto seguinte, null estava de volta com uma coberta nas mãos e null riu dele. null estendeu o cobertor sobre o colchão velho e deu algumas palmadinhas, como se chamasse a garota.
- Se você pensa que eu vou deitar nesse colchão velho, null, você está muito enganado. - null disse, dando lingua pra ele.
- Ah, você não vai é? - null perguntou, enquanto chegava mais perto de null e a viu balançar a cabeça em negação.
Então ele a pegou no colo e começou a girar a garota, enquanto ela gritava pedindo pra que ele a pusesse no chão.
- É SÉRIO, ME POE NO CHÃÃÃÃO! - null gritava e ria em seguida.
- Só se você disser: null null, você é o melhor e eu sempre te amei. - null falou, parando de girar e olhando para a menina em seus braços.
- Nunca! - null exclamou e null começou a girá-la de novo. - OK, OK! null null você é o melhor e eu sempre te amei!
- Boa menina. - null falou, dando um sorriso com o canto da boca.
- Idiota. - null empurrou o peito dele. - Agora é sua vez!
- Minha vez do quê? - null franziu a testa.
- De dizer que você não consegue mais viver sem a minha querida presença na sua vida. - null falou e tocou levemente o nariz dele.
- null null, hoje eu simplesmente não consigo mais viver sem você. - null disse e encarou a garota, que rapidamente colocou suas mãos dos dois lados do rosto dele e o beijou intensamente.
null andou devagar até o colchão e colocou null delicadamente em cima, sem parar de beijá-la, deitando de frente pra ela.
- Obrigada. - null disse no meio do beijo. - Por tudo. - Ela sorriu e viu null sorrir também. Eles ficaram ali, se beijando e se acariciando até pegarem no sono.

Capítulo 30

- Parece que tem alguém fazendo aniversário amanhã, Oliver, só não consigo me lembrar quem é. - null disse, enquanto colocava outro pedaço de pizza na boca. Estavam ela, null, null e Oliver na casa de null sentados na frente da TV vendo algum filme de comédia romântica e comendo pizza. null passara a ver null todos os dias e ele a levava para aprender a dirigir. Ela tinha progredido muito, já não fazia o carro morrer mais, já conseguia passar as marchas e agora eles estavam treinando algumas regras de trânsito. Só que eles simplesmente não podiam sair de dentro daquela casa abandonada, seria muito arriscado se eles fossem vistos juntos, o que deixava null profundamente irritada.
- É verdade, null, quem será que é? - Oliver também entrou na brincadeira e eles ouviram null bufar do outro sofá, que estava dividindo com null. Tudo estava ótimo entre os dois, haviam continuado muito bons amigos e null havia contado tudo sobre o sonho que ele havia tido várias vezes, enquanto estava em coma, à garota e null disse que aquilo podia ser algum tipo de sinal.
- Vocês querem parar com isso? Já é chato o bastante fazer aniversário e vocês ainda ficam fazendo piadinha. - null disse, irritada. Ela simplesmente odiava o dia do seu aniversário e nem ela sabia o porque. Mas falava que era porque os outros pareciam obrigados a serem legais com ela e pessoas que nunca lembravam dela, ligavam na maior cara de pau para desejar feliz aniversário, então achava tudo aquilo muito hipócrita.
- Ei, null, é legal fazer aniversário. - null tentou, levantando os ombros. - E tem todos os presentes e tals. - Ele disse, fazendo uma carinha fofa.
- Eu sei, null, mas além de eu estar ficando uma velha com pés de galinha, eu ainda tenho que aguentar parentes e "amigos" falsos me disejando parabéns. - null falou e bufou novamente, cruzando os braços.
- Acho que nós devíamos fazer uma festa. - null falou, empolgada. - Você só faz 21 anos uma vez na vida, amiga.
- É isso aí, pequena, você vai ser finalmente uma mocinha. - Oliver zoou a amiga e levou uma almofadada.
- Obrigada, null, mas eu não quero. - null agradeceu, sorrindo de leve.
- Pode ser lá em casa. - null ofereceu, animando-se também e ignorando null.
- Ei, alguém escutou que eu disse "não, muito obrigada"? - null perguntou, mas já era tarde demais e os três já estavam combinando tudo. Ela balançou a cabeça e foi até a cozinha pegar alguma coisa pra beber. Abriu a geladeira e tirou uma jarra de suco de uva, servindo-se um pouco. Ouviu seu celular vibrar em cima da mesa e correu para ver o que era:
"And then I'll swing you girl until you fall asleep, and when you wake up you'll be lying next to me,
We'll go to Hollywood make you a movie star, I want the the world to know how beautiful you are.."
Eu e o Ben sentimos sua falta hoje :(
Espero que esteja bem,
null.


null sorriu após ler a mensagem, lembrando o tempo que null ficou fazendo carinho nela naquele dia, até que ela pegasse no sono. E o quanto tempo eles ficaram conversando e olhando as estrelas no dia seguinte, com o capô do carro levantando e ela falava que tinha muita vontade de visitar Hollywood. E Ben, era o chaveiro de panda que null havia dado à ele, depois dele dizer que simplesmente não conseguia encontrar suas chaves e que era pra ele sempre lembrar dela quando olhasse para o chaveiro. Mas null só não havia ficado satisfeita com a parte da música que falava "I want the the world to know how beautiful you are", porque sabia que aquilo null estava demorando mais que o planejado pra fazer acontecer. Ela queria tanto poder andar por aí de mãos dadas com ele e não ter que sentir sua garganta secar quando null mencionava null.
Estava decidida, iria conversar com null no outro dia e ia dizer que se ele não contasse à null, ela mesma ia contar, por mais medo que tivesse de magoar a amiga. Rezava tanto para que null entedesse, que ela não havia feito por mal e que ela considerava a amiga como uma irmã, mesmo sabendo que a chances de null dizer "Ah tudo bem, null, você se apaixonou pelo meu noivo, está tudo bem, vamos tomar um sorvete?" era quase mínima. Só de pensar, se sentia um lixo de amiga por trair tanto a confiança de uma pessoa que só havia feito coisas boas pra ela.
Voltou para a sala e eles haviam parado de comentar sobre o aniversário e agora viam o filme. null sentou-se novamente ao lado de null, abraçando os joelhos e tentando não pensar no quanto era uma má amiga e prestar atenção no filme.
De repente o celular de null tocou e ela atendeu, cochichando algumas coisas e finalmente desligando.
- Hey pessoal, o null está vindo me buscar. - null avisou e null levantou a cabeça ao ouvir o nome de null. Novamente sentiu aquele embrulho na barriga que tanto odiava.
- Legal, vou de carona com vocês. - null disse, se levantando também. - Hey velhinha, obrigada pela pizza. - E deu um beijo na cabeça de null, que lhe deu um tapinha enquanto ria dele.
- Até amanhã, amiga, nós vamos ao shopping! - null avisou, indo na direção da porta.
- Mas eu tenho trabalho amanhã, amiga. - null disse, tentando se livrar da idéia do aniversário.
- Eu te pego no seu trabalho às 4. - null disse e acenando para Oliver, ela e null saíram da casa.
null correu até a porta de vidro da varanda que dava para rua e viu null encostado em seu carro com os braços cruzados. null e null chegaram em seguida e null cumprimentou null e deu um beijo rapido em null, que entrou no carro. Ver aquela cena não era nada.. nada fácil para null, sentiu seu coração ficar miúdinho.
- Você é uma masoquista idiota mesmo, né? - Oliver disse, ficando ao lado da amiga.
- Dói tanto, Jess. - null abraçou o amigo, sentindo as lágrimas rolarem pelos seus olhos e Oliver acariciar seus cabelos.
- Eu ainda quebro a cara desse null um dia. - Oliver falou, mas null não conteve uma risada. - O que é? Você duvida?
- Eu? Duvidar do poderoso Oliver Hatcher? Nunca! - null brincou, limpando suas lágrimas. - Ai, Jesse, só você pra me fazer rir mesmo.
- Tudo bem, fica rindo mesmo, quando seu namoradinho aparecer com um olho roxo por aí, não diga que eu não avisei. - Oliver falou, levantando as mãos e null riu mais, se jogando no sofá. Oliver deitou no colo dela e eles continuaram a ver o filme, já que nenhum dos dois tinha sono.
- Hmm.. null? Tá acordada? - Oliver perguntou, após um longo tempo de silêncio.
- Aham. - null afirmou e olhou pra baixo, sem parar de mexer no cabelo do amigo.
- Sabe a Natalie, do null? - Oliver perguntou e null murmurou afirmando.
- O que tem ela?
- Encontrei com ela e nós ficamos conversando. - Oliver comentou, sem tirar os olhos da TV. - Ela é bem legal.
- Oliver! - null exclamou, fazendo ele olhar pra cima.
- Que é? - Oliver perguntou assustado.
- Não vai me dizer que você está interessado nela? - null perguntou e Oliver levantou-se rapidamente.
- Não, é claro que não, ela está com o null. - Oliver disse, passando a mão pelos seus cabelos.
- É o que eu pensei, você está interessado nela. - null afirmou, apontando pra ele. - Eu te conheço melhor do que você próprio, você sempre mexe no cabelo quando está mentindo.
- Eu.. Não.. Ah cara. - Oliver gaguejou e depois suspirou. - Ok, eu achei ela muito interessante.. e bonita.. e gente boa.. e ok, eu me interessei por ela, mas não muda o fato de que ela está com o null.
- Cara, como se já não houvesse confusões o suficiente. - null disse, balançando a cabeça. Oliver não comentou mais nada, apenas voltou a deitar no colo da garota e eles continuaram a assistir o filme.

