Don't You Tell Me A Lie Autora: Babi Vaz | Beta-reader: Andy
Eu corria, mas não conseguia escapar daqueles olhos que me fitavam tão intensamente que chegavam a atravessar minha alma.
Por mais que eu tentasse desviar, aquele olhar me perseguia. Me perseguia por todos os lados. Aqueles olhos estavam em todos os cantos.
Acordei assustado com o toque do meu despertador e fiquei enrolando na cama pensando naquele pesadelo que tive novamente. Ou o nome mais apropriado seria um sonho? Não conseguia decidir. Tudo o que sei é que tenho esse sonho desde que me lembro. Essa coisa terrível que parece me assombrar. Credo! Não consigo me livrar disso.
Can't ever get it right No matter how hard I try And I've tried
De qualquer forma, despertei de meus devaneios e fui ao banheiro, logo me troquei e desci para tomar café. Teria de fazer tudo muito rápido hoje, afinal, já estava atrasado para o compromisso na casa de minha mãe. Aliás, compromisso o qual eu não tenho ideia do que possa ser.
Olhei para o relógio e vi que já se passavam das dez da manhã. - Meus pais vão me matar se eu chegar atrasado! - pensei alto. Decidi que tomar café não seria uma boa opção no momento e logo fui buscar minha noiva em sua casa.
- Bom dia, meu amor! - me disse ao atender a porta, me dando um selinho em seguida.
- Bom dia, minha linda. Vamos? - Coloquei minhas mãos em volta de sua cintura e a conduzi pelo caminho que levava à rua.
Entramos em meu Jetta e ela logo ligou o rádio, cantarolando uma música do The Maine. Eu curtia ela e esquecia completamente seus defeitos de menina mimada quando ela sorria, assim, do jeito que estava fazendo no momento. Em pouco mais de uma hora chegamos em Blackpool, a cidade em que eu havia crescido. Com facilidade, cheguei à casa de meus pais, minha antiga moradia.
- ! - ouvi minha mãe gritar cheia de felicidade e logo me abraçou. - Faz tempo que você não aparece, filho.
- Eu sei, mãe. Tenho estado meio ocupado com a banda, sabe como é né, não temos nem tempo pra respirar. - Ri de um jeito bobo, fazendo todos a minha volta rirem descontraidamente.
- Chega de bla bla bla. Agora que você está aqui, vamos entrar - esse era meu pai. Legal ele, né? Sempre rude comigo. Minha mãe o olhou repreendendo-o e ele revirou os olhos, me comprimentou e logo virou-se para entrar em casa.
- E você querida, como está? - Minha mãe comprimentou , que lhe respondeu gentilmente com aquele sorriso lindo que eu tanto gostava.
- Estou muito bem, Sra. , obrigada. - Então fizemos o pequeno caminho que levava do jardim até a entrada de casa e logo entramos.
Essa cidade praiana me trazia boas lembranças de minha infância e adolescência. Eu adorava aquele clima e aquela paisagem. Enfim, todos estávamos na sala de estar quando eu me lembrei de me perguntar sobre a razão desse compromisso.
- Mãe, qual é a desse encontro afinal? - Ela me respondeu rindo.
- Mas que modos são esses, mocinho? Bom, temos visita hoje! - A campainha tocou. - Deve ser ela! - E lá foi ela abir a porta.
- Como vai, Evelyn? Parece que não nos vemos desde ontem, não é mesmo? - Ela riu e abraçou a amiga. "Melhor amiga", como ela diz. Ah, ótimo, a aqui. De novo. Que inovador, mamãe. - Mas que surpresa agradável! Não sabia que você estava na cidade, - ela logo completou. Ué. Não pode ser.
- Obrigada pelo convite Martha, espero que não tenha problema eu trazer , eu esqueci de te dizer que ela vinha me visitar hoje, desculpe!
- Claro que não, deixa de ser boba, menina! Vocês são de casa! - Ela comprimentou a menina. - Vamos entrando! - O entusiasmo a minha mãe era contagiante. Mas também enjoava. Muita alegria pra uma pessoa só. Me levantei e fez o mesmo para comprimentar os recém-chegados. Meu pai estava na churrasqueira e não viria de qualquer maneira.
- Quanto tempo, Sra. ! - Dei uma de educado e bonzinho. - Queria lhe apresentar minha noiva, . - Ela sorriu, nos comprimentou e toda aquela besteira de conhecidos de longa data. Tudo bem. Até que a tal apareceu. Caralho! Era ela. Aquela menina pequenininha que eu conheci por volta dos meus 12 anos. Cara, ela mudou muito.
Então nossos olhares se encontraram. Imediatamente me veio à mente os olhos dos meus sonhos. HA! Então era ela a menina. Eu sorri para ela involuntariamente, mas ela não correspondeu, apenas veio ao meu encontro e pareceu relutante em me comprimentar. Eu a abracei ligeiramente, seu cheiro era envolvente e agradável.
- Estava com saudades de você, pequena. Você sumiu de mim. Que bom que está aqui - eu disse, e ela sussurrou:
- Poupe-me dessa nojeira! Parece que você não se lembrou de nossa promessa, não é mesmo? Tudo bem. Não podia esperar isso de você. - Então ela me beijou a bochecha só pra não parecer rude na frente dos meus pais e dos dela. Meu estômago revirou e logo nos separamos.
Well, I put up a good fightBut your words cut like knives
O que foi aquilo? Aquela não era minha antiga vizinha da frente: doce, meiga, engraçada e inocente.
*Flashback*
Estávamos sentados num banco do jardim de casa. De repente nossos olhos pareciam não se desgrudar e eu segurei em sua nuca com a maior delicadeza possível enquanto trazia seu rosto para mais perto do meu, até nossos lábios selarem e iniciarmos um beijo repleto de carinho, amor e calma. Senti as mãos dela brincando com meu cabelo e sorri. Eu sabia! Ela também queria. Com a outra mão livre, acariciava seu rosto gentilmente. Nossas línguas se entrelaçavam de modo desorganizado e eu até diria engraçado. Estava acontecendo: meu primeiro beijo da vida, e da vida dela também, e de nós dois juntos. Eu não podia querer qualquer outra pessoa no lugar dela, pois aquela menina era a que fazia meu coração descompassar. Então ela se separou de mim e escondeu o rosto com as mãos. Não pude deixar de rir da situação, mas sabia que estava fazendo ela ficar mais constrangida ainda, então a abracei e apoiei sua cabeça em meu peito.
