Não havia se passado muito tempo desde o nosso aniversário de namoro, mas depois de tudo aquilo que havia acontecido no hospital, eu percebi o quanto ficar doente, às vezes, poderia ser divertido. Acredito que achava o mesmo.
O bom de namorar é que não havia frescuras no nosso relacionamento, apesar de ele ser famoso. Era tudo muito explícito, nós não brigávamos, não havia traições. Era uma relação baseada, principalmente, na confiança. Eu o amava incondicionalmente e sabia que era correspondida. Ele nunca me deixava esquecer esse fato.
sempre acordava antes de mim, eu nunca o via sair para o trabalho. Naquela manhã, logo que eu acordei, ele me ligou do estúdio, onde estava gravando com os meninos, dizendo para eu preparar uma lasanha, seu prato preferido, e me arrumar muito bem para aquela noite. Ele disse que era uma surpresa, e uma surpresa muito especial. Eu realmente nem fazia idéia do que poderia ser... Na verdade eu tinha uma idéia, mas não poderia ser aquilo. Ou poderia? Não, não poderia.
Achei estranho o fato de querer fazer uma surpresa em casa e, mais: enquanto quem preparava o jantar da surpresa era eu. Mas ignorei esse fato e me voltei para a minha tarefa: o jantar.
Morávamos em um bairro muito bom, nossa casa era grande, bem localizada. Nossos vizinhos, tirando os meninos da banda, eram tranquilos. Eu não podia reclamar da vida que eu levava, a vida que me proporcionava. A felicidade toda que ele me trazia.
Mas não pensem que eu sou inútil, eu estudava e dava aulas de português, nas horas vagas.
Saí de casa e andei uma quadra, até chegar ao supermercado que havia ali. Comprei tudo o que precisava para preparar o jantar e voltei para casa. Quando cheguei, por puro hábito, fui ver se havia algum recado na secretária eletrônica do telefone, apesar de ter certeza de que não havia nada. Eu não tinha demorado nem dez minutos indo ao mercado.
Para a minha imensa surpresa, haviam dois. Apertei o botão que me permitia ouvi-los e fiquei mais surpresa ainda. Era a voz de .
“Mal posso esperar pra te ver naquela lingerie preta essa noite”, ele disse num susurro e a mensagem acabou. Rapidamente eu entendi que aquilo soava como um pedido. Fui até nosso quarto, que ficava no final do corredor do segundo andar, abri o roupeiro e da primeira gaveta tirei a lingerie preta da qual ele falava. amava quando eu a vestia, se tornou a preferida dele. Eu sabia do que ele era capaz quando me via com ela. Ou sem. Coloquei-a em cima da cama, já preparando pra quando ele chegasse em casa, e voltei para a sala. Havia mais uma mensagem de voz na secretária eletrônica que eu não tinha ouvido.
“Mas mal posso esperar ainda mais pra te ver sem ela. Te vejo à noite. Eu te amo, ”, a voz dele já não era um susurro na segunda frase. Eu sorri instantaneamente.
não era desses namorados que ligavam a cada 10 minutos pra dizer que amavam a garota, mas ultimamente ele vinha se tornando mais atencioso comigo, se é que isso é possível. Eu não podia estar mais feliz.
Despertei dos meus pensamentos e fui para a cozinha preparar o jantar e, assim, a tarde se seguiu. Deixei a lasanha pronta, só esperando para ser colocada no forno mais tarde, e arrumei a casa toda, que não era pequena. Nós já morávamos juntos há algum tempo, só que era raro achar algum de nós dois em casa no período da manhã ou da tarde, pois trabalhava e eu estudava e trabalhava. Mas como ele disse que era um dia especial, eu resolvi ficar em casa para ajeitar tudo.
Por volta das 19 horas, resolvi ir tomar meu banho. deveria chegar em meia hora, mais ou menos, e era tempo suficiente para eu me arrumar.
