(N/A: coloque para carregar e para tocar ao ver o aviso: música.)
Era para ser só mais uma festa comum da empresa, na elegantíssima mansão . Os mesmos empresários com seus ternos caríssimos e uísque trinta anos no copo, conversando sobre suas contas com mais de seis dígitos; sobre a bolsa de valores que estava em alta, permitindo brindes comemorativos e falsos elogios. Também estavam suas esposas, em grupos espalhafatosos, com vestidos longos e chamativos; anéis brilhantes e pesados nas mãos, cujas unhas tinham quase centímetros de comprimento. Elas gargalhavam escandalosamente ao ouvir e contar histórias sobre suas escapulidas com homens bem mais novos, enquanto seus maridos se encontravam fora do país, a negócios. Algumas, mais afoitas, se permitiam flertar com alguns dos empresários, lançando olhares maliciosos e sorrisos recheados de segundas intenções. Era para ser só mais uma festa no qual fingia ser o anfitrião por algum tempo, para depois se perder entre os prazeres da vida.
O homem de trinta anos, um dos milionários mais comentados em revistas de negócios, se encontrava no bar, escapando das mulheres inquietas e que insistiam que deveriam fazer-lhe companhia. Sabia que era um homem atraente: seu porte atlético ficava bem naquele Armani preto, mesmo que desprezasse o paletó, permanecendo somente com sua blusa de seda azul-petróleo e seu colete preto. Os cabelos rebeldes insistiam em cair sobre os olhos insistentemente e cansados e as mulheres achavam isso um charme a mais, assim como quando ele fumava e prendia o cigarro entre os dedos, enquanto levava o Bourbon aos lábios. Na visão das mulheres, ele era a personificação do sexo. Um deus do sexo que aparecia constantemente em tabloides por seu envolvimento com várias, uma vida repleta de sexo casual. Era o que ele devia estar fazendo naquele momento, com alguma das belas mulheres que se ofereceram para ele durante a festa. Mas preferiu a paz, que envolvia seu cigarro mentolado e Bourbon. E se arrependeu desta escolha no exato instante em que ela apareceu.
O que chamou sua atenção de primeira fora a roupa. Analisara desde a barra do vestido, subindo o olhar para a fenda que permitia ver um pouco acima de seu joelho, até chegar ao detalhe na cintura, que permitia ver a curva perfeita e acentuada, desde seu início, até o fim que se aproximava do quadril. Um vestido digno dela, pensou . E junto a esse pensamento, outro surgiu, mais obsceno e realista: com um vestido daquele, roupas íntimas seriam desprezíveis. Esse pensamento causou falta de ar em . Tinha uma apreciação especial por aquele corpo magnífico. Mas a beleza dela não se restringia somente ao corpo fenomenal.
O rosto fino e bem angulado parecia ter sido esculpido na forma mais delicada e detalhada possível, para beirar a perfeição. Os lábios cheios e rosados sempre pareciam macios, implorando para serem beijados; o nariz pequeno e arrebitado e as maçãs da face coradas suavemente. Porém, o que causava verdadeira atração nele eram os olhos . Se ela soubesse quanto poder tinha naqueles olhos profundos, repletos de frieza e arrogância. Cheios de selvageria e sensualidade, que enfeitiçavam num bater lento dos longos cílios.
não percebera que perdera tantos minutos fitando a jovem, que atraíra sua atenção. Agora, ela se aproximava, passo a passo, seus quadris balançando de um lado a outro, hipnotizando a quem olhava a cena, num ponto mais externo. Como se acordado de um transe, ele sentiu seu coração palpitar mais forte contra sua caixa torácica e sua testa ficar um pouco úmida. Não queria que o pecado em pessoa viesse cumprimentá-lo. Não depois de tudo que acontecera entre eles. Foram dois anos de amargura reprimida, que agora brotava dolorosa em seu peito, ao ver sua causa logo a sua frente. Mas agora não dava tempo de desviar o olhar, muito menos fugir para algum canto escuso. A única coisa que poderia fazer neste momento era ajeitar sua postura e permanecer o mais frio e distante possível para que ela fosse embora logo.
- . - o perfume feminino invadiu suas narinas sem permissão, atordoando-o um pouco, assim como aquela voz musical e baixa. Contudo, não se deixou abater: encarou firmemente os malditos olhos brilhantes.
