by katzy
beta reader: yasmin duarte
Noite de sábado, dia 29 de Novembro. As luzes foram apagadas e ele reclamou. Perguntei qual era o problema e ele respondeu que eu deveria saber a resposta. Dei de ombros e continuei esperando. Ele respondeu e eu ri. N/A:
– Boa tentativa, Poynter.
A luz da lua cheia entrava na janela, me permitindo ver as suas feições. Ele olhou para mim com as sobrancelhas levemente levantadas, com um ar surpreso. Eu fitei os olhos dele com uma sobrancelha levantada em ar de descrença.
Ficámos nos encarando por uns segundos, até que ele riu, com aquela risada gostosa dele e virou na cama, me dando um selinho.
– Tá bom, , eu que esqueci de pagar a conta da luz.
– Quando você aprende que não consegue me enganar, Poynter? – disse eu, com um sorriso vitorioso. Ele fez uma careta.
– Quando você aprender a parar de me chamar de Poynter. – Eu ri, dando um beijinho na ponta do nariz dele. Ele desfez a careta e me mostrou um sorriso sapeca. Aconcheguei-me no peito dele, fazendo carinho no seu braço.
– Eu pensei que você fosse ficar chateada, sabe… – disse ele baixinho, passando os dedos pelas minhas costas.
– Claro que não, Poynter, afinal, tem coisa mais interessante para fazer num sábado à noite que assistir velha e boa televisão… – disse eu, vendo ele abrir um imenso sorriso tarado. Continuei. – Como dormir. – disse eu, fechando os olhos e rindo para mim mesma da carinha de desiludido dele.
– Pô, ! – disse ele. Mesmo de olhos fechados, eu imaginava o enorme bico que ele deveria estar fazendo. Eu ri e levantei a cabeça do peito dele.
– Estava brincando, Poynter. Nós realmente temos uma missão para cumprir essa noite… – comecei, com um ar de agente secreto, enquanto o sorriso despontava de novo na carinha dele.
– Ai, sim? – perguntou ele, com voz sexy.
– Ahan. – disse eu, roçando meu nariz na bochecha dele e fazendo-o sorrir ainda mais.
– E que missão seria essa, senhora ? – disse ele, me dando um beijo no canto da boca. Eu me controlei para não agarrar ele ali mesmo.
– Amanhã alguém muito especial festeja aniversário… – disse eu, num tom misterioso. Os olhos azuis dele brilharam de uma forma quase infantil.
– E eu conheço esse alguém? – perguntou ele, me dando selinho.
– Ahan. – confirmei eu, abanando a cabeça. – Muito bem, até.
– Sério? – perguntou ele, ainda perigosamente próximo de mim.
– Sim. – eu confirmei, vendo ele morder o lábio inferior de uma maneira MUITO sexy. Baixei o tom de voz. – Amanhã faz um ano que a Flea veio viver connosco, Poynter! – disse eu, num tom animado, olhando para o canto do quarto, onde o cachorro labrador dormia descansadamente.
– Aaaaah, é. – disse o Dougie, num tom desiludido, afastando-se um pouco de mim e regressando ao seu lugar da cama.
– Ééé! – disse eu, animada. – Como você pode esquecer do aniversário dela, Poynter, seu ignorante? – eu olhei para ele, que estava com um ar emburrado.
– Eu não esqueci, , apenas não estava com atenção. – ele murmurou, num tom meio chateado.
– Ser burro dói, Poynter? – provoquei eu.
– Ser idiota dói, ? – resmungou ele, com a cara voltada para o lado oposto ao meu. Eu dei um tapinha no ombro dele.
– Não sei, me diga você, dói?
Esperei que ele desse a tal risada gostosa e se voltasse de novo para mim, como sempre fazia, mas ele não o fez.
– Poynter? – eu chamei, passando meu nariz pelo ombro dele. Ele resmungou algo, sem se mover. – Você hoje está muito estranho.
Ele respirou fundo, parecendo hesitar entre dizer algo ou não. Se virou para mim e me puxou pela cintura para mais perto dele.
– Não liga não, cansaço. – ele disse, me beijando a testa. Eu sorri.
– Acho bom, Poynter, nada de ficar deprimido no aniversário de nossa filhotinha. – eu falei, vendo-o bufar de novo.