- Feliz aniversário, bela adormecida! - null ouviu uma voz ecoar na sua cabeça que a fez acordar. Abriu os olhos e viu Oliver com uma bandeija de café da manhã bem à sua frente.
- Oliver! - null disse assustada, sentando-se. - O que é isso?
- Seu café da manhã de aniversário, oras. - Oliver respondeu, rolando os olhos e colocando a bandeija no colo da garota. Havia torradas, geléia, suco de laranja, cookies, pãezinhos com queijo e torta de maçã. Uma rosa vermelha num vaso estava enfeitando. null arregalou os olhos.
- Você fez tudo isso.. sozinho? - Ela perguntou, pegando um pãozinho.
- Yep. - Oliver respondeu. - Fui até a padaria e comprei tudo sozinho. - E fez uma cara de convencido, fazendo null rir dele.
- Obrigada. - E ela voou no pescoço dele, o abraçando forte. - Te amo, meu gêmeo.
- Eu também te amo, pequena. - Oliver disse, a abraçando de volta. - E aí, como se sente com 21 anos?
- Um ano mais velha do que quando eu tinha 20. - null respondeu, com a boca cheia de pão e tomando um pouco de suco.
- Cara, você é uma chata e a única pessoa no mundo que não gosta de fazer aniversário. - Oliver disse, pegando uma torrada, mas null deu um tapa na mão dele.
- Ei, é meu. - Ela o repreendeu.
- Ok, que você engasgue com tudo isso aí. - Oliver falou, mandando língua pra ela e null mandou um beijo no ar pra ele.
null e Oliver continuaram conversando enquanto ela tomava seu café rapidamente, já que estava um pouco atrasada pro trabalho. Depois que terminou, vestiu uma camisa branca de manga comprida e uma calça preta, prendeu os cabelos num coque, calçou um sapato, deu um beijo em Oliver e voou pra pegar o metrô e ir pro trabalho.

- Ok, o projeto da sua cozinha estará pronto na segunda-feira, obrigada. - null desligou o telefone. Passou a mão pelo rosto, estava visivelmente cansada, já que havia tido um dia cheio. Olhou no relógio e marcava 5 para às 4, então seu celular tocou. Era null. A amiga já havia ligado desejando os parabéns antes que ela pudesse por o pé no trabalho e dizendo tudo sobre a festa que teria mais tarde na casa de null. Os pais de null estavam de férias no Chile, então não poderiam vir, seria só alguma coisa para alguns poucos amigos que ela tinha em Londres e o resto seriam convidados da null.
- Olá aniversariante, como foi seu dia? - null perguntou, com uma voz animada.
- Cansativo. - null respondeu, desanimada.
- Ah, pára com isso amiga! - null a repreendeu. - Vamos pro shopping, estou passando aí.
- Mas null, eu não posso sair assim. - null afirmou.
- Peça pro seu chefe, tenho certeza que ele vai deixar.. Estou chegando, ok? Beijos. - E desligou antes que null pudesse dizer alguma coisa.
Resolveu que iria tentar falar com seu chefe, ele não era aqueles caras super bravos e chatos, era um senhor muito simpático e que parecia gostar dela. null bateu na porta e ele pediu pra que ela entrasse. Ele estava de pé e logo que null entrou, ele a abraçou e desejou parabéns. null o abraçou de volta, estranhando o porque dele saber que hoje era aniversário dela.
- Sr. Peterson, eu sei que acabei de voltar de um final de semana prolongado, mas eu acabei todos os projetos que eu teria que entregar segunda-feira e eu precisava sair um pouco mais cedo, será que.. - Mas ele a interrompeu.
- Você não deveria nem ter vindo, é seu aniversário, o que você está fazendo aqui ainda trancada nesse escritório? Vai sair. - Sr. Peterson disse, esboçando um sorriso amigável.
- Muito obrigada, Sr. Peterson, eu juro que cumprirei horas extras na semana que vem. - null falou, animada e apertando a mão do homem.
- Tudo bem, agora ande logo. - Ele disse e logo null estava passando correndo pela porta do escritório de seu chefe e indo encontrar-se com null, que já a esperava na frente do prédio.
- Viu? Eu disse que você conseguiria. - null falou, encostada em seu carro e sorrindo.
- Eu tenho sorte de ter um chefe tão bozinho. - null disse, agradecendo por isso mentalmente.
null voou em seu pescoço e a abraçou forte, desejando tudo que se deseja em um aniversário e dizendo milhares de coisas lindas à amiga. null escutava aquilo e sentia sua vista embaçar por causa das lágrimas que enchiam seus olhos. Era um misto de emoção e de culpa ao mesmo tempo, de tristeza e alegria.
- Obrigada, amiga. - null disse, quando null se afastou. - Você sabe que é uma das melhores pessoas pra mim.
- Own, null, você merece. - null afirmou, sorrindo. - Então vamos? Precisamos estar lindas essa noite. - E as duas finalmente entraram no carro e rumaram para o shopping.

Capítulo 31

- Nenhum dos meninos me ligou ainda. - null comentou, enquanto elas andavam pelo shopping olhando algumas lojas.
- Ah amiga, não fique assim, eu puis eles pra fazer todo o trabalho de limpeza e arrumação na casa do null, eles provavelmente ainda não tiveram tempo. - null explicou, consolando a amiga. - Olha-esse-vestido! Vamos entrar.
null experimentou vários tipos de vestidos, blusas e calças naquela loja, e acabou levando uma calça e duas blusas. null olhara algumas coisas, mas não gostara de nada. Próxima loja.
Algumas lojas depois, null segurava 4 sacolas e null segurava mais 4, que também eram de null.
- null, nós temos hora no salão, nós entramos em umas 50 lojas e você não levou nada. - null disse, fazendo gestos.
- Eu simplesmente não consigo gostar de na.. - Mas null interrompeu sua fala quando seus olhos bateram em uma vitrine. - Vem, vamos até lá. - E puxou null até a loja.
- null, eu.. - null fazia cara de confusa, enquanto era puxada pela amiga. null adentrou rapidamente a loja, como se sua vida dependesse disso.
- Por favor, eu quero experimentar aquele vestido. - Ela apontou para um vestido no manequim e a atendente retirou pra ela, que entrou rapidamente no provador.
null sentou-se nos banquinhos que ficavam de frente para o provador e esperou a amiga, que não demorou muito a sair.
- E aí, como estou? - null perguntou, colocando as mãos na cintura. Era um vestido num tom de verde escuro muito bonito, tomara que caia e justo até a sua cintura, virando balonê depois, até antes do joelho e havia um pequeno laço no busto.
- Está ma-ra-vi-lho-sa! - null exclamou, levantando-se e fazendo a amiga dar uma voltinha.
- Então eu vou levar. - null anunciou e quando ia entrar do provador novamente, null a puxou.
- Vai ficar melhor ainda com o seu presente. - E entregou uma das sacolas que segurava.
- Mas o que é.. - null arregalou os olhos e pegou o pacote nas mãos, começando a abrir.
- Eu comprei enquanto você esperava, vai dar certinho com o vestido. - null falou, vendo null retirar uma sandália bem fechada preta e com um salto grosso.
- Era a sandália que eu tinha te falad.. Ai amiga! - null a abraçou forte. - Obrigada!
- Não é nada. - null afirmou. - Vai logo, nós estamos atrasadas.
Depois de sair daquela loja, elas rumaram para o cabelereiro. As duas decidiram que precisavam cortar o cabelo, fazer uma limpeza de pele e as unhas. No final, null tinha seus cabelos brilhando naturalmente, com algum repicado que havia feito e null cortara um pouquinho mais curto do que era.
Quando estavam saindo do shopping, pararam em uma loja de cosmético e compraram várias maquiagens que estavam precisando, pra depois finalmente irem para casa de null.
Chegando lá, as duas encontraram Jesse dormindo espalhado pelo sofá.
- Vagal. - null murmurou e null riu.
Fizeram alguns sanduíches e comeram rapidamente. null entrou no banho e null correu para checar seu celular. Havia uma mensagem extremamente fofa de null, que a fez sorrir sozinha e algumas ligações perdidas de null, mas nenhum sinal de null e o pior, nada de null. Fechou o celular e suspirou, como se não se importasse, talvez mais tarde ele desse um abraço nela.
Quando entrou em seu quarto, null arregalou os olhos. Havia um buquê gigantesco de rosas de todas as cores, uma caixa igualmente grande de chocolates e um ursinho fofo com uma camiseta escrito: McFly Rocks. Viu sua secretária eletrônica piscar e apertou o botão vermelho, ouvindo a voz de null.
- "Parabéns pra você, parabéns pra você, parabéns null, parabéns pra voc..
- null você está estragando tudo! - null interrompeu o amigo. - Oi, null e ignore o null aqui. - E pode-se ouvir um "Ei" ao fundo. - Nós queríamos dizer coisas bem legais pra você, porque nós decidimos que você deve ser um tipo de anjo que apareceu nas nossas vidas..
- Mas o null fez o favor de perder o papel que eu passei dias escrevendo! - null pôde ouvir a voz de null irritado.
- Você já não me bateu o suficiente, null? - null perguntou.
- E mesmo com uma costela quebrada ele consegue ganhar de você. - null falou rindo. - Desculpe null, isso está ficando horrível.
- Não, não está. - null disse, com lágrimas nos olhos. Adorava aqueles garotos e por mais que só saíssem besteiras das bocas deles, ela tinha vontade de abraçá-los até esmagar.
- O que nós queríamos dizer é.. - null assumiu o telefone. - Você é muito importante pra gente e olha que isso não é pra qualquer um não. - E null riu dele.
- E nós queremos que você seja muito feliz. - null fez uma vozinha fofa. - E todo aquele blá blá que se deseja num aniversário.
- Você se tornou 5º membro do McFly. - null disse. - Sem você, nós não existimos.
- "Melt me with your eyes my star girl rules the sky.." - Os três cantaram ao mesmo tempo, o que fez null sorrir largamente.
- Esperamos que você goste do presente. - null disse e null olhou novamente para sua cama.
- null você.." - E a mensagem foi cortada.
- O que que você tá sorrindo que nem uma boba aí? - null perguntou, chegando no quarto e vendo a amiga agachada no chão.
- Seus amigos são uns retardados. - null disse, limpando as lágrimas.
- Eu disse que eles não se esqueceriam. - null afirmou, sorrindo.
null olhou pra ela, suspirando e sorrindo, levantou-se do chão, pegou sua toalha e entrou no banheiro.