- . - após pronunciar seu nome, abriu um sorriso de canto e ergueu um pouco sua sobrancelha direita. - Sempre um prazer em vê-la. - tomou-lhe a mão, depositando um beijo no dorso, cuja pele estava gelada.
- Digo o mesmo, . - ele só percebeu que segurava a mão dela por mais tempo, quando a retirou cuidadosamente, a fim de puxar um banco para si e sentar-se a frente dele. - O que me conta de novo, senhor ? - questionou, ao passo que tomava posse do copo dele e o levava aos lábios, tomando um gole longo, antes de piscar marotamente. não pôde evitar o riso contido.
- Nada muito interessante, senhorita . - com um aceno, pediu um novo drink, já que havia tido o seu roubado. - Meus negócios nunca foram tópicos interessantes de conversa para você. - a risada melodiosa se fez audível e um aperto no peito de se fez presente: ele sentia saudades daquela risada.
- Duvido muito que sua vida gire em torno do trabalho, . - o uso proposital do apelido fizera aquela pressão no peito aumentar, porém, manteve sua expressão impassível, bebericando o drink que o garçom deixara sobre o balcão. - Ao menos, não é o que as revistas dizem. - essa afirmação gerou desconforto no homem, que sorriu sem graça.
- Não confiaria nestas revistas de fofocas.
- Em quem eu poderia confiar? Você? - a afirmação foi com uma facada em suas costas. Por segundos, não soube manter outra expressão, senão a surpresa em seu olhar. Mas logo recuperou as palavras.
- Eu... Nunca... - lhe lançou um olhar de escárnio. - ! Eu nunca agi de modo que pusesse sua confiança em perigo. - a mulher jogou os longos cabelos para trás e estalou os lábios, agora em verdadeira descrença.
- Com tantas coisas em seu passado, como esperava que eu confiasse, uh? Eram revistas que praticamente apostavam em quanto duraria nosso relacionamento. Afinal, era o senhor , o milionário mais cobiçado de Londres. O mulherengo mais comentado entre as mulheres. - ergueu as duas sobrancelhas, deixando sua melhor expressão desafiadora e inibindo qualquer argumentação contrária do homem. Ele sustentava o olhar, contudo, a tensão entre os dois começava a ficar mais e mais palpável a cada segundo. - Não temos mais nada a conversar, . Se me permite... - lançou um sorriso cortês e o deixou em passos rápidos por entre os convidados, deixando o homem atordoado. Ele piscou uma, duas, três vezes, até tomar uma decisão. Em gestos rápidos, disparou entre os convidados, empurrando-os bruscamente, enquanto seu olhar tentava encontrar a garota no vestido branco. Não precisou procurar muito para ver seu alvo subir as escadarias grandiosas da mansão e desatou a andar em passos apressados, desprezando o público que tentava desvendar o que acontecera ao anfitrião.
Só queria tê-la novamente em seus braços, para que o caos em seu peito ganhasse ordem. Um caos que fora criado por aquela mulher.
- , por favor. - implorou em tom alto, tentando alcançá-la.
- , para de me seguir. - diferente do que pensara, isso não soou com raiva. Sua voz saiu em tom de choro, como se ela estivesse prestes a desmoronar. - Volte para a sua festa e suas mulheres. Para sua vida cheia de casualidades. - não conseguia andar mais rápido por causa de seus saltos altos, por mais que tentasse. se aproveitou disso para puxá-la pelo pulso e jogar o corpo esguio contra a parede do corredor vazio em que estavam.
- Chega! - bradou, segurando os ombros estreitos e impulsionando-os contra a parede. - Quem tem o direito de estar ferido aqui sou eu, ! Eu fui o abandonado. - a garota estava assustada com o homem descontrolado, à beira das lágrimas, que gritava com ela. - Não foi a frágil senhorita que acordou um dia e encontrou um bilhete de despedida. Não foi a caríssima senhorita que perdeu dias e dias tentando descobrir o que havia feito de errado, perdido numa loucura sem rumo. - a respiração ofegante batia contra o rosto de , que se debatia, tentando se livrar das mãos grandes que insistiam em prendê-la. - Achava que sete meses de namoro rendia, ao menos, um término frente a frente.
