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Don't Ever Fade Away


Eu sempre achei que fosse encontrar o príncipe encantado, sabe? Aqueles que vêm no cavalo branco, te buscam e levam pro reino dele. Mas isso não passava de ilusão pra mim. Eu tava começando a achar que esse príncipe estava longe de mim, e era a coisa mais ridícula que eu sonhava. Até que, por obra do destino, esse príncipe chegou. Não no cavalo branco, como eu sonhava, mas de uma maneira bem melhor.

#Flash back#

Naquele dia, eu estava totalmente inútil na minha casa, sem nada pra fazer, e decidi andar pelas ruas de Londres. Fazia frio, mas continuei andando, quando um cidadão passou por mim e me perguntou se eu era da vizinhança. Respondi que sim, afinal eu morava no quarteirão do lado. E ele pediu pra eu mostrar a cidade, ou pelo menos, a parte que ele mais veria, porque ele era novo lá. Eu disse que por mim tudo bem, e então nós fomos andar pela redondeza.
- Seu nome é? - Ele perguntou, depois de um longo silêncio.
- Ah, desculpa. Me chamo , . E você é o?
- , mas me chama de . - E sorriu meigo.
- Ok , nesse caso, pode me chamar de .
- Tudo bem, , você mora muito longe daqui?
- Daqui sim, mas, não muito longe de onde a gente começou essa caminhada. - Não parecia, mas eu estava adorando aquela companhia.
- Hm, legal. Eu me mudei pra cá faz pouco tempo sabe, e não conheço ninguém ainda. Aí hoje resolvi andar pra ver gente nova, e te encontrei lá, andando. Então achei que pudesse me mostrar a cidade. - E ele sorriu de novo. E eu estava amando aquele sorriso.

#End flash back#

E a gente andou muito naquele dia, mostrei o parque, a cidade, tudo que tinha pra se mostrar lá por perto. No fim do dia, paramos na Starbucks, tomamos um cappuccino e fomos embora. Descobri que ele morava na frente da minha casa há duas semanas e eu nunca havia visto ele lá! Andamos por mais algumas semanas por aquele mesmo caminho. era um cara legal até, ficamos bem amigos. Mas ele tinha me encantado de certa forma e eu sentia algo por ele diferente do que eu sentia por qualquer garoto. Um dia, à noite, antes de dormir, eu fui até a sacada do meu quarto e fiquei olhando as estrelas, e, todas as estrelas, de alguma forma, me levavam até o sorriso dele. Foi quando eu voltei pra realidade e olhei pra casa dele. Ele estava na sacada também, mas ele não olhava as estrelas. Ele estava com um violão. E tocava uma melodia simples e lenta, e anotava em um papel cada acorde que ele fazia. Acho que ele tentava cantar alguma coisa, mas, eu não conseguia ouvir direito, porque a voz dele estava um pouco baixinha. Quando ele percebeu que eu estava observando-o, ele acenou e sorriu. Eu acenei de volta. Ele escreveu algo no papel, amarrou em uma pedra e jogou na sacada do meu quarto. Quase me joguei sacada abaixo pra conseguir pegar o papel, mas consegui pegar. Tinha a caligrafia mais linda que eu já havia visto. Nele dizia:
Não vai dormir não, pequena? Tá tarde, não acha?
Xx .

Eu entrei no meu quarto, peguei uma caneta e respondi:
Não, não agora que você ta tocando violão. É lindo! Que música é?
Xx .

Amarrei na pedra de novo e joguei em direção da casa dele. Quase acertei o vidro da porta, mas pegou a pedra antes. Ele leu, sorriu, escreveu algo e jogou de novo.
Você não conhece essa música. Fiz quando cheguei em casa, depois de andar com você. To tentando colocar melodia nela, mas ta difícil.
Xx .

