Finding Love

por Bru Lee



Era um dia especial, o primeiro dia de aula do último ano de colegial. Eu estava super animada para rever meus amigos. Coloquei a blusa do colégio, minha calça cintura baixa e coloquei aquela pulseira da sorte. Estava sozinha em casa, portanto eu não precisava comer um café-da-manhã saudável como minha mãe sempre faz em todas as manhãs. Perdi o horário, olhei o relógio e vi que já eram seis e quarenta e cinco, sendo que a aula começa as sete. Corri, peguei minha bolsa e passei na casa da . BLIBLOM*
- Oi, tia! A está aí? – Já imaginando que ela estaria lendo livros.
- Está sim! Ela deve estar tomando café ou lendo um livro... – Ela falou, em meio de risos.
Não falei? Antes da mãe de chamá-la, ela aparece na porta toda sorridente.
- Vamos logo, amiga! Eu preciso ver o MEU Danny. – Falou baixinho, pra que sua mãe não escutasse, fazendo com que eu risse.
Fomos correndo e encontramos no caminho. Como sempre, ela nos olhou de cima a baixo, e nós a ignoramos.
é a menina mais chata, irritante e metida do mundo, cara. Eu tenho a impressão que tudo que nós temos, ela quer. QUE RAIVA!
Chegamos no colégio e logo falamos com nossos amigos. Eu fiquei meio que sozinha, pois estava com ‘seu’ Danny, com o Harry e com Tom. Era como se eu não fizesse parte do mundo das garotas que namoram. Quando eu já estava saindo de fininho, pra deixar os casais em paz, eu ouvi o Tom me chamar.
- , chega aqui! Eu tenho uma ‘coisa’ pra te mostrar...
Quando eu vejo, o Tom me mostra um garoto, lindo, lindo, lindo. Perfeito mesmo. Tom me contou que ele era o tal ‘Dougie’, o baixista da banda deles. Eu logo cumprimentei o gatinho e fomos todos para a sala. Logo veio com suas piadinhas:
- Humm... Eu senti o clima entre você e o Dougie, hein?
- Para com isso, amiga! – Logo fiquei corada, morta de vergonha.
observava a lista de alunos em cada sala, e percebeu que estávamos separados.
- Gente, nós não estamos na mesma sala. -Disse .
- O que? – Harry perguntou assustado – Eu não acredito.
- Pois é, gente! Eu sei que é horrível, mas é assim que está. – Disse com um tom de voz triste.
- Sim, como as salas estão organizadas? – Danny perguntou curioso.
- , , Harry e Tom no 3° ano A. Eu, , Danny e Dougie no 3° ano B. – Disse .
- Não acredito que vão separar os casaizinhos. – Eu disse.
- É, né? Que pena também que vão separar futuro casal, né, Doug? – Disse , olhando pra Dougie e com uma cara de más intenções. TRIIIIM*
- O sinal tocou. – Falou Tom.
- Percebi. – Falou , mal-humorada, entrando na sala, fazendo com que todos ficassem curiosos.
Isso estava bom/ruim demais para o primeiro dia de aula.

Tédio. Essa é a palavra que descreve esta maldita aula de Física. Eu estava mergulhada em pensamentos até que senti algo batendo em minhas costas. Logo imaginei que fosse a idiota da , para encher o saco. Já estava pronta para defesa, quando vi que quem jogou a bolinha de papel foi o Harry.
Olhei para ele com cara de poucos amigos e ele sussurrando disse:
- Calma, não me mate! Só quero te mostrar o Tom. Dá uma olhada nele!
Quando olho para o Tom esta ele dormindo, ou melhor, desmaiado na cadeira, babando e tudo. Eu não me aguentei, ri tão alto que aquele maldito professor viu, e mandou eu e o Harry para fora da sala. Eu tentei dar uma desculpa idiota, que eu tinha tossido ou algo assim, mas não colou. Lá fomos eu e o Harry para fora da sala. E pior, eu nem conhecia o Harry direito.
- Ah, que lindo! E o que vamos fazer agora, Harry? – Eu tive que puxar a conversa.
- Eu nem sei. Cara, no primeiro dia de aula, na primeira aula, a gente já consegue sair da sala. Que ótimo. – Com o seu comentário, nós rimos.
- Ah, Harry... Eu nunca tive oportunidade de te conhecer direito, sabe? Só falamos tipo ‘oi, tchau‘.
- Pois é. Mas essa é uma ótima oportunidade, não é?
- Cara, antes de tudo, Harry... Faz aquele negócio com a sobrancelha? É muuuito legal! – Eu disse com meus olhinhos brilhando.
- Claro. – Rimos muito.
Eu não acredito que nunca tive a oportunidade de conhecê-lo direito. Ele é super gente boa! E aquela sobrancelha... Nem comento.
- Harry, eu quero sua sobrancelha pra mim... Me dá?
- Ah, não... É propriedade particular da ! - Ah, seu feio! Mas amiga que é amiga, divide... Tô brincando, viu? Daqui a pouco aquela ciumenta vem aqui me matar!
- Ah, ... Você é muito legal, cara! Não sei como não nos ‘conhecemos’ antes, né? – Ele sorriu – E você e o Dougie... Rola?
- Cara, não fala assim que eu fico com vergonha...
- É sério, cara... Você o acha bonito, ou sei lá como vocês meninas falam?
- Ah, ele é assim... É... Bonitinho... – Fiquei totalmente corada.
- Ah, você tá vermelhinha... Ele comentou comigo que te achou uma gatinha, hein.
Ele disse isso mesmo? Cara, eu não acredito! Além de lindo, ainda me acha bonita? Aqui é o paraíso ou o colégio?
- Hein? – Indaga o Harry.
- Ahn? O quê?
- Aposto que tava pensando no Doug, né?
Antes que eu pudesse responder, para minha salvação, o sinal toca novamente para anunciar a troca dos professores.
- Vamos, Harry? – Saio puxando ele feito louca, antes que ele pudesse fazer mais alguma pergunta comprometedora.
O tempo. Odeio-o. Por que ele é lento na aula e rápido no intervalo? Depois de um intervalo presos na sala de aula, por causa daquela maldita professora. Chegou – finalmente – a hora da saída. Eu já estava me derretendo para ver o Dougie. Desci as escadas correndo, quase como uma louca. Eu realmente não sabia o porque que eu estava assim, eu só tinha achado ele bonito! Desci e vi. e Dougie, juntos no maior papo. Cara, não acreditei no que vi. Não acredito, não, não!
Aquela vadiazinha já está se esfregando nele? Danny logo reconheceu a minha cara de raiva e veio falar comigo:
- Por que você está assim, ?
- Argh, aquela loira de farmácia já está se esfregando no Dougie.
- Senti um ciúme no ar... – Danny se calou quando viu aquele meu olhar direcionado a ele – Ah, sabe,... Torço muito para vocês ficarem juntos... – Danny entrega um papel a , se despede, encontra , e os dois vão embora juntos.
Ah, o que é essa porcaria de papel? Deve ser mais uma merda do Danny, só pode!
Eu estava muito nervosa para ler aquele papelzinho que o Danny me deu. Guardei-o na mochila e fui pra casa. Chegando em casa, me joguei na cama. Tentava esquecer, fazer outra coisa, mais não conseguia. Aqueles lindos olhinhos azuis do Dougie não saiam da minha cabeça. Na tentativa de me distrair, e também botar as conversas em dia, liguei o computador e fui logo botando no meu orkut. Logo que bati o olho na tela, me alegrei totalmente. Lá tinha um convite de amizade. Um convite do Dougie. Eu só faltei subir pelas paredes de tanta felicidade! Me acalmei, o aceitei, e mandei um recado do qual dizia: “Oi, Dougie! Eu te adicionei! Tudo bom? Tem msn?“ No mesmo momento recebi a resposta: “Oi, ! Tudo ótimo. Meu msn é: dougielee@hotmail.com” Não perdi tempo e o adicionei. Quando entrei no msn, estavam online a e a . Logo puxaram assunto.