- Hey! O que foi?
- Sei lá. Tô com vergonha de você agora. - Ela me olhou pelo espaço que abrira entre seus dedos e sorriu vergonhosamente.
- Não precisa disso, , aconteceu porque a gente quis. E porque eu gosto de você, e você sabe muito bem. - Eu a olhei e ela abriu aquele sorriso lindo que eu podia ficar observando o tempo inteiro que não me cansaria.
- Mesmo? Quer dizer, você não se decepcionou comigo nem nada? Você não tá se arrependendo amargamente agora e quer cortar seus pulsos? - Ela dizia de forma descontraída, ainda que nervosa, me fazendo rir com aquelas piadinhas bobas típicas da dramatização dela. Ela fez um biquinho pra mim.
- Babaca. - Dei um selinho nela. - Você não consegue manter o clima de jeito nenhum né? Caramba! - Sorri pra ela e ela me deu outro selinho. Eu mal podia acreditar que ela estava ali, em meus braços, pela primeira vez, como eu sempre imaginei.
- Bleh - ela me mostrou a língua. - Por que eu gosto de você mesmo? - ela me perguntou num tom debochado e revirou os olhos.
- Porque eu sou lindo, perfeito, carinhoso, gostoso... - eu disse e ela interrompeu: - convencido... - e eu por fim disse: - e te amo mais que tudo, pequena. - Eu sei, eu não sei nada de amor, mas se isso não for amor, eu não sei o que é. É um sentimento muito grande e muito forte por ela, às vezes acho que posso explodir, sei lá. Me sinto estranho perto dela, mas me sinto bem ao mesmo tempo. É. Confuso, né?
Acabamos ficando a tarde inteira ali, nos beijando, trocando carinhos, abraços e afins. Até que a mãe dela a chamou pra casa.
- Deixa eu ir, , ou então não volto amanhã né? - Ela sorriu e me deu um último selinho e logo em seguida sussurrou em meu ouvido: - Te amo.
Ela atravessou a rua e entrou em casa, me deixando sorrindo ali sozinho como um besta. Eu entrei em casa, jantei, tomei banho e fui dormir, sem tirar meu pensamento dela por um instante sequer.
Há três anos estamos namorando. De aliança e tudo. Nosso amor parecia não acabar e só se fazia aumentar! Seria possível? Então quando eu tinha 17 e ela 16, no nosso aniversário de três anos, meus pais viajaram por causa do trabalho e eu a convidei para ir em casa, preparado-lhe uma surpresa: um jantar à luz de velas.
- Não vale abrir o olho, hein? - Eu tapava seus olhos com as mãos. - Agora sim. - Destapei-os e vi sua boca abrir em surpresa.
- Pra mim isso? ! Que lindo! Mas não precisava. - Ela se virou para mim e se jogou em meus braços, me dando inúmeros selinhos.
- Você merece isso, e muito mais - eu sussurrei em seu ouvido e a levei até a sala de jantar.
Comemos e conversamos descontraidamente, além de namorados, éramos melhores amigos, e sua companhia era a mais agradável possível. Depois do jantar, fomos à sala assistir um filme de comédia romântica, que eu tinha alugado pois sabia que ela gostava. Ficamos abraçados no sofá e trocávamos alguns beijos e carinhos durante o filme. Assim que ele acabou, ela desligou a TV.
- ? - ela me chamou.
- Sim?
- Quero você - ela fez um bico e me chamou com um dedo para mais perto dela. Eu atendi seu pedido de imediato e grudei nossos corpos, colando primeiramente nossas testas, depois narizes, por fim, rocei meus lábios sobre os dela e ela passou sua língua entre nossas bocas, dando início à um beijo lento e terno. Minhas mão estavam em sua cintura e ela enroscava seus braços em meu pescoço, puxando meu corpo para o dela cada vez mais. Aquilo começava a esquentar, mais do que o normal entre nós. Nosso beijo foi ficando cada vez mais intenso e cheio de desejo, até que ela puxou minha blusa pela barra e eu levantei os braços para facilitar a saída. A puxei firmemente para meu colo, ela sentou com uma perna de cada lado e eu iniciei com beijos, lambidas e mordidas em seu pescoço, ouvindo-a gemer baixinho com a cabeça jogada para trás. Aquela situação me agradava. Minhas mãos percorriam seu corpo e davam mais atenção à sua bunda e suas coxas, enquanto nossos corpos se colavam cada vez mais, se possível.
Minha excitação já se fazia aparente, e eu a desejava mais do que tudo. Tirei sua blusinha lentamente e voltei com minha boca ao seu pescoço, descendo até seu colo, olhei para ela e ela consentiu com a cabeça, me dando liberdade para desabotoar o fecho de seu sutiã e tirá-lo vagarosamente, olhando-a sorrir para mim. Aqueles seios pareciam me chamar de uma forma louca, então continuei beijando seu colo e levei uma mão até seu seio direito, massageando-o suavemente, a fazendo arrepiar. Levei minha boca até seu outro seio e contornei seu mamilo com a língua, logo em seguida, o chupei com cuidado mas com vontade, fazendo-a arfar e gemer baixinho. Ficamos ali por um tempo até ela dizer manhosa: - Me leva pro quarto, amor.
Obedeci imediatamente e a peguei no colo, fazendo-a segurar em minha nuca. Entrando dentro do cômodo, a guiei para uma cama e me deitei sobre ela, mantendo um ritmo frenético de beijos, mordidas e chupadas de língua. Ela, surpreendendo-me, trocou nossas posições e ficou por cima de mim, arranhando meu abdômen e meu peito, me fazendo morder os lábios de tesão. Ela pareceu achar aquilo bom, pois sorriu de forma maliciosa para mim e foi distribuindo beijinhos por toda a extensão de meu tronco, até chegar em minha bermuda e desabotoá-la devagar, brincar com meu zíper, me fazendo ansioso e aflito; então ela puxou minha bermuda até meus joelhos e eu a ajudei a se livrar da peça de uma vez. Eu a puxei pelos ombros até que nossos rostos se encontraram e nos beijamos apaixonadamente, ainda que com muito desejo. Levei minhas mãos até o cós de seu shorts e o abri, então ela se deitou ao meu lado e levantou seu quadril para facilitar a saída da peça de roupa. Eu fiquei ajoelhado entre suas pernas e tirei seu shorts.