– , você é doente. – ele disse, sem, no entanto, me largar. Eu dei uma risadinha. Ficámos em silêncio por uns segundos. Eu fechei meus olhos, sentindo ele fazer carinho no meu cabelo. Estava quase adormecendo, quando a voz dele me trouxe de volta para a realidade.
– … – ele chamou meu nome. Abri um olho.
– Poynter? – vi ele olhando para mim com o seu ar angelical a que nenhuma mulher (e provavelmente nenhum homem também) consegue resistir. Abri o outro olho. Ele sorria para mim com um ar suspeito.
– Faz um favorzinho para mim? – Cara, com aqueles olhos tão azuis me olhando assim, como que eu posso negar alguma coisa para ele?
– Fala, Poynter. – disse eu, fingindo tédio. É, eu gosto de maltratar o menino. Mas é tudo para o educar, se ele descobre o efeito que tem em mim não pára mais de fazer essas boquinhas e olhinhos e eu nunca mais tenho sossego!
– Vai lá na cozinha e me traz algo pra comer? – ele falou, com aquela vozinha inocente. Se eu não o conhecesse, eu quase compraria.
– Poynter, Poynter – disse eu, tirando as cobertas de cima de mim e me levantando. – Você devia agradecer aos Céus todos os dias por me ter com você!
Me dirigi à porta, sentindo o olhar dele secando minha bunda, cuja calcinha cor de morango não cobria por inteiro.
– E agradeço, … e agradeço. – falou, tão baixinho que eu quase não ouvi, enquanto saía do quarto.
Sorri, dirigindo-me à cozinha. O que eu não faço por aquele garoto…
*Dougie’s POV*
– Poynter, Poynter – disse ela, tirando as cobertas de cima do seu corpo e se levantando. – Você devia agradecer aos Céus todos os dias por me ter com você!
Vi-a se dirigir à porta, naquele andar altivo tão dela. É incrível como, mais de um ano depois, esse andar ainda consegue me deixar doido. E essa bunda, meu Deus…
– E agradeço, … e agradeço. – eu falei, quando ela já não me podia ouvir.
Nem sei como que ela foi concordar em ir na cozinha me buscar mantimentos, eu só pedi porque… ah, não sei, eu precisava pensar, saca? Porque eu acho que amo essa menina. Mesmo quando ela resmunga comigo, quando brigamos pela posse do comando da tv, quando ela esquece do meu aniversário… tá bom, essa doeu no meu orgulho. Okz que a Flea é importante, mas pô, lembrar mais do aniversário dela do que do namorado dela? Porque foi exatamente isso que passou, caro leitor. Meu níver é amanhã e minha namorada de mais de um ano atrás nem lembrou. E agora estou com ciúmes de um cão. Perfeito, Poynter!
Passei o olhar pelo quarto, evitando o canto onde Flea dormia. Passei os olhos pelo cômodo, com todos aqueles frascos e babaquices de mulher, pelo meu baixo amarelo canário pendurado logo acima e pelo criado mudo, onde havia uma foto minha com a e Flea, tirada quando esta (Flea, não !) era ainda um projeto de cão e nós fomos brincar com ela no parque. Como pode, até essa foto está contra mim!
Desviei o olhar, incomodado, e me deparei com meu celular vibrando. Danny. Que ele quer a uma hora dessa? Tá, isso foi frase de velho. Atendi.
– Alô?
– Oi, criança! – falou Danny, do outro lado da linha. – Desculpa interromper suas comemorações quentes com a , mas era só pra falar que nossa entrevista de segunda a tarde foi cancelada, aí você pode até aproveitar e prolongar a festinha, né? Poynter se deu bem!
Danny é um dos meus melhores amigos, mas, convenhamos, ele é lesado.
– Valeu por avisar, Dan. E fala pro Harry e pro Tom aparecerem aqui em casa amanhã, já que não vai rolar festinha privada mesmo. – disse eu, quase suspirando.
– Hein? Como não vai rolar? – eu já falei que o Danny era lesado, não já? -.-
– Bom, eu acho que a meio que esqueceu meu aniversário. – disse eu fazendo uma careta.
Danny riu do outro lado da linha. É, riu da desgraça alheia!
– Poynter, você tem que aprender com o ladie’s man aqui! – ele falou, me deixando com cara de ponto de interrogação. – Ela deve estar preparando uma surpresa para você!
