Cometendo Erros


Escrita por: Monique
Betada por: Flávia C.




Eu poderia dizer tudo para você agora o que eu passei com aquele garoto, dizer tudo o que eu sinto por ele agora. Mas uma coisa que eu odeio é ficar reprisando histórias idiotas como a que eu tive com ele, mesmo assim eu continuo sendo a inútil que é apaixonada por ele não é mesmo? Tenho raiva de mim por ser assim, porém, não tem o que fazer aqui quando não há opções em meu coração.. estúpido coração!

- ! - Escutei alguém me chamar, aquele alguém que eu conheço muito bem, talvez até mais do que eu mesma.
- O que você quer garoto? - Respondi grossa sem ao menos tirar os olhos de meu livro.
- Quero falar com você, pode ser? - Voz irritante, timbre irritante, irritante, idiota.
- Não! Não vê que estou ocupada? - Levantei minha cabeça para poder olhá-lo agora com cara de desprezo, a que eu mais sei fazer.
- Por favor , não seja criança! - Ele falou impaciente e eu ri ironicamente.
- Cai fora, . Não vou falar com você, a criança aqui tem prova no próximo tempo - Sorri debochada para ele que bufou, saindo irritado de perto de mim, respirei fundo e voltei a ler meu lindo livro de Filosofia.

Se eu escrever aqui milhões de xingamentos vai me fazer feliz? NÃO! Mas eu adoraria de verdade.
Estou escrevendo uma coluna para o jornal da escola, mas uma vez o escolhido da semana será ele, só que dessa vez com um artigo bem mais constrangedor para ele. A vida de anonimato me faz bem quando é para acabar com um idiota que me fez tão mal, é ele me deixou na pior, acabou comigo agora ele vai ver. "Pagando que se aprende ."

Você realmente não deve estar entendendo nada, eu também não entenderia. Bem quando eu e ele começamos a sair no verão passado ele disse que estava gostando muito de mim e que eu era diferente de todas as outras, claro não sou fútil que nem a ex dele naquela época, loira, sem cérebro, sem argumentos e sem senso... Líder de torcida. Mas no dia seguinte eu o vi beijando aquela loira mal amada, ele tentou se explicar e tudo dizendo que ela tinha agarrado ele, mas o amigo dele... , outro idiota, são tudo da mesma laia francamente! Então disse para mim que ele apenas apostou que eu acreditaria que ele estava afim mesmo de mim, até porque naquele dia eu havia me declarado para o idiota, desde então eu passei a ignorá-lo completamente, mas você sabe nada dura para sempre e eu agora não me importo de falar ou não, porém não posso evitar o que sinto sempre que o vejo andando por ai com as mãos nos bolsos ou quando está sentado sozinho compondo no meio do pátio. Eu odeio sentir isso!

Peguei meu casaco e levantei da mesa, largando aquele livro chato ali mesmo. Passei muito rápido pela porta da biblioteca indo para minha sala, já que o sinal já iria bater para o próximo tempo, escutei pessoas falando aquelas. Parei atrás de uma pilastra que dava para ver perfeitamente o que eles faziam e ouvir principalmente.

- Ela não quer nem me escutar dude - disse.
- Cara você sabe como ela é, não desiste - insistiu.
- Eu cansei - disse se encostando na parede.
- Você nem começou! - exclamou.
- Cala a boca - Eles falaram juntos e deu um pedala nele.
- Só to falando a verdade. Se você gosta mesmo dela, não desiste.
- Claro. Tá falando isso porque foi o próprio que arruinou minha vida.
bufou.
- Já pedi desculpas umas mil vezes.
- Não importa mais... - Ele saiu de perto deles, caminhava para nossa sala.

Que bom que ele sabia exatamente que eu não quero nem escutá-lo e não vai mudar isso tão cedo. Passei rápido pelo resto do bando que me olharam, entrei na sala e dei de cara com ele, quase cai para trás se ele não me segurasse tão perfeitamente com aquelas mãos que eu amo.

- Que susto garoto! - Tentei parecer brava mas o máximo que saiu foi um sussurro.
- Não sabia que você ia entrar justamente não hora que eu tivesse saindo... Desculpa?
- Tudo bem , me largue - Tentei desviar dele mas não consegui.
- Espera! Já que a gente tá aqui mesmo né, preciso falar com você...
- O que você quer? - Bufei.
- Quero dizer que não aguento mais ficar longe de você - Senti meu ar fugir e minhas pernas tremerem por completo, meu coração batia a mil por hora. Por que isso agora?.
- Entrem na sala garotos - A professora vinha logo ali empurrando os outros amiguinhos dele para a sala. Agradeci mentalmente.
- Tenho que fazer uma prova agora - Me desviei entrando e logo ocupando meu lugar favorito, olhei para que estava com a cabeça encostada na porta.
- Que aconteceu cara? - perguntou assim que entrou na sala, olhou para mim e respondeu.
- Nada.

Eu odeio amar ele, ninguém tem idéia disso, não ninguém tem mesmo. É a pior coisa que existe. Você ama o carinha mais popular do colégio, ele te engana e depois corre atrás, isso só pode ser sorte ou carma. Depois da prova eu fui para a sala onde faziam o jornal da escola, peguei o primeiro computador livre e comecei a digitar com raiva, mesmo que meu coração pedisse para eu não fazer isso eu precisa, precisava falar tudo o que me engasgava aqui na garganta.

