- Mãe, nós temos que ir mesmo? Quero dizer, nós, eu? - null perguntou a sua mãe pela milésima vez.
- Sim querida, vai ser muito legal! Rever a família... E também, é ano novo!
- Mas poxa, eu tenho certeza que a tia Catherine vai estar lá, logo, o marido dela também, logo aquele filho ridículo dele! - A garota tentava argumentar, mas a expressão da mãe não mudava.
- Eu não entendo essa raiva de vocês... Mas, já tem cinco anos que vocês não se vêem, provavelmente, as coisas vão ficar mais fáceis esse ano... Espero eu. - Sue, mãe de null disse a última palavra e fechou a porta.
Assim, null e seus pais começaram uma viajem de 3 horas para a casa da avó da menina, onde eles e toda a família iriam passar o ano novo.
- Papai, a gente já chegou? - null perguntou, mais uma vez.
- Não, filha.
Um minuto depois...
- E agora?
- Ainda não.
Mais um minuto...
- Paaaai!
- null, por favor, tenta controlar essa menina! - null disse.
- null, a gente ainda não chegou. Eu sei que você tá animada pra ver logo seus primos e tals, mas ainda falta muito tempo! Por que você não dorme de novo? Que saco! - null disse e recolocou seus fones no ouvido. Música o faria esquecer o que o esperava na casa de sua quase-avó.
Já estava à noite quando eles chegaram.
- Filha, chegamos! - Sue disse, acordando null.
- Ah... Que... Legal... - null disse com a sua pior expressão de 'animação'.
- Ei, que cara é essa? Vamos lá, quero ver um sorriso! - Frank, seu pai, fez uma cara tão estranha, que fez null cair na gargalhada na hora. Assim, ela saiu do carro e foi cumprimentar a parentada.
“Ai, meu Deus, será que aquele é o... Não, impossível, aquele garoto é gato demais pra ser ele... Não, não! AIMEUDEUS é ele sim! Ele fez aquela cara quando me viu! Mas, peraí! Como aquilo virou isso? Geeeente!”. null ficou confusa logo quando viu null, seu odiado-não-primo, como ela preferia chamá-lo. Mas, ele tinha mudado muito desde a última vez que ela o vira. Ele tinha os cabelos mais claros, o rosto cheio de espinhas, era baixinho e usava aparelho. Mas, o menino que estava mais à frente, encostado no carro de sua tia, Catherine, e do marido dela, null, era um garoto alto, com um lindo sorriso, olhos hipnóticos, um corpo de dar inveja e cabelos lindos jogados no rosto.
- Legal, hora de falar com esse bando de gente chata e esperar a hora da condenação final! Saco! – null resmungou baixo enquanto saía do carro.
“Tá, cadê ela? E quem é essa gata que tá me olhando? Puts será que ela trouxe alguma amiga? Bem, ai as coisas mudam muito... Mas, péra... Porque ela tá me olhando do jeito que a null me olha? Ai, não! Não, não... Não é possível! Será? Não... Mas, pensando bem, em cinco anos, as pessoas mudam... Mas, será?”. null tentava pôr seus pensamentos em ordem e se conformar com o que estava acontecendo. Sim, aquela sua quase-prima-idiota tinha sofrido quase uma metamorfose durante esses cinco anos. Aquela menina gordinha, que só usava roupas gigantes e um rabo-de-cavalo tinha se transformado numa garota muito, muito bonita. Todas as espinhas tinham sumido, seu cabelo agora estava um pouco maior, repicado, com mechas roxas e uma franja de lado, que ressaltava seus olhos e null usava uma calça jeans, all star e uma blusa colada que dava pra ver, nitidamente que ela havia emagrecido e muito desde a última vez que null a vira.
- null?! Nossa, como você cresceu, menina! – Catherine disse enquanto dava um beijo na bochecha da menina e fazia sinal para null e null virem falar com null e seus pais.
“Tá, tudo bem que ele ficou gato e tals, mas isso não quer dizer que eu vá falar com ele. Eu não vou. Eu nunca falei, por que mudaria isso agora? Só porque ele mudou tanto? Mas, nossa... nulldocéu!”. A garota ainda não conseguia acreditar no que estava vendo. Quando null chegou perto dela, a garota fingiu ter esquecido alguma coisa no carro e voltou, desviando como sempre dele.
A noite passou assim, os dois só se encaravam, sem trocar nenhuma palavra. Eles sabiam que uma hora teriam que se falar, mas adiavam isso ao máximo, como sempre fizeram. Só que a única diferença dessa vez, é que eles já não eram as crianças de 12 anos que eram da última vez. Agora eles eram adolescentes, e todos esperavam que fossem se dar melhor agora, já que na maioria das vezes, adolescentes tem a cabeça igual. Mas não null e null. Eles ficaram assim até a hora da divisão dos quartos. Coisa comum todas as vezes que a família inteira ia para a casa dos avós de null.
Como na casa estavam null, null, null, Sue, Frank, null, Catherine, Bob (tio de null, irmão de Sue), Denna (mulher de Bob), Alexa e Martin (os gêmeos, filhos de Bob e Denna) e Susan e John (os avós de null, pais de Sue, Cath e Bob e donos da casa), os cinco quartos ficaram divididos dessa forma:
- Susan e John; - Sue e Frank; - Catherine e null; - Bob e Denna; - null, null, null, Alexa e Martin.
- Ah, que ótimo! – null resmungou quando viu seu nome e o de null na porta do mesmo quarto.
- Mãe, deixa eu ficar no seu quarto, poxa! Qual é o problema? Vai renegar a sua filha agora, é? Tá, tá. – null tentou chantagear seus pais, mas não conseguiu nada além de um ‘Boa sorte!’.
- É, parece que tudo está contra mim nessas férias! – null disse quando null entrou no quarto com a sua mala.
- Oi, null. Bem, pelo menos, nós não ficamos sozinhos como daquela vez que decidiram trancar a gente em um quarto pra ver se nos entendíamos. Dessa vez, temos os pirralhos de companhia. – null disse, com um sorriso satisfeito no rosto.
- É, mas isso não melhora nada no meu humor. – null respondeu com a sua falta de educação de sempre e se jogou na cama embaixo da janela.
- EI! Pode saindo daí! Essa cama é minha! – null bufou.
- Peraí, tem o seu nome nela por acaso? – null fingiu procurar pelo nome da garota em algum lugar da cama.
- Não, mas todas as vezes eu fico nela e não vai ser dessa vez que as coisas vão mudar!
- Ah, vai sim! Eu cheguei primeiro, portanto o direito é meu!
- Não é mesmo! PODE SAIR DA MINHA CAMA, null! – null disse alto o bastante para todos perceberem que eles já tinham começado mais uma briga.
- NÃO! Fica com essa aí, ó. É a única que tem. A não ser que você queira dormir com os pirralhos no triliche. (n/a: beliche com três andares... ah, vocês entenderam! :B) – null apontou para a cama ao lado da sua.
- Isso vai ter volta, null! – null disse com raiva, jogou sua mala em cima de sua nova cama e saiu do quarto a tempo de ver null fazer uma dancinha da vitória esquisita.
- Fiquei com a melhor cama! Lalalala! – null pulava e cantava.
- SEU LESADO! – null gritou para ele e foi para a sala de música.