Eu olhei pra ela dando um sorriso torto e me deitei novamente sobre seu corpo, sentindo seus mamilos rígidos roçarem contra meu peito e sua pele macia e quente arder com o toque de minhas mãos, que, a essa altura, já percorriam todo seu corpo desnudo, ansiando por tê-la para mim, da maneira mais pura e ardente possível. Nesse momento desci por seu colo com minha boca, tocando suas coxas fortemente, deixando pequenas marcas vermelhas e a ouvindo gemer delicadamente. Em seguida desci meu lábios até seu umbigo e subi minha mão até sua intimidade, e, uma vez sentindo-a molhada, coloquei um dedo com cuidado dentro dela, masturbando-a. Ela deu um grito e eu me assustei achando que a tinha machucado, mas então olhei sua expressão, e ela mordia seus lábios e empinava seu corpo, demonstrando prazer. Aquilo me deixou louco e eu passei a entrar com dois dedos, fazendo-a gemer ainda mais. Quando senti que seus músculos se contraíam mais do que o normal, desci com minha boca em sua intimidade e distribuí beijinhos pelo local.
- Não me tortura, amor! - ela disse baixinho, segurando em meus cabelos. Eu abri mais suas pernas e as coloquei em volta de meus ombros, penentrando minha língua em sua intimidade e fazendo movimentos que nem eu sabia dizer como sabia fazê-los. Ela aumentou o tom de seus gemidos enquanto arranhava minha nuca e costas de forma bruta. Até que me puxou pelos cabelos com força e eu gemi sentindo certa dor, mas subi até seu rosto, como me pedia.
- Vai logo amor, por favor - ela sussurrou em meu ouvido e apertou meus braços. Nós nunca havíamos passado desse ponto até então. Então eu procurei em uma gaveta do meu criado-mudo uma camisinha e a achei. Abri o pacote com calma para não correr o risco de rasgá-la ou qualquer outra coisa. Segurei meu pênis ereto e ela me ajudou a colocar a camisinha apertando-a na pontinha. Logo eu me encaixei entre suas pernas e a observei enquanto colocava apenas a cabecinha do meu pênis dentro dela, colocando e tirando, para que ela se acostumasse com a dor. Ela deu um gritinho e cerrou os olhos com força, me apertando mais. Eu observava aquele corpo perfeito. Era ela perfeita. Toda ela. Era linda. E minha.
- Vai logo! - A ouvi gritar e sorri. Eu passei a penetrá-la um pouco mais a fundo, mas não com força, para não machucá-la de forma alguma. Tudo o que eu queria era lhe dar prazer e amor, tornando sua primeira vez a melhor de todas. Ela se contorcia e me apertava contra ela.
- ... quero sentir... você todo... dentro de mim - ela dizia com dificuldade entre gemidos e sua respiração descompassada. Eu não mais resisti e fiz de sua vontade a minha, entrando com meu pênis até o fundo, fazendo movimentos de vai-e-vem enquanto apertava suas coxas e soltava baixos e roucos gemidos em seu ouvido.
- Eu te amo, princesa - disse com dificuldade perto de seu ouvido e apoiei minha cabeça em seu peito. Comecei a estocar cada vez mais forte e mais rápido. Ela mordia meu ombro buscando-o como forma de descontar o prazer que sentia. Nosso suor se misturava, nossos corpos nus e colados se chocavam harmoniosamente. Eu podia ouvi-la chamar meu nome e sentir suas unhas cravando em minha pele, fazendo meu tesão aumentar. Eu estava prestes a chegar lá, mas me segurei, até sentir que os músculos dela ficaram demasiado contraídos; suas pernas ficaram trêmulas, bem como eu estava. Seu peito subia e descia em baixo de mim numa velocidade incrível, mostrando nossas respirações ofegantes. A ouvi gemer muito alto meu nome e, logo em seguida, chegamos ao orgasmo juntos, atingindo nosso prazer máximo, mesmo que soubesse que ela já havia gozado mais de uma vez.
Caímos na cama um do lado do outro ainda em êxtase e ofegantes. Puxei ela pela cintura, fazendo seu corpo colar no meu e ela logo apoiou seu rosto sobre meu peito, enquanto eu acariciava seu cabelo e a beijei na testa. Ela sorriu e se aconchegou em mim, me abraçando de forma terna e inocente. Dentro de uns vinte minutos ela já dormia em mim e eu não podia evitar de sorrir ao observá-la dormir. Ela estava ali. Parada em meus braços. Minha. Só pra mim.
Acordei no outro dia um pouco mais cedo que ela e a acordei com beijinhos no rosto e na nuca. Ela sorriu e me retribui com selinhos e carinhos nas costas, então se levantou levando o lençol enrolando em seu corpo e foi até o banheiro. Eu me levantei mais feliz do que nunca, peguei umas roupas e me vesti, ajeitei meu cabelo olhando-me no espelho.
- Amor? - ela me chamou.
- Oi - respondi ainda me arrumando.
- Você... bem... podia pegar minha calçinha e uma camisa sua pra mim? - Ela mordeu os lábios envergonhada e eu ri. Ela gritou um "hey!" e eu logo tratei de procurar sua calcinha e peguei minha menor camisa, para que servisse pra ela. Entreguei em suas mãos ainda rindo e ela me mostrou a língua, me olhando com sarcasmo. Esperei ela se vestir e descemos pra tomar café.
- Bom dia, pequena. - Abracei-a pelo pescoço enquanto caminhávamos em direção à cozinha e ela sorriu, ainda sonolenta.
- Bom dia. - Me deu um beijo rápido. - Quer que eu faça o que pra gente comer?
- Hm, já que você tá boazinha hoje se oferecendo pra fazer comida, você podia fazer umas torradas ou panquecas pra gente, né?
- Ai, mas já acordou engraçadinho hoje - ela disse revirando os olhos e eu a puxei pra mim, fazendo cócegas em sua barriga.
- Parece que deu certo, por sinal, você tá rindo bastante. - Ela gargalhava e eu amava vê-la feliz e sorrindo pra mim daquele jeito. Até que ela me implorou pra parar e me deixá-la fazer comida. Comida. É claro que eu parei. É comida, pô!