- Você está me machucando. - vociferou, socando o peito dele. não pôde deixar de gargalhar sarcasticamente, porém, a soltou, afastando-se.
- Se você soubesse o que é dor de verdade... - retrucou amargurado, dando de costas a garota, a fim de socar a parede do outro lado do corredor, como se aquilo fosse, de fato, diminuir a confusão de sentimentos dentro de si. Mas a dor não bloqueava o jorro de memórias. - Desde a primeira vez que a vi, , eu a quis. - confessou baixinho, como se fosse um segredo de Estado. - Você estava linda naquele vestido preto, conversando com o ministro da Economia e do Emprego que parecia não ter palavras, enquanto te comia descaradamente com os olhos. - deixou uma risada desanimada escapar. - Confesso que achava que ia ser uma única noite. Uma única noite de luxúria e você seria carta fora do baralho. Mas, no fim, o seduzido fui eu. Seduzido por suas palavras, por seus gestos simples, pelo seu sexo incomparável. Eu descobri em você as muitas mulheres que já tive. - uma pausa para um suspiro longo. - Juro que tentei prendê-la a mim. Eu queria que alguma parte de você, mesmo que fosse seu desejo, necessitasse de mim. Precisasse de mim tanto o quanto eu precisava de você. - inspirou fundo, antes de girar o corpo e encontrar novamente encarando-o. - O fim chegou antes que eu pensava e de uma forma inesperada, não é, ? Um bilhete de adeus tão seco quanto o papel que se encontrava escrito. Sem motivos, sem um porquê para explicar ao meu pobre coração. Vida injusta, não? Uns ganham, outros perdem. - deu os ombros, como se nada mais importasse. Só que importava. Para , aquelas palavras eram especiais. - Por que, ? - se aproximou, mantendo uma mínima distância entre seus corpos; pegou o rosto nas mãos e levantou, até que os olhos deles se encontrassem. - Não diga que foi o meu passado ou que foi por falta de tentativas. Por que me deixou? - o lábio inferior da garota tremia com a intensidade do olhar dele. Ele despia camada por camada e a deixava em sua forma mais crua.
- Eu tive medo. - confidenciou, baixando os olhos, escapando do controle dele. - Eu tive medo do que crescia dentro do meu peito. Do que sentimento que você alimentava. Eu tinha medo da intensidade que existia entre nós, da certeza que nos completávamos como o mais perfeito dos quebra-cabeças. Por que eu seria a escolhida para ? Entre tantas outras... - puxou o rosto dela e ela pôde ver sua expressão de dor.
- Desisti das outras assim que te conheci, . - o homem se permitiu sorrir, enquanto alisava a bochecha pálida da garota. A ponta de seu nariz roçava o dela, as respirações se misturando. Seus olhares se encontraram mais uma vez e possuíam um brilho diferente. - ... Eu preciso... - não completou sua frase, avançando sobre os lábios cheios, ensandecido pela obrigação de sentir o encaixe perfeito e de relembrar como era delicioso tê-la para si. Era o gosto doce de misturado ao Bourbon deslizando sobre seu paladar, como uma droga nova que o enchia de prazer. Queria mais dela. Mais contato, mais .
Uma de suas mãos se encaixou na nuca, os dedos se enrolando nos finos fios , enquanto a outra buscava a cintura, para aproximá-la ainda mais de seu corpo. se encontrava incapaz de protestar, retribuindo o beijo ardorosamente, suas mãos pequenas se prendendo à nuca macia, deixando as marcas finas e vermelhas de suas unhas na pele. Precisava de ar, no entanto, não estava disposta a desgrudar da boca quente, que a beijava precisamente. Se ele soubesse a falta que fazia... As sensações bipolares que causava, uma briga interna entre o que ela deveria fazer e o que seu íntimo realmente desejava. Como seu sangue corria mais rápido e quente com aquela voz excitantemente rouca em seu ouvido e as mãos ásperas e invasivas, que insistiam em descobrir cada mínimo centímetro de seu corpo. Não conseguia definir o tamanho de sua atração pelo homem a quem correspondia o beijo. Só conseguia sentir e corresponder.
Um gemido de protesto escapou de quando quebrou o beijo. Pôde ver seus lábios vermelhos e inchados estendidos num sorriso malicioso, os olhos excessivamente cerrados, enquanto alguns fios caíam sobre a testa. Sabia que não estava muito diferente. Ele se inclinou, depositando um beijo no lóbulo de seu ouvido e sussurrando frases que a deixariam louca.