* :
Oi, !
# Judd:
Oi, amiga *-*
: Oi, geeente! Alguma novidade?
# Judd:
AAAAAAAAAh, tem sim! A galera toda vai pra casa do Tom hoje a noite... Vamos? Olha que o Dougie vai, hein!

Eu não consegui prestar atenção no que ela disse. Foi só ler o nome do Dougie que eu já fiquei hipnotizada.

:
CLAAAARO QUE EU VOU lol Vou fazer brigadeiro pra levar, tá bom?
* :
Ai, já estou com água na boca... e seu brigadeiro.. hum...
:
Vou preparar o brigadeiro, beijo, galera!

Sai do msn e olhei o relógio. Eram 15:30. Ainda dava tempo para fazer a porcaria do dever. Ao terminar o dever vi meu celular tocar. Era o Tom, logo atendi.
- ? É o Tom.
- Eu sei que é você, dã.
- Ah, sei lá... Sim, voltando ao assunto... Apareça lá em casa às 18:00 hrs. Eu marquei com a galera lá! Você vai?
- Claro! Eu tou fazendo AQUELE meu brigadeiro, sabe?
- Hum... Já estou com água na boca... Venha logo então! Beijos, .
- Beijos, Tom.
Peguei no sono. Só fui acordar às 16:50. Correndo, fui tomar banho, me arrumar, fazer o brigadeiro e às 17:55 eu estava totalmente pronta. Quando estava pegando a minha bolsa...
BLIMBLOM* Quando abro a porta, recebo um super abraço. Adivinha de quem? Da , é claro. Não pude nem falar nada, pois ela saiu me puxando, dizendo que já estávamos atrasadas e tal.
- Vamos logo, amiga! Você não pode se atrasar para ver o Dougie. – Disse entre gargalhadas. - Poxa, amiga, você não precisa esconder de mim que está afim dele...
- Ah, eu não tou afim dele, não, pô... - me olha com uma cara que me faz ter medo – Tá bom, eu acho que estou gostando dele. Ou melhor, não sei nem o que sinto por ele. Só sei o que sinto por aquela vadia, digo pela . ÓDIO MORTAL.
Chegamos em frente a porta do Tom e estavámos naquela briguinha de sempre pra saber quem tocaria a campanhia. Usei os argumentos que era casa do namorado dela, portanto, ela que buzinava. Ela buzinou e quem atendeu foi o Tom.
- Cadê o brigadeiro? Ops, digo, a ? - Logo indagou.
- Aquela idiota está aqui se escondendo atrás de mim! - Disse apontando para trás.
- Ah, você estragou meu disfarce! - Eu disse com cara de chorona.
- Hum, sinto um clima! Podem se agarrar, eu deixo! - Fui entrando e deixando eles nos amassos.
- Oi, gente! Eu e meu brigadeiro chegamos!
Todos começaram a gritar e badernar. Eu fui comprimentando todos, na hora de comprimentar o Dougie, eu fiquei meio estátua, ele teve que tomar a iniciativa.
- Tudo bom, ? - Disse Dougie com aquele lindo sorriso.
- Tudo ótimo! - Dei dois beijinhos na bochecha, como dei em todos.
- Vamos começar a festa? - Grita . - Vamooooooos! - Todos dizem em coro.
Havia apenas um lugar sobrando nos colchões. O do lado do Dougie. Eu fingi que não vi.
- Sim, espertinhos! Onde eu vou ficar? - Eu disse com cara de dúvida.
- Senta aqui comigo e o Dougie! - Disse . - Ah, eu nem tinha visto. - Faço cara de desentendida.
Todos estavam jogando PS2. O Dougie estava esperando a sua vez de jogar e eu e não gostávamos disso. Portanto, ficamos conversando.

- Sim, ... Cadê o seu violão? - Disse com más intenções, esperando algum comentário de Dougie.
- Você toca violão? - Perguntou Dougie, muito surpreso.
- É... Na verdade eu ainda estou aprendendo... Estou procurando um professor que tenha paciência para minha lerdeza. - Nós três rimos.
- Hey, Dougie! Pode jogar lá! Eu perdi. - Falou Harry sentando ao meu lado com uma carinha de 'sou um trouxa'.
- Oun, Harry! - Apertei as bochechas dele.
- Olha que o Doug vai ficar com ciumes, ... - Harry disse rindo da cara do Dougie, e para sua defesa, Dougie deu um murrinho no Harry.
- Parem de brigar, rapazes! Olha, eu tive uma idéia! Por que o Dougie não ensina a como tocar violão? - Disse , novamente agindo como cupido.
- É uma ótima idéia! - exclamou Harry – Aí vocês podem até se conhecer melhor...
- Por mim, tudo bem... E você, ? - Disse o Dougie, meio vermelhinho, porém, feliz por dentro.
- Claro que sim! Realmente será ótimo! - Eu disse dando um sorriso para Doug, que me retribuiu com outro. - Que tal todo dia às 15:30 na sua casa, Dougie?
- Por mim, está ótimo! - Disse Dougie, muito feliz.

Mil coisas passavam na minha cabeça naquele instante. O que poderia acontecer?
Enquanto eu viajava nas minhas ilusões e pensamentos, nem percebi que a séculos o Tom me chamava. Até que o Tom chega e me dá uma sacudida.
- ! AAAAAAAAAAAAAAAH! Você morreu mulher? - Disse ele com cara de espanto.
- Ah, foi mau... Eu estava viajando aqui... - Eu disse, ainda com alguns pensamentos na cabeça.
- EU QUERO O BRIGADEIROOOOOO! - Berrou o Danny fazendo uma dancinha engraçada.
- Calma que eu já vou pegar o brigadeiro, gente! - Falei indo em direção à cozinha.
- Eu te ajudo! - Gritou , parecendo que estava do outro lado do mundo e saiu me puxando pra cozinha.
Pegamos o brigadeiro e fomos para sala, logo quando chegamos, começou a gritaria e todos queriam pular em cima do meu brigadeiro.
- Calma, gente! Vocês vão engolir as garotas! - Tom falou preocupado.

