BFB – Best Friend’s Brother
Autora: Gabs L. | Beta-reader: Bia

Capítulo 1
Ele é tão lindo...
Seus olhos são de um azul profundo e seus cabelos... Deus! É o cabelo mais magnífico que eu já vi na minha vida. Seus lábios são avermelhados e... Oh! Eu adoraria beijá-los. Seu corpo é belo e escultural. Músculos nos lugares certos. Uma barriga de tábua de ferro de passar roupa.
Para! Para de pensar nele, sua idiota! Você o odeia, lembra? Você não pode pensar em beijá-lo, nem achá-lo atraente. Ele é um imbecil. Um idiota que dorme com qualquer coisa que tenha vagina e dê mole para ele. Esqueça-o.
- Hm... Por que você está suspirando desse jeito? – minha melhor amiga, Penny, chegou por trás de mim, quase me matando de susto.
- Suspirando? Quem está suspirando aqui? Não estou vendo ninguém suspirando! – falei, rápido demais. Penny riu.
- Quem é o garoto? – se você soubesse...
- Que garoto? – fingi-me de desentendida, mas com Penny aquilo não colava. Ela me conhecia mais do que a minha mãe.
- O que está fazendo você suspirar desse jeito.
- Eu não estava suspirando e não existe garoto nenhum.
- E então por quê...
- Penny Lane! – falando no diabo...
- Eu odeio quando você me chama assim, Danny.
- Deixa de ser carrancuda! Você está parecendo a sua melhor amiga. – mostrei o dedo do meio para ele e voltei para Penny.
- Se ele ficar eu vou embora. – Danny pegou uma cadeira ao meu lado e sentou de perna aberta, invertido, encostando o peito na parte de trás da cadeira.
- Você é muito chata! Fica se quiser. Ninguém te quer aqui.
- Corrigindo. Você não me quer aqui.
- Você dois, parem já! – Penny gritou. – Parecem duas crianças!
- É esse viado que não me deixa em paz.
- Viado é seu pai! Mal comida!
- Bicha!
- Sapatão!
- Rato de esgoto! – nossos rostos estavam perto. Meu olhar era tão frio que poderia transformar o deserto do Saara em um rinque de patinação.
- Lesma!
- Eu sou uma lesma que você tem vontade de pegar.
- É você que quer dar para o rato de esgoto aqui!
- Vocês, parem! Eu já disse para parar! Os dois! – Penny gritou, muito mais alto dessa vez. Com certeza os vizinhos reclamariam.
- Penny, eu vou embora. Não tenho paciência de ficar aguentando seu irmão. – peguei minha bolsa em cima da mesa e corri andei para sair dali, mas minha melhor amiga segurou meu pulso.
- Espera. Não vai. O Danny não vai fazer mais nada. Ele vai ensaiar agora de tarde. Não precisa se preocupar. – ela deu um olhar acusador para o irmão, que levantou as mãos como se tivesse se rendendo.
- Eu não fiz nada.
- Eu prefiro aturar os gemidos e gritos dos meus pais no quarto ao lado do meu do que aguentar o seu irmão.
- Eu prometi a que você iria dormir aqui e você vai. Sai, Dannny.
- Ei! A casa é minha também.
- Você não tinha ensaio com a banda hoje? Vai. Deixa a em paz!
- Manda ela me deixar em paz também.
- Eu não estou fazendo nada!
- Fica quietinha aí, sua putinha!
- Primeiro eu sou putinha e depois eu sou mal comida? Não entendi.
- Você é uma puta, mas, como ninguém te quer, você é mal comida!
- Seu merdinha! Vou te mostrar quem é a puta! – avancei em cima delee dei um tapa em sua cara. Caímos no chão nos embolando, eu em cima dele dando tapas em seu rosto (ou em seu braço, já que ele o tinha colocado na frente para eu não atingir seu rosto perfeito.) - Oh, meu Deus! Vocês passaram dos limites! Meu Deus! – Penny me arrastou para longe de Danny, que tentava ajeitar a camisa.
- Qual o problema com você?!
- Sai logo daqui, Danny! – Danny revirou os olhos, pegou a chave do carro e correu para fora.
- Você tem um irmão fodidamente irritante! Doente mental!
- Dá um tempo a ele, .
- Dar um tempo? Penny, nós somos amigas há dez anos e ele é desse jeito comigo. Qual é a dele?
- Você também não colabora, não é? – olhei para ela abismada.
Seu celular apitou e ela leu a mensagem.
- Era o Tom, perguntando onde está o Danny. O ensaio já começou.
- Desculpa, Penny. Mas se o Danny não fosse seu irmão eu já teria passado com o carro por cima dele. – Penny me olhou com os olhos arregalados.
- Deus me livre, ! Eu sei que o Danny é meio irritante, mas dá uma chance a ele.
- Meio? Ele é, tipo, totalmente irritante. Só não é mais porque é um só.
- Ele é meio que solitário, . Acho que esse é o problema dele.
- Solitário? Penny, ele dorme com uma garota a cada dia.
- Isso não significa que ele não seja solitário. Ele pode fazer essas coisas, mas no fundo ele só é um adolescente normal atrás de um sonho. Dá uma chance a ele. Só dessa vez. – ela me deu um olhar de cachorrinho abandonado que ela sempre dava quando queria me convencer. Eu suspirei, vencida.
- Tudo bem. Mas lembra que eu estou fazendo isso por causa de você, tá? – ela sorriu, abraçou-me apertado e beijou minha bochecha.
- Você sabe que eu te amo, não sabe?
- O que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo?

