Evol
Autora: Pamy Almeida
Beta-Reader: Amy Moore




Trabalhar para uma banda famosa tem os seus privilégios. Você conhece os maiores gênios musicais, mantém contato com os melhores empresários, entradas VIP's para eventos e mais várias outras coisas que com certeza fariam os olhos de qualquer pessoa brilharem. O lado chato é que em uma sexta-feira, mais de nove horas da noite, você se encontra sentada no escritório da gravadora organizando contratos. E o pior, completamente sozinha em um prédio enorme no meio de uma Londres agitada e pronta para badalar.
Escutei o bipe insistente do meu celular vindo de minha bolsa pendurada em minha cadeira e resolvi atendê-lo.

Sexta-feira, gata! Estou indo para o pub, me encontra lá?
Xx .


Soltei um risinho da animação de e me lamentei por estar presa ainda por um bom tempo por aqui. Seria excelente relaxar a cabeça na companhia de meus amigos depois do último mês que tive.
O CD novo acabou de sair, gravação de videoclipe, entrevistas para divulgação, sessões de fotos e só Deus sabe quantos mais eventos precisei agendar, cuidar que eles estivessem no horário e tudo saísse na mais perfeita ordem. Às vezes penso que eu deveria ser empresária dos garotos ao invés do Fletch.
Concentrei-me no celular e por um segundo pensei em deixar tudo como estava para sair correndo direto para o pub tomar uma cerveja com a maluca da , mas como sempre, minha consciência falou mais alto e digitei uma rápida reposta.

Ainda no escritório, deixa para a próxima.
Xx .


Voltei a me concentrar nas pastas a minha frente. Vários contratos ainda sem assinaturas e cláusulas para serem mudadas, o que aos poucos me fez perceber que meu trabalho estava longe de acabar nesse fim de semana. E, pela milésima vez naquela noite, passei minhas mãos nervosamente pelos meus cabelos e joguei pesadamente meu corpo para trás.
Tampei meu rosto com as mãos, implorando por uma cama quentinha e um livro qualquer, pois no estado que eu me encontrava, na primeira linha desmaiaria de sono.
Lembrar de minha cama me fez sentir uma pontinha de nostalgia e uma vontade de correr em direção contrária a ela. Essa cama que dividi com meu ex-noivo por anos, que sempre foi meu porto seguro, passou a ser meu pesadelo desde que me separei dele. Alguns meses já se passaram, mas a sensação de solidão naquela cama imensa é terrível.
Balancei minha cabeça para os lados na tentativa de afastar esses pensamentos de mim e voltei ao trabalho, ainda enorme, que me esperava. Contudo, assim que comecei a revisar mais um contrato, o bipe do meu celular voltou a soar, me dando um leve susto. Peguei-o do lado do grampeador, onde havia deixado, e quando terminei de responder , já podia imaginar que seria mais um sermão dela para a vida que eu estava levando. Para minha surpresa, era .

Aposto os direitos autorais de todas as minhas músicas em como você ainda está na gravadora.
Sai dessa vida!
.


Sempre ele era o que se preocupava comigo, que tenta de todas as formas me dar o menos de trabalho possível, colocando um pouco de ordem na bagunça feita por , e juntos. Nesse quase um ano trabalhando para eles, consegui formar uma amizade bem sólida com quase todos eles, principalmente com , um pouco menos com . Nunca entendi o motivo do sempre se afastar de mim e falar o menos possível que conseguisse comigo. dizia que ele era desconfiado das pessoas e que era um modo de se proteger. Mas, sinceramente, sempre achei que houvesse algo mais, mas nunca consegui uma oportunidade de conversar somente com ele. Ou fugia para perto dos garotos, ou simplesmente me ignorava. No início foi complicado lidar com ele, mas com o tempo, acabei me acostumando com o jeito estranho dele de ser.
Respondi ao , rindo. Não deixava de dar razão a ele. Eu realmente precisava pensar mais em mim.

Vocês estão com a , não é? Parem de encher meu saco e bebam por mim!
Xx .


Minha consciência deve estar muito errada! Como eu queria estar lá! Provavelmente estavam todos os cinco - não que o fizesse alguma diferença em relação a mim - se divertindo, bebendo e falando bobagens. Com a eterna discussão de qual Back To The Future é o melhor, o que, na minha opinião, não existe o melhor; todos são excelentes.
, sempre dando os seus pontos de vista sagazes e fazendo todos rirem... e , babando ainda mais no namorado que ela tanto mima. Provavelmente, , num certo ponto da noite, reclamaria que o pub cheio estava fazendo-o suar, ficando gordurento e seboso. E deixaria todos ao redor com muito nojo dele, mas gargalhando ao mesmo tempo.
Comecei a rir sozinha na sala espaçosa do terceiro andar, imaginado todas essas cenas e fazendo a minha vontade de curtir com meus amigos aumentar ainda mais. E quando eu imaginei como seria, o bipe do meu celular, mais uma vez, soou. E agora eu nem me dei o trabalho de recolocá-lo na mesa; ainda o segurava.

Melhor cerveja da Inglaterra, hmmm!
Vem logo pra cá!
.


Antes mesmo de conseguir responder ao , o celular soou o bipe mais uma vez.

