Entre Sonhos e Sonhos
Autora: Dessa
Beta-Reader: Amy Moore

Capítulo 1



06:01 p.m

Último semestre de aula do ano! Mal posso ver a hora de acabar... Parece que já faz tanto tempo que mudei pra cá, parece que, realmente, comecei uma nova vida aqui e tenho que agradecer tudo isso, não só ao meu pai, que é o melhor que alguém pode ter, mas também agradecer aos meus amigos.
- Até amanhã, Deanna!
- Até amanhã, Sue.
Chegando em casa, jantei e fui direto para o meu quarto, pois quero continuar a pesquisa que estava fazendo a um mês, porque a real razão do meu pai ter mudado de cidade foi por eu ter começado a ter uns sonhos estranhos desde que minha mãe morreu.
Ele acha que eu preciso ir a um psicólogo ou algo assim, pois, segundo ele, eu estou ficando estranha desde o acidente, que vem me causando esses pesadelos. É sempre o mesmo: um homem de blusa vermelha suja, parece ser graxa, e ele fica segurando um cabo e de vez em quando eu estou em frente a uma escola que parece ser antiga... Espero descobrir algo!
- Boa noite, querida...
- Boa noite, pai. Até amanhã!
-Até
Vejamos, já são 08:30 p.m e eu já comecei a perder a paciência e achar que quem precisa de um psicólogo não sou eu, e sim esses loucos que ficam escrevendo em sites e blogs tontos de sonhos, nem da pra acreditar. Mas vamos parar de brincar e procurar a tal ponte!

03:25 a.m

Ai ai parece que dormi e esqueci de guardar as minhas coisas, mas... Cadê elas? Saco! Banquei a criança e meu pai, possivelmente, veio aqui, guardou meu notebook que ganhei de aniversário - e que ele deve estar pagando até hoje, tadinho!- e além disso, me cobriu!

08:30 a.m

- Bom dia, pai – falei, descendo as escadas. - Tudo bem com você?
- Bom dia, querida! Tudo e parece que você teve uma noite tranquila!
- Sei lá, só que minha noite não foi tranquila assim...
- Por quê? Outro pesadelo?
- Não, dessa vez eu sonhei com você e...
- E...?
- Com a mamãe, nós estávamos na nossa antiga casa, vocês dois estavam de mãos dadas e eu ficava só observando.
- Ahh!
Ele me deu uma olhada de partir qualquer coração, seus olhos estavam brilhantes, cheios de lágrimas, mas de dor e felicidade misturados. De qualquer jeito, eu ainda preciso descobrir sobre a tal ponte ou pelo menos algo que me ajude a descobrir quem é aquele cara! Pelo jeito não vai ser fácil, mas não vou desistir!

03:20 p.m

Acho que vou tirar um cochilo, a professora não ia se importar. Nossa, ta escuro aqui, será que estou na mesma ponte de antes? De quem será aquele carro? Me parece familiar... Que barulho é esse?
- Oi? Quem está ai? - Tem algo errado, isso eu sei e quem é aquele ali?
- Senhor? Ai Deus... Aaaaaaaaahhhhhhhhh! Ai meu Deus do céu...
- Está com algum problema, Sra. Ackles?
- Não, senhora.
- Se a Sra. cochilar de novo, vou ser obrigada a te mandar para a detenção, entendeu?
- Sim, senhora.

Capítulo 2



07:01 p.m

Meu pai não chegou do trabalho ainda, então, vou ver se consigo descobrir quem era aquele cara, mas ele não me parecia tão estranho assim, acho que já o vi em algum lugar, só falta saber onde!

07:45 p.m

Além de não ter nada na TV, a casa ta muito vazia e acho que como hoje é sexta, não tem ninguém em casa, nem o Damon. Ou será que ele está? Tomara que ele atenda ao telefone! Tuh... Tuh
- Alô?
- Damon?
- Sim, quem quer saber?
- É a Deanna, tudo bem?
- Ah, que surpresa, Dee!
- Eu não estou atrapalhando ou estou?
- Você? Magina, algum problema por ai?
- Não, eu queria saber se você tem compromisso hoje.
- Eu? Nenhum, por que, você tem algo em mente?
- Eu queria saber se você pode vir aqui em casa, se você ainda lembrar aonde fica!
- Sua casa é um lugar que eu não esqueço tão cedo, nem se eu quisesse.
- Haha ta.
- Daqui a pouco eu to ai, beleza?
- Ta, até.
-Até.

08:10 p.m

- Dee?
- Pai?
- Sim, tudo bem por aqui?
- Tudo, é... O Damon está vindo aqui não tem problema, não é?
- Damon, o garoto dos Winchesters?
- É.
- Não, problema algum. - Ufa!

Capítulo 3



08:13 p.m

Uhm, ouvi um motor desligando, deve ser o Damon. Definitivamente, é ele!

- Eu atendo! Oi, você veio tão rápido...
- Viria mais cedo se minha mãe não ficasse me atrasando.
- Magina, entre.
- Licença – ele fez um aceno com a cabeça. - Boa noite, Sr. Ackles.
- Boa noite, Damon.
- Você quer beber alguma coisa? Uma água ou um suco? – perguntei - Ou sei lá...
- Não, obrigada.
- Então, vamos subir?

Ele deu uma olhada na direção do meu pai que, por sinal, estava nos olhando, mas ele estava com cara de quem iria sair, então, lhe dei boa noite e mostrei a Damon o caminho que ele já conhecia.
- Sente-se – pedi - a história é longa.
Ele parecia meio acanhado, um pouquinho vermelho, então, o expliquei uma das razões para tê-lo chamado aqui e ele me fez a pergunta que eu não tinha pensado em responder:
- Uma das razões para ter me chamado aqui?
- É, eu não queira só resolver a questão do meu sonho, mas eu queria outra coisa também...
- Que coisa? - ele parecia curioso.
- É... Só que eu não sei se vou ter.
- E o que seria essa outra coisa, se é que está ao meu alcance?
- Se você quiser, eu te mostro...
Ele se aproximou de mim e eu, por um momento, esqueci de respirar e, então, eu consegui o que queria. Ele me beijava tão suavemente, mas era com vontade e desejo, então, eu deixei me levar e esqueci do sonho que tive e comecei a ter outro, só que desta vez não era apenas um sonho.

10:07 p.m

Eu, certamente, não sabia o que era melhor: ficar com o garoto dos meus sonhos ou estar deitada em seus braços após um sonho. Mas como nem tudo é perfeito, eu ouvi meu pai chegando em casa, então, como eu não sabia onde estava minha camiseta e Damon estava dormindo, peguei meu roupão e desci as escadas.
Quando cheguei na sala, fui pegar algo para beber, então, vi meu pai assistindo TV. Fui perguntar para ele se estava tudo bem.
- Pai, como foi seu encontro? Pai? Pai?
Fui checar se ele estava bem, pois ele não me respondeu e nem se mexia. Quando cheguei perto e toquei seu ombro sua cabeça caiu para trás e foi quando vi que ele estava sangrando. Ele estava com uns arranhões e seu pescoço estava cortado.
- Aaaaaaaaahh! - Deus do céu, o que foi aquilo?