***


Meus pés congelaram na escada quando eu ouvi um barulho de passos.
Seria um ladrão?
Agarrei o corrimão com força, mas logo me lembrei que Danny ainda não tinha voltado e provavelmente era ele. Suspirei aliviada e terminei de descer as escadas. Fui para a cozinha, me servir de um copo de água.
- O que está fazendo essa hora acordada? – quase coloquei pra fora a água que estava bebendo pelo nariz. Corei olhando para Danny e lembrando que eu estava vestindo apenas uma calcinha e uma camisa extra grande do Superman, que eu usava como pijama. Danny vestia a mesma roupa que estava vestindo quando saiu para o ensaio. Claro que a banda não havia terminado de ensaiar àquela hora. Claro que ele estava comendo alguma aluna idiota da escola até aquela hora.
- Não é óbvio que eu estou bebendo água?
- Você desceu para beber água só porque me ouviu chegando? – fiz careta.
- Você é muito convencido, garoto!
- Diz que não é verdade, que você está doida para que eu te beije? – meu coração quase saltava pela boca. Mas que droga! Corpo, para de se sentir assim perto dele! Que porra! Meu corpo não me obedecia mais.
- Você apenas não aceita o fato que, pelo menos uma garota nessa cidade que não seja a sua irmã, não deseje você.
- Admita, . Você me quer.
- Você é a porra de um garoto idiota!
- Você fica muito sexy quando está toda bravinha.
- Eu te odeio!
- Não mais do que eu odeio você!
- Vai à merda.
- Eu vou e te arrasto junto. – eu um momento eu apontava um dedo raivosamente para ele, no outro ele estava puxando meu braço e me pressionando perto. – Admite que você não gosta disso.
Então a coisa que eu esperei por dez anos aconteceu. Danny Jones me beijou. Ele, literalmente, me beijou. Meus lábios se abriram, dando passagem para sua língua entrar em minha boca. Agora eu sabia porque todas as meninas na escola queriam beijá-lo. Provavelmente ele fez alguns cursos de beijo durante as férias. Não era possível que alguém pudesse beijar daquele jeito. Meu corpo todo se acendeu em chamas. Danny me empurrou para trás até me encostar em alguma coisa sólida. Ele me suspendeu pelo traseiro, fazendo-me sentar no balcão de granito da cozinha. Minhas pernas envolveram sua cintura. Seus dentes mordiscaram meu lábio inferior.
- Você é uma delícia. – ele murmurou contra meus lábios.
- Eu odeio você. – agarrei seus cabelos com as minhas mãos e pressionei nossas bocas juntas, urgentemente. Seus dedos embalaram a minha cintura e começaram a se arrastar pelas minhas coxas. Seu toque deixava um rastro de fogo pela minha pele. Eu ansiava pelo seu toque. Empurrei-me mais contra ele, desejando que não tivesse nenhuma barreira de roupa impedindo seu corpo tocar o meu.
- ...
- Shh! Cala a boca. – sua língua desenhou o contorno dos meus lábios e sua boca desceu para o meu pescoço. Eu gemi roucamente e me arqueei contra ele.
- ? Você está aí? – meus olhos se abriram de susto e eu pulei do balcão, empurrando Danny para longe de mim. Penny chegou à cozinha em um par de segundos. – Danny? O que você está fazendo aqui?
- Hm... Nada. – ela olhou para mim e depois para Danny, desconfiada.
- O que está acontecendo aqui?
- Nada. – eu e Danny respondemos ao mesmo tempo. Droga! Meus lábios estavam vermelhos e inchados iguais aos de Danny. Meu coração batia descontroladamente.
- Danny, o que você fez com ela? - Eu? Eu não fiz nada. Por que você sempre me culpa?
- Ele não fez nada, Penny.
- A está corada e está te defendendo, Danny. Isso não é normal.
- Não está acontecendo nada, Penny! Eu só desci para beber água e encontrei seu irmão vindo de uma das diversas noites que ele tem com as vadias da escola. Não teve nada demais. Ele foi um irritante como sempre. Vamos dormir! – subi correndo para o quarto de Penny, onde eu estava dormindo, e me enfiei debaixo das cobertas.
Por que eu era tão idiota? Claro que aquele beijo não tinha significado nada para Danny como tinha significado para mim. Eu era apaixonada por aquele babaca e ele me tratava como uma das vagabas dele. Não acredito que eu o beijei. Queria voltar ao passado e apagar aquela cena. Não. Eu não queria.
Não queria nem pensar no que faríamos se Penny não tivesse chegado na hora.
Ouvi Penny voltar ao quarto depois de alguns minutos. Ela deitou na cama e ficou em silêncio.
- Você está bem mesmo, ?
- Estou.
- Você sabe que pode me contar tudo, não sabe? – prendi a respiração para impedir que as lágrimas rolassem.
- Sei.
- Então, ok. Boa noite.
- Boa noite para você também, Penny. – minha vida era uma droga!