Algum tempo depois, null finalmente se destrancou do quarto e foi até a sala, encontrando null (com uma calça preta justa e uma regata de paetê) e Jesse (com calça jeans, blusa preta e blazer cinza escuro) assistindo TV.
- Uau. - Os dois disseram juntos e null corou.
- Vamos logo. - Ela falou, mandando língua pra eles.
Apesar de estarem atrasados (null tinha marcados pras 7), ninguém além de null, null, null e null se encontravam na casa. Quando null entrou na casa de null e viu que vários móveis haviam sido arrastados, formando uma pista de dança no meio da sala e os sofás e cadeiras rodeavam. Uma mesa com várias coisas pra comer e uma parte dedicada à um barman.
- Hey aniversariante. - null veio ao encontro dos três, com um copo na mão e abraçou null.
- Vo-o-cês fizeram tu-udo isso? - null gaguejou, encantada.
- É claro, nós damos as melhores festas. - null apareceu ao lado dela, sorrindo. - Parabéns, null. - A abraçou e beijou sua testa.
- null! - null correu e abraçou a menina também, tirando-a do chão.
- Ai gente, muito obrigada! - null disse, já se emocionando de novo.
- Ei, você merece. - null deu um soquinho no braço dela.
- Parabéns, null. - null finalmente apareceu, estendendo a mão pra garota. Ela olhou da mão dele para seu rosto e a apertou.
- Obrigada, null. - null respondeu, não sabia se conseguiria se segurar mais um pouco, precisava abraçá-lo.
- Hey babe, vamos pegar alguma coisa pra beber? - null pediu à null e entrelaçou sua mão na dele.
- Claro. - null afirmou, olhando de canto de olho para null e logo seguindo a namorada.
null, null e null cumprimentaram Jesse e logo a campainha tocou e null foi atender.
- Onde estão suas mulheres? - null perguntou à null e null.
- A Natalie deve estar chegando a qualquer hora. - null deu de ombros, tomando um gole de sua bebida.
- E a null não está muito boa comigo, nós não nos vemos desde o começo da semana. - null murchou quando tocou no assunto e null soube que null devia ter conversado com ele. - Mas eu deixei uma mensagem, dizendo pra ela vir. - Ele completou, tentando se animar.
- Ela vai vir, null, ou eu vou buscá-la. - null disse, sorrindo pra null.
- null! - null gritou da porta. - Acho que são seus amigos.
- Ok, estou indo, null. - E null deixou os três conversando alguma coisa pra ir cumprimentar um pessoal do seu trabalho que havia chegado.

Uma hora depois a casa de null estava lotada. Uma música legal tocava e muitas pessoas dançavam. null não conhecia nem um terço das pessoas que se encontravam ali, mas não podia reclamar, a festa estava boa. Viu null e null dançando muito próximos um do outro e sentiu uma pontada em seu coração. Suspirou e pegou uma batida de uva da bandeja que passava por ela, virando de uma vez.
- Se embebedar não vai ajudar em nada. - Jesse disse, aparecendo ao lado dela.
- Eu não estou me embebedando, Oliver, é a primeira batida que eu tomo. - null falou, brava. - Vem, vamos dançar.
- Dançar? Nem pensar, null, você sabe que eu não danço. - Jesse afirmou, cruzando os braços.
- É só se mecher, Jess, vamos. - E ela o puxou até o meio da sala.
"Put on your green lights. we're in the city of wonder
Ain't gonna play nice, watch out, you might just go under
Better think twice, your train of thought will be altered
So if you must faulter be wise..

null puxou Jesse pra bem perto de onde null e null, null e Natalie dançavam e começou a dançar também. null olhou imediatamente pra ela e encheu seu peito de ar e soltou. Logo os 6 estavam em uma rodinha, as garotas de frente para os garotos. null estava um pouco emburrada e null logo entendeu quando viu null segurar Natalie pela cintura, enquanto ela dançava. Your mind is in disturbia
It's like the darkness is the light, disturbia
Am I scaring you tonight, your mind is in disturbia
Ain't used to what you like, disturbia, disturbia"

null tentava dançar normalmente, mas estava ficando cada vez mais impossível. Será que null queria que ele revelasse a relação dos dois ali mesmo? Ele não estava suportando vê-la ali, sem poder ao menos dançar mais perto dela ou não ter que fingir que não estava nem aí. Olhou pro lado e percebeu que tinha parado de dançar e apenas a observava. null tinha desistido de dançar com ele e agora dançava e ria com null. Oliver e Natalie apenas se mexiam devagar enquanto conversavam.
- Babe, vou lá fora um pouco. - null gritou no ouvido dele, fazendo null acordar. - Você vem?
- Vai lá, null, vou ficar aqui. - null afirmou, pondo a mão no ombro dela.
- Eu vou. - null levantou a mão e seguiu null, esquecendo de Natalie, que havia se afastado com Oliver.
null observava as pessoas da roda se afastarem e ela ficar finalmente cara a cara com null. - Hey. - Ela disse, olhando pra baixo.
- Obrigado por me provocar. - null disse sarcástico.
- Eu só estava dançando, null. - null respondeu, irritada. - Obrigada por me ligar, mandar mensagem, sinal de fogo, sua consideração me impressiona.
- Eu não tive tempo. - null falou, firme.
- Ah é? O que você fez o dia todo de tão importante assim? - null perguntou, irônica e fazendo gestos exagerados.
- Você vai ver. - null respondeu, sorrindo com o canto da boca.
- Ah null, não me venha com essas suas surpresinhas. - null disse, cruzando os braços e nullcontinuou sorrindo, adorava quando ela ficava assim. I'm Happy Just To Dance With You
- "Before this dance is through, i think i'll love you too, i'm so happy when you dance with me.." - null foi até o pé do ouvido de null e cantou, assim que a música começou.
- null, é sério, aqui não. - null o repreendeu, deixando seus braços cruzados soltarem-se, devido ao arrepio que null a fez sentir.
- "I don't want to kiss or hold your hand, if it's funny, try to understand.. - null continuou cantando, com um sorriso torto, ao pé do ouvido de null, que suspirava. - there is really nothing else i'd rather do, cause i'm happy just to dance with you" - E finalmente puxou a garota para dançar. - É só uma dança, null, vamos lá. - E começou a dançar no rítmo da música.
null olhou para os lados, para ver se null ou os garotos estavam por perto, mas não havia sinal de nenhum deles, então começou a dançar timidamente perto de null.
- "I don't need to hug or hold you tight, i just want to dance with you all night.. - null continuou cantando, enquanto puxou null pela mão e depois colocou suas mãos na cintura dela. - in this world, there's nothing i would rather do, cause i'm happy just to dance with you." - Colocou as mãos da garota no seu ombro, a trazendo ainda mais pra perto de si e dançando no rítmo rápido da música. null não estava mais brava, agora ela ria do modo como null fazia com que eles dançassem.

Capítulo 32

- null, suas dancinhas são horríveis. - null falou rindo do amigo, já no quintal da casa.
- Não são não, você que não consegue me acompanhar. - null mostrou a língua pra ela. - Err, meu celular. - null fez um gesto para que ela esperasse e se afastou um pouco. null murchou, com certeza seria Natalie finalmente sentindo falta de null por lá. Não havia conseguido ficar com ele a sós um minuto para tentar conversar, não fazia idéia do que dizer, só sabia que precisava dizer alguma coisa.
- Adivinha! - null apareceu novamente, com os olhos brilhando.
- O quê? O quê aconteceu, null? - null perguntou frenética.
- Star Girl é número um! - null gritou e null arregalou os olhos e abriu a boca. Jogou seus braços no ombro de null e ele a envolveu num abraço, tirando a garota do chão e a girando.
O que aconteceu em seguida não se sabe se foi por causa do momento ou se eles realmente queriam aquilo, mas quando null finalmente colocou null no chão novamente, seus rostos estavam a poucos milímetros, seus olhos grudados e suas respirações rápidas. null colocou suas mãos dos dois lados do rosto da garota e juntou seus lábios. null queria impedir no começo, mas alguma coisa se movendo bem no fundo de seu coração, não deixava e logo ela se viu abrindo a boca, intensificando o beijo.
De longe, Natalie via a cena com seu coração apertado. Gostava bastante de null e ter que ver aquilo não era nada fácil.

