Can I have this dance?


Escrita por: Maiara 22k
Betada por: Fab J.
Revisada por: Thai Barcella




(Vou dar uma dica: Quando aparecer a música, coloque pra tocar.)


Eu. Vou. Morrer.
Não acredito que isso está acontecendo, cara! Eu estou parada do lado de fora do camarim do McFLY, esperando o segurança forte e grande terminar de falar com eles, perguntando se eu posso entrar. Sabe, não faço nem idéia de como fui parar aqui. Só me lembro de ter visto um segurança e ele ter me dito que um dos caras queria falar comigo. SONHO! Ele deve ter me confundido com aquela garota que tava do meu lado, porque ela é mil vezes mais bonita e não estranha do que eu.
Quem iria querer falar com uma garota que tem metade do cabelo de uma cor e metade de outra? E que é hiper, mega estranha, usando lápis parecendo uma garota inglesa daquelas bem emo. Deve ser por isso, porque eu lembro uma daquelas inglesas e eles sentem saudade de casa, é. Ou talvez seja uma pegadinha.
Ambas são prováveis. - Ei, ei, garota? – acho que tem alguém falando comigo, melhor responder.
- Eu? – falei, apontando para meu rosto.
- É, você. Já pode entrar agora, eles mandaram falar que estão decentes. – disse o segurança legal.
- Ah, obrigada, amiguinho! – falei animadíssima, dando uma risada leve.
Então fui andando em direção a porta. Mas ele tinha que me parar no caminho, não é?
- Você entra nessa porta, vai para a direita, direita, esquerda, reto, a segunda a direita, esquerda, reto, primeira a esquerda e então é a segunda porta.
- Ahn? – disse, meio confusa pelo que o segurança amiguinho havia falado.
- Vai reto e procura pela porta escrita “McFLY” de uma vez. – falou grosso. Deve ter achado que qualquer um entendia aquelas, hm, coordenadas, é.
Agora, finalmente, fui em direção a porta, peguei na maçaneta quase chorando de emoção, e abri a porta, de olhos fechados.
Entrei, fechei a porta e me virei.
Abri um olho e vi alguma coisa estranha. Abri o outro, só pra confirmar, mas continuava tudo igual.
Aqui era um corredor, não havia como negar, mas alguém pode me explicar por que diabos, encostados nas paredes estavam quatro garotos (lê-se: caras) me olhando com caras assustadas, sendo que dois deles seguravam o riso, um me olhava com medo e o outro seria... Espanto?
Tornei a observar melhor eles e o corredor, ainda escandalizada e em silêncio. Era um corredor comprido, com dez portas de cada lado. As portas eram de cor-de-madeira-escura, e as paredes eram azul-claras. O chão era de madeira clara, com tapetes ralos de cor verde escuro. Perto de dois dos caras havia um rádio no chão, que estava ligado a uma tomada, com a tampinha de colocar CDs aberta. O homem mais perto do rádio segurava um CD, onde se lia perfeitamente High School Musical, mas não conseguia ver qual dos filmes era.
O homem estava com uma calça jeans de lavagem escura, um All Star botinha marrom nos pés e uma blusa social quadriculada vermelha, preta e marrom, arregaçada até o cotovelo. Três dos botões estavam abertos, deixando a mostra alguns pelos e uma parte de um peitoral definido. Seu rosto tinha uma expressão meio safada, meio assustada, com grandes olhos azuis me encarando. Alguns cachinhos caíam pelos olhos, o deixando cada vez mais angelical.
O homem à sua esquerda estava encostado na parede, com um de seus pés na mesma, cruzando os braços. Ele usava All Star comum preto nos pés, uma calça um número maior do que deveria usar, deixando sua boxer laranja aparecendo. Usava uma blusa pólo de manga curta branca e uma gravata preta frouxa. Seu cabelo estava num moicano meio bagunçado de um jeito normal. Ele o olhava com olhos azuis espantados, uma sobrancelha levantada, num misto de surpresa, questionamento e adoração.
Um pouco mais à esquerda, um homem estava sentado no chão, com as pernas abertas e os joelhos dobrados. Usava um tênis azul e branco muito maior do que seu pé, uma calça jeans de lavagem clara, com uma blusa verde da Hurley. Seus olhinhos eram pequenos, mas dava para notar que eram de um azul céu-mar claro. Seu cabelo estava com a franja lisa e atrás ele era espetado-bagunçado, e me olhava segurando o riso.
Ao seu lado estava outro homem, que, por sua vez, estava agachado. Este usava um All Star amarelo-banana, com uma calça jeans de lavagem um pouco mais escura que o normal. Estava com uma blusa pólo vermelha de manga curta, e seu cabelo fazia um topete estilo Edward Cullen. Seus olhos eram os mais diferentes do dos outros, talvez por serem castanhos, talvez não. Ele me encarava segurando o riso, também. Mas esse tinha um projeto de covinha na sua bochecha esquerda.
Enquanto eu analisava um a um, nenhum deles se mexeu. Talvez por medo, talvez me esperando fazer alguma coisa.
Nunca sei o que fazer nessas horas, então acho bom eles falarem alguma coisa.
Logo descobri, ou a minha mente incrivelmente lerda notou, que eu estava diante de Danny, Harry, Dougie e Tom.