Depois que o reboliço passou, coloquei o brigadeiro sobre a mesa e todos começaram a atacar, após o grito de guerra feito pelo Danny. Todos ficaram abismados como meu brigadeiro era bom. Rolaram até brincadeirinhas que meu brigadeiro era bom por que eu sou um doce de pessoa. Fiquei me achando!
- É, gente... Tá na hora, né? - Disse olhando pro relógio. E todas as meninas concordaram.
- Mas já, garotas? Tão cedo assim? - Disse o Dougie.
- Tão cedo? Já são 21:00 hrs, meu amor! - Eu disse, irônica.
- Hum... Sou seu amor, é? - Disse Dougie, levantando um pouco da sobrancelha, pois quase não conseguia.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAh, vai aprender a fazer isso, muleque! - Disse Harry levantando sua sobrancelha, e fazendo todas as meninas ficarem bestinhas.
- Não humilha o garoto, Harry! - Falou o Danny.
- Meu herói!! - Gritou Dougie pulando no colo do Danny, porém Danny não o segurou, fazendo Dougie cair diretamente no chão. - Seu GAY! Você não me segurou!
- Eu ia adivinhar? - Disse Danny, em meio a risinhos.
- Alguém pode ajudar o coitado? - Disse o Tom apontando pro Dougie, ainda estatelado no chão. - Eu acho que a pode... Afinal, quem quer seguir a carreira de saúde? Hein?
Fui ajudar o Dougie. O coitado parecia todo quebrado. Ele ficou com uma mancha super vermelha nas costas, e com um galo na cabeça. Ele estava meio zonzo por causa da pancanda. Vendo o seu estado, eu disse:
- Garotos, vocês podem carregar ele pro sofá? Acho que o impacto foi grande mesmo...
Todos se olharam com cara de preocupados e colocaram ele no sofá.
- Onde está doendo? Uma massagem sempre ajuda! - Disse - Minhas partes íntimas estam doendo... - Todos olham para Dougie com cara de 'seu tarado'.
Antes que o Dougie pudesse completar a frase, grita com uma voz de malícia:
- AAAAh, mais esse trabalho aí é para ...
- Poxa, amor... Eu não sabia que você era tão tarada assim! - Diz o Tom espantado – Hum... E se eu disser que as minhas partes íntimas também estam doendo, hein? - Tom faz cara de tarado.
- Aí, eu digo que o meu papai briga. - Todos riram, menos , pois ela estava falando a verdade.
- Ah, você... TRIM TRIM*
- Alô? - Diz .
- Filha, onde você está?
- Tô aqui na casa do Tom, mãe... Já vem me pegar? Ah, tá bom...
- Se quizer, eu dou carona as garotas...
- Tá bom, mãe! Beijo. - Disse desligando o celular. - Desculpa meninos, mas agora a gente tem que ir mesmo, minha mãe já vem nos pegar...
- Tá bom, garotas! Até amanhã! - Gritam os meninos.
Após chegar em casa, tomei um banho, e me lembrei do papel que o Danny tinha me dado no fim da aula. Peguei-o dentro da bolsa e li. Estava escrito: “ é tão linda, Danny... Eu queria muito conhecê-la melhor” Escrito nas letras do Dougie. Dougie Lee Poynter. Agora eu já tinha certeza que não era só eu que sentia aquilo. E no meio destes pensamentos, adormeci. Acordei aos berros do meu irmão, aquele infeliz. Meu irmão é um pirralho de seis anos que praticamente regulava a minha vida, tudo que eu fazia contava aos meus pais e etc. Já dá pra perceber como eu amava ele, não é? Eu queria dormir mais um pouco, mas o pirralho, é claro, não iria deixar!
- Vamos, ! Acorde! Se esqueceu que você agora vai me levar pro colégio? - Ele disse me chacoalhando e gritando.
- Ah, eu mereço! Agora vou ter que levar esta d******* pro colégio. AFF!
Levantei, e fui tomar meu banho. Logo, eu lembrei que tive um sonho com o Dougie, mas não lembrava direito... Enquanto eu estava na minha tranquilidade, pensando no meu futuro namorado... Alguém sempre tem que estragar, né? Pois é.
- Minha filha, ande depressa, tem alguém aí te esperando! - Gritou minha mãe.
Só poderia ser , dizendo que eu só me atraso e etc. Como eu conheço minha amiga, me arrumei super rápido, em uns 10 minutinhos. Eu fui apressada em direção a porta, até que meu irmão gritou alguma coisa do tipo 'me espera'. Nem liguei. Continuei andando.
Quando chego no portão, eu quase morro. Sabe quem tinha vindo me buscar? O Dougie a sua turma. Fiquei tipo estátua, mas adiantei o passo antes que meu pai visse a sombra de algum garoto ali por perto.
- Vocês estão malucos? Se meu pai pega vocês aqui... Não sei o que seria de mim! - Eu falei em meio que pânico.
- Calminha, . Não gostou da nossa surpresa? - Disse o Harry, levantando a sua sobrancelha.
- Oun... Que fofinho! Vocês vieram me buscar em casa... Eu tenho os melhores amigos do mundo mesmo! - Eu disse dando um abraço coletivo neles.
- , er, aproveitando que as meninas não estão aqui... - Eu fui parando de andar, para prestar mais atenção. - Nós todos queríamos saber, se você, hum, sente alguma coisa pelo Dougie... - Disse o Danny, meio sem jeito.
Muitas coisas se passaram na minha cabeça. Mentir ou não? Assumir ou não? Até que meus pensamentos foram interrompidos pelo Tom.
- E aí, ? O que você diz? - Falou o Tom num modo bastante compreensivo.
- Ah, tipo assim... Ele é bem gatinho, sabe? Eu acho que eu sinto alguma coisa por ele sim, mas não sei dizer o que é... - Eu disse sussurrando para o Tom.
Antes que eu pudesse continuar a minha conversa com o Tom, eu vi o Dougie sentado em um banquinho e os meninos disseram que ele estava me chamando. O que eu achei meio estranho, mas afinal, eu fui lá.
- , er, eu não sei. Desde do dia em que nos conhecemos eu te achei muito linda, muito mesmo, sabe? Eu gostaria de te conhecer melhor. Eu também queria saber, se eu tenho alguma chance com você. - Ele segurou na minha mão, o que fez meus olhos brilharem.
Eu olhei para os garotos, com cara de tipo 'o que eu faço?' e o Tom me disse que era para eu seguir meu coração e mais nada. Nessas horas, o Tom é meu melhor conselheiro.
- Sabe, Dougie... Eu também te achei o maior gatinho. Mas acho que a gente tinha que se conhecer melhor, sabe? - Eu falei olhando em seus lindos olhos.
- Aham. - E ele fez um sim com a cabeça.
E então eu sorri para ele. Na verdade, eu tive uma vontade imensa de me declarar para ele e lascar um beijo. Mas eu não ia me entregar tão facilmente, mesmo ele sendo um Deus Grego, eu tenho meus princípios. Ele me deu um beijo na bochecha. Caraca eu só pensei 'esta bochecha, eu nunca lavarei'!
- Então, ainda está marcada a nossa aula, não é, ? - Disse o Dougie com um ar de maldade.
- Não sei, não sei... - Tentando dar uma de difícil e logo depois dando uma linguinha de lado pro Dougie.
- Está na hora, não é gente? Nós já perdemos a primeira aula! - Disse o Danny, meio preocupado.

Fomos andando e conversando até escola. Perto de chegar, lembrei de , o meu irmão, ficou sem ir pra escola. QUE BOM. Entrei na sala e o único lugar vago era ao lado daquela . Ô raiva... Tive que passar todas primeiras três aulas ao lado daquele demônio. Ao bater o intervalo, nós todos nos encontramos no corredor. Como sempre, ficavam os casaizinhos, e eu excluída. Opa, eu não estava excluída! Eu tinha ao Dougie! sentada no colo do Danny; abraçada ao Tom; no maior amasso com seu Harry. Ao vermos a cena, eu e o Dougie nos olhamos na mesma hora, fazendo a gente rir. O Dougie cochichou no meu ouvido:
- Vamos dar uma voltinha pelo colégio? - Com aquele olhar irresistivelmente irresistível.
- Claro! - Eu afirmei.
- Gente, eu e a vamos dar um rolé por aqui, ok? - E todos consentiram com a cabeça.
Eu e o Doug fomos andando de mãos dadas, mas como amigos mesmo, sabe? Eu estava mostrando as pessoas chatas e as legais; Apresentando-o à algumas amigas... Até que chegamos na pracinha. Sentamos na mesa e começamos a conversar. Eu descobri que ele é super legal e super cavalheiro. Conversamos bastante até que bateu o horário e tivemos que subir. Estávamos subindo a escada quando passou e cumprimentou o Dougie. Eu o alertei que ela era uma víbora, que não prestava, se achava demais e etc. Para minha surpresa, ele disse que não achava nada disso e que achava ela super legal e que até JÁ TINHA NAMORADO COM ELA! Eu não acreditava como um cara tão legal quanto o Dougie conseguiu aturar aquela pirua! Eu fiquei meio desconfiada, pois ele parecia dar um pouquinho de bola pra ela. Quando deu a hora da saída, fui imediatamente falar com Harry, afinal ele era meu super amigo, que fazia tudo que eu pedisse. Puxei Harry.

