Complexo de Cinderela


Escrita por: Lá Mark
Betada por: Didi




CAPÍTULOS: [1] [2] [3]



Capítulo 1


Acabei de chegar da escola, mas já tinha que sair e minha mãe ainda ficou gritando perguntando aonde eu ia.
! - aposto que minha mãe revirou os olhos quando ouviu. Sabe, não que ela não goste da , muito pelo contrário, ela AMA a como se fosse sua filha.
Eu a conheci com 3 anos, quando seus pais vieram morar na casa branca ao lado da minha. Ela ainda tinha 2 anos, e o irmão dela, Matt, tinha 4. Eu realmente não me lembro de nada, mas minha mãe disse que eu dei um beijo na boca de Matt na segunda vez que eu o vi e nem ao menos sei o porquê. Hoje eu tô com 15 anos e Matt com 16. É um saco por que ele fica falando “Você me ama como nunca vai amar ninguém!” e adivinha o que eu respondo? “Vai toma no teu cú, Matt” não, eu não respondo isso porque ele só fala essas asneiras de “você me ama” na frente dos amigos LINDOS dele, então eu nem respondo!
O pai de Matt e Duran morreu de câncer, quando ela tinha 8 anos e um ano depois a mãe deles morreu de depressão – na verdade ela se suicidou mais não gosto de falar sobre isso. A avó das crianças Duran, veio morar com eles na casa branca desbotada e com janelas amarelas ao lado da minha. Mas voltando ao raciocínio, eu estava indo na casa de , como eu faço sempre, só que desta vez eu percebi que ela estava MUITO mal, porque ela me ligou em plena aula de Matemática e ela sabe que eu AMO matemática. Mas além disso ela também usou aquela voz de bebê manhoso que ela só usa quando esta MUITO mal, e é engraçado porque ela só usa essa voz comigo. Entrei sem bater e a avó dela, Dona Margo estava preparando o almoço ainda.
– Não agüento mais ver a chorando daquele jeito - Os olhos de Margo ao falar eram como flores, murchando aos poucos. Às vezes eu tenho vontade de bate em . Por que ela faz todo mundo ir pro buraco com ela? Eu deveria ter feito uma cara muito feia de raiva, pois a Dona Margo logo secou uma lágrima solitária e me respondeu sem nem ao menos eu perguntar - Ela esta lá embaixo - eu assenti e fui caminhando, mostrando tranqüilidade, mas assim que virei para descer as escadas, sai correndo. A casa de era realmente grande. Era de dois pisos, em cima os quartos e embaixo várias salas e cozinhas, banheiros, sempre tem banheiros, claro. Mas a casa dela também tinha uma sala enorme no subsolo. Era uma academia, só que depois que Matt montou uma banda, ele guarda as porcalhadas dos instrumentos que mal sabe tocar lá. Desci uns 5 degraus e depois virei para a direita e lá estava ela: .
- O de quarta? - perguntei.
- Sim, o de quarta - ela secou as lágrimas na sua blusa de manga comprida e fungou tão profundamente, que senti o vento levar minha saia junto. Me sentei ao lado dela, depois a abracei tão forte quanto eu pude. Me sinto uma guardiã de , como se eu fosse a mãe dela ou algo assim.
- Eu falei que ele não tinha cara de ser boa gente. – a soltei e depois fiquei olhando para ela, olhando como o cabelo ondulado dela caia perfeito nos seus pequenos ombros. estava usando calças de moletom e uma blusa comprida ENORME que logo percebi que eram de Matt.
- Mas eu queria... - ela se levantou e gritou comigo - eu queria sair com ele! Eu to cansada dessa merda toda, . Nenhum cara gosta de mim de verdade! – eu a puxei fazendo com que ela caísse sentada ao meu lado e depois virei seu rosto, segurando seus ombros com um pouco de força.
– Ele não quer nada com você! - eu falei com um aperto no meu peito. Ela forçou-se a sair dos meus braços e correu escada acima. Eu suspirei e fiquei esperando. Ela voltou com o celular dela nas mãos e um leve sorriso no rosto. Eu ODIAVA ver assim, mas eu não poderia impedir, ela era do tipo sonhadora. Sonhava com o príncipe encantado, mas eles nunca passaram de um sapo. Ambos os irmãos Duran eram de pele extremamente pálida e com os cabelos de um castanho claro, os olhos verdes. Matt tinha algumas sardas espalhadas pelo rosto mas que só eram notadas se você chegasse muito perto dele -nem te conto como eu sei (6)-. Ele era magro, musculoso, -nada exagerado- e era alto, talvez 1,72. Ela era pequena, magricela, mas um belo par de pernas. Sim, eu a invejo. Brincadeira.
Ela discou alguns números – não era do tipo que tinha uma memória boa. Que eu saiba, ela só sabia o MEU número de cor, mas eu acabo de perceber que ela sabe o MEU e de mais alguém. Esperamos caladas, eu abraçando minhas pernas e puxando a cordinha do moletom com uma mão, enquanto a outra tremia com o celular.
- Hã, Danny... Sou eu, a . A gente saiu na quarta à noite, não sei se você lembra – ela olhou para mim e eu apenas sorri. Aposto que esse era a décima sétima mensagem de voz que ela deixa. - fui eu quem deixou as outras... Hm, mensagens. Quando você ouvir me liga, ok. Tchau! - ela fechou o celular de flipe com uma certa força, respirou fundo, secou as lágrimas e levantou. Eu repeti os mesmos movimentos mas sem secar lágrimas. Saímos de lá caladas. Quando subimos as escadas, Matt estava na sala de acesso à escada, vendo Family Guy com um prato enorme de macarrão. Ele sorriu pra mim todo sujo de molho. Eu fiz uma careta e depois corri para a cozinha para pegar meu prato, mas correra antes e se serviu primeiro. Comemos na mesa por que... Ah... Eu esqueci uma parte deixa eu voltar... e eu subimos as escadas, Matt estava na sala comendo, fui pra cozinha... Há! Sim... Lembrei! Matt estava na sala comendo com o amigo LINDO dele: Dougie! Então, continuando... Comemos na mesa porque já foi afim do Dougie e ele ficou sabendo de uma forma terrível e engraçada, mas ainda assim terrível. Por isso ainda tem vergonha dele.