- Err.. Hey. - Jesse cutucou null, chamando a atenção dele e de null, que ainda dançavam juntos. - O null tá vindo aí.
null e null pularam um metro de distância, quando avistaram null chegando perto deles.
- E aí, buddies! - null colocou os braços nos ombros de null e null, percebia-se que ele já estava bem bêbado. - A null chegou.
- Ótimo, vou lá falar com ela. - null disse e correu até a porta, deixando null e null conversando.
- Amiga, que bom que você veio. - null falou, sorrindo e a abraçando.
- E você acha que eu ia deixar de te dar os parabéns? - null perguntou, também sorrindo.
- Vem, vamos lá pra dentro pegar alguma coisa pra beber. - null disse, puxando a amiga pra cozinha.
- Hmm.. Você sabe onde está o null? - null perguntou insegura, enquanto via null pegar uma batida pra ela e uma água para si.
- Faz um bom tempo que eu não vejo ele, amiga. - null respondeu, levantando os ombros. - Vocês estão brigados, né?
- Ele te falou? - null quis saber e null fez "sim" com a cabeça. - Eu falei tudo pra ele, mas ele simplesmente não disse nada.
- Talvez a ficha dele esteja caindo ainda, null.. E quem sabe vocês não se entendem aqui? - null consolou a amiga.
- É, talvez. - null disse, não muito conformada.

null quebrou o beijo e encarou o chão. null pareceu tomar consciência do que tinha acabado de acontecer e sentiu sua cabeça trabalhar a mil por hora.
- E-e-eu não sei o que deu em mim, null, eu não.. - null falou rapidamente, enquanto passava a mão pelos cabelos e encarava null de cabeça baixa.
- Não, null, não é sua culpa, eu correspondi. - null virou-se de costas pra ele, fechando os olhos e sentindo as lágrimas rolarem pelo seu rosto.
- O que nós vamos fazer? Quer dizer, tem o null e a.. Natalie. - null disse ainda desnorteado, lembrando-se finalmente da garota.
- Eu não sei.. - null virou-se novamente para ele e null se assustou ao ver que ela chorava. - Eu não sei o que nós vamos fazer, eu só sei que esse beijo significou muito pra mim, é como se eu esperasse por isso, null! Meu coração está muito confuso, cheio de sentimentos, mas um deles eu tenho certeza que é por você. - E saiu, andando rápido. Seu coração batia tão rápido contra seu peito, que chegava a doer. Limpou as lágrimas, enquanto pegava uma garrafa de cerveja de cima de uma bandeja que passava por ela e entrou novamente na casa, sem perceber Natalie por ali.

- Esses dois são patetas mesmo. - null disse, rindo e apontando para null e null que faziam uma dancinha sincronizada e muito esquisita no meio da pista. - O que você está procurando, amiga?
- Ahn? Ah, é a null, faz algum tempo que eu não a vejo. - null respondeu dando de ombros. - null, você quer.. - Mas null interrompeu-se, ao notar que null olhava para um ponto fixo às suas costas, então virou-se.
null estava encostado em uma parede, com uma garrafa de cerveja na mão e conversava com uma garota incrivelmente loira e bonita.
- null, não deve ser nada do que você está pensando, ele só.. - Mas null não conseguiu terminar, pois null já tinha começado a andar firmemente até lá.
- Caham. - Ela pigarreou, chamando a atenção de null e da menina.
- null! - null disse surpreso, já tinha perdido todas as esperanças de que a namorada fosse vir. - Eu não sabia que você estava aqui.
- É claro que você não sabia. - null falou, cerrando os dentes. - Você não vai me apresentar à sua amiga?
- null, por favor, não é nada disso, me deixa explicar.. - null tentou, já tinha entendido tudo.
- Quem é ela, null? - A garota loira perguntou, franzindo a testa.
null bufou, incrédula, como ela tinha a audácia?
- Ela é a minha namorada, Caitlyn. - null respondeu.
- Sua namorada?! Bem, parece que eu não tenho sido muito a sua namorada, não é? - null estava incrivelmente vermelha.
- Por favor, null, me deixa explicar. - null pediu. Caitlyn saiu de fininho, sem que eles percebessem.
- Não, null, não tem o que explicar, eu vi com os meus próprios olhos! - null aumentou muito o tom de voz. - Eu pensei que você tivesse no mínimo um pouco de consideração por mim ainda, mas eu vejo que eu me enganei. - E deu as costas à ele, indo na direção da porta da casa.
- null! - null chamou. - null, por favor. - Ele implorou, correndo atrás dela. Agora muitas pessoas haviam parado pra olhar o que estava acontecendo.
- Não venha atrás de mim, null, nunca mais. - null disse, ainda de costas, fazendo com que ele parasse no meio do caminho.
- Amiga, a onde você vai? - null parou a garota, antes que ela chegasse a porta.
- Nós discutimos, eu.. eu preciso ir, amiga. - Toda aquela raiva que antes ela sentia transformou-se em uma lágrima solitária, que escorreu pelo rosto dela.
- Tudo bem, eu não vou te impedir. - null disse, com um olhar de pena e deixando que a outra saísse.

Passado algum tempo (depois do parabéns, mais precisamente), muitas pessoas estavam totalmente bêbadas. null era uma dessas. Estava sentada em um dos sofás, com um copo na mão e null ao seu lado, tentando fazê-la parar de beber. null também se incluia nesse grupo, havia ficado um caco depois que null o tinha deixado. null já havia passado do estágio de bêbado. null não estava bêbado, apenas um pouco alegre e estranhando muito o comportamento frio de Natalie, principalmente depois que ele havia voltado do quintal.
- Nós precisamos ir. - null encontrou-se com null, num local bem afastado dos amigos.
- Ir a onde, null? Nossos amigos estão horríveis. - null apontou para null jogado numa cadeira, enquanto falava sozinho.
- Eu vou levar a null lá pra cima e os outros sabem se cuidar sozinhos. - null disse, vendo que a festa aos poucos se esvaziava.
- Mas me diz, a onde nós vamos? - null pediu, segurando o braço de null.
- Comemorar o seu aniversário. - Piscou pra ela e saiu, indo na direção de null. - Me espere na cozinha. - Gritou, enquanto se afastava.
Depois de algum custo, null conseguiu convencer null a se levantar e ir tomar um banho pra dormir. Há essa hora, as pessoas que ainda estavam lá podiam ser contadas.
null entrou na cozinha e avistou null de costas o esperando, passou por ela e a puxou rapidamente pela mão.
- null, é sério, a onde você está me levando dessa vez? - null perguntou, enquanto via null pular pra dentro de seu carro.
- Se eu contar, vai perder totalmente a graça. - null disse, observando null sentar-se ao seu lado. - Eu ainda não te disse como você está linda hoje, não é?
null corou da ponta do dedo do pé até o fio de cabelo e em seguida balançou a cabeça em negação.
- Você está linda. - E null beijou carinhosamente a bochecha dela, acelerando o carro logo em seguida.

Parecia que as estrelas e a lua tinham escolhido o dia certo para ter uma noite perfeita. A lua estava tão cheia e tão perto, que dava a impressão de poder tocá-la e muitas estrelas a rodeavam. null dirigia calmamente (uma coisa incomum pra ele), como se quisesse apreciar cada segundo ao lado de null. Apertou um botão que ligou o rádio. All The Same - Sick Puppies.
"I don't mind where you come from, as long as you come to me, I don't like illusions, I can't see them clearly.."
- Me diz o que você está pensando nesse exato momento. - null pediu e null virou-se para olhá-lo.
- Estou pensando em como eu fui idiota.. - null respondeu. - de não ter enxergado esse null que estava bem lá no fundo de você.
"I don't care no, I wouldn't dare to fix the twist in you, you've shown me eventually what you'll do.."
- E você? - null também perguntou, ainda olhando para null, vendo que ele absorvia a informação.
"I don't mind, I don't care, as long as you're here.."
- Em como eu sou sortudo de poder estar do seu lado hoje. - null respondeu, dando um meio sorriso, finalmente parando no sinal vermelho e encarando null. Seus olhos estavam mais brilhantes e penetrantes do que nunca e isso fazia null arrepiar-se e sentir seu coração bater forte contra seu peito.
"Go ahead tell me you'll leave again, you'll just come back running, holding your scared heart in hand, it's all the same.."
- Às vezes eu penso que tudo isso é um sonho e amanhã eu vou acordar e você não vai mais estar do meu lado. - null cuspiu as palavras antes que não tivesse mais coragem de falar.
"And I'll take you for who you are, if you take me for everything, do it all over again, it's all the same."
null passou seus olhos rapidamente pela garota, como se a analizasse para finalmente poder dizer a coisa certa. - Antes, se você me dissesse isso, eu não ia te prometer nada, mas hoje eu tenho certeza que é do seu lado que eu quero ficar. - E tateou a mão de null, segurando-a bem firme.
O sinal finalmente abriu e null acelerou o carro, sem soltar a mão da garota.
O silêncio reinou ali durante todo o percurso que null fazia, a não ser pela música que tocava no carro. Finalmente, null estacionou o carro em frente a uma casa que tinha um letreiro luminoso e várias bandeiras de todos os países. Era um lugar bem afastado, porém, parecia bem bonito.
Quando null estava se levantando para sair do carro, null a puxou de volta e colocou suavemente seus lábios sobre os dela, mas depois fazendo com que virasse um beijo de verdade, ao perceber o quanto havia sentido falta do gosto dela a noite toda.
Alguns poucos segundos depois, ele partiu o beijo. - Você foi a única que enxergou esse null que havia em mim. - E saiu do carro.