Eu fiquei pensando uns instantes. É, o Danny bem que podia ter razão. E acho que é a primeira e última vez que isto acontece o.O
– É, você tem razão… – confessei sorrindo. Meu, eu amo o Danny.
– Eu sempre tenho razão! – ele falou. Ok, eu não amo o Danny.
– Então, até amanhã, Danny!
– Vai preparar-se para a surpresa, pequeno Poynter? – ele me provocou.
– Eu lhe digo quem é pequeno, Danidiota Jones. – falei.
– Também te amo, Poynter. Feliz aniversário! – disse ele num tom animado.
– Obrigado, Jones! Te vejo amanhã! – desliguei o celular e me recostei na cama, sorrindo e pensando na surpresa que devia estar preparando para mim.
*’s POV*
Me aproximei da porta do quarto, carregando um tabuleiro com bolachas de chocolate para o Dougie e um copo de leite para mim. Ouvi a voz dele, ele devia estar falando com alguém no celular. Quando já estava praticamente adentrando no quarto, ouvi a voz dele dizer:
– Bom, eu acho que a meio que esqueceu meu aniversário.
Eu quase deixei cair o tabuleiro.
Ó meu Deus.
Ó Meu Deus!
Ó MEU DEUS!!!!
Eu esqueci o aniversário dele!!!
Esqueci o aniversário do meu namorado!
O QUE EU VOU FAZER???
Ouvi Dougie se despedir e desligar o telefone, sentindo o pânico invadir-me. Agora percebia a razão do mau humor dele! E o que ia eu fazer??
Pousei o tabuleiro no chão e fui pegar meu celular na sala. Digitei o número do Harry.
– Alô, Harry?
– ? – ele falou, no meio de uma barulheira.
– POR FAVOR ME DIZ QUE AINDA TEM AQUELES BILHETES PRO SHOW DE RÉPTEIS QUE ESTÁ HAVENDO EM LIVERPOOL! – eu falei rápido.
– , você andou bebendo? – ele perguntou com a voz estranha. – Esse show foi semana retrasada, não lembra da birra do Poynter por estarmos em turnê e ele não poder ir?
– Aaah, pois foi. – disse eu, desiludida. Ficamos em silêncio por momentos.
– O Tom está aí? – perguntei, de repente. Esse menino era um gênio, se alguém sabe o que fazer, é ele.
– Tá sim, mas … o que você andou bebendo? – perguntou Harry.
– Apenas dá o telefone para ele, Harry! – eu praticamente gritei.
– Alô? – falou Tom, do outro lado da linha.
– Tom, me fala um presente que eu possa arranjar rápido e dar para o Dougie à meia-noite! – disse eu, de um só fôlego.
– O quê? Você não… esqueceu os anos dele? – ele falou, me fazendo sentir culpada.
– Hum, mais ou menos… tá bom, esqueci. E agora, que eu faço?
– Sei lá, , faz um café da manhã caprichado para ele, algo assim… tu sabe como ele gosta de comer! – ele falou.
– Mas isso não é uma prenda prenda… – eu falei, num tom triste.
– É, eu sei, mas não tenho mais ideias… – ele disse.
– Tá bom, valeu Tom! Se divirtam por aí. – eu desejei.
– Tchau, ! – disse ele, desligando.
E agora?
– ? – o Dougie apareceu na sala, apenas de boxers. Eu sorri amarelo.
– Oi.
– Com quem você tava falando? – ele perguntou, passando uma mão pelo cabelo. Céus, como ele ficava sexy fazendo isso.
– Ninguém não. – respondi eu. – Vamos para o quarto? – eu tentei desviar a atenção dele do meu telefonema.
Ele deu um daqueles sorrisinhos misteriosos dele e aproximou-se de mim.
– … – ele sussurrou o meu nome, chegando ainda mais perto. Ele levantou a mão, passando o polegar pela linha do meu queixo e pousando a mão perto da minha nuca. Eu senti a respiração dele bater na minha boca, e passei a minha mão pelos cabelos dele, que eu tanto adorava. Ele sorriu ligeiramente e se aproximou mais, me beijando.
Mais de um ano depois, e as borboletas na barriga quando ele me beija continuam iguais.
A língua dele passou de leve nos meus lábios, me fazendo arrepiar.
