Capítulo 1 – Férias!

- , tá pronta? – perguntou assim que a amiga atendeu o interfone.
- Quase, quase. Eu só tô com sono... Por que a gente tem que ir assim tão cedo? – perguntou e bocejou.
- Porque a viajem demora, queridinha!
- Pena que a e a não vão poder ir, né!
- É... Ia ser Mara se elas fossem com a gente... Bem, pelo menos nós ainda temos as férias de verão! Dublin nos espera! Mas, enfim, termina de se arrumar e vem direto pra cá.
- É, só não pode morrer nenhum outro parente até lá! – disse em tom de brincadeira.
- Cruzis! Bate na madeira! E anda logo! Tchauzinho.
- Ok, bye.

e eram vizinhas e amigas desde pequenas, juntas formavam um grupo de amizade com e , elas conheceram as outras duas na escola e foi ‘amizade à primeira vista’. As quatro também formavam uma banda, a Point Of View, mas não levavam isso muito a sério. Elas tinham combinado de ir para a casa da tia de nas férias de julho, mas o avô de e , que eram irmãs, faleceu uma semana antes, fazendo com que as garotas não pudessem mais ir. Com isso, teve que escolher a sua segunda opção, que seria passar as férias na casa de sua tia Cathy, em Bolton, o que não seria nenhum sacrifício para ela, por causa de um certo garoto chamado , seu quase-primo que ela já não odiava mais, pelo contrário. E, assim, ela resolveu chamar para ir com ela.

- Então, esse seu primo tem algum amigo bonito? – perguntou quando elas já estavam no carro com os pais de , à caminho de Bolton.
- Cara, você não perde tempo, né? – riu.
- Ah, deixa eu ser feliz, pô! Então, tem?
- Não sei, eu não vou à casa dele a muito tempo! Mas ele disse que tem uma banda, pode ser que um desses garotos seja gato, sei lá!
- Ow, todos! – disse levando um pedala da amiga. E assim, elas seguiram viajem.

- , será que ela vem? Tá, tudo bem que meu pai disse que ela vai viajar com as amigas e tal, mas vai que ela decide mudar de idéia? – andava de um lado para o outro, o que fazia o amigo ficar irritado.
- Calma, cara! Por que esse nervosismo todo? Ela é só sua prima! – , o tal amigo, disse.
- Não, você sabe que ela não é só minha prima. Na verdade nem prima é, mas você sabe da nossa ‘história’.
- Nossa, duas ou três semanas é considerado uma ‘história’ já?
- Bem, pra mim, sim.
- Tá, mas agora você tem uma namorada, você tem que se preocupar com ela, cara!
- É, eu sei... Mas eu não queria que a soubesse da Kristen desse jeito!
- Tudo bem, mas um dia ela vai ter que ficar sabendo, não acha?
- É... Mas eu espero que ela não venha, do mesmo jeito!
“Mal sabe ele que eu só tô com a Kristen pra tentar esquecer dela, o que é mais um motivo pra eu não querer que ela venha. Eu não posso ter uma recaída agora!”. pensava enquanto ia ligar para a namorada. Quando ele voltou para a sala, teve uma surpresa nada agradável.

- Sue! Frank! ! Amiga da ! – Cathy falava enquanto cumprimentava cada um. e já estavam na sala também.
- Er... O nome dela é , tia! – disse.
- Prazer! – cumprimentou todos.
- E... Cadê o ? – perguntou.
- Ah, ele tava no quarto, ligando pra na... – ia falando, quando a cortou.
- Natália, uma amiga minha que faz aniversário hoje! – lançou um olhar ‘matador’ para , que deu língua para ele. – Oi, gente! – e ele cumprimentou cada um, demorando um pouco em . – Não sabia que você vinha... – ele disse no ouvido dela.
- Eu não ia vir, eu ia viajar com as minhas amigas, mas a gente teve uns probleminhas. – riu, tentando disfarçar suas bochechas que provavelmente estariam dois tomates agora.
- É, o avô das nossas amigas morreu... – disse, levando uma cotovelada de . – Que foi? Não se pode falar a verdade por aqui? – ela perguntou, boquiaberta.
- Não é isso, é só que não é muito legal ficar falando dessas coisas, né! – respondeu.
- Não, tudo bem. – sorriu. , que estava ao lado de , pigarreou.
- Ah, é! , esse é , meu amigo. , essa é , minha... prima. – ficou ansioso, esperando pela correção de : “Prima não, quase-prima!”, mas ela não o fez.
- E essa é , minha amiga. – disse.
- Mas podem me chamar de ! – sorriu ao perceber que não tirava os olhos dela.
- Bem, o que a gente pode fazer por aqui? – perguntou a .
- Como assim? – ele respondeu, confuso.
- Pra sair do tédio, sei lá.
- Ah... – ia dizendo quando foi cortado por .
- Nossa, mas vocês acabaram de chegar! Não tão cansadas, não? – perguntou.
- Bem, na verdade... Não. Eu só tô com tédio. – disse.
- E com fome! – completou.
- Ok, Vamos ver... A gente pode jogar alguma coisa depois do almoço. – disse.
- Quem topa Imagem & Ação? – perguntou, animado. Todos concordaram.
Poucos minutos depois, Cathy anunciou o almoço. Depois, eles foram jogar. As duplas foram: e contra e .

Capítulo 2 – A tal namorada.
Eles ficaram jogando boa parte da tarde, enquanto os adultos conversavam. foi para a casa de uma amiga, onde iria dormir. Agora, estavam todos no quarto de , conversando.