Ela acabou nos fazendo torradas francesas deliciosas e eu coloquei a mesa, com sucos, frutas e tudo mais. Ela veio com o prato de torradas e se sentou em frente a mim, no lado oposto da mesa.
- Como você tá? - eu perguntei pra ela ainda com comida na boca.
- Muito bem. Muito mesmo. E o senhor? - ela disse num tom debochado.
- E depois quem tá com gracinha sou eu né? - Eu ri, a fazendo sorrir. - Tô ótimo, meu amor - fiz uma pausa - Gostou da noite de ontem?
- Ah, você sabe... - Ela desviou seu olhar do meu e deu uma risadinha baixa, mordendo seus lábios e fechando os olhos. Ela devia estar lembrando de nós dois ontem. Como eu estava fazendo o tempo inteiro. - Foi perfeito.
- Também gostei. Demais. - Me aproximei dela por cima da mesa, apoiando meus braços no móvel e levei uma mão a seu rosto e o acaricei, sorrindo pra ela. - Linda.
- Para, fico com vergonha. - Ela segurou minha mão e deu um beijinho na mesma.
- Eu sou louco por você, sabia?
- Sabia sim.
- Caramba! - Fiz um bico de decepção. - Quanto amor, hein?
- Awn, vem cá bebê! - Ela veio rindo até onde eu estava sentado e sentou em meu colo. - Sou ainda mais louca por você!
Passamos o fim de semana inteiro juntos nos beijando, trocando carícias e fazendo amor.
Logo na segunda-feira de manhã acordei com gritos vindos da rua. Conhecia algumas daquelas vozes: Sra. e , mas havia um terceiro tom, masculino, que se exaltava e gritava com a minha pequena, isso, minha. Pulei da cama e me vesti o mais rápido que pude, peguei uma goma de mascar (qual é, vocês acordam com um hálito de menta na boca? Pô!) e desci as escadas com pressa. Abri a porta e fiquei observando do meu quintal.
- Por favor, pai! Eu não quero ir! - gritava, abraçada com a mãe. - Por favor!
- Não, , eu já decidi isso com a sua mãe e nós dois aprovamos sua mudança - o cara falou, ríspido, e olhou pra mãe dela, pedindo uma ajuda.
- Filha, a empresa está indo mal e a situação está muito difícil para nós duas - ela disse enquanto soltava uma lágrima. - Eu só quero o melhor pra você.
se perdia em meio a seus soluços e eu não suportava mais vê-la chorar; assim, gritei por seu nome e no instante seguinte ela veio correndo até mim e desabou em meus braços.
- Eu vou embora, - ela disse. - Vou pra Suíça, morar com meu pai e estudar em um colégio interno. - Seu rosto já estava vermelho e inchado por causa do choro e eu não pude evitar que uma lágrima rolasse em meu rosto.
- Quando você volta? - A abracei, questionando-a.
- Não volto, eu acho. Se isso acontecer, vai demorar uns... não sei... anos - ela dizia com dificuldade, intercalando suas palvras com aquele choro sentido que cortava meu coração. - Não quero te deixar, amor.
Naquele momento meu mundo parecia desabar: perdia meu amor, minhas palavras, meu chão, meu Norte... meu amor. Mas não podia deixá-la saber disso pois já estava sofrendo demais.
- Não vai ser tão ruim assim, meu bem. Vai dar tudo certo, você sempre se sai bem em qualquer situação. - Engoli uma repentina vontade de corar, pois tinha de parecer forte para ela. Então sorri. Forçado, mas sorri.
- Me promete uma coisa? - ela perguntou enquanto seu pai a chamava pela última vez para entrar no carro e ir ao aeroporto.
- Qualquer coisa.
- Promete que nunca vai me esquecer e que nunca vai deixar de me amar? - Sorri e a apertei contra meu peito, abraçando-a pela última vez.
- Prometo. Nem que eu quisesse isso iria acontecer. - Ela sorriu para mim. - E você, promete?
- Claro que sim. - Ela sorriu pra mim.
- Muito bem. Agora vai lá. Te amo, tá?
- Te amo mais. Sempre. - E demos um beijo rápido, cheio de paixão e posso até dizer, agonia.
A soltei e vi sua partida. Seu rosto molhado me olhava pela janela do carro enquanto acenávamos um para o outro. E desde então, nunca mais nos vimos... *Flashback ends*
And I'm tired As you break my heart again this time
Acordei de minha lembrança quando o celular de tocou:
- Alô? Oi Julia. Sim. Mas, hoje? Estou em Blackpool. Ah. Ok. Agora? Tudo bem, sabe o endereço dos pais do ? Ok. Até já. - Ela desligou e me explicou.
- Reunião urgente na empresa amor, a Julia está na cidade e vai me levar de volta para Liverpool. Desculpe-me, mas realmente tenho que ir.
- Oh querida, é uma pena! Volte assim que puder, certo? - minha mãe lhe disse. - Acho que sua carona já chegou.
- Boa tarde à todos, desculpem-me pelo imprevisto! Tchau, meu bem, te ligo amanhã à noite. - Quem vê pensa que a gente se ama desse jeito. Pf. Já tava cansado dela. E ela saiu. Nada bom. Ficaria sozinho a mercê dos encantos de . Nada bom mesmo.
A tarde passou relativamente tranquila enquanto todos conversávamos, até meu pai estava socializando conosco! Ele logo tratou de fazer uma burrada, inconscientemente, mas fez:
- , você está num hotel por aqui perto?
- Estou sim, Sr. , já que meu antigo quarto foi transformado na oficina de costura da minha mãe. - Ela sorriu cordialmente.
- E vai ficar sozinha? - essa era minha mãe. E sua grande boca.
- Não, por favor, fique aqui! - e esse era meu pai sendo sociável demais pro meu gosto.
- Não tem problema algum, acreditem! Acostumei-me a me virar sozinha lá na Suíça, vocês sabem, meu pai não tem muito tempo pra mim e eu sempre acabava ficando sozinha no colégio interno - ela suspirou fundo - mas isso não vem ao caso. O que eu realmente quero é que vocês não se incomodem com nada! - Por que comigo ela não estava sendo assim?
- De maneira alguma! Se você não ficar aqui em casa, irá com você para o hotel. Você não ficará sozinha quando vem nos visitar, por favor, sim? - Minha mãe. Puta que pariu. E agora? Eu suava frio e estava nervoso ao extremo para ouvir sua resposta.
