Brincadeiras De Ódio 10 - O Final Escrito e Scriptado
por: Rita
A fiction Brincadeiras de ódio está pensada para ser uma série de episódios, ligados cronologicamente. No entanto, as situações não tem necessariamente ser umas a seguir às outras, podendo ocorrer horas, dias ou até semanas depois. Mas cada episódio conta com o que aconteceu no anterior.
“FALA! Fala , será tão difícil me explicar por quê você me odeia tanto?” a garganta dele arrebentava.
“Você quer mesmo saber porque eu te odeio?” ela se aproximou e gritou na cara dele.
“Quero!” ele disse firmemente.
“Eu te odeio por você não gostar de mim! Eu te odeio pelo simples fato de você existir. Eu te odeio por você olhar para outras garotas e nunca ter olhado para mim. Eu te odeio porque desde o primeiro dia que te vi, no minuto seguinte eu fiquei sabendo que milhares de garotas andavam atrás de você e que você não dava a mínima para ninguém! Eu te odeio por pensar que um dia você gostou de mim e me descartou como qualquer outra pessoa” ela já estava feita em lágrimas, relembrar todos os seus sentimentos não era fácil para ela.> “EU TE ODEIO POR TUDO O QUE VOCÊ É, PORQUE TUDO O QUE VOCÊ É, É O QUE EU GOSTO!”
A cara de inchou. Lágrimas grossas caíam como um rio pelo rosto triste dela.
Ela virou as costas para ele e limpou suas lágrimas.
“Como?” ele perguntou.
estava atrapalhado, nunca ninguém tinha sido tão verdadeiro com ele, e tão rude e sinceramente bruto ao mesmo tempo. Nenhuma outra garota tinha dito para ele que gostava dele, que realmente gostava do , do verdadeiro .
“Mas eu depois percebi que não vale a pena ! Você não vale a pena! Você se envolve com as pessoas e depois faz merda! Depois, você me tentou engatar mas eu te odiei por isso, porque você apenas se aproxima das pessoas para proveito próprio, mais nada!”
Ela entrou na parte detrás do carro e deitou no banco, tentando aliviar a sua dor. se encolheu no banco e continuou chorando. Deitou todo o tipo de dor que tinha, chorando fortemente e sem vontade de parar.
O sol brilhante invadia a colina. As nuvens negras dos dias anteriores deixavam trespassar alguns raios solares luminosos. estava na frente do carro, sentado, observando a paisagem debaixo da colina. Já tinha passado uma hora e continuava chorando dentro do carro. ouvia alguns soluços da garota enquanto ela se acalmava. mirava a cidade. Aquele sol e aquele silêncio depois daqueles gritos o fizeram pensar.
recordou todos os momentos que tinha tido com ela. Desde o primeiro beijo na parada de ônibus… a dança no clube de férias… a cena no banheiro do bar… os beijos no jardim enquanto chovia… suspirou sentindo o seu coração pesado. Porém, encontrou os seus sentimentos e, decidido, entrou no carro, no banco do condutor e fechou a porta. As lágrimas no rosto dela tinham secado, sua maquiagem estava um pouco borrada. br>
“Tome” ele lhe deu um lenço e ela aceitou. Ela rapidamente limpou o seu rosto. Ele a fitava a todo o momento.
“Que foi?” falou ela rouca.
“Eu…” ele retraiu-se e virou-se para frente.
“…”
“Não, me deixa falar.” Ele a interrompeu. “Sabe eu sempre tive fama de pegar garotas. Quer dizer, dizem que sou um dos garotos mais bonitos do colégio, as garotas não largam o meu pé e todo o mundo gosta de ter um pedacinho pequeno de mim. E eu entrei no colégio antes de você. Logo aproveitei toda essa atenção, adorei que os mais velhos quisessem me levar a bares e a clubes e que as garotas suspirassem por mim no corredor e que as mais velhas me seduzissem mesmo sem eu mexer um dedo meu.”
se sentou no banco e ficou ouvindo o garoto
“Pronto, isso foi no meu primeiro ano no colégio. No segundo ano você apareceu. Verdade que eu ainda estava todo arrogante e certo de que poderia apanhar qualquer garota. E foi aí que eu falei para você mas você me mandou o dedo do meio. Eu me ri, você era bem provocativa. Mas depois você me deu tanta barra que eu me passei com você. Os meses foram passando e eu fui acalmando de certa forma o meu estatuto. E você apareceu outra vez e eu não sei o que me deu mas eu te beijei naquele dia…”
Ele ficou calado não querendo dizer nada, não conseguindo continuar o seu discurso.
