- Mamãe, por que estamos aqui no frio? – perguntou, se agarrando à saia da mãe e olhando para cima. tinha nove anos, e eles estavam em Londres, a trabalho do pai de .
- É, mamãe, o que estamos fazendo aqui? – sentou no colo da mãe. Não, não era a mesma mãe, elas não eram irmãs, é só que as famílias são amigas e os pais trabalham juntos, e tiveram que ir pra Londres, consequentemente levando a família.
- Já explicamos que os pais de vocês vieram trabalhar aqui, e nós viemos aproveitar um pouco Londres. – a mãe de explicou e concordou com a cabeça, soltando a mãe e indo para a janela de casa.
- Olha , neve! – disse empolgada e correu até lá.
- Mãe! A gente pode ir lá? Por favor, eu quero fazer um boneco de neve! – pediu e as duas fizeram carinha de cachorro abandonado.
- Haha, , você não me acerta! – gritava correndo pela neve, enquanto tentava acertá-la com bolas de neve. As mães estavam dentro de casa, fazendo chocolate quente.
- ... Não corre... OLHA O MENINO! – gritou, e , que estava correndo de costas, virou e esbarrou em um menino, que devia ter a idade delas.
- OUTCH! – exclamou e caiu em cima do menino. se aproximou devagar com uma bola de neve na mão e tacou na bunda da amiga.
- Acertei! – falou, e saiu de cima do menino.
- Desculpa! – falou (sim, elas falavam inglês) e ajudou o menino a se levantar.
- Sem problemas. Dave. – ele sorriu e se apresentou.
- , e essa é a . – se encantou com o cabelo estranhamente espetado do menino.
- Ah, oi. – Ele não tinha visto ainda, estava preocupado observando o cabelo da garota.
- DAVE! QUE SACO, VOCÊ NÃO PEGOU A BOLA? – um garoto loiro apareceu e viu Dave conversando com duas meninas.
- Erm... James, essas são e , eu conheci elas agora.
- Oi! Querem brincar com a gente? – crianças felizes, nem conhecem e já chamam para brincar. James se encantou com os olhos grandes e de , com suas bochechinhas rosadas pelo frio e seu cabelo coberto pela touca branca do Piu-piu.
- Pode ser... – e foram brincar. Quatro crianças felizes brincando na neve, escorregando e brincando de guerra de bolas de neve. Fizeram campeonato de bonecos de neve, James e ganharam.
Depois daquele dia só se encontraram mais uma vez, mas mal tiveram tempo para conversar. Pois é, a distância é sempre um inimigo das grandes amizades, mas o destino não ia permitir que aquilo acabasse ali, não mesmo.
Capítulo I
Alguns anos depois... (ta, muitos anos depois)
- Poxa cara, para de frescura, vamos viajar para algum lugar! – James tentava convencer o amigo a viajarem.
- Entramos de férias agora, e você já quer viajar? Poxa, me deixa curtir a minha casa um pouco... – Dave tentava de qualquer jeito não ceder ao amigo.
- Ta bom, então você fica ai, curtindo sua casa e sua avó, enquanto eu vou pro Brasil curtir mulheres bonitas e inteiras(?)...
- OPA! Você disse Brasil? Aí a história muda. Lá é quentinho nessa época e aqui é bem friozinho... Vamos para o Brasil!
- Sabia que você ia querer depois de falar nosso destino... – James sorriu. Dave subiu correndo para o quarto e foi arrumar suas malas.
- Oh, Loser! A gente só vai semana que vem! – James riu do amigo, que voltou descendo as escadas de cara emburrada.
- Eba, vamos mãe! Rio eô eô! – cantarolava (ou tentava) apressando a mãe, que já estava ficando irritada. Poxa, dirigir sete horas pra uma menina ficar enchendo o saco é foda.
- , senta direito e cala essa boca! Ta com fogo no rabo? – a mãe perdeu a paciência e fechou a boca, e o resto da viagem seguiu silenciosamente.
- AAAAAAAH! Meu Deus, não acredito, só tem coisa boa chegando! – gritou ao ler a notícia na tela do seu computador.
A primeira boa notícia: sua amiga de infancia de São Paulo estava vindo visitá-la, e a segunda é que nesse site mostrara uma foto de Dave Williams e James Bourne no aeroporto do Rio, mas ninguém tinha certeza de que eram realmente eles. sempre que via os ídolos lembrava de quando foram para Londres, e encontraram um James e um Dave e brincaram. Mas não podiam ser os mesmos, devem ter milhares de Dave’s e James’ em Londres.
Pela foto ela não podia ter tanta certeza, porque eles também não avisaram nada pelo MySpace, mas era gamada no James, vai que elas encontrassem eles? Copacabana era a praia onde encontros inesperados podem acontecer, afinal...
“Acorda, . Sinceramente? Nem devem ser eles mesmos, ninguém confirmou nada. Só espera a , vai ser realmente bom esse feriado! Só nós duas, Copacabana, e muita farra!”
- ! – delicadamente saltou do carro e abraçou a amiga. – Nossa, sete horas dentro de um carro, preciso mesmo de um feriado! – as duas riram e as mães se puseram a conversar sobre assuntos de mães. Como eram amigas há muito tempo, conversavam de tudo.
Elas entraram e arrastou para o quarto, a fim de lhe mostrar a notícia. Enquanto isso iam planejando o que iam fazer durante os quatro dias de liberdade.
- E a gente pode... Sei lá, ver os vizinhos gatos! – disse, com um sorriso malicioso. riu da expressão dela.
- Que atirada! – elas riram mais e a notícia carregou.
- AAAAH, MEU BICOLOR AQUI NO BRASIL?! COMO ASSIM?! – surtou ao ver a foto embaçada e um cabelo conhecido.
- E minha Barbie Malibu, pra você ver... – “que coincidência!” pensou , mas nem comentou. Suas mães chamaram, avisando que iam levá-las pro hotel.
- Caaara, que demais – Dave exclamou olhando pasmo a paisagem à sua frente. Eles estavam hospedados no Sofitel, um hotel chique de Copacabana, e que tinha uma vista realmente linda. O apê decididamente não era um apertamento, porque espaço era o que não faltava ali. Mas os meninos já estavam acostumados com essas coisas, gostaram mesmo da paisagem.
- É, e você queria ficar curtindo a sua casa... Fala sério, dude! Vamos pra praia, tem um grupinho de garotas ali! – James disse excitado e já ia saindo quando Dave cortou o barato dele.
- Amanhã dude, to cansado... Viajar é foda, e ainda tem esse fuso horário aí... Amanhã a gente vai... – Dave disse esfregando os olhos e se dirigindo a uma das suítes.
- Dude, só uma coisa. – Dave virou pra ele. – Lembra quando a gente era bem novinho, e conhecemos duas garotas, acho que elas eram brasileiras também... Lembra delas? – Dave riu.
- James, você acha que vai encontrar sua paixonite de dois dias de infância no Brasil? Cara, você sabe o tamanho desse lugar! – riu de novo e se dirigiu a uma suíte.
“Verdade, acorda pra vida, James... Ela nem deve lembrar de você! Nem você lembra o nome dela...”
- Esse é o hotel? – e observavam o prédio acabado, estáticas, em frente a ele.
- Eu nem sabia que existia uma relíquia dessas aqui em Copacabana. – arqueou as sombrancelhas e suspirou.
- Pois é. “Pacu Assado” – fez uma careta ao ler o nome rápido.
Elas se entreolharam e caíram na gargalhada.
- UAHSAUSHAUSHAUHSAUHSA EU RII! – teve que se sentar em cima de sua mala, enquanto rolava no chão mesmo.
Quando acabou o ataque de riso, um cara apareceu do nada, com um microfone e um cameraman atrás.
- Meus parabéns! Vocês acabaram de ganhar a promoção ‘Smile’ da rádio 209.3! Vocês mostraram que a vida é boa e que rir é o melhor de tudo! Vocês vão ganhar 4 dias no hotel Sofitel com tudo pago!
Os olhos das duas brilharam e elas pularam, pegaram suas malas e se dirigiram com os carinhas da radio para o Hotel.
Vocês devem estar pensando “Mas que loucas, nem conhecem eles, nem sabem direito dessa rádio, nem sabem se isso pode ser pegadinha, se realmente tinha essa promoção, e se elas fossem sequestradas etc e tal?!”
Bom, tecnicamente, ninguém ganha promoções hoje em dia por rir feito louca na rua, preciso explicar mais alguma coisa? Não, obrigada.
- JAAMES, ACORDA! – Dave pulou em cima do amigo, que gemeu com o peso do Dave.
- Sai daqui c*****. – James resmungou e Dave sentou de pernas de índio na cama.
- O SOL BRILHA, BORBOLETAS E PÁSSAROS VOAM FELIZES! A GRAMINHA VERDE ESTÁ A CRESCER, AGORA VAMOS PRA PRAIA DESCER! – Dave se balançava de um lado para o outro, ainda sentado, e James teve um acesso de riso.
- Graminha verde, Dave? – ele ria sem parar e Dave desceu da cama, pulando novamente em cima do amigo.
- Outch, dude! – James resmungou.
- Vem, vamos, eu vi com os binóculos que tem umas garotas lindas de biquíni na praia! – Dave disse saindo do quarto e deixando James boquiaberto.
Binóculos?
- Caaara, Sofitel, como é que aconteceu com a gente, hein? – perguntou boquiaberta, enquanto observavam o hall (n/a: Danny Hall \o/ ta parei) do lugar mais chique do Rio de Janeiro. Os caras da rádio conversavam e faziam a reserva, mas elas realmente não entendiam como conseguiram ganhar apenas por dar risada feito loucas na rua. Que tipo de promoção era essa?
- Reservas feitas, garotas! – o mocinho bonitinho da rádio apareceu e as duas sorriram ainda mais. – Parabéns, vocês realmente mereciam esse prêmio! Vocês vão ficar na cobertura, lá só tem dois apartamentos. – ele sorriu.
- Nossa, obrigada mesmo moço! Nem estamos acreditando! – tomou a palavra, visto que babava nos olhos azuis dele.
- Que isso, lindas, vocês mereceram mesmo! A gente volta pra buscar vocês depois! – ele acenou e retribuiu saltitante.
- Vem criatura, vamos ver nossa vista! – arrastou pro elevador, enquanto um empregado aparecia e levava as malas delas.
- Agora, diz aí, bom mesmo nossas mães terem deixado, já imaginou? – comentou olhando o espaçoso elevador. Subiram, subiram, subiram e finalmente o elevador parou. As portas se abriram e o empregado saiu antes, levando as malas.
Elas saíram e olharam o corredor. Na cobertura haviam apenas dois quartos (gigantescos) e elas se dirigiram para o da esquerda. Quando entraram, observaram boquiabertas o quarto.
Elas estavam em uma sala com TV de plasma, aparelho de som de última geração, sofás confortáveis e tapetes chiques. A parede era virada para o mar, e completamente feita de vidro, onde nem precisava ir para a varanda para ver a vista maravilhosa que elas tinham dali de cima. Na varanda sentia-se um vento agradável, que balançava o cabelo das duas.