06:20 a.m

- Dee, você esta bem? - ouvi Damon perguntar. Ele parecia preocupado - Você está bem?
- Vou ficar, ai meu Deus...
- Foi só um sonho, eu estou aqui! Foi só um sonho. - Ele realmente queria que eu me sentisse segura.
Após cerca de cinco segundos, ouvi o que não precisava:
- Deanna, o que acont... O que você está fazendo aqui, garoto?
- Eu... Ah eu já...
- Pai, por favor! - Damon já estava se levantando quando segurei seu braço. - Não vá, por favor, fique!
Ele me deu uma olhada e em seguida olhou para o meu pai.
- Deanna, o que ele está fazendo aqui?
Eu ainda suava frio, então, Damon se sentou na beirada da cama e eu ainda segurava seu pulso, mas ainda tinha que explicar para o meu pai o que aconteceu na noite anterior.
- Pai, por favor - dizia entre soluços. - Ele não fez nada de mais, pai!
- Não? Foi pra isso que você o chamou? Só para ter uma noitada?
- Senhor, se me permite dizer uma coisa...
- O que você quer garoto?
- A Dee não me chamou aqui pra isso, mas...
- Damon, você não tem que se explicar.
- Dee? Que apelido é esse?
- Todos os meus amigos me chamam assim.
- Aliás, por que você está chorando?
- Essa parte eu não vou te contar, e, por favor, nos de uma licencinha?
- Tá.
Vi meu pai fechando a porta e logo me virei para me desculpar com Damon, pelo inconveniente.
- Eu acho que devo ir emboram, antes que seu pai não me deixe mais entrar!
- Espero que você não fique bravo, nem magoado comigo.
- Magina.
Ele me deu um beijo de quem entendia, mas parecia que ele realmente não queria ir.
- Te vejo na escola, ok?
- Ok.
- Tchau!
- Tchau!

Capítulo 4



12:45 p.m

- Dee, Dee!
Parece que alguém tem novidades e pelo visto não são poucas!
- Finalmente, achei que você não viria - disse Kayla.
- Mas eu vim e parece que você tem notícias frescas!
- Exatamente, você me conhece e já que comentou, eu achei o que você queria...
- O que eu queria mesmo?
- A ponte, flor! Do jeitinho que você desenhou e aqui está!
- Nossa, obrigada mesmo!
- E... Parece que você tem outros planos, não é?
- Que?
Naquele momento, vi aquela Hyundai preta parando do lado do carro de Troy, um grande amigo meu que estava falando com Sue.
- Te vejo depois!
- Tá.
Ele veio andando em nossa direção.
- Oi, Kay.
- Oi, Damon.
- Olá.
- Oi - disse ele, me dando um beijo.
- Tudo bem com você?
- Tudo e você? Seus pais?
- Eu estou melhor agora, já meus pais...
- Algo errado? Porque eu não quero ser a razão da briga de vocês...
- Não, o problema é a euforia da minha mãe, depois que eu cheguei em casa, ela basicamente tinha uma idéia do que aconteceu, mas depois que eu contei...
- Ah, eu gostei do carro.
- Hum... Presente.
- Presente? De quê?
- Aniversário. É amanhã, mas meu pai não aguentou, então... - disse ele, mostrando o presente. – Está ai!
- Uau!
Eu realmente não acredito que esqueci que dia era hoje! E eu nem sei o que dar para ele! Droga!

03:55 p.m

Ta. Meu dia tem sido normal, o que eu não consegui foi ler a notícia que a Kay trouxe. Talvez eu leia no refeitório, mas falando nela...
- Oi Dee.
- Oi Kay, alguma novidade?
- Não e você?
- Ainda não – disse, olhando em volta.
- Se você esta procurando o Damon, ele está atrás de você.
Senti uma mão cutucando minha cintura.
- Dee, atrapalho? Oi, Kay.
- Oi - respondeu ela, sem graça.
- Você quer almoçar com a gente? - tinha que perguntar para conversarmos sobre o meu sonho.
- Claro, vocês estão com sede? Eu vou buscar algo, se quiserem.
- Eu não quero nada, obrigada.
- Eu também não, obrigada.
- Já volto!
- Ok - dissemos juntas - mas voltando ao assunto – disse à Kay - eu dei uma olhada naquela matéria da ponte e quem é esse cara aqui? – perguntei, apontando para um homem na foto perto de um carro.
- Ah, é um tal de Jonhathan Flack ou algo assim.
- E o que ele faz aqui?
- Dee, se você não percebeu, essa foto é do seu acidente!
A partir daí eu não ouvi mais nada, só o grito da Kayla chamando Damon.
- Eu acho que tem algo errado com ela.
- O que aconteceu? Dee... Dee? - Senti uma mão em meu rosto – Acorda, Dee...
- Eu não sei, eu só disse a ela que essa foto era do jornal do dia acidente que ela sofreu e, de repente, ela ficou branca e...
Abri meus olhos de leve, ou o máximo que pude, e vi que estava me movendo. Percebi que estava sendo carregada.
- Damon? - tentei dizer, mas ele me fez ficar quieta. Também com o que ele disse:
- Eu estou aqui, não se preocupe, vou te levar para casa.
- Não me deixe sozinha, foi ele...
Foi a última coisa que consegui dizer, pois já voltei para onde eu não queria: meu sonho! Pronto, era só o que me faltava, voltei para a ponte e aquele carro ainda esta aqui! Vou dar uma olhada nele. Ai meu Deus, não pode ser! Kay tinha razão, é mesmo o carro do meu acidente, eu me lembro. Esse era o carro do meu pai na época, mas que será aquele cara ali?
- Olá? Sr Johnathan?
- Quem quer saber e o que você quer? - perguntou ele de costas para mim.
- Eu quero saber quem é você.
- Você não se lembra, Denise?- disse ele se virando para mim.
- Damon!

Capítulo 5



08:30 a.m

Estou sozinha ou é impressão minha? Bom, vou ver se estou, pois não gostei desse silêncio. Será que tem alguém aqui?
- Pai? Você está ai?
- Deanna? Querida, o que está fazendo aqui? Volte para cama!
- Não, cadê a Kay e o Damon?
- Você está suando frio, querida, o que aconteceu?
- Foi só um sonho, pai, eu estou bem.
- Você estava chamando seu “amiguinho”? - ele fez a última palavra parecer um insulto - para que seria, mocinha?
- Essa parte não é da sua conta!
Tomei meu café, fui checar se tinha chego alguma coisa para mim no correio e voltei.
Subi correndo as escadas para o meu quarto, para me trocar, é lógico, peguei minhas chaves e sai. E fui procurar as únicas pessoas que podiam me ajudar: minha melhor amiga e Damon! Parei no posto para abastecer e continuei no caminho que estava convencida a fazer.

09:33 a.m

Estacionei perto da saída da garagem da Kay, ainda tremendo. Desliguei o carro e sai. Fui até a porta, quando fui tocar a campainha, a porta se abriu e pela cara, Kay não estava surpresa em me ver!
- Finalmente, pensei que não fosse vir!
- Como sabe que viria?
- Eu te conheço faz onze anos, devo saber que você vai vir!
- Então tá. Vamos? Ainda vou chamar o Damon.
- Tá, vamos.