- Bom, eu, não sei... seria... incômodo... e... incoveniente, afinal, está noivo - ela deu ênfase à palavra "noivo" - e não seria... digo...
minha mãe a interrompeu: - Claro que não! Vocês se conhecem desde pequenos, não tem nenhum problema! Está decidido, ele irá com você. Certo, filho? - Ela me olhou com um olhar repreensivo como se fosse me comer vivo se eu dissesse "não".
- Eu... Ham... Se é o que vocês preferem... - eu mal sabia o que dizer, mas confesso que por dentro estava um tanto quanto contente por meus pais terem tomado essa decisão. Eu ficaria a sós com ela, e poderia entender o que estava se passando.
Ao cair da noite, a Sra. se retirou e insinuou que sua filha fizesse o mesmo. E eu iria com ela. Então nos despedimos dos meus pais e fomos para a garagem, onde eu liguei meu carro e abri a porta do passageiro.
- Mademoiselle. - Fiz um gesto para que entrasse e ela riu discretamente. Me senti vencedor naquela hora, fazendo-a sorrir pra mim novamente. Entrei no carro e saímos para a rua.
- Tá bom, onde você vai ficar? - ela me perguntou.
- No seu hotel? - respondi, arqueando a sobrancelha para ela em questionamento.
- HAHAHAHA, estou falando sério, dear.
- Eu também!
- Ah, por favor né, você realmente espera que eu aceite ficar no memso quarto com o cara que eu mais amei na vida e que zoou comigo desde então? - OUCH! - Então escuta aqui, você vai pra outro lugar, qualquer um, mas longe de mim! Você é uma bagunça, cara, bagunçou minha vida, minha cabeça...- Ela acendeu um cigarro e fumou tranquilamente, como se nada estivesse se passando.
Eu a interrompi.
- Não. Escuta aqui você! Me deixa pelo menos explicar o que aconteceu e se realmente não nos dermos bem e não nos entendermos, eu vou embora - engoli seco - Quero me reconciliar com você.
- Reconciliar? Você tá delirando, né? Só pode. Esquece. Você não entendeu? Ah, claro que não! Sempre foi assim. Não tem mais "nós"! Quero distância de você! - Sua mão livre encostou acidentalmente na minha em cima do câmbio do carro e então o farol fechou e ficamos nos olhando. Ela parecia me atrair de uma maneira incontrolável, e eu fui aproximando meu rosto do dela, até ficarmos muito próximos. Próximos demais. Me perguntava onde estava a tal distância que ela disse querer de mim.
- Eu... - ela balbuciou. Eu sentia sua respiração sobre meus lábios e então sua língua tocou meu lábio inferior quando ela foi molhar os lábios e eu segurei sua língua com os lábios, chupando-a devagar. Ela apertou minha mão enquanto dávamos demorados selinhos inconscientes de nossos atos. Nossas línguas se encontraram e elas dançavam em nossas bocas enquanto nosso beijo se mostrava ter caráter de saudade plena.
Ela se afastou bruscamente ouvindo as buzinas dos carros que reclamavam atrás de nós.
- Você ficou louco mesmo! Vamos logo! Anda! - Ela olhou para a janela, mas deixou sua mão junto a minha. - Ou eu estou ficando louca? - Ela jogou seu cigarro para fora do carro pela janela e levou sua mão até sua testa em sinal de confusão.
- Relaxa, pequena. - Eu entrelacei meus dedos nos dela e pisquei pra ela.
- Pequena... - Ela deu uma risada abafada. - Ainda? -
- Sempre.
Tell me I'm a screwed up mess That I never listen, listen Tell me you don't want my kiss That you're needing distance, distance
Entramos no hotel o qual ela havia reservado um quarto, fizemos check-in e subimos em silêncio dentro do elevador. Chegando no quarto, ela colocou sua mala num canto, largou seus sapatos no outro e se jogou na cama. Eu ri. Minha menina ainda estava ali dentro, e eu não descansaria até desenterrá-la de lá.
- Que é? - ela me disse.
- Nada - fiz um gesto de quem se rende e fui para a outra cama, colocando minha mochila do lado junto com meu tênis. Eu deitei e a olhava calmamente, analisando seus traços mudados: seu corpo havia desenvolvido mais ainda, caralho! Que gostosa! Seu rosto era lindo, seus cabelos caíam em seus ombros e brilhavam. Mas algo em seu olhar dizia que por dentro ela estava devastada.
Ela, de repente, se virou pra mim e ficou me encarando, ficamos assim por uns dez minutos, então ela sorriu e balançou a cabeça negativamente e se virou com a barriga pra cima.
- Estranho né? - Ela suspirou. - A gente, aqui, sei lá. - Ela se levantou e foi até o frigobar pegar uma bebida. Abriu uma daquelas garrafas bem pequenas de Jack Daniel's e virou em apenas três goles. Balançou a cabeça e referiu-se a mim:
- E aí, andou fazendo o que enquanto eu estava morrendo de amores por você? - ela dise, e aquelas palavras pareciam navalhas me cortando. Mas ela continuou: - Sabe o que eu fiz? - ela riu sozinha. - Dei pra vários caras, me diverti muito! De verdade! Minha vida é uma loucura atrás da outra! Aliás, tô pegando um aí, o Cook, já tem um tempo...
- PARA! - eu gritei sem me controlar. - Eu saquei, tá legal? Eu te machuquei. Mas a culpa não foi minha. Seu pai te levou embora! O que queria que eu fizesse? - eu disse tudo num tom muito alto e rápido. Estava me alterando. Ela ia me tirar do sério.
Ela riu gostosamente.
- Nada. Ainda bem. Senão ia ter ficado com você e não ia ter aproveitado a vida... Mas então, voltando ao Cook, cara, ele é muito bom na cama, me faz gemer e gozar como nenhum outro cara. Ele é muito bom! Eu quico e rebolo nele e nunca me canso. E aquele pau grande e delicioso dele na minha boca... hmmm.
Tell me anything but don't you say he's what you're missing baby If he's the reason that your leaving me tonight Spare me what you think And tell me a lie
Ela parecia se divertir. Mas eu não suportava ouvir aquilo. Não era possível que ela não gostava mais de mim! Ela só podia estar mentindo! Me levantei e a empurrei contra a parede.
- Cala a boca - disse ríspido e sério. Soquei a parede do lado de sua cabeça e ela fez uma feição assustada. Mas não fugiu, ficou ali, parada na minha frente, presa por meus braços na parede.