No primeiro quarto que visitaram (tinham quatro suítes), se depararam com uma cama de casal gigante, macia, e toda arrumada; uma TV de plasma um pouco menor que a da sala; um armário com espelhos. No banheiro tinha banheira, com hidromassagem e vários produtos perfumados.
Os outros quartos não eram diferentes, todos maravilhosamente lindos e aconchegantes.
- Amiga, depois dessa nunca mais choro na minha vida! – disse ligando a TV e sintonizando na Nick, que passava um filme megachato.
- Pois é, amiga... Nem me fale!
- James, a gente pode ir pra praia agora? Você tava todo feliz pra ir, agora ta aí travado, assistindo Padrinhos Mágicos! – Dave reclamou, parando em frente à TV. Ele estava louco para ir pra praia desde de manhã, mas James estava lá empacado. E o amigo que tinha convidado ele a vir.
- Ah cara, não to bem; vai você, boa sorte! – James deu de ombros, tentando ver o que passava. – Sai da frente, dude!
Dave bufou e se aproximou do amigo, empurrando as costas do sofá. Resulta em: almofadas, colcha (no Rio?), pipoca, controle de TV e sim, James, no chão.
- Seu filho da p***! – James gritou e se tentou se desenrolar da colcha, enquanto Dave fugia pela porta, assustado.
- , veeem! – arrastava pra fora da sala. A menina se segurava na borda do sofá tentando terminar de assistir Misery Business.
- Peraee eu quero ver o Zac pulando! – disse e se jogou no sofá de novo.
- Affe, o clipe passou agora pouco, vamos logo! – resmungou abrindo a porta.
- To indo, to indo! PULA ZAAC! – gritou empolgada e recebeu uma all starzada na cabeça.
- Vem logo, sua lesa! – gritou de longe e se virou furiosa pra ela.
- Doeu! – e saiu correndo atrás da amiga, que fugiu para o corredor.
POOOOOOOOOOOOOFT (Lê-se: duas pessoas se chocando)
Capítulo II
- Dá pra olhar por onde... onde... – perdeu a fala ao ver a pessoa atordoada que estava por baixo de si.
- Eu te pego, sua vaca! – pulou em cima da amiga sem perceber que tinha mais alguém ali. Esmagou mesmo, ui. Deve ter doído, haha. Coitado do Dave, estava por baixo.
- OH SHIIIT! – Dave tentou respirar, mas com duas lesas em cima não estava fácil. Era comum cair em cima dele, mesmo que ele não saiba que era ela.
ouviu uma voz de homem e saiu de cima.
- AMIGA VOCÊ É TRAVECO INTERNACIONAL E NEM ME CONTA?! – gritou surtando. rolou pro lado pra deixar Dave respirar mais calmamente e entendeu, sem reparar direito quem tinha esmagado.
- Dave, você ta ficando louco, Barbie Malibu do caramba!!? – James chegou gritando com Dave, e quando escutou a voz dele virou instantaneamente. [N/A:finge que eles estavam falando em inglês, mas elas não ok?]
Ficou boquiaberta quando viu o seu Jimmy parado ali, quase matando o companheiro, que ela finalmente percebeu ser Dave.
- AAAHH JAMES, EU PRECISO RESPIRAR NÃO ME MAAATA! – Dave gritava enquanto James sacudia ele. ofegou de novo ao reparar que Dave estava de calção de banho e só, e James finalmente percebeu que tinha mais gente ali. Mais gente, especificamente duas garotas que olhavam com cara de bunda pra eles. Ele soltou Dave, que perdeu o equilíbrio e caiu de novo, e olhou pra . Ele reconheceu aqueles olhos , e aquele cabelo, mesmo tendo mudado muito, ele sabia quem era aquela garota que o olhava assustada.
corou e voltou correndo pro quarto, com vergonha do que havia feito e deixou sozinha estatelada no chão.
- Posso te ajudar? – A garota saiu do transe ao ver Dave falando com ela e estendendo a mão para ajudá-la a levantar.
- Obri... Obrigada! – Ela segurou a mão dele e levantou.
- Desculpa, minha amiga... ela... queria assistir... Paramore... ain desculpa, fui! – disse embaraçada e voltou correndo para o quarto.
- Peraí! Qual o seu... nome. – Dave mal terminou a frase e a garota já havia entrado no quarto sem respondê-lo, batendo a porta. Ele tinha a leve impressão de já conhecê-la, e queria confirmar isso. Não era possível, era muita coincidência, porque ele lembrou da onde conhecia aquele sorriso e aqueles olhos.
- Você... viu... o que... eu... vi!? – perguntou à amiga escorregando as costas pela porta, até chegar ao chão, respirando com dificuldade.
- Vi, e me diz que eu não estou sonhando? – estava com os olhos brilhantes.
- Você não está sonhando, eu toquei nele!
- Mentira!
- Verdade! Mesmo se eu não quisesse tocar eu teria tocado de qualquer jeito pelo esbarrão! Esbarrão não, esmagão! – A garota riu da palavra inventada e imaginou a cena. – E ele é muuuito cheiroso...
- E o Bicolor, e o Bicolor!? – pulava.
- E eu lá quero saber de Bicolor?!? – riu da cara da amiga.
- Idiota...
- Também te amo, chuchu! – A garota foi para a sacada do seu quarto.
- Poxa, eu não fiquei sabendo o nome dela... – Dave entrou triste para o seu apartamento.
- Calma dude, elas são vizinhas, só bater na porta e perguntar... – James tentava consolá-lo. Já ia saindo do quarto pra bater lá quando Dave o puxou de volta.
- Cara, usa os neurônios, a não ser que o secador tenha queimado todos eles! Ela não parecia querer falar comigo! Além de que... eu não sei, ela me pareceu familiar...
- Bom, elas te esmagaram cara, devem achar que você ta bravo com elas, sei lá...
- Eu não to brincando, seu panaca! E ela era tão linda... – Dave sentou no sofá, apoiou a cabeça na mão e suspirou.
- Dude, não faz essa cara não, ta me assustando... – James observava a cara de bobo do amigo, e deu um passo para o lado fingindo medo.
- Se veste logo aí, James, vou pra piscina que é melhor, não estou mais afim de praia. Te encontro lá. – Dave levantou e saiu do quarto, suspirando, para ir à piscina.
- Ta bom, só tenta não se afogar, ok? Não to com saco pra virar salva-vidas ou fazer respiração boca-a-boca. – James brincou. “A não ser que fosse na vizinha... hm.”
- Só não mando você prum lugar porque sei que ainda não está com saudades de casa! – Ele gritou do corredor. James riu baixinho e foi para a varanda.
“Será que é ela mesmo? Não é possível, é muita coincidência...” murmurou pra si mesmo, olhando a praia e a paisagem, pensando na garota que conhecera a tantos anos e a que o olhou assustada agora. Certamente ela não lembrava dele, mas devia saber por causa da fama...
- , to indo pra piscina, você vem? – perguntou pra amiga.
- Não estou com saco, ainda estou refletindo sobre um certo ser, mas você está linda!
- Gostou? – A garota tirou a mini-canga e exibiu o biquíni novo.
- Ficou maravilhoso em você amiga, ainda mais com o seu corpo!
- Para com isso, eu sou normal, você que tem o corpo maravilhoso!
Na verdade as duas amigas tinham um corpo escultural, curvas bem acentuadas, o que sempre chamou atenção.
- Então estou indo, te vejo depois. – mandou um beijinho para a amiga e saiu.
continuou a assistir sua maratona de Simpsons, com sua pipoca e sua roupa do Piu-piu.
- Ah que porra! Justo nos Simpsons! – James xingou alto e bateu na TV. Tinha saído do ar. Será que a da vizinha tinha saído do ar também?
- Aahh piscinaaa... – Dave gemeu quando entrou na piscina aquecida. Encostou a cabeça na borda e ficou virado de frente para a entrada da piscina. Viu umas garotas passarem, entrando no hotel, e secou a bunda delas até uma outra garota entrar timidamente, vestindo uma mini-canga que era como uma minissaia. E exibia um corpo perfeito, ele não se tocou que afundava lentamente. Então ela olhou na sua direção e ele ofegou, engolindo um monte de água.
Dave começou a tossir desesperadamente.
Várias pessoas olharam ele se afogando, e correu para ele. Fez ele levantar os braços e ficou meio sem reação ao ver Dave Williams ficando vermelhinho. Até que ela percebeu que ele estava vermelhinho por não estar respirando, ela percebeu isso no ponto crítico em que ele estava passando para o roxo, então finalmente se tocou e ajudou.
- OH MY GOOSH ALGUÉM CHAMA O SALVA-VIDAS, BOMBEIROS ELE TA SUFOCANDO!! ALGUÉM FAZ RESPIRAÇÃO BOCA-A-BOCA RÁÁÁPIDO! – ela começou a gritar e a pular no lugar. Bela ajuda, ham ham.
- Ahh... ar... AAAR! – Dave começou a rir, ele já estava melhor, pelo menos sua cor voltara ao normal, e ajoelhou, decidiu ajudar ela mesma, já que não tinha nenhuma alma piedosa ali.
Dave continuou fingindo que sufocava, ao entender as intenções da menina, mas se enganou, háha.
começou a apertar o peito dele, tentando fazer os pulmões funcionarem e ele segurou os pulsos dela.
- JÁ DEU TO VIVO, TO VIVO! – Ele disse rindo e ela parou aliviada.
- Que susto, achei que você ia morrer! – ela disse colocando a mão sobre o peito.
Ele sorriu por vê-la preocupada com ele.
- Dave Williams. – se apresentou, estendendo a mão. Ela olhou a mão dele com o coração batendo mais forte. “Hm, é, to sabendo.” - , pode me chamar só de . - Ela sorriu e segurou a mão dele. Ele sorriu e ela teve que piscar e respirar mais fundo. Dave sorriu pela beleza da garota e por reconhecer e ter certeza de quem ela era.
Toc Toc
- VOLTA MAIS TARDE, TO OCUPADA! – gritou. – Não Bart, a Liza vai te pegar, sai daí muleque! AAAHAHAHAHAHA Bart se ferro-ou!
James bateu de novo, ouvindo os gritos da menina e imaginando o que a garota estava fazendo para estar ocupada assim e com amigos no quarto.
- QUE SAco... – Ela abriu a porta gritando e diminuiu o volume da fala ao perceber quem estava na sua frente.
James sorriu e ela sentiu as pernas tremerem.
- Oi, sou James, seu vizinho. – ela concordou silenciosamente com a cabeça e ele sorriu.
- , pode me chamar de . - Ela disse fraquinho e ele sorriu ainda mais. Era ela. Tinha certeza no momento em que havia a visto, e quando ela falou seu nome ele lembrou o dia em que passaram brincando no gelo, e como ele havia se apaixonado por ela em um dia, e como ela havia o abandonado. Sim, era ela.
- Eu queria saber se... – ela parou de ouvir e reparou no modo que ele mexia a boca ao falar. O garoto era perfo, não era possível.
- Ahn, ? – ele chamou, passando a mão em frente aos olhos dela.