Capítulo 6



10:15 a.m

Parei em frente à casa dele, mas estava tudo muito quieto para o meu gosto! Pelo jeito, ele não está em casa, pois só o carro da mãe está estacionado.
- Será que devo descer?
- Vai, é melhor do que ficar aqui patrulhando, né?
Desci do carro e fui em direção à porta, toquei de leve a campainha. Não demorou para vir alguém para atender.
- Damon?
- Oh, oi, Dee, como vai?
- Oi, tudo bem por ai?
- Tudo, quer entrar?
- Não sei, a Kay está no carro e você não parece bem! O que aconteceu?
- Entrem - disse ele, acenando para Kay - eu explico.
Dei uma olhada para o carro e Kay já estava, praticamente, do meu lado, pois já ia começar a chover. Ao entrarmos, percebemos que a casa estava meio que estranha.
- Subam.
Damon não parecia nada bem, então, ao entrar em seu quarto, vi que havia uns dois potinhos de remédio. Então perguntei:
- O que aconteceu, por que tantos remédios?
Ele fechou a porta e isso era um sinal de que a conversa iria ser séria.
- Falem baixo, por favor!
- O que é tão ruim para você querer esconder da sua mãe?
- Espera Kay, eu...
O telefone da Kay começou a tocar e pelo toque tosco, indicava que era sua mãe. Damon me lançou um olhar de felicidade, o que, pelo jeito, significa que ele quer que fiquemos a sós.
- Tenho que ir, gente, depois você me conta, ok?
Kay desceu as escadas e logo se viu o carro da Sra. Bolton parar perto da garagem e, em poucos segundos, ir embora.
- Então, podemos conversar? - Damon parecia impaciente.
- Claro!
- Sente-se. Voltando ao assunto, você queria saber sobre os remédios, certo?
- Aham.
- Eles não são meus, são da minha mãe. Eu estou apenas escondendo.
- Ah, agora simplificou tudo! Mas, se me permite perguntar, por que ela está tomando isso?
- Por que ela está tendo insônia e está ficando meio que viciada neles.
- Ah, que horror!
- Nem me diga, mas você teve um motivo para vir aqui, não teve?
- E se o motivo fosse vontade? Eu só posso te ver se tiver um motivo maior?
- Não! - ele deu um leve grito - é claro que vontade é um bom motivo, mas não foi por isso que veio, não é?
- Não foi só isso. Eu tive outro motivo.
- E qual é?
- Tive outro sonho.
- Ah, então me conta.
Contei a ele tudo o que aconteceu, ele ficou meio envergonhado quando disse que tinha o chamado na hora que acordei.
- E você veio aqui só para me contar isso?
- Nossa!- disse levantando - venho aqui para saber sua opinião e talvez, quem sabe, ter seu apoio pelo pesadelo que acabei de ter, e é assim que você me apóia, né?
- Dee, eu...
- Esquece!
Abri a porta do quarto e, quando fui descer o primeiro degrau, senti uma mão me segurar, ou melhor, me puxar, e, em seguida, senti um frio na barriga, pois ele me beijou tão desesperado que nem eu acreditei! Quando parou, ele disse:
- Desculpe, não tive a intenção de te magoar!
- Aham - disse meio fora de sistema.
- Foi mal.
Ele me puxou em um abraço apertado, querendo me confortar, mas acho que não era só a mim.
- O que você acha que aquele cara queria com você?
- Não sei, ainda vou descobrir.
Minha barriga roncou. Nem lembrei que já era quase hora do almoço. Ele soltou uma leve risadinha e perguntou:
- Para me redimir, posso fazer o almoço?
- Você? Na cozinha?
- Sério, eu cozinho para minha mãe na maioria das vezes!
- Essa eu quero ver!

Capítulo 7



11:45 a.m

Damon aprecia ter uma habilidade na cozinha que nem eu imaginei em oito anos de amizade e ele ficava tão perfeito com aquela camiseta preta, de topete estilo Paul Wesley* e, pelo jeito, ele tinha acabado de levantar quando chegamos, pois ele nem se incomodou com a Kay vendo-o de samba-canção da Calvin Klein.
Ele olhou para trás e quebrou o silêncio.
- Como você sabe que o nome do cara era Johnathan?
- A Kay me falou, ta na notícia do dia do acidente, olha - mostrei o papel que esqueci no bolso da calça.
- Ah! - Ele se virou, segurando a frigideira. Acho que ele estava fazendo omelete, meu Deus, para de ser tão bonito!
Ele terminou de fazer a comida e me serviu, então, perguntei de sua mãe.
- Ela está dormindo, vai melhorar - ele respondeu.
- Ta.
Terminei de comer e o ajudei a lavar e guardar a louça. Ele se sentou do meu lado, pegou a minha mão, pois ele percebeu que eu estava preocupada não só com a mãe dele, mas, sei lá, com ele também.
- Vai dar tudo certo! Eu prometo.
- Eu acredito em você.
Ele me puxou para o seu colo e começou a me beijar, só que nessa hora, sua mãe desceu as escadas e nos viu.
- O que é isso na minha cozinha, Damon Winchester?
- Mãe?
Nessa hora pulei de seu colo, senti meu rosto ficar vermelho.
- Mãe, essa é a Deanna.
- Não me interessa! Minha cozinha não é lugar para fazer essas coisas!
- Desculpa Sra. Winchester - disse.
- Desculpa nada!
- Abaixe o tom com ela!
- Olha a boca, moleque!
- Moleque? Eu que faço sua comida, companhia, te dou remédios, te trago pra casa quando você bebe demais e eu sou o moleque?
- Desculpa, Damon! Eu acho que é hora de eu ir embora.
- Não, vem cá...
Ele passou pela mãe e me levou para o seu quarto, colocou uma calça jeans escura justa, meias e o tênis. Ele agora ficou lindo: camiseta de manga comprida arregaçada preta, o jeans preto e um Nike Sport/chic.
Perfeito.
Pegou a carteira e uma jaqueta. Como ele reparou que a minha blusa era fina, pegou uma para mim e me levou junto escadas a baixo.
- Aonde pensa que vai, mocinho?
- Por quê? Vai fazer o que se eu for aonde eu quiser?
- Damon, por favor, não brigue com a sua mãe por minha causa!
- Cala a boca, garota.
- Chega!
Damon pegou as chaves do meu carro e me levou porta a fora.
- Posso te encontrar na sua casa?
- Claro, só... - Segurei seu braço. - Só não...
- Só não?
- Só não faça besteira, ok?
-Ok.
Ele me deu um beijo e seguiu para o seu carro.
- Hei.
- O quê?
- Minhas chaves!
Ele as lançou e junto lançou um sorriso de matar qualquer um, e seguiu para o carro.