Eu sorri, imaginando como seria a letra da música. Respondi e joguei pra ele.
Ta ficando linda essa melodia. Quero ouvir quando estiver pronta, hein?
Xx .

Ele sorriu de novo, o sorriso mais lindo do mundo. Escreveu alguma coisa e jogou o papel.
Não quer vir aqui me ajudar com a melodia?
Xx .

Ele só podia estar brincando! Eram 11 da noite e ele me chama pra casa dele ajudar ele com a melodia! Respondi e joguei.
Não! São 11 da noite já! Eu deixo esse trabalho pra você. E já to indo dormir também. Andei muito com um carinha hoje, sabe? Minhas pernas estão latejando. HAHA anyway, boa noite . Beijos. Até amanhã.
Xx .
Ele não respondeu, mas assim que terminou de ler, ele jogou um beijo, fez um coração com a mão e sorriu. Eu mandei um beijo pra ele e entrei. Deitei na minha cama e fui dormir, lembrando daquele coração e daquele sorriso que fazia meu coração parar. No outro dia acordei umas 9 horas mais ou menos. Ia aproveitar, afinal, era domingo! Levantei da minha cama quentinha e fui pra sacada ver como estava o dia. Fazia sol, mas estava frio. Um dia bem lindo pra um domingo! Fui pra cozinha, tomei café, escovei os dentes, troquei de roupa e fui pra rua fazer minha caminhada dominical. Fechei o portão e dei de cara com um saindo de casa também.
- Heeey, pelo visto eu não sou o único que anda num domingo de manhã! - disse com aquele sorriso de novo.
- É, hoje ta um dia bonitinho! Tem que aproveitar, né?
- Se importa se andarmos juntos?
- CLARO QUE NÃO! Digo, não, tudo bem, afinal, ontem a gente andou alguns quarteirões juntos, né?
sorriu e me pegou pela mão. Quando nossas mãos se tocaram, um misto de alegria, felicidade e confusão invadiu o meu corpo. As famosas borboletas no estomago começaram a criar vida dentro de mim. Eu sorri e andamos pelos mesmos caminhos dos dias anteriores. Não falamos nada por, pelo menos, uns 15 minutos. Mas, sabe quando você sente que ta tão perfeito, que, se você falar uma palavra, vai estragar tudo? Então, era isso que eu estava sentindo. E pelo visto ele também.
- Sonhei com você noite passada. - Ele falou de repente e eu me assustei.
- Sério? O que você sonhou?
- Sonhei que você tinha ido embora daqui. Saído da minha vida. Desaparecido dela sem motivo nenhum. - Ele falou com o olhar fixo no chão. Eu olhei pra ele totalmente chocada.
- Mas você sabe que isso não vai acontecer nunca, não sabe? Sorri, tentando transmitir segurança pra ele. Ele sorriu de lado e parou na minha frente. Segurou minhas mãos e falou:
- Eu sei disso. E mesmo que não soubesse, eu não ia querer que você desaparecesse da minha vida assim, sem motivo nenhum. Ele fez uma pausa, olhou pra mim e sorriu. Eu tinha os olhos marejados. Ele continuou. - , você é diferente das outras e eu senti isso desde o primeiro dia que eu te vi andando nessas ruas frias. Na verdade, eu já conhecia toda a cidade, mas, eu fiquei tão encantado quando eu te vi pela primeira vez, que precisava de uma desculpa pra falar com você. E, todo dia, eu pensava em alguma coisa pra fazer você sorrir, porque eu amo teu sorriso. Eu amo o jeito que você olha pra mim, eu amo ver você na sacada todas as noites olhando pras estrelas. Eu amo quando domingo de manhã chega e você vai pra sacada olhar como ta o dia. Amo o jeito que você fica quando acorda, amo ver você dormir, amo cada traço em você. Cada sorriso, cada palavra, cada gesto seu, me faz sentir como se eu tivesse um anjo do meu lado. E esse anjo é você. E eu queria poder ver esse anjo todo dia de manhã, do meu lado. Toda noite, do meu lado. Todo dia, sempre lá comigo. - Ele fez outra pausa e eu estava segurando as malditas lágrimas que estavam teimando em cair. Ele continuou. - , namora comigo? E eu, totalmente afetada pelas palavras que ele tinha dito, num impulso só, beijei ele com todo o amor que eu sentia desde o primeiro dia em que eu o vi. Uma chuva fininha começou a cair, pra depois ir aumentando e ficando mais forte. Mas a chuva já não era mais um problema.