Bem, na verdade não era bem uma sala de música como tem naquelas mansões de filmes, mas era como uma sala de estar, com um piano, um mini palco com microfone e tudo mais, poltronas e etc. A família de null, sempre foi muito musical, seu avô tocava piano, seu tio tinha uma banda e ela sabia tocar piano desde pequena, tocava bateria e estava aprendendo a tocar violão. null não era da família literalmente, mas também era um amante musical. Tocava violão desde pequeno, tocava null e tinha uma banda.
null se sentou no piano e começou a tocar uma de suas canções favoritas, Clair de Lune.(n/a: quem já leu a saga Twilight ou viu o filme sabe o que é ;].) Ela ficou tocando até que sua mãe chamou-a para o jantar. Depois disso, todos foram para seus quartos, cansados da viagem.
- Desde quando você toca piano, document.write(Danny) perguntou quando null saiu do banheiro, sem antes reparar, é claro, o quanto ela estava bem sexy com aquele short e aquela blusa, colados no corpo e o cabelo preso em uma trança mal feita.
- Er... Bem, desde que eu sou pequena. Você nunca ouviu porque não tira esse maldito fone do ouvido. Mas, como você ouviu? – null respondeu meio desconcentrada ao olhar para null deitado na cama usando só uma calça largada.
- É que você deixou a porta aberta. – null piscou.
- Hm... E por que a pergunta? – Ela perguntou.
- Nada, é que você toca bem. – Ele sorriu.
- Ah, obrigada. – null retribuiu o sorriso. Aquela fora a primeira vez que null a elogiou em 8 anos que eles se conheciam e se odiavam.
- De nada... Mas na null, ninguém me barra! – null fez pose de rockstar.
- Idiota! Bem, na null não, porque eu não sei, mas na bateria você nunca me venceria, lesado null! – Ela deu um peteleco no pé dele e deitou na cama.
- Olha só, a mini-elefantinho quer competir comigo, é? Nunca garota, nunca! – null sorriu triunfante.
- Mini-elefantinho é a sua cara, null! E não, eu não compito com pessoas como você. – null sempre odiou que null a chamasse daquilo. Será que ele não via que ela não era mais aquela garotinha gordinha e feia de antes? Bem, ele via. Nitidamente na sua frente que ela não era mesmo aquela garotinha de antes.
- Sei, sei... – Ele ainda sorria.
- E cadê aquelas crianças? Não vão dormir hoje não? – null fingia estar preocupada com eles, mas na verdade ela não queria ter que dormir sozinha no mesmo quarto que null de jeito nenhum.
- Não te falaram? Eles resolveram ‘acampar’ na sala. Bem, e já que eles não brigam feito cães e gatos como a gente, deixaram.
- Ah, então isso quer dizer que nós vamos ficar aqui, sozinhos?
- Sim, tá com medo de mim, é? – null fez cara de tarado.
- Claro que não, idiota! – null disse e virou para o lado contrário dele. null levantou para apagar a luz.
- Cuidado, hein! – Ele disse baixinho no ouvido de null quando voltava para sua cama, fazendo ela arrepiar. Não de medo, óbvio.
Capítulo 2 – Eu ainda te odeio.
Como de costume, na véspera de ano novo, todos levantam cedo para começar as arrumações da festa. John colocou um sistema de despertador em todos os quartos da casa, que acordava todos no mesmo horário.
- AAAAAAAAAH QUE ISSO? – null acordou assustada com o barulho do despertador.
- Hã? Ah, null... Isso é um despertador, conhece? – null respondeu esfregando os olhos.
- Claro que eu conheço, né! Mas por que isso tá aqui? E por que tá tocando a essa hora? – Ela sempre acordava de mau humor, ainda mais quando era acordada.
- Seu avô botou um desses em cada quarto pra todo mundo acordar na mesma hora.
- E como você sabe de todas essas coisas e eu não?
- Bem, eu presto atenção nas coisas. – null disse levantando e indo pro banheiro.
- Despertador idiota, garoto idiota! Aaah! – null resmungou.
Todos foram tomar café e depois cada um foi fazer uma coisa.
As mulheres estavam na cozinha, os homens estavam arrumando as coisas para o churrasco, as crianças estavam ‘montando’ uma casa na árvore, null estava tocando violão e null lendo na varanda.
- AAH! Edward, não faz isso! Não deixa a Bella! Poxa... – null já estava aos prantos e decidiu tocar um pouco. Ela guardou seu livro (n/a: Lua Nova! Bem, vocês devem ter percebido que eu sou pouco viciada na saga, né! *-* voltando...) e foi para a sala de música.
- Bom dia, miss mau humor! – null disse quando viu null entrar sem nem olhar para ele.
- Mau dia. Não me deixa mais de saco cheio do que eu já estou, por favor! - null respondeu e começou a tocar ‘Bella’s Lullaby’. Em pouco tempo, os dois já estavam competindo o som e o piano, claro, estava ganhando.
- Chega! Olha aqui, eu tava aqui antes e você veio me atrapalhar. Por que você não volta a ler aquele livro de vampiros escroto lá? – null disse se levantando e ficando na frente de null.
- Não fala mal dos vampiros! E eu não vim te atrapalhar, eu só queria tocar! Que coisa! – Ela disse parando e olhando para ele.
- Ah, pelo amor de Deus, esses vampiros não existem! Você parece uma criança falando assim! E você veio me atrapalhar sim! Você sempre me atrapalha, garota! – null já estava alterando seu tom de voz.
- Tá, eu sei que eles não existem, mas eu não sou criança, null, será que você não percebe isso? EU sempre te atrapalho? Ah, fala sério, null, você é quem me atrapalha! Você não tinha nada que ter vindo pra cá, só veio pra piorar as minhas férias, SÓ PRA ISSO, IDIOTA! – Ela agora estava com o rosto vermelho de raiva, pelo menos, a sala de música era o lugar mais ideal para eles discutirem, já que era isolada, então ninguém de fora escutaria nada.
- Eu sei que você não é mais criança, nenhum de nós dois é mais. E você acha que eu quis vir pra cá? Por favor, tudo que eu não queria é estar aqui, TER QUE OLHAR PRA ESSA SUA CARA ATÉ O FINAL DAS FÉRIAS!
- Você não é obrigado a vir, você nem é oficial na família, garoto!
- Não sou, mas eu dou muito mais atenção aos seus avós do que você! Você nem parece que é neta deles, NÃO LIGA PRA NINGUÉM, SÓ PRA VOCÊ MESMA!
- AH É? BEM, PELO MENOS, NÃO FOI A MINHA MÃE QUE ME LARGOU PARA FUGIR COM UM MOTOQUEIRO VICIADO! – null disse e logo se arrependeu quando viu que tinha pegado pesado demais.
- Você não sabe de nada, garota! – null disse e foi para o quarto.
Bem, o que null disse era verdade, a mãe de null, null, quando ele tinha 7 anos e sua irmã 2, deixou seu pai e fugiu com Josh, um viciado em drogas para rodar pelo mundo em uma moto. Mas null nunca superou isso direito e ninguém podia falar da mãe perto dele que ele desabava. Realmente, null tinha pegado pesado demais dessa vez.
- null, null! – null chegou no quarto e o encontrou sentado do lado de sua cama.
- null, desculpa, eu não queria ter falado aquilo! – Ela entrou no quarto e foi para perto dele.
- SAI DAQUI! NÃO QUERIA, MAS FALOU! – Ele gritou sem olhar para null.
- Mas eu falei da boca pra fora, eu tava irritada, você me deixou com raiva! Desculpa... – null já estava abaixada e de frente para null.
- Não, essas coisas a gente não fala assim. Você não podia ter feito isso, não podia! – null já estava chorando.