" Queridos alunos, Hoje vamos ao motivo mais importante desse colégio, a pessoa que mais se sente aqui.. .
O que leva a esse garotinho pensar que pode alguma coisa com alguém? Ele só é popular porque seu amigo que já saiu do colégio o que é uma pena, colocou nele uma fama que nunca deveria ter sido dele. Muitos aqui sabem e se sentem ameaçados por ele, se sentem os fracassados quando ele passa com seus fieis cachorros, no qual ele mesmo trata como tais.
Para mim ele é um idiota, um fracassado que se esconde atrás dessa fama inútiln.. O que ele ganha com a popularidade? Fama, lideres de torcida sem cérebro? Do que adianta? Ele não tem quem mais ama e nunca vai ter, ele nunca vai saber o que é amar de verdade porque ele é um idiota e garotos como eles não sabem o que é ter um sentimento de verdade, não sabe o que é gostar de alguém sem ser de brincadeira. Não sabe o que é um pedido de desculpas, não sabe nada. Alguém lembra da menina rejeitada que ficava com ele a dois anos atrás? Pois é.. Garotas como ela nunca voltariam a ficar com um idiota como ele, garotas como ela se dão valor e nunca repetem o mesmo erro. Escutei um de seus cãezinhos dizerem que ele foi humilhado por ela hoje mais cedo, quando ele inutilmente tentou se desculpar dizendo coisas idiotas e ela disse para ele que desculpava sim, mas que ele era um idiota e que estava muito bem sem ele... Coitadinho! Acho que você deve desistir garoto popular, alias há tanta gente bonita nesse colégio, tantas pessoas que morreriam por você. Sinto pena de você, sinto pena por você ser assim tão fútil, sinto pena por ser um fracassado sem sentimentos verdadeiros e rodeado de pessoas falsas que assim que você vira as costas elas acabam com você. Você pensa que tem amigos de verdade? Não você não tem garoto, alias pode até ter os seus fieis cachorros, mas só eles consideram você realmente. Você só impressiona o seu próprio publico aos outros, a mim só me provoca pena. XX"

Pude respirar mais aliviada agora, mesmo que ele fosse descobrir de cara quem escreveu isso eu não me importava. Enviei para o e-mail da presidente do jornal escolar e sai da sala as pressas, não queria ser vista ali. Corri para a quadra do colégio onde minha turma já estava esperando pelo começo da aula, me sentei na última arquibancada e vi olhar para mim, desviei o olhar assim que o professor pigarreou.

- Bom, hoje vamos jogar vôlei nada demais. Podem se trocar - Sr. Adam sorriu e logo os alunos se retiraram, menos aqueles que nunca faziam aula como eu - ?
- Sim senhor?
- Pode me ajudar com a chamada?
- Claro!

Não demorou muito e já estava aquela gritaria de típicas aulas de Educação Física. Olhando lá de cima aquilo parecia insano, pessoas se batendo, bolas rolavam na cabeça das pessoas me fazendo rir ao mesmo tempo ter pena é claro, não sou tão cruel assim. Olhei para o lado assim que escutei alguma coisa cair no chão, eram os jornais escolares que sempre eram entregados anonimamente. Peguei-os em minha mão e entrei para as pessoas que estavam ali e li minha edição sobre o , estava lá bem grande "Fofoquinhas" e tudo o que eu escrevi mais cedo. Mesmo que agora eu achasse que aquilo era desnecessário, já estava feito e não tinha volta, não por esta vez. Assim que a aula acabou os alunos voaram nos jornais e muitos "OH" aconteceram juntamente na minha página, olhei para que passava os olhos lentamente pela folha, seus amigos falaram algo para ele e ele levantou a cabeça na minha direção e respondeu a eles. "Foi ela" Eu pude ler seus lábios claramente, abaixei a cabeça e desci a arquibancada saindo de lá rápido.

- Droga! Por que to me sentindo horrível assim? - Gritei no pátio vazio e pude escutar minha voz varias vezes em um eco.
- Problemas? - Uma voz surgiu atrás de mim e eu me arrepiei toda.
- Que susto! Não tinha visto você.. - Olhei para uma menina sentada no chão perto dos armários, em uma das pilastras.
- Tudo bem, nunca ninguém me nota aqui - Ela sorriu irônica - Quer conversar?
- Seria ótimo... Mas acho que não.
- Tudo bem, olha, vamos, eu sirvo para essas coisas, problemas são o meu forte - Ri e ela sorriu.
- OK.
- Ah já ia me esquecendo.. - Ela estendeu a mão, sorri e apertei-a.
- .
- Ótimo , agora se sente. Eu odeio ver gente em pé quando eu to sentada, me incomoda muito... Sabe.
- Oh, desculpe - Me sentei ao lado dela no chão.
- Me diga.
- Sabe o jornal escolar, está merda aqui! - Puxei a folha amassada para mostrá-la.
- Sim o que tem?
- Então eu escrevo a parte das e...
- Espera um pouco, você é a causadora de todos esses surtos escolares? - falava com um sorriso no rosto.
- Infelizmente. - Falei triste.
- Garota eu adoro as coisas que você escreve, de boa são muito legais eu me amarro em ver esse tipo de coisa - ria e eu fiquei sem entender - Você daria uma bela escritora sabia?
- Ah claro, uma escritora idiota que gosta de fazer intrigas ou se vingar de ex-ficantes. Ótimo. - Rolei os olhos.
- Hey, não é tão mal as vezes se você pensar bem. Eu adoraria fazer um tipo de coisa assim, nossa eu ia matar verbalmente várias pessoas aqui. - Gargalhei, ela era engraçada.
- Você é maluca.
- É o que dizem, mas algumas coisas também.. - Franzi a testa.
- O que aconteceu?
- Não importa, eu que devo te ajudar aqui não você por favor - Concordei - Diga o motivo principal desse grito ok.
- Eu estava tão decidida quando eu resolvi fazer essa coluna pro , mas eu estou me sentindo péssima, ele sabe que fui eu, também não seria muito difícil de descobrir.. eu fiquei tão mal, eu estou me sentindo a pior pessoa do mundo, mesmo eu o odiando mais que tudo na vida, não posso evitar o que.. - Respirei fundo.
- Você gosta dele!
- Não!
- Isso não foi uma pergunta, foi uma afirmativa hello!
- Não, não e não. Eu o odeio... muito!
- Claro e eu sou sua fada madrinha - Ela rolou os olhos - Por favor não precisa ser sua amiga de anos para saber que você é louca por ele.
- Eu odeio sentir isso - Admiti.
- Sei como é...
- Sabe? - Perguntei surpresa.
- E como - Suspirou.
- Me diga, !
- Primeiro não me chame de eu odeio meu nome, pra você. E eu gosto de um garoto idiota ai, que nunca vai me olhar, a não ser que eu faça uma macumba bem feita pra ele - Rimos.
- Você é engraçada, gostei de você.. Por que nunca te vi por aqui?
- Ninguém me vê, sou invisível para todos, principalmente para os meninos bonitos - Ela deu língua e eu sorri.