- Ah, oi? Desculpa, tava pensando... NO DOUGIE PEQUENININHO FILHOTE DE AQUAMAN! – ela gritou e desatou a rir, lembrando da foto de Dougie e sentou no chão. James olhava pra ela confuso e ela tentou respirar um pouco.
- Você... você nunca viu essa... foto? – ela perguntou rindo e com dificuldades pra respirar. Ele negou com um meio sorriso, ver a garota sorrindo era bonito. Affe James, que piegas.
Ela levantou correndo e foi para dentro, pegar alguma coisa. Voltou com um porta retrato.
James viu a foto e começou a rir.
- AUHSAUSHAUSHAUSHAUHSAUHSUAHSUAHSUA O DOUGIE!!! – James rachava e observava como ele era lindo rindo. Mais um piegas. Aff.
- Cara, adorei, salvou meu dia entediante. – James disse devolvendo o porta-retrato. - Mas por que ta num porta-retrato?
- Porque eu gosto de ficar vendo o Dougie assim. – ela disse e deu ombros. Esperou o menino falar o que viera falar.
- Ah, sim, você estava pensando no Dougie, acho que não me ouviu. – ele riu. – Posso assistir TV com você?
Ela olhou boquiaberta para ele.
- Assistir TV comigo? Você não tem? – ela perguntou e ele olhou para os pés. Então ela lembrou que James Bourne estava querendo assistir TV com ela, lê-se ficar sozinho com ela em um aposento, porque estava lá embaixo.
- Ter eu tenho... mas saiu do ar... – ele fez uma carinha de cachorro abandonado e segurou o braço dele, ele não precisava nem fazer isso.
- Espero que goste de Simpsons, Bourne, conheço suas experiências com um deles. – e o puxou para dentro. (n/a: essa foi phoda, ninguém merece)
Capítulo III
- Mas e aí Dave, o que faz no Brasil? – Os dois estavam à beira da piscina conversando.
- Férias de turnê, eu ia ficar em casa sabe, mas o Bourne me convenceu... – O garoto lembrou do aviso do amigo sobre mulheres bonitas ao olhar disfarçadamente para o corpo da garota. – E você o que faz aqui?
- Ah, é que eu e uma amiga resolvemos nos encontrar, ela é de São Paulo e eu sou do interior do Rio, então resolvemos vir passar o feriado aqui...
- Hum, legal! Você poderia me mostrar a cidade, o que acha? – Ele deu um sorriso torto e ela não pôde resistir.
- Bem, podemos ir amanhã, o que acha? – retribuiu o sorriso.
- Ótimo, então que tal irmos curtir uma piscina agora?
- Tive uma idéia melhor...
- Qual?
- Que tal irmos para o bar do hotel? Você precisa conhecer uma bebida brasileira divina!
- E qual seria o nome dessa bebida?
- Caipirinha.
- Caipi-o-quê?
- Caipirinha, te garanto que beber é mais fácil do que tentar pronunciar... – Ela riu e o puxou em direção ao quiosque da piscina.
- Nossa cara, eu adoraria ser a Maggie. Ela é um bebê prodígio! Você viu quando ela atirou os dardos de brinquedo?
- A Maggie? Eu prefiro muito mais o Bart, ele foi incrível ao escapar do Homer rolando a escada, e sem contar que ele rodou no ventilador de teto...
- Mas a Maggie é um milhão de vezes mais esperta que o Bart...
- Mas o Bart é o cara!
- Mas a Mag... – não terminou a frase, pois foi instantaneamente calada por um beijo de James. O garoto queria fazer isso desde que tinha 10 anos (hamham, atirado desde pequeno...) e se sentiu voando com isso.
O beijo foi instantaneamente correspondido, um beijo suave mas ao mesmo tempo selvagem. Desde que James viu a garota no chão e a reconheceu, sentiu que precisava conhecê-la melhor dessa vez, e não poderia deixá-la escapar.
Os dois já tinham passado do quarto copo de caipirinha e já estavam bem alegres.
- De que isso aqui é feito mesmo? – Dave perguntou mexendo o conteúdo do copo com o dedo indicador.
- Pinga, limão, açúcar e gelo, e você para de mexer com o dedo, vai estragar... – Ela deu um tapa na mão dele que começou a rir.
- Você me maltrata... – Ele fez bico.
- Como?
- Você me maltrata. Primeiro me esmaga no corredor, depois fica batendo na minha mão... – arregalou os olhos.
- Mas eu te salvei na piscina e isso vale pelo resto da sua vida. – Ela terminou com voz baixinha. Colocou um braço dobrado, e deitou a cabeça em cima, enquanto mantinha o outro esticado com o copo na mão.
- Mas de que isso aqui é feito mesmo?
- Será que eu vou ter que responder essa pergunta pela milionésima vez?
- Não sei...
- Me pergunte amanhã quando você estiver sóbrio, aí quem sabe, eu respondo. – Ela sorriu sapeca.
- Como se você estivesse muito bem, né? – Ele riu sarcástico.
- Melhor que você...
- Duvido, você não deve estar conseguindo ver nem a um palmo à sua frente.
- Eu vou te mostrar que eu estou bem. – levantou, mas no mesmo instante se desequilibrou e caiu no colo do garoto. – Ops, desculpe. - Ela foi se levantar, mas ele a puxou de volta. – Dave, eu acho que já posso ir pro meu lugar...
- Mas está tão bom aqui... – Ele disse roçando a boca no pescoço da garota.
- Dave...
- Shiii... – O garoto pousou o indicador em seus lábios fazendo-a se calar e segundos depois lhe beijou.
Apesar de estarem bêbados, tinham plena noção do que estavam fazendo.
Desde que Dave a viu na sua frente, naquele corredor, quis explorar cada parte de seu corpo, queria tê-la completamente só para ele, e agora, já tinha uma parte do caminho andado, nem que tenha sido, apenas um passo. Ele não queria admitir, mas sim, ele queria há muito mais tempo que um simples esbarrão no corredor, ele queria uma garota como ela pra si desde que ela acertara uma bola de neve no nariz dele e depois rolou no chão de rir. Mal podia acreditar que tinha encontrado, não uma garota como ela, e sim ela mesma!
No quarto o beijo já estava durando alguns minutos.
Por James aquele beijo não acabaria nunca mais, ele estava se sentindo no céu, nunca havia beijado alguém assim, com tanto desejo. Queria entender o que sentia pela garota, afinal, era a segunda vez na vida que a via e já sentia algo por ela. Mas era cedo demais para ser amor, não era possível. Pra contar melhor a história de James, ele nunca havia se apaixonado realmente por ninguém, e não entendia que, sim, podia realmente acontecer assim de uma hora pra outra. Sim, meu caro Bourne, isso se chama amor à primeira vista.
Ele quebrou o beijo com um selinho, sorriu e voltou a assistir televisão, deixando totalmente desconcertada do lado.
Ficaram assistindo TV durante alguns minutos mais, até que ela se levantou e saiu andando até sua suíte, logo depois voltou indo até o sofá e calçando as havaianas.
- Aonde vai? – Ele perguntou.
- Na piscina, a havia me chamado.
- Eu vou com você! – James levantou e a seguiu.
Entraram no elevador em silêncio, e ficaram assim durante todo o percurso da piscina.
- Eles não estão aqui...
- Elementar, James. Com a amiga que eu tenho, eles só podem estar em um lugar, sem ser a piscina...
- Onde?
- Ali! – Ela aponto para uma mesa do quiosque, onde o cabelo da garota fazia total contraste com o extremamente do garoto.
- E pelo visto estão bem ocupados...
- E bêbados também. – avistou os copos de caipirinha.
- Vamos lá?
- Fazer o quê!? – Ela se espantou.
- Trazê-los de volta à realidade... – Ele sorriu malicioso e saiu andando em direção à mesa, e apenas o seguiu.
Na mesa, Dave quebrou o beijo e olhou para os olhos da garota à sua frente. tentava focalizar melhor os olhos e o rosto do companheiro, quando sentiu alguém pular em cima dela.
- , SUA BÊBADA! VAI TOMAR UM BANHO FRIO! – gritou e a puxou pelo braço, arrastando-a até a piscina. Dave olhava a cena confuso, no mundo dele tinha acontecido tudo meio rápido, o beijo, os olhos, o grito e James na sua frente rindo igual a uma hiena gay. Eu não sei exatamente como é uma hiena gay, muito menos rindo, mas lembrem-se que Dave não estava sóbrio.
- Cara, tu bebeu quantas dessa? – James perguntou olhando os copos em cima da mesa. Contando os copos dos dois, davam 10 copos.
- Sei láa... experimeenta... é bom! – Dave disse sorrindo meio bobo e James passou o braço dele pelo seu ombro, levando-o para o apartamento. Primeiro dia e já dava vexame, todos olhavam pra eles.
chegou com no quarto, e elas começaram a rir. nem estava mais tão bêbada, deu um ‘choque’ de realidade nela.
- AMIGA! Eu preciso te contar, eu tava assistindo Simpsons, aí o James bateu na porta, e ele veio assistir comigo. Aí a gente tava discutindo quem a gente queria ser e por que, e ele me beijou! Ele me beijou, foi o beijo mais perfeito da minha vida! – contou sem respirar e deu um tapa no ombro da amiga. – OUTCH!
- Respira menina, me da arrepios ouvir assim! – fez uma careta por causa da dor de cabeça, e sentou no sofá suspirando.
- Iiih... e eu vii! Você tava no maior amasso com o Dave, menina como que aconteceu?! – se sentou do lado da amiga, que sorriu de orelha a orelha (se é que é possível, mas) e sentou-se melhor.
- , foi o melhor beijo da minha vida! Tipo, eu tava lá na piscina, e o Dave começou a se afogar, aí eu fui lá e salvei ele, e eu sugeri pra gente ir no bar...
- Tinha que ser você, sua bêbada... – comentou e levou outro pedala. nem estava mais bêbada, a empolgação já tinha acabado com tudo.
- Cala a boca. Então, aí a gente foi pro bar, eu fique bêbada *caham* e caí em cima dele, e ele me beijou! – finalizou com um suspiro.
- Uau, que romântico. – disse sarcástica. fechou a cara, e levantou, cambaleando.
- Eu vou deitar amiga, minha cabeça está rodando! – ela disse saindo do quarto.
- Será que é porque você tomou 5 copos de caipirinha e beijou Dave Williams? – murmurou para si mesma, baixinho, e riu.
- A VIDA É BELA, NÓS QUE FAZEMOS DELA UMA FAVELA!! – Dave cantava rodando (n/Anne: créditos à Máa, vi isso no seu álbum xu =*) e James bufava. Chegaram no andar e James relutou em deixar o amigo e ir falar com . Suspirou e empurrou Dave com raiva pra dentro.
- Para com isso idiota, você bêbado é um lixo! – resmungou, jogando-se no sofá. Dave parou e olhou pra ele, abaixando a cabeça e indo sentar-se ao seu lado.