Sem quebrar o beijo, ele foi me guiando até ao quarto. Nós dois quase tropeçámos na bandeja que eu tinha deixado no chão, o que nos fez rir que nem dois idiotas.
Dougie deitou na cama, me puxando com ele. Ouvi meu relógio começar a apitar no criado mudo. Meia-noite.
– Poynter… – eu chamei, enquanto ele beijava meu pescoço.
– Han…? – a voz dele soou abafada.
– Amor, é sério… – disse eu, empurrando-o levemente pelo peito. Ele olhou para mim com um ar estranho. Eu fiz o maior sorriso que podia.
– FELIZ ANIVERSÁRIO! – gritei. Ele abriu um sorriso do tamanho do mundo, enquanto eu o abraçava com toda a minha força.
– Obrigado, . – disse ele com uma expressão tão fofinha que eu tive de o beijar.
– Eu. Não. Sei. O. Que. Oferecer. Para. Você. – disse eu, entre selinhos.
– Não precisa oferecer nada, ter você comigo é a melhor prenda que eu podia pedir. – disse ele, com a cara mais linda do mundo. Vou falar: eu quase chorei. Como que eu pude esquecer do aniversário dele?
– Dougie… – eu o chamei.
– Sim? – ele sorriu.
– Nunca deixa de ser perfeito, tá bom? – eu pedi. Os olhos dele brilharam. Ele é tão, mas tão lindo.
– Nunca deixa de me elogiar, tá bom? – ele respondeu com outra pergunta. Eu ri, dando outro selinho nele. Ele segurou na minha nuca, aprofundando o beijo.
– Eu te amo, Dougie. – falei, assim que o beijo terminou. Ele olhou para mim com um ar surpreso. É, em mais de um ano eu nunca tinha falado que amo ele. E eu sempre o chamo de Poynter. Mas, sei lá, naquele momento me pareceu o certo a dizer. E eu sei que é verdade.
– …– ele ia falar algo, mas foi interrompido por um súbito peso que subiu para a cama. Flea tinha acordado e estava ali para reclamar um pouco da atenção dos donos.
– Parabéns, Flea!!!!!! – eu praticamente larguei de Dougie e fui abraçar a cadela. Eu a adoro, tá bom?
*Dougie’s POV*
– Eu te amo, Dougie. – ela falou, me deixando com a maior cara de babaca do planeta. Não só porque foi a primeira vez que ela não me chamou Poynter, mas também porque… bom, nós nunca tínhamos feito esse tipo de declaração, sabe, apesar de vivermos juntos há um ano. E ouvir ela dizendo que me amava significou mais do que alguma vez eu pensaria.
– …– eu ia dizer nem sei o quê, quando fui interrompido pela nossa cadela subindo na cama.
– Parabéns, Flea!!!!!! – disse, me largando e indo abraçá-la. Mas desta vez, eu nem me senti desprezado. Fiquei observando as duas “mulheres” da minha vida brincando em cima dos lençóis, até que não resisti e me juntei ao abraço.
Catarina me olhou, irónica.
– Quando você aprende que não consegue me enganar, Poynter? – perguntou pela segunda vez naquela noite, com o queixo pousado sobre o pêlo chocolate de Flea. Eu sorri, me sentindo a criatura mais feliz à face da Terra.
– Quando você aprender que já não há nada que eu faça sem você, .
E a última coisa que eu vi foi o sorriso enorme dela, antes de se jogar para cima de mim e me beijar.
FIM
Olá McAddicts!! Fic que eu escrevi no aniversário do Dougie (30/11/2008) para um Challenge do McFly, apenas por brincadeira e que acabou ficando meio que uma homenagem ao nosso pequeno Poynter e um presente de 21 anos! *se deprime* Depois de uns milhares de anos morfando no meu pc, decidi enviar ela pró site…Dedico essa fic a ele, obviamente, e é também a ele que agradeço, pois sem ele nunca teria conhecido o McFLY e foi ele que me proporcionou o melhor dia da minha vida até agora. Obrigadão por tudo Dougie, te devo imenso <3 Quero agradecer também ao meu Tom (te amoooo demais!), ao Danny e ao Harry, por serem minhas inspirações e por eu não conseguir sequer imaginar minha vida sem eles. E obrigada a todas vocês por lerem!