- Então, animados com o último ano de escola? – perguntou.
- Nossa, mais triste do que animada pra falar a verdade. – disse.
- Bem, pra mim tá tudo ótimo até agora! Poder dirigir é a melhor coisa desse ano! – disse, e concordaram.
- Isso, se gabem só porque vocês já tem 18 anos! Mas, tudo bem... O meu aniversário já tá chegando, ok? – disse, emburrada.
- Ah, por falar no seu aniversário, já pensou no que você vai fazer? – perguntou.
- Já! Como eu não tive uma festa de 15 anos tradicional, com aquela coisa toda, minha festa de 18 vai ser um baile de debutantes, onde todos vão ter que estar de máscara! Com o tema de ‘O Fantasma da Ópera’! – ela disse sorrindo.
- Nossa, vai ter toda aquela parada de valsa e tal? – perguntou, com cara de nojo.
- Não, não! Não vai ser tão tradicional assim!
- Ah, tá. – todos riram. A campainha tocou.
- , A KRISTEN TÁ AQUI! – gritou lá de baixo. e automaticamente se olharam com a pior cara de assustados possível.
- Er... Quem é Kristen? – perguntou quando percebeu a cara dos dois.
- Amooor! – Kristen disse, subindo as escadas em direção ao quarto de .
- Ah... – ficou pálida na hora. olhou para e depois para , em busca de alguma reposta.
- É... Assim... Kristen é a minha namorada. – respondeu, nervoso e olhando para baixo.
- Sua... Sua na... Namorada? – perguntou, tremendo.
- Ô-ow. – e falaram ao mesmo tempo. Nesse momento, Kristen entrou e se lançou nos braços de . , ao olhar aquilo, saiu correndo do quarto dele para o banheiro. se levantou, olhou para e disse: “Mandou muito mal, cara!” E saiu correndo atrás da amiga.
- Er... O que houve? – Kristen perguntou, confusa.
- Sabe aquela minha prima, que eu tinha te contado? – perguntou.
- Sim, aquela que você odiava, mas que nas férias vocês ficaram... – ela disse.
- É. É ela. – ele abaixou a cabeça.
- Então, parece que ela gosta mesmo de você, né? – Kristen disse com a voz meio triste.
- Não sei. Mas, também não faz diferença, afinal foi ela mesma quem disse que tinha sido só um ‘caso de verão’.
- Bem, tenta conversar com ela, cara. – se intrometeu.
- Acho difícil ela querer olhar na minha cara agora, mas eu vou tentar.

- NAMORADA! ELE TEM NAMORADA? – perguntava (quase gritava), chorando. Ela estava sentada no vaso, fechado e estava em pé, na sua frente.
- Bem, ele não tinha nenhum compromisso com você, oras! Uma hora isso ia acontecer. Ou você acha que ele ia ficar esperando por você? – tentava (bem mal) acalmar a amiga.
- Mas, como ele é rápido, hein! Cadê aquele que ficava me mandando mensagens do tipo: “Quero logo que as próximas férias cheguem” e “Tô com saudade das nossas brigas...”? Tudo bem, eu deveria ter desconfiado de alguma coisa quando ele parou de falar comigo do nada, em abril. Mas não é motivo pra ele já ir logo procurar uma garotinha aí pra se agarrar! – ela já não estava mais chorando, mas sua raiva só aumentava.
- Calma! Olha, pelo que você me contou, você resumiu tudo o que aconteceu entre vocês dois como um ‘caso de verão’. E, já que foi assim, você acha mesmo que ele ia pensar: “Ah, ela diz isso, mas na verdade eu sei que ela gosta de mim. Nas férias seguintes vai acontecer a mesma coisa, aí nós vamos namorar, depois vamos casar e seremos felizes para sempre!”? É claro que ele deve ter desencanado! E nada melhor pra desencanar de um ‘caso’ do que ter outro.
- Tá, tudo bem. Mas, ele foi rápido demais! E outra coisa, por que ele não contou nada antes dela aparecer? Isso significa que ele não ia contar? E por que ele ficou tão nervoso quando ela chegou? – estava confusa, não sabia o porquê, mas aquilo tudo tinha machucado e muito.
- Bem, às vezes ele ia contar, só tava esperando o momento certo...
- Por que é sempre assim? – estava chorando de novo e a abraçou.
- Ele é importante mesmo pra você, não é? – perguntou. Ela sabia a resposta, porque nunca tinha visto tão feliz do que quando ela falava de .
- Era... Mas, agora passou. Ele tá em outra, isso significa que pra ele, não foi nada importante o que aconteceu entre a gente. E, já que não foi importante pra ele, por que seria pra mim? Cansei de chorar por causa de garotos que não merecem. – ela respondeu decidida, secou as lágrimas e foi retocar seu lápis de olho.
- Isso aí, garota! Agora vamos voltar pra lá, porque eu tenho um ‘amigo’ me esperando! – disse e sorriu.
- É, parece que alguém tá toda boba, hein!
- Ah, ele é bonito, poxa! – deu língua.
- Vai fundo! Não se preocupa comigo, ok? Aproveita! – sorriu e elas saíram do banheiro em direção ao quarto de .

Capítulo 3 – Foi só um caso de verão.
- , será que eu posso conversar com você? – perguntou, assim que e entraram no quarto. Para sua surpresa, não estava com cara de choro, muito pelo contrário, estava sorrindo!
- Conversar? O quê? Ei, não apresenta as pessoas, não? – disse, sorrindo. Mas só ela sabia tudo que passava em sua cabeça naquele momento.
- Er... Bem, essa é Kristen, minha namorada. Essa é , minha prima e , a amiga dela. – as apresentou, mas não estava nada confortável com a situação.
- Prazer! Ele falou muito de você! – Kristen disse à .
- Imagino! – sorriu. - Então, eu vou lá em baixo pegar minha mala e ver aonde eu vou dormir, ok? Já volto! – ela disse e saiu.
- Já volto. – disse e foi atrás dela.
- Ei! – ele a chamou.
- Ah, oi. – ela virou, sorrindo.
- A gente podia conversar?
- Conversar o quê?
- Vem aqui... – disse e a levou para o quarto de .