-Me deixa mostrar que, da minha forma errada, eu sou o cara certo para você, . - mordeu a carne, deixando que esta escorregasse por seus lábios. - Me deixe mostrar que o único medo que você deveria ter é de se viciar no Paraíso. - era injusto o que ele fazia. a maltratava com o perfume afrodisíaco impregnado em suas roupas e pele; a maltratava com essas frases certeiras, que pareciam aumentar ainda mais sua sensibilidade. (n/a: já!)
-O que eu quero para mim é você, . - sussurrou em resposta, sentindo o sorriso contra a pele de seu pescoço, antes que ele se afastasse e, entrelaçando seus dedos, começasse a andar a passos largos até uma porta de madeira escura mais a frente. Ele a abriu, deixando avistar um quarto de hóspede bem decorado, o qual ela invadiu, sendo seguida por . Ouviu a porta ser fechada e o barulho da chave sendo girada, trancando-os num mundo só deles. Era isso que precisavam: da companhia do outro.
olhou para o lado ao sentir as mãos de afastarem seus cabelos, descobrindo sua nuca e costas para que, em seguida, empurrasse a única alça do vestido para o lado, expondo ainda mais da pele, cobrindo-a de beijos úmidos. Para ajudá-lo, mexeu no fecho discreto do vestido, que ficava escondido na parte lateral do busto, abrindo rapidamente os colchetes. Incentivado, escorregou o vestido vagarosamente pelo corpo, empurrando o tecido com as mãos e redescobrindo as curvas que não tocava há tempos. Quando terminou de despi-la, confirmou suas suspeitas de que não existia nenhuma roupa íntima sequer para cobri-la. Agora, só havia a total e bela nudez dela que enchia seus olhos e fazia seu corpo pulsar em desejo. Mal sabia por onde começar, na vontade extrema de tocar toda a extensão e gravar cada mínima parte, ao mesmo tempo.
Se aproximou e depositou um beijo no ombro, começando com trilhas intercaladas de beijos molhados e mordidas fracas até a base do pescoço, onde sugou forte, a fim de marcá-la. Suas mãos tinham se apossado de sua cintura e rapidamente deslizaram para os seios, as palmas apertadas contra os mamilos intumescidos, os dedos se deliciando na carne macia, as unhas fincadas, causando uma dor mínima, o que arrancara um suspiro suave da mulher. Correu as mãos por ela, traçando as sinuosidades da cintura e do quadril, apalpando as coxas grossas, antes de ter suas mãos afastadas por . A mulher caminhou em direção à cama e virou para olhá-lo, lançando um olhar de repleto fogo, antes de estender a mão, incitando um convite mais íntimo. Algo que ele não poderia recusar, de fato. Andou até ficar frente a frente à mulher que começou a abrir o colete, botão por botão, até tirá-lo completamente. Iniciou o mesmo movimento na blusa, mas obrigou-a a olhar em seus olhos, enquanto desabotoava a blusa de seda, fazendo-a ficar envergonhada, suas bochechas corando rapidamente.
- Nós já fizemos isso tantas vezes, , que não há motivo para vergonha. - sussurrou, para em seguida, juntar seus lábios ao dela e levá-la até a cama, obrigando-a a deitar. Deixou os lábios sedentos descobrirem a curva do pescoço, o cheiro fraco do perfume ao cheiro natural e afrodisíaco da pele macia; desceu até chegar ao busto. Ali, seu tato se fartou, dedicando atenção a um dos seios, apertando o mamilo rijo entre os dedos, puxando-os sem delicadeza alguma, enquanto o outro sentia os carinhos da língua úmida que contornava o desenho do mamilo, mordiscando de vez em quando a carne. se deliciava com a dor e o prazer que causava com suas mordidas, beijos e apertões despudorados. Suas mãos se enfiaram nos cabelos rebeldes, os dedos se enrolando nos fios, puxando-os, para que ele levantasse o rosto e a encarasse: tinha certeza que os olhos brilhavam em excitação, em necessidade. Uma necessidade irrefreável de .