Vou contar até dez e quero ver você na minha frente!
1, 2, 3...
.


Gargalhei alto e me decidi: uma noite só não faria o trabalho ficar maior do que já estava e, com a cabeça fresca, conseguiria produzir muito mais. Com essas desculpas esfarrapadas para me livrar dos contratos que me massacravam havia meses, me levantei, peguei minha bolsa e meu sobretudo, que estava pendurado em um gancho atrás da porta, desliguei a luz da sala e caminhei pelo corredor vazio em direção ao elevador, que ficava no corredor seguinte.
O barulho dos meus saltos batendo no piso liso ecoava em meus ouvidos, junto com a brisa leve que passava por mim, devido um janela aberta no fim do corredor. Isso aumentava a minha expectativa em relação àquela noite, me deixando com uma pontinha de certeza de que seria bem diferente. Talvez pelo fato de há meses eu não conseguir sair de casa e ser uma pessoa sociável, que realmente estava com vontade de conversar e se divertir. Definitivamente, essa vontade de aproveitar uma noite de cerveja e amigos significava que eu já estava curada do meu noivado mal acabado.
Chegando quase ao fim do corredor, onde ficava a maior sala - que era o estúdio de gravação dos garotos -, percebi que a luz vermelha que indicava o uso da sala, estava acessa.
Alguém devia ter esquecido de desligar a luz quando saiu daqui, pois eu tinha plena certeza de que estava sozinha no prédio - além do zelador e do segurança noturno.
Entrei sem prestar muita atenção e fui direto no grande painel que ficava em frente a janela de vidro à prova de som, procurando pelo botão que desligaria a luz vermelha. Depois de muito olhar, consegui encontrar e, quando fui apertá-lo, duas batidas no vidro a minha frente me fizeram pular de susto.
Com uma mão no peito e o rosto assustado, encarei a figura que me olhava, tentando segurar a gargalhada que estava por vir.
- O que você está fazendo aqui essa hora? - consegui perguntar, ainda meio ofegante devido o susto.
Ele apontou para os ouvidos, balançando de leve a cabeça, indicando que não estava me escutando. Passei a mão pelos cabelos e respirei fundo, encarando-o. Fiz sinal para que ele saísse daquela sala. Ele balançou a cabeça afirmativamente e se dirigiu para fora.
- O que você está fazendo aqui essa hora? - repeti para ele.
- Terminando de ajeitar uns arranjos para o primeiro show, mas não consigo criar nada. - apertou a nuca, num gesto que demonstrava cansaço e frustração ao mesmo tempo.
Pensei em onde eu estava indo e o motivo que estava me levando para lá; exatamente o mesmo motivo que ele precisava no momento. Relaxar.
- Eu estou indo para o pub que a gente sempre vai; os meninos estão lá com a . Não quer ir também? Assim você relaxa e, quem sabe, amanhã você consiga produzir algo - propus a ele.
me encarava com uma sobrancelha levantada, parecendo não acreditar no meu convite. Talvez por consciência do modo como ele sempre me tratou, ele não esperava que eu pudesse ser simpática com ele.
Ele parecia ponderar algo, um motivo mais forte que o fez dar um passo para trás e voltar a apertar a nuca com a outra mão.
- É melhor não; eu realmente preciso acabar aqui. Pode ir, você - ele disse, se virando para entrar novamente na sala, com todos os instrumentos que o McFLY utilizava.
Em gesto impensado, andei em sua direção e segurei seu braço, assim ele que abriu a porta. parou na hora, como se tivesse acabado de virar uma estátua. Uns segundos depois, ele encarou minha mão em seu braço e me olhou com uma expressão vazia.
Uma coragem que eu nunca tive apareceu na hora - que me pareceu o momento perfeito de tirar todas as minhas dúvidas com ele.
- Está bem, . Qual o seu problema comigo? Por que eu realmente não entendo o motivo de você me tratar tão mal e me evitar. Por favor, me diz se eu já fiz algo para você porque eu quero me desculpar! Não dá pra trabalhar com alguém que não suporta nem ficar no mesmo ambiente que eu. - Despejei de uma vez só, antes que a minha coragem fosse embora.
Ele me olhava, assustado e sem ação pelas palavras que pronunciei. parecia não acreditar que eu, finalmente, toquei no assunto. Ele ainda estava parado na mesma posição, somente a sua expressão assustada denunciava seu estado de espírito.
Ficamos um tempo nos olhando e, quando percebi que ele não teria uma resposta para me dar, acabei entregando os pontos e me dei por vencida. Ele realmente me odiava ao ponto de eu nem merecer uma explicação para tal coisa.
Soltei seu braço e desviei meu olhar para a porta, soltando o ar pesadamente.
- Desculpe-me por te incomodar – falei, indo para fora do estúdio de gravação com um sentimento que eu só podia traduzir como um misto de derrota e decepção... de mim mesma, por ter feito algo tão terrível com alguém para merecer tal tratamento, mas o que me deixava mais triste era exatamente isso. Ficar triste. Eu nunca fiquei triste por ele me tratar assim. No máximo magoada, mas nunca um sentimento tão profundo como a tristeza que eu estava sentindo no momento.