Capítulo 2


Quando saí da casa de Penny naquela amanhã, tinha um único objetivo na cabeça.
Esquecer Danny.
Começaria tudo o evitando. Evitaria-o na escola, evitaria-o nos ensaios da banda que eu ia assistir, evitaria-o em qualquer lugar que eu me encontrasse com ele.
Como eu previ, meu plano não funcionou muito bem. Meu coração deu um salto triplo quando o viu e depois se afundou quando viu quem o acompanhava. Algumas garotas estavam ao seu redor, só para variar, bajulando-o. Tentei ignorar o seu olhar na minha direção e sorri de qualquer coisa que Penny estava dizendo.
Senti meu bile subir para a garganta quando ele se sentou na mesa ao lado de Dougie e Harry, meus dois melhores amigos.
- , você está com cara de tristinha hoje. – Harry comentou.
- Não foi nada. É só mal estar.
- Você está grávida?! – Dougie gritou, chamando a atenção de várias pessoas. Eu dei um tapa forte na cabeça dele.
- Você é idiota, Dougie? É claro que eu não estou grávida. Qual o problema com você?
- Pessoal. – Tom tentou recuperar o fôlego quando parou de quase engolir a cabeça pequena de Penny. – Vai ter uma festa na casa do Paul semana que vem. Estão afim de ir?
- Parece legal, o que você acha, ? – Harry perguntou.
- Eu não sei...
- Eu vou! – Danny falou, afastando uma garota que apareceu tentando sentar em seu colo.
- Eu não vou.
- Vocês não vão começar com isso agora, vão? – Penny revirou os olhos.
- Dessa vez eu não fiz nada. – Danny se defendeu.
- Pessoal, acho que não estou me sentindo muito bem. Vou tomar um ar. – antes que alguém falasse alguma coisa, eu corri para fora do refeitório. Escondi-me debaixo de uma árvore e sentei, abraçando os meus joelhos. Não conseguiria fugir para sempre.
- Você não vai conseguir fugir para sempre. – meu coração bateu cinco vezes mais rápido que o normal. Droga! Droga! Mil vezes droga! Eu me odeio!
- Quem disse que eu estou fugindo?
- É notável.
- Só você deduziu isso.
- É porque eu sei o que aconteceu ontem.
- O que aconteceu ontem? – fingi-me de desentendida.
- Você sabe o que aconteceu ontem. E você sentiu a mesma coisa que eu senti. – ele sentiu? – Senti. – eu falei aquilo em voz alta? Mas que merda! - Danny, vamos esquecer o que aconteceu ontem, tá? Vamos esquecer e você volta a ficar perturbando aquelas piriguetes que dão para você. Eu não vou me juntar a sua lista. Entendeu, Danny? Eu não vou ser mais uma para você usar e depois jogar fora, tá? Eu tenho sentimentos e não vou me machucar por causa de você e sua mania irritante de usar todo mundo. Eu não vou! – saí correndo, com lágrimas nos olhos. Aquilo era tudo minha culpa! Eu queria morrer!
Tranquei-me no banheiro e chorei com todo o coração. Eu era uma idiota que não aguentava nada. Só por causa de um beijo eu estava daquele jeito. O Danny me achava patética mesmo.