- Tá, fala logo, porque eu quero tomar banho! – ela fez cara de cansada.
- Bem, eu queria te pedir desculpa por não ter falado nada sobre a Kristen antes.
- Tudo bem, eu não me importo.
- Não? Bom, se não se importasse, não teria saído correndo daquele jeito! – ele sorriu, debochado.
- Eu me importava, mas agora não faz mais diferença. – bufou.
- Como não? – estava confuso.
- Ué, por que eu deveria ligar para isso? Já que você desencanou tão rápido, agora é a minha vez!
- Ah... - ele ficou sem fala, diante daquilo. Então, ela tinha sentido algo por ele. Aquele papo de ‘caso’ não era tão de sério assim...
- Bê! – ela deu língua. Ele sorriu, sem graça.
- Então isso que dizer que você sentiu algo, né? – perguntou.
- Sim, mas não faz diferença.
- E, por que não?
- Porque pelo visto, você não sentiu. – ela já estava sentindo as lágrimas voltarem, mas estava decidida a não se mostrar fraca diante dele.
- Bem, agora você já não sabe de nada. – ele disse.
- Ah, fala sério! Se você tivesse sentido, não ia arrumar uma namorada assim, do nada!
- Não foi do nada!
- Ah, não. Você simplesmente saiu e pensou: Vou arrumar uma garota pra mim, a que se dane. Ela não importa mesmo! – já estava ficando alterada. Ele realmente a irritava e muito.
- Você tá errada...
- Ah, tá. ENTÃO VAI DIZER O QUÊ? Que ela é só um passatempo pra você? Enquanto não me encontrava de novo? – ela gritava, mas foi diminuindo o tom de voz, porque percebeu que não estava isolada das pessoas.
- Não, eu não trato as pessoas assim. – disse, cabisbaixo. Será que ela pensava realmente isso dele?
- Ah, claro! Agora é o senhor certinho! Me poupe, .
- Não, eu não sou certinho porque o que eu fiz não foi nada legal.
- Então, o que você fez? – ela estava realmente curiosa e mais calma agora.
- Bem, eu achei que se namorasse alguém, talvez pudesse te esquecer, esquecer tudo aquilo que aconteceu, porque como você mesma disse, foi tudo um caso de verão. – esperava que ela acreditasse nele, mesmo sabendo que sua prima era cabeça dura.
- Ah, que bonitinho! Mas quer saber? EU NÃO ACREDITO! Ah, por favor! Tá na cara que você tá usando a garota como seu brinquedinho, ! – era mesmo cabeça dura.
- Tudo bem, não acredita em mim. Mas, um dia você vai perceber que esse seu gênio te prejudica às vezes.
- HAHA. Por favor, sem sermões, ok? Então, falou tudo?
- Quase. Só falta uma coisa.
- Então, fala logo. Você realmente me irrita, sabia? – ela bufou.
- Eu sei e te digo o mesmo. Mas, enfim. O que aconteceu foi mesmo só um caso? Ou você ainda sente alguma coisa por mim? – perguntou olhando para os pés. Ele precisava fazer essa pergunta a ela, mesmo que não tivesse coragem nenhuma e mesmo que tivesse quase certeza que ia levar mais uma ‘patada’ dela.
- Sim, foi. Agora, eu vou tomar banho. – disse e saiu, deixando sem reação. Ele tinha certeza que ela responderia isso, mas não estava preparado para isso. “Então, é verdade. Ela não sente nada por mim. Idiota! Mil vezes idiota! Mas é claro, ela já tinha dito que foi só um caso! Por que ela mudaria de idéia assim? Ciúmes? Não, ela definitivamente não gosta de mim. Boa, , agora você é o bobinho apaixonado por uma garota que nem liga pra você!”. Ele ficou por algum tempo pensando e resolveu desistir dela. Ele tinha Kristen, ela era linda e gostava dele. Do que ele precisava mais? Nada! Era isso.
Mas ele sabia que Kristen podia ser a melhor garota do mundo, mas não era .

Enquanto tomava banho, se arrependia de tudo que havia acabado de falar para , mas principalmente de ter confirmado que não sentia nada por ele. Ela sabia muito bem que sentia, sim, e sentia algo forte por ele, algo que só aumentava toda vez que eles se falaram depois das férias. Ela se sentiu sozinha quando ele ‘misteriosamente’ decidiu parar de ligar e de mandar mensagens para ela. Ela sabia, que no fundo, amava . Mas, seu ego, seu gênio e sua raiva momentânea fizeram-na jogar tudo aquilo para o alto. Ela sabia que agora, nunca mais iria olhar na cara dela e que todas as chances dela tinham ido por água abaixo. “Mas, não custa nada tentar, não é?”. Ela disse e saiu decidida a tentar reconquistá-lo.


Capítulo 4 – She Left Me.
Já eram 01:30h da manhã quando todos resolveram ir dormir. Kristen já tinha ido embora e estavam todos (até os pais) na sala, conversando. O clima entre e não era nada ‘amigável’. e já estavam bem ‘amiguinhos’. Como na casa deles havia dois quartos de hóspedes, Cathy e Frank ficaram em um e e ficaram no outro. Enquanto , que estava lá há dois dias (ele morava em Londres), ficou no quarto de .

Uma semana se passou, e eles não faziam nada mais do que ficar o dia inteiro conversando, jogando ou cantando, já que fazia parte da banda de . Kristen também ia todo dia para lá e não desgrudava de , o que faziam os planos de irem cada vez pior.
- Nossa, parece que tem algum chiclete entre ela e ele, não é possível! Ela não desgruda nem quando ele vai ao banheiro! – disse para e , que já estavam em clima de romance, abraçados.
- É normal isso! Eu não sei como ele ainda não enjoou dela! Ele sempre disse que odiava garotas-chiclete, só que ele namora a rainha delas! – disse enquanto olhava Kristen ajeitando pela décima vez a camisa de . Sim, eles estavam contando!
- É, eu também não gosto de garoto-chiclete! É sufocante, sei lá. – disse.
- Que bom que eu não sou assim! – brincou.
- Nem eu! – deu língua.
- Aah, essa atmosfera romântica toda tá me dando enjôo! – disse e levantou. e riram dela. – , posso usar seu computador? – ela perguntou a ele.
- Pode. – ele teve que se desvencilhar de Kristen, que já estava tentando beijá-lo de novo, para responder.
- Ok. – disse rindo dele e subiu.
- Ela tá bem? – Kristen perguntou.
- Tá, é que ela não é muito romântica, sabe! – tentou ser simpática.
- Ah, tadinha! Eu sou muito romântica, não é, amor? – Kristen disse, dando um selinho em .
- É, é sim... – ele sorriu sem graça. De uns tempos pra cá, Kristen estava romântica até demais. E ele, que nunca gostou disso, já não estava agüentando.
- Ô se é! – falou baixo e começou a rir.
- Que foi? – Kristen perguntou.
- Nada, eu sou doida assim mesmo! – disse, ainda rindo.