Eu estava a poucos passos da porta, com a mão em cima da maçaneta, quando percebi que ele se movimentava atrás de mim.
- ? - ele me chamou, receoso.
Travei na mesma hora e fechei meus olhos. Foram raras as vezes em que ele me chamou pelo nome, e escutá-lo o pronunciando agora me fez sentir pequenos choques elétricos.
Como eu nunca percebi o quão grave e provocante era sua voz?
Tentei me livrar desses pensamentos sem cabimento e virei em sua direção encarando o chão.
- Será que você pode olhar para mim? - ele pediu, chegando mais perto. - O que eu vou falar agora prefiro que seja olhando em seus olhos. - completou, seriamente.
Uma onda de surpresa me inundou e automaticamente o olhei, sem entender o significado de suas palavras. Quando o fiz, percebi o quanto estava próximo; eu conseguia sentir a pequena brisa que sua respiração pesada deixava no ar a minha frente, como seu peitoral subia e descia em um ritmo mais frequente que o normal, conseguia perceber também o quão mais alto ele era à mais que eu.
- Estou esperando - consegui dizer, com a voz embargada, devido as sensações que nos últimos minutos resolveram me arrebatar.
Ele balançou a cabeça positivamente, respirando fundo várias vezes e fechou os olhos bem apertados.
- É bem provável que você me ache louco. - Ele abriu os olhos e deu um meio sorriso totalmente angustiado. - Mas está insuportável pra mim também essa situação, ficar te evitando o tempo todo e tendo que te tratar mal para você não se aproximar de mim. Eu não quero mais isso! Não quero mesmo! Quero que você saiba tudo o que eu sinto. - continuou a dizer e finalizou segurando minha mão levando ao seu peito, bem em cima de seu coração.
Pude sentir as batidas aceleradas e descompassadas que ele dava, e imediatamente minha respiração ficou mais pesada.
O que ele sente? Do que ele está falando? Ele sente ódio de mim! Ele não me suporta! É isso que ele sente!
Mas por que seu coração ficaria desse jeito se ele somente me odiasse? E por que seus olhos denunciavam uma tristeza nítida? Por que seu meio sorriso adorável era também angustiado?
Nada fazia sentido em minha cabeça e isso me deixava muito confusa.
- , só o que eu quero que você me dê é uma explicação. Eu já sei que você não gosta de mim, não me suporta por perto - eu disse, sentindo um bolo crescente na garganta.
- Eu não gosto de você? Em qual momento eu disse isso para alguém? - Ele me olhava mais intensamente. - Acho que o que sinto é bem o avesso disso.
Olhei chocada para ele e, como se minha mão de repente estivesse em brasas por estar presa ao toque dele, soltei-a apressadamente e a coloquei rente ao meu corpo.
- Como assim, ? Eu não estou entendo mais nada! – falei, exasperada, querendo uma explicação coerente.
Ele me olhou, torturado, e uma expressão de raiva o tomou.
- Você quer que eu explique mais o quê? Eu não tenho mais como explicar! Você quer que eu diga o quê? Que eu te amo? É isso? Então, tá! Eu te amo! Satisfeita? Agora pode voltar para o seu noivinho e me deixar em paz. - Ele virou de costas e voltou, marchando, para dentro da sala de instrumentos.
Observei-o entrando na sala, totalmente surpresa pela declaração que ouvi saindo de sua boca. Ele me... ama? É isso mesmo? Mas isso é impossível! Ele nem gosta de ficar perto de mim; como ele pode me amar? Não faz sentido!
Ele estava certo; eu realmente o acho louco!
Mas ele falou de noivo? Voltar para o meu noivo? Nós terminamos há mais de quatro meses - será que ele não sabe? Impossível... todos os meninos sabem, com certeza ele já deve ter ouvido algum comentário.
Andei em direção a sala de instrumentos e abri a porta sem nem pensar. Nesse quase um ano trabalhando aqui eu nunca havia entrado nessa sala. E agora eu entrava, depois de uma descoberta dessa.
estava sentado em um dos quatro bancos pretos, que se encontravam espalhados pelo recinto, com os cotovelos apoiados em cima de suas pernas. Ele segurava sua cabeça entre as mãos olhando para baixo.
Fechei a porta atrás de mim e me encostei na mesma ainda olhando para ele.
- ? Isso que você disse é sério? - perguntei baixinho. - Porque se você estiver brincando comigo...
Ele deu uma risadinha, ainda com o rosto escondido nas mãos.
- Quem dera eu estivesse brincando - ele falou, se virando para mim. - Seria tudo mais fácil. Eu não me importaria com você e assim você seguiria sua vida com seu noivo, sem que isso me incomodasse.
Fiquei estupefata com as coisas ditas por ele e me dei conta de que, realmente, ele não fazia ideia de que eu já não era mais noiva.