- Harry, cara, eu tô P-A-S-S-A-D-A. Como o Dougie pode já ter namorado a ? - Eu disse bem nervosa.
- Ah, ... Relaxe... Eles namoraram há uns 3 anos atrás e com certeza, ele não gosta mais dela. - O Harry disse passando a mão em meus cabelos e tentando me acalmar.
- O que significa isso? - Diz estressada pensando que eu estava roubando o namoradinho dela.
- Amiga, agora não é hora para suas crises de ciúmes e aliás, você sabe muito bem que eu e o Harry somos apenas amigos, né? Além do mais, você não sabe da maior. O D-O-U-G-I-E J-Á N-A-M-O-R-O-U A P-U-T-I-N-H-A D-A ! - Eu disse enfatizando a palavra putinha.
- Caraca, você está brincando, né? - Disse muito assustada.
- Como eu queria estar brincando amiga... Como eu queria... - Eu disse meio que pensativa.
- , você é muito melhor que ela e o Dougie já deve ter percebido isso! Fique calma e evite barracos e crises de ciúmes, homens odeiam isso. - Disse Harry calmamente.
- Pelo visto ganhei mais um conselheiro, não é? Ah, Harry... Muito obrigada por essa força, amigão! - Dei um abraço super apertado nele e na e fui para casa.

Eu já estava no meio do caminho, meio solitária, pensando apenas no Dougie e se ele realmente gostava de mim. Ouço alguém gritar meu nome, mas estava viajando tanto que era como se não tivesse ouvido. Sinto alguém pegar na minha cintura, quando olho para trás é o Dougie.
- Esqueceu da nossa aula de violão, mocinha? - Indagou Dougie.
- Me desculpa, realmente esqueci. É a lerdeza, ignore. - Faço cara de burra, ou melhor, já tenho.
- Hum... Então vamos agora?
- Aham. - Eu disse já entrando no prédio.
Quando o Dougie abriu a porta do apartamento, eu vi de cara um baixo pink com glitter. Simplismente gamei. Vendo meus olhinhos brilharem, ele pegou o baixo e pos nas minhas mãos. Eu estava deslumbrada, eu já tinha visto um baixo de perto, mas não um tão lindo quanto aquele. Dougie saiu me puxando em direção ao seu quarto, onde tinha um violão e uns seis baixos diferentes. De repente a porta se abre.

- Essa que é a sua namorada? - Disse uma mulher que aparentemente era a mãe dele.
- Não, mãe... É uma amiga... Vou ensinar-lhe a tocar violão! - Disse ele apontando pro violão.
Ela me comprimentou e se apresentou como Senhora Poynter. Ela me falou que era para eu cuidar direitinho do Dougie e disse também para protegê-lo no escuro. Ela também avisou que estava saindo, mas logo voltava.
- É verdade que você tem medo do escuro, Doug? - Eu disse meio que rindo.
- É sim. - Disse o Poynter, todo sem jeito.
- Não fica assim não. Cada um tem medo de uma coisa idiota! Por exemplo eu tenho medo do meu armário... É segredo, viu?
Ao invés de aprender violão nós ficamos conversando bastante, até que ele jogou a almofada na minha cara. Eu tinha que revidar. Assim começou a guerrinha. Ficamos lutando por um maior tempão, até que a campanhia toca.
- Quem deve ser? - Disse o Dougie, fazendo uma caretinha engraçada.
- Deve ser sua mãe, Doug! Vai lá abrir a porta que eu vou dar um jeito nessa bagunça. - Eu disse colocando as coisas nos seus lugares.
Quando o Dougie abriu a porta, era o Tom. O Dougie não sabia por que o Tom foi lá, mas não iria despachar o amigo. O Tom foi entrando até que chegou no quarto do Dougie.
- ! O que você tá fazendo aqui, mulher? - Diz o Tom com cara de assustado. Na mesma hora, ele faz uma cara de malícia e olha pro Dougie. - Vocês tão se pegando, não é?
- Tom, você é muito maldoso, cara! Eu tô aqui por que o Dougie vai me ensinar violão... - Eu disse dando o maior abração no Tom.
- Agora eu que pergunto! Qual foi o motivo da visita, Senhor Thomas? - Perguntou Dougie.
- Tipo, eu tinha ligado para casa da e me disseram que ela tava aqui. E como eu estou precisando muito falar com ela... - Disse o Tom com uma carinha de 'help-me'.
- Aconteceu, alguma coisa, Tom? - Eu falei preocupada.
- Ah, ... Aconteceu sim... - Disse o Tom com uma vozinha de choro e sentando ao meu lado. - , terminou comigo.
Eu e o Dougie ficamos sem saber o que fazer, o que dizer. Como a poderia ter terminado com ele? Por quê? Ah, ele é tão bonzinho...
- Por quê? Você não aprontou nada não, né? - Eu disse ainda meio confusa.
- Não. Ela me ligou, dizendo que queria terminar. Eu perguntei o motivo, insisti, mas ela não disse. Você sabe como eu a amo, não é, ? - O olhinho dele se encheu de lágrimas.
Eu o abracei e disse para ele ficar calmo. Que eu ia conversar com ela e saber do motivo. Ah, sinceramente, me deu vontade de socar a ! Como ela podia deixar meu amigo assim? O Dougie ficou com uma carinha de ciúmes, me vendo fazer aquele 'dengo' todo no Tom. Mas ele tinha que entender, afinal, conheço o Tom desde o maternal. O Tom não gostava muito de se expressar, então, se ele está ali falando comigo, é por que ele confia em mim. Eu prometi para mim mesma que resolveria esta história. Eu cheguei atrasada no colégio, portanto, tive que esperar a segunda aula. também se atrasou, o que nos deu tempo para jogar conversa fora.
- Oi, amêga! - Eu disse me jogando no colo da .
- Oi, amor! - Ela disse me dando o maior abraço.
- Você já sabe do Tom... ? - faz um não com a cabeça e eu continuo – terminou com ele! Amiga, ele chorou, cara! Dizendo que eu sabia o quanto ele a amava e pediu para ajudá-lo.
- NÃO ACREDITÔ! - Diz super espantada – Como ela conseguiu fazer isso com ele? A gente tem que falar com ela HOJE!

O sinal toca. Eu e subimos para nossa sala. Quando entramos, vi o Tom bem lá no fundo, com uma carinha triste. Tinha um lugar vago ao lado dele e lá, eu sentei. Conversei com ele bastante, disse que também gostava dele, que deveria ter sido apenas uma besteira e mais nada, e que, além de tudo, ela estava em consciência do que estava perdendo. Para animá-lo, até brinquei que se ela demorá-se muito, quem ia pegar ele era eu. Eu estava conseguindo resgatar meu Tom.
Aulas se passam. Chegou a hora do intervalo, o Tom queria passar no sala, mas eu não deixei. Pedi para Dougie ficar entretendo ele enquanto eu conversava com . Sei lá, falar da bunda de , ou de sei lá quem. Fazer ele rir.

- Amiguinha... Eu preciso conversar com você! - Eu disse seriamente para , fazendo ela ficar com uma cara de 'hâ?'.