Logo a segunda opção foi descartada, e quase pensei que fosse a primeira, mas é muito estranho alguém ter medo de mim.
Talvez o segurança tenha mesmo pegado a garota errada.
- O que vo-você e-estava fazendo? – perguntou Danny gaguejando, ainda com o CD parado no ar, ainda com aquele ar de medo.
- Eu? – perguntei pela segunda vez naquele dia, apontando pela segunda vez para o meu rosto.
- Vê mais alguém nesse corredor sendo encarada pelo resto das pessoas do mesmo corredor? – disse Tom, sarcástico.
- Hmm, não. – falei, ainda confusa. Ele rolou os olhos. Ele estava falando comigo? – Ah! – finalmente saquei. Era comigo que ele estava falando! – Bem, eu estava tentando parecer dramática para mim mesma, já o segurança tinha falado que vocês estariam dentro do camarim, e não no corredor do lado de fora dele. Além do mais, por que diabos eu estou aqui? – encarei o corredor.
- Porque chamamos você. - falou Harry, finalmente se manifestando. Agora só falta o Dougie. – Mas qual é o seu nome mesmo?
- , mas me chama só de . Meu nome é complicado demais para vocês. – disse estendendo minha mão para eles. Uau, aperto de mão forte, gostei. A cara deles era de curiosidade, então continuei minha biografia. – 19 anos, estudante de fotografia em Oxford, vim para o Brasil visitar meus pais, já que estou de férias. Nasci no Brasil mesmo, mas meu sonho era sempre morar em Londres. E no Canadá. Moro na mesma rua que vocês, mas nunca notaram isso. Tenho uma irmã, um cachorro e um gato que morreu. Faz um tempinho já. Tenho um celular rosa, apesar de não gostar de rosa. Minha cor preferida é azul, e sinto saudade do Busted e do SOD. Sinto pena do James, perdeu duas bandas, coitad...
- Ei, ei, já entendemos. – Danny disse, me olhando estupefato. Na verdade, todos me olhavam assim. Falei demais de novo?
- Mora na mesma rua que nós? - Tom disse, provavelmente o único que prestou atenção a conversa.
- É. Mais precisamente entre a casa do Danny e do Tom. Mas nunca notaram, porque sempre que eu saía vocês voltavam, e vice-versa.
- Aaah. – todos fizeram. – Legal. – amei o coro, falou?
- É. Mas por que me chamaram? Eu provavelmente era a garota mais estranha de lá. – falei, encarando os quatro.
- Porque achamos você legal. E gostamos do seu cabelo. Me lembra eu mesmo. – Dougie falou, pensativo. Parece que aquele garoto leu meus pensamentos! Lembra que tinha dito que só faltava o Dougie? Hã? Hã?
- É. E queremos fazer alguma coisa. E você parece ser a pessoa certa para isso. – Danny falou com um olhar tarado, me olhando de cima a baixo e parando em minhas pernas.
Qual é?! Só porque eu tava com uma saia quadriculada um pouco acima do joelho, e uma blusa branca colada no corpo escrito McFLY em cima de meus peitos?
- CARA! Respeito com as damas! – Tom disse, indo em direção a Danny e lhe dando um belo pedala, fazendo ele cair no chão.
- Ah, Tom! Vacilo! Não pode me pegar desprevenido! Já te avisei! – Ele falou emburrado, colocando o CD no rádio, fechando a tampa, apertando o número 9 e colocando no pause.
- Voltando ao assunto, nós vamos nos divertir da maneira antiga. – Harry disse, levantando as sobrancelhas com um olhar sexy. Quando ele terminou de fazer o ato-mais-sexy-que-pode-matar-alguém-do-coração, Danny colocou play no rádio. A música “Can I Have This Dance – High School Musical 3” começou, me fazendo soltar um riso abafado com a careta que Tom fez.(se quiserem, coloquem agora)
- Take my hand, take a breath.
– Harry começou a cantar, com aquela sua voz sexy, tentando imitar a Vanessa, e falhando miseravelmente. Estendeu sua mão para mim, e eu a peguei sem hesitar.
No mesmo momento que Harry começou a cantar, Tom pegou uma câmera, não sei de onde, e começou a gravar tudo. Se eles colocarem aquilo no YouTube, eu vou ser a pessoa mais feliz e mais irada da face da terra.
- Pull me close and take one step. – continuou Harry, me puxando para perto e fazendo-me colocar meus braços ao redor de seu pescoço e os dele em minha cintura. E então começou a dançar. – Keep your eyes locked on mine and let the music be your guide... – Eu olhava em seus olhos enquanto nos balançávamos no ritmo da música.
- Won’t you promise me? – Danny cantou, começando a dançar com Dougie. Não havia notado, mas eles haviam feito exatamente a mesma coisa que eu e Harry tínhamos feito.
- Now won’t you promise me, that you’ll never forget. – Tenho que admitir, eles formam um bom dueto. Harry continuou cantando a parte da Vanessa e Danny a do Zac.
- We’ll keep dancing... – Danny cantou, dando um sorrisinho suspeito para Tom, depois voltando a se focar no assunto, há.
- To keep dancing... – Harry completou, me abraçando um pouco mais forte.
- Wherever we go next! – cantaram juntos. Depois, Harry me soltou e foi girando como uma gazela em direção a Dougie, e continuando a dança, enquanto Danny vinha e fazia a mesma coisa comigo. Ainda não entendia o que se passava ali.
It’s like catching lighting
The chances of finding
Someone like you