- Mals cara, eu nem to tão bêbado assim, só to feliz porque consegui pegar a vizinha gostosa... Que por sinal é a , garotinha que eu conheci em Londres numa guerra de bolas de neve! Eu ainda não acredito nisso! – ele disse empolgado e James bufou.
- E daí? Eu beijei a e não to nessa felicidade toda. – ele rolou os olhos. Queria estar com ela. Cara, ele perdeu a conta de quantos anos esperou pra encontrar uma garota como ela, e olha só, encontrou a própria! E agora... seu amigo fica bêbado e ele tem que dar uma de babá!
- Provavelmente porque ela não beija tão bem quanto a . – Dave falou sorridente e olhando a paisagem com cara de paisagem(?). James rolou os olhos de novo.
- Duvido, o beijo da foi o melhor que eu já tive até hoje! – James estava ficando impaciente.
- Então eu duvido que você beije a e ache que o beijo dela é ruim! – Dave só podia estar bêbado, duvidar que seu amigo beije a garota que você gosta não é a melhor coisa. Ah é, ele estava bêbado.
- Haha, e eu duvido que você beije a e fale que ela beija pior que a ! – James idiota, água oxigenada deve ter derretido seus neurônios, aceitou com um sorriso, e se levantou.
- Aonde você vai? – Dave perguntou, olhando o menino andar até a varanda, se dependurar e quase cair. Só que James queria ver o outro lado da cobertura, ver se estava lá, para falar com ela, e ele não tinha quase caído, ele estava com total controle da situação. – HOMEM SAI DAÍ, SEU LOUCO. VOCÊ VAI CAIR, A GENTE TÁ NA COBERTURA SEU LOSER! – Dave gritou, esquecendo a dor de cabeça, e indo até o amigo. Ta que James podia ser esperto uma vez na vida e ter usado a porta, não a varanda. Vai ver que ele não queria que o visse, sei lá, não sei o que passa na cabeça de pessoas que tem os neurônios queimados por secadores de cabelo.
Chegou perto de James, que ainda estava meio dependurado, mas ainda com total controle da situação, e segurou sua blusa. Só que:
1. Dave ainda estava meio bêbado e chegou correndo (lê-se: com impulso) para ‘ajudar’ James;
2. James realmente não esperava por aquilo, e tomou um susto, perdendo o controle e o equilíbrio.
James tomou tal susto que virou na varanda, ficando pendurado pelas mãos no vidro da sacada. Dave entrou em desespero ao ver o cara ali, pendurado, e começou a gritar, chamando a atenção de pessoas da rua (sim, dava pra vê-las da cobertura, ok?) que pararam e olharam para James, apontando e se assustando. James dava impulsos fracassados, tentando subir.
- Cara, chama alguém! – James se desesperava, e tentou outro impulso. Não deu certo, e ele ficou se segurando apenas com uma mão. - Vai logo seu loser! – James gritou e Dave estava quase se borrando, não sabia se ajudava o amigo ou saía pra buscar ajuda.
- AAAAAH MEU DEUS!!! – gritou. veio correndo, com as mãos na cabeça.
- Que foi sua lesa? – Perguntou desesperada, olhando para a amiga.
- Eu queimei meu brigadeiro, não acredito nisso! Odeio esse microondas! – resmungou e olhou para ela incrédula.
- Você quase me matou do coração por causa de um brigadeiro?!
- Bom, pensa que a gente gastou dinheiro com o leite condensado, manteiga e Nescau, e agora vem e queima! Não é justo. – murmurava para si mesma.
– HOMEM SAI DAÍ, SEU LOUCO. VOCÊ VAI CAIR, A GENTE TÁ NA COBERTURA SEU LOSER! – ouviram e foram para a varanda ver o que estava acontecendo.
Quando chegaram lá, viram Dave empurrando James, que rolou pela sacada e se segurava apenas com uma mão no vidro, tentando subir de volta. ficou pasma e sem fala, e derrubou a panela no pé.
- Cara, chama alguém! – James gritou para Dave que não se moveu. As pessoas na rua começaram a apontar e a olhar, enquanto as duas não sabiam o que fazer. - Vai logo seu loser! – James gritou de volta, e Dave continuava indeciso. Por um momento James olhou para e seus olhos se encontraram, ela com os olhos cheios de lágrimas e imóveis, os dele com desespero visível.
Dave continuar parado deu a certeza pra que ele queria matar James, por isso o tinha empurrado e não ajudava. Com raiva, saiu do apartamento e começou a esmurrar a porta vizinha. Dave finalmente havia se movido, e abriu a porta sem perceber a garota(estranho, ela estava esmurrando e gritando contra a porta dele). Dave tomou um susto e entrou no apartamento, indo em direção a James na sacada. , que só tinha observado a cena estática, correu atrás de passando por Dave, e sussurrou um ‘Se apresse e busque ajuda’, antes de ir com na sacada.
Dave não pensou duas vezes (na verdade ele pensou umas trinta, antes de finalmente ir, né?) e saiu correndo, indo buscar ajuda.
- James! – chegou e ele virou pra cima, completamente assustado, com lágrimas nos olhos.
- ! – ele disse com voz fraca, e tentou se pendurar com a outra mão também. É, tentou. Não, não conseguiu.
Depois de tentar, sentiu que a outra mão estava escorregando. segurou o braço dele e olhou fundo nos olhos dele. James ficou apenas a encarando, imaginando porque a vida tinha que ser difícil: ele tinha se apaixonado, uma paixonite de criança, por uma garota incrível, anos depois encontra essa garota, e no mesmo dia que se encontra com ela, sente que vai morrer! Linda a vida, não? Er... não.
James tentou novamente colocar a outra mão, visto que a outra já estava soltando, e o ajudou, trazendo-o um pouco para cima. James sorriu, agradecendo, e se ouviu ao longe sirenes de policia e bombeiros.
Mas para os dois havia só aquele momento, eles nem perceberam quando saiu e foi atrás de Dave, minutos antes.
- Dave?! – o encontrou na escada, chorando e se balançando. Ele levantou os olhos assustado e ela o encarou, abaixando-se e ficando ao lado dele.
- Eu matei ele, não matei? Meu melhor amigo... não... eu matei ele , não matei? – ele perguntava, chorando e segurando forte a mão dela (n/Anne: esqueça a ressaca, vamos supor que as pessoas quando bebem muito, mas tem preocupações maiores, tomam um pouco de juízo na cabeça e melhoram um pouco, ok? Até porque eu nunca fiquei de ressaca, e não sei como é!).
- Você... chamou... ajuda? – ela perguntou, abraçando-o. Ele negou com a cabeça e ela se afastou.
- Ele morreu, não dá mais... pra que? – ele perguntou, ainda se balançando, e desceu a mão em seu rosto.
- SEU IDIOTA! ELE AINDA NÃO MORREU, ELE TÁ LÁ PENDURADO ESPERANDO A AJUDA QUE VOCÊ FOI CHAMAR! – Ela gritou e ele tomou um susto, se levantando.
- S-s-sério?
- SÉRIO, VAI LOGO SEU LESADO MENTAL, BARBIE MALIBU DO PARAGUAY! – gritou e o puxou para o apartamento dela, procurando o interfone e ligando para a portaria. Dave foi para a varanda.
- James! James! – ele chamou, James desviou os olhos de e olhou para o parceiro.
- Fala! – James respondeu com voz fraca.
- Me... me desculpa cara! É tudo a minha culpa... eu... eu... – Dave não sabia o que falar.
Nesse momento. James escorregou um pouco e gritou, fazendo as pessoas se assustarem lá em baixo. Algumas choravam, outras estavam com terços rezando pelo menino, e todas com o mesmo medo: que ele não aguentasse.
- Aguenta James... eu to com você... aguenta... – murmurava, segurando o braço dele. James sorria de vez em quando, ao ver a garota preocupada com ele. chorava, e se esticou para tocar o rosto dele.
- Não! Já basta eu de pendurado aqui! – ele brincou e ela riu fraco.
Ouviram um barulho dentro do apartamento, e se virou, e viu chegando com três caras fortes, que foram direto para a varanda, ajudar James. Dave veio atrás, pálido, e o abraçou. sentiu que precisava de um abraço também, e olhou para James, que estava sendo puxado. Respirou com alívio quando ele foi deitado no chão, arfando com todo o esforço.
- Valeu... – ele disse com dificuldade e os caras saíram, deixando-o no chão. correu até ele e o abraçou.
- Ah James! Eu fiquei tão assustada! – ela chorava no ombro dele, e ele a abraçou também, passando a mão pelos seus cabelos.
- Tudo bem... to bem, to bem... – ele disse baixinho no ouvido dela, e ela se arrepiou.
abraçou Dave, que ficou sem reação. Observou sozinha e James sendo levantado e trazido. Pôde ouvir os gritos de comemoração lá embaixo, e o obrigado de James. Mas o que realmente estava importando naquele momento para ele não era nada disso, era a garota que agora o abraçava pela cintura, chorando em seu ombro. Passou os braços pelos ombros dela, e afagou seu cabelo.
- Ah Dave... desculpe pelo tapa, eu... estava nervosa... você não tinha feito nada... – ela soluçou e ele passou a mão de leve pelo rosto dela.
- Não tem problema, eu tava precisando disso mesmo... e eu fui um inútil, achei que ele já havia... sabe... caído... – ele deu ombros e apoiou o queixo no topo da cabeça dela, segurando o choro.
- Dave... você tem que aprender que a esperança é a última que morre. – ela disse com um sorriso e ele deu um selinho nela.
- Você pode me ensinar isso. – e piscou, a deixando vermelha. Ele riu e se dirigiu a James.
- Dude. – James se afastou do abraço de e olhou para ele. se afastou de James e abraçou , enquanto os dois se resolviam.
- Fala dude. – James se aproximou. Seu rosto estava vermelho (melhor que branco, há) e Dave abaixou os olhos.
- Cara, desculpa... foi minha culpa, achei que você ia pular, sei lá... só que eu acabei te empurrando, e deu todo esse rolo... – suspirou e James deu um meio sorriso, abraçando o amigo.
- Se eu tivesse morrido eu te matava! – e riram.
As garotas trocaram olhares e sorriram também.
Capítulo IV
e James estavam sentados na sala do apartamento das meninas assistindo televisão, enquanto e Dave estavam dormindo em um dos quartos depois de uma tarde de muita caipirinha e nervosismo.
- Você ta bem mesmo, Jimmy? – perguntou pela milionésima vez. Ele sorriu com toda preocupação dela e deu um beijo em sua bochecha, segurando sua mão.
- To sim ... Obrigada por tudo. – Ele sorriu e ela também. - Não sei como eu ia ficar sem você...
- Sabe, James, eu sinto que te conheço há muito mais tempo. – Ela sussurrou para que só ele pudesse escutar, apesar de estarem só os dois na sala.
- Porque você conhece. – ele contou, e ela se afastou um pouco, encarando os olhos dele.
- Como assim?
- Lembra, quando você foi pra Londres, e conheceu um garotinho... Vocês brincaram na neve, ganharam o campeonato de bonecos de neve, e ele meio que implicava com você... Mas você abandonou o garotinho depois... – O garoto sorriu fraco e ela arregalou os olhos.