Caminhei de encontro a . Quando cheguei a uma certa distância dele, me abaixei para ficar em um nível que eu pudesse olha-lo de frente.
- Você está um pouco desinformado – disse, sorrindo. - Eu terminei com meu noivo há mais de quatro meses.
- Mas... mas... - Ele me olhou, surpreso, e depois de um tempo olhando para mim, ele pareceu encontrar uma resposta para sua pergunta não dita. - Claro que eu não tinha como saber disso. Eu estava tão obcecado em esquecer que você existe, que quando a conversa tinha você no meio, eu fazia questão de sair de perto. - Ele me encarou por um tempo e desviou o olhar para minha mão direita, que repousava em cima de minha perna. - Por que você ainda usa aliança?
- Essa daqui não é a aliança. Quando eu a tirei, percebi que pelo tempo que eu já a usava, fiquei com o meu dedo marcado. Então, eu comprei um anel para colocar no lugar – expliquei, sorrindo, enquanto olhava e mexia no anel.
Voltei minha atenção para ele, que parecia não saber o que fazer, agora que sabia a verdade. agora encarava o chão, pensativo. De repente, se levantou, caminhando para a parede próxima a ele. Levantei-me também e voltei a me encostar na porta.
Ele olhava para a parede com uma mão no bolso e a outra segurava seu pescoço.
Eu o observei por um tempo, também sem saber o que fazer. Queria que ele dissesse algo, que me mandasse embora, ou até mesmo que falasse que era uma brincadeira - de muito mal gosto, diga-se de passagem. Mas ele não esboçava reação alguma; somente ficava encarando a parede.
Ainda olhando para as costas dele, percebi que não sabia o que eu queria que ele fizesse. Nunca pensei no de um modo diferente, além de um integrante do McFLY. Ele se mostrando dessa maneira para mim, fez-me ver que eu não o conhecia de verdade e, definitivamente, não queria magoá-lo. E por isso, resolvi deixá-lo pensar sozinho. Desencostei da porta e me virei para abri-la. Quando ia saindo da sala, senti a mão de me puxar e me virar para ele. Antes que eu pudesse falar algo, ele fechou a porta e me beijou.
No início, era só um encostar de lábios que se tornava cada vez mais urgente. Um de seus braços me segurou pela cintura, fazendo meu corpo colar ao dele e a sua mão livre passou por minha nuca, segurando meus cabelos. Sua língua pediu passagem à minha boca, que avidamente lhe cedeu espaço. Minha mão segurava firmemente sua nuca, mantendo-o firme no beijo, enquanto minha outra mão passeava pela suas costas.
Eu não conseguia pensar coerentemente. Essa era uma situação que nunca havia imaginado, mas que com toda a certeza era a mais prazerosa. Nenhum outro corpo se encaixou tão perfeitamente ao meu e me fez sentir as pernas cederem com apenas um beijo. definitivamente tinha algo de diferente, que fazia me sentir diferente. Eu me sentia viva, como nunca antes havia me sentido.
Ele me empurrou contra a porta ainda com nossos lábios colados. Suas mãos fizeram todo o caminho de meus braços até chegarem aos meus ombros, conduzindo meu sobretudo ao chão. foi diminuindo a intensidade dos beijos dando leves selinhos em meus lábios, colou nossas testas e olhou diretamente em meus olhos.
- Há quase um ano eu espero para sentir você nos meus braços. - Ele me deu mais um selinho. - E toda essa espera valeu a pena. - Ele sorriu de lado meio ofegante e voltou a me beijar com paixão.
Eu já não queria pensar mais, só queria sentir. Sentir o toque quente que ele transmitia à minha pele, os choques elétricos que seus beijos provocam em meu corpo. Eu queria senti-lo.
Minhas mãos tatearam suas costas até encontrar a barra de sua blusa à puxando para cima, deixando o caminho livre para sentir de verdade sua pele. Assim que minhas mãos o tocaram, tremeu levemente e soltou um gemido, me imprensando mais contra a porta. Suas mãos apertavam fortemente minha cintura e uma dor prazerosa me inundava, seus dedos passaram contra minha barriga por cima do tecido fino da blusa de botões, que ele prontamente desabotoou à levando ao chão para fazer companhia ao sobretudo.
Segurei novamente a barra de sua blusa e a puxei para cima. Ele soltou nossos lábios e suas mãos de meu corpo e ajudou a tirar a blusa a jogando em um canto longe. Nesse momento ele aproveitou e olhou intensamente para meu tronco seminu, que era coberto apenas por meu sutiã de renda rosa claro. Seus olhos transmitiam luxúria e admiração, ele parecia não acreditar que realmente estávamos naquela situação. levou suas mãos ao meu rosto e o puxou contra seus lábios mais uma vez.
Com nossas respirações cada vez mais ofegantes e pesadas, ele desceu suas mãos até minha cintura me levantando, minhas pernas se prenderam em sua cintura e ele nós levou até o grande sofá preto no canto da sala. Eu conseguia sentir seu membro enrijecido tocar minha intimidade, nos fazendo sentir cada vez mais necessidade um do outro. me deitou gentilmente e depois repousou seu corpo sobre o meu, minhas pernas voltaram a envolver seu corpo o colando mais apertado contra o meu.
