Eu dava os últimos retoques na minha maquiagem em frente ao grande espelho do meu quarto. chegaria a qualquer momento. Estava tudo pronto para a nossa noite especial.
Naquela noite completávamos quatro anos de namoro.
Como era uma quarta-feira, só chegaria em casa depois do trabalho, por isso combinamos de sair, jantar e depois... Quem sabe ir a algum outro lugar.
Quando finalmente terminei de me aprontar, dei uma última olhada no meu reflexo. Eu usava um vestido de duas cores, que dava uma impressão de ser uma saia de cintura alta e uma blusa, porém, era uma peça só, e muito justa. A parte de cima era branco gelo e a de baixo era vermelho. Nos pés eu calçava um sapato de salto alto preto, que era lindo. Meu cabelo estava solto e natural, com pequenas ondulações nas pontas e a franja jogada para o lado. Eu me sentia bonita, era isso que importava. Fui para a sala esperar chegar e, a julgar pelo horário, ele não demoraria. Mal esperei cinco minutos e a buzina do seu carro ecoou pela rua silenciosa. Fui até a sacada de nosso apartamento me certificar e o vi descendo do seu Audi A4.
Peguei minha bolsa em cima da mesa e desci as escadas. .
- Se eu fosse te elogiar ficaríamos a noite toda aqui, mas eu prefiro fazer outras coisas – riu, me beijando, e eu senti meu estômago afundar. Era sempre assim. – Aliás, você está linda – ele disse com a testa colada à minha.
- Obrigada, você também está – devolvi o elogio. –Vamos?
- Claro! – abriu a porta do carro para mim e seguimos em direção ao Pied à Terre, um chique restaurante francês que havia em Londres.
Nunca havíamos ido lá, mas sempre que passávamos pela frente, eu comentava que um dia gostaria de comer lá, e sempre me dizia que um dia me levaria. estacionou o carro na entrada do restaurante e desceu, dando toda a volta ao redor do veículo e abrindo a minha porta. Sorri agradecida quando ele pegou na minha mão, ajudando-me a sair do carro. Não que eu precisasse de ajuda, mas ele estava sendo muito cavalheiro e eu estava adorando isso. Ele entregou as chaves do carro para o manobrista e entramos no restaurante. Eu fiquei impressionada com o lugar. Era absolutamente lindo, mas também devia ser muito caro.
- Um lugar lindo para a minha namorada linda – sussurrou em meu ouvido assim que viu a minha cara de espanto.
- Esse lugar não é muito caro, ? – perguntei franzindo a testa e talvez quebrando todo o clima.
- Não se preocupa, era umito exagerado e havia pedido muitas coisas, até fez parecer que não comia nada há um mês.
Nossa noite estava sendo maravilhosa e o meu sorriso incessante demonstrava muito bem isso.
- Isso aqui tá divino. Prova, amor – falou estendendo uma colher de um creme branco até a minha boca. Era realmente muito bom, porém, alguns segundos depois, senti que o oxigênio não chegava aos meus pulmões. Eu aspirava, aspirava, mas era como se tivesse algo bloqueando a passagem de ar na minha garganta.
- ... – ofeguei com o pouco de fôlego que me restava. – Não consigo respirar... – falei esganiçada, torcendo para que meu namorado entendesse.
- Meu Deus! – falou se levantando e vindo até mim para tentar me socorrer. Um aglomerado de garçons se formou ao meu redor e eu ouvia várias coisas saindo da boca deles, porém só consegui distinguir a palavra “camarão” em meio a toda aquela confusão. Então era isso, estava explicado. Eu era alérgica a camarão.
me pegou no colo e saiu correndo pela porta do restaurante, mal pude perceber quando ele me estendeu rapidamente no banco de trás do nosso carro. O garçom simpático que havia nos atendido se sentou no banco do carona e dava algumas instruções à , coisas que eu não entendia. Naquele momento, tudo que eu precisava era de ar.