estava no quarto de , conversando com as amigas no computador e resolveu olhar as coisas dele. Abriu uma gaveta da bancada e viu um caderno, abriu e viu que eram as letras de . Começou a ler e ficou impressionada. Ela sabia que ele escrevia bem, afinal, ela foi a primeira pessoa a escutar uma música dele. Mas, ele realmente era bom! Ela leu algumas, mas uma certa letra a chamou atenção. O nome era: “She Left Me” e foi escrita no dia seguinte da briga deles. Ela era assinada por e por . não sabia o quê, mas algo naquela letra a fazia ter certeza que falava sobre ela. “Tá bom, pára de achar que tudo que ele faz é inspirado em você. HELLO! Ele provavelmente te odeia agora, você pra ele não é nada! E pára de ficar mexendo nas coisas dele”. Ela guardou o caderno, desligou o computador e desceu.
- Demorou, hein! Tava fazendo o quê? – perguntou ao ver descendo as escadas e indo de encontro a eles.
- Ah, eu tava falando com as garotas. – sentou no sofá.
- E como elas estão? – se sentou do lado dela.
- Ah, ainda estão tristes, mas o pior já passou.
- Coitadas, cara! – elas ficaram sentadas, olhando para o nada.
- Tá bom, vamos acabar com essa melancolia? – perguntou se jogando em cima das duas. Elas começaram a rir.
- Ok, mas como? – perguntou.
- Bem, tem uma festa de um amigo meu e do hoje e nós podemos levar convidadas! – respondeu animado.
- Ah, vão vocês. Eu não quero ser vela! – brincou, mas era a verdade.
- Ah, a Kristen não pode ir, ela teve que ir para a casa da avó dela, então não vamos em casais! – se manifestou, fingindo estar triste.
- Isso! Então a gente vai, né amiga? – perguntou, quase suplicando. sabia que a amiga não iria se ela não fosse, então resolveu ir.
- Ok, mas que horas é a festa? – perguntou.
- Começa às 21:00h. – deu de ombros.
- Bem, são 20:30h e como eu sei que vocês meninas demoram para se arrumar, eu acho que é melhor vocês irem na frente, né? – disse.
- Ok, vamos. – disse e levou consigo para o quarto ‘delas’.
- Festa, festa, festaa! – cantarolava enquanto ia para o banheiro tomar banho.
- Nossa, por que toda essa animação? – perguntou enquanto escolhia sua roupa.
- Ah, eu gosto de festa, né!
- Ok, blusa e calça ou vestido? – perguntou em dúvida.
- Blusa e calça. Vestido não é muito adequado para esse tipo de festa, né?
- Boa!

Os meninos se arrumaram rápido e ficaram na sala esperando por elas. Quando e desceram, eles ficaram boquiabertos. Elas estavam lindas! estava usando uma camiseta com detalhes em vermelho, uma calça jeans, um all star vermelho e estava com os cabelos preso em um rabo de cavalo. estava com uma bata azul e branca, uma calça jeans skinny, um all star branco, e estava com os cabelos, que agora tinham mechas azuis, soltos. Estavam simples, mas lindas. logo percebeu que Kristen realmente não era . Sentiu borboletas no estômago quando ela se posicionou ao seu lado. Ele nunca sentiu essas tais ‘borboletas’ com Kristen, era algo exclusivo de .


Capítulo 5 – Nem todas as festas acabam bem.

Chegaram na casa de Joey, o tal amigo, e já tinha muita gente. A música estava alta, havia uma boa concentração de pessoas na sala, onde era a ‘pista de dança’ e a bebida estava liberada. e apresentaram as meninas para quem eles conheciam na festa. Eles se sentaram em um dos sofás e ficaram por quase uma hora ali, conversando e bebendo.
- Tá, não agüento mais ficar aqui sentada. Vamos dançar, ? – bufou.
- Ah, não tô muito afim, não... , dança com ela? – sugeriu e recebeu um sorriso da amiga.
- Ok, vamos, senhorita? – pegou a mão de e foi com ela para a ‘pista’.

e ficaram um tempo em silêncio até ela perceber que aquele era o momento ideal para eles poderem conversar.
- Er... Oi! – disse sorrindo.
- Oi! – sorriu também, mas desconfiado.
- Então... A festa tá legal, né? – qualquer assunto serviria para eles voltarem a se falar direito.
- Tá. Mas, por que a pergunta?
- Ok. É que eu não consigo ficar assim, sem falar contigo. Ah, qual é, a gente já ficou quase uma semana sem se comunicar como pessoas civilizadas!
- Sim, mas tem um motivo, né?
- É... , a gente pode conversar?
- Mas, a gente já não tá fazendo isso?
- Sim, mas é que tá meio difícil de te ouvir aqui. Vamos lá pra fora!
- Ok.
Eles levantaram e foram para a parte da frente da casa de Joey, onde tinha menos pessoas e um gramado grande. Se sentaram e ficaram em silêncio.
- Então... – começou.
- Hã? – não sabia o que falar.
- A gente já tá aqui fora!
- Ah, é.
- Então... – ele disse de novo, agora rindo.
- Bem, é que eu queria te pedir desculpa. – ela disse, se virando de frente para ele.
- Me pedir desculpa pelo quê?
- Por tudo que eu disse naquele dia, por eu ser tão chata e me irritar fácil.
- Ah... Tudo bem, você não tem do que se desculpar, afinal você só disse o que pensa!
- Não, não. O problema é esse! Eu não falei o que eu penso.
- Ah, não? – ele sabia que ela não estava falando a verdade, mas queria ver até onde ela iria.
- Não. Ah, você sabe como é, eu fico irritada rápido, aí eu falo besteira. Eu falo sem pensar.
- Hm... Então você falou aquilo sem pensar?
- É! E não era verdade.
- O que não era verdade?
- Aquilo de eu não sentir nada por você, de que o que aconteceu foi só um caso.
- Mas, se não era verdade, por que você disse?
- Porque eu tava com raiva, aí eu falei besteira, você sabe como é.
- Sim, eu sei. O problema é que você tá quase sempre com raiva. Como eu vou saber então se você vai estar falando a verdade ou não?
- Eu sei, mas eu... – ela sabia que ele estava falando a verdade, ela quase sempre ficava com raiva e por conseqüência disso, descontava nele.
- Eu disse que um dia você perceberia que o seu gênio te prejudica às vezes.
- É, você disse. – se sentia derrotada. Então era isso, ele não ia acreditar nela e acabaria assim.
- Então, parece que agora você percebeu, né. – ele adorava dar uma de pai pra cima dela.
- Sim, percebi. Mas, você não pode acreditar em mim pelo menos uma vez?
- Bem, eu tenho um ‘vale descrença’ com você.
- Hã?
- É, você não acreditou em mim sobre o meu motivo pra namorar a Kristen, então eu posso não acreditar em você sobre isso. – ele piscou.
- , isso não é uma brincadeira! – ela não estava acreditando.
- Eu sei, mas eu ainda tenho crédito, oras!
- Ok, então você começou a namorar pra tentar me esquecer? – “Será que é mesmo verdade?”.
- Sim.
- Então, esqueceu? – “Ai, Deeus!”
- Não.
- Não? – “Eu tenho chances, eu tenho chances!”.
- Não. – não entendia aonde ela queria chegar com aquilo. “Ela quer o quê? Que eu termine com a Kristen e fiquei com ela pra no final das férias, ela ir embora e eu ficar sem nenhuma das duas?”.
- Ok, então isso significa que você gosta de mim? – “Diz que sim, diz que sim!”. Ela não sabia o porquê disso, mas estava feliz.
- Gosto. Quer dizer, gostava. Até você admitir que nunca sentiu nada por mim e me deixar com a maior cara de idiota possível! Valeu mesmo, hein!
- Eu... Eu não tive culpa!
- É, eu sei, aquela coisa toda da raiva de novo. Olha, , isso não cola, ok? Você não gosta de mim, eu parei de gostar de você, estamos quites! – ele sabia que não era verdade, mas não queria se magoar e nem magoá-la de novo.
- Então é isso, você simplesmente deixou de gostar de mim? – “Não, lágrimas, fiquem aí! Aaah!”.
- Sim. E também, eu tenho a Kristen, ela, sim, gosta de mim de verdade. – como aquilo doía para ele.
- Tudo bem... Eu só queria que você acreditasse em mim, mas já que não vai, tô vendo que vai ser impossível a convivência com você. Me desculpa por ser tão idiota ao ponto de quase pedir para você deixar a sua namorada e ficar comigo. Afinal, ela não tem culpa, não é? – disse já com lágrimas nos olhos e voltou para dentro, à procura de .
- ! – foi atrás dela, mas ela fingia que não o conhecia.