- TOOOOOOOOOOOOOOOOOOM, gatinho! O que você está fazendo aqui, amor? Ah, veio falar com a sua amiguinha, né? Você e parecem chicletes! - Antes que ele pudesse responder, sai puxando Tom ao meu quarto, onde eu estava de olhos fechados viajando deitada na cama.
Tom faz cara de maldade para , e ela consente com a cabeça. Só ouço o grito do Tom: “MONTINHOOOO”! E é claro que me ferrei, né? Tom e , duas orcas em cima de mim! Eu fiquei gritando socorro, mas só depois de muito guerra eu saí dali.
- Vocês são crocodilos, né? Eu aqui, de boa, vocês vem e fazem isso comigo... - Faço carinha de choro – E agora estou toda quebrada! O médico Dougie não está aqui não, hein? - Fiz uma cara nada santa. Eles ficaram fazendo piadinhas e blá blá blá. - Oh, Tom, I'm sorry... Você veio aqui para nós conversamos e eu aqui dando uma idiota. Bem, eu sou, mas deixe queto. Sim, deitem aqui vocês.
Eu conversei com Tom que ela ainda gostava dele e que o motivo dela ter terminado era que ela queria curtir mais a vida. Eu expliquei para ele todos lados bons da história. Ele poderia olhar para meninas, pegar algumas delas... Mas eu avisei a ele que se ele namorasse com outra pessoa, eu iria ficar sentida e que não ia gostar.
- E depois, Tom... Lembra que amanhã tem aula de Educação Física? Pois é... Quem é o fodão em vôlei que o professor sempre pede para ensinar as garotas a sacar? - Ele faz uma cara de tarado, fazendo o movimento do saque.
Eles tinham que ir. Afinal, tinham que estudar, pois amanhã tinha um belo texto de Redação pela frente. Logo que foram embora, eu mergulhei em livros, pois eu já tava ligada que, definitivamente, NÃO era foda em Português. Arrumo meus matériais e vou dormir. Fui dormir pensando o quanto que tinha sido besta. Amanheceu, porém, vi que hoje tinha acordado mais cedo. Fiz tudo com calma, revisei os assuntos e fui andando. Pensei no Harry. Lembrei que ontem nem havia falado com ele. Que mole.

- Então, com a consciência pesando, passei na casa dele e buzinei na porta. Aina estava quebrada, então tive que gritar mesmo.
- HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARYYYY !
- Já vai, !
Antes que Harry já abrisse a porta me agarrando, pensando que era sua namorada, eu me afastei um pouco. Mesmo assim, ao abrir o portão, o Harry pulou em mim e ia me beijar, mas eu virei o rosto e foi na bochecha.
- SEU TARADOOOO! - Eu brinquei rindo da cara dele. - EU VOU CONTAR PRO DOUGIIIE! - E sai correndo realmente fingindo que ia contar.
- NÃO ! FOI SEM QUEREEEEEEEEER! - Ele gritava desesperado. Fiquei rindo da cara dele por horas, me joguei no chão da rua, de tanto rir. Ele me levantou e me pediu desculpa, dizendo que foi sem querer.
- Eu sabia, seu bobinho! Mas se eu não virasse a cara, hein? O chupa-chupa ia ser bom! - Eu zuei.
- Ia ser bom, é Dona ? - Ele finge me agarrar. Tipo, bota a mão na boca e fica virando. - SEU TARADO! SEU TARADO! - Eu gritava enquanto corria atrás dele com a minha bolsa.
Chegamos no colégio suando demais. Sorte que era aula de Educação Física mesmo. Eu disse que estava cansada, e o Harry me levou de macaquinho até a quadra. Chegamos lá todos mundo olhou para nossa cara. Acho que pensaram que eu estava pegando o Harry ou algo assim, mas ele logo gritou “Calma, eu não tou pegando a ! Vi o Dougie e dei um abração, por sinal, me alonguei ao lado dele. Vi o Tom, dei uma piscadinha para ele e dei um tchauzinho para o Danny.
Até que o professor disse “Todos em dupla!“ Combinamos que não seriam os casaizinhos, por causa do Tom e a . Eu fui com o Danny; com ; Dougie e ; Tom e Harry.

- Por que eu tenho que ir com esse GAY? - Indagou Harry.
- GAY? Vou te mostrar o GAY. - O Tom passou por uma menina e deu o maior apertão na bunda dela. Eu fiquei com a cara no chão. Vendo meu espanto, o Tom zoou. - Que foi, ? Também quer, é? O pior que nesse seu bundão não cabe a minha mão! - Tom disse fazendo gestos com as mãos e cara de tarado.
- Amiguinho, Tom... O que é isso? Tudo bem que nossa amiga tem super dotes, mas não precisa ser tão tarado assim! - Gritou fazendo com que TODOS olhassem para minhas partes. Alguns meninos olhavam para mim e davam frete.
- Êpa, tirem o olho da minha mulher! - Gritou Dougie vindo correndo para mim e me abraçando. - Ela tem esse bundão mas é meu e não divido com ninguém!

- Todos ficaram com medo do Dougie, inclusive eu. Pois apesar de sua voz de bebê normalmente, a voz dele estava muuuito máscula. Eu olhei para ele com uma cara de 'hâ?' e ele disse que eu era dele e ficou me abraçando. Ah, o Dougie é bem engraçado. Fizemos vários exercícios idiotas lá e depois o professor disse que seria vôlei, mas dessa vez com time misturado, meninos e meninas. Nesse instante, o Tom me olhou com uma cara maléfica de 'É agora'. Já estava a filinha de garotas que o Tom iria ensinar. Eu já sei. Mas é tão legal. Ainda mais por que fico me achando, por que por mais que já tenha a primeira da fila, a primeira SEMPRE sou eu. Aquelas putinhas do colégio se fodem com a gente. Eu fingia errar tudo, só pra demorar mais e fazer elas esperarem. Todo mundo rindo da cara de panaca das gurias. Chegou a vez da . Ela sabia que a e o Tom se separaram e por isso, quando chegou na sua vez, parecia que ela queria se roçar no Tom. Me deu raiva! Deu vontade de chegar lá 'O amigo é meu, sua puta, se foda'.
Mas eu não podia fazer isso, apesar de tanto querer. Não pude deixar de reparar no fogo que ardia nos olhos de . Ela ainda amava o Tom e eu sabia disso. não aguentou mais e foi lá para detonar com a . Eu tinha pena da pobre <, pois eu conheço minha amiga quando fica nervosa. pensou em agir, mas não conseguiu. Ela deu uns cinco passos em direção aos dois, mas parou no meio. Como se metade dela quisesse ir, e a outra, voltar. Ela ficou um tempo parada, olhando para o Tom e a e saiu correndo. Mas saiu correndo feito uma louca, com os olhos inundados, como São paulo. Eu ia atrás dela, mas me segurou e disse que quem iria ela era. Então fomos nós duas. Encontramos ela sentada no Zoo, com a cabeça baixa e chorando muito.
- Amiga, não fique assim! - Eu a consolei, sem saber direito nem por quê, nem pra quê. - Tem algo acontecendo, amiga? Você anda muito estranha... - Disse passando a mão nos loiros e ondulados cabelos de .
nos olhou e não respondeu nada. Apenas ficou em silêncio, com aqueles olhos verdes fixados no céu.
- Seja o que for, amiga... Saiba que sempre, SEMPRE, estaremos com você, tá? - Disse e nós a abraçamos.
Perguntei se ela gostaria de ir para casa e ela me confirmou. Eu disse a ela que querendo ou não, eu iria com ela a sua casa para conversarmos. Antes de irmos, cochichei para :
- Amiguinha, diga ao Tom para dar uma passadinha na casa de . Diga que eu estarei lá.
Tomamos nosso rumo. No caminho, perguntei a se estava tudo bem, se ela não estava gostando de alguma coisa, por que ela estava muito diferente. Chegamos a sua casa, mas aquele papo continuou. Até que me toquei. É claro! Quando minha amiga fica assim, só pode ser uma coisa... Para ter certeza, só era necessário uma última pergunta.
- Que dia é hoje, love? - Indaguei.
- Eu estou aqui arrasada e você me pergunta a data? - retrucou com um tom de voz grave.
- Sério, que data é hoje?
- AFF! Dia dez, por quê, hein?