Tomei meu banho rapidamente, eu odiava ficar criando raízes embaixo do chuveiro. Além de gastar água, me dava agonia ficar toda enrugada. Escolhi um vestido muito bonito que eu tinha comprado para ir na formatura da minha sobrinha, há um ano. Ele era prateado com detalhes em azul celeste no busto e na barra. Tomara que caia, estilo balonê, que ficava um pouco acima do joelho e com um laço atrás, envolvendo a cintura. Eu adorava aquele vestido e, dependendo as situação, ele se tornava fácil de ser tirado.
Vesti-me, não esquecendo de por a lingerie preta que meu tanto gostava, deixei meu cabelo solto, que estava com alguns cachos nas pontas e penteei minha franja pro lado. Passei uma maquiagem levíssima, só pra não dizer que eu estava de cara limpa. Enquanto eu me ajeitava, ouvi o barulho das chaves na porta, lá embaixo. Era ele. Olhei o relógio e vi que eram 19:40. Desci as escadas com calma. Eu estava de salto que, mesmo sendo muito baixo, se tornava perigoso pra uma pessoa como eu. Eu conseguia cair por qualquer motivo, a qualquer momento.
me viu e abriu um sorriso largo. Eu adorava quando ele fazia isso.
- Você está perfeita!
- Obrigada, amor – eu falei, corando um pouco. Elogios sempre me deixavam envergonhada.
Olhei para ele, prestando atenção agora.
- O QUE HOUVE COM O SEU BRAÇO? – eu exclamei realmente muito alto.
estava com o braço engessado, até acima do cotovelo. Eu nunca pensei que o veria assim, nunca havia se machucado. Não pra chegar nesse ponto de engessar alguma parte do corpo.
- Foi tudo culpa do idiota do ... Ele se jogou por cima de mim, e eu cai em cima do meu braço! – tentou se explicar. Havia alguma coisa nessa história que não estava certa, mas eu não queria saber disso agora.
- Mas o que foi que aconteceu? – perguntei já exasperada.
- Eu quebrei o antebraço e tirei o cotovelo do lugar – ele me respondeu, fazendo uma carinha de dor que dava pena até ao mais frio dos seres humanos. Eu me aproximei lentamente, com a testa franzida em sinal de pena, e o abracei. Ele retribuiu e eu senti um arrepio ao perceber que ele respirava na curva do meu pescoço.
- Você vai ficar bem, meu amor – eu disse, no ouvido dele, afagando seus cabelos.
- Eu sei, eu tenho a melhor enfermeira do mundo – susurrou no meu ouvido, rindo.
Soltei-me dos braços dele e o encarei por um momento. era incrível. Absolutamente incrível. Além de lindo, claro. E o fato que me deixava mais feliz ainda: ele era meu. Todo meu.
- Você não perde esse jeito cafajeste nem quando tá todo quebrado, né, ? – eu disse rindo, e ri mais ainda da cara incrédula que ele fez.
- Eu?! Como você pode dizer isso de mim, ! – ele se fez de ofendido e nós dois rimos. Cheguei perto dele novamente e o beijei. Nos separamos e eu lembrei que a lasanha estava no forno. fungou, sentindo o cheiro que saía da cozinha naquele momento.
- Hum, você fez mesmo o que eu pedi, não?! – disse, ainda com a boca encostada na minha.
- Sim. Me diga o que é que você pede que eu não faço? – pisquei e dei um selinho nele, me separando. – Vou lá buscar o jantar.
Eu já havia arrumado a mesa, então só sentamos e comemos.
- Nossa, , isso aqui tá muito bom! – ele disse, com a boca cheia, e eu o repreendi com o olhar.
- Não é porque você está elogiando a minha comida que eu vou aceitar que você fale de boca cheia na mesa, – eu brinquei, vendo a dificuldade que ele tinha em cortar a comida com uma só mão. Prontamente me levantei e fui até ele, tomando o garfo e a faca de suas mãos e cortando a lasanha em vários pedaços. Ele me olhou agradecido e eu sorri.
- Obrigado. Não sei o que seria de mim sem você – falou sincero e eu me senti a melhor pessoa do mundo ouvindo aquilo dele.