O sinal do final das aulas tocou, impossibilitando da nossa conversa continuar. Fizemos algumas caretas e nos levantamos dali ou seriamos atropeladas por milhões de pernas e pés enormes. Carreguei-a até o portão do colégio e então nos despedimos, marcamos de chegar mais cedo no dia seguinte para que pudéssemos conversar mais e tudo, acho que estava ganhando uma amiga finalmente. Desde que saiu do colégio minha vida ficou uma merda, sem quem conversar, apenas eu e minha estúpida coluna naquele jornal, aposto que estivesse aqui eu não estaria descontando minha raiva em um papel ela me ajudaria a pensar bem nas coisas e não fazer as coisas por impulso, como sempre fazia.

Caminhei lentamente para minha casa já que não era muito longe dali, em casa nada de diferente. Mamãe não estava e meu pai como sempre trabalhando demais fechado naquela saleta então era como não estivesse também. Fui para cozinha e fiz o meu miojo de tomate, meu preferido, que me viciou nele. Sinto falta de minha amiga, mas do que pensava que teria quando ela disse que ia se mudar para o Brasil. Comi meu miojo lentamente enquanto assistia meu dvd de Friends, mesmo que eu já soubesse de cabeça tudo o que os personagens falavam ainda era engraçado ver e me arrancava algumas gargalhadas. Uma das coisas boas de estudar das 7 as 6 da noite é quando sua vida é totalmente tediosa, então eu fico bem porque na escola tenho com o que me descontrair e o tédio não me mata completamente. Lavei meu prato e fui para o quarto descansar um pouco, meu descanso é escrever no meu lindo diário virtual, onde eu falo tudo o que eu sinto aqui. Não gosto de escrever a punho, porque demora e eu acabo deixando várias coisas escaparem, as vezes fatos importantes na história.

"Queria estar com você, para podermos ver o por do sol juntos. Nos deveríamos ter nos apaixonado de verdade ou só um pouco talvez."

Na noite eu tive muito frio, era horrível para eu dormir quando havia muito frio. O inverno já esta bem acentuado aqui em Londres e os flocos de neve logo começaram a cair. Rolei um pouco na cama até que peguei no sono, acordei em cima da hora, deveria estar bem chateada comigo agora.

- Desculpa mesmo, eu não consegui dormir direito de novo.. - Abracei-a e ela sorriu.
- Isso é amor .
- Pode parando - Rolei os olhos e ela riu.
- Tudo bem.

Entramos no colégio juntas, era como já a conhecesse a anos, era estranho para mim e ao mesmo tempo muito incrível. Nos separamos por causa das salas diferente, entrei na sala todos já estavam lá, pedi desculpas e fui para meu lugar. Um zumbido de pessoas cochichando ao mesmo tempo começou logo, já entendia, era por causa do jornal, me olhava de longe com olhar decepcionado minha culpa só aumentou. Tentei me concentrar na aula mas era impossível, todos os tempos passaram rapidamente sem eu me dar conta na hora do almoço me juntei com , fomos sentar do lado de fora do colégio perto das arvores.

- Não estou conseguindo viver com isso, o que eu faço? - Gruni.
- Calma! Não tem volta agora, deixa isso passar e para de escrever sobre ele, não acha que é infantil da sua parte?
- Eu sei. Mas eu não tenho ninguém, não tinha ninguém, mas agora tenho você pra escutar meus problemas né?
- Olha não é porque esta sozinha que deve se levar para a pior solução, porque você expôs tudo para duas mil pessoas cara pensa.
- Eu sei, eu sou uma idiota mesmo.
- Não, apenas cabeça dura e age por impulso.
sorriu - Hey, estou com você ok? Somos amigas certo?
- Sim, finalmente tenho com quem contar.
- Eu também, até acordei mais feliz hoje - Rimos.