Claro! Eu já sabia! Dei um super abraço nela e disse que estava tudo resolvido. Ela não entendia minha alegria. E eu continuava a falar: “Dia dez, dia dez!“ Ela também tinha se tocado, na verdade, ela já sabia, mas naquele estado, ela NUNCA compreende alguém, pra ela, só ela tem razão. Simplesmente minha amiga não tinha nada além de uma TPM, que por sinal, a dela é das brabas! Logo depois dei conselhos a ela, que o mundo não iria parar se ela tivesse menstruada, e que ninguém tem nada haver com isso. Eu disse que sabia como tudo fica mais difícil, mas é necessário calma. Logo depois, fui para casa, deixar minha amiga e sua cólica lá. Cheguei em casa e me joguei na cama, como sempre. Logo pensamentos e mais pensamentos invadiram minha cabeça. Quando lembrei de uma coisa... O Tom estava a caminho da casa de , achando que eu ainda estava lá. E o que será que vai acontecer quando abrir a porta e ver o Tom? Eu estava em dúvida se voltava, ou não para a casa de . Pensei bastante e resolvi ir, afinal, poderia ficar chato se eles pensassem que marquei aquele encontro de propósito. Até que tive uma ideia. Liguei para e pedi para ela ir para casa de , pois além de conhecer bastante , era a maior cupida! me disse que poderia passar lá, e que já estava indo. Pedi para ela me ligar quando ela resolvesse tudo. Horas se passam. Não sei o que me deu, talvez, eu tinha surtado. Mas eu estava com a maior vontade de andar de bicicleta com . Fui entrando no quarto dele.
- ? - Fui colocando a cabeça dentro do quarto, como sempre ele estava jogando PS2.
- Que foi, ? - Disse .
Ele ama me chamar assim, só por saber que eu odeio meu nome. Respirei fundo, e indaguei:
- Bora dar um passeio de bicicleta? - Eu disse com um ar de cumplicidade.
me olhou com uma cara de quem viu um fantasma. Ele levantou da cadeira e veio ver se eu estava com febre e perguntou se eu tinha bebido. Respondi que não e perguntei o por quê.
- É impressão minha ou você está sendo legal comigo? - Disse com os olhinhos brilhando.
- Aproveita logo que o efeito da droga é por pouco tempo, hein? - Rimos e fomos pegar nossas bikes no quintal.

Perto na nossa casa, tinha uma pracinha. Uma pracinha bem legal, eu me sinto bem nela. Me lembro dos tempos de infância... Estávamos nós dois, lá... Andando de bicicleta. Até que... PAAAFH* Eu, distraída olhando para tudo, viajando nos pensamentos 'atropelo' um menino e caio com tudo. Eu fiquei lá, estatelada no chão, com joelhos e cutuvelos sangrando. Meu irmão começou a chorar, pensando que eu tinha morrido. Foi muito engraçada a minha queda, eu estava lá no chão rindo de mim mesma, até que o menino, do qual atropelei, veio me ajudar.
- Estava distraída, gatinha? - Ele me levantou e deu uma piscadinha.
Quando minha cabeça voltou ao seu lugar, que eu pude reparar no garoto. Sabe quem era? , o meu primo. Ele também não tinha reparado que era eu, e quando viu...
- ? - Me abraçou e eu pulei nele.
- GAAAAAATINHOOOO! O que você está fazendo aqui, omirp?
- Amirp, eu me mudei para cá! - Ele disse com os olhinhos brilhando. - Me mudei para aquela rua ao lado da sua!
- Caraaaaaaaca, eu não acreditô! E por que você não avisou, pô? - Eu disse fingindo estar nervosa.
- Depois te explico tudo, gatxênha! Agora vamos lá em casa para dar um jeito nesse sangue todo! - Disse . Fomos andando nós três para a casa do . Minhas feridas realmente estavam doendo. Chegamos na casa do , ele buzinou, e quem abriu a porta foi a tia Mary.

- ? A quanto tempo, minha bebezinha! - Disse apertando minhas bochechas, fazendo eu ficar com uma cara nada satisfeita.
- Para, mãe! A não é mais um bebê! Aliás, tá bem crescidinha, não é? Huuum* - Disse <, fazendo eu dar uns três tapas nele. - Ah, mãe, tem algum remédio aí? A estava andando de bicicleta, me atropelou e se arranhou toda!
Tia Mary não prestou atenção, ela já estava fazendo as vontades de . Então, foi pegar a caixinha de remédios. A tia Mary é assim, fica paparicando e para ela, ninguém cresce! Sentei no sofá, e começou a cuidar dos meus machucados, e depois, colocou um band-aid. O já estava com 2O anos, mas, ainda com a cabeça infantil.
Quando a gente tinha mais ou menos uns 12 anos a gente se pegava e era muito engraçado. Conforme fomos crescendo, ele virou um bom amigo. Até que ele teve que se mudar para São Paulo. Mas agora, ele está de volta!
- , a sua escola é a ESME, não é? - Perguntou e eu afirmei com a cabeça. - Eu vou estudar lá nesse ano! Apartir da segunda, eu tô lá!
- SÉRIO? - Meus olhinhos brilharam.
Ele me explicou que não havia avisado a ninguém pois tinha chegado hoje, e a operadora do celular não pegava aqui. Eu disse que tinha que ir para casa, tomar um banho, e levar . Me despedi da tia Mary e do . Ele me prometeu ligar amanhã, pois já tinha telefone fixo. Cheguei em casa, pedi para guardar as bikes. Tomei meu banho, me joguei na cama, ainda toda dolorida. Procuro meu celular e vejo mais de 1OOO ligações da . Eu estava muito cansada, e amanhã tinha aula, então, eu falaria com ela amanhã.