- Eu não suporto a ideia de outro homem tocar você. Será que você não entende? Não foi minha, aliás, nossa, opção acabar com tudo. Eu te amo. Eu nunca menti pra você. Eu manti minha promessa. Mas não podia ficar a vida inteira esperando por um amor que eu, até ontem, achava que nunca teria novamente. Eu precisava viver, ! - eu parei de falar, ofegante, baixando o tom da minha fala.
- Uau! - achei que ela iria fazer mais uma piadinha, mas não, sua feição mudou. - Não achei que... bem, me desculpa então por ter dito tudo isso na sua cara. Eu realmente achei que não tinha sido nada pra você. - Vi seus olhos ficarem vermelhos. Vermelhos demais. Ah, não!
- Eu nunca te esqueci, meu bem. - Enxuguei suas lágrimas com meu polegar e acariciei seu rosto, vendo seus olhos se fecharem ao meu toque. - Eu só estou noivo da por pressão dos pais dela. Sabe como é, não queriam nada sem compromisso - a expliquei e ela sorriu.
- Você não me esqueceu mesmo? - Ela ficou de cabeça baixa.
- Eu prometi. Não prometi?
- É... e o primeiro amor a gente nunca esquece. - Ela sorriu torto.
- Primeiro? - apertei meu olhos, fitando-a em reprovação.
- Único - ela levantou seu olhar até o meu.
No momento seguinte tudo o que eu sabia fazer era observar seus olhos e sua boca, então eu aproximei meu rosto do seu, excitante. Nossas bocas já estavam entreabertas, esperando pela junção delas. Ela puxou meu lábio inferior com os dentes e eu trinquei os meus, sugando o ar pela boca. Nossos corpos ansiavam por nossos toques, então, eu dei dois selinhos demorados nela e a beijei. Minha língua percorria cada cantinho de sua boca, explorando até o céu da boca. Não pude deixar de notar que parecíamos nos conectar de forma mais completa e experiente, de modo diferente, mais intenso, ardente, e repleto de saudade e paixão. Ao sentir seus braços enlaçarem em meu pescoço, deixei de apoiar minhas mãos na parede e as levei para sua cintura, apertando-a com certa força, fazendo-a puxar os cabelos de minha nuca como reação. Ela descia suas mãos pelas minhas costas, acariciando-as e arranhando-as de vez em quando, me deixando louco, até que entrou com sua mão por de baixo da minha camisa e começou a arranhar meu abdômen; ela tocava e arranhava minha pele por baixo da camisa enquanto eu a prensava mais na parede e apertava suas coxas torneadas. Eu a levantei para que ficasse da minha altura e ela colocou suas pernas em volta de meu corpo, fazendo nossos corpos colarem perfeitamente. Ela pos suas pernas no chão e foi me empurrando até uma poltrona que havia no canto do quarto e eu me deixei ser guiado, até que sentei na poltrona e ela sentou em meu colo, de frente pra mim, então levou sua mão à gola de minha camisa e começou a abrir os botões dela rapidamente e com destreza. Eu separei nossos corpos para dar espaço para ela terminar de desabotoar a peça de roupa, e quando ela o fez, a beijei com vontade e eu mesmo tirei minha camisa. Levei uma de minhas mãos até sua nuca e a outra percorria seu tronco, enquanto ela passeava com as mãos por meu abdômen; eu precisava me livrar de nossas roupas o mais rápido possível. Então eu abri o zíper de seu vestido e desci suas alcinhas devagar, beijando seu ombro direito e continuando para baixo, enquanto acabava de tirar seu vestido, que logo se misturou ao carpete creme do chão daquele quarto de hotel. Meus lábios percorriam toda a extensão de seu pescoço, mordendo-o, beijando-o e chupando-o, com mais vontade à cada vez que ela arranhava minhas costas e abdômen. Ela desceu as mãos até o cós de minha calça e desabotoou meu cinto, tirando-o e jogando-o para um canto qualquer; ela saiu de meu colo e se ajoelhou no chão, mordeu os lábios me deixando com mais tesão e abriu meu zíper devagar, como se soubesse que me deixava cada vez mais quente. Ela piscou para mim de forma maliciosa.
Well, you're the charming type That little twinkle in your eye Gets me every time
Ela desceu minha calça até meus pés e eu chutei para longe, puxando-a pelos ombros e a levantando até que se ecaixasse em meu colo; assim, caminhei em direção à cama enquanto a beijava ferozmente e ela puxava meu cabelo e brincava com ele. Deitando-me em cima dela, não hesitei em beijar seu colo e abrir seu sutiã, deixando seus lindos seios livres e prontos para meu toque. Abocanhei um de seus seios enquanto massageava o outro, deixando seus mamilos rígidos em minhas mãos. Eu pude ouvi-la arfar enquanto eu a apertava contra mim ansiando por seu corpo enquanto ela puxava minha pele e meus cabelos da nuca. Ela torceu o pescoço e mordeu minha orelha me fazendo arrepiar e fazendo minha ereção ainda mais evidente. Eu tirei sua calcinha com uma mão só, rapidamente, e levei minha mão a sua intimidade e logo penetrei dois dedos, ouvindo ela gemer a cada vez que eu colocava mais no fundo, com vontade de deixá-la mais acesa do que nunca. Continuei masturbando-a e minha boca desceu passeando por seu ventre, até chegar no lugar em que mes dedos estavam, tomando seu posto; distribuí beijinhos por sua coxa e logo fui ao que nos interessava, colocando a língua em sua entradinha, percebendo que ela se contorcia na cama e apertava seus seios muito forte.