Capítulo 6 – Mudanças de planos.
- ! – finalmente achou a amiga junto com na parte de trás da casa.
- ! O que houve? – se assustou, por que estava chorando?
- Quem foi? Me diz que eu junto meu bonde e a gente acaba com ele! – deu uma de ‘machão’.
- Bem, você realmente não gostaria de acabar com ele! – respondeu, secando as lágrimas.
- Por que? – não entendeu.
- Nada. Olha, vamos embora? Acho que essa festa já deu o que tinha que dar, né?
- Ok, vamos. – disse.
- Vocês vão indo pro carro que eu vou procurar o . – disse e foi atrás do amigo.

- Ok, pode me contar agora? – perguntou a logo que elas estavam chegando no carro.
- É o . Eu fui tentar pedir desculpas pra ele e ele simplesmente disse que não acreditava em mim! – ela já estava chorando de novo.
- Nossa, que ridículo! Depois você me conta o resto, eles estão vindo. – disse e concordou.
E nesse clima nada legal, eles voltaram para casa. Como já estava tarde, foram todos tomar banho e depois foram para seus quartos.

- Cara, você sabe por que a tava chorando daquele jeito? – perguntou logo que saiu do banheiro de seu quarto.
- Ela chorou? – ao ouvir aquilo, se sentiu pior do que antes. Então, ela estava mesmo dizendo a verdade!
- É! Espera aí... Você sabe! O que aconteceu? – se jogou em sua cama improvisada, que era ao lado da de .
- Bem, naquela hora que você e a foram dançar, a veio com um papo estranho, dizendo que queria conversar comigo.
- E...?
- E ela veio pedir desculpa por ter falado que não sentia nada por mim e veio com um papinho de que era porque ela tava com raiva, aí falou da boca pra fora. Vê se pode!
- Cara, por que não pode ser verdade?
- Porque não! Porque ela sabe que isso era importante pra mim! Cara, eu gosto dela! Mas, depois que ela admitiu que não sente nada por mim, eu tenho que desencanar, né!
- Mas, ela disse que era m e n t i r a! – soletrou as palavras para .
- Eu não sou idiota, ok! Bem, de qualquer forma eu disse pra ela que não gostava mais dela e que agora eu tenho a Kristen. E fim de papo. Pra quê eu vou me preocupar com o passado?
- Eu não acredito que você disse isso pra ela! – não acreditava em o quanto o amigo podia ser burro!
- Claro que disse, por quê? – não entendia. Ele tinha resolvido tudo!
- Porque é óbvio que se ela ficou tão mal assim, é porque ela gosta mesmo de você! E você acaba de jogar fora a sua chance de ficar com a garota que você ama! Parabéns, esperto! – disse e se virou para dormir.
- Eu... Eu... Droga! – levantou e foi até o quarto de .

- Então, foi isso! Ele não gosta de mim e tem a namoradinha lá pra ficar. – contou tudo que aconteceu e estava de novo com lágrimas nos olhos.
- Ah, amiga! Ele é tão idiota! Na boa, se ele não se desculpar, desiste! Não vale a pena se machucar por um mongol desses! – disse, abraçando-a.
- É. Valeu, amiga! – sorriu. Nesse momento, elas ouviram alguém batendo na porta do quarto.
- Ué, será que é minha mãe, pra ver se tá tudo bem? – achou estranho e foi abrir a porta. Deu de cara com .
- Olha, eu sei que eu fui um idiota por não ter acreditado em você e ainda mais por ter falado aquilo tudo. Eu sei que nesse momento você deve estar me odiando por isso. Então, o que me resta é te pedir desculpas por tudo e dizer que, sim, eu ainda sinto algo por você. Algo forte. – ele ia atropelando as palavras e deixando boquiaberta. - Ah, e fazer isso.
Ele não deixou ela reagir, num impulso, pegou-a pela cintura e a beijou, precisava fazer isso. Foi um beijo doce, mas ao mesmo tempo, quente. Na verdade, os dois estavam precisando daquilo. colocou os braços envolta do pescoço de e acariciou sua nuca enquanto ele a segurava pela cintura. De alguma forma, ela se sentia segura nos braços dele e não queria que aquela sensação nunca sumisse. O beijo durou pouco, mas pareceu uma eternidade para eles.
Depois de tempo em silêncio, foi o primeiro a falar:
- Bem, eu não sei se eu devia ter feito isso, mas eu não agüentava mais.
- É, nem eu. – disse e eles sorriram
- Boa noite.
- Boa noite. – e ele saiu. fechou a porta e se virou para .
- Ai, meu Deus! – ela disse.
- Ele te beijou! – começou a pular. entrou na onda.
- Tá, e agora? Já que ele me pediu desculpas, eu não tenho a opção de desistir! Mas e ele? Será que ele vai terminar com a Kristen? – perguntou, indo para sua cama.
- Eu não sei, mas amanhã nós vamos descobrir! Agora, boa noite e sonha com seu príncipe não-encantado! – disse rindo e levou uma travesseirada.
Sim, sonhou com seu príncipe não-encantado e sonhou com sua princesa irritada.

De manhã, todos estavam na mesa do café, e foram as últimas a descer.
- Oi, bom dia. – disse a , sorrindo.
- Bom dia. – ela retribuiu o sorriso. “Ótimo dia!”.
Todos tomaram café, e se espalharam.
e estavam no quarto ‘deles’, compondo a melodia pra mais uma música.
- Ok, o que eu perdi ontem? – perguntou, se referindo aos sorrisos entre e .
- Ah, ontem eu fui no quarto dela e a beijei! – disse, triunfante.
- Sério? – perguntou surpreso.
- Sim! Ah, e ainda pedi desculpas por tudo e disse que gostava dela.
- Boa cara! E a Kristen?
- É, esse é o meu problema! – de repente ficou com a expressão triste.
- Por que?
- Sabe, eu gosto dela. Não do jeito que eu gosto da , mas a Kristen é uma garota muito legal, eu não queria magoá-la, sabe?
- Sei, mas você precisa terminar com ela. Ou você vai começar a ser homem de duas mulheres agora?
- Não, não! Eu vou terminar com ela. O mais rápido possível! – decidiu-se.
- Isso aí! – sorriu e eles continuaram o que estavam fazendo.