- Filhinha, acorda!
Ouvi a minha mãe me chamar. Levantei, fiz minhas higienes e tomei um copo de Nescau. Hoje eu estava com um ar de felicidade, sem saber meio o por quê, mas para mim, esta sexta-feira seria ótima. Hoje quis inventar artes no cabelo, que andara normal demais. Um rabo-de-cavalo ou solto. Fiz uma maria-chiquinha bem alta, passei um blush e rímel. Me olhei no espelho. Eu lembrei do meu tempo de criança. “Ah, como era bom...“ Já estava de saída, quando vi tomando café. Perguntei a ele se ele queria ir comigo e ele confirmou. Saímos eu e meu irmãozinho de mãos dadas, até que no meio da rua encontrei o Danny e o Dougie. Sai correndo, arrastando , e pulei no Dougie de macaquinho. Ele tomou o maior susto, afinal, não sabia quem era. Eu gritei um sou eu. Não sei o que o Dougie fez, mas em um giro, eu já estava 'de macaquinho' de frente para ele. A gente ficou meio sem graça ao ouvirmos meu irmão falar:
- Maninha, você já tem namorado, é? - Disse < com cara de desentendido, apontando para Dougie.
Todos nós ficamos rindo por um bom tempo. O Dougie respondeu que isso só dependeria dele, se ele deixasse, e deu uma piscadinha para . Enquanto Dougie, o bobão, conversava com sobre merdinhas, acho que era Digimon, ou alguma bestologia do tipo, eu conversava com o Danny sobre genética.
- Pois é, ! Imagine como sairia um filho seu e do Dougie? Ou melhor, filha! - Disse Danny, fazendo o Dougie prestar atenção na conversa.
- O quê? Filho, eu, ? Só se for agora! - Disse Dougie com cara de tarado, imaginando que eu e o Danny estivéssemos falando sobre, erm, besteira.
Conversas idiotas. Colégio. Sala. Aulas. Intervalo. Eu demorei um pouco para sair da sala terminando de copiar o dever. O Dougie me esperou. Quando chegamos a famosa pracinha, estavam, como sempre, os casaizinhos. Danny e , e Harry e... Ops, cadê o Tom e a ? Perguntamos por eles e apontaram para um cantinho da pracinha, conversando. Olhei para eles e vi o Tom passando a mão no rosto da .
Oun, o meu Tom. Sempre tão compreensivo... Eu estava viajando, olhando para os dois e nem percebi que a , o Danny, a , o Dougie e o Harry estavam me olhando. Talvez por que eu estava admirada com a atitude do Tom, ou talvez, pela cara de panaquinha bestona que eu fiquei. Não sei o que falaram, mas eu ouvi alguma coisa. Eu e o Dougie sentados em cima de uma mesa, e os outros, na outra mesa. A veio cumprimentar o Dougie. O Danny contou a Dougie que eu morria de ciúmes da e que eu realmente estava afim dele, mas achava que ele ainda era afim da , sabendo disso, ao cumprimentar , Doug fez questão de dizer:
- , está daqui é a minha namorada, , vocês já devem se conhecer. - Disse Doug me olhando e dando uma piscadinha.
- Ah, claro que a gente já se conhece! Tudo bom, ? - Eu disse, muuuito irônica, apertando a mão dela.
Não conseguia controlar o riso. Meu Deus, como era tão bom ver a cara de no chão!
saiu e foi fofocar com as suas putinhas, ops, amiguinhas. Todos nós rimos muito. Eu estava abismada com o que Doug havia dito, mas enfim, entrei na brincadeira. TRIIIIIIM*
Após o sinal tocar, todos já estávamos subindo. E eu, ao olhar para trás, vi bem de longe, lááá no fundo o Tom e a . Vindo de mãos dadas.
Chegamos na sala. O Doug me deu dois beijos na bochecha, e foi para sua sala, afinal, esta porcaria de colégio teve que nos separar. A aula estava muito legal! Muito mesmo. Tão legal que eu fiz questão de, assim, dormir um pouquinho, sabe? Fui acordada pelo Harry. Cheguei em casa, tomei um banho e dormi um pouco. Ao acordar, fui me arrumar para ir na casa do Dougie, afinal, hoje temos aula de violão. Hoje estava fazendo muito calor. Então tive que deixar minhas calças de lado e botei uma sainha balonê jeans e uma blusinha qualquer. Cheguei no prédio do Dougie. O portão estava aberto, portanto não interfonei. Subi. Buzinei. Abriram a porta. Quando eu olho, é a mãe do Dougie. Ela me convida para entrar e diz que o Dougie estava no quarto dele. Bato na porta do quarto.
- Dougie? Posso entrar? - Falei em tom de voz baixinho.
- ? - Rapidamente ele vai até a porta e a abre, e me dá um abração.
- Deixe eu adivinhar. Você esqueceu da nossa aula de violão, não foi? - Indaguei.
Ele deslisa a mão sobre o rosto com uma cara de 'sou um otário'. Como sempre, ficamos conversando o maior tempão, mas dessa vez, também aprendi alguma coisa. Pedi para ele tocar uma música pra mim e ele tocou. Ain, mas era tão bonitinho ele tocando e cantando com aquela vozinha de bebê. Dava vontade de apertar as bochechas dele até explodirem. Ele parou de tocar e voltamos a conversar. Até que o assunto se voltou para . Eu perguntei por que ele havia dito que eu era a namorada dele. - Por que é tudo que eu mais queria que fosse. Só depende de você. - Disse Dougie olhando nos meus olhos, e dessa vez, não me parecia brincadeira.
- Você não deve saber, mas tudo que eu mais quero é você. - Eu disse, com todo meu coração, sem nem perceber que havia rimado.
Eu disse isso? Ah, muito bem, ! Vai que ele só quer pegar você e depois largar? Agora você vai ficar aí, , com cara de pateta, falando dos seus sentimentos. Para minha supresa, o Doug diz:
- Então, agora, me diga: O que nós estamos esperando? - Indagou Dougie, com uma cara de 'nós somos lerdos, haha'.
- Eu, apenas, estava esperando o momento certo. - Eu disse aproximando o meu rosto ao dele.
Estavamos quase nos beijando. Uma sensação perfeita. A mãe dele abre a porta, trazendo biscoitos. Nos assustamos e recuamos. BAZUCA NA SENHORA POYNTER! Milhares de xingamentos vieram a minha cabeça. Vontade de pegar uma faca e matar aquela velha. Voltei ao meu estado normal e agradeci os biscoitinhos. O Dougie estava com uma cara de 'mãe, você só tem 1 minuto de vida'. Ela continuou no quarto, conversando comigo e ele. Até que meu celular toca. Era a minha mãe mandando eu ir para casa. Me despedi do Dougie e da mãe dele e tomei meu rumo. Cheguei em casa. Joguei um pouquinho com meu irmão e fui dormir. Não sei por que fui dormir cedo, mas sei lá, eu estava com sono. Acordei super cedo. Uma bela manhã de sábado. Eu amo acordar e sentir o cheiro da manhã. Sim, isso mesmo, a manhã tem cheiro. Botei uma mini-saia, um top. Calma, eu não estava indo para esquina. Eu ia fazer meus alongamentos e exercícios. Coloquei um som alto e comecei a dançar. Ficar viajando no espelho. Gritando nas músicas preferidas. Enfim, na minha festinha. Eu e eu. O povo sabe que eu odeio, mas não. Sempre quando estou no meu 'momento eu', alguém tem que abrir a porta, já estava pronta para xingar de tudo, quando eu vi que quem abriu a porta foi

- E aí? Nessa festinha cabe mais um? - Disse levantando sua sobrancelha, o que o faz ficar mais lindo ainda.
- Claro, meu gatinho! Entra aê! - Chegando na porta e puxando ele. - Porra, você nem me ligou, não é?
- Ah, eu esqueci! Você já conhece minha lerdeza, não é? - Disse ele fazendo cara de choro.
Fiquei mil anos conversando com ele. Perguntando se estava com namorada, se estava pegando muitas lá em SP. Ele ainda estava muito lindo, e não vou mentir que ele ainda mexia comigo. Mas eu conheço bem o meu primo. O negócio dele é pegar e largar. E aos 18 anos, não é isso que eu quero.
- Você está muito maior do que da última vez que nos vimos, hein?
- Claro! Todo mundo cresce! - Fiz cara de dã.
- Boa e velha ... Como sempre, nunca entende as piadinhas...
- O que foi?
- Sabia que eu até hoje eu lembro do nosso primeiro beijo? Sentados naquele banquinho... HAHAHAHA – Zoava .

