Depois da guerra, paz e amor
História por Lettice Little | Revisão por Letii


Ela não o via há dois anos. A faculdade de direito em Oxford tinha o deixado longe dela durante quatro anos e agora a segunda guerra mundial havia separado eles outra vez.
Nas ruas de Bolton se via a tristeza das pessoas que tinham seus familiares lutando, assim como o marido de . Ele era apenas um jovem advogado, formado há algum tempo e recrutado nos últimos anos de guerra. A angústia aumentava com a vontade de querer saber notícias dele o tempo todo e não poder. Isso a machucava. Mas ela sabia que ele estava bem. Ele prometeu que ficaria.
E o momento de vê-lo se aproximava. Como qualquer recém casada, ela estava com sentimentos misturados e à flor da pele. Nervosismo, alívio, felicidade e desejo a faziam quase gritar por em voz alta. Ela não poderia esperar mais.
Ele também sentia saudade. Queria voltar para casa, segurar nos braços fortes que tinha e levá-la para jantar, como sempre fazia. Queria saber como ela estava, sentir seu cheiro e o gosto de seu beijo. Amá-la como sempre fez.
Conversava com seus colegas sobre como lutou com bravura apenas para cumprir a promessa que fizera a ela. E agora só conseguia pensar em abraçá-la, ir para casa e curtir sua companhia.
Estava chegando na rodoviária e já conseguia ver o vestido azul e florido de que ela tanto gostava de usar. Ela ouvia o trem apitar e abria o sorriso mais e mais à medida que ele se aproximava, se é que era possível. Ele não parava de olhá-la, como se fosse um imã, e quando o trem parou, ele quase pulou pela janela de tanta ansiedade.
Vendo as esposas e namoradas de seus companheiros, riu ao pensar quão diferente sua mulher era das outras mulheres. Ela não usava espartilho, como de costume, nem vestidos muito longos e armados. Sapatos de salto? Só em casos especiais. O cabelo levemente cumprido e ondulado era usado ou solto ou preso num rabo de cavalo. Nenhum tipo de maquiagem. Ela era linda sem qualquer esforço e uma das mulheres mais desejadas de Bolton.
O vendo correr em sua direção, a mulher correu para abraçá-lo.
- Oh meu Deus, que saudade, . Nunca mais fique longe de mim, ouviu bem? – disse dando selinhos demorados no marido.
- Eu prometi que voltaria. – Ele lhe disse, sorrindo para ela.
- Você sempre cumpre suas promessas.
- Só não consigo cumprir o mais importante para você, mas eu prometo lhe dar um filho. – prometeu de novo, sabendo o quanto sua jovem esposa desejava uma criança. Ela lhe beijou demoradamente e sorriu.
- Não se preocupe. Deus vai nos dar quando ele quiser nos dar. Agora vamos para casa, meu lorde inglês.
Ele amava quando ela o chamava assim. Ele a abraçou e girou-a no ar, de forma que todos ficaram olhando e sorrindo. Em casa, eles tomaram um café e ele contou sobre o que houve na guerra. Mas ela não aguentava mais. E ele também não. O desejo deles um pelo outro era quase palpável. ”Nunca se vira amor maior em toda a Inglaterra”, era o que diziam.
Ela lavava um último copo na pia quando ele abraçou sua cintura, beijando seu pescoço, fazendo-a inclinar a cabeça e fechar os olhos.
- Eu senti sua falta. Fiquei muito solitário. – Ele riu na orelha dela e não pôde deixar de se arrepiar e rir de si mesma.
Ela desligou a torneira e virou-se para encarar o homem moreno a suas costas. Passou seus braços pelo pescoço e entrelaçou suas mãos molhadas na nuca de .
- Então mate a sua e a minha saudade, que não aguento mais esperar.
Ele carregou-a nos braços até o quarto, os dois rindo deles mesmos. Ele a deitou na cama devagar e desabotoou o vestido fino da moça aos poucos. Beijou-a do baixo ventre até chegar em seu queixo, torturando com o tão esperado beijo que ele sabia dar tão bem.
Ele desceu ao seu ouvido e sussurrou:
- Você é minha, .
- E você... – A mulher disse, tocando os lábios do homem - é meu, .
Ela o beijou e suas mãos foram à camisa dele, tirando-a e jogando em qualquer lugar do grande quarto. Ela tocava o peitoral do rapaz, arranhando de leve de vez em quando.
Ele a beijava e descia as mãos grandes até o fecho do sutiã de , abrindo com cuidado. Quando o colo da mulher estava completamente descoberto, ele largou a sua boca e começou a beijar a região recém-despida. Mordia de leve os seios dela, fazendo-a afundar as unhas nas costas dele, por puro prazer. E assim era travada uma briga deliciosa.