Ele ofegava cada vez mais e apertava cada vez mais meu corpo, soltou meus lábios e traçou um caminho de beijos pelo meu pescoço puxando as alças do sutiã, até chegar ao meu colo. Minhas costas se ergueram e prontamente ele achou o fecho do sutiã o tirando e jogando ao chão. Sua mão habilidosa brincava com um seio, enquanto seus lábios trabalhavam em outro.
Inevitáveis gemidos e arfadas saiam de minha boca, minhas mãos puxavam seus cabelos e minhas pernas o apertavam cada vez mais contra mim. desceu os beijos pela minha barriga, juntamente com suas mãos tocando o botão da minha calça, ele ergueu os olhos para mim como se pedisse permissão para continuar e quando viu que nenhuma objeção foi pronunciada, ele a abriu.
De uma vez só ele puxou minha calça e minha calcinha, enquanto as tirava ele distribuía beijos por toda a extensão de minha perna até chegar ao meu pé e tirar minhas sandálias, atirou ao chão as peças de roupa e mais uma vez parou para admirar meu corpo, agora, completamente nu. Seus olhos agora eram pura luxúria, um sorriso malicioso brotou em seus lábios e avançou contra meu corpo, se encaixando novamente em mim, me deixando sentir mais próximo seu membro pulsante e beijando meu lábios com toda a vontade, a paixão e o tesão que ele sentia.
Minhas mãos o afastaram de leve, até encontrar o botão de sua calça, soltando-o. Puxei o zíper e a conduzi pernas abaixo, com a ajuda de retirando os tênis e pegando sua carteira. Segurei o cós de sua boxer preta e a puxei para baixo também. Eu não conseguia mais aguentar aquela expectativa, eu precisava senti-lo dentro de mim.
levantou completamente seu corpo, tirando uma camisinha da carteira que segurava; rapidamente a colocou e voltou a distribuir beijos por meu rosto, quando finalmente chegou a minha boca intensificando o beijo, eu senti seu membro me invadir. Ele fazia movimentos vagarosos arrancando gemidos sofridos de minha garganta e da sua, aos poucos foi aumentando o ritmo de estocadas.
Nossos corpos suados trabalhavam juntos em único sentido: dar prazer um ao outro. Minhas mãos arranhavam suas costas e apertavam sua cintura, gemidos cada vez mais altos saiam de minha boca. Eu sentia seu membro me preencher completamente de um jeito delicioso, como eu nunca antes senti.
Eu podia sentir seus movimentos ficarem cada vez mais rápidos, nossas respirações denunciavam que o orgasmo chegaria logo. Com estocadas mais precisas, eu senti meu corpo todo ser inundado por um frenesi contagiante, que me fez apertar o corpo de contra o meu, e assim chegamos ao ápice juntos. Ele relaxou sobre mim com sua respiração pesada e beijou levemente meus lábios.
Ficamos assim por um tempo somente sentindo a respiração um do outro aos poucos se estabilizarem. alisava meus cabelos e eu inevitavelmente fazia carinho em suas costas nuas.
Eu ainda tentava entender o que havia acontecido comigo, o que havia me levado a ceder aos meus instintos mais primitivos, e o principal, o motivo de ter feito isso com o . Logo ele, que nunca inspirou se quer simpatia a mim, não podia negar que ele era um homem lindo, com suas costas largas, seus braços fortes e traços marcantes, seus lindos olhos , que pela primeira vez eu vi brilharem tão intensamente, que jurei que eles haviam se tornado uma cor diferente.
Ele beijou minha testa e se levantou do sofá, jogando a camisinha fora no fundo de uma lixeira cheia, que estava ao lado do sofá. Eu me sentei pegando parte das minhas roupas do chão e em um silêncio sepulcral, eu comecei a me vestir o vendo fazer o mesmo.
Já completamente vestida, peguei minha bolsa do chão e vi colocando sua carteira no bolso. Pigarreei baixinho, tentando chamar a atenção dele, o que surtiu efeito, pois ele me olhou.
- Eu já vou embora - falei de uma vez, já andando para a porta.
Ele correu na minha direção e pegou a minha mão.
- Espera! Eu te levo pra casa. - Ele se ofereceu, sorrindo ternamente.
- Não precisa se incomodar. É serio, eu sempre vou embora sozinha, não tem mistério - falei.
- Não é incômodo - ele disse, me olhando seriamente. - , você não precisa ficar com vergonha do que houve aqui. Somos adultos, já – completou, segurando minha outra mão a levando até sua boca e depositando um beijo leve.
Fechei meus olhos fortemente, tentando espantar as sensações que aqueles toques simples causavam à minha pele. Um calor intenso subia por minhas bochechas me fazendo corar absurdamente.
riu de leve, vendo meu rosto com o tom escarlate e me puxou para um abraço.