***


Uma semana se passou depois do incidente do beijo. Eu estava pintando a unha do pé de preto quando meu celular começou a tocar. Quase derrubei o vidrinho de esmalte.
- Qual o problema com você? – gritei para Penny, do outro lado da linha.
- Os meninos vão ter ensaio agora. Vem.
- Eu não po...
- Te vejo em 20 minutos. Se você não aparecer, eu vou na sua casa te arrastar pelos cabelos.
- O quê? – mas ela já tinha desligado. Que droga!
Corri para baixo, descalça, dando tempo as minhas unhas de secarem.
- Tô saindo, povo!
- Tchau, querida! – minha mãe estava fazendo ioga na sala e meu pai estava cozinhando algo muito cheiroso na cozinha.
- Onde você vai?
- Assistir o ensaio dos meninos.
- Onde?
- Na garagem do Harry! – gritei, já do lado de fora.
Dez minutos depois, eu estava estacionando a minha caminhonete em frente à garagem de Harry, onde aconteciam os ensaios.
- Ela chegou! – Tom gritou para Penny, que conversava algo com seu irmão. Ela virou para mim e sorriu.
- Eu pensei que você não vinha.
- Como não vir? Eu tenho que ver os meus gatinhos tocarem.
- Eu sei que você me ama. – Danny deu um sorriso convencido e charmoso. Meu coração derreteu todo, como uma pedra de gelo exposta ao sol quente do verão.
Fingi não me importar com o comentário.
- Precisamos de uma nova música, Danny. Por que não esquece um pouco a e começa a pensar na letra de uma?
- Vamos começar logo o ensaio?
- Por que você está descalça? – Dougie perguntou, com uma sobrancelha levantada.
- Estou esperando a unha secar. – ele balançou a cabeça.
- Mulheres...
- Vamos, pessoal! – os garotos se posicionaram. Harry na bateria, Dougie no baixo, Danny e Tom na guitarra e no vocal.

Good, good, good, good enough
Good, good, good enough
Good, good, good enough
Good


- I can't stop, I can't stop loving you. You're a dreamer and dreaming's what you do. – Tom começou, mantendo seus olhos em Penny, que se mexia no ritmo da música.
Eu e minha melhor amiga pulamos e dançamos todas as músicas, até que me senti tonta e sem fôlego. Os meninos terminaram a música.
- Meu Deus! Eu preciso de água!
- Nossa água acabou, se você quiser, pode ir pegar lá dentro.
- Seus pais estão em casa?
- Não.
- Tem aspirina aqui? Estou com um pouco de dor de cabeça.
- Tem aspirina na minha caixa de remédio, no meu quarto.
- Tudo bem. – saí da garagem e entrei na casa pela portinha que ficava no fundo. Bebi água na cozinha e subi para o quarto de Harry. Já estivera ali várias vezes, já que eu e Harry éramos amigos há muito tempo. Mais tempo do que a minha amizade com a Penny.
- Não achou a aspirina? – eu congelei no lugar e ouvi a porta bater. Virei devagar e encarei Danny.
- O que você está fazendo aqui?
- Você não respondeu a minha pergunta.
- Nem você a minha.
- Responde primeiro.
- Não, Daniel. Não encontrei a aspirina. Agora responde a minha pergunta. – ele riu.
- Por que você está fugindo de mim? Por que você me trata assim?
- Eu te trato do jeito que você merece ser tratado.
- Ah! Vamos lá, ! Deve ser alguma coisa.
- Olha, Danny, o que você quer? Não tinha razão nenhuma para você subir aqui. Eu estou procurando aspirina para a minha dor de cabeça. Você pode sair, por favor?
- Não. – Danny chegou mais perto de mim e eu dei alguns passos para trás. Ele se aproximou mais, fazendo-me recuar até bater na parede. – Você não tem mais como fugir de mim. – seus olhos azuis queimavam o meu olhar.
- Eu não estou fugindo de você.
- Está sim.
- Não estou.
- Então me prova.
- Como?
- Beija-me. – sem esperar a minha resposta, ele me beijou. Seus lábios urgentes e firmes contra os meus um pouco indecisos. Ele me beijava com fogo e paixão, fazendo meu sangue gelar e meu coração acelerar. Suor começou a brotar das minhas têmporas. Eu o agarrei pelo cabelo e ele segurou meu traseiro, erguendo-me do chão. Enlacei suas pernas e o puxei mais. Pude perceber a situação dele debaixo das suas calças. Sua ereção pressionava o meu sexo com força. Eu arfei com a língua dentro da boca de Danny. Ele me tirou da parede e me deitou na cama de Harry. Suas mãos começaram a subir por baixo da minha blusa. Ele a ergueu pela minha cabeça e se afastou um pouco para poder passá-la pela minha cabeça. Suas mãos fecharam em concha em volta dos meus seios e começaram a apertá-los. Eu gemi e mordisquei o lábio inferior dele devagar.
- Danny...
- Por favor. – minhas mãos trêmulas puxaram a camisa dele para cima e eu a joguei longe. Passei minhas mãos por seu tórax bem definido. Oh, meu Deus, como eu queria aquilo. Eu queria Danny. Eu queria aquilo há tanto tempo. Ele alcançou o feixe do meu sutiã, desabotoou e o jogou longe. Ele desceu sua boca pelo meu pescoço e desceu até os meus mamilos duros. Ele capturou um em sua boca e começou a chupá-lo. Eu me contorci e me arqueei para ele. Deus! Eu precisava daquilo! Eu poderia ter um orgasmo só com aquilo. Ele pegou o outro em sua boca e mordiscou o bico. Eu gemi roucamente antes dele reclamar a minha boca na dele outra vez. Ele desabotoou minha calça, desceu o zíper e a tirou de mim junto com a minha calcinha. Eu brinquei com a aba da cueca dele e desci o cós da calça. Danny gemeu forte e tirou um pacote de camisinha de dentro do bolso da calça. Vestiu-a rapidamente e voltou a me beijar. Eu precisava tanto dele.
Danny passou os dedos pela minha bochecha e me penetrou devagar, olhando no fundo dos meus olhos. Não conseguia me desprender aquele olhar.