-Ainda não, meu bem. - o ego dele se sentiu bem com essa sensação de controle, mas seu corpo... Este pulsava, querendo estar nela o mais rápido possível e aliviar aquela sede. - Paciência é uma virtude. - piscou marotamente, voltando a olhar a pele avermelhada dos seios da mulher, depositando um último beijo, para enfim de chegar ao seu destino.final. As mãos percorreram a barriga lisa e desceram até os glúteos, enterrando suas pequenas unhas com força, arrancando mais um suspiro escapulir de . A ponta de seu nariz roçou a pele suavemente, tencionando se aproximar o suficiente da área crítica, para depois, traçar o caminho contrário, deixando uma ansiosa pelos atos que se seguiriam. Queria torturá-la pelos anos que o deixara, por seu medo tolo, mesmo que isso também fizesse sua ereção pulsar e seu desejo se acentuar cada vez mais.
pegou uma das pernas dela, fazendo com que o joelho se encaixasse em seu ombro e a parte interna da coxa ficasse perigosamente próxima de sua boca, deixando-o que se divertisse ao puxar a pele com os dentes e tocá-la com seus beijos úmidos, ouvindo os resmungos apressados da garota, que pedia, sussurrante, para que acabasse logo com a tortura inescrupulosa. Levou seu rosto mais próximo da intimidade dela, sentindo o cheiro de sua feminilidade, refrescando sua memória com aquela doçura. Um beijo foi abandonado no começo de sua vulva, para sua boca roçar bem superficialmente a área. A respiração entrecortada batia contra sua sensibilidade e causava mínimos impulsos em , que puxava mais forte as mechas de , que sorria embasbacado pelo efeito que causava. Mas ele não se prendeu ao seu ego. Prendeu-se à ânsia de tatear aquela área, de ter seu paladar inundado de . Queria que todos os seus sentidos se fartassem de novamente, para descobrir que seria impossível de fartar dela. Sempre teria algo a desvendar, um dos mistérios de .
Com receio, seus dedos percorreram a parte mais externa, massageando os grandes lábios, antes de afastá-los para expor o que havia escondido sob estes. É claro que ele já a tinha visto daquele ângulo, mas cada vez parecia ser tão fascinante quanto à primeira, como toda vez fosse necessária a exploração adequada, receosa e curiosa. Um toque mais profundo para resvalar cada mínimo centímetro, memorizando cada detalhe, até chegar à sua entrada quente e umedecida, contornando-a suavemente, o líquido se impregnando em seus dedos. Não conseguindo se conter, quebrou a pouca distância, beijando o exterior, mordiscando os grandes lábios, afastando-os em busca de maior contato, tendo o gosto dela por sua boca, tão viciante quanto a dona. A língua se chocava, ora saboreando, ora descobrindo cada declive, procurando cada canto que pudesse proporcionar prazer.
se contorcia, sob os toques dele, entregue como ele queria, os suspiros escapando mais altos, mais contínuos, a rouquidão extrema invadindo seus ouvidos, incentivando-o a continuar habilidosamente. Seu membro pulsava por baixo dos tecidos da calça e boxer pretas, quase causando dor de tanta excitação em . Era engraçado o quanto estimulá-la fazia sua necessidade aumentar ainda mais. O corpo dela reverberando em chamas, os músculos tensionados, os dedos dela que insistiam em puxá-lo mais para seu quadril, que se movia em busca de mais prazer, de mais atrito. A respiração acelerada fazia seu peito subir e descer descontrolado, assim como as batidas de seu coração pareciam ecoar em seus ouvidos, de tão altas que soavam contra sua caixa torácica. Ele sabia que estaria a ponto de explodir. Conhecia cada mínima reação daquele corpo ao seu.
Por isso se afastou completamente dela, ficando em pé e observando o corpo tenso da mulher deitada. Os olhos dela estavam apertados e seu lábio inferior estava sendo mordido com tanta força, que ele sabia que mais tarde, ela se queixaria do corte. Mas agora, ali, ela se encontrava em seu estado mais desesperado de excitação. A beira de um orgasmo, as sensações fervilhando em seu corpo, aumentadas consideravelmente. percebeu que a estava prestes a se tocar, para tentar amenizar sua ansiedade e se adiantou, segurando as duas mãos dela. Aquilo a obrigou a encará-lo diretamente, nas imensidões dos olhos daquele infeliz, que sustentava aquela agonia implacável, uma brincadeira com seu tesão.
