Belonging to Each Other Autora:Bea Peres Beta-Reader:Vick
Dois meses, duas semanas e quatro dias eram o tempo exato que ele estava em turnê por toda a Europa. Talvez não exatamente por eu não contar as horas, minutos e segundos, seria doentio demais, não seria? E para piorar minha situação, eu não fazia ideia de quando ele chegaria, maldita mania de sempre querer fazer surpresa. “Os shows terminam na semana que vem, não sei quanto tempo vamos ficar aqui para as entrevistas e tudo mais.” Foi o que ele tinha dito há oito dias. Maldito seja e seu jeito de me deixar louca pouco a pouco. Não vivíamos juntos, muito menos tínhamos algum tipo de relacionamento sério, éramos apenas e , os mesmos que se pegavam escondidos nos corredores de nossa antiga escola, os mesmos que passavam horas e horas rindo dos caras e das garotas que se sentiam legais demais para ter algum contato com a gente, os mesmos que dividiram muitas experiências e momentos que ambos jamais esqueceriam. E bem, ele era o cara por quem eu sempre fui apaixonada e eu era a amiga de infância que fazia sexo com ele. Apesar de tudo, eu não trocaria nossa “relação” por nenhuma outra. Se você estivesse no meu lugar entenderia porque, apesar de tudo, das fãs taradas, das groupies, das namoradas sempre trocadas regularmente, era aqui, nessa cama que eu durmo toda noite, que ele vinha parar no final das contas. Foi aqui que ele veio parar depois que Five Colors foi primeiro lugar, foi aqui que ele veio parar quando ganhou o primeiro prêmio, foi aqui que ele veio parar em todas as vezes que alguma coisa importante acontecia com ele.
Eu nunca vou esquecer o dia que ele me disse o motivo:
- , você não devia estar comemorando esse CD com a sua namorada? – disse, separando nossas bocas.
- E quando foi que eu deixei de comemorar alguma coisa importante com você, ? - Parou me olhando daquela forma que poderia me fazer desmaiar a qualquer instante.
- Por que comigo, ? - Nossos olhares estavam conectados e nenhum dos dois ousava piscar. Ele respirou fundo e deu seu melhor sorriso. - Porque tudo que se é especial merece ser divido com quem é especial - dito isso, voltou a me beijar e eu fui dele mais uma vez. Eu sempre soube que nutria algo por mim, nunca me passou pela cabeça amor, mas o que tínhamos era além de amizade, era intenso, único, especial, era apenas... Nosso. Só Deus, o corredor de chocolates do mercado, meu cachorro Fred e as prateleiras de filmes melosos da locadora sabem como eu fico quando eles entram em turnê. Meu único consolo é escutar a voizinha que ele me liga depois que o empresário comunica qual é o continente da vez, é tão gostoso vê-lo tão eufórico a cada show, como se fosse a primeira vez, como se ele já não fizesse isso por mais de oito anos. sempre dizia que ainda me leva nas turnês pelo Brasil. Ele dizia que eu era a única pessoa no mundo que não tem vontade de visitar o próprio país de origem. O interfone tocou com o porteiro avisando que tinha uma entrega para mim e que colocaria no elevador. Coloquei apenas um roupão por cima da lingerie que usava. Pela manhã fui dar uma volta no shopping e comprei algumas besteiras que toda mulher ama. Essa, particularmente, era tão sexy que eu sentia vontade de fazer uma cópia masculina minha só para transar comigo mesma, isso faz sentido? Fui até o elevador e esperei longos segundos até a porta se abrir com a minha entrega misteriosa. Acho que fiquei paralisada olhando-a por tanto tempo que só fui acordar quando a entrega começou a rir e vir na minha direção, me puxando para seus braços. E que braços essa entrega tem!
- , mas como, o que você ta fazendo...- ele apenas sorriu e me soltou um pouco, fazendo-me ficar de frente para ele.
- Saudades, ? – colocou uma mão no meu rosto, afastando os fios de cabelo que por ali caiam. Sorri e ele estendeu um pacote em minha direção – Olha, trouxe presente! – nós dois rimos e fomos andando lado a lado até meu apartamento. se jogou na minha cama e eu sentei ao seu lado abrindo o pacote.