- Mas é verdade, eu não falei sério. Eu tava querendo te provocar, só que eu fui longe demais. Desculpa, null! – Ela estava agora limpando as lágrimas de null e acariciando o rosto do garoto, ele se arrepiou com o toque. Eles nunca ficaram tão perto assim.
- É, você foi mesmo longe demais! Você sabe como eu fico quando falam disso! – Ele tinha parado de chorar, mas não estava melhor.
- Eu sei, eu sei como você se sente, eu sei que você tem que agüentar todo esse peso sozinho, me desculpa, de verdade... – null ainda acariciava o rosto de null, não importava o que eles sentiam um pelo outro, ela não agüentava vê-lo daquele jeito e não fazer nada.
- É, eu sofri demais com tudo isso... Eu não gosto de falar disso, você sabe. – Agora ele a olhava nos olhos.
- Eu sei... Mas, se quiser desabafar, tudo bem. É só esquecer que é comigo que você tá falando. – Ela o abraçou.
- É que é difícil, agora e antes. Sabe, eu tive que me manter forte, pra proteger a minha irmã de tudo, eu tinha que ser sempre aquele que não se abala, mas na verdade eu sofri demais com tudo aquilo, eu ainda sofro... – null não entendeu muito porque ela estava fazendo isso, mas estar ali, daquele jeito com ela era muito reconfortante para ele. E só isso importava naquele momento.
- Às vezes, nós precisamos ser aquilo que não esperam que a gente seja, pra poder respirar um pouco... – null o olhou nos olhos.
- É, parece que você me entende... Mas, deixa pra lá, passou. Eu não quero mais falar disso. – Ele sabia que já estava melhor, mas aquele momento era bom e raro demais para terminar assim e ele não ia deixar que terminasse desse jeito.
null sorriu e null aproximou seu rosto do dela, fazendo com que seus lábios se tocassem. Nesse momento, ela sentiu um frio na barriga. null ficou estática, mas depois deu passagem para a língua de null, começando o beijo. Depois, ela começou a acariciar a nuca do menino enquanto ele a segurava pela cintura. Eles ficaram ali, se beijando por um bom tempo até ficarem ofegantes, ela então deu uma mordida no lábio de null e falou baixo, em seu ouvido: “Eu ainda te odeio...”. null se levantou, deixando um null confuso sentado no chão do quarto e foi para a varanda.
- É... – null a fitou até ela sair. Ele se sentia vitorioso, mas não sabia o porquê disso. Não sabia nem porque ele quis beijá-la, mas só sabia que precisava fazer aquilo e que bem, foi muito bom apesar de tudo.
Capítulo 3 – Ano novo, sentimentos novos?
“Tá bom, o que foi isso? null, VOCÊ ACABOU DE FICAR COM O SEU QUASE-PRIMO! null null! Não, isso não aconteceu! Droga, droga! E o que foi aquilo que aconteceu comigo? NÃÃÃO! Não é possível, não com ele! Tá, tudo bem que eu odeio aquele garoto, mas eu tenho que admitir que pra um idiota, ele até que beija bem... MEU DEUS, O QUE EU TÔ PENSANDO?! Sai, sai... Aii!”. null tentava entender o que tinha acabado de acontecer naquele quarto enquanto ia andando pra varanda. Como ela iria olhar para ele de novo? Como ela iria odiá-lo de novo, depois do que aconteceu? Bem, certas coisas a gente só aprende, vivendo.
- BUH! – null veio correndo e deu um susto em null que estava na varanda, olhando as crianças brincarem e seus tios e seu avô começarem o churrasco.
- AI! Ah, null, é você! Cuidado ai, se você quebrar alguma coisa, sabe que a vovó fica uma fera! – null disse e depois percebeu que aquela tinha sido a primeira vez que se referia a null como sua prima.
- , FILHA?! – Sue a chamou.
- Oi, mãe.
- Por que você não vai tomar banho pra se arrumar?
- Ah, tá...
- Ei, que cara feliz é essa?
- Nada, não... – null disse e foi para o seu quarto rezando para que ele não estivesse mais lá. Ela não tinha percebido que estava feliz do jeito que estava. Não era possível que só aquilo causasse isso tudo, era? Ela chegou no quarto e null não estava mais lá, então suspirou baixo e foi pegar suas roupas, mas quando ia abrir a porta do banheiro, a maçaneta girou e null saiu de lá, com a toalha enrolada na cintura.
- Er... – null ficou sem ar depois daquela visão.
- Pode ir! – Ele abriu passagem para ela.
null já estava debaixo do chuveiro, pensando em tudo o que aconteceu, quando de repente...
- AAAAAAAAAAAH! – Ela saiu correndo do banheiro enrolada na toalha, deixando null, que ainda estava no quarto se arrumando assustado.
- UMA BARATA! UMA BARATA ENOOORME! MATA, MATA, null! – null gritava, molhando o chão todo, apontando para o banheiro e segurando a toalha.
- Er... Você tá sem nada embaixo dessa toalha? – Ele perguntou, incrédulo.
- null, A BARATA! – Ela disse, ainda em choque.
- Ah! – Ele entrou no banheiro e matou a tal ‘barata enorme’.
- Pronto, a mocinha já está salva! – null disse fazendo pose.
- Obrigada, meu herói! – null disse, entrando na brincadeira.
- Agora o herói merece uma recompensa, né? – Ele disse, se aproximando dela.
- Heróis salvam o mundo sem pedir nada em troca, querido! – Ela respondeu, piscando e fugindo para o banheiro.
- Você tá me devendo, hein! – null gritou para ela.
Já eram onze e cinqüenta e oito, todos estavam no gramado, esperando a virada do ano. null estava usando uma blusa social branca, uma calça jeans e tênis, com os cabelos desarrumados, na opinião de null, estava incrivelmente bonito.
Ela estava usando um vestido branco, tomara-que-caia com detalhes em prata, sandálias de salto e com o cabelo solto. As mechas roxas faziam contraste com a roupa. null nunca a vira tão bonita e sexy quanto naquela noite.
Enfim, meia-noite. Josh estourou a champanhe, todos se abraçaram e voltaram com a festa.
- Feliz ano novo. – null disse no ouvido de null, fazendo-a se arrepiar. – Vem comigo, eu quero te mostrar uma coisa. – Ele se certificou de que ninguém os olhava e puxou-a pela mão.
- null! O que foi? – null não tinha idéia de pra onde ele a estava levando, não que isso importasse muito...
- Calma, a gente já tá chegando! – Ele respondeu. Eles chegaram numa árvore que tinha uma escada feita de madeira.
- Sobe ai! – null apontou para a escada.
- Não, sobe primeiro! Eu tô de vestido e não quero ninguém me olhando, senhor! – null disse, tirando as sandálias.
- Tá... – Ele disse rindo e subiu. – Agora, vem!
null subiu logo depois e null estendeu a mão para ajudá-la.
- Não precisa, já tô aqui. E agora? – Ela perguntou ajeitando o vestido. Eles estavam em uma casa na árvore que null tinha feito uns anos antes. Na verdade, só a base da casa...
- Olha para frente... – Ele disse no ouvido dela. null olhou.
- Ai meu Deus! – Ela disse com os olhos brilhando. Da onde eles estavam, dava pra ver perfeitamente os fogos. Tudo era lindo, a paisagem, o lugar, a pessoa que estava lá com ela, tudo.
- Lindo, né? – null perguntou olhando para os fogos.