Ficamos conversando por um tempo e comendo coisas que eu levei para a escola. e os outros estavam ali perto, me cutucou assim que viu e seu amado , OH sim tem uma paixão obsessiva por agora sim eu sei quem afastou todas as garotas de perto dele.

- Uma vez eu estava com uma escova de cabelo e entrei no banheiro, para minha sorte a ficante do tava se arrumando como sempre. Dai eu coloquei a escova embaixo da blusa e encostei nela dizendo que se ela não largasse o naquele momento eu ia matar ela - Gargalhamos muito alto - Eu te juro que ela nunca mais chegou perto dele, cara foi um máximo!
- Queria ser assim que nem você, seria ótimo ameaçar as ficantes do .
- Se quiser ajuda é só pedir, já que eu não tenho uma fama nada boa né.
- Só um pouco estranha.
- Obrigada por ser franca - disse chocada.
- Nada, quando quiser - Rimos.

Eles olhavam para gente de longe, me fitava e sorria ao me ver gargalhar. Parado ao lado dos outros três com as mãos dentro dos bolsos do casaco estava olhando também para nós, observando a gente.
- Parece que nossos amados estão olhando para cá.
- Idiota! Bando de idiotas...
- . - chamou atenção - Não fale assim, tudo bem que o é um tanto maluco mas eu não gosto que xinguem ele.. A não ser que seja eu né...
- Oh, ok, vou lembrar disso. Mas eu queria mesmo classificar o - Encarei ele que virou a cara - Babaca!
- Só love , só love - começou a cantar desafinada e dei um pedala nela que gargalhou.
- Boboca mesmo dude.
- Dude, dude, parece alguém ai - Sorriu de lado.
- Não implica comigo ok? Não posso fazer nada, convivência fez isso.
- Que convivência né? - Rolei os olhos.
- !
- Ok, já parei - levantou as mãos se rendendo e encostou-se na arvore.

Ainda tinha tempo para relaxar um pouco, ficamos caladas o resto do tempo apenas sentindo o vento gelado que passava pela gente.

- Que frio! - Demais - Apertei meu casaco mais em mim.
- Hey! - Abri os olhos e pude ver parado na minha frente, junto dele os outros 3.
- O que foi? - perguntou grossa.
- Quero falar com a - Ele respondeu olhando para mim.
- Por que?
- Vamos?
- Não!
- Vai - me empurrou.
- Não!
- Vai agora - Ela arregalou os olhos e me beliscou.
- Ai tudo bem - Resmunguei me levantando.

Ele me levou para um lugar onde eu nem sabia que existia naquele colégio, era uma sala atrás do colégio, muito suja e empoeirada. Espero que não tenha baratas ou ratos aqui, ou qualquer tipo de bicho que me faça gritar de tão horrível. Assim pensei comigo.

- Seja rápido - Mandei.
- Se você me deixar falar - Ele bufou.
- Estou deixando que eu saiba.. - Me encostei na mesa que tinha ali e apoiei meus braços na mesma.
- Por que você escreveu aquilo?
- Aquilo o que? - Me fiz de desentendida.
- Não se faça de idiota!
- Hey, baixa a bola meu filho - Ralhei.
- Por que você fez aquilo? Dude foi a maior idiotice que eu já vi em toda minha vida, você ta cansada do seu mundinho e fica descontando nos outros. Eu errei com você eu sei muito bem, mas depois eu fui conhecendo você e comecei a amar você de verdade, ainda amo! Mas acho que me enganei, me enganei quando pensei que você era a garota certa pra mim.. Me enganei quando pensei que você era diferente das outras idiotas que eu saí. Você queria o que com aquilo? Porque na boa, não fez diferença em nada na minha vida, eu sei muito bem que eu tenho amigos de verdade, aqueles que você chamou de "fieis cachorros", mas tudo bem eu sei muito bem que esse texto se encaixaria perfeitamente com você, se faz de tão forte e é a fraca, fraca demais e resolve escrever coisas idiotas para todo o colégio para ver se fica mais feliz. Mas você não fica não é? - Ele estava vermelho de tanto gritar, meu rosto estava abaixado e molhado pelas lágrimas que corriam por ele - Me responde! Você é tão foda não é? Meninas como você não se envolvem com idiotas como eu duas vezes, não cometem o mesmo erro.. Besteira ! Tudo idiotice do seu mundo que não é nada perfeito como você esperava não é? Não é? Olha para mim!
- Por favor... Pára...
- Pára? Agora você quer que eu pare? Você é realmente muito fraca, pensei que você ia me dizer coisas horríveis, mas me enganei.. Outra vez. Só queria dizer que pode deixar que não vou mais deixar o seu mundinho mal, vou te deixar em paz pra sempre, ta bom assim? Mas eu nunca menti para você, não depois que a gente começou a ficar.. Mas isso realmente não importa mais. - Estava sentada agora na cadeira que havia ali, com o rosto nas mãos chorando e soluçando como uma idiota, a idiota que eu era e merecia ser.
- Eu.. eu.. eu não queria que fosse assim.. você.. você me machucou , você acabou comigo. Eu sempre gostei de você e você sempre soube, quando eu achava que tava tudo bem.. eu e.. você, eu te vi beijando aquela garota, eu morri por dentro. O mundo parecia ter acabado para mim e eu tinha acabado de perder minha amiga de infância, eu tava super mal.. Eu sei que foi idiota eu ter escrito tantas coisas sobre você naquele jornal, mas como você diz, eu sou fraca demais, sempre fui. - Limpei as lagrimas e olhei para ele, que estava de costas.
- Claro a princesa estava com o mundo desmoronando. Alias, você não me deve satisfações agora, nada importa agora, até porque não temos mais nada um com o outro e por um lado, acho que foi até bom, de verdade, você não é como eu esperava que fosse, você é igual as outras.
- Não eu não sou! Você sabe! - Agora quem gritava era eu.
- Então o problema é comigo, você resolveu ser assim comigo? - Ele ria ironicamente.
- Você era bom demais para mim, perfeito demais, a garota estranha não tinha vez na vida de . - Limpava mais uma vez as lagrimas grossas que caiam sobre meu rosto.
- Não , eu nunca fui bom o suficiente pra você.. Nunca fui, a prova disse é aquelas idiotices que você escreveu. É isso que eu tinha pra falar, tchau.