- NO WAY! , você é melhor, melhor do mundo, não acredito que você achou meu DVD do Blink! Só faltava esse pra minha coleção, você faz ideia que eu rodei Londres inteira atrás disso? – Me joguei em cima dele, enquanto ele gargalhava. Minha cara de menininha que acabou de ganhar o novo castelo da Barbie deveria ser bem engraçada mesmo. sentou e me puxou para ficar no meio de suas pernas, enquanto eu babava nas faixas do meu mais novo filho.
- Eu sei o quanto você queria isso, e eu estava realmente com medo que você roubasse o meu qualquer dia – ele fez uma cara de assustado encantadora, quando eu olhei para trás encarando-o.
- Idiota! – Dei a língua e voltei a encarar o verso do DVD.
- Linda – disse no pé do meu ouvido e passou a distribuir beijos por toda extensão do meu pescoço, enquanto sua mão fazia um carinho incrível na minha cintura por cima do roupão, de forma que toda parte que fosse tocada formiga-se imediatamente. Me segurei para não fechar os olhos e suspirar com suas carícias – Sabe – ele começou, largando meu pescoço e voltando ao meu ouvido – Senti sua falta – finalizou, mordendo o lóbulo da minha orelha. Suspirei, largando o DVD na cama e essa foi a deixa para ele me virar e me beijar. Aquele beijo que eu tanto amo e que eu estava sentindo tanta falta. Ele me beijou demoradamente, alternando em pequenas mordidinhas em meus lábios e selinhos.
- Senti sua falta também – disse, ainda mantendo nossas bocas coladas. Voltei a beijá-lo, puxando levemente os cabelos de sua nuca. se levantou me puxando com ele e logo colocou a mão na minha bunda, subindo o roupão. Logo lembrei do que eu usava por baixo e resolvi provocar um pouco. Me afastei lentamente e ele me olhou com cara deu quem não estava entendendo nada. Antes que pudesse protestar, empurrei-o até sentar na cama e fiquei em seu colo beijando-o por mais alguns minutos até levantar e começar a tirar o roupão da forma mais sexy que eu poderia pensar daquela hora e pelo visto funcionou pela cara que ele fazia. Quando percebeu que estava só de lingerie, ficou me olhando toda, mordendo os lábios. Deixei o roupão cair no chão e ele se levantou, vindo em minha direção e logo suas mãos estavam passando por todo meu corpo de leve. Senti sua ereção se formando e me apertei mais a ele, colando nossos corpos, mostrando o que eu queria. Suas mãos continuaram subindo pelo meu corpo, em todos os lugares, o sentia ficando mais excitado a cada segundo e eu estava gostando demais daquilo. - Então… Gostou? – ele olhou pra mim e me beijou, colocando a mão no meu cabelo e puxando de leve, enquanto sua outra mão apertava minha cintura. mordeu meu lábio inferior.
- Gostosa - sorri com os nossos lábios encostados.
- Acho que gostou, então! – Ele não respondeu, apenas me pegou no colo, colocando minhas pernas em torno de sua cintura e me encostou na parede mais próxima. Voltou a me beijar, tirando meu sutiã e começando a beijar do meu colo até cada um dos meus seios me deixando toda arrepiada. Minha mão em seu cabelo e meus olhos fechados aproveitavam o momento e eu me sentia cada vez mais excitada. Sua boca subiu um pouco para o meu pescoço, me deixando algumas marcas que eram a última coisa que eu me importaria naquela hora. Comecei a sentir a desvantagem por estar seminua, enquanto ele ainda usava todas as suas roupas. Comecei a tirar sua camisa, enquanto ele me colocava no chão para facilitar meu trabalho. Voltamos a nos beijar. Enquanto as suas mãos ficam apertando minha bunda, eu tratava de me livrar de suas calças. Pude sentir através de sua boxer o tamanho da ereção de . Ele mordeu minha orelha e eu dei um pequeno gemido. Quando escutou, me desencostou da parede e sentou-se na cama comigo em seu colo. Continuei beijando-o, enquanto, ora brincava com sua língua, ora mordia seus lábios, e ele não se decidia em que parte do meu corpo suas mãos deveriam parar. levantou um pouco, me deitou na cama e começou a beijar meu colo novamente, chegando até meus seios para beijá-los e logo chupá-los. Passou um bom tempo alternando e começou a descer os beijos pela minha barriga, mordendo-a até parar na minha calcinha e ficar brincando com o elástico dela. Levantei