Alguns meses depois.

Eu e estávamos muito felizes. Todo dia caminhávamos juntos pelos mesmos caminhos de sempre. Aquela caminhada diária era rotina pra nós dois. Mas um dia, não saiu de casa no horário de sempre. Esperei-o por uns 10 minutos, mas ele não desceu. Então eu fui até a casa dele. Toquei a campainha e ouvi falando que eu podia entrar. Entrei e me deparei com ele sentado no sofá com um papel nas mãos. Ele parecia estar bem. Mas não por dentro.
Ele olhou pra mim com um olhar de piedade e pediu pra eu sentar. Sentei ao seu lado e ele me entregou o papel. Olhei praquele papel, mas não entendi nada e olhei pra ele com cara de dúvida. Ele se levantou, andou pra lá e pra cá na sala, até que falou.
- , de uns tempos pra cá eu andei com algumas dores fortes no estômago e procurei um médico. Ele me pediu pra fazer uns exames e foi encontrado um tipo de câncer no meu estômago. - E ele ficou me encarando. Eu estava totalmente sem reação. Não conseguia acreditar no que estava dizendo. Só podia ser brincadeira.
- , você não ta falando sério, ta? - Ele assentiu e meu mundo desabou. - , por que você não me contou antes?
- , tudo que eu menos queria era te deixar preocupada com isso agora. Eu sabia que isso ia tirar teu sorriso do rosto e isso é a última coisa que eu quero no mundo.
- Mas , você... você - Eu não conseguia pronunciar aquelas palavras. Respirei fundo e soltei de uma vez. - Vocênãovaimorrer, né? - Eu não conseguia mais segurar aquelas lágrimas. sentou do meu lado e me abraçou.
- Pequena, o médico falou que eu vou fazer uma cirurgia agora, e eles vão fazer o possível.
- , me promete uma coisa?
- Fala meu anjo.
- Promete que nunca vai desaparecer? - me abraçou mais forte. Acho que ele chorou também.
- Nunca, meu amor. Nem que eu precisasse. - Senti que ele estava tão abalado quanto eu com essa história toda. Naquele dia a gente não andou. Aquele dia parecia que não tinha fim.
Cada dia que passava eu tentava não imaginar minha vida sem ele. Mas às vezes, eu tinha que imaginar. não mostrava muita melhora. E um dia ele piorou.
Fomos pro hospital e o médico disse que teria que fazer uma cirurgia de emergência nele, ou o que eu mais temia, pudesse chegar mais rápido do que eu imaginava. foi levado pra sala de cirurgia. E eu tive que ficar esperando na recepção. As horas passavam como séculos. Eu tentava fazer o tempo passar andando, mas isso só piorava a situação. Duas horas depois, o médico apareceu e minha angústia acabou. Ou só piorou.
- Srta. ?
- Sim?
- Acabamos a cirurgia e ele foi levado pro quarto. Ainda não temos nenhuma conseqüência. Temos que esperar ele acordar. Se a Srta. quiser pode visitá-lo, mas em silêncio por favor. Quarto 301, segundo corredor à esquerda.
- Obrigada doutor. - E fui em direção ao quarto dele. Precisava saber como ele estava. Cheguei ao tal quarto e entrei sem fazer barulho. Encontrei ele lá, o meu protetor, tão frágil. Deitado naquela cama, cheio de aparelhos em volta. Meu coração se partiu quando vi aquilo. Mas eu tinha que ser forte, ele precisava de mim. Tanto quanto eu precisava dele. Fiquei observando ele dormir por uns 15 minutos, até que ele acordou.
- ? - Ele tentava abrir os olhos.
- ? Tudo bem, amor? - Me levantei da poltrona e fui em sua direção.
- Ta doendo ainda, mas to bem. E você?
- Fora que eu quase morri de te esperar naquela recepção infernal, eu to bem. - E sorri. Ele ficou olhando pra mim sem falar nada.
- O que você ta olhando, ?
- O seu sorriso. Ele voltou. - Não sabia se chorava ou se sorria naquela hora. Beijei ele. Foi a única coisa que consegui fazer naquele instante. Mas tinha acabado o tempo de visita e a enfermeira pediu pra eu sair. Me despedi de e prometi que voltaria no dia seguinte pra buscá-lo. Fui pra casa, tomei um banho e fui dormir. Estava realmente exausta e assim que deitei, dormi.