- Eu também não sei o que seria de mim sem você, você sabe disso.
Eu o observei e percebi que ele estava com uma roupa que não era casual, de ir trabalhar ou algo assim. Ele estava com uma camisa social preta, que eu amava. Inclusive eu que a dei de natal pra ele. Ou foi de aniversário? Bem, aquilo realmente não importava naquele momento. também estava com uma calça jeans escura, o que o deixava mais sexy ainda. Mais ainda porque ele já era naturalmente sexy, isso era fato inegável.
- O que você tanto me olha, ? – ele perguntou, me fazendo acordar dos meus devaneios.
- Estava pensando na sorte que eu tenho em você ser meu namorado – falei, sinceramente.
- E você já imaginou a sorte que eu tenho em ser seu namorado? – ele perguntou se levantando.
- Na verdade, não. Por que você acha que tem essa sorte? – o provoquei.
- Porque eu tenho a namorada mais linda – ele chegou perto de mim e puxou minha cadeira –, mais gostosa – chegou mais perto ainda e susurrou no meu ouvido –, mais atenciosa – beijou a minha orelha –, e mais perfeita do mundo.
- Nossa, que sorte a dessa mulher – me diz de desentendida, mas na verdade eu queria pular no pescoço daquele homem e dizer o quando eu o amava.
- Pois é, eu concordo com você. Ainda mais sabendo que eu estou olhando pra essa mulher agora mesmo – me olhou profundamente e eu senti vários arrepios percorrerem meu pescoço. Levantei-me e fiquei de frente pra ele.
, num impulso rápido demais, o qual eu mal consegui perceber, me pegou no colo e foi caminhando comigo em direção ao nosso quarto. Jamais saberei como conseguiu isso com o braço daquele jeito, coitado. Dizem que quando você realmente quer alguma coisa, você tira forças surreais até de onde não existem; deve ter sido isso que ele fez naquele momento.
Ele me olhava com um sorriso misterioso no rosto, algo indecifrável até pra mim que o conhecia há anos. Nós entramos cambaleando no quarto, ao mesmo tempo que ele tirava o meu vestido, o que se tornou uma tarefa difícil, vale salientar. me deitou na cama com cuidado, ficando por cima de mim logo depois. Eu fui abrindo os botões da camisa dele lentamente com a malícia estampada no rosto, afinal, ele adorava aquela cara que eu fazia. E eu, modestia à parte, fazia o meu papel muito bem. Talvez porque não fosse bem um papel, eu não precisava representar, eu já era safada por natureza, mas disso só ele sabia. E sabia bem.
Tirei a camisa dele por completo e ele voltou a me beijar com muita vontade, como se precisasse daquilo para sobreviver. E eu realmente acho que precisava. Eu só sei que eu precisava muito daquilo para sobreviver, eu precisava dele inteiro para sobreviver. Inteirinho só pra mim.
Gemi durante o beijo, o obrigando a se separar de mim.
- Só um minuto, eu já volto – disse e entrei no banheiro do nosso quarto. Percebi que ele ficou me olhando com a maior cara de dúvida e indignação e não pude deixar de rir comigo mesma.
Abri o armário mais alto do banheiro, e retirei de lá uma caixa. A abri e retirei o seu conteúdo de dentro. ia ter uma surpresa e tanto.
O branco tão puro da minha fantasia de enfermeira chegava a machucar os olhos de quem a olhasse fixamente por muito tempo. Não me lembro de tê-la usado uma única vez, apesar de a ter guardada há bastante tempo. Acho que a comprei para uma festa à fantasia de Halloween qualquer ano desses. Não lembro o motivo de não usá-la. Talvez porque fosse provocante demais...
A vesti rapidamente e me olhei no espelho. Dei uma ajeitada no meu cabelo, saindo do banheiro em seguida.
A cara que fez no momento que se seguiu foi impagável. Eu daria tudo no mundo pra ver aquela expressão novamente.