Quando o carro parou, percebi que estávamos em um hospital. me tirou cuidadosamente do banco de trás do carro e me carregou até a entrada do hospital. Uma enfermeira chegou com uma cadeira de rodas e me sentou nela, enquanto relatava o ocorrido a ela. A julgar pela cara que ela fez, eu devia estar além de roxa, porque ela parecia muito assustada.
Levaram-me até uma sala separada e me deitaram na maca que havia ali. Depois, devido ao meu baixo estado de consciência, tudo o que senti foram algumas picadas em meu braço e o ar finalmente voltando aos meus pulmões. estava parado aos pés da maca com a cara mais assustava possível e mexendo nos cabelos, sinal de que ele estava muito nervoso. Mal sabia ele como ficava sexy fazendo aquilo. Só depois de olhar bem para ele e ver que ele encarava um ponto fixo próximo a mim, percebi que era um médico estava parado ao meu lado.
- Sinto muito, mas você vai ter que passar a noite aqui em observação...
- É necessário mesmo, doutor? – Eu perguntei.
- Infelizmente sim, a sua reação alérgica foi muito forte e queremos ter certeza que os remédios vão fazer efeito. – O médico me respondeu. Ele deve ter percebido pela minha cara que eu estava muito triste, pois disse: - Mas se tudo ocorrer bem essa noite, amanha pela manhã mesmo você já está liberada.
Eu agradeci e o médico se retirou do quarto. Virei-me para , que segurava minha mão e disse:
- Desculpa por estragar a nossa noite, amor...
- Não foi sua culpa, . Se eu soubesse que aquele salmão vinha acompanhado com molho de camarão, eu nunca teria pedido.
- Também não foi sua culpa, você nem sabia. – Tentei amenizar a culpa que ele sentia.
- Mas agora você vai ter que passar a noite no hospital! – insistia.
- Pelo menos você está aqui comigo. – Eu sorri.
- Só que não do jeito que eu queria... – Ele me disse, fazendo uma cara maliciosa e eu sorri. - Podemos dar um jeito nisso. – Ele continuou; se curvou, então, até conseguir encostar os seus lábios nos meus. Era incrível que mesmo depois de 4 anos juntos, ainda conseguisse me deixar tonta só com um beijo.
Ele estava debruçado sobre mim, suas mãos passeavam pelas minhas pernas, quando eu parei o beijo.
- ! Aqui não! – Eu disse ofegante.
- É que eu me empolgo com você, . Podemos comemorar de um jeito diferente esse ano – ele me disse com brilho nos olhos e eu vi que ele realmente queria aquilo.
- Eu não sei... – Falei hesitante. Não queria magoá-lo, mas não queria comemorar nossos 4 anos de namoro numa maca de hospital.
- Me dê só 5 minutinhos. – disse antes de sair do quarto.
Eu não fazia idéia de onde ele ia, só esperava que ele não demorasse muito. Enquanto eu pensava, um médico entrou no meu quarto, me causando um sobressalto. Foi quando eu percebi que era o meu , só que vestido de médico. Ele realmente não havia demorado muito e estava lindo, como sempre. Estava todo de branco. A calça branca realçava as suas coxas - e que coxas -, uma blusa pólo também branca e um jaleco por cima. Havia um estetoscópio repousado em volta do pescoço. Ele sorriu maliciosamente e veio andando na minha direção. Sentei-me na maca imediatamente devolvendo o sorriso malicioso que ele me dava.
parou na minha frente e disse em um tom muito sério e formal que me fez rir:
- Como você se sente?
- Estou ótima, doutor. – Respondi, tentando segurar o riso.
- Que bom. Mas mesmo assim vou examiná-la - ele disse tirando o estetoscópio do pescoço e o colocando sobre o lado esquerdo do meu peito. - Que pena, não estou escutando os seus batimentos direito. – continuou falando com o mesmo tom formal, mas mesmo assim divertido.
- Aprofunde mais então. – Provoquei. Senti um arrepio quando ele botou o aparelho perto do decote do meu vestido, em contato com o meu seio, e sorriu. chegou mais perto do meu rosto e senti a sua respiração junto com a minha. Meus olhos estavam fixos em seus lábios e eu estava começando a ficar com calor.