- , me diz que você vai ficar bem. Só isso.
- , eu não tenho mais muito tempo. Você sabe disso.
- Mas , você não pode ir. Você prometeu pra mim que nunca ia embora. - Eu não vou embora, só não vou mais estar do seu lado fisicamente, mas eu vou estar sempre no seu coração. Eu te amo, . Você foi minha vida. E agora, eu sou só mais uma parte da sua. Lembra disso. - E ele se foi. Ele não estava mais ali comigo. E eu teria que aceitar.


- NÃO! Acordei desesperada com o sonho que tive. Olhei em volta e desejei que ele estivesse bem. Eu precisava ter certeza. Liguei em seu celular sabendo que, se ele estivesse bem, estaria dormindo. Dei graças a Deus quando ele atendeu o celular com aquela voz de quem acordou àquela hora.
- ? Tudo bem?
- , amor! Tive um sonho horrível! Você ta bem?
- Foi só um sonho, amor. Não vai acontecer de verdade. E eu to bem. Parecia que ele sabia o que eu tinha sonhado.
- Ok, agora vou dormir mais tranqüila. Qualquer coisa me liga!
- Pode deixar . Amo você.
- Também amo você. - Desliguei o telefone e voltei a dormir. Não por muito tempo, acordei cedo e fui pro hospital. Hoje ganharia alta. Levantei da cama, troquei de roupa, comi alguma coisa e fui pro hospital. Cheguei lá e fui pro quarto dele. Ele já estava quase pronto pra ir embora. Só faltava o médico vir e liberar ele.
- Muito bem senhor . Está liberado e curado. Só tem que tomar uns cuidados na alimentação, pelo menos nos primeiros dias. De resto, tudo bem. - O médico entrou no quarto dizendo tudo que eu e ele queríamos ouvir: Está liberado e curado. Eu e agradecemos o médico e voltamos pra casa. Isso seria o recomeço de algo que nunca havia terminado.

Um ano depois.