Flash Black (sabe, Jacob Black *o* rs)
- Você vai querer isso? - perguntou pro Dougie enquanto nós estávamos lanchando no intervalo das aulas de PEO - prática de experimentação e observação de Biologia.
– Não, fica à vontade! - Dougie empurrou o resto do saco de salgadinho que estávamos comendo para . Eu mal comi, por dois motivos:
1º Matt estava cuspindo coca-cola em mim e eu estava debilmente tentando fugir dele.
quando esta apaixonada é um saco.
Ela e o Dougie ficaram de olhares um para o outro e volta e meia dava um gritinho. Naquela época contava tudo pro animal do irmão dela e foi justamente ele quem contou pro Dougie que ela tava quase “dentro” – pra não fala em cima dele. E tudo por quê? Matt deu uma bela cuspida nos meus cabelos. Nos meus cabelos NÃO! Eu tenho uma problema com meu cabelo, eu até gosto dele mas é que os garotos preferem meninas de cabelo liso, - fato. Com aquela ENORME cuspida em meu cabelo, ele ficou, tipo, com um belo ondulado no meio da cabeleira lisa. Fiquei com tanta, mas TANTA raiva de Matt, que joguei um copo de coca TODO nele! Quando ele ia revidar se meteu e aí ele não agüentou e falou pro Dougie, aham, bem assim:
- , sua trouxa continua lá dando em cima do Dougie e me deixa MATAR a )! - e daí ela falou
- Eu não estou dando em cima do Dougie, eu nem sou afim dele! -.
Matt na hora começo a rir e depois falou em voz alta sobre o blog que mantinha ‘escondido’ sobre o Dougie.
Fim do Flash Black.