- É... É perfeito! – null respondeu ainda sem acreditar muito no que estava vendo. Um vento forte soprou e ela se encolheu. null quase automaticamente, passou seu braço envolta do ombro de null, trazendo a para mais perto dele. null sorriu ao sentir o cheiro de null, era tão bom...
“null, null! O que você tá pensando, garota?! Esse cara aí é null null, aquele garoto que você odeia! ODEIA! Aaah, mas é tão bom ficar assim, com ele... Mas, não, não... Nada tá acontecendo e nem vai acontecer, não pode. Tudo vai voltar ao normal, eu o odeio. Odeio!”. null tentava decidir entre o anjinho e o diabinho enquanto estava ali, abraçada com null. Os pensamentos dele não eram muito diferentes...
“Bem, é isso então? A gente vai ficar aqui, olhando os fogos e só? Mas também, o que eu quero? Ela é a null, minha quase-prima que eu odeio desde pequeno... Nada além daquele beijo vai rolar entre a gente, não que eu queira... Eu quero? Não, eu não quero. Eu não posso. null, pára com isso!”.
Eles ficaram assim, abraçados e sem falar nada por um tempo.
- É... Então, você que fez isso? – null quebrou o gelo.
- Sim, sozinho! – null se orgulhou de sua ‘quase-casa na árvore’.
- Nossa! Parabéns, você consegue fazer o chão de uma casa! Aê! – null zoou.
- HAHAHA! Você não consegue fazer nem metade disso, ok? Eu também não tive tempo suficiente pra terminar, ok?
- Ué, termina então.
- Ah, agora não tem mais graça. E também, tá muito bom assim. Eu gosto daqui.
- Então aqui é tipo o seu ‘refúgio’ – null fez aspas.
- É. E eu não vou te emprestar, nem vem!
- Eu nem ia falar nada! – null cruzou os braços.
- Sei, sei.
- Tá, agora vamos voltar pra festa que eles já devem estar preocupados.
- Eles? Preocupados com a gente? Provavelmente eles devem estar pensando ‘Ah, eles devem estar por ai, brigando de novo!’. – null imitou a mãe de null, fazendo-a rir.
- É... Também, é só o que a gente faz! – Ela concordou.
- Bem, não mais, né... – Ele lembrou do que acontecera no quarto, mais cedo.
- Ah, aquilo foi coisa do momento. A gente se odeia e aquilo não mudou nada. – null piscou.
- É... Não mudou. – null disse e deu um peteleco na orelha dela.
- null! Vou voltar pra lá. – null disse e desceu da árvore. null foi logo depois. Eles continuaram sem se falar, como se nada tivesse acontecido. Quando deu três e meia da manhã, null já estava com sono, então foi para o quarto. Meia hora depois, null também foi dormir.
Chegando no quarto, ele reparou em null dormindo, descoberta. Por um impulso, null chegou perto até se ajoelhar ao lado da cama dela, ele levou sua mão até o rosto da menina e o acariciou, passando os dedos pelos lábios dela. Enquanto isso, sem perceber, sua outra mão estava na coxa dela. Um vento forte bateu e null se encolheu, mas sem acordar. Ela sempre tivera um sono muito pesado, então ele sabia que não corria risco nenhum. null então, puxou a coberta e a cobriu, indo para sua cama.
“Nossa, como ela consegue fazer isso comigo? Não é possível! Essa garota tá mexendo muito com a minha cabeça! Droga...”. null foi dormir pensando nela.
Capítulo 4 – Férias iguais? Nem tudo.
As semanas passavam, e nada mudava. null e null continuaram a discutir sempre por coisas banais. Mas os dois sabiam que no fundo, aquele beijo tinha mudado algo em relação ao sentimento deles.
- Sol, finalmente! – null disse, quando abriu a janela e sentiu pela primeira vez naquelas férias o sol forte e quente brilhando. Depois ela foi correndo tomar café e pegar sua roupa de banho. Ela não disperdiçaria aquele dia sem dar um mergulho na cachoeira que ficava perto da casa.
- Mãe, tô indo lá na cachoeira, tá? – null avisou enquanto passava pela sala.
- Ok, mas não demora muito. O almoço já vai sair! – Sue disse.
null, que estava na piscina, viu null passar correndo por ele.
- Ei, vai aonde com essa pressa toda? – Ele perguntou.
- Por acaso você virou meu supervisor agora? – Ela disse.
- Não, mas eu quero saber. Não posso?
- Não, queridinho! – null piscou e saiu correndo para a trilha da cachoeira.
- Metida! – null bufou e seguiu null. Ele iria descobrir aonde ela estava indo de qualquer jeito.
- Enfim, água! – null disse, tirou seu vestido, ficando só de biquíni, colocou o vestido e seu celular na pedra e pulou na água.
- Ah, então é aqui que você veio... – null falou baixo quando avistou a cachoeira. Ele chegou mais perto, mas se escondeu atrás de uma pedra quando null olhou para trás. null olhou cada movimento que ela fazia e quando null mergulhou, ele aproveitou e sentou na pedra onde estava a roupa e o celular dela.
- Olha, você gosta mesmo de tirar fotos, hein! Tem alguma comprometedora aqui? – Ele disse, mexendo no celular dela, quando ela voltou para a superfície.
- EI! GUARDA ISSO, GAROTO! – null gritou da água.
- Por que, tem mesmo? – Ele provocou-a.
- Claro que não! Eu não sou como as suas amiguinhas! – Ela respondeu e saiu da água.
- Agora, me dá isso! – null chegou perto dele.
- Eu não... Você deixou aqui, ué! Volta pra água que eu vou mexer mais um pouquinho e depois eu vejo se te devolvo. – null disse, descendo da pedra e indo para o lado contrário dela.
- ME DÁ ISSO AGORA! – Ela foi atrás dele.
- Não dou! Já disse. – Ele escondeu o celular no bolso da bermuda e cruzou os braços, olhando para null.
- Se você não der, você vai ver! – Ela o desafiou, chegando mais perto dele.
- Vou? Você vai gritar? Ah, não... Você vai correr pra sua mãe como daquela vez que eu peguei aquela sua boneca, né? – null disse rindo.
- Não, idiota! – null disse e começou a dar tapas no peito dele.
- ME DÁ O MEU CELULAR, null! – Ela falava enquanto ‘batia’ nele.
- Nossa, eu tô morrendo de medo de você, filhote de poodle! – Ele riu e segurou-a pelos pulsos.
- ME SOLTA! – null gritou e tentou chutá-lo, mas ele a levantou.
- Desiste! Você sabe que eu sou muito mais forte do que você. Sempre fui! – null disse olhando para ela.
- Tudo bem, eu sou mais fraca do que você. Mas consigo gritar mais alto! – Ela piscou e começou a gritar.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAH ME SOOOOOOOOOOOLTA! – null gritava alto demais, não deixando escolha para null. Ele soltou um dos pulsos dela e tapou sua boca com a mão.
- Você não desiste, né! – Ele disse.
- HHHMMHMMMMHM... – null tentava gritar mais.
- Pode começar a se acalmar, senão eu não te solto. – null sorriu e null parou e ficou olhando para ele.
- Tá. Mas se você gritar de novo, eu não me responsabilizo pelos meus atos! – Ele avisou e tirou a mão da boca dela, ainda segurando, fraco, seu pulso. Ela ficou olhando para ele e logo depois começou a gritar de novo.