- Por favor, me deixa te levar em casa. Eu só quero ter a oportunidade de conversar com você - ele pediu, ainda abraçado comigo. - Acho que a gente começou ao contrário - disse e riu.
Não pude segurar um riso e isso o fez me apertar mais no abraço. Ele se separou de mim ainda segurando meus braços, me deu um selinho, segurou minha mão e se dirigiu para fora do estúdio.
Dei-me por vencida, me deixando ser guiada pelo prédio afora. O carro de era o único ainda estacionado na frente do prédio. Ele retirou a chave do bolso, apertando um botão fazendo um bipe sair do carro. Ele abriu a porta para mim sorrindo e correu para o lado do motorista.
A viagem, ao contrário do que eu pensei, ocorreu em silêncio, o que me possibilitou pensar no que estava acontecendo.
Em apenas uma noite, tantas coisas! Tantos sentimentos, descobertas, surpresas. Quem um dia imaginaria que aquele desprezo todo, era o mais simples e puro amor da parte de ? Que só me tratava assim porque respeitava meu relacionamento com meu ex-noivo, achando que era o que me faria mais feliz. E o mais incrível, ele se privou da própria felicidade somente para que eu tivesse a minha. Como ele pensou errado! Eu nunca fui feliz, talvez tivesse sido no início, mas com o passar do tempo foi o comodismo que me fez continuar com aquele relacionamento. Estupidez a minha, confesso, mas eu sempre fui muito insegura e o medo de ficar sozinha sempre me fez recuar com a ideia de separação.
E hoje, talvez por desespero dele, ele resolveu confessar tudo o que sentia, me deixando totalmente surpresa. Momentaneamente, parecia realmente loucura. Nada do que ele falava parecia fazer sentido para mim. Acho que para ninguém que estivesse na minha situação isso faria algum sentido. Mas depois dos momentos mais embaraçosos, inesperados e prazerosos que tive com ele, eu vi que eu realmente nunca me senti ligada e completa com alguém em todo minha vida, como estive em menos de uma hora com ele.
Um leve sorriso brotou em meu rosto e eu me virei para olhá-lo dirigir. percebeu minha movimentação e olhou para mim quando o carro parou em um sinal.
- Está tudo bem? - ele perguntou, me olhando nos olhos.
- Está tudo ótimo - eu disse, alargando meu sorriso para ele, que devolveu um sorriso contente.
- Não sei você, mas eu estou morrendo de fome! - ele disse, passando a mão na barriga.
- Eu já estou sentindo meu estômago nas costas! - Parecendo adivinhar, meu estômago reclamou alto, nos fazendo rir.
O sinal voltou a abrir e ele arrancou com o carro, me fazendo perceber que eu não havia explicado como se chegava a minha casa, mas ele parecia extremamente certo do caminho que estava tomando.
- ? Você sabe pra onde está indo? – perguntei, confusa.
- Claro que sei; já deixei o algumas vezes lá. - Ele explicou, me olhando rapidamente. - Mas é óbvio que o nunca comentou isso - ele completou.
- É, ele nunca falou. Mas não era para menos; o clima entre a gente nunca foi exatamente um mar de rosas. - Enfatizei a nossa situação até poucas horas atrás esperando para ver como ele reagiria.
- É verdade - ele falou e parou o carro.
Quando me dei conta, já estava na frente do meu prédio.
- , eu queria realmente me desculpar com você por todo esse tempo que eu a tratei mal. Eu sinto muito mesmo! Mas foi o único jeito que eu encontrei para tentar amenizar as coisas. Eu pensei que se você me odiasse, seria mais fácil de te esquecer e deixar a sua vida seguir o curso dela. - explicou, pesaroso, sem desviar os olhos de mim.
- Esquece isso; eu já entendi você, não precisa ficar se desculpando. - Deixei claro para ele que aquilo para mim já era passado.
- Que bom que você entende. Fiquei com medo de você me achar um maluco e sair correndo de mim - ele confessou, rindo.
- Mas eu o achei louco mesmo! Porém, eu entendi os seus motivos – disse, pegando as mãos dele que estavam em cima de suas pernas.
Ele sorriu olhando para nossas mãos juntas, apertando a minha carinhosamente e voltou a me olhar. Num impulso, chegou mais perto, me beijando calmamente.
Ainda era difícil controlar as emoções tão diferentes que me percorriam. Era estranho senti-lo tão perto de mim, mas, ao mesmo tempo, era tão gostoso e reconfortante.
se afastou, sorrindo levemente, e eu percebi que agora era a hora que eu sairia do carro, me despediria para voltar a dormir sozinha naquele apartamento que só me transmitia emoções dolorosas. E foi aí que eu me dei conta que eu não queria que ele fosse embora.
- Sabe o que eu acho? – disse, sorrindo, fazendo carinho em sua mão. - Que já está mais do que na hora de você conhecer a minha famosa macarronada! – completei, rindo.
- Está falando sério? Porque o que eu já ouvi de elogios, só me deixou imaginando que era tudo mito!
- Claro que é sério! Vou te mostrar que não é mito; vem! - o chamei, abrindo a porta do carro.