- Débil – resmungou .
- Débil ao cubo - estávamos lavando a louça, falando mal de Matt/Dougie e a Dona Margo provavelmente estava no quarto dela vendo mais um episódio de Maria do Bairro.
Naquele dia eu dormi na casa de . Vimos Crepúsculo pela milionésima vez e depois pegamos nossos cadernos, nos quais escrevemos falas dos livros que mais gostamos e declaramos uma para a outra. É uma coisa débil, eu sei, mas com eu não ligo de parecer com uma criança. Comemos pipoca, tomamos cada uma 2 litros de coca.
- Eu acho que Matt gosta de você! - disse com um sorriso no rosto enquanto estávamos pintando as unhas do pé uma da outra.
- Eu sei. - Disse simplesmente. deu um pulo me fazendo borrar sua unha do pé direito e me olhou com os olhos arregalados.
- Como? E você não vai fazer nada? Sei lá... - ela ainda estava estática, fiquei com medo.
- É claro que não! Ele gosta de mim, mas eu não gosto dele então não vou deixar ele se iludir comigo! - suspirei. - Agora deixa eu arrumar essa merda de esmalte nessa coisa que você chama de dedo! - ela riu e nós voltamos a fazer as unhas.

Capítulo 2


Acordamos era 10h da manhã, tomamos café e fomos ao parque matar pombos. não estava 100% mas eu diria que uns 56% convencida de que Danny não ligaria. Ficamos andando pelo parque, conversando. Eu sou morena, dos cabelos pretos - agora pintados de vermelho - ondulados que formam cachos, não do cacho juntinho, meus cachos são longos, soltinhos. Mesmo sendo morena, fala que eu sou BRANCA! Não sou do tipo atlético, nem , na verdade somos duas deformadas. Eu usava uma calça de lycra preta com uma blusa de mangas curtas, verde. usava um short de lycra preto e sua blusa favorita rosa. Dividíamos o fone de ouvido, estávamos ouvindo a introdução de ‘Hey Miss Wright! (Let’s talk trust)’do School Boy Humor, quando nossos passos começara a virar passinhos de dança, nossos quadris começaram a bater um no outro. De uma coisa pode ter certeza, enquanto ela estiver comigo, ela iria esquecer o D... - “So trust me baby, when I said maybe we can talk about what we both lost”. {confie em mim,baby. Quando eu digo que talvez nós podemos falar sobre o que nós dois perdemos}- cantávamos, ou melhor, berrávamos, batíamos palmas, balançávamos o bumbum, essa música realmente tinha uma energia gostosa, em qualquer versão.
– Hey, hey... - berrava do meu lado – coloca aquela outra música deles! - sim, eu sabia qual ela queria dizer, porque só havia ouvido duas músicas deles. O som estava no volume 20, mas quando começou a tocar “Don’t look back” eu aumentei para 30. Começamos a cantar e mexer nossos braços como se fossemos cantoras de rap. - “tell me what you want tooooooooooooo” {diga-me o que você quer...} – erguíamos os braços como loucas e gritávamos. berrou para um casal de adolescentes – PUTYOURMOTHERFUCKIN'CROWNSUP! - eu apenas ri, RI muito.
Chegamos em casa fedendo, chegava a doer as narinas. Deveria estar uns 32ºC lá fora e nós dançamos muito na rua, então parecia uns 40ºC. foi tomar banho no banheiro dela e eu fui para o banheiro do segundo piso, quando abri a porta adivinha quem estava lá? TOM!
– AAAAAAAAAAAAAAAH - berrei e bati a porta. Não era só o meu cheiro mais o banheiro também fedia muito. Tom foi meu namorado por um ano e durante um ano eu nunca tinha o visto naquela posição.
– Pode entrar agora - disse ele abrindo a porta, vermelho, tão vermelho quanto a blusa que ele vestia. Eu dei um sorriso amarelo e entrei no banho. Quando saí com uma toalha rosa na cabeça, pude ouvir algumas risadas da sala de jogos dos Duram. Fui até lá, já que eu havia ouvido as risadas de também.
- Não acreditooooo... - ela estava MUITO vermelha, sério, mas Tom estava MUITO mais vermelho.
– Pois é... você deveria arruma logo aquele trinco. – Tom resmungou.
- Eu não! Você é que tem que para de usar o banheiro dos outros. – Não só estava rindo, como Matt e Dougie também. Entrei na sala de uma vez e os risos se multiplicaram, porque EU encontrei o Tom em pose de C* e porque estava com uma toalha na cabeça. havia secado os cabelos com o secador. Não sei a graça que tem rir da toalha, mas mandei todo mundo tomar no cú! Ta eu não mandei.