But we are the lovers (Mas nós somos os amantes)
If you don't believe me (Se você não acredita em mim)
Then just look into my eyes (Então olhe dentro dos meus olhos)
'Cause the heart never lies (Porque o coração nunca mente)


Oh, meu Deus! Eu explodi como fogos de artifício. Todo o meu ser o desejava. Arqueei-me mais e ele começou a se movimentar dentro de mim. Quase morri tentando sufocar os gritos.
- Oh! Sim! Oh, ! Sim! – ele segurou os meus quadris e se afundou mais uma vez, gemendo descontroladamente. – E-Eu não vou aguentar por mais tempo. – eu pressionei minhas costas para trás, perdendo-me na doçura de seus lábios. – Sim, ! Goze para mim! Sim! Dê-me isso!
Então, nós dois explodimos em puro êxtase, quando alcançamos o clímax.

Another year over (Outro ano acabou)
And we're still together (E nós ainda estamos juntos)
It's not always easy (Nem sempre é fácil)
But I'm here forever (Mas eu estou aqui para sempre)


Danny caiu em cima de mim, sem fôlego. Estávamos suados e ofegantes.
- ! Conseguiu encontrar a aspirina? – Harry gritou do andar de baixo.
- Meu Deus. – murmurei. – Estamos fritos.
Devagar, Danny saiu de dentro de mim e começou a se vestir. Vesti minhas roupas rápido enquanto Danny guardava o pacote de camisinha usada dentro do bolso da calça. Tentei desembaraçar o meu cabelo com os dedos.
- . – virei-me para Danny, que me olhava com intensidade. Senti-me corar.
- O quê?
- Você esqueceu uma coisa.
- O quê? – ele me puxou pelo braço e plantou um beijo gentil em meus lábios. Minha pele formigou com seu toque.
- A aspirina. Mas acho que a sua dor de cabeça já passou.
- Está tudo bem aí em cima? – Harry gritou novamente. Eu saí correndo do quarto de desci as escadas praticamente voando. Era o que eu mais sabia fazer. Sair correndo.

