Aquela deveria ser a 7ª vez que o McFLY ia para o Brasil fazer shows. As fãs brasileiras eram muito apaixonadas. O último show seria no Rio de Janeiro, depois disso, eles poderiam ficar na cidade por mais um dia se quisessem, já que a equipe que tinha ido com eles teriam compromissos no dia após o show. era fã dos garotos desde que eles começaram. Tinha pôsters, revistas, CDs, DVDs, jornaizinhos... Porém, nunca pôde ir a um show. Tinha dinheiro e condições até de sobra, só não tinha tempo. O que irritava sua mãe, que sabia o quanto a filha gostava da banda, mas não queria fugir das obrigações. “Eles não me sustentarão, mamãe. Eu tenho responsabilidades pra poder virar independente, não posso deixar meu futuro só por uma banda, por mais que seja a minha preferida!”, era isso o que dizia quando sua mãe tocava no assunto. tinha 23 anos, estava no último estágio da faculdade de jornalismo e ‘trabalhava’ como cantora em um barzinho da capital do RJ. Trabalho que ela mais gostava, e, para melhorar, sua fiel amiga também trabalhava no mesmo local. As duas trocavam de turnos, ás vezes uma cantava à tarde, outra à noite ou até mesmo na madrugada. O bar era aberto até as 5 ou 6 da manhã, dependendo dos clientes.
Depois de um dia de descanso, logo após um show cansativo em um estádio lotado, os guys se arrumavam para ir à um barzinho que tocava MPB, no RJ. Foi muito indicado por funcionários do hotel. Estavam à caminho, e chegariam umas 20h30 da noite.
Assim que chegaram no bar - muito aconchegante e confortável, por acaso -, uma linda voz feminina ecoava suavemente pelo local. Aquela voz paralisou . “Quem é a dona dessa voz?”, pensou, revistando o local com os olhos e parando os mesmos, encarando uma mulher que teve certeza ser a cantora, a dona da voz. Ele e os outros guys se sentaram ao leve som de MPB. Não era muito a cara deles, por serem músicas em português e eles não entenderem nada, mas, naquele dia, realmente optaram por algo mais ‘light’. Afinal, em bares normalmente vão gente mais maduras, não fãs histéricas. Eles conversavam animadamente, ao som da melodia de alguma música do Kid Abelha.
Bons minutos depois, o gerente do bar chegou na mesa deles, os cumprimentando, e tiveram uma breve conversa. O gerente avisou que, se eles quisessem, podiam escolher alguma música do gosto deles para cantar. nem prestou muita atenção na conversa, só ouvia aquela voz, cada vez mais maravilhado, querendo guardar para sempre na memória. Deveria ser quase 1 da manhã, se já não fosse, e a cantora teria que sair. Depois de quase 2 minutos que saiu do palco, inventou uma desculpa para seus amigos, disse que iria ao banheiro por estar passando mal. Ele, sem querer, prestou atenção quando o gerente disse onde ficava o que seria uma sala para ‘clientes importantes’ e, ao lado, um tipo de camarim para funcionários. Foi atrás do tal camarim, e por sorte não encontrou ninguém no caminho. “Ótimo, a sorte tá do meu lado até agora”, pensou. Em pouco tempo estava escondido dentro do cômodo. A viu saindo do banheiro, arrumada e perfumada, com uma bolsa grande na qual deveria caber todas as suas roupas e objetos, quem sabe até sobrasse espaço. Ela usava uma regata listrada roxa bem escura, com um tom de lilás acinzentado, que fazia contraste com umas rendas pretas na barra da blusa e no decote. Por cima da regata, um moletom cinza com os pequenos botões abertos e de tecido leve, enquanto vestia um short jeans que ia até um pouco acima da metade de suas coxas, com uma meia-calça preta rendada com uns desenhos de flores. Nos pés, calçava um all star com desenhos, no qual não conseguiu reparar. Sua bolsa em tom de cinza bem claro tinha frases de músicas, nas quais ele reparou serem do McFLY. Ela revirava a bolsa por dentro, procurando algo e parecendo estar concentrada. “Ela gosta da minha banda, dude! Mas quem será o fave dela?”