- Você é aquele garoto? – perguntou em dúvida.
Ele sorriu mais e ela deu um grito, acordando no quarto.
- ... – Dave falou baixinho.
- Hum?
- Você escutou? – Ele perguntou, levantando e se apoiando numa mão, a encarando.
- Provavelmente é a tentando explodir minha cabeça, volta a dormir, Dave. – Ela respondeu grogue virando para o outro lado.
- É sério, ... – Ele disse, suspirando.
- Relaxa, Dave, ela fica assim mesmo quando encontra os ídolos dela, ou amigos de infância... – A garota se virou de novo para a cama onde ele estava.
- Me desculpa, ?
- Pelo o que? – Ela já estava de olhos fechados.
- Por hoje à tarde, por ter preocupado todo mundo e quase ter matado o James...
- Não é pra mim que tem que pedir desculpas... – Ela abriu os olhos e sorriu.
- Eu sei, mas...
- Só se você me desculpar pelo tapa...
- Desculpo.
- Então você também ta desculpado.
Dave sorriu e olhou para a garota dormindo na cama ao seu lado.
Ele se levantou e se aproximou dela.
- Posso dormir com você?
- Que?
- Posso dormir com você? – Dave a olhou com cara de cachorro abandonado.
- Pode... – Ela chegou um pouco pro lado e o garoto deitou. – Dave, você ta gelado...
- Assim como você quando nos conhecemos...
- Não, a gente se conheceu hoje à tarde sob um sol de rachar, impossível eu estar gelada...
- Eu não to falando de hoje.
- Como assim? – Ela fez cara de interrogação.
- Você lembra de Londres? Um garoto de cabelo que você caiu em cima quando era mais nova, que brincou na neve com você e que chorou quando você foi embora? – Ele brincava com as pontas do cabelo dela.
- Dave, você não ta querendo me dizer que...
-Sim, . Eu sou aquele garoto, que você caiu em cima dele na versão loira, que você o salvou de uma morte súbita na água, que o embebedou e que tirou um peso enorme das costas dele hoje.
- Nossa, por esse lado eu sou a vilã e a heroína ao mesmo tempo...
- Sim, você é um pedaço de mal caminho... – Ele riu e ela o acompanhou.
Eles ficaram um tempo em silêncio, estavam quase dormindo de novo quando começou a brigar com James pelo controle da TV.
- Dave...
- Hum...
- Vai lá?
- Tem que ir mesmo?
- Uhum...
- Então ta né... – Ele se levantou e chegou da porta. – Será que dá para ficarem quietos, tem gente querendo dormir aqui...
James olhou para Dave só de bermuda, cabelo bagunçado e cara de cansado e replicou:
- Hum, depois da surubada de vocês ai, claro que iam querer dormir, olha o estado que ela te deixou. O negocio foi bom mesmo heim!? – James começou a rir.
- Vai se ferrar, James, mas faça isso em silêncio, por favor. – Ele voltou e deitou novamente ao lado da garota.
- Acho que deu certo... – Ela sussurrou.
- Uhum, que tal continuarmos o que estávamos fazendo antes?
- Ótima idéia... – Dave a abraçou e colou mais seus corpos, poucos minutos depois, já estavam dormindo.
- Eles beberam demais... – tinha conseguido o controle da TV.
- Não pode entregar o copo de bebida para o Dave, ele faz desastres.
- Não é muito diferente da ... – Os dois riram.
- Pelo menos o dia deles foi bom...
- E o seu não foi? – o olhou.
- Tirando o fato de eu ter quase morrido, foi ótimo. – James a olhou nos olhos. – E o fim dele pode ficar melhor ainda...
- Ah é? Como? – Ela sorriu.
- Assim. – Ele se aproximou e a beijou.
O beijo era calmo e cheio de desejo, os dois estavam entregando tudo o que sentiam ali, naquele beijo.
O garoto a deitou no sofá, enquanto ela acariciava suas costas.
- Você não sabe o quanto eu esperei por você, . – Ele sussurrou em seu ouvido.
- Acho que posso imaginar. – Ela sorriu. – Mas ainda temos muito tempo pra tentar esquecer esse tempo de espera... – A garota deu-lhe um selinho e o afastou sutilmente.
- Então acho melhor eu ir... – Ele sorriu. – Posso deixar a Barbie ai?
- Acho melhor nem ir ver como estão... – riu e o acompanhou até a porta.
- A gente se vê? – James deu um sorriso torto irresistível.
- Amanhã, assim que acordamos.
- Então ta bom, vou ficar esperando.
- Tchau, James.
- Tchau, . – Ele lhe deu um selinho demorado e foi para seu apartamento.
se virava e revirava na cama, sem conseguir dormir. Tudo tinha acontecido tão rápido! Num dia ela vem para o Rio, para ficar com a amiga de infância, e nesse mesmo dia:
1. elas ganham uma promoção louca e vão parar no Sofitel;
2. ela encontra o ídolo no hotel, de uma maneira inesperada;
3. ela fica com o ídolo e descobre que sua amiga ficou com o amigo dele, que é ídolo dela (da amiga);
4. seu ídolo quase morre;
5. ela descobre que o ídolo é o amiguinho de infância dela, que ela brincou quando foi pra Londres.
É, dia agitado. Encarou o teto e pensou. Ela tinha ficado com James Bourne. E ele disse que tinha esperado muito por ela. E ela o amava. Com um sorriso, teve uma idéia, e se levantou.
James não estava muito diferente de , só com o detalhe que ele estava na varanda (afastado da sacada), observando as estrelas. Suspirou. O dia havia sido cheio, parecia que tinha passado uma semana desde que ele acordara e chegara no hotel. Com um sorriso, lembrou-se de . Seu cheiro, seu gosto, aquele sorriso que ela dava, quando estava envergonhada. Olhou para o céu e viu uma estrela cadente. Nunca acreditou muito naquilo, mas fechou os olhos e desejou que nada desse errado pra eles agora.
Levantou e foi até o banheiro, se olhar no espelho. Deu um suspiro cansado, e ia voltar pra cama quando ouviu uma batida na porta.
Tentando imaginar quem era àquela hora da noite, abriu a porta, e olhou espantado para a garota de pijama curto(muito curto) à sua frente. Logo depois um sorriso surgiu no seu rosto, e ela corou e abaixou os olhos.
- Eu... não tava conseguindo dormir... – explicou, e ele deu passagem pra ela, que sorriu e entrou devagar.
- Somos dois... mas o Dave ronca muito mesmo. – ele fez piadinha e riu baixinho, parando no meio da sala, e observando James. Ele sorriu de lado e se aproximou devagar, passando os braços pela cintura dela e encostando as testas.
- Eu nem reparei direito no Dave pra ser sincera. Quando eu to com a cabeça cheia, não consigo dormir. – ela explicou e ele sorriu.
- Dorme aqui? – perguntou e ela riu baixinho rolando os olhos.
- Claro que não, vim aqui só pra assistir TV! – ela ironizou e ele riu a trazendo mais perto, se é que era possível, e sussurrou no ouvido dela.
- Eu vi uma estrela cadente e eu ped... – ele ia contar mas ela o interrompeu.
- Não conta, senão não realiza! - Ela pos o dedo indicador nos lábios dele, e pôs-se a encarar os olhos dele.
Deixou sua mão escorregar, passando pelo queixo e subindo para a bochecha. Ele fechou os olhos com o toque dela, e segurou sua mão, dando um beijo na palma.
Ela suspirou alto e ele se aproximou devagar, roçando seus lábios e causando arrepios na garota. Desceu os beijos para o pescoço dela.
- James... – ele fez um barulho leve com a boca, para indicar que ela podia continuar, sem interromper os beijos. – não vamos apressar as coisas, ok?
Ele parou de beijá-la e se afastou encarando-a. Sorriu de leve, e deu-lhe um selinho.
- Tudo bem... – encostou seus lábios de leve e ela abriu mais um pouco, dando passagem para a língua dele.
Se beijavam calmamente, ela com uma mão no rosto dele e a outra na cintura, ele segurando a cintura dela firmemente, a trazendo mais perto de si, cada vez mais. Não queria a deixar ir nunca mais, não queria ter a sensação de não ter aquela garota ao seu lado, não queria perder ela. E para isso a trazia cada vez mais perto, para nunca mais se separarem, era como se ele quisesse que ela entrasse dentro dele, para fazer parte dele. Mal sabia ele que ela já fazia parte dele, estava presente não só nos seus pensamentos, mas também em seus sentimentos, os mais verdadeiros.
Ela quebrou o beijo e disse baixinho, no ouvido dele:
- You make me dream, doing the little things, all little things you do.
acordou de noite, mas não se sentia descansada. Sentiu um peso na cintura e observou Dave ao seu lado, babando no travesseiro. Riu baixinho e se virou. Precisava ir ao banheiro. Levantou-se com cuidado para não acordar Dave e se dirigiu ao banheiro da suíte.
Se olhou no espelho e fez uma careta. Seu cabelo estava uma bagunça, ela tinha olheiras e cara de... ressaca. Revirou os olhos e fez suas necessidades.
Cara, ela tinha ficado com Dave! Sorriu e voltou para o quarto, mas sentiu fome. Foi para a cozinha cantarolando alguma música do McFly, e preparou um sanduíche. Comia devagar, lembrando-se dos momentos com Dave. Ela mal conseguia acreditar em tudo isso, esse feriado ia ser demais, e estava apenas começando.
Apagou as luzes e decidiu ver se e James estavam dormindo abraçadinhos, mas ao chegar ao quarto da garota, não encontrou ninguém. Sem entrar em desespero, foi à outra suíte. Nada também. Começou a ficar assustada, mas ainda tinha mais uma suíte. Quando abriu a porta e não encontrou ninguém, deu um grito.
corria em direção a ele, o abraçando e ele a girava no ar. Dave ria feliz, e de repente eles eram crianças de novo, e tentavam fazer um boneco de neve mais bonito que o de James e .
- Dave, ele está vesgo! – ela reclamou e ele deu língua, arrumando os olhos dele.
- , pega um cachecol para colocar no pescoço dele! – ele disse animado e a garota tirou o próprio, colocando em volta do pescoço do boneco.
Dav reparou que ela ficou com frio, e tirou seu cachecol, colocando em volta do pescoço dela. Ela sorriu em agradecimento e deu um beijo na bochecha dele, que ficou vermelha. Ouviram a voz de James.
- Pronto?
Concordaram e foram chamar alguém para ser o juiz, já que não seria justo se eles mesmos julgassem. Depois de arrastar um senhor que passeava na rua, ele julgou e disse que o de James e estava mais bonito.
- Esse outro está vesgo! – ele comentou e deu tchau para as crianças, continuando seu caminho. Dave fez cara feia e encarou o boneco de neve, até que uma bola de neve o atingiu no rosto.
riu alto e sentou no chão rindo e ele fez uma careta fofa e sentou do lado dela.
- O nosso ainda está mais bonito! – ele comentou e ela apoiou a cabeça no ombro dele.
