As últimas folhas secas caíram da árvore que, até alguns dias atrás, estava repleta delas. A cabeça de null estava confortavelmente pousada no peito de null, que sorria amarelo, completamente feliz. Os óculos escuros já não mais estavam cobrindo seus olhos null, e sim em algum lugar ao chão.
- Que cor está o céu agora? - Ele perguntou, arrancando um suspiro tristonho de null.
- Meio laranja... Da cor do casaco que você está agora. - Respondeu. - Que, a propósito, fica muito bem em você. - null deu uma gargalhada baixa e acariciou o rosto de null, que estremeceu com o toque.
- Você é linda, null. - Ele disse. - Eu sei que não a vejo com os meus olhos, mas eu posso vê-la do jeito que você... É. - null se ajeitou, encostando-se no tronco da árvore, e deu um beijo estalado na bochecha de null.
- E você é mais lindo ainda por dizer essas coisas pra mim.
- Você merece ouvir esse tipo de coisa todos os dias, sabe? - Ele tocou os lábios de null.
- Não acredito em você.
- Mas pode ter certeza que eu vou insistir nisso até convencê-la. - Ela sorriu e apoiou a cabeça no braço do garoto. Os olhos dele se moveram vagamente pela grama da colina, e logo depois seus lábios foram pressionados contra a cabeça de sua namorada. - Eu te amo tanto.
- É tão bom ouvir isso de você... - Ela suspirou. - Eu te amo mais que tudo nessa minha vida. - null tirou a cabeça de null de seu ombro e a segurou com as duas mãos, fazendo com que ela o encarasse firmemente. Os lábios de Tom passearam pelo rosto da garota. Olhos, bochechas, queixo e, finalmente, boca. Num beijo calmo e apaixonado, suas línguas dançavam uma com a outra em suas bocas.
- null. - Ele sussurrou.
- Sim?
- Casa comigo? - Os olhos dela se abriram e estudaram a expressão de null, que estava esperançosa. Ela afundou seu rosto na curva do pescoço do namorado e acariciou seu abdômen com a mão.
- Sim.