Capítulo 7 – Clima de romance.

Naquele dia, mais tarde todos resolveram ir ao shopping. , , e estavam em uma loja de instrumentos.
olhava uns acessórios para bateria, enquanto e estavam entretidos jogando Rock Band. chegou perto de e sorriu.
- Eles estão se dando bem, né? – ele perguntou.
- É! A nunca ficou assim com um cara em tão pouco tempo! – sorriu.
- É, o também. Ele não é do tipo romântico, mas tô achando que por ela, ele muda!
- Que lindo! – ela brincou.
- Parece até eu, com você.
- É?
- Aham. – ele sorriu e a abraçou de lado.
- Ai!
- O que foi?
- Tô com fome...
- Ah, claro! – disse rindo. – Nós vamos procurar alguma coisa pra comer, ok? – ele disse para e , que responderam com a cabeça.
Eles saíram da loja e foram em direção à praça de alimentação, mas algo em uma loja no meio do caminho chamou a atenção de .
- Nossa, é lindo! – ela estava quase babando pelo colar que estava na vitrine.
- O quê? – perguntou, distraído.
- Esse colar. Ele parece com o que o meu pai deu para minha mãe quando foi pedi-la em casamento. – disse mostrando o colar prata com um pingente de cristal em formato de coração.
- É, é bonito mesmo! – ele concordou. – Só não é mais bonito do que você.
- Nossa, como você tá romântico hoje, ! – ela disse e ele lhe deu um selinho.
- Tô inspirado! – ele brincou.
- Tudo bem, agora vamos à comida! – ela disse e eles foram em direção ao McDonald’s.
Eles já estavam comendo, quando e chegaram, abraçados.
- Nossa, o amor está no ar por aqui, né? – zuou.
- Sim, eu admito! – disse dando um selinho em .
- É, mas vocês não estão muito atrás, não! – disse e ficou vermelha.
- É, eu assumo também! – disse e passou o braço envolta do ombro de .
E três dias se seguiram assim, até que já estava ficando preocupada.
- Ok, ele age comigo como se eu fosse a namorada dele, sendo que ele já tem uma namorada! – ela reclamou com .
- Ele ainda não mencionou nada sobre terminar com ela? – perguntou.
- Não! Tudo bem, que eu não perguntei nada, mas eu acho que se ele quer ficar comigo de verdade, ele tem que fazer isso o mais rápido possível. Afinal, só faltam três dias para a gente ir embora!
- Bem, já que é assim, eu acho que você deveria falar com ele.
- É, boa idéia. Vou falar com ele amanhã.
- Ok, boa noite.
- Boa noite.

No quarto de .
- E aí, quando você vai terminar com a Kristen? – perguntou.
- Assim que ela aparecer. Ela ainda tá na casa da avó.
- Nossa, cara. Por que você não liga pra ela?
- Não! Ia ser muito ridículo da minha parte terminar por telefone, né?
- É. Mas eu tô dizendo isso, porque algum dia a vai te perguntar sobre ela, não acha?
- É, eu sei. Amanhã eu vou ligar para ela.
- Ok.

No dia seguinte, eles foram ao parque que ficava perto da casa de . Mais tarde, quando já estavam todos em casa, tomou coragem e resolveu falar com ele.
- , a gente pode conversar? – ela perguntou.
- Claro, vem cá. – ele disse e a levou para seu quarto. Eles se sentaram na cama.
- É que... Já que nós estamos, bem, meio que ‘juntos’ agora, eu acho que você já deveria ter terminado com a Kristen, né?
- É, eu sei. O até já tinha falado sobre isso comigo ontem. Eu vou terminar com ela amanhã, porque ela volta da casa da avó hoje de noite.
- Ah, sim. Olha, eu não tô querendo te pressionar, não, ok? É só que eu me sinto estranha de sair com um garoto que já tem namorada, entende?
- Claro! E eu também me sinto estranho por namorar oficialmente uma garota, quando na verdade eu estou apaixonado por outra. – disse e sorriu.
- Ah, então você está apaixonado por mim? – foi a primeira vez que ele disse aquilo, com todas as letras.
- E quem disse que é por você? – ele brincou.
- Ah, tá. – fingiu ter ficado triste.
- Mas é claro é que por você, sua boba! – ele disse e a beijou.
Eles se beijaram calmamente por um tempo, até que o beijo começou a ficar mais ardente. Ele foi se inclinando pra frente, até que ela já estava deitada. começou a passar as mãos pelas costas dela, até que levantou um pouco sua blusa. Enquanto passava a unha pelas costas dele, fazendo-o ficar arrepiado. De repente, ela se ligou de que eles estavam na casa dele.
- Er... , eu não acho que esse seja o lugar e nem o momento certo para isso. – ela disse, quando eles pararam o beijo.
- Ah, é. Eu esqueci de trancar a porta! – brincou.
- Bobo! – ela sorriu e deu um tapa no braço dele. deu um selinho nela.


Capítulo 8 – Surpresas.

Logo de manhã, ligou para Kristen pedindo que ela fosse em sua casa.
- Ok, daqui a meia hora eu chego aí, beijo, amor. – ela disse e desligou.
- Tá, agora eu tenho que pensar nos meus argumentos! – disse para , que escutava toda a conversa.
- Ah, eu acho que você deveria contar a verdade pra ela. Se ela for mesmo legal, vai entender.
- É, né? Valeu.

Pouco mais de meia hora depois, Kristen chegou e foi direto para a sala, onde todos estavam.
- Amor! – ela disse, sentando no colo de e tentando dar um beijo nele, porém, ele desviou. – O que houve?
- É, que... Olha, a gente precisa conversar. – ele anunciou, decidido.
- Ok, fala. – ela sorriu. já não prestava mais atenção na história que contava.
- Não, eu acho melhor a gente ir para um outro lugar. – ele disse, se levantando.
- Ok. – Kristen o acompanhou para seu quarto.