Ele saiu da sala batendo a porta e eu me acabei ali. Finalmente eu tinha conseguido, tinha perdido ele, eu sabia que tinha, ele estava com raiva, ele gritou comigo, decepcionado comigo. "Burra, burra, burra" bati minha cabeça várias vezes naquela mesa empoeirada. Depois de quase meia hora chorando eu definitivamente sairia daquele lugar, peguei minha mini-escova com espelho e olhei minha cara completamente enorme e os olhos todos manchados por causa do rímel, ótima imagem para uma fracassada. Poderia sair agora com esta cara e anunciar a todos que sou fracassada, admitir o que eu já sei a muito tempo mas não quero acreditar. Sai daquela sala e me sentei ali do lado de fora da porta, escutei gritos parecia de , olhei para o lado e ela vinha caminhando um tanto irritada.

- ! Não acredito! Onde você se meteu? - Gritava do meu lado agora.
- Estava aqui o tempo todo - Respondi baixo.
- O que aconteceu? - Sentou do meu lado e eu olhei para ela.
- ..
- Meu Deus! Você esta toda borrada - disse limpando meu rosto - O que ele fez?

Voltei a chorar e abracei-a, tentou me consolar de qualquer jeito mais era impossível, eu estava morta por dentro outra vez. Pedi para me deixarem ir para casa mais cedo e foi comigo, também ficou comigo todo o tempo, eu tinha uma amiga agora era importante lembrar. A noite eu estava no meu quarto, com meu notebook em cima de minhas pernas digitando textos e mais textos, pedidos de desculpa para uma próxima edição do jornal.. mas será mesmo que eu deveria fazer isso? Fechei o meu note e coloquei-o de lado sem salvar o que havia escrito, não valia a pena isso, era mais fácil provar para ele pessoalmente. Por um lado eu sabia que ele tinha toda a razão por ter ficado daquele jeito e por outro eu sentia raiva dele por gritar comigo, ainda me dizendo aquelas coisas horríveis. Eu sei muito bem que ele sabe que não sou como as outras, mas sou frágil e fraca demais para me defender de acusações nesses momentos, é difícil para mim... Escutar verdades é muito difícil.

Durante três meses ele mal podia olhar para mim, na escola era sempre a mesma coisa, passava por mim e virava a cara ou evitava até de estar no mesmo lugar que eu. As indiretas e sarcasmos nas aulas, sempre alfinetadas e coisas para me agredir, tentava sempre me ajudar. Por vários dias eu me peguei chorando no chão do banheiro por ele, foi uma agonia, os piores tempos. As pessoas ficaram sabendo que eu era a pessoa que escrevia a coluna de fofocas e passei a ser odiada por quase todo o colégio, o resto ou não se importava ou me amava por ser uma idiota e falar o que eles nunca tiveram coragem de falar um dia. O baile de formatura estava chegando, no próximo ano eu estaria na faculdade e talvez nunca voltaria a vê-lo na vida. Tentei me convencer por várias vezes que isso seria ótimo, mas não consegui, não mesmo. Estou na loja mais cara de Londres com a , estamos encomendando nossos vestidos para a próxima semana, as aulas já estão no fim então não é necessário ir. Nossos vestidos vão ser um dos mais caros que vai ter naquele colégio no dia do baile, talvez os mais caros. Voltando ao colégio uma enorme faixa dizendo que a banda de iria tocar no baile de formatura, nem ao menos sabia que ele tinha banda. Como eu sou idiota, eu perdi um amigo ótimo que eu nunca vou ter igual na vida, mas como sempre, já estava feito. Agora as aulas eram super tranqüilas sem aqueles vândalos, mas ainda não tinha sossego para mim, não enquanto ele estivesse ali. Meus olhos sempre paravam nele era como um imã maldito. Ele nunca olhava.