- Você vai ter o seu orgasmo na hora certa, . Do jeito certo. - sua resposta veio num grunhindo ininteligível, o qual soltou uma risada baixa. Ele se afastou novamente e abriu sua calça, empurrando-a para o chão, juntamente com sua boxer, retirando qualquer coisa que servisse de barreira para sua nudez. fitou o movimento com inocente malícia, a límpida curiosidade. Sempre gostara de admirar o físico dele, principalmente naquelas condições e se perguntava como conseguira fazer aquilo tudo se apaixonar por ela. Quase riu de seus pensamentos tolos, mas encontrava-se tensa demais para isso. Praticamente se afogava na insanidade que o efeito da endorfina causava. No efeito , por assim dizer. Era por ele que suas entranhas queimavam, pedintes do carinho e atenção. Era por ele que seu coração implorava por companhia, alguém que o completasse. Era por ele que sua loucura gritava.
O homem sentou-se a cabeceira da cama, suas costas encontrando suporte ali e não foi necessário palavras para que entendesse que agora era sua vez. Engatinhou até ele e ajoelhou-se na cama, posicionando suas pernas de um modo que poderia encaixar-se nele. Observou o rosto dele, cada ínfima característica que amava, prendendo-se aos olhos, cuja tonalidade era marcada por diferentes pontinhos , formando uma composição bela e marcante. Suas mãos, atrevidas, contornaram o trapézio e desceram pelo peito másculo, a barriga torneada, parando, por um momento, nas entradas deliciosas que ele tinha, deleitando-se com cada músculo. Inquieta, arranhou a zona de perigo, até chegar ao membro ereto, no qual o envolveu nas mãos quentes. Pensou nas opções e, ao invés de manter a pressa que tinha anteriormente, preferiu agir com calma, querendo rebater a prazerosa tortura. Mostraria que também sabia brincar. Começou a movimentar sua mão, num vai e vem vagaroso, utilizando-se das unhas em arranhões superficiais, enquanto se sentia fotografada pelos globos , que não perdiam detalhe algum. inclinou-se e capturou o lábio inferior dele, deixando-o escapar entre os dentes, mantendo a troca de olhares, um quase transe. Uma quase transa.
Querendo ser mais ousada, posicionou o quadril e, segurando na base do membro rijo de , pincelou sua entrada, deixando-o sentir o quão molhada encontrava-se. Mas foi um curto momento, uma pequena mostra do prazer que logo teria. Mas a impaciência de levou-o a puxar o quadril da mulher em direção do seu, contudo, o impediu e balançou a cabeça, abrindo um sorriso categórico: ela estava no poder agora. Aquilo o fez engolir em seco. A mão pequena voltou a fazer movimentos lentos, pressionando a glande com mais força, roçando-a contra sua intimidade, gemendo baixinho quando seu clitóris foi tocado novamente. Fazer isso era inconsequente, sensual e sentia sua fome por aumentar. Buscou morder os seios dela como forma de distraí-lo, contudo era impossível, se seu corpo fincava sua atenção toda para os contatos como se o avisasse que precisava de mais. Porra. Era óbvio que ele queria mais.
- ... - sussurrou, num pedido sôfrego que acabasse logo com aqui. E por mais que tivesse adorando aquela tortura, tinha que dar um ponto final nisso. Posicionou-o novamente em sua entrada e deixou o corpo cair numa lentidão, sentindo cada centímetro seu ser ocupado por . Seus músculos internos o acolhendo, apertando-o, transmitindo seu calor, embebendo-o em seu líquido lubrificante. Por um minuto, se permitiu ficar parada, apenas apreciando a sensação de estar novamente completa.