Capítulo 8



01:30 p.m

- A mãe dele já está assim faz tempo! - disse meu pai.
- Quê? Como assim, pai?
- Nada, esquece.
- Esquece não, me explica, por favor, pai!
- Deixa pra lá!
- Mas que droga!
Levantei com raiva e fui esperar por Damon no meu quarto, mas não precisei, quando cheguei no quarto degrau, ouvi o motor de um carro que parecia familiar, esperei pela campainha e: pééé.
- Damon, oi, ond... - parei no meio da frase, pois Damon estava com o rosto cortado. - Deus do céu, o que aconteceu com você?
- Foi ele! - Ele estava realmente assustado. - Foi ele!
- Ele quem?
- Johnathan! Eu estava dirigindo entra a quatorze e a vinte e um e, de repente...
- Calma, entra ai, está frio! - O levei até o sofá e continuei. - Se acalme, ta! Como aconteceu?
- Eu estava passando entre a quatorze e a vinte e um, quando vi uma coisa no chão. Parei no acostamento, quando desci não tinha mais nada lá...
- Agora calma. Pai, pegue um copo d’água, por favor?
- To indo - ele já estava voltando. - Aqui está, garoto.
Damon deu um gole como se não bebesse a dias.
- Agora, termine devagar, ok?
Ele segurava minha mão com força, medo e satisfação de estar seguro.
- Quando desci e vi que não tinha ninguém lá, me virei para entrar no carro, ai senti algo me segurando. Quando eu me virei, ele me cortou – disse, apontando para a cicatriz que ainda sangrava um pouco. – Então, eu o chutei e ele me bateu de volta, mas me acertou na cabeça e não no rosto. Segundos depois, ele desapareceu como se não estivesse ali, então, entrei no carro e vim direto pra cá.
- Mas por que você brigou com a sua mãe?
- Pai!
- Desculpa, é só curiosidade!
- Não, ta ok. Foi porque ela tem perdido a noção da educação e do respeito.
- Ta, chega de perguntas, né? Vem cá...
O tirei da mira do perguntomêtro do meu pai e o levei pro meu quarto. Fechei a porta na esperança de não deixar meu pai ouvir a conversa. Mas depois de passar o trinco na porta, senti um leve arrepio e quando olhei para trás, vi quem não queria.
- Johnathan! O que você quer?
- Você sabe.
- Não, eu não sei!
- É mesmo, Denise?
- O quê?
- Venha cá, Dee...
- Damon, cadê você?
- Seu amiguinho não está!
- Acorde, acorde! - disse a mim mesma.
- Isso não é um sonho.
- Damon!
- Abre a porta!
Me virei para abrir a porta, quando destranquei a sensação de calafrio tinha passado.
- Que droga foi essa?!
- Não fui eu, foi ele!
- Como?
- Não sei, só sei que eu não quero ficar sozinha de novo!
- Vem cá - ele disse, me puxando para um abraço.
- Aham - meu pai pigarreou atrás de nós. - Posso interromper o momento dos dois para querer saber que gritaria foi essa?
- Você sabe quem ele é e nunca me contou, mesmo sabendo que eu tinha pesadelos! Por que você mentiu?
- Eu não menti, eu só...
- Só o quê? Você queria me proteger, não é?
- É claro, não deveria deixar você saber do que se passou...
- Passou? - Damon parecia curioso e, ao mesmo tempo, bravo. - Como assim?
- O que esse assunto lhe interessa, garoto?
- Não fala assim com ele...
- Por quê? - meu pai ficou curioso de repente. - Você via defendê-lo?
- Eu o amo, pai!

Capítulo 9



Nesse momento, Damon me lançou um olhar de surpresa e, então, ele olhou para o meu pai que, ao mesmo tempo lançava um olhar meio que surpreso, ao mesmo tempo curioso.
- Como assim o ama? Você é muito nova para saber o que é amar!
- Acho que a hora de crescer e descobrir chegou!
- Dee... - Damon ainda estava surpreso - você o quê?
- Podemos conversar lá fora sobre isso?
- Agora vai fugir do assunto, mocinha?
- Não, vou conversar sobre ele com outra pessoa.
Saímos da minha casa e paramos perto do meu carro com o puxão que levei.
- Para! O que foi aquilo?
- Desculpa, não queria te deixar assim, foi mal.
- Não foi não! - Ele me puxou em seus braços, me envolvendo num aperto forte, com uma mão em minha cintura e a outra em minha nuca.
Deve ter se passado quase trinta segundos desde que ele cerrou sua boca na minha e, se não fosse pelo inconveniente, Damon não teria parado.
- Deanna!
- Droga! - sibilei. Meu pai sempre nos interrompe.
- Vocês vão longe?
- Por que você quer saber?
- Porque sou seu pai e você me deve respeito!
- Você também me deve e não só a mim, mas pelo Damon também! Aliás, quem é você para me dar lição de moral, hein?
- Não brigue com seu pai por minha causa, Dee...
- Eu não vou, tchau! - gritei em um tom mais alto. - Vamos para sua casa ou outro lugar?
- Na minha, pois quero te levar a um lugar antes.
- Então ta.

Depois de sairmos de casa, não se passou muito tempo para Damon interromper o silêncio.
- Você realmente disse aquilo para o seu pai?
- Qual parte você se refere? - perguntei mesmo sabendo a resposta. - Eu falei muita coisa.
- Que você me ama?!
- Hum... - Fazer mistério era legal com ele. - E agora?
- É sério, você realmente enfrentou seu pai e disse a ele que me ama? - Nessa hora, ele parou o carro no meio fio e me encarou - É sério?
Fiquei sem fala, realmente não esperava ter que responder tão cedo. E agora, respondia a verdade ou omitia mais uma vez?
- Sim - saiu.
- Nossa, mas... Aquele dia em que fiquei em sua casa, seu pai ficou surpreso em me ver, então, ele não sabia de mim, não é?
- É, eu não tive coragem, pisei na bola.
- Magina, mas...
Essa hora ele percebeu que eu estava vidrada no retrovisor.
- Dee, o que foi?
- Liga o carro.
- Quê?
- Liga a porcaria do carro!
- Tá.
Ele ligou o carro, mas não importava, pois parecia que ele estava fazendo tudo em câmera lenta, pois a pessoa no espelho se mexia com mais rapidez. Sua roupa vermelha se movia para longe, enquanto saiamos em uma velocidade até que baixa para duas pessoas que estavam com medo.
- Por que do escândalo, se me permite saber?
- Johnathan, é claro!
- Quê? Por que você não me contou? Eu podia ter feito alguma coisa!
- Não quero você perto dele, se isso serve de consolo.
- Você acha que eu não posso ganhar dele?
- Não é esse o ponto.
- Mas me responde, você acha que ele pode ganhar de mim?
- Não sei e não quero esperar para descobrir!
- Ai Deus.
- Que foi?
- Quando vou ter a chance de te provar o quanto eu te amo?
- Você não precisa quebrar o nariz de alguém para me provar alguma coisa.
- Não vou quebrar nenhum nariz... Por enquanto.
- Homens!
- É sério, você acabou de salvar meu pescoço duas vezes.
- E?
Ele parou o carro e percebi que tínhamos ido fora da cidade. Pelo jeito ele não ia descer do carro. E não desceu, ele passou a mão pela minha nuca e me puxou para perto, o suficiente para me beijar.
Acho que parei de respirar por, mais ou menos, quarenta segundos e quando ele finalmente parou, dei uma piscada e percebi que não estávamos mais na cidade, então, fiz a pergunta que responderia todas as outras:
- Onde estamos? – perguntei, olhando ao redor da pista.
- Surpresa.
- Não gosto de ser surpreendida.
- Não é uma surpresa ruim.
- Ai Deus! Ta bom.
- Tire uma soneca, ok?
- Ok.

Capítulo 10



06:10 p.m

- Dee, acorda.
Devo ter mesmo pego no sono. Estávamos parados em frente à uma casa marrom de dois andares com uma varanda. Damon me tirou do carro, me apoiando em seu ombro.
Ele bateu na porta e, então, as luzes de fora se acenderam, me cegando, pois eu ainda estava meio grogue por causa do sono. A porta se abriu e uma moça apareceu, Damon perguntou se podíamos ficar. Ela, no lado de dentro, disse que sim e nos pediu para entrar.
Damon me colocou no sofá e sentou-se ao meu lado, me apresentando às pessoas da casa, agora que podia enxergar.
- Dee, essa é minha tia Carol Reed e esse tonto, no outro sofá, é meu primo Sam.
- Oi, prazer em conhecê-la. - A tia de Damon parecia bem hospitaleira. - Vocês querem comer alguma coisa?
- Não, obrigada. Eu n...
- Lógico! Já faz quase cinco horas sem comer.
- Damon!
- Relaxa, é sempre assim.