Quando ele olhou em seus olhos, ela era aquela garota da piscina, que ele quase tinha morrido afogado, e aproximou seus rostos, para sentir aquele gosto de novo, aquela sensação de estar voando.
Então ouviu um grito.
Dave acordou assustado e limpou a baba (eca) se levantando.
- ? – perguntou ainda assustado e sonolento, e a garota apareceu assustada.
- A sumiu! – ela disse e pulou nos braços dele.
- Relaxa ... ela deve estar com James lá no nosso apê. – deu de ombros e o olhou espantada.
- Nossa, como eu não pensei nisso antes?! – exclamou assustada e ele riu, a trazendo mais perto de si, quase encostando seus lábios.
- Você interrompeu meu sonho... – ele reclamou e fez bico, e ela sorriu fraco.
- Desculpa... tava bom?
- Muito bom... mas sabe? Agora está bem melhor, porque é como se meu sonho estivesse se tornando real...
“Ele estava sonhando comigo? Aaawn que será que era?” se perguntou e sorriu abertamente.
- E eu posso tornar ele real? – Dave concordou e a garota ficou na ponta dos pés, o beijando.
Dave sentiu aquela sensação que queria sentir, e achou bom a garota ter te acordado, ele nunca iria conseguir explicar ou reproduzir essas sensação num sonho.
Depois de quebrar o beijo, os dois voltaram para a cama, e dessa vez Dave não perguntou, foi direto com ela para a cama que estavam. Se deitou virado para ela, e ela apoiou o rosto na curva do pescoço, e ele respirou fundo, antes de abraça-la e cair no sono novamente, com um sorriso no rosto.
Não muito diferente de James.
Capítulo V
se remexeu na cama e James acordou. Esfregou os olhos e olhou a menina sob seu braço esquerdo. Sorriu ao ver uma mecha de cabelo sobre os olhos dela, e a retirou com cuidado. sorriu durante o sono e James ficou com medo de acordá-la. Se levantou lentamente, ainda olhando para ela, e tentou sair discretamente, mas esbarrou no abajur que caiu no chão com um barulho abafado. abriu os olhos e sentou na cama, e James se xingou mentalmente.
- James? – ela perguntou ainda tonta por ter acordado, e James se aproximou lentamente, lhe dando um beijo na bochecha.
- Desculpa, não era pra te acordar. – desculpou-se e ela o encarou confusa.
- Você derrubou o abajur pra fazer barulho e não me acordar? – ela perguntou ainda bem lerda, e ele riu baixinho, dando-lhe um selinho (n/a: rimou!! Parei).
- Claro que não! Eu estava saindo da cama discretamente pra não te acordar, mas ai, esbarrei no abajur... – ela o olhou com cara de quem tinha compreendido e fechou novamente os olhos.
James se aproximou e deu um beijo no pescoço dela, a fazendo arrepiar e sorrir, sem que ele tivesse percebido. James deu mais um e dessa vez percebeu que ela estava arrepiada, o que o fez sorrir. Subiu os beijos até chegar na orelha dela.
- Give me more love than I've ever had, make it all better when I'm feeling sad, tell me that I'm special even when I know I'm not. – ela sorriu ao reconhecer a música e ele se dirigiu aos seus lábios.
- James! – ele parou assustado e a encarou. – Eu ainda não escovei os dentes! – ele riu e ela levantou, dando uma ajeitada rápida no cabelo e saindo do quarto.
James a olhou sair e se tocou que ela estava indo embora. Correu atrás dela e a segurou. Ela a olhou confusa e ele a abraçou.
- Não me deixa... – drama king mode on.
- James! Eu só vou em casa! E preciso ver a , como ela ta e tals, e acordar a Malibu pra voltar pra cá... – ela explicou e ele suspirou aliviado. – eu não vou te abandonar de novo, prometo. – sorriu e ele também.
- O que a gente vai fazer hoje? – ele perguntou, enquanto abria a porta e os dois atravessavam a (ironic mode on) longa distancia (ironic mode off) até o quarto dela.
- Podemos ir pra praia, que tal? - James considerou a idéia de ver de biquíni e sorriu, concordando.
- Então vou acordar a e mandar o Dave vir para cá ok? – ele sorriu mais e a puxou para um beijo. Relevem que ela não tinha escovado os dentes.
chegou ao quarto de e encontrou os dois abraçados na cama dela. Se comoveu com a cena(mentira) e sentou ao lado da cama dela, cutucando o ombro de Dave. O menino nem se mexeu, continuou babando ali, abraçado a . Cutucou mais forte. E mais uma vez. Decidiu apelar e deu um tapa forte no braço dele, que soltou um quase grito e acordou assustado.
fez sinal de silencio com o dedo, se segurando para não rir e sussurrou:
- James está te chamando para ir se arrumar, nós vamos descer a praia daqui a pouco. – Dave concordou e deu um beijo na bochecha de , o cabelo mais bagunçado que nunca. Levantou e se despediu de com um beijo na bochecha também.
-... – agora era a difícil tarefa: acordar . cutucou a amiga, chacoalhou de leve, mas a menina não acordava. suspirou por ter que tomar aquela atitude e deu três passos para trás. Saiu correndo e pulou em cima da amiga, que gritou assustada.
- MELDELS , O QUE DIABOS É ISSO? – Ela gritou, depois de se tocar que aquela coisa pesada em cima dela tinha nome e sobrenome.
- Estou tentando te acordar, faz tempo, pra gente ir pra praia com os meninos. – ela explicou, se jogando ao lado da amiga.
- Ok, ok, me dá 5 minutos.
Anne estava sentada no sofá, assistindo o clipe de Poppin’ Champagne, do All Time Low, esperando há 20 minutos. Depois de mais algum tempinho apareceu de shorts, o top do biquíni e segurando um óculos de sol em cada mão.
- Prada ou Playboy?
- Playboy, é mais bonito. – Anne respondeu – Agora anda logo, você só tem 5 minutos. E olha que eu já esperei mais de 20.
- Tá bom, mamãe...
Realmente em 5 minutos estava de volta, agora vestida com uma bata, os óculos no rosto e a bolsa na mão.
- Por que ta usando óculos aqui dentro?
- Porque meus olhos estão mais fechados que abertos e garanto que ninguém vai querer ver isso.
- Ta bom, agora vamos logo. – As duas saíram do quarto e logo já encontraram os meninos no corredor.
Dave estava de camisa, bermuda e com os óculos no rosto, enquanto James estava de camisa, bermuda e os óculos presos à camisa.
- Me deixa adivinhar. – Anne começou – Você está de óculos aqui dentro porque os seus olhos estão mais fechados que abertos?
- Exatamente!
- Qualquer dia desses, vocês morrem de coma alcoólico. – Todos riram.
- Agora vamos logo? Eu quero meu caldo de cana.
- Ér... – James ia começar a falar, mas foi interrompido por .
- Serve pra curar ressaca. Agora vamos, por favor? – O elevador se abriu e todos entraram.
Andaram apenas alguns metros até acharem um quiosque que vendesse o caldo de cana. Compraram e dividiu o seu com Dave.
- Nossa, isso é bom! – Ele disse depois de beber com relutância.
- E ainda ajuda a curar ressaca. – riu.
- Legal, o papo ta muito bom, agora vamos pra praia que lá vai estar melhor ainda! – Anne puxou e os meninos as seguiram.
Demoraram um pouco para achar um bom lugar para ficar, quando finalmente acharam, as meninas estenderam as cangas e sentaram, cada uma dividindo a canga com um dos meninos.
Elas tiraram os shorts e as blusas para pegarem um pouco de sol, e os meninos tiraram a camisa.
- Garotos, se não passarem protetor solar vão virar camarões. – Anne alertou.
- Ela tem razão. – apoiou a amiga enquanto terminava de passar bronzeador.
- Ta bom, falou as negonas... – James ironizou.
- Nossa pele já ta acostumada com o sol – Anne pegou o protetor. – Agora vem cá, se não você não vai aguentar nem se mexer.
- Ta bom, mamãe.
- Segunda vez que me chamam de mãe hoje, mas sinto muito, não tenho filhos criados ainda. – Todos riram.
- Dave... – se aproximou do garoto.
- Hum...
- Você também precisa de protetor.
- Certeza?
- Absoluta.
- Passa pra mim? – Ele deu um sorriso torto, mesmo com os óculos podia imaginar a expressão nos olhos do garoto.
- Passo. – Ela sorriu e pegou o protetor que Anne usava em James.
- Hey, eu tava usando! – Anne reclamou.
- Mas o Dave é mais branco que o James, ele precisa mais. – Dave mostrou a língua para James, que mostrou o dedo para o amigo.
Depois da briga pelo protetor, todos relaxaram e ficaram tomando sol. Algumas fãs que reconheceram os garotos, se aproximaram para pedir autógrafos e tirarem fotos. As meninas não gostaram muito, mas ignoraram e continuaram e tomar sol.
- Eu quero tomar banho de mar, alguém vem comigo? – propôs e ninguém respondeu. – Obrigada, eu vou sozinha.
Ela se levantou e foi para o mar. Depois de se banhar e dar alguns mergulhos, a garota voltou pra areia.
Faltando alguns metros para chegar ao local que estavam seus amigos a morena foi abortada por um rapaz. Conversaram por alguns minutos e se despediram com um beijo no rosto e um abraço, Dave que observava de longe, não gostou nem um pouco.
- Quem era? – Anne perguntou assim que a amiga sentou novamente.
- Um amigo meu de longa data... – sorriu e colocou os óculos novamente.
- Quero saber mais sobre esse amigo depois...
- Pode deixar amiga, te conto depois.
Ficaram mais um tempo tomando sol e conversando, Dave mal se pronunciou, deixando um pouco desconfortável. Depois de um tempo, resolveram voltar para o hotel para trocar de roupa e almoçar.
- ... – Dave chamou, e ela o olhou. – Lembra que você falou que ia me mostrar a cidade?
deu um tapa na testa, e sorriu.
- Claro! Ainda bem que você lembrou! Só vou falar com a Anne ok? – ele concordou com um sorriso, e se dirigiu à amiga.
- Amiga, eu prometi mostrar a cidade ao Dave, vocês vão querer vir junto?
Anne pensou um pouco, e olhou para James. Um tempinho a sós com ele seria ótimo, e Dave queria conversar com sobre o “amigo de longa data”, talvez quisesse ir sozinho com ela.
- Hm, amiga, eu e James temos outros planos... você se importa de ir só vocês dois? – James olhou meio confuso pra Anne, e ela lhe deu uma cotovelada discreta.
- Não, não, não me importo – sorriu. – Então, até depois!
Se despediram, e as meninas entraram em seu apê, e os meninos no deles. Ainda iam almoçar, e logo após Dave e iriam sair.
- Hey, o que você vai fazer com a Anne hoje? – Dave perguntou, colocando mais comida no prato.
- Sei lá! – James deu ombros e Dave olhou com uma cara confusa pra ele, se segurando pra não rir.
- Como não sabe?! Vocês não tinham planos para a tarde?