- Seus chatos - resmunguei baixinho. Troquei de roupa e fui pra casa fazer meu trabalho super cool de física para segunda. Terminei o meu incrível cartaz, joguei ele em qualquer canto perto da cama para eu poder ver e não esquecer ele de manhã. Liguei o computador.
– Droga... - odeio quando o Addiction não att.[n/a:também *o*]. Fui no Orkut, dei uma olhada nos blogs de fofoca, meu deus, não acredito que a Blair transou com o Chuck, ok, faz uma década que eu não vejo GG. Entrei no myspace, carreguei umas músicas e comecei a ouvir enquanto lia meu “No limite”. Parei quando a voz de Sierra chegou ao meu ouvido com “Whisperer” eu AMO VersaEmerge, só não sei se mais do que Paramore. Dormi. Acordei deveria ser umas 7h da noite. Saí do quarto com cara de sono, meu cabelo sem chapinha tava o ‘Ó’ e minha calcinha enterrada na bunda, enquanto eu descia as escadas, coçava os olhos com uma mão e a outra ou desatolava a ‘atoladinha’ da calçinha. Reparei em quatro pares de olhos em mim. Corei.
– Oi! - ouvi dizer, segurando o riso. Me ajeitei e cheguei perto deles, como se nada tivesse acontecido.
- Oi! - me joguei em cima de Matt. Não me culpem, ele é muito lindo e muito confortável se preciso. me puxou assim que minha cabeça tinha encostado nos braços de Matt.
– Vai toma banho, melhora essa cara – levantei e ela deu um tapa na minha bunda. - Vou escolher uma roupa pra você... - ela disse – e depois que você estiver pronta vamos sair! – ela já estava na metade da escada, falando comigo enquanto eu voltava para os braços de Matt, que só ria junto de Dougie e Tom. – ANDA! - ela berrou e me olho de cara feia. Levantei num pulo.
- Aonde vamos? - perguntei.
- Um amigo do Matt tá dando uma festa - ela suspirou – só que a maldita só vai começar depois do jogo de futebol que vai passar na TV. Então vai se arrumar! - Corri, tomei banho e quando eu voltei, olhei para minha cama. havia separado uma saia dois palmos acima do joelho e uma blusa baby look, simples, preta e com um coração no meio escrito “Fuck”. Vesti a roupa enquanto olhava alguma coisa na internet.
– Não acredito que a Blair transou com o Chuck! - disse-me ela chocada. Eu assenti com a cabeça. EUQUERIATRANSARCOMOCHUCK. Calcei uma sapatilha preta que estava jogada debaixo da cama, passei um perfume qualquer com cheiro de mato. Sim, eu gosto da natureza.
- To pronta - disse e corri pra sala. Os meninos pra variar estavam vendo futebol. Desliguei a TV e pulei encima do Dougie. APROVEITA. Ele me jogou pro lado, não entendi mais fingi que eu tinha escorregado.
Fomos a essa tal festa. Na verdade a festa mesmo só começava as 23h mais os meninos – digo uns 20 - haviam combinado de ver o jogo do Manchester contra o Palmeiras. Eu e ficamos do lado de fora, estávamos conversando com dois meninos que não gostavam muito de futebol. GAYS. Não, sério, eles eram namorados. Phill, o loirinho tem uma filha de 3 anos e já foi casado duas vezes. Tony era 4 anos mais novo que Phill e nunca namorou uma mulher. Phill era bonito, SIM, mas Tony era MUITO LINDO! Musculoso, moreno, cabelo liso jogado levemente nos olhos. Peguei o número deles e o msn e depois eu e ficamos perambulando pela casa. Quando o jogo acabou e o Manchester ganhou de 1 a 0, a galera pulou e começou a gritar.
Não sou do tipo namoradeira, sou mais do tipo “ficaria” ou então “ombro amigo de ” tanto faz. Fiquei jogando Guitar Hero com o Harry, dono da casa. Ele me cantou, NA CARA DURA. Harry tinha o pescoço cheiroso e a barba feita, então eu pensei, por que não? Por que não dar o meu telefone pra ele? Porque eu não sou do tipo fácil,baby! E ele também não era do tipo que desiste fácil, ficou comigo a noite toda. Reformulando: “ficou jogando Guitar Hero comigo a noite toda”.
Sabe por que Dougie me jogou pro lado hoje mais cedo? Ele tava ficando com a ! Fiquei chocada por que nunca me esconde nada. Quando ela passou por mim e viu minha cara de cú, ela me carregou pro banheiro e me conto tudo!
... Eu quero esquecer o Danny... Só isso! - eu suspirei. Por mais que eu não gostasse que saísse com todo mundo, pelo menos ela estava indo atrás da ‘felicidade’ dela.
- Ok! - nós nos abraçamos e assim que eu saí do banheiro com ela, Harry me arrastou pra guitarra.