- Olha, eu não sei como falar isso, mas é que as coisas entre nós, já não estão dando mais certo. – disse assim que fechou a porta atrás de si.
- Como assim? Você não gosta mais de mim ou o quê? – Kristen não estava acreditando. “O que eu fiz de errado, dessa vez?”.
- Não é isso. Bem... É, mas não assim. Na verdade, eu nunca gostei de você do jeito que você merece, do jeito que você gosta de mim.
- Ah, então você mentiu pra mim esse tempo todo?! – ela estava confusa, mas percebeu que na verdade, nunca tinha dito que a amava.
- Não, não é bem uma mentira. Eu só percebi, que você não merece ficar com um cara que não é bom o suficiente pra você.
- , você pode contar a verdade pra mim. É a sua prima, não é? A .
- Sim, é. Eu descobri que gosto mesmo dela. Eu espero que você entenda. – ele já estava sem saída.
- Ah, tudo bem. Eu já tinha notado algo entre vocês dois. – ela sorriu. “Bem, se ele acha que vai me dispensar fácil assim, ele está bem enganado. , você vai ver!”.
- Ah, cara, obrigado! Eu sabia que você ia entender! – ele disse e a abraçou.
Depois eles desceram e foram para a porta. Todos os acompanharam com o olhar, principalmente .
- Bem, então é isso, né! Boa sorte aí! – Kristen disse e antes que pudesse falar alguma coisa, ela o beijou. Foi algo tão inesperado que no começo, ele ficou sem reação e acabou correspondendo. Durou pouco, mas foi o suficiente para ver toda sua felicidade indo embora, dando lugar a uma enxurrada de lágrimas.
- O que... – ia dizendo, mas Kristen já estava indo embora com um sorriso no rosto. – ! – ele percebeu que ela estava chorando.
- Tudo bem, você não precisa me explicar nada. Afinal, quem está atrapalhando tudo por aqui sou eu mesma! – ela disse e saiu correndo em direção à cozinha, para falar com sua mãe. Não agüentaria ficar naquela casa nem mais um dia.
- Droga! – reclamou com as mãos na cabeça.
- Cara, o que você fez? – perguntou, incrédulo.
- Eu terminei com ela, ora!
- Tá, mas o que foi aquilo que nós acabamos de ver? – se pronunciou.
- Não sei, aquela garota é maluca! Ela me agarrou do nada! – ele não estava acreditando no que Kristen tinha feito.
- Tudo bem. Mas, você sabe que a não vai acreditar em você! – disse.
- Droga! E agora, o que eu faço?
- Vai falar com ela, ué! – disse.
- Não, espera um pouco. Senão ela vai acabar fazendo besteira. – disse, com razão.

Enquanto ia chegando na cozinha, ela secava suas lágrimas.
- Mãe! – ela chamou e Sue se virou.
- O que houve? – Sue perguntou ao ver o rosto vermelho da filha.
- Ah, eu tive uma briga com o .
- Mas, vocês estavam se dando tão bem esses dias!
- Eu sei, mas isso não importa mais. Mãe, será que a gente pode ir embora hoje?
- Por que, filha?
- Ah, eu não quero mais ficar nem mais um minuto aqui! Cansei disso tudo!
- Desculpa, mas não dá. De qualquer forma, a gente tem que ir embora amanhã mesmo, passa rápido!
- Droga! Tá bom... – disse e foi para seu quarto.
“Ótimo, ! Você é uma BURRA! Acredita em tudo que ele diz. Agora, bem feito!”. Ela foi ao banheiro, lavou o rosto e ficou deitava, tentando absorver tudo. Era óbvio que ele tinha mentido, sobre tudo e que não tinha terminado. “IDIOTA, IDIOTA, IDIOTA!”.


Capítulo 9 – Tudo tem um fim.
- Tá bom, eu não agüento mais esperar! Tenho que falar com ela agora. – estava impaciente. Se levantou e foi para o quarto de .
Ela ouviu alguém bater na porta. “Ah, não! Era só o que me faltava!”.
- Quem é? – ela perguntou, mas já sabia exatamente quem era.
- Sou eu! Olha, eu sei que você está com raiva de mim agora, mas eu preciso falar contigo!
- Não precisa, não, eu já vi o suficiente!
- Abre, por favor! Deixa eu te explicar o que aconteceu!
- Ok... – ela abriu a porta, mas não olhou para .
- Eu terminei com a Kristen, ok? Ela até disse que entendia, mas aí do nada, fez aquilo! Ela é maluca! – tentava se explicar.
- Ah, por favor, me poupe das suas explicações! Se você prefere ficar com ela, era só ter falado. Não precisava mentir pra mim. – disse, desnorteada.
- Não, não! Eu quero ficar com você! A única pessoa que eu quero, é você! Ela que me agarrou, eu não tive culpa!
- , um beijo só acontece, quando as duas pessoas querem!
- Mas ela me pegou desprevenido! Não foi minha culpa! Por favor, acredita em mim. – ele já não sabia mais o que fazer.
- Desculpa, mas eu não posso. Já fui idiota o bastante até agora. – ela disse e encerrou o assunto. Mas ela não tinha idéia de que machucaria tanto.
- Tudo bem. Mas, quem sabe um dia eu consiga que você me perdoe. – ele disse e saiu do quarto. sentia que dessa vez, tinha perdido-a para sempre.

Naquele dia, só saiu do quarto para comer. Nem com ela falou direito. também parecia um zumbi.
Na manhã do dia seguinte, , seus pais e estavam na sala, se despedindo de todos.
- Não esquece de me ligar, tá? – perguntou para .
- Claro que não! Quando eu voltar pra casa, eu vou te visitar. – ele disse e deu um selinho nela.
já estava impaciente, quando chegou perto dela e disse:
- Eu só espero, que você não esqueça que eu te amo. – ele disse isso no ouvido dela e colocou um papel em seu bolso. Ela não entendeu nada.

Quando já estava no carro, voltando para casa, resolveu ler o papel. Lá estava escrito o começo da letra de ‘She Left Me’.
“She walked in and said she didn't wanna know, anymore (Ela entrou e disse que não queria saber, mais)
Before i could ask why she was gone, at the door (Antes que eu pudesse perguntar o porque ela já tinha saído, pela porta)
I didn't know, what i did wrong (Eu não sei, o que fiz de errado)
But now i just can't move on. (Mas agora eu não consigo seguir em frente).”
Ela sorriu. Então, a letra foi mesmo escrita para ela. No final, estava escrito:
“P.s.: Eu te amo”. Naquele momento, ela percebeu que fora mesmo uma idiota, mas por não ter acreditado nele.


Capítulo 10 – A tal ‘grande’ idéia.