09:10 p.m

Depois do maravilhoso jantar, fui ajudar a tia de Damon a lavar a louça, mas ela não deixou. Poucos minutos depois de terminar na cozinha, Damon e Sam vieram se sentar na sala para assistir TV e Carol, como ela pediu para ser chamada, subiu as escadas, disse boa noite e foi dormir.
Logo após do jornal local, Sam também foi dormir e Damon estava cochilando ao meu lado, basicamente, no meu colo, então, levantei devagar e fui dar uma volta pela casa. Parei na cozinha, vendo uma foto de escola, pelo visto da formatura de Carol, mas me virei quando ouvi passos.
- Ai! - Pulei com o susto.
- Desculpa - era Carol.
- Não foi nada, sou eu que não devia estar bisbilhotando.
- Magina, quanta gente feia, né? – disse, seguida de uma risadinha.
- Até que não - ri, mas perguntei curiosa após ver algo que me chamou a atenção. - Quem é esse?
- Esse é o Johnathan... Flack, eu acho, por quê?
- Não pode ser! E esses... Esses são...
- Seus pais, por que a surpresa?
Corri para a sala, mas fiquei com medo de ter que acordá-lo, mas o fiz.
- Damon!
- O quê? - Ele parecia espantado.
- Vem aqui.
- Aqui aonde? Que horas são?
- São 09:40, aqui na cozinha.
Ele me seguiu cambaleando ainda com sono, o levei até o porta-retrato na parede e apontei para o cara atrás de duas meninas.
- Eu deveria saber quem é?
- Sim, é o Johnathan!
- O quê? Tia, você o conhece? - ela demorou para responder e ele ficou nervoso - responde.
- Conheço, boa parte da cidade conhece!
- Damon, calma. Vamos dormir, ta? Amanhã resolvemos isso. Desculpe, Sra. Reed.
- Não foi nada.
- Vamos.
Damon me direcionou para o lugar que deveria ser seu quarto quando ele vinha para cá. Quarto grande, com um guarda-roupa grande, uma escrivaninha e um notebook parecido com o meu e uma cama de casal com uma colcha limpinha, como se tivesse acabada de ser colocada.
- Uau! - foi o que consegui dizer.
- Que foi? Muita bagunça?
- Não, muito grande!
- E bagunçado? Eu dou um jeito, pera ai...
Ele começou a arrumar o quarto em uma velocidade que me surpreendeu. Depois de cinco minutos, ele já tinha dado um jeito no que ele chamava de bagunça. Me sentei na ponta da cama, enquanto ele jogava mais um travesseiro na cabeceira da cama, então, perguntei curiosa.
- Onde vou dormir mesmo?
- Aqui, por quê? Você não quer?
- Não, não é isso. Eu pensei que fosse dormir em outro lugar...
- Onde, no sofá? - dei de ombros – Você, realmente, achou que eu iria deixar você deitar longe de mim?
- Não sei, você vai ficar aqui?
- Por quê? Você quer que eu durma em outro lugar?
Enquanto ele falava, eu levantei da cama e fui em direção a ele, passei meus braços em volta de seu pescoço e o puxei para perto de mim. Ele passou os braços ao redor da minha cintura e diminuiu o espaço entre nós, me levou em direção da cama, então, eu respondi:
- Acho que aqui cabe mais um!
Ele começou a beijar meu pescoço, enquanto tirávamos nossas blusas. Depois, fiquei deitada entre seus braços, mas quando olhei para cima para poder ver seu rosto, ele estava cochilando, então, aproveitei e fiz o mesmo.

Capítulo 11



08:15 a.m

- Dee, acorda.
- Quê? Que horas são?
- São 08:15, vamos?
- Ah, to indo. - Ele me deixou sozinha para me trocar, mas terminei rapidamente quando ouvi um ruído na porta.
- Damon? - Fui abrir a porta, mas quando girei o trinco e puxei, tive uma surpresa: vi Sam tentando enxergar pelo buraco da fechadura.
- Que é isso? – gritei, a fim de espantá-lo.
- Opa!
- Algum problema, Dee? O que você está fazendo aqui?
- Ele estava tentando me ver pelo buraco da fechadura.
Nessa hora vi os olhos de Damon ficarem vermelhos de raiva, ele puxou Sam pela gola da blusa e o prensou contra a parede.
- Será que você não tem jeito?
- Damon, solta ele. - Ele olhou para mim e o soltou, mas quando eu pensei que ele fosse vir comigo, ele se virou e deu um soco em Sam.
- Damon! - A tia dele estava subindo as escadas, quando gritei.
- O que está acontecendo aqui? Por que você esta sangrando, meu filho?
- Damon, calma! Vamos... - O empurrei em direção à cozinha, escada abaixo, e fiquei chocada quando vi que havia um café da manhã perfeito na mesa, então, perguntei:
- Para que tudo isso?
- Para você!
- Ah! - Sério? - Obrigada, mas...
- Mas?
- E o... Esquece, não quero arruinar esse café da manhã perfeito.
- Então, para ficar mais perfeito, vem cá - ele me puxou para perto dele, que estava encostado no balcão perto da pia. O beijo demorou mais de meio minuto, mas foi o suficiente para relembrá-lo do motivo de ter feito isso.
- Quero te perguntar uma coisa.
- Pergunte.
- Você que ir ao baile comigo amanhã?
Meu Deus, esqueci completamente do baile de amanhã.
- É claro que sim, mas minha roupa está em casa! Não se importa de irmos buscar?
- Sem problemas
- Ta.

12:15 p.m

- Chegamos.
- Ta, você pode esperar cinco minutinhos?
- Ok.
Entrei em casa e meu pai fingiu não ter me visto, então, corri para o meu quarto, peguei meu vestido e uma caixinha com um laço roxo e desci. Murmurei um tchau para o meu pai e sai. Fiquei feliz em ver que ele esperou.
- Voltei.
- E seu pai?
- Ele fingiu que não me viu, mas isso não importa e sim o que eu trouxe.
- Hã?
- Feliz aniversário atrasado - entreguei-lhe a caixinha.
- Estou surpreso, você gastou dinheiro comigo, não devia ser o contrário?
- Magina, é só uma lembrançinha comparado ao que você faz e fez por mim. Não precisa abrir agora.
- Estou indo pra casa se você não se importar, preciso voltar.
- Ta, só abra quando chegar lá, ok?
- Ok. Valeu!
- De nada.
Desci do carro, e ele me chamou.
- Eu te ligo mais tarde, ok?
- Ok.
Me virei e novamente ele me chamou.
- Eu te amo.
- Eu também.
Ele ligou o carro e se foi.