“Sim? Onde você quer chegar ?” ela perguntou com voz baixa.
“Eu descobri o porquê disso tudo. Eu percebi porque é que eu te beijei uma, duas, três, quatro vezes. Eu percebi que gosto de estar com você e que o meu corpo e coração se mexem com a sua presença.”
Ele fixou os olhos tristes dela que esperavam uma resposta.
“Eu percebi que eu estou apaixonado por você ” ela ficou com uma expressão incompreendida “Eu percebi como é gostar de alguém e eu gosto de você, porque eu descobri o que é gostar de outra pessoa a sério, de ficar horas e horas pensando nela todos os dias, de sentir o meu coração explodir, de ver minha respiração falhar quando toco em você – eu estou apaixonado por você .”
Ele pegou no rosto dela e se aproximou “Eu não apostei nada em ter você. Você é que apareceu na minha vida, assim, dessa maneira completamente diferente”
Ela olhou para ele e sorriu timidamente, tocando na sua mão que tocava no seu rosto.
Ele encostou a sua testa na dela. respirou fundo, aliviando o peso do seu corpo depois do estresse dos momentos anteriores e deixando o seu coração bater mais calmamente.
puxou pelo hoody e ele passou para o banco de trás. Ele a empurrou contra as costas do banco e se apertaram.
Ela beijou cuidadosamente a testa dele.
“Eu às vezes odeio você…” ele olhou para ela esperançoso “Mas eu amei o que você fez agora”.
“Eu te adoro , de verdade” ele encostou os seus lábios aos dela de forma carinhosa.
puxou para si, intensificando o beijo. Depois ficou olhando para ele, acariciando o seu rosto e mexendo no seu cabelo. puxou a garota para perto de si e ela enterrou a sua cabeça no ombro dele, descansando finalmente nos braços de quem gostava. Ele beijou o topo da sua cabeça, a abraçando.
e ficaram no carro até o sol cair. Ambos adormeceram por alguns momentos, abraçados. acordou, avisou e foi para o volante, dirigindo até suas casas.
passou pela porta e rastejou até ao seu quarto. Se atirou en sua cama e, ainda confusa, adormeceu perdida em pensamentos.
document.write(Danny) acordou cansado, mas feliz. Vestiu-se e foi para o colégio, chegando tarde para sua aula e encontrando Ryan na carteira ao lado.
“, onde você andou ontem à tarde?”
“Resolvendo tudo meu amigo.”
“Sério? E agora?” Ryan, empolgado, perguntou colando os seus olhos em .
“Não sei cara… ainda não sei.” A aula passou com ligeiramente concentrado no livro mas, sem dúvidas, com o espírito demasiado inquieto para deixar de estar nervoso. Que iria acontecer agora? Ele se tinha declarado a ela, tinha dito tudo o que sentia nos últimos dias… e agora? Que ia acontecer? Será que tinha sido tudo uma grande ilusão? Será que iria lhe dizer que afinal não queria estar com ele?
O alarme tocou e saiu calmamente com Ryan e outro garoto da sala. No corredor olhou à volta e viu sair com a Michelle da aula. Ela olhou para ele, sorriu para ele confiante e se dirigiu para a entrada do colégio. levou Ryan lá para fora também. O tempo estava melhorando bastante, a temperatura tinha subido alguns graus e era agradável apanhar algum sol no espaço aberto da entrada do colégio.
olhava fixamente para e o seu grupo de amigas. A garota dava apenas alguns olhares para ele. O alarme tocou e Ryan despediu-se dos garotos com quem estava e se virou para ir para dentro do edifício mas deu um passo em frente.
“Onde você vai, ?” atirou a cabeça para o lado direito fazendo sinal para as garotas. Ryan sorriu-lhe, apertou a mão de e foi para dentro.
Já ele respirou fundo e se dirigiu para o grupo de garotas que passavam por ele. Parou de frente a ela e levou os olhos para ele. Michelle sorriu para amiga e os deixou a sós.
“Oi” ele falou.
“Oi, ” ela mordeu o lábio inferior com algum nervosismo.
“Preciso falar com você.”