Danny aponta para o Dougie, e ele aponta para o Harry. Harry aponta para o Dougie, e o Tom aponta pra si mesmo. Eu caí no chão e comecei a rir. Não agüentei, sorry. Eles me olharam por uma fração de segundo e então voltaram à dança, só que de trio agora. Haha.

It’s one in a million the chances
Of feeling the way we do
And with every step together
We just keep on getting better

- So can i have this dance?
– Harry perguntou, cantando, olhando nos olhos de Dougie.
- Can i have this dance? – Danny cantou, pegando o rosto de Dougie e virando para ele, o obrigando a encará-lo, fazendo Dougie dar um risinho de quem gosta da situação. Hilário.
- Can i have this dance? – eles cantaram juntos, até Tom cantou um pouquinho. Ele estava tão quietinho, andando com aquela câmera para cá e para lá. O que será que eles estão aprontando?

Take my hand, i’ll take the lead
And every turn, you’ll be safe with me
Don’t be afraid,
Afraid to fall,
You know i’ll catch you through it all
You can’t keep us apart.


Agora foi engraçado. O Dougie fingiu cair no chão, e o Harry tentou pegar ele por trás, mas no mesmo momento que ele tentou pegar ele, o Danny tentou também. Ou seja: os três caídos no chão, cantando a música a, hm, berros.

- Even a thousand miles can’t keep us apart, ‘cause my heart is where ever you are! – Ow, fofo. Eles fizeram um coração com as mãos e mostraram para mim. E o que eu fiz? Fiz um coração com as mãos e mostrei para eles também. Mas ficou um coração estranho. Muito estranho. Eu fiz ele meio achatado, mas por que eu faria isso? Sou muito tonta, oi.
Então passou o refrão, com meus queridos ídolos cantando aos berros, jogados no chão em um montinho meio torto, no meio de um corredor deserto, comigo do lado deles, morrendo de rir, e o Tom gravando tudo.
Por que diabos eles estavam me gravando?

No mountains too high,
And no oceans too wide.
‘Cause together or not,
Our dance won’t stop.
Let it rain, let it pour,
What we have is worth fighting for
You know i belive,
That we are meant to be,
OOH!


Ai. Meu. Deus. No ‘ooh’, o Dougie fez um gritinho meio orgástico, sabe? Eu quase agarrei ele ali mesmo.
Ai. Minha. Nossa. Senhora. Da. Bicicletinha.
O que diabos eu estou fazendo em cima do Dougie?
Acho que eu agarrei ele sem querer, opa. Ainda bem que eu estou em cima de todos, devem estar pensando que eu estou dando continuidade ao projeto de montinho. Espera. Estou sentindo um peso considerável em cima de mim. Vou olhar para cima (lê-se: para trás) e ver o que é, beijos.
Tom? Tom? Thomas Michael Fletcher? Tom Fletcher em cima de mim?
Posso morrer feliz agora, dica.
E agora ele está filmando nosso montinho!
Ops, melhor voltar à realidade.

It’s like catching lighting
The chances of finding
Someone like you


Eles cantavam aos berros, juntamente com o CD.
- LIIIIIIKE YOU! – berrei no ouvido de Tom, fazendo o back. E depois mordi sua bochecha esquerda. Nunca que eu ia perder uma oportunidade dessas, fala sério. Você perderia?
Ele sorriu, logo depois de eu morder sua bochecha da covinha com um pouco de, hm, força. Estava marcado, mas... Deixei minha marca em Tom Fletcher, que felicidade. Será que a Giovanna vai me matar?