Capítulo 1 [Parte 2]



12:30 p.m

Bom, agora que deixei a Dee em casa, vou ter que ir para a minha! Telefone tocando. É a Dee, o que será que aconteceu?
- Dee?
- Oi, não estou atrapalhando, estou?
- Não, já disse que você não me atrapalha.
- Tá, você lembra daquela foto que vimos na casa da sua tia?
- Aham, aquela da formatura, né?
- É, eu achei uma aqui em casa.
- Sério? Mas quem está nela, seu pai ou sua mãe?
- Essa é a questão.
- Por quê?
- Sabe o Johnathan?
- Aham, o que tem ele?
- Ele foi o namorado da minha mãe até um pouco antes do baile de formatura!
- Uau! Então, o que você acha disso?
- Eu acho que aquele filho da mãe tem algo a ver com nosso acidente.
- Por quê?
- Eu achei a foto junto com o anuário da escola na estante do meu quarto.
- Nossa, espera ai. - Parei com o carro na entrada da garagem. - Pode continuar.
- Você tem certeza que não estou atrapalhando?
- Eu só estava parando o carro na garagem, pode falar.
- Então, ta. Comecei a procurar as pessoas da foto no anuário e eu vi na internet sobre elas...
- Que namorada detive que arranjei! - em resposta ela riu sem graça. - Foi mal, pode falar.
- Não da nada! Só que a maioria das pessoas morreram na mesma época em que eu tive o acidente.
- E por que será que ele não veio atrás da minha tia? - Nessa hora eu peguei as chaves e desci do carro, entrando em casa. - E nem da minha mãe?
- Acho que tem mais a ver com os meus pais, mas...
- Mas?
- Lembra quando eu perguntei para a sua tia dele?
- Lembro! Mãe?
- Damon? Que bom que você voltou!
- Aham.
- Se você quiser desligar para falar com a sua mãe, tudo bem. - Ela sempre era atenciosa comigo.
- Não, ta tudo certo, você estava falando...
- Ah, certo, quando eu perguntei dele para sua tia, ela ficou estranha.
- Como estranha? Como se escondesse algo?
- É, exatamente.
- Daqui a pouco eu dou uma ligada lá, ta? Antes vou tomar um banho.
- Tá, vai lá. - Ela entendia tudo tão calmamente! - Até.
- Até, te amo e se cuida!
- Também te amo e você se cuida também, tchau!
- Tchau!
Desliguei o celular, joguei as chaves na cômoda e fui para o banheiro.

01:15 p.m

Ufa! Que banho bom, realmente me limpou até a alma, vou por qualquer coisa e descer, ver se minha mãe repôs a minha cabeça no lugar, mas deixa guardar isso primeiro. Poof. Nossa! Que bom que não caiu no chão. Ai, Deanna, só podia ser você mesmo! E ainda disse que era só uma lembrançinha. Toc toc.
- Entra, mãe.
- Oi, filho, tudo bem?
- Tudo ótimo e você?
- Estou bem e a sua namorada?
- Ela está bem, acabei de abrir o presente que ela me deu de aniversário...
- Uau! É bem bonito - disse ela, olhando o presente que a entreguei para poder dar uma olhada - gostei.
- Valeu, você tem notícias do pai?
- Ele me mandou uma mensagem pelo celular hoje - me disse, mostrando o celular - disse que ligaria mais tarde.
- Tá.
Terminei de me trocar, desci as escadas e fui para a sala, peguei o telefone e liguei para a casa da Dee e ...
- Alô?
- Alô, Sr. Ackles, a Dee está?
- Quem quer saber?
- É o Damon.
- Ah, ela está no quarto, esperai. - Nessa hora ele a chamou. - É o garoto dos Winchesters.
- Não fala assim, pai! - disse ela do outro lado. - Alô, Damon?
- Oi, Dee, como foi chegar em casa?
- Foi bem. Até que meu pai não reclamou tanto.
- Que bom, eu abri o presente. É lindo!
- Obrigada, mas como eu disse, é só uma lembrançinha.
- Magina, mas e ai, descobriu algo mais sobre o Johnathan?
- Não, e você ligou para sua tia?
- Nossa, esqueci. Fiquei tão ocupado olhando o seu presente que acabei esquecendo!
- Tá, mas e seu pai, já voltou?
- Ainda não, mas - parei no mesmo momento ouvindo um carro parar atrás do meu na garagem – pera ai.
- Ta! - Dei uma olhada pela janela e reconheci o Corolla prata. - E por falar nele, olha ele ai!
- Ele voltou?! Isso é bom, não é?
- Eu não sei mais se isso é bom.
- Filho? - ouvi a voz dele.
- Se você quiser desligar, eu entendo...
- Eu vou, mas eu só não quero te ofender tendo que desligar. - Fiz um sinal para ele esperar. - Desculpe.
- Não, magina, vai lá. A gente se fala depois.
- Tá, te amo! E muito!
- Também te amo muito!

Capítulo 2



Desliguei o telefone e fui na direção dele para conversar.
- Oi, pai.
- Oi, filho, que era a sortuda no telefone?
- Minha namorada, Deanna Ackles.
- Ackles?
- É, por que, algum problema?
- Não, filho, nenhum, e cadê a sua mãe?
- Tá lá em cima e precisamos conversar sobre ela.
- Aconteceu alguma coisa com ela?
- Depende, vem cá - pedi para ele me seguir em direção do meu quarto. - Feche a porta, por favor – pedi, assim que ele entrou.
- O que aconteceu, filho?
- Tá vendo isso? – perguntei, mostrado o potinho dos remédios que tive que esconder dela.
- O quê? Que remédios são esses? E o que isso tem a ver com a sua mãe?
- São remédios para dormir, eu tive que esconder dela antes que ela comece a se drogar!
- Se drogar? Por quê?
- Por quê? Você ainda pergunta! Por que será que eu não estou surpreso?
- Ãnh? Se você não percebeu, eu não estava aqui.
- Mas agora você está! Então, ela parou de ser meu problema, se vira!
Sai do meu quarto e fui pegar o telefone para ligar para minha tia. Acho bom ela atender!
- Alô?
- Sam? A tia está ai?
- Oi, Damon, ta sim, espera ai - ele deu um berro que parecia que ela estava do outro lado da rua. - Ela já vem!
- Valeu.
Depois de uma pausa de mias ou menos dez segundos ela atendeu.
- Alô?
- Tia, sou eu, você está bem?
- Oi, meu amor! Estou ótima e você?
- Estou bem, é que eu queria te perguntar algumas coisas, pode ser?
- Ah, claro, faça.
- Tá, você se lembra de quem foi Johnathan Flack, não lembra?
- Aham! - Ela parecia nervosa. - Por que, querido?
- O que aconteceu com ele?
- Por quê?
- Porque eu preciso saber, você vai me contar?
- Damon, isso não é da sua conta.
- Envolve a Dee, é claro que é da minha conta. Ou você me conta ou eu te deserdo!
- Damon, não fala isso!
- Fala logo!
- Tá, Damon, ele era namorado da Denise durante o segundo ano e ela terminou com ele antes do final do terceiro ano.
- Só?
- Você quer mais?
Levou alguns segundos para eu convencê-la a me contar o que realmente aconteceu! Fiquei em choque depois de ouvir que aquele crápula fez ou, pelo menos, tentou fazer com a família da Dee.
- Damon, você está bem, querido?
- Tenho que ir, tchau!
-Tchau.
Subi correndo para o meu quarto, coloquei uma calça, as meias o tênis, peguei minhas chaves e a carteira, desci e fui para meu carro. Quando estava quase na casa dela, liguei para avisar que estava indo até lá.