“Sim, eu sei” ela respondeu baixando o olhar.
“Te pego depois da aula?” ele perguntou e baixou a cabeça tentando ver o rosto dela. respondeu que sim e teve de fitar os olhos claros do garoto.
“Sim, claro."
“Tá, te espero no meu carro” ele agarrou na mão levemente, sorriu para ela e foi para dentro do edifício.
respirou de alívio e ficou nervosa. Teria que resolver a sua vida em algumas horas… não sabia o que dizer, ou o que fazer, apenas queria uma coisa…
O alarme tocou. Eram 13 horas. Todo o mundo saiu da aula. atrasou o passo de tanto nervosismo, sentindo suas pernas bambas. Conversou ainda com alguns amigos, querendo atrasar a todo o custo o ‘momento final'. No entanto, todo o colégio estava saindo àquela hora, não havendo muitas pessoas querendo ficar à sua porta. Ela apressou o passo e foi para o parque de estacionamento procurando o carro de . O garoto estava encostado a ele, descontraído, numa boa. respirou fundo uma última vez antes de fazer o caminho todo.
Ele olhou para ela, o canto da sua boca formou um sorriso e ela também sorriu. Ela entrou no carro, também. O motor ficou ligado e saiu dirigindo do colégio.
“Para onde vamos?” a garota perguntou calmamente, vendo as ruas principais da cidade.
“Vamos para a colina” deu uma maior volta que no dia anterior. No entanto, saiu da cidade, fez um pouco de auto-estrada e saiu de novo na saída do parque de campismo.
chegou à colina e desligou o motor. Tirou a chave, abriu a porta, saiu do carro e se sentou num tronco velho cortado. ficou quieta no carro, mas depois também saiu, batendo com a porta e se colocando à frente de . Ele mexia com o tênis na areia, enquanto ela meteu as mãos nos bolsos das jeans, olhando também para os pés.
“Então…” ele falou primeiro e rapidamente, o olhou.
“Então …” ela continuou olhando para os sapatos e falava “Que vamos fazer agora?”
“Sim, o que faremos?”
“Não sei…”
“Você quem sabe …” ela olhou para ele estranho. Ele se levantou e ficou de frente para ela. “Você sabe o que eu quero.”
“E o que você quer?” a garganta de estava a ficar seca, a sua respiração estava acelerada.
“Eu quero você. Eu quero ficar com você…” ele acariciou o rosto de . Ela fechou os olhos e quando os abriu, os olhos de estavam concentrados nos do dela “Você quer?”
“Sim, eu quero ficar com você” ele sorriu e uniu os seus lábios aos dela.
“, você quer ser minha namorada?”
Ele afastou um pouco o rosto e questionou a pergunta “Você tem certeza disso, ? Você quer ter uma namorada?”
“Sim…” ele disse com alguma dúvida mas rapidamente corrigiu a frase à sua maneira “ Eu quero ficar com você, . Pronto, você fica minha namorada porque eu quero.”
“Tá, ” ela respondeu um sorriso divertido no rosto “Eu sou sua namorada.”
segurou o rosto dela e deixou seus lábios sentirem os dela, finalmente.
A colina estava rodeada de apenas algumas nuvens brancas que pintavam o céu azul. E no topo dela estava e , colados um num outro, envoltos num beijo apaixonado. E sabendo que tudo tinha começado com um pequeno ‘ódio’ e com simples brincadeiras…
FIM
Notas
É O FIM!
Sim, este é o último episódio de Brincadeiras de Ódio! O fim foi atualizado mas acho que ficou exactamente como eu queria. Espero que todos tenham gostado.
Queria agradecer à beta que mais uma vez colocou isto no site para vocês. E agradecer a algumas pessoas que me mandaram um email perguntando quando iria continuar a estória. Assim, sem esses emails, eu nunca teria acabado essa fic. Mas acabei!
Mas o maior obrigada vai para vocês leitores! Eu sei que vocês são poucos mas só o fato de lerem essa fic e de se darem ao trabalho de a ler até ao fim, para mim chega isso. Só terem lido uma já me chegava, porque eu acho que poderia ter feito mais que isso mas pronto.
OBRIGADA, OBRIGADA, OBRIGADA! Obrigada por me darem inspiração para continuar escrevendo ou até ter novas ideias para fics!
BEIJO PARA VOCÊS TODOS, OBRIGADA!
see ya ;)
Rita