- Sei lá, quando a perguntou se queríamos ir, ela inventou qualquer coisa na hora, acho que pra deixar vocês dois sozinhos... e o lance do “amigo de longa data”? – James perguntou, e Dave se sentiu incomodado, abaixando os olhos.
- Sei lá cara... ela parece gostar dele e tal, você já viu a intimidade deles... – suspirou. – Talvez eu não seja bom o bastante para ela...
James rolou os olhos e se ajeitou na cadeira, tomando um gole de cerveja.
- Olha cara, você tem que impressionar ela, mostrar que você pode chegar à altura dela, ser o cara que ela precisa e quer! – James parecia estar ensinando Dave, que ouvia atentamente.
- E... o que eu tenho que fazer?
- Hm... – James pôs-se a pensar e teve um estalo. – Que tal se vestir de mexicano e cantar uma musica, com bigodes e violões grandes etc?
- James, o McFly fez isso no clipe de Sorry’s Not Good Enough, e se eu me recordo, o final não foi muito bom. Além de que vestir roupas de mexicano nesse inferno, sendo que eu mal aguento ficar de cuecas?! – James teve que concordar. – E seja criativo!
- Poxa cara, o problema é seu e eu que tenho que pensar? Faz qualquer coisa! – então lembrou-se da noite passada, da frase que Anne sussurrou. – TIVE UMA IDEIA!
- Ai amiga... – encostou-se a porta do quarto de Anne, e esta virou-se, arrumando o vestido.
- Que foi?
- O Dave... sei lá, ele pareceu meio mal com o lance do Pedro. Sei lá, eu gosto demais do Dave, mas e se ele der aqueles ataques idiotas de ciúme, eu não posso nem mais conversar com velhos amigos?
Anne suspirou com um sorriso, e puxou para a cama.
- Ai amiga, mas sabe, de certo modo eu acho ciúmes uma boa coisa até, porque isso mostra que ele se importa com você, e quer ser melhor que o cara pra você.
pensou um pouco. Não tinha visto por esse lado.
- Sim, mas... – ela suspirou de novo. – Sabe, ele é famoso e tals, e pode ter qualquer garota que quiser, e eu não entendo porque ele me escolheu.
Anne olhou com pena pra amiga.
- E você acha que eu sei por que James Bourne teve um surto psicótico e está ficando comigo? – soltou uma risada nasalada e continuou. – Mas algumas coisas a gente tem que simplesmente aceitar, sem tentar entender. Porque tentar entender pode piorar tudo.
sorriu e seus olhos brilharam com o pensamento da amiga.
- É mesmo! Mas... e se eu não for boa o bastante pra ele? – mordeu o lábio, e Anne também.
- Aí eu já não sei... Você vai ter que descobrir... – elas sorriram e se abraçaram.
- Hey. – Dave a cumprimentou, quando se encontraram em frente ao elevador.
- Hey... – ela sorriu, e ele analisou-a. Vestido azul bebê, de uma alça só, um pouco acima dos joelhos e um tênis meio simples azul, bom para caminhar.
Ele vestia uma blusa verde clara, com uma bermuda escura, violão no ombro e chinelo.
- Os chinelos vão te incomodar, não quer por um tênis? Nós vamos andar bastante... – ela comentou e ele deu ombros.
- Sem problemas... – entraram no elevador, e Dave olhou a mão dela ao lado do corpo, e não resistindo ao impulso, segurou-a, apertando de leve.
sorriu e encostou sua cabeça no ombro dele, e ele sentiu o perfume do seu cabelo, percebendo o quanto aquela garota era importante pra ele.
Saíram do elevador e Dave pôs o plano em prática.
James saiu do apartamento e se dirigiu ao das meninas. Daqui a pouco eles se mudavam, era um saco eles terem que ficar saindo toda hora!
- Heey! – Anne o cumprimentou animada, pulando em seu pescoço. Ele riu, e a abraçou, tirando do chão e beijando sua bochecha.
- Nossa, tudo isso é pra mim? – ele perguntou ainda rindo e a pôs no chão. Ela ria também e segurou sua mão, o puxando para dentro.
- Yeah, você vale tudo isso, dear! – ele riu e a abraçou por trás, depositando beijos em seu pescoço e ombro.
- You make my life worthwhile, it’s all about you... – Own, James Bourne cantando a música mais fofa que Tom Fletcher já compos, pra ela, a fez derreter-se toda.
- Own... – ela disse baixinho, se virando e encostando seus narizes, e depois seus lábios. Se beijavam calmamente, estavam aprendendo o ritmo um do outro. Anne mantinha as mãos no cabelo bicolor de James, e ele acariciava sua cintura. Ela estava de vestido, de modo que ele não poderia acariciá-la por debaixo da blusa (porque era um vestido!), sem parecer pervertido ou acelerar demais as coisas. Mas ele a queria, ele precisava disso, precisava dela. Precisava senti-la sobre si, sua pele macia contra a sua, seus lábios em seu corpo...
Quebraram o beijo com vários selinhos, e James olhou intensamente em seus olhos . Anne sentiu a força daquele olhar, e entendeu o pedido silencioso feito. Fechou os olhos e voltou a beija-lo, dando seu consentimento e sendo delicadamente empurrada até o sofá.
Dave sentou-se num banco, e deixou o violão de lado. chegou e sentou ao seu lado, olhando-o com um sorriso.
- Meus pés estão me matando! – ele reclamou, e ela riu.
- Eu te avisei... – sorriu delicada e ele pegou seu rosto entre as mãos.
- Obrigado por me mostrar a cidade, ... foi muito melhor do que com uma guia chata. – eles riram e ele acariciou suas bochechas com o polegar. Ela suspirou, fechando os olhos e sentindo o toque dele.
- Lá se foi nosso segundo dia... – abriu novamente os olhos, e olhou o pôr-do-sol à frente deles. Dave soltou seu rosto e levantou, indo até a areia. foi atrás, e ele tirou o violão da capa.
- Nada melhor do que assistir um pôr-do-sol com música, não? –ele sorriu e ela também, sentando-se a sua frente. Ele afinou rapidamente e começou um acústico do Son Of Dork, que , ao ouvir, sentiu-se emocionada, porque sentia que ele cantava pra ela, especialmente pra ela.
It's summer, everybody's out
(É verão, todos estão fora) And you're right over there
(E você está logo ali) I'm staring while you play around
(Estou observando enquanto você brinca por aí) With that pencil in your hair
(Com um lápis em seu cabelo)
It's sad
(É triste) In your eyes
(Em seus olhos) I'm just one of the guys
(Eu sou só mais um dos caras) I'm so into you
(Eu estou tão apaixonado) You don't have a clue
(E você nem imagina) There's nothing you can do to stop me now
(Não há nada que você possa fazer pra me parar agora)
You got me falling
(Você me tem apaixonado) Through noticing the little things you do
(Por notar as pequenas coisas que você faz) Putting a hold right over me
(Me influenciando) Funny as it seems
(Engraçado como parece) You make me dream
(Você me faz sonhar) Doing the little things, these little things you do
(Fazendo as pequenas coisas, essas pequenas coisas que você faz)
I saved up for binoculars
(Eu economizei para comprar um binóculo) I bought them last weekend
(Eu o comprei final de semana passado) To watch you playing badminton
(Pra assistir você jogar 'badminton') With all your slutty friends
(Com todas as suas amigas atiradas)
Maybe it's time I gave up, drew the line
(Talvez seja tempo, eu desisti, tracei a linha) My friends say i should
(Meus amigos dizem que eu devo) I wish that I could
(Eu queria que eu conseguisse) But there's nothing they can do to stop me now
(Mas não há nada que eles podem fazer pra me parar agora)
You got me falling
(Você me tem apaixonado) Through noticing the little things you do
(Por notar as pequenas coisas que você faz) Putting a hold right over me
(Me influenciando) Funny as it seems
(Engraçado como parece) You make me dream
(Você me faz sonhar) Doing the little things, these little things you do
(Fazendo as pequenas coisas, essas pequenas coisas que você faz)
I call up your house
(Eu ligo pra sua casa) But I'm always outta luck
(Mas estou sempre sem sorte) Keep hanging around
(Continuo saindo por aí) But that's never good enough
(Mas nunca é bom o suficiente) And you don't reply when i talk to you
(E você não responde quando eu falo com você) I shout at you
(Eu grito com você) But you don't even blink an eye
(Mas você nem sequer pisca o olho) It makes me wonder why
(Isso me faz pensar por que)
You got me falling
(Você me tem apaixonado) Through noticing the little things you do
(Por notar as pequenas coisas que você faz) Putting a hold right over me
(Me influenciando) Funny as it seems
(Engraçado como parece) You make me dream
(Você me faz sonhar) Doing the little things, these little things you do
(Fazendo as pequenas coisas, essas pequenas coisas que você faz)
Dave finalizou a música e quase chorava. Deixou uma lágrima escapar, e Dave pos o violão de lado, engatinhando até ela e limpando seu rosto.
- Hey, não chora...
- Desculpa... é... é que eu amo Little Things... e... ouvir você cantando assim pra mim... – ela deu um sorriso fraco. – Me faz sentir bem. Muito bem.
Ele sorriu também e deu-lhe um selinho leve nela, e ela passou os braços pelo seu pescoço. Deitou-se e o levou junto, fazendo-o ficar por cima de si. Dave respirou fundo, e concluiu o plano.
- Eu amo você.
Capítulo VI
se remexeu no sofá e caiu no chão.
- Outch... – falou baixinho e um vento gelado passou por suas pernas nuas. Se arrepiou e voltou para o sofá ao lado de James, que dormia com um sorriso no rosto. Antes decidiu por suas roupas, e demorou alguns minutos para achar todas as peças na sala. Se vestiu rapidamente e se enfiou por debaixo das cobertas novamente, abraçando James. Ele ainda estava nu, e se sentiu desconfortável com isso, mas não ligou. Lembrou-se do dia anterior. A farra tinha sido boa, surubada com James Bourne... “Pervertida!” pensou de si mesma e riu baixinho.
Flashback
- Sabe, eu nunca imaginei que ia te encontrar de novo. – James disse, depois da terceira vez, enquanto acariciava os cabelos de .
- Eu nunca imaginei que o James da minha infância era o cara que eu mais admiro nesse mundo. – ela disse baixinho, abraçando-o.
James sentiu seu abraço a retribuiu, escondendo seu rosto nos cabelos da garota.
- Eu não entendo como você mexeu tanto assim comigo... desde o primeiro momento que eu te vi eu gostei de você... quando a gente tinha uns 9 anos, agora... é sempre assim! Sempre que eu te encontro eu me apaixono por você... sempre e sempre... – sorriu com as palavras dele.
- Talvez seja nosso destino... – ela riu com as próprias palavras. Se afastou um pouco e olhou-o nos olhos. – Eu amo você James.
James sorriu e beijou-lhe os lábios de leve. Suspirou e afastou-se lentamente.
- Eu também amo você. E essa é a minha maior felicidade e tristeza.
franziu as sombrancelhas e segurou o rosto dele com uma mão.
- Felicidade eu entendo, já que eu também sinto. Estar com você é o que me faz mais feliz. Mas tristeza? O que há de ruim em amar alguém James? – perguntou, confusa. Ele suspirou novamente.