. Continuou escondido ali, e conseguiu reparar em seus cabelos e , em seu rosto que parecia ter sido moldado à mão, além de um corpo divino. Ela achou o que queria na bolsa que se encontrava pendurada em seu ombro, pegou o objeto e sorriu. Um lindo sorriso, o mais belo que já havia visto. Ela tinha olhos , os quais, ao serem iluminados, ficavam mais brilhantes e mais claros. “Acho que não tem como ela ficar melhor, ou tem?”, a olhava enquanto a mesma ligava o iPod e colocava os fones no ouvido, cantarolando Star Girl, do McFLY. A música acabou e ela parecia estar escolhendo a próxima música. Pareceu acordar de seus pensamentos e perceber onde estava. Foi andando para a saída, para o desespero de . Ela saiu novamente cantarolando, mas agora era Bon Jovi. a seguia o mais discretamente que podia, mas mesmo que não fosse discreto, ela parecia estar concentrada em sua música o bastante para não reparar. Se direcionou para a saída dos fundos, chegando à um estacionamento exclusivo para funcionários. Tirou de sua bolsa um chaveiro com um grande ‘pingente’ de boneca em prata. Acionou o alarme, e foi para seu Honda Fit preto. olhava de longe, escondido atrás de um carro. Até o andar dela era perfeito! Olhava tudo com atenção, não queria perder nenhum detalhe... Queria guardar tudo na memória para lembrar sempre, ou até quando pudesse. Ela abriu a porta de motorista do seu carro, entrando e colocando o cinto. Colocou a chave na ignição, dando a partida e saindo do estacionamento, deixando sozinho, perdido em pensamentos. Depois notou o quanto devia ter demorado, seus amigos deviam estar preocupados. Voltou com cuidado para a mesa, para não correr o risco de ser notado no caminho. Encontrou seus amigos e foi até eles, sendo bombardeado de perguntas. Reparou que um de seus 3 amigos, sentados ali, olhava para um canto fixo, sem nem perceber o que acontecia ao seu redor. Seguiu o olhar e encontrou outra cantora bastante bonita também. Riu ao perceber que o amigo estava caidinho por uma das cantoras do bar, situação pela qual ele passara minutos atrás – e quem sabe estivesse passando até agora. Disse para os dois amigos interessados que foi ‘tomar um ar’, pois precisava descansar. Amanhã iriam fazer uma viagem longa e cansativa. Depois de poucas horas, sumiu, junto com a cantora, que já havia terminado seu show. Riu de novo. Desejava que seu amigo fosse mais corajoso que ele.
No outro dia, pensou no que havia acontecido. Estava ‘apaixonado’ por uma garota que ele não teve a oportunidade nem de saber seu nome. Sim, apaixonado entre aspas. Talvez encantado agora era pouco demais. Era realmente muito estranho aquilo, ainda mais porque não a esqueceu por meses... Lembrava de tudo, exatamente como desejara. Não via a hora de voltar ao Brasil, queria de todas as formas encontrar aquela garota.
N/a: 2ª fic scriptada, graças à vovó Barvinha :') ; milésima fic escrita ; uma das 100 shorts terminadas e passadas pro word e enfim HUAHUAUAHUAH. Bom, a história veio quando eu tava quase dormindo ao som do McFly. Escrevi em 2 notas do celular às 2 da manhã UHAUHAUAHUHA. Então..... Não tenho culpa se ficou ruim =( Fiction com direito a 2ª parte, caso queiram hahah. Queria agradecer à Bia, que como na maioria das vezes, é sempre a primeira a ler minhas invenções ><', e pelo título que foi ela quem me ajudou hihihi <3. Agradecer também a Barvinha linda que sempre scripta minhas fics *-* UAHUAHUAHUAH THANKS BARV <3. E a That, minha beta weee. Thanks também That :'))). Espero que gostem, eu com minhas fics de finais trágicos *morre*. E obrigada quem leu, né. Se tiver uns 20 comentários positivos pra postar 2ª parte, eu termino de escrever a 2ª, que não deverá ser short-fic. Besossss <3
Nota da Beta: Qualquer erro nessa atualização é meu, só meu. Reclamações por e-mail ou pelo twitter, nada de e-mails para o site, ok?
Ah! Visite a caixinha, não custa nada e faz uma autora muito feliz. that xx