- Eu sou um soldado e acabei de voltar de uma guerra. Quer mesmo brigar comigo? – Ele perguntou em meio a abocanhadas no colo dela, e apenas riu em prazer.
Ela desceu suas mãos ao botão da calça do rapaz, em seguida ao zíper, abrindo-o devagar e já podendo sentir a elevação que ali havia. Ela puxou calça e cueca juntas, sem nem ao menos esconder o desejo de se tornarem um só ali.
virou, ficando por cima de . E, apesar da vontade, queria torturar o homem, que já não se continha em desejo de tê-la em si. Ela, ainda coberta em sua intimidade, sentou-se sobre o quadril do rapaz, olhando-o sedutoramente e fazendo movimentos circulares com o próprio quadril.
Chegou perto do ouvido dele e sussurrou:
- Espere um pouco mais – Já sentindo a excitação de ambos levando o quarto quase às chamas.
Ele riu e assistiu a mulher beijá-lo da barriga ao peitoral, ainda dançando sobre ele. Isso o fez gemer baixinho e fechar os olhos minimamente. Ela riu satisfeita e beijou o maxilar do marido, falando outra vez em seu ouvido.
- Quando quiser... – disse e ele não teve demora.
Virou-se por cima dela, tirando a calcinha com os dentes, só para que demorasse mais. Eles sentiam a libido aumentando a cada instante.
Quando finalmente arrancou a calcinha, beijou toda perna esquerda da mulher, fazendo-a suspirar baixinho quando chegou na coxa, próximo a virilha. Ele sentiu-se satisfeito, beijando-a e lambendo-a nos grandes lábios, sendo tentado a passar sua língua quente pelo clitóris dela, e o fez, ouvindo-a gemer um pouco alto.
Então ele a levantou da cama para que ficasse sentada como ele, mas em seu colo, e penetrou-a com urgência. Ele gemeu de prazer, junto com ela.
Saiu e penetrou-a outra vez, agora mais rápido. Saiu e invadiu-a de novo, e de novo, e de novo, cada vez mais rápido, de acordo com a forma que ela pedia, e mais intenso. Ela gemia sempre mais alto e ele a calava com seus lábios em beijos calorosos.
beijava o pescoço da moça e se divertia ao ouvir os gemidos de , a ponto de fazê-lo revirar os olhos junto com ela. A mulher se apertava mais ao marido, como se houvesse espaço os separando, e passeava as mãos pelas costas dele, fincando suas unhas na pele de , ou as mãos em seus cabelos, pedindo sempre por mais rapidez a cada estocada.
Eles sabiam como satisfazer um ao outro e ele parecia ter perdido as mãos nos cabelos de , dividindo o trabalho da boca no pescoço, lábios e seios da esposa.
Depois de longos espasmos de prazer, o orgasmo de ambos veio e eles se deitaram abraçados na cama.
- Eu te amo, , e nunca vou te deixar. – disse, beijando o topo da cabeça dela.
- Eu te amo, . Para sempre. – disse, se encolhendo nos braços do rapaz.
Amaram-se durante a noite toda, matando a saudade que tinham acumulado durante o tempo que passaram separados. Suados e arfando, finalmente dormiram enrolados nas cobertas.

Um mês depois...

e estavam sentados num banco da praça de um dos bairros calmos de Bolton. Abraçados, como eram sempre vistos.
- Como você consegue? – perguntou de repente.
- O que? – Ele perguntou confuso.
- Cumprir todas as promessas que faz. É algo tão difícil para alguns e você consegue isso sem muito esforço.
- Do que está falando, ? – perguntou, ficando mais confuso ainda.
Ela apenas riu da confusão do marido, depois segurou uma das mãos do rapaz e pôs sobre sua barriga. Ele levantou os olhos brilhantes para a mulher, que sorria abertamente.
- Eu falo dessa promessa, cumprida. Eu falo do nosso filho.
Ela riu mais ainda e ele a abraçou, rindo sem parar e beijando-a no rosto todo. Depois se levantou junto com a mulher, se ajoelhou a sua frente e beijou a barriga da moça diversas vezes.
Ele cumprira outra promessa e dali a oito meses eles ficariam maravilhados com sua criança. Eles sim foram felizes para sempre.

FIM

Nota da Beta: Hey, pessoa! Só pra avisar que se você encontrar qualquer erro na fic pode entrar em contato comigo por e-mail. E não custa nada deixar um comentário pra fazer uma autora feliz, porque ela merece.
Letii

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