- ! Acorda, tá na hora.
- Hãn? Mas que horas são?
- Meio dia garota, levanta! A gente tem que ir no salão, buscar o vestido se arrumar e estar perfeitas até a hora do baile.. hoje é o dia.
pulava contente em cima de mim - Vamos , acorda!
- Ai não quero - Ainda continuava de olhos fechados.
- Anda! - puxou minha coberta e eu levantei correndo - Isso mesmo.
- Que saco.
- Pois é - ria - Hoje eu agarro o ou não me chamo !
- Boa sorte.
- Ih, cadê sua felicidade?
- Não sei, acho que finalmente caiu minha ficha e eu percebi que sou uma infeliz...
- por favor né?
- Ta bom , ta bom - Disse entrando no banheiro e logo me despindo.
- Já estou até vendo nos duas entrando no colégio e todo mundo olhando, falando que estamos perfeitas - dizia contente.
- Oh! Claro, vai ser ótimo mesmo.. - Disse me ensaboando.
- Hoje sim a gente vai se dar bem. Eu com o e você com o - Apertei o sabonete e deixei-o escapar caindo no chão fazendo um Barulho imenso - O que foi isso?
- Sabonete.
- Nossa parecia que tava quebrando o banheiro, calma tá? To só brincando em relação ao ..
- Da pra você para de falar dele?
- Não exatamente.
- Mas que saco! Chata - Resmunguei.
- Hey, eu to escutando.
- Era pra escutar mesmo ué - Ri.
- Engraçada.. Anda longo - me apressou.
- Já vou, posso me secar pelo menos? - Abri a porta do banheiro enrolada na toalha.
- Pode ué, deixa eu pegar alguma coisa pra você vestir - se virou indo para o armário e separando algumas roupas - Aqui.
- Obrigada amiga o que seria de mim sem você? - Dei língua.
- Nada! Eu já sei..
- Babaca!
- Idiota!
- Hey, idiota é mais forte que babaca - Cruzei os braços.
- Pois é..
- Af te odeio - Bati a porta do banheiro de novo.
- Também te amo ok? - Ri.
- Pronto!

Nem pude respirar ela já estava me puxando por escada abaixo. Andávamos as pressas pela rua, fomos para o salão e ficamos lá pelo menos umas 4 horas arrumando a crina como diz a e também as unhas é claro. Depois que estávamos divas fomos buscar o vestido na loja e voltamos para casa, iria se arrumar na minha casa, chegamos, já eram quase 5:30. correu para o banheiro geral da casa para ar banho e eu para o meu. estava toda hora no espelho admirando o seu vestido rosa bebê, os olhos dela brilhavam de tanta amor por um pano perfeitamente lindo confesso. Nos maquiamos, últimos retoques, perfume e acessórios. 8 horas bem na hora, entramos no salão do colégio e varias pessoas olhavam para a gente como disse mais cedo, ela riu e me cutucou.

- Não disse!?
- Você é uma ridícula ok?
- Sou foda!
- Claro, você é foda e eu fodinha.
- Isso ai. - Rimos.

Os instrumentos da tal banda do já estava lá em cima do palco. Olhando para todos os lados avistei com uma das lideres de torcida, nossos olhares se encontraram e eu desviei. sorria para e acenava, parecia que ela tinha me ocultado uma parte da história ou eu estou vendo coisas tipo o corresponder ela.

- Posso saber o que você não me contou sobre o ?
- O motivo do qual ele estar me correspondendo assim?
- Isso.
- Longa parte não contada - riu e eu fechei a cara - Tudo bem, a gente ta ficando as escondidas atrás do colégio todo o dia.. - Vadia!! - Berrei e todo mundo olhou pra mim, arregalou os olhos e eu sorri amarelo.
- Porra tá maluca? - Ela puxou meu braço que mais parecia arrancar e sussurrou - Então a gente ta ficando mais ninguém sabe, mas hoje ele disse que ia mudar.. estou esperando - sorriu radiante.
- Não? Não! É brincadeira.. Serio? - Pulei animada e ela pulou junto.
- Sim, sim e sim.

Ficamos olhando para eles que também nos olhavam menos que estava ocupado demais com uma qualquer. fez um sinal para que a gente se aproxima-se e eu catuquei que com um sorriso largo me arrastou com ela.

- Olá - disse.
- Oi - Sorri sem graça.
- Oi meninas - Eles responderam juntos e apenas olhou para mim e arqueou uma sombra celha, voltando a sua conversa com a garota.
- Tudo bem? - perguntava apenas para que mexia nos cabelos dela, olhei para eles e comecei a rir.
- Claro princesa, e você?
- Tudo ótimo, sabe como é né? - respondia toda manhosa.
- Er.. eu vou pegar alguma coisa, a gente se vê.
- Até - Os outros responderam.

Passei empurrando a loira para cima do que xingou algumas coisas e fui buscar algumas bebidas, não alcoólicas porque estou na escola lembrando isso. Fiquei sentada em um lugarzinho que eu encontrei bebendo minha batida de morango, tédio, tudo que eu temia que acontecesse. Olhando para os meninos, estava se pegando com finalmente na frente de todos, percebi vários olhares sobre eles e pessoas até rindo, pessoas idiotas, apenas idiotas.