Um ano havia se passado. Eu e tínhamos comprado um apartamento não muito longe dali. Era dia do nosso aniversário de namoro e disse que tinha uma surpresa pra mim. Só avisou que me pegava às 8. Não avisou mais nada.
Tomei um banho, arrumei o cabelo, fiz uma maquiagem leve e coloquei um vestido lilás frente única e uma sandália prata, baixinha. Oito horas em ponto estava no apartamento. Ele tava bem lindo, pra falar a verdade. Calça jeans preta, camisa social xadrez, gravata preta e all star preto. O cabelo dele estava levemente bagunçado, como sempre foi. Desde que conheci-o.
- Wow! Ta linda, amor! - E ele me girou.
- Obrigada, você também tá lindo!
- Eu sempre fui lindo! - Ele é muito modesto às vezes.
- E muito convencido também.
gargalhou, o que me fez rir.
- Vamos, senão a gente vai atrasar. - pegou minha mão e nós descemos.
Fomos até um restaurante não muito barato. falou alguma coisa com o garçom, mas eu não entendi, e ele nos levou até a mesa. falou que ia ao banheiro, mas, de repente eu escutei uma melodia de violão, que eu conhecia. estava no palco com o violão.
- Boa noite a todos. Eu só peço um minuto da atenção de vocês. Ou não, só ouçam se quiserem, mas, isso é uma coisa que eu preciso fazer. Há algum tempo eu conheci uma pessoa que mudou minha vida. Ela me fez ver o valor de um sorriso, o valor de um eu te amo, o valor de um gesto. Ela me faz sentir como se eu tivesse um anjo comigo. Ela mudou meu mundo com um sorriso dela e eu espero que ela mude o mundo de muitas outras pessoas como eu. , essa é a música que você disse que queria ouvir. A música que eu fiz depois que eu te conheci.
E ele começou a tocar. A melodia tão conhecida. A melodia que eu ouvia todo dia na sacada. Tocando baixinho, mas que fazia meu coração acelerar.

Ive got an Angel
(eu tenho um anjo)
She doesnt wear any wings
(ela não usa asas)
She wears a heart that could melt my own
(Ela usa um coração que pode derreter o meu)
She wears a smile that could make me want to sing
(Ela usa um sorriso que me faz querer cantar)
She gives me presents
(ela me dá presents)
With her presence alone
(só por estar presente)
She gives me everything I could wish for
(Ela me dá tudo o que eu poderia desejar)
She gives me kisses on the lips just for coming home
(Ela me dá beijos só por chegar em casa)

She can make angels
(ela pode fazer anjos)
I’ve seen it with my own eyes
(vi isso com meus próprios olhos)
You got to be careful when youve got good love
(Tome cuidado quando tiver um bom amor)
Cause them angels will just keep on multiplying
(Porque eles, anjos, vão continuar se multiplicando)

You’re so busy changing the world
(Você está tão ocupada mudando o mundo)
Just one smile can change all of mine
(Um sorriso pode mudar todo o meu)
We share the same soul
(Compartilhamos a mesma alma)