Capítulo 33

null passou por null e pegou em sua mão novamente, era a primeira vez que eles podiam ser vistos juntos em algum lugar público. A porta do restaurante se abriu e lá havia um homem de uns 40 anos bem alto e rechonchudo, com um grande bigode preto.
- null, meu rapaz, finalmente! - O homem disse saudando null, com um grande sorriso no rosto.
- Eu disse que viria, Giuseppe. - null também sorriu para o homem e entrou no restaurante, puxando null pra dentro.
O restaurante tinha algumas mesas de casais e era um lugar bem bonito, decorado com coisas de todos os países.
- Então é ela a aniversariante? - Giuseppe perguntou e null balançou a cabeça afirmando. - Meus parabéns, minha querida.
- Obrigada. - null respondeu, sem graça.
- Está tudo pronto? - null perguntou.
- Claro, claro, vamos subir. - Giuseppe fez um gesto para dar passagem aos dois.
null guiou null até a escada e subiu, sem deixar de segurar em sua mão. Havia uma porta de vidro aberta que dava direto para uma varanda grande toda iluminada e decorada com bexigas e uma mesa para dois bem no centro.
null estava estática observando tudo aquilo, estava tudo maravilhoso, sem contar com a vista que dava para ver toda a cidade iluminada.
- null.. E-eu.. - null gaguejou, não tinha o que dizer. Virou-se para null e ele tinha um sorriso lindo no rosto. Jogou seus braços em volta do pescoço dele e o abraçou o mais forte que podia. - Obrigada! – Sussurrou.
null passou delicadamente uma mão sobre os cabelos de null, enquanto a abraçava forte também. - Era isso que eu estive fazendo o dia inteiro, estou desculpado por não ter ligado? - Ele também sussurrava.
- Está, é claro que está. - null disse frenéticamente, enquanto estampava um sorriso largo em seu rosto e olhava para null. Não sabia porque, mas seu coração estava acelerado e suas pernas meio bambas, sabia que null desde sempre causava isso nela, mas agora parecia mais forte do que nunca.
- Vamos sentar? - null ofereceu e null confirmou com a cabeça. Ele a guiou com uma mão em sua cintura e puxou a cadeira para que ela se sentasse, logo sentando-se em frente.
null não conseguia tirar seus olhos de null, como se quisesse guardar cada pedacinho dele, temendo que aquele dia fosse o último que ela o veria. Não sabia explicar, mas parecia que tudo aquilo a fazia ter certeza de que null era sim o cara que ela amava.
- Que foi? - null perguntou, percebendo que ela o olhava.
- Nada. - null sorriu.
- Você não é boa com mentiras, null. - null disse e null revirou os olhos.
- Eu não sei, isso tudo que vem acontecendo com a gente parece tão irreal que eu estou tentando guardar cada pedaço seu na minha memória, se um dia eu vier a acordar. - null falou, brincando com os dedos em cima da mesa.
- null.. - null esticou-se e tocou a bochecha dela, fazendo a garota levantar o rosto e encará-lo. - Isso não é um sonho, eu estou aqui do seu lado e eu sinto como se meu coração parasse de bater a cada movimento seu e isso faz com que eu tenha mais certeza o quanto eu gosto de você e se depender de mim, NADA vai mudar isso.
null não conseguiu fazer nada, além de sorrir. - Você.. promete?
- Eu prometo. - null esticou o braço e segurou a mão de null, passando suavemente o polegar sobre a mão garota.
Giuseppe adentrou a varanda, usando um uniforme de cozinheiro e um chapéu. - Meus queridos, vocês já vão querer comer?
- Vamos sim. - null afirmou e Giuseppe fez uma reverência, deixando novamente a varanda. - Ele é um pouco excêntrico.
- É divertido. - null riu. - Como você descobriu esse restaurante? É lindo!
- Giuseppe é italiano e é casado com a Maria, que é mexicana, eles já viajaram o mundo todo e resolveram abrir um restaurante, aqui tem comida de qualquer lugar. - null explicou, fazendo alguns gestos. - Eles são amigos dos meus tios.
- E de qual parte do mundo é a comida que nós vamos comer? - null perguntou, curiosa.
- Sem chance, eu não vou contar. - null afirmou e null mostrou a língua pra ele.
Alguns minutos depois Giuseppe voltou com alguns garçons, trazendo um grande prato de macarronada com molho e almôndegas e um champagne.
- É o melhor macarrão que você vai comer na sua vida. - null disse, servindo um pouco de macarrão pra ela. null passou o dedo no molho e sujou a ponta do nariz de null. – Hey!
- AHÁ! - null exclamou, rindo dele. - Tá parecendo um palhacinho.
- É assim, é? - null falou, passando o dedo no molho.
- null, eu.. por favor, null, era só uma brincadeiri.. - Mas já era tarde demais, pois null foi rápido e lambuzou toda a bochecha dela. - Argh, satisfeito? - null perguntou, mas não conteu uma risada, enquanto via null gargalhar.
- Eu limpo. - null disse e levantou-se, indo até null e dando uma lambida na bochecha dela.
- Ew, null! - null fez careta, pegando um guardanapo e limpando-se.
- Você tem um gostinho bom. - null disse, apontando pra ela.
- Posso considerar isso como um elogio? - null perguntou, rindo.
- Yep, você tem gosto de.. - null começou, mas null o interrompeu.
- Ok, não vamos falar sobre isso. - null disse, constrangida.
- É legal te constranger, suas bochechas ficam vermelhinhas. - null falou, fazendo um carinha fofa.
- null, você está me constrangendo ainda mais! - null exclamou, pondo a mão no rosto.
- Tudo bem, eu juro que não vou mais te constranger. - null afirmou, rindo.
- null! - null choramingou e ele tampou a boca.
null serviu-se um pouco de champagne e colocou para null também. Eles brindaram à garota e depois começaram a comer.
- Está muito bom. - null disse, pegando um guardanapo e null deu um sorriso de "eu te falei".
null esticou-se e pegou a última almôndega de null, enfiando tudo na boca.
- EI! - null exclamou. - É miiiinha, null!
- Quer pegar? - null abriu a boca, mostrando a almôndega toda mastigada.
- Ew, não! - null negou, tampando os olhos e null deu uma gargalhada.
De repente, uma senhora baixinha adentrou a varanda trazendo um pequeno bolo com uma velinha em cima.
- null. - Maria disse, colocando o bolo em cima da mesa. - Como estava a comida?
- Estava ótima, Maria. - null respondeu, dando um sorrisinho fofo.
- E essa deve ser a aniversariante. - E Maria virou-se para null. - Mas ela é linda, null.
- Obrigada. - null sorriu, novamente sem graça. Olhou para null e viu que ele tinha um sorriso torto na boca, sabia que ele estava morrendo de vontade de rir da cara dela.
- Você é uma garota de sorte, o null é um rapaz e tanto. - Maria falou, dando um leve tapinha no ombro de null.
- É exagero seu, Maria. - null disse e quem queria rir da cara dele agora era null.
- Bom, aqui está o bolo.. Espero que gostem. - Maria sorriu e virou-se para ir embora.
- Eu que fiz. - null fez uma cara convencida.
- Jura? - null ergueu a sobrancelha, desconfiada.
- Tá.. Não. - null revelou. - Mas só porque a Maria não deixou. - E null riu dele.
Algum tempo depois alguns homens com instrumentos e vestidos com ponchos e sombreiros entraram e logo começaram a tocar algum tipo de música latina. null deu um sorriso e null franziu a testa, sem entender. Ele se levantou e foi até a garota, oferecendo sua mão.
- Quer dançar? - null perguntou, levantando os ombros.
null sorriu e aceitou a mão dele. null a guiou até o mais próximo da grade, onde a paisagem de uma Londres iluminada era linda.
"I was patrolling a Pachinko, nude noodle model parlor in the Nefarious zone.."
null pegou uma flor que havia crescendo num vaso e deu para null, que colocou em seu cabelo. null esboçou um sorriso no canto da boca, enquanto a segurava pela cintura e começava a balançá-la no ritmo lento da música. null entrelaçou suas mãos no pescoço de null e olhou pra cima, encarando profundamente os olhos brilhantes dele.
"Hanging out with insects under ducting, the C.I.A was on the phone, well.. such is life.."
null deitou sobre o peito de null e pode sentir que o coração dele estava quase desparado. Sorriu, pensava que era só ela.
- Acho que você descobriu. - null sussurrou, como se tivesse lido os pensamentos dela.
"Latino caribo, mondo bongo, the flower looks good in your hair.. Latino caribo, mondo bongo, nobody said it was fair, oh.."
- Pensei que era só eu. - null também sussurrou e null deu uma risada baixinho.
"Latino caribo, mondo bongo, the flower looks good in your hair.. Latino caribo, mondo bongo, nobody said it was fair.."
null levantou a cabeça do ombro de null e deu um selinho nele, o pegando de surpresa. null a olhou sem entender, enquanto null sorria e logo dava outro beijinho rápido no garoto.
"Latino caribo, mondo bongo, the flower looks good in your hair.. Latino caribo, mondo bongo, nobody said it was fair.."
- Você está me provocando? – null perguntou baixinho e null arqueou as sobrancelhas, ainda sorrindo e se afastando dos braços dele. A garota começou a mexer-se no ritmo da música, que agora apenas soava.
null abriu lentamente um sorriso no canto da boca, null não tinha nem noção do quanto ela mexia com ele.
Num movimento rápido, ele a puxou pela cintura e colocou seus lábios sobre os dela. null o abraçou fortemente, como se quisesse tê-lo assim pra sempre. null também não hesitou em trazê-la o mais próximo de si que ele pode. O beijo deles era sincronizado, como se eles se completassem. Era difícil de explicar, só estando na mente e coração dos dois era possível entender. null partiu o beijo e deu um sorriso largo. Deu pequenos beijinhos no garoto até chegar em sua orelha. Bem baixinho, ela sussurrou uma música ao pé do ouvido dele.
- “We were so different, but opposites attract, so my hope kept growing and that i never look back.. - null sorria com a voz dela, era tão doce. - You're one of a kind and no one can change this heart of mine..”null parou, sentindo-se envergonhada. – Eu não canto bem.
- Tá me zoando, né? Continua.. por favor? – null pediu, fazendo beicinho e null riu.
- "And you said we wouldn't make it, but look how far we've come.. For so long my heart was breaking and now we're standing strong..” - null passou levemente a mão pelo cabelo do garoto, encarando seus olhos. – "The things you say you make me fall harder each day.. You're a trainwreck, but i wouldn't love you if you changed.”
Um vento gelado passou por eles, assim que os cantores terminaram a música. null abraçou-se, então null tirou seu blazer e jogou sobre os ombros dela.
- Obrigada. – null sorriu fraco.
- Vamos? Ainda tem a segunda parte. – null disse, piscando pra ela.
- Será que eu já não tive aniversário o suficiente? null perguntou e viu null balançar a cabeça negando, logo a puxando pela mão, para que eles saíssem do restaurante.
Alguns segundos depois, null dirigia para um lugar totalmente rodeado por mato, null estava começando a estranhar.
- Você não está me seqüestrando, não é? – Ela perguntou, olhando para o garoto, com a testa franzida.
- Talvez. – null respondeu, sem tirar os olhos do caminho.
Logo eles subiram um pequeno morro e null estacionou. Era um mirante, com certeza um dos lugares mais altos da planíce londrina.