It’s one in a million the chances
Of feeling the way we do

- WAAAAAAAY WE DOOOOO!
– gritei, ainda fazendo o back, jogando as mãos para o alto, e depois dando uma gargalhada, sendo seguida de Dougie, logo abaixo de mim.
Tom rolou para o lado, e me puxando para o lado, me fazendo rolar também. Dougie, que pensei que rolaria para meu lado, mas ele rolou por cima de mim, fazendo minha mão acidentalmente – ou não – encostar em suas nádegas. Quando ele parou entre eu e Tom, ele olhou para mim e arqueou uma sobrancelha, no melhor estilo Harry Judd de ser. Eu dei um risinho amarelo, mas ele riu abertamente para mim. E então ele colocou a minha mão em sua, hm, bunda, e me fez apertar.
O sonho de qualquer garota.
A partir desse momento eu fiquei muito feliz.
Mas eu já estava antes, então, por que eu estou falando isso?

And with every step together
We just keep on getting better
So can i have this dance?

- Can i have this dance?
– fiz o back agora um pouco mais baixo, já que eles já estavam cansados de cantar a plenos pulmões e também cantavam mais baixo.

Can i have this dance?
Can i have this dance?

- Can i have this... daaaaance?
– terminamos a música, jogando os braços para o alto e começando a rir como hienas.
- Eu não acredito que eu cheguei aqui e nós já começamos a cantar High School Musical. Parece que nos conhecemos há anos, e não a minutos. – disse, depois que as risadas cessaram.
- Pois é. – Danny disse ao meu lado, passando um braço por meus ombros, me fazendo encostar a cabeça em seu peito e suspirar de amor por aquele ser, e colocando o outro embaixo da cabeça, fazendo um escoro.
- Mas nós te conhecemos desde o início do show, e vimos que você não era que nem as histéricas das outras. – Harry falou.
- É. E garanto que você nos conhece há uns quatro anos, certo? – disse Dougie ao meu outro lado, mas não conseguia enxergá-lo, graças ao poder do perfume de Danny.
Assenti.
- Então, nós quisemos fazer mais uma fã feliz. – disse Danny novamente. – Fazemos isso em todo show.
Quer dizer que eu era só mais uma?
- Mas você não é só mais uma. – Dougie respondeu aos meus pensamentos. Velho, eu disse que ele faz aula de telepatia! – Você é diferente das outras. Você é como nós. E vamos manter contato com você, se é que me entende. – dessa vez Dougie deu uma de tarado olhando para minha mão que minutos antes estava em sua e bunda e depois para minhas pernas.
- Mais respeito com as damas! – a vítima dos pedalas de Tom foi Dougie, dessa vez.
- Desculpe!
- Mas, então... Temos que ir. – disse Tom, meio triste, ao se deparar com a mulher da produção os chamando para irem para o Hotel.
– Nos vemos em Londres. Quando chegar, por favor, bata em uma de nossas portas. – Harry riu de leve.
- E isso é para você, como lembrança. – disse Dougie, tirando a câmera das mãos de Tom e tirando os dois cartões de memória, guardando um em seu bolso e o outro colocou em minha mão.
- Assim você não se esquece de nós, e nós não nos esquecemos de você. – Danny falou, se levantando, como os outros.
- Mesmo eu achando que não há como esquecer você, bela dama. – disse Tom, agora olhando para minhas pernas, junto com Harry.
- Mais respeito com as damas! – disseram Dougie e Danny em coro, dando belos pedalas em Tom e Harry, respectivamente.
Todos riram.
Não.
Gargalharam.
- Bem, temos que ir. – disse Harry, vendo a mulher da produção apressá-los.
- É. Vejo vocês em Londres. – eu falei, dando um abraço e um beijo em cada um deles.
Um deles ficou rosadinho, mas não vou falar qual, dica. Veremos no próximo episódio de... Desculpe a minha mente, fiquei louquinha de repente.
Então eles foram embora, e eu fiquei parada no corredor com um cartão de memória na mão, pensando no tempo que ainda faltava para mim voltar para Londres.
Com certeza, seria tudo diferente, apesar de conhecê-los há alguns minutos.
Sorri, caminhando lentamente até a porta.

FIM?



Nota da Autora: 30 de julho de 2009.
Bem, gente, a continuação dessa fic só depende de vocês. Se vocês gostarem, eu posso fazer uma continuação longa ou short, como essa. Tudo depende de vocês.
Só tenho três agradecimentos especiais: a Gabe, por falar comigo no MSN e me ajudar a ter idéias.
A Lulu, por acreditar em mim e me ajudar, por mais que as minhas idéias sejam loucas.
E a Schnidger, por me contar tudo da festa dela e ser tão minha amiga como nunca pensei que ia ser.
Beijinhos e abraçinhos,
Comente e dê sua opinião!
Maiara 22k.



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