jogara a cabeça para trás, mantendo seus olhos fechados, degustando novamente aquele prazer de ter seu membro envolvido pelo calor dela. Aquilo era um jeito de completar todo o sincronismo que havia entre ambos. Ele impulsionou seu quadril e pediu mudamente para que tomasse sua postura, o que ela fez com prazer. Uma, duas, três vezes. Seu corpo subia e descia num ritmo necessitado, como se as vidas deles dependesse do atrito. apoiou suas mãos nos glúteos dela, apertando-a, fazendo um caminho até sua cintura, para depois, com o tato redescobrir o busto, os mamilos enrijecidos, as aréolas rosadas. apoiou seus braços sobre os trapézios de e inclinou seu corpo para frente, mantendo seus rostos próximos, as respirações ofegantes numa mistura deliciosa de Bourbon, nicotina, , . Os movimentos desaceleraram quando ela decidiu tomar os lábios dele, as línguas travando uma dança lenta, se conhecendo e reconhecendo. Intercalavam-se mordidas nas bocas inchadas, permitiam-se sorrisos cúmplices e gemidos roucos. As mãos de ajudavam a guiar seu quadril e seus olhos transmitiam aquela confiança cheia de paixão. Os quadris se chocavam, ora violentos, ora tão suaves, estimulando-os. A mulher se afastou de , ficando ereta novamente e subiu retirando quase todo o membro dele, antes de enterrá-lo profundamente. Queria que ele a tocasse fundo. Uma febre os tomava. O suor já escorria pelas costas de , descendo por toda a extensão de pele, encontrando as mãos de . Ele não estava em melhores condições, o peito brilhante por causa deste. Mas eles não se incomodavam. A única coisa que importava era o frenesi de prazer que tomava cada mísera parte de seus corpos, os movimentos em busca de um único ápice. Nunca fora tão bom assim com outros parceiros. Só funcionava com eles. Eram eles e só, o quebra-cabeça perfeito.
O orgasmo chegava para ambos. Os músculos rijos, os tremores de prazer, os arrepios inconstantes. Eles já não conseguiam manter os olhos abertos, guiavam-se pelos instintos de sexo. mantinha sua cabeça jogada para trás, sentindo a pele da sua nuca arder com os arranhões que a unha de sua mulher causava, enquanto esta acabava com seu lábio inferior com as mordidas incontroláveis na área. Já não conseguia manter a mesma velocidade de antes, pois o cansaço tomava conta do seu corpo. Como se lesse os pensamentos dela, segurou os quadris da garota, prendendo-os e, com cuidado, instigou que fosse deitá-la e ela o obedeceu na mesma hora, adorando o peso dele sobre o seu corpo e as estocadas rápidas quando ele tomou o controle do sexo. Os seios dela contra o peito dele, os rostos próximos novamente, o calor habitando suas faces e cada parte existente deles. tinha os dentes trincados, fios de cabelo presos na testa, o descompasso tomando conta de seu ser. Seus músculos internos apertavam o membro latejante de intensamente, em contrações involuntárias de prazer extremo, enquanto ele investia fortemente no interior dela, como se aquilo o fizesse ficar mais perto do paraíso. O oxigênio parecia faltar, enquanto a latência deles permanecia em excesso. E então aconteceu. O ápice os abraçou, tomando-os furiosamente, primeiro a ela, que soltou um último gemido, o mais alto e rouco destes, para depois possuir . O gozo se derramou no interior da garota no momento seguinte e ele se encontrava trêmulo e cansado. Feliz e satisfeito.
Retirou-se de , deitando ao seu lado e sentindo a cabeça dela apoiar em seu peito, passando automaticamente o braço pelos ombros dela. Aquela era a hora que havia muito a ser dito e palavras não conseguiriam definir. Os minutos se arrastaram, até que ele sentiu se mexer e levantar-se.
- ? - o sorriso doce surgiu no rosto angelical da garota e ela indicou uma porta que daria ao banheiro. Compreendendo o que ela queria dizer, assentiu, mas quando ela estava prestes a entrar no cômodo, ele a chamou novamente.
- Sim?
- Eu já volto, ok? Por favor, me espere. - a mulher concordou e entrou no banheiro, enquanto ele catava sua boxer e sua calça. Vestiu-se desajeitadamente e saiu do quarto, encostando a porta atrás de si. Andou a passos rápidos até seu quarto, consideravelmente maior do que o anterior e começou a revirar o criado mudo. Quando achou o que queria, deixou-o sobre a cama e resolveu tomar uma ducha e colocar uma roupa mais confortável, antes de retornar para o quarto que se encontrava. Assim que abriu a porta, avistou a mulher em pé, encarando a vista da janela, coberta apenas pela blusa de seda preta que tinha deixado para trás.