- Não para, ! - Ela gemeu, me incentivando cada vez mais, até que eu senti seu líquido em minha boca e o lambi inteiro, beijando sua boca em seguida para que ela sentisse o próprio gosto. Ela retribuiu carinhosamente, ao mesmo tempo com muito desejo, então inverteu nossas posições e arranhou todo o espaço entre meu peito e meu pênis; ela logo apertou meu membro por cima da minha boxer e eu revirei os olhos de tesão, Bloody hell! Como ela havia mudado! E como eu queria tê-la por inteiro! Ela passou as unhas na barra de minha boxer vagarosamente, me olhando e rindo do meu desespero por vê-la tirar logo a única peça restante que cobria meu corpo. Ela abaixou minha boxer até meu joelhos e depois eu facilitei o resto do trabalho. Ela levou sua mão ao meu membro e segurou sua base, masturbando-me, fazendo movimentos para cima e para baixo, com delicadeza e precisão. Eu mordia meus lábios e apertava a cama. Ela lambeu seus lábios e beijou a cabecinha de meu pênis, fazendo-me estremecer de prazer; ela então lambeu toda a extensão, e ficou naquela brincadeira por um tempo, me deixando angustiado. Eu segurei seu cabelo, fazendo um rabo-de-cavalo improvisado e forcei sua cabeça contra meu membro, e ela obedeceu, abocanhando-o e chupando de cima a baixo, aumentando o ritmo conforme o tempo passava. Eu segurei forte em seu cabelo e jogava minha cabeça pra trás com os olhos cerrados.
- ... Não vou aguentar por muito mais tempo - eu disse com dificuldade e ela chupou com mais pressão; eu gozei na boca dela e ela engoliu todo meu esperma, lambendo seus lábios e se deliciando. Minha ereção continuava e eu subi em cima dela, abrançando-a e pedindo eu seu ouvido: - Fica de quatro.
Ela sorriu e me obedeceu, ajoelhando-se e apoiando suas mãos na cama. Ela virou sua cabeça pra trás e me olhou maliciosamente, com aquele olhar chamativo; eu não podia mais esperar e posicionei-me atrás dela, colocando a cabeça de meu pênis em sua entrada apertadinha, ouvindo-a gemer imediatamente. Eu colocava e tirava meu membro, deixando ela louca.
- Vai logo, porra! - Ela reclamou e eu ri alto, mas a atendi, forçando meu pênis para dentro, batendo meu quadril em sua bunda repetidas vezes. Ela empinava sua bunda pra mim e gemia cada vez mais alto e frequentemente. Eu segurava sua cintura e puxava seu corpo contra o meu de forma frenética, até que ela se separou e me jogou sentado na cama e se sentou em cima de mim, ajoelhada na cama. Ela apoiou suas mãos em meus ombros enquanto eu abracei sua cintura, direcionando-a contra meu pênis. Ela rebolava em cima de mim, me arrancando gemidos roucos que se misturavam com os dela. Logo ela já estava quicando em mim, arranhando minhas costas com mais força e firmeza, em um ritmo louco e perfeitamente sincronizado. Eu sentia meus músculos se contraírem e sua pele ardia sob meu toque. Nos olhamos fixamente enquanto fazíamos amor e logo eu abracei sua cintura enquanto seus braços se enrolaram em volta de meu pescoço. Nossos corpos pareciam se fundir em um de tanta paixão, e podíamos sentir nossa respiração ofegante e nosso batimento descompassado. Bastaram mais algumas estocadas até que atingíssemos o orgasmo juntos. Ela caiu em cima de meu corpo, apoiando sua cabeça em meu ombro, e eu me deitei na cama, fazendo-a se apoiar no meu peito. Ainda em estado de êxtase, não pronunciávamos uma palavra e eu só conseguia pensar em quanto aquilo tinha sido incrível.
- Uau - ela disse, sorrindo pra mim.
- Eu sei! - Rimos juntos até que eu a encarei, analisando cada traço de seu rosto angelical.
- Para, tenho vergonha. - Ela escondeu seu rosto em suas mãos.
- Conheço essa cena... De onde mesmo? De um filme? Hm, não... caramba! Da onde é isso?
- Babaca. Eu fiz isso quanto a gente se beijou... - Eu a interrompi:
- Pela primeira vez. - Ela sorriu e eu pude ver aquela menina de antigamente, alí, em meus braços mais uma vez, se entregando pra mim.
And well there must have been a time I was a reason for that smile
Eu estava hipnotizado com ela quando fui acordado por seus dedos estalando em meu rosto.
- ALÔ!!! - ela dizia gargalhando de mim.
- Que foi?
- Onde você tava?
- Nem eu sei. - Eu ri e ela sorriu torto, abraçando meu pescoço.
- E agora? - ela me perguntou.
- Agora o que? - eu indaguei.
- Ué. A gente... assim... - eu a interrompi e beijei sua testa.
- Eu não sei. Só sei que preciso de você, pequena. - Ela suspirou e levantou seu rosto até o meu, me dando um selinho.
- Eu também. Eu acho que... não sei... ah, deixa pra lá.
- Pode falar!
- Será que é possível eu ainda amar você? - ela fez uma pausa e eu não abri minha boca. - Quer dizer, depois de tanto tempo, né?
O sorriso que se estampou eu meu rosto era incontrolável e eu a beijei. Aquela era a mulher que devia ficar do meu lado. Pra sempre.
- Eu não sei. Só sei que eu te amo. Então deve ser possível sim. Quer dizer, eu sei que você me ama né, quem não ama? - Ela deu uns tapas em meu peito e eu gemi fazendo cena, os tapas se tornaram carinhos e ela selou nossos lábios repetidamente.
Ela se virou de costas pra mim e eu a abracei, tapando seus seios com meu antebraço e beijei sua bochecha e sua nuca.
- Boa noite, querido.
- Boa noite, .
No dia seguinte, acordamos, nos trocamos e bla bla blá. Descemos para fechar a conta do hotel e fomos conversando, rindo e trocando carícias durante o café; até que eu trouxe à tona o futuro de nós dois:
- E a gente? Como vai ficar, hein?
- Ai, , eu nem acordei direito! - Ela riu mas logo continuou: - Temos que decidir isso logo. Porque hoje à noite eu já volto pra casa... infelizmente.
- Você podia ficar.
- Ah, claro! Onde vou morar? E onde vou trabalhar? E minhas coisas? Toda minha vida tá na Suíça! - ela disse tudo muito rápido, mostrando que estava nervosa.
- Mora comigo. Eu sei que você canta bem, é fácil arranjar um emprego pra você na área musical, já que tenho a banda e tal. Ah, a gente, sei lá, pede pro seu pai enviar pelo correio... respondi tudo?
- Otário! - Ela riu e me deu um selinho. - É mais complicado do que isso, e você sabe. Eu não sei. Acho que eu devia ir.
So keep in mind As you take what's left of you and I
- Não! Eu não posso deixar você ir, meu bem! Eu já te perdi uma vez. Não me faça perdê-la de novo - eu já me mostrava nervoso. Ela não pode ir embora! Ela é A mulher da minha vida!