É, meu primeiro beijo foi com ele, e o dele foi comigo. Uma cena que nunca esquecerei, foi tão romântico. De repente, no rádio, começa a tocar forró. Ele me convida para dançar, e eu claro, aceito (apesar de saber que o meu pé poderia ficar esmagado).
Para o meu espanto, não é que o guri estava dançando bem? Até que ele tropeça no meu pé e... PAAAFH* Fomos parar no chão.
- Caralho, você me quebrar mesmo, não é, senhor desastrado? Primeiro na bicicleta e agora!
- Oun, meu bebê... - Ele me carregou, ficou me balançando e cantando 'dorme neném'. Brisamos demais, brincamos, pulamos na cama. Quase nos beijamos, mas eu tive que virar a cara, afinal, eu estou quase que comprometida (me achei). Nos batemos, nos morremos. Até que minha mãe grita:
- ALMOÇOO!
Nós saímos correndo, como nos velhos tempos. Para ver quem conseguia pegar o melhor lugar da mesa, o mais próximo à varanda. Descemos as escadas voando. E, é claro, eu que consegui sentar. Mas, foi tipo, nós sentamos na mesma hora, fazendo , sem querer, sentar no meu colo.
- Pôxa... Sentar aqui é bem melhor que sentar nas cadeiras! É mais mácio... - Disse sem conseguir esconder o seu olhar direcionado às minhas coxas, o que me fez dar um tapinha na cara dele.

Deixei ele sentado no meu colo mesmo. Fazer caridade pros necessitado às vezes é bom. Depois do almoço, bate aquele soninho, não é? Pois é. Não sei se já citei, mas no meu quarto, tem um beliche. Quando pequenos, nós dois dormíamos na cama de baixo, para que nenhum dos dois pudesse cair. Minha mãe, ainda muito inocente, coitada. Ela disse:
- Estão com sono? arrume a cama de baixo e vocês dois dormem lá!
Fui ao meu quarto e arrumei a cama de baixo. Arrumei para mim. Pois mandem dormir na de cima e ele arrumar a cama dele.
- O quê? Ah nããão! Tia Cau disse que era pra gente dormir juntinho. - fez um biquinho fofinho.
- É, .Acontece que nós já crescemos e não tem necessidade de ficarmos dormindo juntos!
Eu o convenci a dormir na de cima e eu na de baixo. Ainda conversamos um pouco e caímos no sono. Bem, pelo menos eu caí no sono... De repente, eu desperto. Vejo deitando na minha cama. Fingi ainda estar dormindo, se ele tentasse fazer alguma coisa, eu 'acordaria'. Ele apenas deitou do meu lado e dormiu. Acordei, já não estava mais lá, ele havia saído. Perguntei a minha mãe onde ele estava, e ela me disse que ele tinha ido para casa. Me arrumei, fiz um rabo de cavalo, peguei meu celular e meu mp4. Fui em direção à casa de , eu estava com saudades do Lipe, o irmão de . Lipe era bem nerdizinho, talvez, por isso, nunca fui muito amiga dele. Ele tem 17 anos. Provavelmente, estudará na nossa escola também. No meio do caminho, eu encontrei o Tom e o Dougie. Na verdade, eles que me encontraram.
- , amor! - Ouvi a voz do Tom, fazendo eu ficar olhando para mil lados, sem nem encontrá-lo.
Fui surpreendida por trás. Um abraço do Tom.
- TOOOOOOOOOOOM! - Virei e o cumprimentei.
O Tom fez um sinal de 'Olhe o Dougie ali! Surpreenda-o'. Cheguei perto do Dougie. Dei um oi.
Eu percebi que ficou muito 'dã, e ontem?'. Então, após o meu oi, abracei forte e dei um selinho do Dougie. Eu fiz isso? É eu fiz. Caralho, fiz mesmo? Fiz sim. É, realmente eu estava doida. Doida por ele. Aquele bebêzinho loiro de olhos azuis mexia muuuito comigo. O Dougie me retribuiu o oi, passando a mão nos meus cabelos. Ao olhar para trás, pude perceber o olhar de felicidade e aprovação do Tom. Dei uma piscadinha para ele. O Tom se aproxima.
- Estava indo para onde, gatinha? - Indaga o Tom, curioso.
- Eu estou indo para casa do . Lembra dele?
- Quem é ? - Dougie levantada a sobrancelha naturalmente, com uma cara de 'é seu amante?'.
Nem eu, nem o Tom prestamos atenção no Dougie. O Tom estava me contando que lembrava de < sim, que às vezes até falava com ele no msn. Ele () tinha msn? Ele nunca me deu!
- Eu lembro até daquele dia, no banquinho... - Disse Tom com uma cara de tarado.
- PSIU!

Fiz um sinal para o Tom calar a boca. Imagina o que o Dougie vai pensar! Eu, sozinha, indo para casa de um ex-ficante meu. Ele não pensaria nada de bom, com certeza. O Tom entendeu a mensagem e se calou.
- Então, vamos lá comigo? - Convidei-os.
- Demorô! - Falou Tom com uma gíria que nunca o vi usar, mas tudo bem.
Expliquei ao Dougie que o era o meu primo, meu 'prirmão'. Chegamos na casa da Tia Mary. O Tom fez questão de buzinar. Quem atendeu foi o <.
- TOOOM? Quanto tempo, man! - Disse apertando a mão do Tom de um jeito esquisitamente esquisito.
- Né, cara? - Disse o Tom, sorrindo.
- Você está cuidando bem da minha bebêzinha, não é? - Perguntou , passando a mão na minha cabeça igualzinho como meu pai faz.
Vi a cara do Dougie quando me chamou de bebêzinha dele. Um olhar de raiva. Ciúmes.
Ciúmes duplo. Do amigo, e da namorada. Até que o Tom respondeu:
- Eu? Na verdade, quem cuida da mesmo é o Dougie, o namorado dela. - Disse Tom apontando para Dougie. Eles se cumprimentam.
Vocês ouviram? N-A-M-O-R-A-D-O! HAIN, isso foi tão bonitinho!
- Entra aê, galera! - Convidou .

- O estava sem camisa. Eu tentei. Mas não consegui deixar de reparar naquele tanquinho tão perfeito, do qual ele já tinha desde os 12 anos. Talvez deve ter sido por isso que me apaixonei por ele anos atrás. Nós todos fomos ao quarto do . Enquanto os meninos falavam sobre suas baboseiras lá, eu estava a relembrar dos bons momentos passados naquele quarto. Não pensem besteira. Até que achei uma coisa que mexeu comigo. O < tinha uma foto minha. Minha com ele. Nos nossos noves anos.
Aquela foto estava fofa demais! Fiz questão de mostrar a todos.
- Tempo mó bom, né, amirp? - Comentou , com os olhinhos brilhando, aparentemente, lembrando.
- Nem fale, omirp... Perfeito meeeesmo! - Eu disse enroscando meus braços ao redor do pescoço do . ( Calma, gente! É por trás. ) Fomos para sala. Todo mundo sentou no sofá. Eu, a mais lerdinha, fiquei sem lugar. Sentei no chão. Percebi que o Dougie estava boiando muito no assunto. Estava viajando na carinha dele. Até que ele me olha e faz um 'vem cá' com a mão. Cheguei perto e me abaixei. Quando lembrei, que EU sou a NAMORADA dele, portanto, eu posso TUDO. Sendo assim, me sentei no colo dele e dei uma piscadinha seguida de um sorriso. Os meninos foram fazer pipoca. Mentira. Aqueles viadinhos queriam mesmo deixar eu e o Doug a sós para ver o que ia acontecer. Olhei para o Dougie. O Dougie me olhou. Olhares fixos. Rostos próximos. Bocas se tocam. Minha mão, inconscientemente, vai para nuca dele e a dele, na minha cintura. Foi assim. Assim foi meu primeiro beijo com o Dougie. Perfeito. Ao ouvirmos as risadinhas do Tom e de , nós rimos. Como ele era lindo! Aquela carinha de bebê, dando o maior sorriso. Perfeito. Assim, eu sentia, iria começar uma verdadeira história de amor.


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