Capítulo 3


Fomos embora 3h da manhã: Eu, e Dougie. Não me pergunte sobre os outros.
- Vão fazer alguma coisa amanhã a noite? – perguntou Dougie. Nem fiz questão de responder, sabia que a pergunta não era para mim.
– Não,não vamos! - respondeu olhando de Dougie para mim.
– Vamos sair? - continuou ele.
- Não! - eu respondi. Ele me olhou sério, meio que implorando, como se não saísse sem mim. Soltei uma desculpa - Tenho prova de Química amanhã, acho que vou tirar o dia para estudar! - os dois riram, ÓBVIO, mas ignorei. e Dougie ficaram trocando olhares até que ela respondeu:
- Claro, passa na minha casa as 20h! - Dougie sorriu, mostrando todos os dentes, riamos, contávamos piadas e fazíamos versões das músicas da Britney Spears até chegar em casa.
Quando era 3h15min, meu celular tocou. Olhei o visor: HARRY. Achei fofo, mas não atendi. Na 6º chamada ele desligou. Às 3h30min, outra chamada e de quem: Harry. Fofinho de novo. Mas não atendi. Dessa vez dormiu na minha casa. Subimos as escadas sem fazer barulho, entramos no meu quarto e nos jogamos na minha cama de casal.
– Quem era o menino da guitarra? - perguntou olhando para mim. Seus olhos estavam marejados, achei estranho. Então respondi e logo emendei uma pergunta.
- O dono da casa,Harry. Por que você esta com os olhos marejados? - ela suspirou e enfiou o meu travesseiro no rosto.
- Você encontrou o homem da sua vida e eu não! - chorou. Fiquei olhando pra ela com cara de taxo. Como assim?
- - afundei o travesseiro no rosto dela, ela tossiu.
- Eu não estou apaixonada, sua boba! - acho que é por causa da que não arrumo namorado, ela tem que arrumar um primeiro. Ela suspirou, correu pro computador e carregou um super ep. De Gossip Girl. Vesti meu pijama e ela fez o mesmo, vestiu meu outro pijama, pegamos coca-cola, pipoca doce de saquinho e fomos ver o 12º ep. da 1º temporada. Dormimos em 20 min. de série.
Acordei com um celular tocando. Eu já ia atender e falar pro Harry que acabou qualquer relacionamento que por ventura viéssemos a ter, mas o celular que tocava era o de . Levantei e cutuquei com os pés.
– Na costela não! - disse ela, se virando pro outro lado. Cutuquei novamente.
– Oh sua puta, seu celular ta tocando! - ela levantou que foi num pulo, saí do quarto para dar privacidade, mas na verdade fiquei do outro lado com o ouvido na porta.
- Alô?
- Hey, a se encontra?
- É ela! Quem é?
- Hey , gatinha, é o Danny, você se lembra?
- Danny?! - não era só ela que estava espantada, minha vontade era de mandar ele tomar no cu e jogar o celular pela janela, mas eu queria ouvir o que iria falar. - Você sabe o meu nome?! - estúpida a pergunta mais... Danny sabia o nome dela?
- Claro, ouvi as suas 23 mensagens de voz, todas muito bem identificadas.
- Uhum - estava corando, ela estava se rendendo aos charmes dele. E o Dougie?