Capítulo 3


- , você está pronta? – Penny perguntou, do outro lado da porta.
- Eu já disse que não vou! – afundei na banheira, fazendo a água cobrir a minha cabeça.
- ! Por favor! Se você não for eu não vou. Se eu não for o Tom não vai. Se o Tom não for nenhum dos garotos da banda vão.
- Vai à merda! – gritei, debaixo da água.
- Vou aí dentro dar banho em você! – gritei furiosa e terminei de tomar banho.
Penny havia escolhido para mim uma saia de cintura alta preta colada, uma blusa branca e um sapato de salto alto preto. Vesti-me rapidamente e prendi o cabelo em um rabo de cavalo. Passei uma maquiagem leve com um batom vermelho. Quando saí do banheiro, Penny estava bufando impaciente, segurando o celular.
- Eu pensei que você tivesse morrido lá dentro.
- Você é insuportável!
- Você está linda! Os meninos foram convidados para tocar. – ou seja, Danny também vai estar lá. – Ei! Por que seus olhos estão vermelhos? – porque eu estava chorando, sua idiota!
- Não vou nada. Acho que foi por ficar muito tempo na água.
- Tem certeza?
- Tenho.
Quando saí da casa do Harry, depois do ensaio, tranquei-me em meu quarto e chorei até minhas lágrimas acabarem. Por que tinha sido tão idiota? Por que tinha me entregado tão facilmente a Danny? Com certeza ele sairia por aí contando a todo mundo que tinha comido a melhor amiga da irmã dele. Penny nunca mais olharia na minha cara.
- Então vamos. – peguei uma bolsa pequena branca e fui para fora com Penny. Estávamos com o carro de Tom, já que o meu carro estava sem gasolina e Penny não tinha carro. – Essa festa vai ser tão legal.
- Por quê?
- Porque simplesmente vai ser! O Paul da as melhores festas! – ela disse, animada. Chegamos ao apartamento que Paul dividia com alguns garotos e subimos pelas escadas, já que o elevador estava interditado.
- Vocês chegaram! – Dougie sorriu para nós. Penny correu para beijar o namorado.
- Você está linda. – Danny sussurrou em meu ouvido, fazendo todo meu corpo se arrepiar. Ele era justamente o motivo para que eu não quisesse estar ali.
- Você está maravilhosa, querida! – Harry disse, plantando um beijo em minha bochecha.
Alguma música agitada e contagiante começou a tocar e Penny me arrastou pela mão para a pista de dança.
- Eu simplesmente amo essa música! Vamos dançar. – agitamos os nossos corpos junto com algumas amigas (e amigos) por muito tempo. Quando Paul anunciou, em um pequeno placo arranjado, que os meninos iriam tocar em menos de 20 minutos, eu me encontrava segurando os meus sapatos, com suor escorrendo entre meus seios e em meu pescoço.
Senti braços fortes envolverem minha cintura e me puxarem para perto. Meus dedos se entrelaçaram com quem me puxou para dançar a música lenta que estava tocando. Uma língua quente deslizou pelo lóbulo da minha orelha e as mãos que seguravam a minha cintura agora subiam e desciam, delineando as curvas do meu corpo.
- Eu já disse como você está demais? – todo álcool que eu tinha tomado aquela noite estava fazendo minha mente ficar um pouco turva, mas aquela voz eu reconheceria em qualquer lugar.
- O que você quer? – virei-me, ficando de frente para Danny. Suas mãos ainda estavam em meu corpo e eu me vi apoiando as minhas em seu peito largo. Ele estava especialmente bonito naquela noite. Com uma camisa social aberta três botões, revelando sua pele perfeita, e uma calça jeans que lhe caía perfeitamente. Seu cabelo estava bagunçado de um jeito sexy e em seus olhos havia um brilho malicioso.
- Eu quero você. – ele chegou mais perto, com a boca encostada em meu ouvido. – Você me quer, ? – eu estava anestesiada.
- Sim. – sussurrei.
- Eu não consigo te ouvir. Me diz, . Você me quer?
- Sim, eu quero você. – Danny fez o caminho do meu ouvido até a minha boca. O mundo todo sumiu. Existia apenas ele e eu naquele momento. Puxei sua nuca para mais perto e ele me apertou mais. Eu estava ciente de que todos estavam nos vendo, mas eu não ligava. Eu não estava me importando com mais nada. Tudo que eu me importava naquele momento era Danny, eu e todas as sensações que eu estava tendo. Todas as emoções, o coração quase quebrando as minhas costelas, a minha mente no mundo da lua, ou melhor, em um mundo chamado Danny.
- Três minutos para subir ao palco. – um amigo de Danny gritou através da música alta e nós nos afastamos bruscamente. O olhar de Danny para o amigo era assassino. Ele se voltou para mim e suas sobrancelhas franziram. Ele estava sem fôlego e eu também. Naquele instante eu queria que o chão estivesse com fome e me engolisse.
- Tudo bem. – Danny foi com o amigo se preparar para entrar no palco e eu fiquei sozinha, parada na pista de dança, sentindo-me um pedaço de nada.
Paul apresentou os garotos e a cortina levantou. Lá estavam eles. Os olhos de Danny se encontraram com os meus e eu senti meu coração parar.