- Posso me sentar aqui? - Olhei para ver quem era.
- ! - Sorri como nunca.
- Queria conversar com você - Ele estava serio.
- Tudo bem, eu também.. quero me desculpar por ser idiota com você e - Fui interrompida por ele.
- Escuta eu não lembro mais nada disso, não me faça lembrar. Alias você sabe como eu adoro você e que mesmo que eu tenha ficado com raiva e me afastado eu nunca consegui te odiar, ninguém consegui odiar é um fato. - Rimos.
- Você é um máximo , por isso eu te amo.
- Ainda tenho minhas duvidas sobre isso senhorita - Ele cutucou minha barriga e eu me contorci rindo - Quero falar sobre o . - Sobre o ? Mas hãn? Por que? - Olhei para ele confusa.
- Acorda , ele te ama como um idiota enfeitiçado.
- Até parece!
- Não comece com suas birras ok? É a verdade.
- Claro, então ficar três meses sem olhar na minha cara me dizendo coisas horríveis sempre que pode é amar?
- Você fez por onde, alias, você sabe que o é super orgulhoso e que ele prefere a morte do que se curvar a você outra vez. Não depois das babaquices que você escreveu no jornal sobre ele, que francamente, eu fiquei chocado quando fiquei sabendo.
- Ele te contou? - Abaixei a cabeça.
- Sim.. - Ele segurou meu queixo e levantou meu rosto. - eu sei bem que você tava com raiva das coisas que andaram acontecendo com você, eu sei que você não esta bem agora, da para ver no seus olhos.. Mas não tem o porquê daquelas coisas idiotas, você se mostrou infantil. odiou muito, ele ficou muito mal, a primeira coisa que ele fez foi me ligar pra contar... Ele tava péssimo - Uma lágrima caiu de meu rosto e a limpou - Hey não chore, você ta muito gata pra borrar a maquiagem ok? Vai pagar uma de bruxa com a cara toda borrada de preto? - Fiz que não com a cabeça e ri.
- Ele nem olha pra mim, ele me odeia e eu sei que mereço isso.
- Acho que posso resolver isso, mas preciso da ajuda daqueles gays e da sua amiga.
- Não, não quero que faça nada. Não quero forçar nada, alias, nunca mais vai rolar nada entre nós entende?
- Como você é pessimista !
- Aprendi a ser assim - Rolei os olhos.
- Deixa de ser chata e deixa eu agir - beijou minha testa e levantou.

Não sei o que ele vai fazer mais eu não estou gostando nem um pouco. Levantei e fui para o lado de fora, vários casais se beijando e outros ficando nos cantos mais escuros dali, passei por alguns e sentei no banco que tinha ali encostando na parede fria que me fez arrepiar. Fiquei alguns bons minutos e escutei o diretor chamar pelos alunos, levantei rápido e entrei no salão.. a premiação se iniciou, na minha vez eu quase cai na escada do palco, as pessoas riram e me vaiaram, como eu disse eles me odiavam por eu ser a autora das fofoquinhas a idiota.

- Silêncio! - O diretor ordenou e sorriu para mim com pena - Parabéns, você fará uma ótima faculdade - Peguei as flores e o diploma agradecendo a ele - Quer dizer alguma coisa a eles?
- Claro.. Quero sim - Peguei o microfone e as vaias voltaram - Eu quero dizer algumas coisas.. Eu sei que vocês não querem escutar nada do que venha de uma idiota como eu, eu sei que fui idiota por insistir naquela coluna de jornal. Mas eu queria que entendessem que eu estava passando por um momento difícil, eu ainda estou, talvez o pior de todos que já passei. Uma pessoa me disse muitas coisas que eu não queria ouvir, me fez pensar, me fez ver como eu estava sendo fútil nos últimos anos e desde então eu parei com aquela babaquice de jornal. Até pensei em fazer uma ultima edição com um pedido de desculpa mais acho que isso seria falso para vocês, como a coitadinha pedindo desculpas por todas as coisas que fez com a gente. Eu confesso que no inicio eu fazia com muito prazer, eu queria de todo modo agredir vocês para ver se eu me sentia bem pelo menos um pouco, e eu só me enganava. Depois de um tempo eu passei a ver isso apenas como uma coisa diária, que tinha que se fazer e pronto. No ultimo que eu falei sobre o , eu já tava me sentindo a pior pessoa do mundo, por pouco não enviei, eu poderia não ter enviado talvez agora ele ainda olhasse na minha cara. Mas o importante é que eu estou arrependida e quero que um dia vocês me desculpem pelas burradas que eu fiz e falei.. Quero que um dia você me desculpe por tentar tanto te fazer mal.. - Respirei, engolindo o choro - Eu nunca quis realmente te fazer mal, mas eu sou fraca, sou uma fracassada, sou eu que não tenho o que eu mais amo e nunca vou ter.. - Abaixei a cabeça por segundos e sussurrei - Eu desisto.. Desculpa.

Sai correndo do palco com as minhas coisas e fui para dentro do salão, as pessoas ainda estavam caladas apenas processando o que eu havia falado. Escutei alguém me chamar várias vezes, mas realmente não queria saber quem era, queria morrer, queria sumir disso tudo, esquecer que um dia eu sofri tanto.

- , por favor, quero falar com você! - estava parado não muito longe de mim.
- Sai daqui! Eu não quero falar com ninguém, sai daqui .. Sai! - Gritei.
- Não saio.. - Ele parou atrás de mim - Me escuta !

Meu nome saia tão lindo da boca dele, ele me fazia tremer só de falar comigo. Depois de tanto tempo que eu fiquei sem escutar ele dizer meu nome, meu coração parecia que estava sendo rasgado, apertei meus braços sobre meu corpo para não chorar. Senti ele tocar no meu ombro e chegar mais perto de mim, fechei os olhos sentindo o toque dele tão suave.