- AA... – null não conseguiu achar outro modo de calá-la a não ser beijá-la. E foi o que ele fez. Quando null começou a gritar de novo, ele chegou para frente até prensá-la entre uma pedra e ele, depois soltou seu pulso, colocou um braço de cada lado dela e a beijou. null ainda deu mais uns soquinhos no peito de null, mas acabou se entregando ao beijo. Ela colocou os braços envolta do pescoço dele e bagunçou o cabelo do menino, enquanto ele passava as mãos pela sua cintura. null pressionou mais seu corpo no de null, fazendo-a soltar um gemido baixo. Depois, ela começou a passar as unhas de leve nas costas dele, fazendo-o arrepiar, null já ia abrir seu biquíni quando null colocou a mão no bolso da bermuda dele e pegou seu celular. Em seguida, ela deu uma mordida no lábio inferior dele e disse em seu ouvido: “Como você é fraco, null”. Ela sorriu, pegando seu vestido e voltando para a casa.
Capítulo 5 – E começa a guerra.
- Ei! – null disse e saiu correndo atrás dela, mas null foi mais rápida e quando ele a alcançou, ela já estava na cozinha falando com sua mãe.
- O almoço já tá pronto? – null perguntou, fingindo que nada tinha acontecido.
- Quase, filha. – Sue respondeu.
- Ok, então eu vou tomar um banho e depois eu volto. – Ela disse e foi para o quarto, sendo seguida por null.
- Ei! Quem você pensa que é pra fazer aquilo? – Ele perguntou quando já estava no quarto, sozinho com ela.
- O que? Ah... Eu só sou mais esperta do que você, null. – null sorriu e foi pegar uma roupa.
- Fala sério, garota! Você ficou toda derretida lá! Não vem com essa pra cima de mim não! – Ele disse.
- Eu fiquei derretida? Então me diz, por que você quase tirou meu biquíni? – Ela perguntou entrando no banheiro.
- Eu não fiz isso! Você tá doida, só pode! – null disse.
- Claro que fez! Ai, droga... – null estava tentando desamarrar seu biquíni, mas o nó estava muito forte e ela não conseguia tirar. Ela não viu mais nenhuma solução a não ser pedir ajuda a null.
- null, me ajuda aqui? – Ela pediu, abrindo a porta do banheiro.
- Que foi? Mais uma barata gigante? – null zoou.
- Não, idiota! É que o nó tá muito forte e eu não consigo tirar...
- Ah, tá... Quase agora você tava quase me xingando porque eu quase abri seu biquíni e agora quer que eu o tire pra você assim, na boa? Você não vai conseguir dessa vez, garota. - null não iria ceder assim tão rápido.
- É sério, por favor! Eu não posso tomar banho assim, oras! – null disse se virando para ele.
- Ué, toma de biquíni!
- Por favor, null... Eu não implico mais contigo hoje, vai! – Ela se aproximou dele e virou de costas.
- Como você é interesseira! Tá, tudo bem... – null disse e assim que ele soltou o nó, o biquíni caiu no chão, deixando null com as costas nuas.
- Droga, eu não segurei! – null disse sem se virar.
- Tudo bem, eu já tô saindo... – Ele sorriu e antes de sair, sussurrou no ouvido dela: “Você ainda tá me devendo algo...”. A voz dele assim e o jeito que eles estavam fez com que null sentisse borboletas em seu estômago.
“Então é isso, se ele quer guerra, ele vai ter guerra! Vamos ver que cede primeiro, null”. null pensou enquanto tomava banho. Durante o dia inteiro, os dois só trocaram olhares. À tarde, null decidiu ir tocar bateria, ela ficou lá por pelo menos uma hora e como tinha ‘sumido’, null começou a procurar por ela e a sala de música foi o primeiro lugar que ele viu.
- Ah, então você tá aqui, né! – Ele disse, entrando e vendo-a tocar (e muito bem) sua bateria. null fingiu que não escutou e continuou.
- Tá, me ignora então. – null ligou sua null no amplificador e começou a tocar Beat It (Versão do Fall Out Boy). null o acompanhou e eles ficaram tocando juntos por um tempo. Como null tinha esquecido a porta aberta, todos de fora ouviram e foram ver quem era. Quando perceberam que null e null estavam tocando juntos, ninguém acreditou. Eles não tinham percebido que quase todos estavam na porta e quando viram, levaram um susto.
- Nossa, quem diria... Vocês dois fazendo algo a não ser brigar? Fiquei de boca aberta agora! – Bob disse rindo.
- Vocês tocam bem! Se não fossem tão implicantes poderiam até montar uma banda! – Sue disse.
- Não tia, eu já tenho uma banda. - null sorriu.
- É, eu sei que toco bem, ok? Agora dêem licença que a estrela precisa descansar! – null brincou e foi para a varanda.
- Metida... – null disse e foi para a sala ver tv.
A semana seguinte passou assim, null e null só trocavam olhares provocantes e quase não se falavam. A guerra tinha oficialmente começado.
Capítulo 6 – Uma casa vazia, uma tempestade e as verdades vêm à tona.
- null! – Sue chamou-a.
- Oi, mãe. – null veio correndo do quarto.
- Eu, seu pai, seus tios e seus avós vamos levar as crianças num parque que tem aqui perto, você quer ir? – Ela perguntou.
- Ah, mãe... Eu tava planejando terminar de ler o meu livro hoje... E também não vai ter nada pra fazer lá...
- Tá, tudo bem. Só que o null também vai ficar aqui, a Cath disse que ele não tá se sentindo bem e que pediu pra ficar. Você quem sabe, filha.
- Ah, tudo bem... Eu acho que consigo sobreviver a uma tarde sozinha com ele.
- Só não se matem, ok? – Sue brincou.
- Ok, mãe! – null riu e eles foram embora. Logo que todos saíram, null chegou por trás dela e disse:
- Enfim, sós. – Ele sorriu e ela virou para trás.
- É, infelizmente! – null bufou e se sentou no sofá para ver tv.
- Ah, que isso! Nem é tão ruim assim. Essa casa é grande demais, a gente nem precisa se falar, ok? – null disse indo para a cozinha.
- Ok, é só você não cruzar o meu caminho. – Ela respondeu sem tirar os olhos da tv.
Já estava escurecendo quando começou a chover. Até ai, tudo bem, só que quanto mais escurecia, mais a chuva ficava forte até se tornar uma tempestade com raios.
null estava lendo quando de repente viu um clarão no céu e todas as luzes da casa se apagaram.
- Ah, ótimo! Além de eu ter que ficar aqui sozinha com ele, ainda falta luz! Alguém lá em cima realmente me odeia, não é possível! – null disse enquanto procurava seu celular para iluminar alguma coisa. Mais um raio e ela já estava ficando com medo. Outro e ela começou a procurar null pela casa.
- null! – null chamava enquanto usava o celular para iluminar o caminho.
- Ué, você não disse que era pra eu nem cruzar o seu caminho? – null disse atrás dela, fazendo-a se assustar.
- Ai, que susto! É, mas as regras mudaram a partir do momento que a gente tá sem luz nenhuma, né! – Ela disse.
- Ah, então você ficou com medo e veio me procurar... Foi isso?
- Bem, quase isso. Você já foi ver se dá pra religar as luzes? – null perguntou tentando mudar de assunto.
- Não, vamos lá. – Eles foram até o gerador.
- Cuidado aí, hein! – null disse.
- Calma, eu não morro hoje. Não morri até agora, tendo que te agüentar! – null brincou e ela deu um tapa nele.
- E aí? – Ela perguntou.
- Nada, pelo visto nós vamos ficar sem energia até amanhã... – Ele disse olhando para fora.
- Ain, droga! – Ela bufou, foi para a sala e sentou no sofá.