- Acho que ainda não consigo ouvir bem – ele provocou, dando a volta ao redor da maca. Tirou uma das alças do meu vestido e colocou o estetoscópio sobre a minha pele, me causando mais um arrepio. – Agora ficou bem melhor.
- Sabe, doutor... Estou me sentindo meio quente, será que é febre? – Perguntei entrando na brincadeira.
- Embora eu ache que o calor é resultado do efeito que eu causo em você, posso dar uma olhada. – respondeu. Ele deu a volta na maca novamente e encostou os lábios suavemente na minha testa a fim de medir a minha temperatura. Seus lábios foram descendo até as minhas bochechas. Eu abri as pernas e se encaixou ali no meio enquanto me beijava. Eu o puxei pelo cós da calça, encurtando o espaço que restava entre nós. Os beijos desceram para os meus ombros e colo, e quando dei por mim, lambia meus seios enquanto eu acariciava seus cabelos. Fui me inclinando cada vez mais para trás, até ficar totalmente deitada, com por cima de mim. Em um movimento tão rápido que eu mal percebi, inverti os papéis, ficando por cima dele, com uma perna de cada lado.
sorriu malicioso e eu agradeci mentalmente por aquela maca ser resistente. Tirei meu vestido rapidamente, ficando somente de calcinha, e voltei a beijá-lo ao mesmo tempo em que eu retirava seu jaleco e sua camisa. Desci os beijos para o peito dele enquanto fazia movimentos de vai-e-vem, sentindo o “poder” por debaixo de suas calças. Eu olhei para ele e sorri enquanto desabotoava sua calça e abria seu zíper. Antes de eu tirar sua cueca, ele tirou a minha calcinha e acariciou a minha parte íntima, me fazendo quase chegar ao orgasmo. Essa era uma das qualidades de , tudo que ele fazia era muito bem feito. Muito.
Ele introduziu um dedo em mim e eu tive que conter o grito de prazer que quase soltei.
- Você me deixa louco. – sussurrou no meu ouvido, me fazendo estremecer. Ele tinha esse poder sobre mim. Sempre me fazia estremecer.
Desci mais, ficando com a cabeça no cós da cueca que ele usava e a retirei com os dentes. Vi que ele fechava os olhos enquanto eu passava as mãos por toda a extensão do seu membro, o masturbando primeiro com as mãos, mas não tardei a fazer o mesmo com a boca, alternando entre movimentos lentos e rápidos. Quando ele estava quase chegando ao clímax, eu parei e ele inverteu a posição comigo, ficando novamente por cima. me masturbou do mesmo modo que eu havia feito com ele: primeiro com os dedos, depois com a boca. Se ele já me deixava tonta com um beijo, com isso eu ia à loucura.
Quando ele percebeu que eu estava chegando ao orgasmo, e ele sabia bem isso, parou e, sem aviso nenhum, me penetrou de uma só vez. Fui obrigada a reprimir outro grito de prazer, dessa vez mais alto ainda. aumentava e diminuía o ritmo das estocadas como se soubesse que aquilo me torturava.
Nós dois estávamos suados e loucos para gemer, mas se isso acontecesse seríamos pegos. Isso só aumentou o nosso tesão.
Depois de um tempo me penetrando, nós dois chegamos ao orgasmo juntos. Esse gemido foi o mais difícil de reprimir, pois eu não conseguia pensar em nada mais além daquela onda imensa de prazer que me inundava.
Ele saiu de dentro de mim e nos vestimos. deitou comigo na maca, eu encostei a minha cabeça no peito dele e fechei os olhos.
- Em pensar que você estava doente... – Ele falou em tom brincalhão.
- Imagina se eu estivesse bem... – Brinquei com ele.
- É que eu sou um ótimo médico, . – disse sorrindo.
- Correção, sr. : você sabe, e MUITO bem, brincar de médico!