Estava colocando os talheres e os pratos sobre a mesa, enquanto me observava e abria uma garrafa de vinho. Ele distribuiu cuidadosamente o líquido em dois copos e me ofereceu um deles.
Eu não preciso dizer que estava achando isso tudo surreal, toda essa noite estava sendo uma completa e intrigante surpresa para mim. Uma surpresa totalmente agradável, devo dizer. Em todos os momentos, foi gentil e engraçado; até me ajudou a cozinhar! Ele estava revelando um lado totalmente desconhecido, mas a impressão que me dava era de que esse era o de verdade. Aquele que ele nunca quis me mostrar. E ele é simplesmente a pessoa mais incrível que eu já conheci.
Assim que entramos no apartamento eu o levei até a sala e fui correndo para o meu quarto tomar um banho. Tentei ser o mais rápida possível, mas se eu não fosse vigilante, os meus pensamentos me traíam e eu me pegava relembrando cada segundo, cada toque, cada respiração entrecortada que dividi com o cara que estava sentado no sofá da minha sala. Um sorriso bobo era arrancado de mim inevitavelmente, o que me fazia balançar a cabeça e me achar um completa maluca.
Agora era ele quem sorria meio abobadamente para mim, enquanto se sentava à cadeira e eu pegava a travessa com a macarronada.
- Essa tem o seu dedo, então se estiver ruim, é sua culpa - disse para ele, enquanto repousava a travessa em cima do descanso de mesa para coisas quentes.
- Já está querendo tirar o corpo fora? - ele brincou, rindo.
- Foi só um aviso pra diminuir suas expectativas – respondi, também rindo.
Ele riu ainda mais balançando a cabeça negativamente, enquanto eu o servia. Sentei-me à frente dele e me servi também, o observando comer o primeiro pedaço.
Continuei olhando enquanto ele mastigava e fazia caras e bocas. Até que ele acabou de mastigar e tomou um gole de vinho e me olhou divertidamente.
- Você sabe que todos estão errados, não é?
Eu o olhei assustada e provei um pedaço. Mastiguei e constatei que essa macarronada estava tão boa quanto as outras. O que ele queria dizer?
riu da minha expressão e completou.
- Isso é bem melhor do que me falaram! Acho que passo a vida toda a base da sua macarronada, sem reclamar.
- Seu ridículo! Você me deu um susto! - Empurrei de leve seu ombro, fazendo rir mais ainda.
Terminamos de comer em meio a conversas que pareciam não ter fim, e a cada declaração dele, eu ficava mais fascinada e incrivelmente boba em saber que ele não era nem um pouco estranho e egocêntrico, do jeito que eu imaginei.
Levantei-me para tirar a louça da mesa e prontamente ele me ajudou, ainda elogiando meus dotes culinários.
- Nada mais justo eu te ajudar a lavar. Acabei de comer de graça na sua casa - ele falou, parando ao meu lado em frente a pia.
Olhei desconfiada para ele.
- Você está falando sério? Sabe que isso não tem nada a ver - respondi.
- Eu quero ajudar. Agora você lava, e eu seco. Não quero arriscar quebrar suas louças - falou, pegando o pano da pia e me encarou.
Suspirei e me dei por vencida, e enquanto eu lavava, ele realmente secava as louças. Sempre no bom humor e perguntando cada detalhe da minha vida. parecia ter uma curiosidade incrível sobre mim, o que achei muito engraçado, mas o que me deixou chocada foi descobrir que eu não sabia nada da vida dele. Não como eu pensava conhecer.
Quando terminamos e íamos para a sala, meu celular começou a tocar em minha bolsa, que estava jogada em cima do sofá. Sentei-me ali e sentou ao meu lado, trazendo consigo as taças e o vinho. Peguei o celular e não fiquei nem um pouco surpresa em ver quem ligava.
- Oi, .
- Onde você está? está contando até agora! - ela disse, rindo, enquanto os outros riam junto com ela ao fundo.
- Diz pro que ele vai contar até segunda, porque eu não vou aparecer. Desculpa – respondi, rindo.
- Fala sério, ! Você se divertiria tanto! nem apareceu, o que deixaria até o clima bem melhor pra você - ela falou, manhosa, tentando me convencer.
Quando ela mencionou a ausência de , eu não me contive e gargalhei alto.
- O clima pra mim está melhor só por que o não foi? - repeti suas palavras para ele tomar conhecimento.
E do mesmo jeito que eu fiz, gargalhou alto.
- Quem está com você? - perguntou, desconfiada.
- Ninguém! É a TV que está ligada - respondi rápido e parou de rir imediatamente para me encarar.
- Não acredito que você já está em casa! - ela exclamou.
- , é sério. Eu realmente não vou. Uma dor de cabeça não me deixa desde cedo, acho que cerveja e música alta não vai ajudar. Melhor eu dormir um pouco agora.
- Poxa, queria tanto você aqui. Mas se você está assim, é melhor descansar mesmo. Até amanhã! Beijos e melhoras. - Ela se despediu tristemente de mim.
- Até amanhã. Beijos e obrigada - respondi.
Ele ainda me olhava, agora de braços cruzados com a expressão fechada, mas os seus olhos transmitiam pura tristeza. Mas o que ele esperava? Que eu contasse tudo para ela pelo telefone, enquanto bebia com os amigos dele em um pub? Acho que não seria muito sensato.
- O que foi, ? – perguntei, mesmo sabendo a resposta.
- Por que você mentiu sobre mim? Você não quer que os outros saibam da gente? - ele disse, tentando controlar a voz, sem deixar transparecer o quanto não gostou disso.
- , eu nem sei o que está havendo entre a gente. Isso tudo ainda é muito confuso pra mim! E também, você não esperava que eu fosse contar que nós nos entendemos e muito menos a forma como isso aconteceu pelo telefone, né? - falei o que estava pensando sobre tudo.