- Por que eles não voltaram ainda? – null perguntou se sentando num sofá em frente.
- Sei lá... Mas com certeza lá tá muito mais legal do que aqui! – null cruzou os braços, emburrada.
- Como sempre, reclamando! Você não cansa nunca?! – null perguntou.
- Você não cansa de ser assim, não? – null rebateu.
- Assim como? Ah, de ser o cara que você quer, mas sabe que não vai ter porque as implicâncias são mais fortes? Não, eu só vou cansar quando você se entregar. – Ele respondeu.
- Nossa, você tá com febre, null? Da onde você tirou que eu quero você? Tadinho, deve tá delirando... – null disse indo ver se ele estava com febre.
- É claro que quer, se não quisesse, você não ficaria toda arrepiada só de eu falar alguma coisa no seu ouvido! – null disse segurando o pulso dela.
- Eu fico arrepiada?! Você tinha quer a sua cara quando eu pedi pra você desamarrar o meu biquíni! Fala sério, null. Você que tá afim de mim! – Ela olhou para ele.
- Garota, quando você vai se tocar de que o mundo não gira só a sua volta? Tá na hora de crescer e ver que nem tudo é do jeito que você quer! Isso que dá, ser mimada do jeito que você é! – null estava falando tudo que tinha guardado em anos.
- EU SOU MIMADA? Pelo amor de Deus! Agora tá com inveja só por que meus pais e meus avós me dão tudo o que eu quero? Eu pensava que você tinha mudado, mas agora tô vendo que é o mesmo garoto idiota de sempre! – null não acreditava no que ele estava falando. Mimada, ela? Só podia ser inveja!
- ACORDA, GAROTA! Se tem uma pessoa no mundo que nunca vai sentir inveja de você, sou eu! Mas, se eu tivesse a família que você tem, eu com certeza estaria muito satisfeito com a minha vida. Você tá sempre de mau humor, nunca agradece nada do que fazem por você, responde todo mundo... Quando você resolver sair do seu mundinho, do seu castelo de princesa, talvez já não sobre mais nada. Toma cuidado! – null parecia só estar querendo provocá-la, mas na verdade ele estava realmente preocupado que as atitudes dela, a fizessem mal um dia.
- Ah, tá... Você tá querendo dar uma de adulto agora? Você por acaso é meu pai pra falar comigo desse jeito, null? – null não agüentava mais aquilo. null null dando lição de moral para ela? E o pior que tudo que ele falava, era verdade. Só que ela nunca tinha percebido. Até agora.
- Não sou seu pai... Eu acho que não agüentaria ficar nessa posição nem por um dia! E eu também não tô querendo ser adulto, só tô querendo te alertar para as coisas. Mas, pelo menos, eu cresci. Você não. – Ele disse e foi para a janela, para esfriar a cabeça. null ficou pensando em tudo que ele disse e viu que realmente estava errada. Então ela levantou e foi até a janela, ficando do lado dele.
- null... Eu... Queria te pedir desculpas. – Ela disse sem olhar para ele.
- Pedir desculpas pelo quê? – null perguntou, olhando para ela.
- Por eu ter sido tão idiota. Eu sei que você só quer me ajudar, mas sabe... O meu orgulho não me deixa ser legal com você. Isso vai contra todos os meus princípios. – null respondeu olhando nos olhos de null.
- Ah, eu sei que você é idiota, isso é normal. Já me acostumei. – Ele sorriu.
- Tá, tudo bem... Pode me zoar, eu mereço! – null disse, sorrindo também.
- Mas, hein... Por que será, que às vezes, em raros momentos, como esse a gente se dá bem e do nada, nós começamos outra briga sem sentido? – null foi extremamente sincero.
- Não sei... Deve ser o costume. Nós nunca nos entendemos, e então botamos na cabeça que nos odiamos. A partir desse fato, é quase impossível ficar sem brigar contigo. – Ela sorriu.
- Nossas brigas são como passatempos pra mim. Eu até que gosto de implicar com você. Mas, eu queria experimentar, pelo menos uma vez como deve ser, ser seu amigo ou pelo menos algo mais legal do que inimigo. – null disse a abraçou-a de lado.
- Eu me divirto brigando contigo, sabia? Seu chato... – null deu um tapa de leve no braço dele. - Mas a gente pode tentar uma trégua por enquanto. Se começar a ficar tedioso, a gente volta ao normal, ok? – Ela piscou.
- Ok. – Ele sorriu.
Capítulo 7 – Então, amigos?
- Ta, e o que a gente faz agora? Já tá ficando chato isso... – null disse cruzando os braços e fazendo null rir.
- Vem aqui que eu quero te mostrar uma coisa. – null puxou-a pela mão e foi até a sala de música, iluminando o caminho com o celular. Eles chegaram lá e null pegou seu violão. null sentou no chão e ele sentou-se em frente a ela.
- Eu aproveitei essas férias, pra tentar melhorar minhas habilidades como compositor, aí eu escrevi uma música... – Ele disse enquanto começava a tocar uma música no violão. - E, você é a primeira pessoa que a escuta. – Ele disse e começou a cantar.
I never meant the things I Said to make you cry
Can I say I'm sorry?
It's hard to forget
And yes I regret
All these mistakes
I don't know why you're leaving Me
But I know you must have your reasons
There's tears in your eyes
I watch as you cry
But it's getting late
Was I invading in on your secrets
Was I too close for comfort
You're pushing me out
When I'm wanting in
What was I just about to discover
When I got too close for comfort
Driving you home
Guess I'll never know
Remember when we scratched our names into the sand
And told me you loved me
But now that I find
That you've changed your mind
I'm lost the words
And everything I feel for you
I wrote down on one piece of paper
The one in your hand
You won't understand
How much it hurts to let you go
Was I invading in on your secrets
Was I too close for comfort
You're pushing me out
When I'm wanting in
What was I just about to discover
I got too close for comfort
Driving you home
Guess I'll never know
All this time you've been telling me lies
Hidden in bags that are under your eyes
And I when I asked you I knew I was right
But if you took it back on me now
When I need you most
But you just let me down, down, down
Would you think about what you're about to do to me
And back down...
Was I invading in on your secrets
Was I too close for comfort
You're pushing me out
When I'm wanting in
What was I just about to discover
I got too close for comfort
You're pushing me out
When I'm wanting in
(Yeh yeh yeh)
What was I just about to discover
When I got too close for comfort
Driving you home
Guess I'll never know.
null prestava atenção em cada parte da letra e na voz de null. Ela sempre soube que ele sabia cantar, mas nunca tinha ouvido ele cantar e estava surpresa e encantada. null tinha realmente uma voz incrível e a letra era realmente boa.
Quando ele terminou, ela ainda estava extasiada e não disse nada, o que deixou null apreensivo.
- Então, o que achou? – Ele perguntou, colocando o violão de lado.
- Nossa... Você canta muito bem, null! E a letra é linda... – null respondeu sorrindo.
- Ah, que isso... Nem é pra tanto! Mas eu concordo com a letra... Foi a melhor que eu já fiz em anos! – null sorriu, envergonhado. Ela nunca tinha elogiado-o e isso era bom. Significava que a trégua era mesmo pra valer.
- Então você já fez outras? Como é o nome dela? – Ela perguntou interessada.
- Fiz... É ‘Too Close For Comfort’. – null sorriu orgulhoso.
- Bom... Então, já posso me gabar quando você começar a fazer sucesso! Eu fui a primeira pessoa a escutar sua música! – null piscou e ele riu.