I'm getting tired of asking (Eu estou ficando cansado de perguntar)
This is the final time (Esta é a última vez)
So, did I make you happy? (Então, eu fiz você feliz?)
Because you cried an ocean (Porque você chorou um oceano)
And there's a thousand lines (E há milhares de linhas)
About the way you smile (Sobre o jeito que você sorri)
Written in my mind (Escritos na minha mente)
But every single word's a lie (Mas cada palavra é uma mentira)


Meus olhos começaram a se encher de lágrimas, logo elas rolaram livre e descontroladamente pelo meu rosto.

I never wanted everything to end this way (Eu nunca quis que tudo terminasse deste jeito)
But you can take the bluest sky and turn it grey (Mas você pode pegar o céu mais azul e transformar em cinza)
I swore to you that I would do my best to change (Eu jurei para você que eu faria o meu melhor para mudar)
But you said don't matter (Mas você disse que não se importava)
I' looking at you from another point of view (Eu estou te olhando com outro ponto de vista)
I don't know how the hell I fell in love with you (Eu não sei porque diabos me apaixonei por você)
I'd never wish for anyone to feel the way I do (Eu nunca desejaria para alguém se sentir do jeito que eu me sinto)


Eu não podia mais aguentar aquilo. Corri para fora do apartamento. Ouvi Penny me chamar, mas eu não parei. Não parei de correr descalça e com as lágrimas molhando o meu rosto. Joguei-me no chão, já sem forças, e abracei meus joelhos. Tudo que eu havia bebido e comido naquela noite voltou para fora. Eu me ajoelhei e segurei meu cabelo enquanto vomitava tudo. Eu estava acabada. Derrotada.