Nem preciso dizer que eu estava chorando litros há essa hora, né? Pois é, eu estava. Ele parou de cantar, tirou o violão e colocou do lado e começou a falar de novo.
- Amor, eu nem preciso dizer que tu é a mulher da minha vida, né? E que eu quero passar o resto da minha vida contigo. , meu anjo. - Ele desceu do palco e foi até mim. Ele se ajoelhou na minha frente, tirou do bolso uma caixinha de veludo preta e disse com o sorriso mais meigo do mundo:
- Casa comigo? - Eu tava chorando tanto que nem consegui responder. Só acenei com a cabeça, e ele me beijou. Colocou a aliança enquanto me beijava e todo mundo que se encontrava naquele restaurante estava secando as lágrimas e batendo palmas. Tinha até alguns garçons segurando as lágrimas. Aquela foi a coisa mais linda que fez!
Depois disso, nós jantamos e voltamos pra casa. Fui o caminho inteiro falando que ele era um fofo e elogiando ele de todas as formas possíveis. Quando a gente chegou em casa, ele me segurou pela cintura e me beijou. Foi o beijo mais doce. O beijo sem malícia. Sem segundas intenções. O beijo que me fazia sentir segura. E o que aconteceu depois, foi lindo, porque foi amor de verdade.
O primeiro mês depois que ele me pediu em casamento ocorreu tranqüilo, só vendo o principal. No outro mês, começaram as correrias pra lá e pra cá. E nessas correrias, eu estava começando a passar mal. Sentia enjôos constantes. Mas eu achava que era por causa da correria, então, nem me preocupei. Quando falei pro desses enjôos, ele me fez procurar minha médica. No dia da consulta, ele fez questão de ir junto pra ter certeza de que eu não ia esconder nada dele. Lá, a médica fez essas perguntas de rotina mesmo. O que me fez perceber coisas que eu nem tinha percebido, por causa da correria toda. Ela disse que ia fazer um ultrasson àquela hora mesmo, porque havia grandes chances de eu estar grávida.
Quando ela falou a palavra grávida, olhou pra mim e abriu um sorriso maior que a cara. Deitei naquela maca, ela passou o gel na minha barriga e encontrou aquele serzinho crescendo dentro de mim. Aquele ser tão frágil. Eu confesso que eu chorei quando vi aquela imagem. estava sem reação. Mas eu conseguia ver a felicidade nos olhos dele. A médica fez os cálculos e disse que eu deveria estar de mais ou menos 7 semanas. E que eu casaria grávida, com um barrigão enorme!
- Mas, não tem chances de nascer no dia do casamento né? - Perguntei pra ter certeza.
- Não, não. No dia do seu casamento, você vai estar de mais ou menos 7 meses.
- E gorda que nem uma porca! - Falei com cara de tédio.
- Mas vai estar mais linda ainda! - acordou pra vida.
- Você fala isso porque não vai estar com uma criança dentro de você, fazendo você ficar que nem uma orca.
e a médica riram, enquanto ela limpava o gel na minha barriga.
- Liberada, , vejo você nos próximos 8 meses!
E nós fomos embora do consultório. , agora me tratando com o maior cuidado possível! Eu tinha falado pra ele que a única diferença é que agora tinha alguém dentro de mim, mas não precisava me tratar como um cristal. Só que ele não ouvia. Teimava em trazer café da manhã na cama, arrumava tudo. E eu até estava ficando feliz com essa mordomia toda!
Bem, minha gravidez estava indo nos conformes e o casamento estava chegando perto. Todo mês ia provar o vestido, tive até que trocar algumas vezes. O resto estava indo tudo ok. Até que chegou o grande dia! O dia em que eu e diríamos sim na frente de todo mundo.
- Como eu estou? - Perguntei pela enésima vez as minhas madrinhas que estavam na sala comigo.
- Linda, ! - Era o que todas elas respondiam cada vez que eu perguntava.
Eu me olhava no espelho, e olhava pra minha barriga, ainda não acreditando que tinha um ser crescendo dentro de mim.
- Vamos, . Ta todo mundo na igreja já. - Uma das madrinhas entrou pra me chamar. Eu sequei algumas lágrimas, torcendo pra não ter borrado a maquiagem.
Eu cheguei na igreja e não tinha mais ninguém lá fora. Só faltava eu entrar. Ouvi a música que tinha feito pra mim no dia em que nós nos conhecemos. É, eu escolhi entrar na igreja com ela. As daminhas já tinham entrado e agora era minha vez. Dei o primeiro passo e todos se levantaram, olhando pra mim. Alguns sorriam, alguns secavam as lágrimas, mas todos olhavam pra mim com aquele olhar protetor. Quando eu vi que me esperava lá naquele altar, meu coração deu voltas. Era como se fosse a primeira vez. E nessa hora eu senti alguém se mexer dentro de mim. me buscou na metade do corredor e o padre começou com aquele blábláblá todo que todo mundo conhece. O resto da cerimônia foi bem bonitinha. A recepção também, tudo. Menos a lua de mel, que a gente não teve por causa do meu barrigão. Estava proibida de viajar antes de o neném nascer. Mas fez valer a nossa estadia em casa valer a pena. Os outros dois meses passaram tranqüilos. Até aquela sexta-feira de madrugada.
- , amor, acorda. Ta doendo. - Eu tentava acordar , mas era difícil por causa das contrações. E não era lá muito fácil pra acordar.
- , acorda. Por favor, acorda. Eu beliscava ele de leve, mas ele só resmungava alguma coisa inaudível. Aquela dor tava ficando insuportável. Até que eu não agüentei mais e gritei. , claro, acordou todo apavorado. Ele ficava lindo apavorado e eu até consegui rir da cara dele.
- , a bolsa estourou. - Única coisa que eu consegui dizer. me levou até o carro e nós fomos pro hospital. Quando chegamos lá, me levaram correndo pra sala de parto. foi atrás porque disse que não perderia por nada o parto da filha dele. Entramos na sala de parto e os médicos estavam prontos. Me disseram pra empurrar o quanto conseguisse. Aquilo realmente doía, mas, eu continuava feliz. Até que eu ouvi aquele chorinho, que pra mim, mais parecia uma canção de ninar. Levaram ela até mim, eu olhei pra e percebi que umas poucas lágrimas escorriam pelo rosto dele. Chamei ele pertinho da gente e ele beijou minha testa e pegou ela no colo. Essa cena era tão linda. Não sei por que, mas tinha algo de especial. com aquela criança no colo. Ele era tão protetor. Transmitia tanta segurança, e ele com ela nos braços me fazia achar que ela era só dele, e não minha também. Ri sozinha imaginando grávido. Quando dei por mim, ela estava comigo de novo no quarto. Eu já voltaria pra casa no dia seguinte. não saiu daquele hospital por nada no mundo. Passou a noite com a gente, caso a gente precisasse de alguma coisa. No outro dia, fomos pra casa de manhã. Passamos o dia com ela e a noite, depois de colocar ela pra dormir, fui pra sacada, como eu sempre fazia antes dele.
- Lembrando os velhos tempos, amor? - veio e me abraçou por trás.
- É, mas dessa vez, sem vizinho pra jogar pedra comigo. - Sorri lembrando essa época.
- Agora não precisa mais jogar pedra pra falar com ele, porque ele ta aqui contigo.
- Promete que vai ficar pra sempre? - Eu disse me virando de frente pra ele.
- Até depois que o pra sempre acabar.