Capítulo 34

null pulou pra fora do carro e correu para abrir a porta para null, que tinha os olhos brilhando, era um lugar lindo.
- Então esse é o esconderijo do Super-homem? – null perguntou, indo até bem na frente, pra poder ver a paisagem.
- Yep e já estava passando da hora da Lois Lane conhecê-lo. – null disse, passando um braço pela cintura da garota.
- Por que você me trouxe aqui, null? – null perguntou, virando-se para olhá-lo.
- Pra isso. – null subiu na grade e encheu seu peito, mas null o interrompeu.
- O que você vai fazer? Tá maluco? Você vai cair, null! – null falou freneticamente, segurando a perna de null.
Ele apenas sorriu, como se dissesse “eu não vou cair” e olhou pra frente novamente.
- null null.. – Ele disse no seu tom novamente, pegando a mão da garota que estava em sua perna. – EU TE AMO! – E gritou com toda força de seus pulmões, fazendo eco. – EU QUERO QUE O MUNDO INTEIRO SAIBA, EU TE AMO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS, TE AMO COMO NUNCA AMEI NINGUÉM, TE AMO PRA SEMPRE! – E pulou da grade, ficando de frente para a menina.
- null, eu concluí minha tese, você é completamente louco. – null disse, levando sua mão até o rosto dele.
- Sou mesmo. – null disse, beijando a palma da mão dela. – Louco por você. – E foi para beijá-la, mas null colocou o dedo sobre a boca dele. – O que é?
- Posso te perguntar uma coisa?
- Hmm.. Não pode esperar? – null perguntou, fazendo careta.
- Não, depois eu vou esquecer. – null afirmou e null deu-se por vencido. – Você gostava de mim antes? Quando nós nos “odiávamos”? – Ela fez aspas e viu null suspirar.
- Você vai me obrigar a dizer, não é? – null perguntou.
- Não diga, se não quiser. – null emburrou, cruzando os braços e olhando pra baixo.
- Desde o minuto que eu puis os olhos em você. – null afirmou, passando a mão na bochecha dela.
null levantou o rosto, sorrindo e o puxou para um beijo, pegando novamente null de surpresa, ele adorava quando ela fazia isso.
- Desculpe. – null disse, partindo o beijo. – Por todas as vezes que eu gritei ou xinguei você, eu era orgulhosa demais pra admitir até pra mim mesma o quanto eu gostava de você.
- Tudo bem. – null respondeu, pegando a mão dela. – Não foi diferente comigo.
null sorriu. - A onde nós estávamos mesmo?
- Agora eu não quero mais também. - null fez birra.
- Tudo bem. - null soltou-se dele e foi na direção do carro, abrindo a porta e sentado-se.
null a olhou incrédulo, enquanto ela fazia o trajeto, mas correu até o carro. - Você sabe que eu não estava falando sério, né?
- Sei? - null franziu a testa. null pulou pra dentro do carro.
- Você quer ir embora? - Ele estava realmente levando a brincadeira a sério?
- É, pode ser. - null respondeu simplesmente e no minuto seguinte, null acelerou o carro.
Em poucos minutos, null havia estacionado o carro novamente. null estava tão absorta em pensamentos que não fazia idéia onde eles haviam parado, até olhar para o lado e ver a casa de null.
- null, o que nós estamos fazendo aqui? - null perguntou, confusa.
- Está tarde, não posso te deixar ir pra casa há essa hora. - null afirmou, saindo do carro em seguida.
- Você está dizendo que eu vou dormir na sua casa? - null estremeceu com esse pensamento, mas o seguindo até a porta.
- Eu posso te levar em casa se isso te incomoda tanto. - null levantou os ombros, mas com aquele sorriso torto que fazia null ceder a qualquer coisa.
- Não. - null disse rápido. - E-eu não me incomodo.
null abriu um sorriso enorme, entrando na casa. - Legal, daí nós podemos aproveitar para..
- null! - null o repreendeu, enquanto entrava atrás dele.
- CONVERSAR! Era isso que eu ia dizer. - null falou, sentindo-se afetado e a seguindo até as escadas. - Como você tem a mente poluída.
null mandou língua pra ele. - Você dorme na sala. - Disse, entrando no quarto.
- Ah qual é, null, nós vamos só.. dormir. - null choramingou.
- Eu te conheço, null. - null jogou um travesseiro e uma coberta nele.
- Ótimo, se o tarado da machadinha vier atrás de você, não venha me pedir socorro. - null pegou suas coisas e saiu do quarto.
null riu dele, mas logo lembrou que não tinha nenhum pijama ali. - Ei, você espera que eu durma como?
null parou no meio do caminho e voltou para o quarto, pegou uma camisa branca qualquer e uma samba canção, entregando à ela.
null olhou para as roupas e aceitou, indo até o banheiro para se trocar. null se jogou em sua cama, vendo tudo que estava acontecendo desde Cardiff passar como um filme em sua cabeça.
- Cabem mais três pessoas aqui dentro, null. - null disse ao sair do banheiro e puxando o elástico da samba-canção, que era praticamente coberta pela camisa. null levantou-se para olhá-la. - O que foi? - null perguntou, vendo que ele a olhava de cima a baixo.
- Você está sexy.
- Certo. - null riu, balançando a cabeça.
- Muito sexy, na verdade. - null afirmou, chegando mais perto da garota. Tudo bem, null precisava fazer alguma coisa, antes que não se controlasse.
A garota deu um beijo rápido em null. - Boa noite.
null balançou a cabeça, murmurando em resposta e deixou o quarto. null puxou a colcha da enorme cama de null e jogou um edredom por cima, enfiando-se ali. Tudo naquele quarto cheirava a ele, até a roupa que ela usava. Não demorou a adormecer, já que sentia como se null estivesse com ela.

null acordou e o sol já passava por entre a veneziana do quarto. Levantou-se, foi ao banheiro e resolveu descer para ver null.
- null. - Ela chamou o garoto, enquanto descia as escadas.
Mas parou antes que tivesse chego no último degrau. Viu a figura de null parado, passando a mão pelos cabelos e ao seu lado estava null, com uma feição que null jamais havia visto a amiga adquirir, parecia que ela sentia nojo.
- null.. - null tentou, mas sua voz saiu muito baixa. null balançou a cabeça, como se não acreditasse.
- Eu não sei como eu pude confiar em vocês, eu pensei que vocês gostassem de mim, que tivessem no mínimo respeito por mim, mas dá pra ver que vocês estão me traindo na minha cara. - null falou, passando os olhos de um para o outro. - É incrível como vocês conseguiram destruir tudo!