Capítulo 4


O sol nasceu no horizonte. Finalmente eu tomei coragem para checar meu celular.
30 mensagens de Penny, 10 dos meus pais, 15 de Danny e algumas de Dougie e Harry.
Meus olhos e minha cabeça doíam. Mas meu coração parecia mil vezes pior.
Braços finos e confortáveis me abraçaram, mas eu estava atônita demais para perceber.
- Oh, querida! Nós te procuramos a noite toda! Estávamos tão preocupados! – pela voz de Penny ela estava chorando. Abri meus olhos e vi Harry, Dougie e Tom correrem para me abraçar também.
- Meu Deus, ! Pensamos que tínhamos te perdido! – Harry me pegou nos braços e me colocou dentro do carro. Eu me aconcheguei em seu corpo, mas aqueles não eram os braços que eu queria que estivessem em volta de mim.
Onde estava Danny?
Meus amigos me levaram para casa. Podia ouvir Penny conversando com minha mãe no andar debaixo enquanto Harry me colocava na cama. Quando a conversa acabou, Penny subiu para o meu quarto e sentou na beirada da cama. Eu estava deitava olhando para o teto. Senti quando ela chamou pelo meu nome.
- Uma hora ou outra vamos ter que falar sobre isso.
- Eu sei.
- O que você fez com o Danny? – aquela era a última pergunta que esperava ouvir.
- O que eu fiz com ele?
- Ele chorou. Pela primeira vez, em quase dez anos, eu vi meu irmão chorar. Ele está destroçado. Ele acabou com a festa do Paul, se os garotos não tivessem o segurado ele quebraria os instrumentos também. Ele está tão triste e derrubado. , o que aconteceu?
- Desculpa, Penny. – eu abracei Penny e chorei em seu ombro. – Eu sinto muito.
- , o que aconteceu? Diz para mim. – eu me afastei dela e enxuguei as lágrimas com as costas da mão.
- E-Eu estou apaixonada, Penny. Eu estou apaixonada pelo seu irmão e nós... E nós transamos e... E eu sei que ele não se prende a garota nenhuma e que... E que... – as lágrimas escorriam pelas minhas bochechas e pingavam em meu queixo. – Eu não pude evitar. Mas eu não sei por que ele está desse jeito.
Então Penny fez uma coisa que eu nunca pensei que ela faria em uma situação daquelas. Ela riu. Minha melhor amiga riu como se o que eu tinha acabado de contar fosse a piada mais engraçada do século.
- Por que você está rindo?
- Meu Deus, !
- O que foi?
- Você não pode perceber?
- Perceber o quê? - Meu Deus, querida! Você é tão tonta! Meu irmão é apaixonado por você! Ele sempre foi! Desde a primeira vez que eu te levei na minha casa e ele puxou seu cabelo. Desde que ele te viu, sempre foi apaixonado por você. Você não vê como ele olha para você? Como ele observa cada movimento seu? Como ele sorri quando você sorri? – balancei minha cabeça, recusando-me a acreditar.
O quê? Danny? Apaixonado por mim? Seria possível?
- Agora eu vejo porque ele ficou daquele jeito quando você foi embora.
- Penny... Isso não pode ser possível!
- Sim, pode sim. Estamos fazendo um arerê por nada. Liga para ele, agora.
- Mas...
- Sem “mas”. Liga para ele. – Penny ergueu o celular para mim e eu peguei. Procurei o número de Danny na lista de contatos e liguei para ele.
- Penny? O que foi? Você já teve notícias dela? – sua voz era angustiada e triste. Sentindo meu coração se apertar.
- Danny? – perguntei com a voz vacilante.
- ?
- Danny?
- Sim? – sua voz havia mudado completamente. Lágrimas de alegria enchiam os meus olhos. Eu queria tanto estar com ele.
- Você pode vir aqui em casa? É que... Eu estou precisando de você.
- Tudo bem. Chego aí em um minuto. – desliguei o telefone e entreguei à Penny. Ela estava sorrindo largamente.
- Eu ainda não posso acreditar. Você e o meu irmão...
- Tudo bem, Penny. – eu sorri gentil para ela. – Você pode avisá-lo para subir quando ele chegar?
- Tudo bem. – ela saiu do quarto e, em menos de 5 minutos, alguém estava batendo à porta.
- Quem é?
- Sou eu, Danny.
- Entra. – Danny abriu a porta devagar e entrou, fechando-a.
- Oi. – ele me deu um sorriso torto e eu senti vontade de pular em cima dele e abraçá-lo.
- Oi. – eu não sabia o que falar. Danny passou a mão pelo cabelo, em sinal de nervosismo. Tinha sombras roxas e pretas embaixo de seus olhos. Provavelmente ele também não tinha dormido. – Danny... Olha. É melhor eu falar logo antes que a coragem passe. Sabe de todas as coisas que eu te xinguei durante todos esses anos? Bom, eu estava te desejando a cada hora. Eu sei que esse não é um bom jeito de falar, mas eu vou ser direta. Eu estou apaixonada por você e não consigo te tirar da mente. Eu sei que é louco, mas... Eu te amo. – Danny estava em silêncio. Eu soltei o ar que estava prendendo. – Então... Não vai falar nada?
- Eu não sei o que falar.
- Fala qualquer coisa. É melhor do que ficar em silêncio.
- Bom... Então tá. Sabe todas essas meninas que eu pego? Elas são para suprir a minha vontade de te querer. Todos esses anos eu te desejei de longe. Eu tenho ciúmes de você com outros garotos, inclusive com o Dougie e com o Harry. É tão gay um garoto estar se sentindo do jeito que eu estou me sentindo, mas é verdade. Eu não consigo controlar os meus sentimentos por você. Nunca soube e nunca vou saber.
- Oh... Danny! – eu corri para o seu abraço e beijo com todo o meu ser. Beijei-o com todo o amor que eu tinha suprimido por todos os anos. Seus lábios eram tão aconchegantes e quentes. Eu estava perdida em sua infinita doçura. Minha língua e a sua brincavam de pega-pega enquanto ele explorava todo o meu corpo com suas mãos.
- Meu Deus! Eu estou doido para tirar essa saia de você desde quando eu te vi com ela. – ele arrancou os botões que prendiam a saia por trás e o tecido escorreu pelas minhas pernas. – Assim fica bem melhor. – ele me ergueu e eu montei em seu tronco.
Ouvi algumas batidas na porta.
- Sem sexo no quarto hoje, mocinha. – ouvi a voz da minha mãe avisar. Eu e Danny rimos entre o beijo.
- Acho que não consigo me contentar apenas com beijos. – ele murmurou contra meus lábios.
- Nem eu.
- Eu te amo tanto, pequena.
- Eu também te amo muito, grande. – ele riu e eu o beijei outra vez. Eu nunca mais queria me desgrudar dele.

Fim

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