Era um misto de surpresa com tesão, algo que eu amava quando inventava esses joguinhos sedutores com ele e tinha certeza de que ele também gostava.
Eu me aproximei do meu namorado, ainda incrédulo, e sorri discretamente, fazendo uma cara provocante. Modestia à parte, eu era boa naquilo. Me aproxeimei ainda mais e sussurrei em seu ouvido:
- Pronto pra brincar novamente?
Observei balançar a cabeça afirmativamente, ainda atônito. Ele não esperava que eu fizesse algo tão diferente assim pra ele. Afastei-me, indo em direção ao interruptor para desligar a luz, mas senti uma mão me parar no meio do caminho. Virei-me e dei de cara com .
- Não quero a luz apagada hoje – ele disse, muito próximo de mim, me beijando logo em seguida. me empurrava em direção a parede vagarosamente e, assim que minhas costas bateram na superfície fria, ele segurou minhas pernas, como se quisesse que eu as colocasse em volta dele. Eu parei o beijo por um segundo e o olhei confusa.
- Você está machucado e ainda acha que vai ficar me carregando por aí? – disse, indignada, o conduzindo em direção a cama. O fiz deitar confortavelmente e me sentei por cima dele devagar. - Vamos ver como está o meu paciente... – falei baixo, fazendo ele rir. Eu tirei a camisa que ele vestia por completo, admirando seu corpo. E que sorte a minha. - É, parece que fisicamente você está bem, sr. – eu disse, passando um dedo por todo o seu peito. Percebi que ele se arrepiou com meu toque e me senti satisfeita. Movimentei meu quadril contra o dele, sentindo a sua ereção, que já estava bem visível, mesmo ele ainda estando de calça. Ainda.
- Aliás, vocês está muito bem fisicamente – falei, dando ênfase -, mas acho que deveríamos deixar algumas regiões respirarem melhor, concorda? – ele sorriu em aprovação e eu abri seu cinto, bem devagar. Tirei sua calça e cueca, revelando exatamente o que eu queria. Sem pudor algum, passei minha mão com carinho por seu membro e ele estremeceu. Eu entendi de imediato o que ele queria quando me olhou. Desci um pouco até ficar com o rosto na altura de seu quadril e minha boca entrou em ação. dizia que eu tinha a boca mágica e eu ficava muito feliz, era ótimo saber que eu conseguia atingir o meu objetivo: dar o máximo de prazer possivel a ele.
Quando senti que seu membro já estava mais duro que nunca e ele gemia alto, pronto para gozar, eu parei com o que estava fazendo e subi novamente, o beijando. Fiz menção de me deitar, para que ele ficasse por cima, mas ele me impediu. Não entendi o porquê, mas não o questionei. Ainda em cima de , eu tirava a roupa de enfermeira, enquanto ele me observava com desejo no olhar. Quando finalmente consegui me despir por completo, senti a mão de descer até a minha parte íntima, começando a se movimentar circularmente sobre meu clitóris, enquanto ele me penetrava com um dedo e eu gemia em seu ouvido. De uma hora para outra, senti o membro de entrar em mim de uma só vez, sem que eu ao menos me desse conta da posição que estávamos. Ele continuava por baixo de mim, então eu tinha certo controle sobre os nossos movimentos, que ora eu tornava rápidos, ora lentos.
Depois de algum tempo alternando a velocidade das estocadas, não aguentei mais de tesão e tornei os movimentos rápidos. Nós dois gemíamos alto, sem vergonha alguma, e quando senti o líquido de dentro de mim, pedi que ele aguentasse só mais um pouco. Poucos momentos depois, cheguei ao orgasmo. Saí de cima dele e o beijei, deitando ao seu lado logo em seguida. Fechei os olhos, e senti sua mão quente passando na minha bochecha. Sorri carinhosamente e o ouvi dizer:
- Não abra os olhos, .
Obedeci, arqueando a sobrancelha. Por que ele havia me feito aquele pedido? Permaneci de olhos fechados contemplando o breu total por alguns instantes, até que ele levantou da cama e parou do meu outro lado e, com a voz muito próxima do meu ouvido, falou:
- Pode abrir e olhe para o teto.