Ele pareceu ponderar minhas palavras e relaxou os braços.
- É, você tem razão. Melhor preparar os quatro para entender a coisas - ele disse.
- Quando eu entender, eu vou explicar - falei baixinho, olhando para as minhas mãos.
Ele soltou pesadamente sua respiração e segurou minhas mãos com uma sua. A outra mão ele levou até meu queixo, levantando meu rosto para olhar em meus olhos.
- Eu já deixei claro o que eu sinto, e de forma alguma quero que você se sinta pressionada a sentir qualquer coisa por mim. Eu vou fazer as coisas da forma como você preferir. Quero me entender com você, não quero maus entendidos e se você quiser ter alguma coisa comigo, além de amizade, você vai me fazer o cara mais feliz do mundo. Mas o mais importante é saber que você tem consciência da forma como eu te vejo e que você decida o melhor, independentemente do que você achar que seja - falou, de maneira doce, porém, com pura convicção de todas as palavras pronunciadas.
Eu pesei as suas palavras e sua expressão, ambas me fizeram crer firmemente que ele estava sendo sincero.
- Obrigada. - Só pude dizer isso e deixar um sorriso tímido aparecer.
Fiquei muito aliviada pelas coisas ditas me soarem tão verdadeiras e tão seguras. , definitivamente, era o meu sopro de ar fresco em meio ao verão escaldante. Desde que ele me tocou a primeira vez essa noite, eu pude perceber que algo de diferente estava por vir. Nunca imaginei que ele passaria de um estranho conhecido para o meu porto seguro.
Ele sorriu de volta para mim e me puxou para um abraço de lado, enquanto me passava uma taça de vinho. Relaxei minha cabeça em seu ombro e suspirei aliviada, me sentindo leve, como nunca antes havia me sentido.
A madrugada avançou, e com o tempo os nossos assuntos pareciam só aumentar. e o conforto da presença um do outro deixava o clima relaxado e descontraído. Até que meu corpo já cansado do dia de trabalho e bem, do exercício físico também, começou a pedir por descanso.
- Você está cansada, não é? Melhor eu ir embora - falou, se levantando e espreguiçando.
Eu realmente queria me deitar e dormir feito uma pedra, como não acontecia fazia tempo. Mas eu também queria que ele ficasse mais; só a sua presença já era o suficiente pra me fazer relaxar. Porém, eu não podia pedir que ele ficasse, eu precisava de um tempo para mim. Queria assimilar os fatos da noite sem tê-lo por perto para confundir minhas percepções.
- Eu realmente estou cansada – disse, com pesar.
- Eu percebi e, pra falar a verdade, eu também estou - ele me disse, sorrindo.
- Te acompanho até a porta, então – falei, me levantando também.
Andamos em silêncio até a porta, a destranquei e ele foi para o lado de fora. me encarava com uma expressão indecifrável, até que chegou perto e me deu um selinho exitante.
O choque dos nossos lábios fez meu corpo inteiro se arrepiar.
Antes que ele se afastasse demais, passei meus braços para o seu pescoço e intensifiquei o beijo. sorriu com a minha ação, mas logo voltou a se concentrar no beijo pedindo passagem com sua língua. Ele ficava cada vez mais urgente e quente, os nossos corpos queriam mais do que havia acontecia horas atrás, porém me controlei e me afastei lentamente, finalizando o beijo.
Ele segurou minhas mãos e me olhou profundamente.
- Posso te ligar? - perguntou.
- Claro - respondi simplesmente, ainda com um sorriso no rosto.
Ele acenou uma vez com a cabeça e sorriu se afastando. Esperei ele entrar no elevador e quando não estava mais ao alcance das minhas vistas, fechei a porta e encostei-me a ela. O único pensamento que vinha a minha cabeça era: “ai, meu Deus!”
Um turbilhão de pensamentos e emoções me invadiram aquela noite, um estado de êxtase tentava me tomar, mas quando parecia que ia me vencer, eu tomava consciência novamente. Ele era o ! , o cara que me tratava como se eu fosse ninguém, aliás, menos que ninguém. Um ano trabalhando naquela gravadora, um ano trabalhando diretamente com ele e o máximo que conversamos até essa noite, foi eu passando instruções sobre algo que ele devia fazer com a banda. Ele acenava e saía de perto, quando não concordava, também acenava e saía para falar com o Fletch. Eu nunca entendi o por que disso, tinha vontade de confrontá-lo, como fiz hoje, mas me faltava oportunidade. E a primeira que surgiu, eu não só o confrontei com palavras. Confrontei com o meu corpo, minha boca. Deus! Isso não podia ter acontecido! Eu trabalho para ele. Onde eu fui me meter?
Depois de muito pensar, a onda de cansaço voltou ao meu corpo com força total e eu adormeci.
No dia seguinte, acordei me sentindo outra pessoa.

Fim.

Nota da Autora: Primeiramente... Evol é Love ao contrário =) Minha primeira short! E ainda por cima restrita... Então, vamos dar um desconto, porque são duas coisas novas para mim! hahaha
Ela estava aqui no meu pc há quase um ano e nunca tive coragem de mandar, mas aí pensei: "WTH! Ficou apresentável, vou mandar assim mesmo!" rs.
Espero que gostem (:

Outra fics:
Outra fics:
Everything I Feel - Hiatus [McFLY | Em Andamento]
What I Want [McFLY | Finalizadas]

XxPamy



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Nota da Beta: Comentem. Não demora, faz a autora feliz e evita possíveis sequestros - só um toque. Qualquer erro encontrado nesta fanfiction é meu. Por favor, me avise por email ou Twitter. Obrigada. Amy Moore xx