- Essa blusa fica bem melhor em você do que em mim. - comentou, chamando a atenção dela, que ergueu a sobrancelha, como se já soubesse daquela informação. sentou à beira da cama e estendeu a mão, num gesto mudo para que ela o acompanhasse e assim, o fez, analisando a expressão serena que habitava a face do homem. Ele remexeu o bolso da calça de moletom que usava e tirou um cordão, cujo pingente era uma pequena chave. - Isso te pertence. - pegou a chave com a ponta dos dedos e sorriu, encantada com objeto. - Você deixou isso aqui...
- Há dois anos. - completou, desviando o olhar do objeto para . - Esse cordão foi um presente do meu pai para minha mãe no dia que ela aceitou o pedido de namoro dele. - apertou o pingente na palma da mão. - Quando eu tinha dez anos, ela me deu. Disse que eu deveria tomar muito cuidado com ele, pois era a chave do meu coração. Que muitos tentariam tê-lo e que só deveria ser dado à pessoa certa. - o coração de acelerou um pouco e quis que ela apressasse sua declaração. - Sempre soube que você era o cara certo, . Algo em você mexe fortemente comigo e me deixa louca. Ao decidir te deixar, eu queria que, ao menos, algo meu pertencesse a você. - estendeu o cordão para ele. - No fundo, tinha medo que me esquecesse. - não conseguiu evitar o sorriso de felicidade.
- Sei que não sou a pessoa mais confiável. Fui um homem de muitas mulheres. - a garota baixou o olhar, mordendo o lábio inferior. Com suavidade, os dedos dele levantaram o queixo dela e ele tentou transmitir tudo que sentia num único olhar. - Só que, apesar de muitas mulheres, fui um homem de um único amor, . Só preciso de uma segunda chance para continuar o que nunca acabou de verdade.
-E-eu... - o polegar que antes acariciava a bochecha, agora tocava os lábios dela, pedindo gentilmente que se calasse.
-Deixe-me amá-la. Eu não prometo um relacionamento perfeito, uma comédia romântica digna de Hollywood. Mas eu prometo que não haverá mulher mais amada, desejada e protegida. - não conseguia descrever o que sentia ao escutar aquelas palavras. Fora tanto tempo que desperdiçara. 24 meses que poderia ter estado ao lado dele, ao invés de correr mundo afora como uma garota boba.
- A única coisa que quero que prometa, ... - ele a olhou, ansioso. - É que nunca mais me deixe dizer adeus. - surpreendeu-se com o abraço forte e com o choque dos lábios dele nos seus. Sentiu vontade de rir bobamente, de rir por nada. De rir porque era correspondida pelo cara que amava.
- Adeus é uma palavra que deixou de existir quando você entrou na minha vida, . - e eram suas bocas unidas novamente e seus corações se completando. Eram os novos Romeu e Julieta, com um final alternativo. Era só aquele amor criando uma nova história.
FIM
Nota da Autora: Olá. É, essa sou eu querendo me enfiar num belo esconderijo secreto e nunca mais aparecer depois dessa putaria toda. Para aqueles que me conhecem (de Confidencial, gente!), eu vou surtar vez sim, vez não com as cenas restritas porque.... Sei lá. Vergonha. Enfim, essa short era de uma história que eu tinha no computador, da limpeza que fiz (tinham cerca de 50 histórias incompletas. Todas foram excluídas). Mas eu gostava da história que deu origem a essa, que se chamava This Love. Que seguia o curso da música do Maroon 5 mesmo. Ao reescrevê-la e adicionar cenas picantes, eu mudei o fim. Aliás, dei um fim, porque na original existia uma continuação. É. Enfim, acabando com o monólogo, espero mesmo que gostem dessa fic! Apesar de toda a vergonha, eu gostei. E essa fic vai dedicada à That, minha beta linda e amada que sugeriu que eu fizesse uma shortfic sobre Scream (Avenged Sevenfold), que acabou sendo uma das inspirações da fic. Um beijo para Sah Oliveira e Mariana Lira, que junto com a That, leram a fic antes e surtaram comigo. Muito amor e beijos para os criadores de Can't Stop e This Love, o Maroon 5! E um beijo para você que chegou até aqui sem me xingar ou algo do tipo. Não deixem de comentar, hein! Nanda Araújo xx.
Outras histórias:
Confidencial. (restritas/em andamento.)
Mr. Writer.(McFly/finalizadas.)