- Vai, toca outra aí! – Ela se empolgou e null obedeceu.
Ele tocou quase todas suas composições para ela, fazendo-a ficar mais admirada a cada música. Quando eles foram reparar, já passava da meia noite e os adultos já tinham chegado.
- Então, a gente conta pra eles da nossa ‘trégua’? – null perguntou, fazendo aspas na última palavra.
- Não... Vai ser mais divertido assim! – null respondeu, rindo. E eles foram para a sala como se tivessem acabado de brigar.
- E aí, meus queridinhos, estão inteiros? – Susan brincou apertando a bochecha de null e de null.
- Sim, vó. Mas por pouco! – null disse e sem que ninguém visse, piscou para null que riu.
- Bom, eu tô indo dormir. – null disse e foi para o quarto. null foi um tempo depois.
No quarto...
- Nossa, você nunca pensou em ser atriz, não? – null perguntou para null. Eles já estavam deitados.
- Não... Mas eu acho que é uma boa! – null sorriu.
- Boa noite. – Ele disse.
- Boa noite. – null disse e virou para o outro lado.
Na tarde seguinte, null e null estavam andando perto da cachoeira e por um milagre, ao invés de brigarem como da última vez, eles estavam conversando civilizadamente.
- Então, como é essa sua banda? – null perguntou enquanto jogava pedrinhas na água. Eles estavam sentados numa pedra.
- Ah, ela se chama ‘McFly’, é formada por mim e meus três amigos. – null respondeu.
- Nossa... E esses seus amigos, são bonitos? – Ela provocou.
- Nunca reparei não... Sabe como é, eles não fazem meu tipo! – null piscou para ela.
- Sei... E quem faz seu tipo? – null perguntou, virando de frente para ele.
- Como assim? – Ele ficou confuso. Aonde ela queria chegar com isso?
- Ah, você entendeu... Qual é seu tipo de garota? – Ela não sabia porquê, mas não sentia mais receio nenhum de fazer essa pergunta. Afinal, eles estavam de bem agora, não estavam?
- Não sei... Eu não tenho um estereotipo formado, mas garotas bonitas e provocantes em geral me atraem. – null respondeu, mas dessa vez, para sua surpresa não ficou envergonhado.
- Hm... – null ficou pensativa. Bem, ela era bonita e um tanto provocante também. Será que ele realmente se sentia atraído por ela?
- E o seu? – Ele perguntou, interessado.
- Meu o quê? – Ela estava perdida em seus pensamentos.
- Seu tipo de garoto. – Ele respondeu.
- Ah... Eu gosto de garotos com atitude... E bonitos também, claro. – Ela piscou.
- Atitude, é? E eu que achava que você era santa... – null disse rindo.
- Eu já fui, mas não era tão legal. – null piscou e deitou na pedra, olhando pro céu.
- Ah, não? E o que é legal? – null perguntou, deitando também.
null hesitou um pouco antes de responder.
“Aproveita menina, ele tá ai do seu lado... Vocês não tem nada a perder! A não ser que você esteja com medo de se apaixonar... Não, eu não tenho medo. Se acontecer, vai acontecer. Mas eu acho difícil me apaixonar por ele... Se bem, que ele é tão lindo quando tá sendo simpático... Tão fofo... Ai null pára. Agora, aproveita. As conseqüências vêm depois”. Ela ficou pensando e decidiu aproveitar. Que mal faria?
- Ei, tá aí? – null olhou para ela.
- Ah, tô... Eu tava distraída olhando para as nuvens... – Nossa, que desculpa horrível! - O que você perguntou mesmo? – Ela voltou ao assunto.
- Perguntei: o que é legal? – null voltou a olhar para cima.
null se virou e ficou em cima de null, ela viu que ele tinha ficado sem ação e disse: “Isso que é legal!” E o beijou. O beijo dessa vez foi diferente, os outros tinham uma pitada de medo, mas esse não. Era como se eles não se conhecessem, foi um beijo mais ardente e com um pouco de paixão. null se sentou e null, ainda em cima dele, cruzou as pernas envolta de sua cintura. Enquanto ela acariciava sua nuca, dava pequenas mordidas no lábio inferior dele e ele, passava as mãos pelas costas dela, até parar em seu cabelo e fazer tudo de novo. null parou de beijá-la e falou em seu ouvido: “É isso que amigos fazem?”, depois beijou o pescoço de null, passando a mão pela sua coxa. null sorriu e arranhou as costas de null. Depois, ela acariciou o cabelo dele e respondeu, perto de seu ouvido: “Não sei, mas isso é muito mais divertido do que brigar...”. Ela mordeu o lábio e saiu de cima dele.
- Mas que droga... Por que nós só resolvemos ficar amigos no final das férias? – null resmungou.
- Bem, a gente têm mais uma semana pelo menos. – null sorriu e null a beijou de novo.
Eles passaram a tarde toda assim. Quando voltaram para a casa, ouviram comentários do tipo: “Vocês estão tão diferentes... Que bicho mordeu vocês?” E “null, você tá bem? Por que ainda não brigou com ele hoje?”.
Capítulo 8 – Nunca foi tão difícil dizer adeus.
Quando faltavam três dias para todos irem embora...
- Filha, eu tenho que falar contigo! – Frank chamou null.
- O que foi, pai? – Ela perguntou.
- Eu recebi uma ligação hoje do meu chefe e nós vamos ter que voltar para casa amanhã cedo.
- Quê? Ah, por quê? – Sem saber por que, null se sentiu triste diante daquela notícia.
- Porque eles precisam de mim lá para uma reunião muito importante que vai ter amanhã à noite.
- Mas, eu não posso ficar aqui com a mamãe? Depois nós voltamos de carona com alguém, não sei...
- Eu não tô te entendendo... Quando nós dissemos que íamos passar as férias aqui você não quis vir de jeito nenhum, agora não quer ir embora?
- É que aconteceram coisas legais... E agora que tudo tá dando certo a gente vai ter que ir... – Ela estava mesmo triste.
- Ah, filha... Essas coisas acontecem. Mas, se você quiser, nas férias do meio do ano eu deixo você voltar, ok?
- Tá bom, pai.
- Agora, vai arrumar suas coisas. – Ele disse e foi dormir.
“Tá, por que eu tô tão triste em ir embora? Como meu pai disse, eu não queria vir pra cá de jeito nenhum! Será que só o fato de eu e o null fazermos as pazes mudou tanto assim a minha opinião? Tá... Eu sei que não foi só isso. Mas de qualquer forma, a vida segue...”. null foi pensando enquanto ia para seu quarto.
Chegando lá, null estava deitado na cama ouvindo música.
- Nossa, o que houve? – Ele perguntou quando viu null com uma lágrima no rosto.
- Nada... – Ela disse e foi para o armário começar a guardar suas coisas.
- Se não foi nada, por que você tá guardando suas roupas se ainda faltam três dias pra gente ir embora? – null perguntou sem entender.
- É porque meu pai acabou de me avisar que nós vamos ter que ir embora amanhã de manhã. – null respondeu abrindo sua mala na cama.
- Quer dizer que você vai embora, então? – null sentiu uma pontada de tristeza.
- É. E é por isso que eu tô arrumando as minhas coisas! Olha que incrível! – Ela zoou.
“Então essa é minha última noite com ela até a gente se ver de novo... E sabe lá Deus quando isso vai acontecer! Pode ser daqui a meses ou daqui a anos. Mas, por que eu tô tão triste? Afinal, ela nunca foi nada de especial pra mim, mesmo...”. null pensava, mas ele sabia que no fundo, aquelas férias tinham acrescentado algo a sua vida. Ou melhor, alguém.