Capítulo 3



Chegando lá, a encontrei na porta, desci e fui direto em sua direção, a abracei e dei um beijo e fui direto ao ponto.
- Namorado? - Ela parecia realmente surpresa. - Como?
- Vai saber!
- Deus, será que ele quer vingança por ela ter terminado com ele?
- Deve ser, bom eu só vim aqui para te contar isso e saber se você está bem.
- Oh! - Acho que falei besteira. - Ok.
- Desculpe, é que meu pai acabou de chegar e eu tive um pequeno diálogo com ele e acabei gritando e - perdi o fôlego - desculpe.
- Ok.
- Não diga, ok? Eu sei que falei besteira, amanhã à noite eu prometo que só vou falar sobre nós, certo?
- Ta, tudo bem, então, que horas você vem amanhã?
- Então, eu ia te perguntar isso...
- Ahh... - Ela ficou rosada, ficou linda assim. - Você quem sabe.
- Às sete e meia está bem pra você?
- Está ótimo. - Fui levantando e indo em direção ao carro. - Te vejo amanhã.
- Tá, até amanhã.
- Até. - A dei um beijo que, por estranho que pareça, a fez ficar mole, ri com isso e me afastei. - Te cuida.
- Você também!
- Tchau.
Dirigi para casa, já me sentindo mais tranquilo, aliás, falar com a Dee sempre me deixava assim, calmo. Ela me fazia sentir com se mais nada existisse, sem ter que querer ir embora.
Mas como nem tudo era perfeito, entrei em casa, me surpreendi quando olhei para o relógio, já eram seis e vinte e tinha que separar meu terno de amanhã, pois estar do lado de uma... Mulher seria a palavra exata para ela, não posso fazer feio, né?

08:30 p.m

Que saco, não tem nada na TV e que porcaria é essa que ta vindo do quarto dos meus pais? Ai Deus-do-céu. Eu queria não ter ouvido isso. Os dois... Aff, depois dessa eu vou dormir, porque amanhã terei um longo dia.

07:00 a.m

Fomos avisados que tínhamos de ir à escola mais cedo, então, vamos lá. Sete e meia. Eu vim para isso? Ai Deus, só quero pensar na Dee hoje. Meio dia, hora do almoço. Cinco e dez vou começar a me trocar.
- Pai.
- Quê?
- Me ajuda aqui com a gravata!
- Claro, por quê? Aonde você vai?
- No baile da escola com a Dee.
- Ah, que legal. Bom, aproveite!
- Eu vou.

Capítulo 4



07:30 p.m

Ta na hora. Toquei a campainha, o pai dela atendeu a porta e quando viu que era eu, a chamou. Não demorou muito, ela veio descendo as escadas. Meu Deus, se alguém falar que ela está bonita hoje, vai levar um soco bem grande.
- Uau!
- Está muito exagerado?
- Está perfeito! Vamos?
- Claro! Tchau, pai! - O ouvi resmungar um se cuida para ela. - Ta.

07:45 p.m

- Chegamos! Pronta?
- Aham! – Desci e fui abrir a porta para ela. - Vamos lá!
Depois que entramos, vimos suas amigas, Sue e Kayla, acenando de longe e comentando de sua roupa e de mim.
- Quer dançar?
- Eu não danço muito bem!
- Eu muito menos!
- Tá, eu aceito o convite.
Dançamos umas duas músicas lentas, ela com as mãos em meu pescoço e meus braços em volta da sua cintura. Ela deitou a cabeça em meu peito, como se escutasse meu coração e eu apoiei meu queixo no topo de sua cabeça, quando ela perguntou:
- Você vai para outra cidade fazer faculdade?
- Nada vai me tirar dessa cidade.
- Nada?
- Só você, por que, você vai?
- Não, eu fui aceita na Aguillera University.
- Que bom!
- Não é!
- Mas não vamos falar disso agora, vamos aproveitar o resto da noite.
- Ta - respondeu ela, olhando para a Lua. - Vamos aproveitar.
- Posso te falar uma coisa?
- Claro!
- Eu te amo!
- Eu também. - Nos beijamos, apaixonadamente.
Aproveitamos o resto da noite, conversando e vimos que nem o tempo, nem ninguém, iria nos separar.

Capítulo 5



10:00 p.m

- Você já quer ir embora? – perguntei.
- Só se você quiser!
- Não, vamos! - Peguei minhas chaves e fomos em direção do carro, abri a porta para ela, fechei e fui para o meu lado. Entrei, coloquei a chave na ignição e saímos.
Quando paramos no semáforo da avenida principal, ela deu uma olhada para mim.
- Podemos ir na sua casa?
- Podemos, mas e seu pai?
- Liguei para ele quando fui ao banheiro.
- Ah, então ta, mas se você vai dormir em casa, não quer ir pegar algumas peças de roupa?
- Não tinha pensado nessa parte.
- Eu te espero. - Quando parei, ela percebeu que estávamos na frente da sua casa.
- Ta, já volto.
- Ok. - Depois que ela desceu, eu peguei o celular e liguei para o meu pai que não demorou para atender. - Pai?
- Oi, filho, aconteceu alguma coisa?
- Não, é só para avisar que a Dee vai passa a noite em casa.
- Ah, ta! Tranquilo.
- Beleza, até, pai.
- Até. - Depois que desliguei, vi Dee sair de casa, deu a volta no carro e entrou.
- Vamos?
- Vamos.
Chegamos em casa, guardei o carro na garagem e fui abrir a porta que dava acesso à cozinha, perguntei se ela estava com fome e ela respondeu que sim, então, disse para ela ir se trocar, enquanto eu fazia um lanchinho.
Menos de dez minutos e ela já estava na cozinha, encostada na parede ao lado da pia, mais bonita ainda, cabelo solto do jeito que eu gosto, uma calça jeans justa – infelizmente - escura, a camiseta branca...
- Uau!
- Que foi?
- Você está... Linda! - Ela deu uma risadinha envergonhada. - E ficou mais ainda agora – disse, apontando suas bochechas que estavam rosadas.
- Obrigada, o cheiro está bom!
- É, fiz um omelete de batata e esquentei um pouco de arroz, se você quiser.
- Nossa, um perfeito mestre-cuca! Perfeito!
- Não, só aprendi vendo. E o que você quer para beber?
- Quais são as opções do cardápio?
- Tem vinho e água.
- Vinho?
- É, meu pai está em casa, então só tem vinho.
- Pode ser então!
Puxei a cadeira para ela, coloquei o vinho e me sentei. Demos boas risadas e, quando olhei, já eram cinco para as dez.

10:55 p.m

Ela percebeu que já era tarde, me ajudou coma louça e, então, a levei para cima, quando trombei com meus pais, que demonstraram curiosidade.
- Boa noite, crianças.
- Boa noite - respondemos juntos.
Entramos no quarto, fechei a porta. Dee estava virada para a janela, dei uns três passos em sua direção, segurei seu pulso e a puxei em minha direção. A segurei em meus braços por uns cinco minutos, até que ela me olhou e disse:
- Você viu mesmo o presente que te dei?
- Acredito que sim, por quê?
- Cadê a caixinha do presente?
- Deve estar em algum lugar, por quê?
- Depois eu te mostro. Posso usar o banheiro?
- Lógico.
- Obrigada.
Ela saiu do quarto pela porta de conexão e entrou no banheiro, quando ela fechou a porta, de repente começou a gritar.

Capítulo 1 [Parte 3]



- Damon, socorro! - Quando olhei para trás, vi quem não queria.
- Olá, querida.
- O que você quer, Johnathan? Eu não tenho nada que você quer.
- Quem disse, Denise?
- Denise? O que você quer com a minha mãe?
- Sua mãe? - ele disse, surpreso. - Como assim?
- Você namorava minha mãe, não é?
- Até ela me trocar pelo idiota do Robert.
- Não fale assim do meu pai! - Nessa hora vi a banheira cheia, acho que os pais do Damon não a esvaziaram. - E graças a você, ela está morta!
- Morta?
- É, morta.
- Mas como?
- Eu sei que foi você quem tirou os cabos do nosso carro!
- Mas... Como?
Nessa hora, eu sabia que tinha que fazer alguma coisa, então, peguei o secador e liguei na tomada.
- O que vai fazer com isso? Me bater? - ele perguntou, girando ao redor do banheiro. – Ai, crianças!
- Não, não vou te bater.
- Então, vai fazer o quê?
- Isso! - Nessa hora o empurrei para dentro da banheira e joguei o secador junto e, nesse instante, ele começou a gritar e o frio começou a sumir, senti um alivio e ouvi Damon me chamando.