Havia um certo receio em sua voz, algo que eu não consegui descobrir completamente o que era, mas o obedeci novamente. Assim que meus olhos bateram no teto do nosso quarto, o meu estômago despencou. Eu nunca esperaria por aquilo. Não dessa forma, ainda mais vindo de .
Ainda bem que eu estava deitada na nossa cama, pois tinha certeza de que se estivesse de pé, cairia imediatamente. Já não sentia minhas pernas, meus olhos haviam se enchido de lágrimas, minha respiração não era mais do que um sopro mínimo de ar e eu tremia. Talvez um pouco de exagero, mas não se qualquer um soubesse o que aquele homem, o que aquele momento, significava pra mim.
Na escuridão total do nosso quarto, no teto, havia escrito em letras fluorescentes:
“, você quer se casar comigo?” Eu simplesmente não sabia o que pensar, não conseguia me mexer. Eu queria dar uma resposta, mas parecia que virar a minha cabeça na direção de , que estava de joelhos ao meus lado, seria um movimento fatal. Então, eu o fiz. Finalmente o encarei, depois do que me pareceram horas encarando aqueles escritos no teto, que ainda brilhavam maravilhosamente.
Eu, , o olhei no fundo dos olhos e abri o maior sorriso que eu já havia aberto em toda a minha vida. E ele, , deixou uma lágrima cair.
Foi o momento mais emocionante que já haviamos compartilhado em todo esse tempo de namoro.
- E então? Quer se casar comigo, me aguentar te incomodando pelo resto da sua vida, formar a nossa família e ser a mulher mais feliz do mundo ao meu lado? – falou, ainda chorando, mas sorrindo mais feliz do que eu me lembrava de tê-lo visto algum dia.
- É claro que eu quero, ! – Minha voz saiu embargada, mas eu não poderia estar mais feliz. Ou era isso que eu pensava, até ele estender uma caixinha de veludo preta na minha direção e abri-la. Meus olhos brilharam ainda mais quando eu vi o anel de noivado que ali estava. Era linda, linda, linda. Perfeita.
a pegou a colocou em meu dedo anular da mão esquerda, eu fiquei a encarando por alguns segundos enquanto ele aguardava a minha reação. Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Levantei da cama e me joguei em cima dele, que fez uma cara de dor. A idiota aqui havia se esquecido do braço machucado do seu, agora, noivo.
- Me desculpa, me desculpaaaaa! – eu falei, alto demais, e depois ri. Como eu era imbecil.
- Desculpo só se você cuidar mais de mim... – é, ele nunca perdia aquele ar de tarado que eu tanto gostava.
- Eu cuido só se você me disser a verdade sobre esse braço. O não quebrou ele, não é? – respondi, fazendo cara de detetive fake. Me sentia o próprio Sherlock Holmes.
- Na verdade não foi ele... Eu quebrei quando estava pintando o pedido de casamento no teto. Caí da escada e todo o peso do meu corpo ficou sobre o meu braço. Desculpa eu ter mentido, , mas eu não poderia estragar a surpresa – falou olhando pra baixo, o que me deu pena.
- Se esse foi o real motivo, você já está desculpado, . Lógico que não poderia estragar a surpresa, foi a coisa mais linda do mundo, obrigada! – eu disse feliz.
- A coisa mais linda do mundo é você – ele disse, me abraçando pela cintura e colando seus lábios nos meus em seguida. Abri a minha boca, dando espaço para a língua dele passar, e assim que nossas línguas se encontraram, uma onda de calafrios percorreu a minha espinha. Ele me conduziu, ainda me beijando até a cama e nós deitamos. Eu sorri, imaginando quantos anos eu ainda teria pra cuidar do meu . E sempre que eu olhasse pro teto do nosso quarto, a lembrança daquele dia maravilhoso viria na minha mente. É, acho que ainda terei muito tempo pra brincar de médico, enfermeira e, quem sabe, outras coisas.