FIM


N/a: Oi pessoas bonitas da minha vida! Bem, fic inspirada na blusa do Danny, então, qualquer coisa ruim ali, é culpa da blusa dele. E qualquer coisa bonitinha ali, é culpa minha, não da blusa dele. DSIUDHSU ok, falando sério agora. Fic de presente pra Jessica Cérebro-de-última-geração Xavier Jones. Que está ficando mais enrugada dia 11/07. Mas isso não é problema. Beleza interior é mais importante que beleza exterior. Fora isso, queria desejar muito Jones pra ela e feliz aniversário, porque ela é a pulga da minha vida. Agradecer ela também, porque, em partes, ela até que ajudou com suas opiniões construtivas a escrever essa fic. Então, muito obrigada Jessica de Jesus Xavier. Adooooooro inventar nomes pra ti (HH) Anyway, amo você face iluminada da minha moeda. <3 A-Ha, Gabriela e Priscila, não acharam que eu me esqueci de vocês não, acharam? Pois bem, não esqueci não! Pois é, queria agradecer a Gabi, Fletcher Girl da minha vida, por não ajudar em nada na fic, mas isso não é o que interessa, o importante é que você é a pessoa que me escuta, que me entende, acima de tudo. Eu te amo, Gabriela. Priiiiiiiiiiiiiiiiiii minha coisa inútil. Não sei o que seria de mim (e do meu boletim) se não fosse você! Mesmo que não consiga ler fics, você vai ver isso. Eu te amo também, pinhão. <3 Queria agradecer a minha beta, fiel e companheira que me atura sempre. Obrigada betinha, se não fosse você, essa fic não estaria no site. E por último, mas mais importante de tudo, agradecer à pessoa que me faz levantar daquela cama todos os dias. Aquela pessoa que me faz sorrir, que me faz feliz. O meu porto seguro. Daniel Jones. Meu herói. <3 E, agradecer a você, que perdeu, ou ganhou, alguns minutos do seu tempo lendo a fic, e essa n/a inútil. Obrigada. Agora eu me vou. Obedeçam aos papais e as mamães, não usem drogas e sejam felizes!