Capítulo 2



De repente, tudo sumiu.
- Dee? - Damon passou pela porta. - Você está bem?
- Agora estou... - Respirei fundo. - Foi estranho por duas partes.
- Por quê? Ele tinha três olhos dessa vez? - brincou.
- Não, bobo. - Ri com a brincadeira. - Ele não sabia da minha mãe.
- Como assim?
- Ele não sabia que ela era minha mãe e nem que eu fosse sua filha!
- Que burro! E a parte dois?
- A banheira estava cheia, acho se seus pais estavam usando!
- Sério? Que nojo, vou ter que lembrá-los de que agora tem gente nova em casa!
Eu sorri com o argumento e fui em direção da cama, ele nem havia mexido nela, sentei no pé dela e o fitei. Percebeu e veio se sentar comigo, me puxando em direção da cabeceira.
Fiquei abraçada por, mais ou menos, uns dois minutos, quando me lembrei do que tinha que perguntar. Quando olhei para o porta retrato da mesinha de cabeceira, olhei para o seu rosto, ele estava sério e me fitava com um ar de carinho, parecendo estar relaxado.
- Onde está a caixinha do presente que te dei?
- Ah, ta ai na gaveta.
Levantei da cama, me soltando de seus braços, sentei na beirada da cama e abri a gaveta. Avistei a caixinha azul debaixo de uns papéis, peguei-a e voltei a olhá-lo, ele me olhou curioso e esperou que eu começasse.
- Você não abriu o presente direito, né?
- Abri sim, por quê?
- Não mente, se tivesse aberto, saberia o porquê!
- Tá, eu assumo. Agora me explica o porquê!
Eu o entreguei a caixa e expliquei que ele devia levantar o porta retrato e ele ficou surpreso ao ver o que havia debaixo dele.
- O que é isso?
- O que parece ser, Damon?
- Uma chave, mais para quê?
- Posso te mostrar amanhã? – disse, colocando a caixinha de lado e dando um beijo nele. - Se você quiser?
- Claro! - respondeu ele, entre beijos. - Amanhã!
Ele me segurou com força, uma mão estava em minha cintura e a outra estava em meus cabelos. As minhas mãos estavam meio apressadas porque eu nem tinha reparado que já estava quase tirando sua camiseta, quando ele parou e tirou ele mesmo, a atirando em direção ao pé da cama.
Suas mãos subiam pela minha cintura e me toquei que ele estava tentando tirar a minha camiseta também. Quando ele obteve sucesso, a jogou no pé da cama, deixando-a cair perto da sua. Quando reparei, a colcha preta já estava basicamente perto dos nossos pés...

11:37 p.m

Parecia que eu estava no céu, estava deitada em seu peito, que recebia a luz da lua pela janela. Ele acariciava minhas costas, quando disse para ele descansar. Respondeu com um aceno de cabeça breve, beijou meus cabelos e relaxou, então, resolvi fazer o mesmo.

Capítulo 3



08:15 a.m

Acordei com despertador. Senti Damon se mexer para desligá-lo e depois o ouvi sussurrar em meu ouvido:
- Bom dia, flor do meu dia! - E me deu um beijo no meu pescoço. - Dormiu bem?
- Bom dia, Sol do meu dia, dormi sim e você?
- Tirando os barulhos do quarto dos meus pais, dormi sim. E por falar nisso, eu sonhei com você.
- Sério?!
- Aham, nós estávamos na sala da sua casa e eu tentava dizer para o seu pai que iríamos para a faculdade juntos, mas estava com medo.
- Medo? Do meu pai?
- Mais ou menos, vai saber se ele vai querer me dar uma surra!
- Magina, ele não faria isso.
- Ta, mudando de assunto, o que você quer para o café da manhã?
- Nossa, até esqueci dessa parte. Bom, já que você perguntou...
- Ahn, peça o que quiser, eu te dou!
Fiquei envergonhada e ele percebeu, deu um risinho que não consegui resistir e ri de novo, o que me deixou mais vermelha. Ele me deu um beijo profundo e levantou em direção ao pé da cama para pegar a sua calça quando a porta se abriu e, como reflexo, me encolhi.
- Pai?
- Uau! – disse, olhando para mim e desviando o olhar. - O café esta na mesa, crianças!
- Tá, pai! - ele disse, nervoso.

Capítulo 4



Descemos, tomamos o café, ajudei com a louça, subimos para o quarto, nos trocamos e, então, o lembrei do que tínhamos que fazer.
- Aonde vamos mesmo?
- Você verá, pegue a chave do presente.
- Peguei.
- Agora, me de as chaves do carro e sem perguntas.
- Sim, senhora!
Já eram nove horas, entramos no carro e seguimos em direção à avenida principal. Ele me olhou com um olhar curioso e, então, pedi a ele que colocasse a venda que estava na minha jaqueta, no banco de trás.
Logo após isso, não demoramos para chegar ao destino da minha surpresa.
- Espera ai.
- Tá! - Desci e fui abrir a porta para ele, quando, na mesma hora, ele desceu e me agarrou. - Você acha que eu não sei descer?
- Cala a boca!
Andamos um pouco e, então, pedi que ele tirasse a venda, mas ele não pareceu surpreso.
- Você não gostou?
- Gostei, vem cá.
Ele me puxou e me levou em direção à porta do que seria nosso novo apartamento, para podermos fazer faculdade. Subimos as escadas e paramos na porta, esperando ele pegar as chaves e abrir a porta.
Eu estava mais surpresa ainda, tanto por ver que ele já tinha vindo aqui, ele me levou porta dentro, fomos em direção do nosso quarto.
Paramos na porta e ele me perguntou:
- Você vê algo de diferente?
- An, depende...
- Só responda.
- Tá, deixa eu ver. - Analisei o quarto e notei que tinha uma caixinha preta no centro do quarto. - Tem uma caixinha ali.
- Aham.
- Eu devo pegá-la, certo?
- Claro.
Andei até ela, parei e abaixei para pegar a caixinha preta de veludo, quando virei, ele estava atrás de mim, parado, e fiz um sinal de que queria que eu lhe desse a caixinha, esperei ansiosa.

Capítulo Final [Parte 4]



Pedi a caixinha à ela e ela ainda estava com aquele olhar surpreso. Peguei a caixinha de sua mão, mas tenho que confessar que agora estou mais nervoso ainda, mas ai vai.
- Deanna Ackles – disse, ajoelhando.
- Sim? - ela respondeu com uma aparência de quem tinha captado a mensagem.
- Você quer se casar comigo?
Ela ofegou e vi uma lágrima escorrer pelo seu rosto, ela agora tinha que responder só essa pergunta, mas não importa a resposta, é ela quem eu quero e vou ter!
Depois de alguns segundos de apreensão, ela se ajoelhou junto a mim e entre uma lágrima e outra, disse:
- Sim!
Só me lembro que depois disso eu a beijei, só que foi um beijo diferente. Não foi como o primeiro, nem como o mais profundo. Foi o mais apaixonado!


FIM

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Nota da Beta: Comentem. Não demora, faz a autora feliz e evita possíveis sequestros - só um toque. Qualquer erro encontrado nesta fanfiction é meu. Por favor, me avise por email ou Twitter. Obrigada. Amy Moore xx