- Foi um sonho, foi tudo um sonho. - null dizia pra si mesma, após ter acordado repentinamente do pesadelo. Chovia forte lá fora agora e null sentia que não poderia dormir de novo. Levantou-se da cama, indo pra fora do quarto e desceu as escadas, tentando não fazer barulho. Parou no seu caminho até a cozinha, ao ver null dormindo. Ele estava jogado de barriga pra baixo no sofá e com um edredom enrolado em si. null sorriu, balançando a cabeça e indo se agachar perto dele. Poderia ficar horas ali só observando ele dormir. Como as coisas haviam passado rápido. Num minuto ela havia chegado em Londres e olhar para null significava querer matá-lo e no minuto seguinte, ela sentia como se sua vida dependesse dele. Era estranho parar e pensar nisso, null sabia que sempre havia sentido alguma coisa muito forte por null desde a primeira vez que o vira, mas se recusava totalmente a deixar esse sentimento tomar conta dela, principalmente quando tinha null no meio disso tudo. Agora, tudo que eles estavam passando era como se fosse fora da realidade.
null abriu bem devagar os olhos, como se tivesse sentido a presença de null ali. A garota agora olhava pro nada.
- Pensei que você não quisesse dormir comigo. - null disse e null voltou sua atenção para ele.
- Não.. queria te acordar. - null falou sem graça e levantando-se. - Estava indo beber água. - Sorriu e dirigiu-se até a cozinha.
null pegou um copo no armário e colocou água, quando virou-se, encontrou null encostado na porta da cozinha, com uma cara sonolenta e braços cruzados.
- null.. - null começou, vendo ele andar até ela.
- Shh.. - Agora seus corpos estavam a poucos milímetros. null colocou uma mecha de cabelo que caía sobre os olhos de null, atrás de sua orelha. - Você é tudo que eu sempre precisei e agora, mais do que nunca, eu tenho certeza disso. - null disse isso bem lentamente, seus olhos eram tão hipnotizantes que null teve vontade de nunca mais parar de encará-los. - Você pode me prometer uma coisa? - E null balançou a cabeça afirmativamente, sentia que se falasse alguma coisa, sua voz não ia sair. - Me promete que não vai mais me deixar agora que eu te tenho? Por que eu acho que não suportaria. - As palavras de null ecoavam na cabeça dela, seus olhos já acumulavam lágrimas.. lágrimas de felicidade. null colocou suas mãos na nuca de null e o trouxe pra perto de si, selando seus lábios em seguida. null a abraçou muito forte, como se sua vida dependesse disso. Era a melhor sensação que os dois poderiam sentir, como se estivessem nas nuvens e tudo que tinham era um ao outro, daquele jeito que estavam. Ela foi empurrando-o para a sala bem devagar, mas logo null que a guiava até as escadas. Ele interrompeu o beijo no meio do caminho e colou sua testa na dela, deixando suas bocas a poucos centímetros.
- Eu vou considerar isso como um sim. - null sussurrou, quase inaudível.
- Isso é um sim, null. - null também disse, no mesmo tom de voz. E null voltou a beijá-la no minuto seguinte, mas dessa vez a pegou no colo, fazendo a garota gargalhar no meio do beijo. - null, me poe no chããããão. - null pediu, ainda rindo.
- Você prometeu, agora vai ser difícil se livrar de mim. - E ele deu aquele sorriso no canto da boca, que null tanto amava. Ela levantou devagar a cabeça e encostou seus lábios nos dele, sentia que poderia ficar assim pra sempre. Agora bem devagar, null caminhou até o quarto, beijando null igualmente devagar.
null a deitou sobre a cama, se postando sobre a garota. Ele parou de beijá-la e encarou os olhos de null.
- Eu não quero fazer nada que você não queira. - null sussurrou, um pouco arfante.
- Você não está me obrigando a nada, null. - null respondeu, novamente hipnotizada pelos olhos dele.
null deu aquele sorriso e voltou a beijá-la. Dessa vez o beijo era bem mais profundo, com mais velocidade. As mãos de null passeavam pelas pernas da garota e as dela subiam e desciam nas costas dele. null puxou sua camiseta e a jogou pelo quarto numa velocidade incrível e logo começou a beijar todo o pescoço de null, enquanto ela desabotoava a camisa que usava. null arremessou a camisa de null longe e voltou a beijá-la, trazendo a garota cada vez mais pra si. null deu uma mordida no lábio de null, fazendo ele sorrir no meio do beijo e levar suas mãos até o elástico da samba canção dele, que ela usava e a tirando rapidamente. Ele parou por um minuto, as respirações dos dois estavam totalmente descompassadas. null olhou null de cima a baixo, guardando cada pedacinho da garota que tinha em seus braços. null sorriu, mostrando-se envergonhada.
- Você é linda. - null disse, numa voz extremamente baixa.
null colocou suas mãos dos dois lados do rosto de null e levantou sua cabeça, até sua boca ficar ao lado da orelha dele. - E você faz minha vida valer a pena. - Ela disse, citando All About You. null deu um largo sorriso, antes de voltar a beijá-la. Suas mãos foram até o feixo do sutiã dela, mas não conseguia abrir. null riu e tirou ela mesma seu sutiã. null colocou sua mão sobre a de null, que segurava o cós da boxer dele e a tirou, enquanto null se livrou de sua calcinha. null brincava com os cabelos de null, encarando e analisando cada parte do rosto dele, extremamente perto do dela. null a encarou de volta, passando as costas de sua mão esquerda levemente pela bochecha dela. null precisava dizer, aquelas três palavras estavam entaladas em sua garganta e não se importava se ele não fosse responder da forma que ela queria, simplesmente precisava que ele soubesse. Articulou as palavras "Eu te amo", olhando extremamente fundo nos olhos dele e logo o viu dar aquele enorme sorriso e articular "Eu também te amo". Bem devagar, null acabou com qualquer distância que havia entre seus corpos. Eles não precisavam de mais nada, tinham um ao outro e tudo estava acontecendo do jeito que eles queriam.

Capítulo 35

abriu vagarosamente os olhos e logo sentiu uma respiração no seu pescoço. Virou-se cuidadosamente para o lado e encontrou null dormindo bem perto dela, enquanto um braço dele estava em volta de sua cintura. Notou que ele estava completamente vestido e franziu a testa, estranhando. Então ele já havia acordado.
Passou a mão pelo rosto do garoto, enquanto tinha flashs da noite anterior. Nunca nada parecido com aquilo havia acontecido com ela, nunca alguém havia feito-a se sentir assim. Tão viva. E essa era a melhor sensação do mundo, principalmente se ela podia partilhar isso com null.
- Eu vou ficar completamente mal acostumado. - null disse baixinho, sem abrir os olhos.
- Não fique. - null riu e deu um beijinho nele, fazendo o garoto abrir os olhos. - Hey.
- Hey. - null repetiu. - Parece que peguei no sono de novo te vendo dormir.
- A onde você foi tão cedo, null? - null brincou, fingindo estar brava.
- Por quê? Acha que eu ia fugir? - null sorriu com o canto da boca.
- Provavelmente, afinal desde quando você acorda cedo, null? - null riu e ele mandou língua.
- Desde quando você que se cansa muito fácil do que nós fazemos a noite, fofa. - null piscou pra ela e null sentiu suas bochechas ficarem quentes. null sorriu quando viu o quanto ela havia ficado envergonhada, se inclinou para beijá-la, mas null tampou a boca.
- Eu ainda não escovei os dentes. - Ela disse, com a voz abafada pela mão.
- Eu não ligo. - null beijou levemente o pescoço dela.
- Mas eu ligo, null, não é higiênico. - null balançou a cabeça e ouviu null bufar.
Ele levantou-se da cama. - Estou te esperando lá embaixo. - E piscou novamente pra ela, saindo do quarto.
null pulou da cama e procurou pela camisa de null, vestindo-a. Foi até o banheiro, escovou os dentes com o dedo, prendeu seu cabelo de qualquer jeito, lavou o rosto e quando voltou pro quarto, percebeu alguma coisa presa por um laço vermelho em cima da mesinha ao lado da cama. Eram duas passagens de avião para Hollywood, Califórnia. Quando tirou o laço, dois ingressos caíram de lá e null pode perceber que era para um show do Jesse McCartney. Ok, desde quando null sabia que ela gostava de Jesse McCartney? Deu um largo sorriso, null não existia.
Mas aos poucos o sorriso desapareceu de seu rosto. Eles não eram namorados, eles não podiam viajar assim e eles não podiam estar juntos. Uma onda de tristeza tomou null, parecia que ela tinha acabado de acordar de um sonho maravilhoso e encontrara finalmente a realidade. Como odiava o jeito como as coisas eram, como queria que pelo menos uma vez ela pudesse estar completamente feliz e não ter que sentir aquele peso sobre suas costas. As coisas estavam tomando grandes proporções e ela não podia ficar de braços cruzados, sabia que alguma coisa tinha que ser feita, mesmo que alguém saísse ferido. Desejou que, por null e null, ela fosse esse alguém.
Desceu as escadas e encontrou null de avental e jogando ovos pra cima, mas logo vendo eles se espatifarem no chão.
- Droga! - Ele resmungou e ouviu uma risadinha às costas dele. - Você ri, né? - null virou-se, vendo null ir até ele e subir no balcão, sentando-se.
- Desculpe, Chefe. - null tampou a boca. - Bonito avental. - E riu de novo.
null balançou a cabeça, sorrindo com o canto da boca e se aproximou, beijando null e a pegando de surpresa. null tinha uma de suas mãos no peito de null e com a outra ela o trouxe mais pra perto, fazendo ele se encaixar entre as pernas dela.
null partiu o beijo e encarou seus olhos. - Vai continuar rindo? - E viu null balançar a cabeça em negação, enquanto sorria.
- null, os ovos! - null afastou-se dele, sentindo um cheiro de queimado.
- Ah, não. - null desligou rapidamente o fogão, enquanto via os ovos pretos e null descia do balcão.
- Eu termino isso. - null disse, rindo e null desistiu, indo até a mesa.
Eles ficarem em silêncio enquanto null quebrava os ovos e null apenas bebia um suco de laranja e a encarava.
- Obrigada pelo presente. - null falou, sem se virar. - É muito.. legal da sua parte.
- Que bom.. hmm.. que você gostou. - null disse, mordendo o lábio e estranhando a frieza repentina dela.
null suspirou. - Eu gostei.
- Hmm.. - null fez, tentando descobrir a onde ela queria chegar.
- Você sabe que nós não podemos simplesmente.. ir. - null falou bem devagar, suspirando novamente.
- Nós podemos, se nós quisermos. - null afirmou, levantando os ombros. null virou-se finalmente para ele.
- Não, null, nós não podemos! Nós não... - null tomou ar. - estamos juntos.
- Estamos, a partir do momento que nós prometemos ficar juntos! - null agora falava um pouco mais alto.
- Você sabe que não é tão fácil assim! Isso está tomando grandes proporções, null, e nós precisamos fazer alguma coisa.. A null não merece isso. - nulltambém aumentou o tom de voz e havia largado os ovos.
- E o que você quer que EU faça? - null levantou-se abruptamente da cadeira.
- Quero que você cresça e pelo menos UMA vez.. - Agora null estava há uma pequena distância de null. - Seja responsável e conte tudo pra ela.
null passou os olhos pelo rosto da garota várias vezes, abrindo a boca, mas sem emitir som.
- Por que.. você.. não faz isso? - null disse entre dentes. - Se você se acha tão madura, por que você não vai e conta pra ela e acaba com tudo, quando nós finalmente estamos bem.. como você sempre faz.
null encarou os olhos de null pela última vez, sentindo raiva dele pelo que havia acabado de dizer e finalmente correu até o quarto e se livrou da roupa dele, vestindo seu vestido e em seguida desaparecendo pela porta da casa, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto. null apenas observou e em seguida socou a parede. Por que eles não podiam pelo menos uma vez acabarem bem?