Um mês já havia passado desde aquele dia. estava com e seus outros companheiros de banda, e . Eles estavam na casa de há uma semana, ensaiando e preparando tudo para a mudança. Pouco tempo antes, a banda conseguira um contrato com uma gravadora e por conseqüência disso, deveriam achar um lugar para ensaiar. Como cada um morava em uma cidade diferente, eles resolveram optar por irem todos morar e uma casa em Londres e se mudariam em quatro dias.
- Cara, já tem um mês que ela foi embora, mas eu simplesmente não consigo parar de pensar nela! – disse para .
- Isso se chama ‘paixão’, dude! – se intrometeu.
- Já que a parada é tão séria, por que você não vai atrás dela? Tenta de novo! – disse.
- Bem, semana que vem é o aniversário dela... , você é um gênio! – disse como se tivesse uma lâmpada brilhando em sua cabeça.
- Eu sei! – se gabou.
- Gente, eu tive uma idéia genial! Mas eu vou precisar da ajuda de vocês.
- Pode contar com a gente! – disse, e concordaram.
- Ok, então é o seguinte... – E contou seu plano para os amigos.


Capítulo 11 – Feliz Aniversário!

O salão estava decorado bem ao estilo do musical O Fantasma da Ópera, como queria. Os convidados já estavam chegando e ela, ficava cada vez mais ansiosa.
- Por que eu não posso simplesmente descer e aproveitar a minha festa? – perguntou para a mãe, mais uma vez.
- Filha, você é a estrela hoje! Todos têm que ver a sua entrada. Calma, daqui a pouco é a hora.
- Eu sei, eu sei! – ela bufou.
Pouco tempo depois, , e chegaram.
- Graças a Deus! – levantou os braços. – Eu não agüentava mais ficar trancada nesse quarto!
- VOCÊ... TÁ... LINDA! – as três falaram juntas e foram abraçar a amiga.
estava mesmo linda, usava um vestido vermelho e branco rodado, com a parte de cima do cabelo presa e o resto solta, formando cachos.

Quando a entrada foi anunciada, quase todos os convidados já estavam lá.
- É agora! – disse para si mesma e começou a descer a escadaria. Assim que ela apareceu, todos bateram palmas, mas ela não escutou nada. Seu olhar, na mesma hora encontrou o de , que estava vestido de fantasma da ópera. (n/a: ah, sem o rosto deformado, é claro! HAHA). Ela sentiu seu coração bater mais forte e sorriu. Logo depois, foi para o palco, onde estavam seus amigos (a banda).
- Bem, nós somos o McFly e vamos tocar uma das músicas favoritas da . – ele anunciou no microfone e eles começaram a tocar.

Every time we lie awake(Toda vez que nós deitamos acordados)
After every hit we take(Depois de cada golpe que tomamos)
Every feeling that I get(Cada sentimento que eu tenho)
But I haven't missed you yet(Mas eu ainda não senti sua falta)

Aos primeiros acordes, já percebera o que quis dizer. Aquela não era apenas sua música favorita, como também dizia muito sobre eles dois.

Every roommate kept awake(Cada colega de quarto que fica acordado)
By every sigh and scream we make(Por causa de cada suspiro e grito que damos)
All the feelings that I get(Todos os sentimentos que eu tenho)
But I still don't miss you yet(Mas eu ainda não senti sua falta)

Only when I stop to think about it...(Somente quando eu paro para pensar sobre isso...)

I hate everything about you(Eu odeio tudo em você)
Why do I love you?(Por que eu te amo?)
I hate everything about you(Eu odeio tudo em você)
Why do I love you?(Por que eu te amo?)

Every time we lie awake(Toda vez que nós deitamos acordados)
After every hit we take(Depois de cada golpe que tomamos)
Every feeling that I get(Cada sentimento que eu tenho)
But I haven't missed you yet(Mas eu ainda não senti sua falta)

Only when I stop to think about it...(Somente quando eu paro para pensar sobre isso...)

I hate everything about you(Eu odeio tudo em você)
Why do I love you?(Por que eu te amo?)
I hate everything about you(Eu odeio tudo em você)
Why do I love you?(Por que eu te amo?)

Only when I stop to think about you, I know...(Somente quando eu paro para pensar sobre você, eu sei...)
Only when you stop to think about me, do you know?(Somente quando você pára para pensar sobre mim, você sabe?)

I hate everything about you(Eu odeio tudo em você)
Why do I love you?(Por que eu te amo?)
You hate everything about me(Você odeia tudo em mim)
Why do you love me?(Por que você me ama?)

I hate...(Eu odeio...)
You hate(Você odeia...)
I hate(Eu odeio...)
You love me(Você me ama...)

I hate everything about you(Eu odeio tudo em você)
Why do I love you?(Por que eu te amo?)

Enquanto cantava, não desviava os olhos dos dela. Eles ficaram assim até o final, quando ele desceu do palco e foi até ela.
- Vem comigo, eu quero te dar o seu presente. – ele disse e foi com ela para fora, onde tinha uma linda fonte.
- Primeiro, eu queria te dar os parabéns e dizer que você está linda. – disse e ela sorriu, vermelha.
- Agora, seu presente. – ele entregou-a uma caixa vermela, ela a abriu e se deparou com aquele colar com o pingente de coração pelo qual tinha se apaixonado naquele dia, no shopping. “Então, ele lembrou!”.
- Nossa, , obrigada! Mas, ele deve ter sido muito caro! – disse, sem graça.
- Nada como um bom motivo. – ele sorriu. – Posso?
- Ah, claro! – ela disse, entregando o colar a ele e virando-se de costas. Ele colocou nela.
- Bem, tem mais uma coisa... – disse, ela esperou. – Eu sei que você pode dizer 'não', mas eu preciso tentar.
E, para a surpresa de , ele se ajoelhou e disse:
- , você aceita ser minha namorada?
Ela ficou sem reação. Nunca esperaria aquilo dele, ainda mais daquele jeito. demorou tanto a responder, que começou a ficar impaciente.
- Eu... É claro que eu aceito! – ela disse e ele a beijou.

Uma música lenta começou a tocar no salão e eles foram para a pista de dança. Enquanto dançavam, disse:
- Parece que nós somos os cupidos agora! – olhou para trás e viu com e com , dançando. e já estavam namorando.
- É, de ‘quase-primos que se odiavam’, evoluímos para ‘casal cupido’. – ele disse e depois se beijaram.


Fim!
N/A: E o amor venceu no final! Que lindinho, né? *-* Bem, é isso galerinha! A nossa saga chegou ao fim :(
Eu queria agradecer aqui a uma amiga minha, a Ana Luíza F. que me atura todo dia! HAHA Luv ya, Fletcher!
E também, obrigada a quem leu as duas! *-* É isso então, gente. Comentem!
Xoxo, Brenda.

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