- É, incrível... Então quer dizer que a gente não vai se ver até as férias do ano que vem? – Ele perguntou.
- Eu não devo vir pra cá ano que vem, eu combinei de viajar com as minhas amigas. Mas, por que você tá tão preocupado com isso? – Ela parou e olhou para ele.
- Ah... Não sei. Eu só não queria que acabasse logo agora, que nós estamos bem. Sabe, como eu já te disse, eu gosto de brigar contigo. Mas eu descobri que essa trégua me fez muito melhor do que quando a gente brigava. – null disse.
- Eu sei... Eu também me sinto assim, isso é tão estranho. Mas eu sei que não vai passar disso. Quero dizer, nem pode. Porque no fundo, você ainda é meu irritante quase-primo que eu odeio, né. – Ela sorriu.
- E você é aquela garota que consegue me irritar só de estar na mesma sala que eu. Bem, conseguia...
- Por que esse verbo no passado?
- Porque essas férias, esse tempo que eu passei contigo, me fizeram te conhecer melhor. E assim, eu percebi que você não consegue só me irritar, mas também, consegue alterar totalmente meus pensamentos.
- Não tô entendendo...
- Eu não sei muito bem, mas quando você tá perto, tudo que eu quero é te abraçar e ficar perto de você. E quando não tá, eu só penso em você. Como você fez isso comigo, em tão pouco tempo?
- Bem, talvez, eu seja o seu tipo de garota. – null disse e se sentou do lado de null.
- Eu tenho certeza disso.
- Mas, pensa bem... Esse tipo de sentimento, em geral é só coisa do momento, null.
- Como você pode ter tanta certeza? – Ele perguntou sem entender onde ela queria chegar. Ela estava sentindo o mesmo ou só queria dizer para ele desistir?
- Bom, eu já senti isso uma vez. Mas passou.
- Por acaso, você sente isso de novo?
- É... Podemos dizer que sim. Eu também sinto todas essas coisas em relação a você. Mas, isso tem um nome. Isso é amor de verão. Daqueles que são momentâneos. – null disse.
- Então, a gente tá tendo um caso de verão? – null perguntou.
- Sim. Daqueles que se forem levados muito a sério, podem machucar mais tarde. Se é que você me entende... – null sempre foi muito segura de tudo, e não era agora que iria mudar.
- Entendo. Quer dizer que quando nós formos embora, tudo vai acabar?
- Em geral, é isso que acontece. – null respondeu e se levantou para guardar as coisas que faltavam. Ela estava se sentindo como uma professora e ao pensar nisso, soltou uma risada.
- A gente vai se ver mais alguma vez? – Ele queria adiar esse momento, mesmo sabendo que tudo que null disse, era verdade.
- Bem, meu pai disse que talvez a gente volte pra cá nas férias do meio do ano. – Ela sorriu.
- Hm... Quem sabe, a gente não tem mais um desses casos de férias? – Ele se levantou e disse no ouvido dela, abraçando-a por trás.
- É, quem sabe. – null sorriu.
- Agora, vamos dormir porque amanhã eu vou ter que acordar cedo. – Ela disse e fechou sua mala, colocando-a no chão.
- Provavelmente eu vou tá dormindo quando você sair, então já vou me despedir. – null disse e deu um selinho nela. Depois, eles foram dormir.
Capítulo 9 – Why do I love you?
De manhã, null levantou sem fazer barulho, viu null jogado na cama dormindo e deu uma risada. Como aquele garoto havia crescido e mexia tanto com seus sentimentos... Ela levou suas malas para fora e foi tomar café. Guardou tudo no carro, onde seus pais a esperavam, já ia entrando no carro quando percebeu que tinha esquecido algo no quarto.
- Pai, espera aí! Eu esqueci as minhas baquetas no quarto! Já volto. – Ela disse e saiu correndo. null já estava acordado, mas quando null entrou no quarto, ele fingiu estar dormindo. Ela começou a procurar suas baquetas em todos os lugares, mas não as encontrava de jeito nenhum.
“Não é possível! Eu tenho certeza que deixei aqui! Ain, droga... Eu não posso perder as minhas baquetas! Sem elas eu não vivo!”. null pensava enquanto revirava tudo, tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordar null e as crianças. Ela sempre foi muito apegada a coisas materiais, mas sua bateria era sim sua vida. null já estava ficando desesperada quando...
- Ei, por acaso é isso que você tá procurando? – null perguntou sentado em sua cama, segurando as baquetas na mão.
- É! Mas, você não tava dormindo? – null perguntou, mais calma.
- Na verdade eu tava fingindo. Eu sabia que você tava procurando por elas. Você tinha que ver a sua cara! – Ele disse rindo.
- Ah, então você sabia e tava aí, se divertindo com a minha busca sem sucesso? – null já estava ficando com raiva. Por que ele sempre fazia isso?
- É, tava. Sabe, isso é muito legal! – null disse, rodando as baquetas nos dedos.
- É, tudo é muito legal, mas dá pra você me devolver elas? Meus pais tão me esperando no carro! – Ela disse se aproximando da cama dele.
- Hm... Acho que não! – Ele disse e se levantou.
- null, me dá isso agora! – null disse irritada.
- Fala baixo, lembre-se que temos crianças dormindo aqui... – null se divertia com a raiva dela.
- Se eu quiser, eu acordo todo mundo! – Ela disse mais alto.
- Shiii! Você não ia gostar de ver o mau humor desses capetinhas quando são acordados!
- Então, me devolve as minhas baquetas!
- Não assim tão fácil! – Ele disse e segurou-as atrás das costas.
- null null, me dá isso! Eu achei que a gente tivesse feito as pazes, lembra? – null perguntou chegando perto dele.
- É, a gente fez. Mas isso até que é bem engraçado! – null riu.
- Não, eu não acho nada engraçado! Você é irritante, sabia? – null estava perto demais dele.
- Sim, eu sei. E você é muito rabugenta quando quer!
- Me dá isso agora! – Ela começou a bater nele.
- Vai acordar as crianças... – Ele balançava a cabeça e tinha uma expressão que irritava ainda mais null.
- Garoto, eu te odeio, sabia? – Ela disse enquanto tentava pegar as baquetas dele sem sucesso, já que era mais baixa do que ele.
- Eu sei. Você fica tão bonitinha brava, sabia? – null ainda ria.
- null, pára! Daqui a pouco meus pais vão ficar preocupados e vão vir aqui. E isso não vai ser nada legal! – Ela o chantageou.
- Tá, tá... Eu te devolvo. – Ele disse e colocou as baquetas na mão dela.
- Idiota! – null disse pegando-as e indo pra porta. null puxou-a pelo braço, fazendo a menina cair em cima dele. Depois, ele a beijou. Um beijo de despedida, com a mesma emoção do primeiro. Agora eles descobriam que isso era muito melhor depois de uma briga. Quando já estavam ofegantes, null parou, sorriu e disse no ouvido de null: “I hate everything about you, why do I love you?”. Ela olhou para ele sorrindo e saiu do quarto, indo embora.
Definitivamente, aquelas férias mudaram algo neles. Logo, os dois não viam a hora de chegarem às próximas férias recheadas de muito ódio e amor, num misto muito, muito bom.
N/A:É isso, gente! Espero que tennham gostado e tudo mais :D Comentários, chingamentos ou elogios, mandem pro meu e-mail: brenda.cr.21@hotmail.com. Quem quiser, pode adicionar também :D