Começou a andar sem saber muito bem para onde ia. As lágrimas não paravam de cair e null tinha seus braços apertados contra o próprio corpo, atraindo alguns olhares de pessoas que passavam por ali com seus cachorros. Passou pela casa de null e pensou em entrar, mas tudo seria muito difícil de explicar. Sentia uma sensação horrível, como se nada fosse dar certo de novo. Tudo que havia acontecido na noite anterior passava pela sua cabeça o tempo todo. Pela primeira vez ela havia sentido que era certo ficar com null e agora ter ele de novo em seus braços parecia quase um crime. null não merecia aquilo, nenhuma pessoa merecia aquilo e só de pensar null se sentia a pessoa mais horrível do mundo. Teve nojo de si mesma, por ser tão covarde a ponto de fazer tudo que ela estava fazendo com a amiga e não conseguir contar toda a verdade. Teve vontade de sumir, mas sabia que fugir dos problemas nunca era a solução. Tudo que queria agora era seu quarto e seu travesseiro para poder chorar nele.

- Fico impressionado com a sua consideração com as pessoas, null null. - Oliver disse do sofá, sem olhar para a garota, que passou rapidamente pela porta.
- Jesse, eu.. - null começou, parando na sala.
- Não, eu não quero saber os detalhes da sua noite com o null. - Oliver a cortou, ainda sem olhar para ela. null deu um suspiro e Oliver finalmente virou-se para ela e percebeu que ela tinha a cara inchada de tanto chorar e que ainda vestia as roupas da noite anterior. - O que.. Aconteceu com você, pequena? - Ele levantou-se rapidamente e foi até ela.
null se aconchegou do peito dele, enquanto Oliver a abraçou fraternalmente.
- Eu.. não quero falar sobre isso. - null fungou e Oliver murmurou um "Tudo bem", conduzindo a garota até seu quarto.

null encarava o teto. Era a décima oitava vez que ouvia seu celular tocar e já não olhava mais no visor, pois sabia quem era. Estava com medo, na verdade, estava com muito medo. Olhar nos olhos ou ouvir a voz de null era a última coisa que conseguiria fazer. As imagens da noite anterior estavam vivas na sua mente e passavam pelos seus olhos. Ele tinha o cheiro, o gosto.. Tudo era como ela sempre imaginara! Mas tinha acontecido da maneira errada. Nos seus sonhos não havia null, não havia Natalie, não havia casamento, era apenas ela e null juntos como deveria ser. Não fazia idéia do rumo que sua vida iria tomar, estava completamente confusa. Pensava em null, o que será que seria dos dois agora? Ela gostava de null. Na verdade ela era apaixonada por ele e podia confirmar isso com cada sílaba, apenas se amaldiçoava por ter descoberto isso tão tarde.
O telefone de sua casa tocou, mas ela não moveu um músculo para atendê-lo, até finalmente cair na secretária eletrônica.
"Olá, aqui é a null, provavelmente eu não estou ou estou muito ocupada para atender, deixe seu recado e eu retornarei, beijos."
- null.. - Ela pôde ouvir a voz de null e levantou-se rapidamente. - Você.. não estava atendendo as minhas ligações e eu acho que os caras ainda não sabem que Star Girl é número um, então nós devíamos contar à eles e eles provavelmente vão querer comemorar e.. Ah cara, a quem eu quero enganar? Você e tudo que você disse ontem não saem da minha cabeça, você despertou um sentimento que há muito tempo eu tinha esquecido e agora eu simplesmente não sei o que fazer! Eu quero te ver, eu quero que tudo se repita, mas eu sei que isso é completamente errado! Eu.. sinto muito pelo que aconteceu, você deve estar morrendo de raiva de mim e há essa altura o null já deve saber de tudo e eu estou rezando pra que ele entenda o mal entendido que foi essa coisa toda.. - null ouviu um suspiro dele. - Eu só quero que você saiba que.. - Ele parou mais uma vez. - Por mais errado que tudo isso tenha sido, eu preciso te agradecer por me lembrar como é estar apaixonado por você. - E ele finalmente desligou.
null sorria em meio às lágrimas que corriam pelo seu rosto. Queria correr e abraçar null, dizer que nada daquilo tinha sido um mal entendido e que muito menos ela tinha raiva dele, totalmente pelo contrário, ela o amava.

A semana se arrastou. null ia de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Inventava mil e uma desculpas para nunca atender ou se encontrar com null, não achava que conseguiria encarar a amiga e as forças que ela precisava para contar a verdade, fugiam dela o tempo todo. null estava tratando null como se nada tivesse acontecido, mas se recusava a trocar muitas palavras com ele. Queria conversar com ele e dizer tudo que sentia, mas sabia que nada poderia acabar bem se ainda houvesse null e seu casamento (que se aproximava cada dias mais) entre eles. null havia retirado todas suas coisas da casa de null no dia seguinte da festa de null e ele parecia cada vez mais arrasado. Tentava juntar forças para ir atrás dela, mas no momento estava se sentindo um lixo e sabia que null merecia coisa muito melhor que ele, não queria vê-la sofrer de novo. O que ele não sabia era que ela já sofria, tentava parecer bem e com ódio de null, mas por dentro seu coração estava em pedaços e sentia mais falta de null do que ela jamais imaginou sentir. Oliver e Natalie estavam muito bons amigos, se ligavam ou se encontravam praticamente todos os dias. Natalie ainda guardava a cena que presenciara para si mesma, queria ver o que null iria fazer, se iria procurá-la e acabar com tudo, ou simplesmente fingir que nada havia acontecido. null estava se sentindo completamente solitário, ficava até tarde no estúdio trabalhando nas últimas músicas do CD, que iria ser lançado em breve. Sentiu que null o estava evitando um pouco e meio que agradeceu, queria mostrar para null que era maduro e contar tudo para a noiva, mas cada vez que tentava, simplesmente olhava para ela e não conseguia. Ligava todos os dias para null, mas ela nunca atendia. Passava horas de fora do prédio dela, apenas observando a janela que dava para o quarto da garota e com esperança que ela descesse. Mas null o estava ignorando e ele se sentia horrível por isso, pois sabia que, em parte, a culpa era dele. Era quase impossível descrever a falta que ela estava fazendo pra ele, como sentia que não conseguiria viver se não pudesse tê-la nos braços dele de novo. A única pessoa que aparentava estar bem ali era null, já que ele se recuperava do acidente cada dia mais.

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