- Mas e sua noiva? E toda a sua vida? Já tá tudo arrumado pra você, não quero estragar nada. - Ela acariciou meu rosto. - Você tem tudo o que sempre quis e aposto que está mais feiz do que nunca. Além do mais, quem te garante que eu vou fazê-lo feliz? E se eu não for tudo o que você acha que eu sou? Você sabe, eu mudei muito. E se a gente não der certo?
- Tenho tudo? Tenho nada! Não tenho o que eu mais quero. - Fechei os olhos e deixei uma lágrima escapar. Eu sou uma bixa mesmo. - E eu sei que é você quem vai me fazer feliz. E você também sabe, para de graça!
- Hãn? - ela parecia assustada ao ver minha reação e me olhou ternamente.
- Não tenho você. Eu prefiro perder tudo a perder você. Quer dizer, o pouco que tenho de você. Prefiro ser uma bagunça, uma porra de um perdedor, desempregado, vagabundo e sujo. - Claro que ela riu, e eu não pude deixar de fazer o mesmo.
Tell me I'm a screwed up mess That I never listen, listen Tell me you don't want my kiss That you're needing distance, distance
- Exagerado. Você tem certeza? E sua noiva? E como a gente vai contar pra todo mundo? - Pude ver seus olhos se avermelharem, mas ela escondeu suas lágrimas com um sorriso.
- Ah, eu me resolvo com a . A gente não se gosta mais mesmo. Aposto que ela também me traiu. - Eu ri descaradamente e ela me olhou perplexa. - Ué, é sério!
- Não entendi a parte do "também"
- Ai, burrinha. Eu acabei de traí-la. Com você, né? Mas acho que na verdade é o contrário. Por que meu coração sempre esteve com você. Todo esse tempo.
- Ih, então você já tem vários chifres, amor. Sorry. Aliás, como você ainda passa na porta? - Ela riu muito, mas viu que eu não gostei da brincadeira e logo me abraçou. - Bobo. Eu te amo.
- Eu também. Muito.
- Hm... Te amo só um pouco então.
- Por quê? - Fiz bico e ela sorriu confiante.
- Porque a mulher sempre tem que estar no controle da relação. RAWR - ela tentou imitar um felino, mas não deu muito certo e eu acabei rindo dela.
Tell me anything but don't you say he's what you're missing baby If he's the reason that your leaving me tonight Spare me what you think and Tell me a lie
HA! eu sabia! Ela ainda me amava. Eu tinha erteza. Ela não podia ter me esquecido nem me odiar daquele jeito. Fomos embora do hotel e logo chegamos na casa de meus pais. Entramos abraçados e eles ficaram nos olhando. A mãe dela também tava lá. Os caras da banda estavam lá. Ai, caralho! Não pensei no que ia falar pra eles. SHIT!
- Hm... é... a gente precisa contar uma coisa. Sabe... é... - Ela me interrompeu, rindo: - Cala a boca. Deixa que eu falo.
- É o seguinte: a gente ainda se ama, vocês sabem, desde o tempo em que namorávamos. Então ontem, passando a noite juntos, percemos que esse sentimento não foi embora. Apenas ficou mais forte conforme o tempo passou. E... decidimos ficar juntos.
- A vai morar comigo e eu vou achar um emprego pra ela lá na gravadora. Depois damos um jeito de trazer suas coisa pra cá, tá, querida? - Eu a olhei e ela afirmou com a cabeça.
De repente nossas mães começaram a gritar e pular de mãos dadas. Ai, porra! Meu ouvido! Ela achou lindo e seus olhos brilhavam de felicidade. Ela se juntou às mulheres: - EU SEI! - e todas riram juntas e se abraçaram.
Senti uma mão em meu ombro e quando virei para ver quem era, vi o rosto de meu pai, sorrindo. Faz tempo que não o via assim. O que raios aconteceu aqui?
- Parabéns, filho. Você merece mesmo uma mulher dessas. Tomara que ela dê um jeito de colocar juízo nessa sua cabeça dura. - Eu me virei e o abracei. Não podia estar mais feliz. Até que os caras chegaram em mim.
- AÊ VIADO! - pulou em cima de mim e me abraçou e falou:
- Tomou jeito hein? Vê se endireita agora! - Todos riram.
- Parabéns, mano - me comprimentou. - Vira gente, agora.
- Valeu, cara! Mandou bem! Mas, pera, como você vai contar à ? - me perguntou.
- Vou dar um jeito nisso agora. Dois minutos! - Subi as escadas e liguei pra ela, explicando a situação. Um pouco costrangido. Mas feliz, de fato, feliz.
- Thank God! Pensei que nunca íamos acabar! - ela disse. - Quer dizer, você sabe que não somos os mesmo há tempos, e que nós não queremos no casar, né? Anyway, relaxa , ainda seremos amigos! Gosto da sua companhia.
- Verdade. Que bom que estamos bem. Bom, boa sorte aí, com tudo.
- Obrigada, de coração. Boa sorte pra você, espero que dê tudo certo com essa menina. Ela parece ser feita pra você. Agora tenho que ir. Tchauzinho!
- Tchau.
Livre! Livre! Livre! Agora eu teria o que sempre quis. Desci as escadas correndo, quase caindo, até que encontrei todos na sala, mas só pude ver um rosto, ansioso, mordendo os lábios e estalando os dedos. Fui até ela e a beijei demoradamente, ouvindo assobios e palmas da família enquanto os moleques gritavam "Get a room!" Ela se separou de mim, rindo e me abraçou forte.
Agora sim, tudo certo. Tudo completo. Eu tinha os melhores pais que alguém poderia ter, os melhores amigos, a melhor sogra (afinal, que sogra gosta do genro? Só a minha acho) e, finalmente, a melhor mulher do mundo. E única pra mim. Ela era minha. De novo. Só minha. E pra sempre.
FIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM LALALALA
N/A:Ta, vamo lá. Escrevi essa fic (um pouco) inspirada na música Tell Me A Lie, do One Direction. Espero que vocês curtam a leitura! Eu sugiro que vocês joguem no google Tell Me A Lie e vejam a tradução da música ou pelo menos a ouçam uma vez. Dá um clima mais legal pra ler hahahah. É minha primeira fic, então não me xinguem ok? Brigadinha. ENJOY IT!.