o quadril e ele tirou-a com a boca, jogando no chão. Me olhou como se precisasse de permissão para continuar aquilo e eu apenas sorri, o fazendo abrir mais minhas pernas e começar a distribuir pequenos beijos por toda minha virilha, chegando até os lábios de minha vagina e mordendo lentamente os dois lados para, então, chupar. Senti cada parte do meu corpo se arrepiar e automaticamente minha mão foi pra sua cabeça. ficou passando a língua por ela toda, depois fazendo uma penetração com a mesma, tirando e colocando. Passou para meu clitóris, me fazendo gemer alto. Penetrou um dedo e eu achei que poderia ficar louca de tesão, gemendo mais do que o normal. Puxei-o pra cima de mim e voltei a beijá-lo, enquanto me masturbava mais. Inverti nossas posições, ficando por cima dele e beijando todo seu corpo. Vou descendo até tirar a última roupa de seu corpo. Passei as unhas em sua pele, sentindo-o se arrepiar e depois segurei seu membro com uma mão, enquanto começava a passar minha língua lentamente, fazendo protestar. Ri, passando-a por ele todo e passei minhas unhas no interior de suas coxas. Fiquei alternando em movimentos lentos e rápidos até sentir que ele estava próximo de atingir seu ponto máximo. Parei ouvindo-o suspirar em reprovação, abri a gaveta, peguei uma camisinha e passei a sentar devagar e gemendo. colocou a mão em minha cintura, me dando apoio e, então, passei a ir mais rápido, voltando a fazer bem devagar, enquanto ele dizia coisas impossíveis de se entender naquele momento. Passei a movimentar mais meus quadris e, quando estávamos quase lá, me virou, penetrando-me por inteiro em estocadas fortes e precisas. O contato visual não era quebrado nem por um instante e não precisou muito tempo até sentir meu corpo tremer em um longo gemido, escutando gemer logo em seguida e deitar seu corpo suado em cima do meu. Ficamos algum tempo esperando nossas respirações voltarem ao normal, enquanto ele acariciava a lateral do meu corpo e eu afagava seus cabelos. ?
- Você é incrível – disse levantando a cabeça para me olhar. Sorri de leve e ele mantinha o olhar fixo no meu rosto – É sério, , como alguém pode ser tão perfeita como você?
- Para com isso, . De perfeita eu não tenho nada, nem um fio…
- Você é toda perfeita, toda! Tudo que você faz é perfeito, você ta sempre do meu lado por anos, você é engraçada, inteligente, linda, independente, boa de cama – nós dois rimos e eu mantinha um sorriso idiota no rosto – Boa, não, excelente! Você me cansa, garota – rimos mais uma vez e eu lhe dei um selinho. Ele passou a acariciar meu rosto, enquanto seus olhos não saiam dos meus.
- , eu…
- , eu… - sorrimos fraco - Fala você.
- Você sabe o porquê de, no final das contas, eu sempre vir parar aqui, não sabe? - eu sabia. Na verdade, agora eu tinha mais que certeza, mas precisava ouvir ele dizer e ele disse com todas as letras e algumas palavras a mais - Porque você é a minha garota, é com você que quero dividir SEMPRE os meus melhores momentos. Eu amo você! - Eu não sabia o que fazer, aquilo era tudo que eu sempre quis ouvir, mas a maldita insegurança.
- , pensa bem no que você ta falando. Você nunca disse essas coisas pra nenhuma das suas ex e você tem tanta coisa pra viver nesse mundo. Eu não quero que isso seja um momento que eu sempre sonhei e amanhã eu acorde e você está com outra, eu...
- , para! Eu tenho certeza do que eu digo e de que já aproveitei muito a minha vida de band dude. Tá na hora de ter quem eu sempre quis, a única que merece de verdade o meu coração.
- Eu te amo, sempre amei e isso nunca vai mudar - as palavras pularam da minha boca e eu nunca o vi com um sorriso tão lindo quanto daquela hora.
- Você é minha - ele disse me beijando.
- Sempre fui, , sempre fui.
FIM
n/a: Bem, pra começar eu tenho que dizer que estava morrendo de medo de postar essa fic aqui. Eu nunca tinha escrito uma short/restrita/romantica/detalhada até demais pro meu gosto mas um anjo de vida conhecido como melhor amiga me convenceu/ obrigou a mandar pra Vick. espero que vocês realmente tenham gostado e qualquer coisa já sabem onde me encontrar né? @beamcfly
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