- Então... Esta saindo com alguém? – perguntou Danny.
- Saindo? Não, com ninguém, não! Não! - ela estava nervosa, droga! Ela está enrolando os cabelos.
- Então que tal hoje à noite?
- Hoje? Hã... Claro, hoje, que horas?
- Às 19h, ta bom? A gente pode sair pra jantar, dançar... Qualquer coisa ao seu lado!
- Sim! Ótimo! Dançar! Tchau!
- Tcha...
berrou do quarto, mandando que eu entrasse.
- Não quis ouvir! - eu menti.
- É claro que não - riu debochada e revirou os olhos.
– Danny, né? - eu disse.
- É! - Ficamos uns 5 min. em silêncio. – Às 19h - ela me informou. Afinal, ela sabia que eu sabia que o sabiá sabia assoviar (?)
– E o Dou... - ela não deixou eu terminar a pergunta.
- Eu amo o Danny... Ele era só para eu me divertir! - disse ela. Calei-me. Vimos toda a 1º temporada de GG, depois vimos a 1º Temporada de Trueblood, lanchamos e depois fomos comprar um vestido novo para . Fui contra gosto, afinal não era para Dougie que ela estava se arrumando. Às 19h, ela estava linda, vestia um vestido curto floral, frente única, uma sandália baixa roxa e acessórios da mesma cor de variados tons. O cabelo preso em um coque estilo ‘arrumado desarrumado’ e a maquiagem super leve. Apesar do vestido não ser bem para a noite, ela ficou extremamente linda. Ela foi para a casa dela esperar por Danny e eu fui... Bom, menos estudar. Vesti minha bermuda floral amarela com laranja - amo natureza [2]- minha blusa que na verdade é do Matt, branca. Amarrei meu cabelo e fiquei ouvindo BrokeNCYDE. Depois que fiquei entediada, fui ler DE NOVO meu amado Eclipse.
Quando era lá pelas 20h30min Dougie bateu na minha porta.
- Ela não vai né? - perguntou ele, cabisbaixo.
- Eu pensei que ela tinha te avisado. - Menti, sabia que ela não tinha avisado, mas não queria ser a cruel da história. Mas fui. - Sinto muito! - ele não respondeu, apenas deu as costas e sumiu na rua mal iluminada, devido aos meninos encapetados da rua de trás. Passou-se uma semana e eu pensei que estava tudo bem. Tirei 7,0 na prova de química, 8,0 no trabalho porco de física. ÓTIMO! Não vi , nós estávamos muito ocupadas, mas hoje eu iria lá. Como sempre, entrei na casa sem bater. Eram umas 4 horas da tarde, Dona Margo deveria estar vendo algum programa do Sílvio Santos na casa de alguém, Matt estava estirado no sofá e quando me viu, se iluminou.
- Hey, Sumida! - ele se levantou do sofá e veio me dar um beijo.
- Hey! - respondi. – Aonde esta a ? - ele suspirou.
- Ela está lá embaixo - ele voltou para o sofá, cabisbaixo.
Desci pela conhecida escada, aquela sala deveria se chama “DESILUSÃO” e não “SALA PARA AS PORCARIAS DE MATT”. Apenas me sentei ao lado dela, a abracei e cantei baixinho:
- Mais um cara e, esse cara vai fazer tudo outra vez e, sua vida segue assim sem saber o que vai rolar.
– Jokempo.

FIM






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