N/a da Jess: Seria isso uma "N/a", uma vez que eu não fui propriamente a autora da fic? Anyway, como essa criatura me deixou escrever isso, here I go! Muito obrigada pelo presente e pelos parabéns, querida Mayara Energúmeno Brito Jones! Não estou ficando mais enrugada primeiro porque nunca fui e segundo, porque é apenas um ano a mais que eu estou completando, ok? Se preocupa não, bonita. Daqui a alguns meses é você! Aí, será a minha vez de dizer que apesar do mal que o tempo fez a você e à sua pele, o que importa mesmo é o que você tem por dentro! E você sabe, não precisa agradecer por toda a minha ajuda indispensável na construção dessa fic; sei o quanto fui, sou e serei importante pra você e pras suas realizações. Você também é pra mim, querida! Não acho que tenho necessidade alguma de dizer que amo você, sua face chata de uma figa! Como você mesma gosta de jogar na minha cara, o meu carinho por ti já está escancarado mesmo! haha. Ok, pessoas, momento melação à parte, espero que tenham gostado do que essa coisinha fez! Ainda não vi, porque ela só vai me deixar ver no dia 11, então nem posso elogiar ou criticar. Mas, tendo a blusa do Danny Jones como inspiração, tenho certeza que qualquer abobrinha que ela tenha escrito ficou legal! Xxx

N/a da Gabi: bem, o que dizer? me sinto tão lisonjeada por ter não te ajudado Jones Girl *-* é que eu sou muito útil (hh) sempre que precisar de ajudar em uma fic pode crer que quando eu estiver disposta eu te ajudo. HUSHAUSAUH então, obrigada por me colocar no seu n/a querido (?) eu sei que tu me ama ;D é isso, parabéns pela sua fic que eu nem li *-* HUASHAUSH, te amo Jones Girl Penélope <3

N/a da Prii: já que ela só me deixou ler umas poucas frases que nem deram pra matar a curiosidade, nem dá pra falar quase nada da fic, mas pelo jeito é linda. se tiver o Doug então, vai ficar mais linda ainda, porque, meu Deus né? AHSUAHSUHAS. mas ok. obrigada pela sua dedicação inútil à mim, e que bom que você se ligou que sem mim, seu boletim não seria assim tão lindo. HAHAHAH. somos uma dupla imbatível, mew. vamos dominar o mundo e colocar uma praia na frente da escola 8). e no fim do 3º ano, sair da escola xingando geral. UHASUHAUSUHA. gostaria de deixar exposto aqui, o meu amor por essa cabeça de ampola! e dizer que mesmo ela sendo tuudo isso que é, ela não tem culpa, já que é a sociedade que impõe o que somos, e não devemos criticar, apenas aceitar. UHASUHAUSHAUSH. zuações à parte. amo muito você e confio no seu potencial. tenho certeza que essa fic vai ser muito linda. assim como as outras que tu fez. pena que você não saiba usar essa inteligência que tu tem pra fazer fic, na escola e em todo o resto. mas um dia tu vai aprender. eu acredito nisso *---* e quando isso acontecer daremos uma festa. õ/ UHASUHASUHA. acho que era isso mesmo. :D quase nem amo tu, lollipop <3

N/b – kaah.jones Oi amoores, então, como a May pediiu, a betinha está aqui, preparando uma n/b, gente choorei litros achando que o fosse morrer, sou mais uma Jones perdida no mundo, ameei ter betado essa fic, PERFEITA!! Bem escrita e com uma historinha linda, eu adoraria conhecer alguém desse jeito. Fato.
Bom, acho que é isso, espeero que gostem da fic da May, ta linda, comentem, beeeijos.

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