- Não sei o que você faz comigo, mas eu não queria sentir isso que eu sinto. Talvez eu sofresse bem menos do que sofro hoje em dia, todo dia que te vejo entrar na sala simplesmente linda como sempre ou quando você solta aquelas enormes gargalhadas no almoço quando está com a , ou só quando está de olhos fechados descansando. Você é tão perfeita, mesmo com todos os defeitos, mesmo depois de ter feito tanto pra mim... Me deixado no chão... eu não consigo estar com você sem me sentir incapaz, de não ser bom o suficiente pra você, eu te olho e me sinto completamente inferior, eu sei que nunca vou ser bom o bastante para estar com você. Sei que quem começou com os erros fui eu, mas eu juro que eu não queria me apaixonar... Aquilo que eu te disse aquele dia sobre ter me enganado, de que foi bom não ter mais nada entre nós foi minha pior mentira, eu apenas disse porque estava magoado com você, eu precisa gritar, descontar tudo o que eu tava sentindo. Mas eu sei aqui dentro que nenhuma me fez me sentir tão bem em apenas um mês, eu te amo , eu te amo como um idiota alucinado, eu moveria o mundo por você, tudo por você...

Me virei para olhá-lo, meu rosto estava molhado por algumas lagrimas, ele sorriu e limpou elas acariciando minhas bochechas.

- Você sempre será bom o bastante pra mim...

colocou um de suas mãos na minha cintura trazendo meu corpo mais para perto do dele, nossos rostos ficaram muito perto era até impossível olhá-lo, fechei os olhos e senti os lábios dele encostar nos meus e sua outra mão em minha nuca aprofundando mais o beijo. Fiquei tonta assim que senti a língua dele, minhas pernas tremeram e eu mal sabia o que fazer com as mãos. Aos poucos fui me recuperando, sentir ele outra vez era como eu tivesse visitando o céu por uns segundos, era mágico, perfeito, lindo. Quando nos separamos eu continuei com os olhos fechados recuperando meus sentidos, abri os olhos e o vi seu lindo sorriso maroto. Senti minhas bochechas queimarem e escondi meu rosto no pescoço dele que riu um tiquinho.

- Oh não, ela ta com vergonha .
- Hey, não tem graça.. - Resmunguei.
- É, não tem - Ele riu baixinho.
- !
- Que? Mas não disse nada.. - Continuou rindo.
- Para de rir - Fiz bico e ele me apertou beijando meu pescoço me fazendo dar uns gritinhos.
- Quero te pedir uma coisa.. posso?
- Claro! - Sorri.
- Quer ficar comigo para sempre? - Meu sorriso desmanchou e deu lugar a uma cara de desespero.
- Ok não era essa a reação que eu esperava - Ele fez cara de dor.
- Você.. você.. você ta me pe-pe-pe-pedindo em namoro? - Gaguejei e ele riu.
- Yeap.. ? ? !

Não lembro de mais nada depois disso, apenas que eu acordei no hospital. Aquelas malditas luzes brancas exageradamente claras me agrediram completamente quando abri meus olhos. Pude ver alguém vir em minha direção, minha vista estava em choque ainda e eu resmunguei um palavrão e risadas saíram de todo o lado, havia mais de uma pessoa ali.

- Eu disse que ela estava bem.
- É muito foda essa minha princesa...
- Eu sei, eu sei - Barulho de beijos.
- Hey, pode parar com esses barulhos irritantes? - Disse me sentando na maca e vi sorrir para mim.
- ? O que aconteceu? - Você desmaiou quando te pedi em namoro - Ele franziu a testa - Falaram que foi queda de pressão... Falta de vitamina, você por acaso comeu alguma coisa ontem?
- Eu disse para você não ir com tanta pressa, matou a menina do coração - falou debochado.
- Você não tem idéia de como essa sua cara de deboche é irritante - Rolei os olhos - E.. bem.. er.. eu não comi - Sorri sem graça e abanou a cabeça.
- Pior que eu sei - Riram, menos que permanecia sério - Muito bonito!
- A próxima você vai ver!
- Ih a lá já acha que manda - zuou.
- Amiga estou feliz que você está bem, nos estamos né príncipe?
- Para! Vocês são nojentos - reclamou e eu ri.
- Não liga pra ele amor, ele é um mal amado - sussurrou mais deu para ouvir perfeitamente.
- Não esquece que eu estou aqui ainda! - bufou - , me defende seu filho da puta!
- Não - respondeu simplesmente.
- Af..
- Calados! Quero fazer de novo o pedido e...
- Vai com calma hein amigão - interrompeu que olhou pra ele feio - Foi mal..
- , quer namorar comigo? - Abri o sorriso maior que eu já pude na vida, senti meu rosto doer de tanto que tava largo o sorriso.
- Yeap? - Ri.
- Yeap? - Ele sorriu.
- Yeaaaap - me agarrou e me deu vários selinhos - Te amo.
- Eu também, muito - Um "own" coletivo aconteceu na sala e nós rimos.
- Hey babacas! - Eu disse.
- Não amiga é: "Hey casais e mal amados.." - Gargalhadas.
- Boa!
- Cara a gente ainda ta aqui! - e falaram juntos.


FIM



Nota da autora: Sério, não é todo dia que pessoas como eu conseguem terminar uma fic, mesmo que seja SHORT. De boa eu nem estou acreditando ainda que a fic tá no site, porque na verdade eu nunca consigo acabar minhas fics, parece carma dude. Mas agora eu fui feliz e consegui um final, mesmo que não tenha sido um fim nada romântico ou lindo, eu até gostei vai. Enfim quero mandar beijos para você que leu minha fic.. obrigada por ler minha fic amor, estou feliz com isso dica. ALIAS, COMENTÁRIOS SÃO BEM VINDOS SEMPRE :) Bem tchau para você que fica, beijos :*

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OUTRAS FICS: Never Asked Why 1 e 2 | Só queria que você soubesse | Pegael | Imbranato | I had a dream




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