- Porque o feriado não vai durar para sempre, e eu não vou voltar a te ver. E eu não quero te perder de novo. – ele disse, com uma expressão dolorosa. entendeu e fechou os olhos.
- Losing you is just too much for me to take – cantou baixinho sua música favorita do Busted e James sorriu levemente.
- O que você acha então de aproveitarmos esse feriado? – abriu os olhos e encarou-o sorrindo.
- Eu concordo. – ele sorriu mais e a beijou, voltando a ficar por cima dela.
End Flashback
James acordou e abriu os olhos lentamente, encarando os cabelos da garota que o abraçava. Passou os braços em sua volta e beijou-lhe o topo da cabeça.
- Bom dia... É dia né? – riu e se afastou para observa-lo.
- Sei lá! – eles riram e James deu-lhe um selinho. – Te acordei?
Ele negou com a cabeça e se deu conta que ainda estava nu.
- Éeer, eu vou me vestir, me dá uns minutinhos. – Ele disse corando e riu.
Ele passou por cima dela e levantou, tapando seu sexo. se enrolou na colcha e observou a bunda dele. “, para de ser pervertida! Você tem que parar de andar com a ...”.
Ele se vestiu rápido e voltou para perto dela, a abraçando.
- E Dave e ? – ele perguntou e ela deu ombros.
- Sei lá.
- Dave tinha um plano... – ele riu. – Que eu fiz. – sorriu maroto para ela e ela o olhou confusa.
- Como assim?
- Dave estava incomodado com o amigo de longa data, então eu falei para ele provar pra ela que ele realmente é bom o bastante para ela, e que ele realmente a quer. – ele sorriu um pouco mais. – Então lembrei de você cantando um trecho de Little Things aquela noite, então falei para ele levar o violão, tocar Little Things acústico e depois falar que a ama...
- Own que romântico! – disse com os olhos brilhando e James fez pose.
- Sim, eu sou demais. – riu e deu-lhe um beijo no canto da boca.
- ama Little Things, ela vai pirar. – disse com um sorriso, encostando sua cabeça no ombro de James e fechando os olhos.
sentiu pequenos beijinhos em seu ombro e encolheu-o, sentindo cócegas. Abriu os olhos lentamente e olhou para Dave que sorria fraco para ela.
- Oi... – ela disse sonolenta e ele deu-lhe um selinho.
- Desculpa te acordar, mas eu tava ficando cansado de te ver dormir... – ele disse rindo baixinho.
- Aaah não acredito que você estava me vendo dormir, eu devo ser horrível dormindo! – disse rindo e se escondeu embaixo do travesseiro. Dave riu e a abraçou.
- É nada, parece um anjo. – ele disse com um sorriso bobo e o olhou. Sorriu e o beijou.
- Eu amo você, Dave... – ele sorriu mais e encostou suas testas.
- Eu te amo mais. – ele disse divertido e deu língua. Ele riu e lhe deu um selinho.
- Dave... como eu vou ficar quando você for embora? – ela disse com um olhar triste e ele suspirou.
- Não sei pequena... – ele a abraçou novamente. – Desculpa ficar com você, sendo que vou te magoar depois... eu prometi a mim mesmo que nunca magoaria uma garota, mas... é inevitável em nosso caso. – ele disse baixinho e teve vontade de chorar.
Ficaram um tempo em silêncio, apenas sentindo a presença um do outro. Dave sentiu um formigamento nos olhos. Sabia que só teria esse e mais um dia com a garota, então teria que aproveitar muito bem.
- ... – ela o olhou. – O que acha de aproveitarmos melhor hoje? Afinal, só temos hoje e mais um dia juntos... – ele disse e deu-lhe um sorriso pervertido. riu e o beijou.
- Heeey quanto tempo! – pulou na amiga e riram. James e Dave se entreolharam e riram.
- E aí man? – James perguntou e Dave fez joinha com a mão, secando . James riu e puxou pela cintura, fazendo a garota rir.
- Olha, não posso nem matar a saudade da minha amiga! – ela disse e os outros riram. Dave abraçou também e ela sorriu pra , com um olhar de ‘Preciso te contar tudo’.
- É, eu sou muito ciumento! – James disse com voz afetada e eles gargalharam.
- Mas agora Dave, eu vou roubar a um pouquinho porque a gente precisa conversar sério. – disse fazendo cara séria. suspirou.
- , eu já te disse que nossa relação vai pra frente. Não precisamos de mais conversas sérias. Acabou. – disse fazendo caras e bocas e se segurava para não rir. Dave e James as encaravam confusos.
- M-mas... eu sempre soube! Você me trocou pelo DAVE! – disse incrédula, apontando para Dave que se encolheu. Hm, só pra constar, as duas faziam teatro e eram muito boas.
- Sim, troquei. Eu não aguentava mais você. E você me trocou pelo James! – disse e estava quase chorando (de mentira haha).
- Eu não tinha te trocado, eu ainda ia te dar outra chance! Mas agora não tenho escolha! – gritou e entrou no quarto rapidamente, enquanto a olhava incrédula. James e Dave não estavam entendendo nada, e estavam meio desesperados com a ‘briga’ das duas.
- ! Espera! Eu quero sua chance, volta pra mim! – correu atrás da amiga e bateu a porta.
- Éeer... – James olhou para Dave que fez uma cara de desespero e deu ombros.
- Acho melhor deixar elas se resolverem... – Dave disse e entrou no quarto. James fez mais uma expressão confusa e entrou também.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!! – rolava de rir no chão e tinha se jogado no sofá e gargalhava. As duas estavam sem ar e com as barrigas doendo, mas só de lembrar da expressão dos meninos e do pequeno teatro as faziam voltar a gargalhar.
- , chega, eu preciso de ar, EU PRECISO DE AAAR! – dizia desesperada e voltava a rir. chorava de rir e precisava respirar também. Depois de alguns minutos rindo muito, se acalmaram.
- Cara, acho que a gente assustou eles... – comentou, enxugando as lágrimas. concordou.
- Espero que o James não pense que sou lésbica e não quero mais ficar com ele... – fez uma careta pensando nessa possibilidade.
- Espero que o Dave não se menospreze, achando que te trocar por ele era ruim. – elas se entreolharam e voltaram a rir.
- Cara, eu to preocupado! – James disse, nervoso, passando a mão pelos cabelos. Dave estava roendo as unhas e concordou.
- Nem me fale... eu não sabia disso cara! Se eu soubesse... – Dave levantou e começou a andar em círculos.
- Dude, eu dormi com a ! – Dave parou assustado e olhou para James. – E não foi só uma, foram várias! E cada uma melhor que a outra, acho que nenhuma outra garota faz o que ela faz!
Dave ainda estava estático e depois jogou os braços para o alto.
- Obrigado, James! – James o olhou confuso. – Eu dormi com a também, foi só uma, não sou como você, mas eu achei que tava apressando as coisas... ah, então beleza!
James riu descontraindo um pouco.
- E agora cara?
- Sei lá... pode ser só... sei lá, brincadeira delas. – Dave disse considerando a possibilidade. James suspirou.
Passaram um tempo sem fazer nada e então Dave teve um flashback.
- Man, lembra do que eu falei, quando eu fiquei bêbado e beijei a ? – James o olhou confuso. – Sobre a aposta lá. Que a beija melhor que a .
- Ah é... cara, você tava bêbado! – James coçou a nuca.
- Mas você concordou, eu lembro! – Dave apontou para ele com um sorriso. – Ainda está de pé? Ou você vai continuar achando que a beija melhor que a , o que é mentira?
James cruzou os braços pensando na possibilidade. Um beijo só não faria mal, ele realmente achava que beijava melhor que qualquer garota, mas não tinha certeza. Seria interessante.
- Pode ser. – deu ombros e Dave sorriu mais. James ia ver como beijava muito melhor que qualquer garota.
James estava no salão de jogos, Dave no quarto. estava na piscina e estava debaixo das cobertas. Estranhamente ela estava doente. Depois do ataque de risos, ela começou a sentir tontura e febre. aconselhou que ficasse em casa, debaixo das cobertas, descansando um pouco.
James avistou na piscina e foi falar com ela.
- Erm... oi . – ele disse constrangido. não era nada dele (ainda), mas tecnicamente ele estava cornando-a. sorriu.
- Oi James! – ela disse animada, e fez sinal para que se sentasse ao seu lado. James sentou e ela riu baixinho.
- Que foi? – ele perguntou.
- Estou lembrando de hoje de manhã... – ela disse com um sorriso divertido e ele corou. – Vocês realmente acreditaram, não é?
James coçou a nuca e concordou com a cabeça. riu gostoso jogando a cabeça para trás e ele corou mais.
- Era só brincadeira James, você pode ficar com a numa boa, ela é só minha amiga! – ele suspirou aliviado e riu mais. – Nós duas fazemos curso de teatro, aí começamos a zoar... mas eu gosto do Dave, não dela.
Ele sorriu fraco para ela.
- Falando em Dave, se eu te contar que ele fez uma aposta comigo, você vai brigar com ele? – James, O Idiota, contou. Tecnicamente era segredo. o olhou confusa.
-Aposta?
-É; ele apostou que você beija melhor que a comigo, e bem... eu aceitei. – ele coçou a nuca de novo e ficou receosa que ele tivesse piolhos. – Então... só pela aposta... eu... posso te beijar? – ele perguntou e pensou um pouco. Se era só uma aposta, e Dave ia ficar com a ... não que ela gostasse dessa ideia, afinal, sua melhor amiga e o cara que ela ama não era o que gostaria de ver, mas decidiu ajudar James com essa aposta.
Inclinou-se e encostou seus lábios.
- ? – Dave bateu na porta.
- Entra! – ela disse, ainda debaixo das cobertas. Dave entrou e arregalou os olhos ao ver a cena.
- Cobertor? – ele perguntou rindo.
- Eu to dodói seu malvado! – ela disse, rindo também. Jogou as cobertas e se levantou, revelando-se de shorts jeans curtos e uma regata com um cachorrinho rosa com um decote que fez Dave babar.
- Eeer, então... – ele tentou lembrar o que tinha vindo fazer ali. Ah é, beijar aquela garota linda ali em sua frente. – , seguinte. O James... bom, ele falou que você beija melhor que a ... – ele se enrolou, tentando não contar a aposta. – E bom, eu queria confirmar.
arregalou os olhos e cruzou os braços negando com a cabeça.
-Não vou te beijar Dave. Nada contra, mas é do James que eu gosto, não de você. – ela inclinou a cabeça. – Eu vou descer agora, já estou melhor.
Ela passou por ele e ele coçou a nuca. É, ele tinha perdido a aposta e James tinha beijado , mas ele não tinha beijado . Ótimo.
chegou à piscina e viu a cena de e James se beijando. Era uma aposta, mas ela não havia beijado Dave com respeito a James E , mas parece que os dois nem ligaram.
-Eu. Não. Creio. – ela disse pausadamente e em voz alta, fazendo e James se separarem assustados.
“Fudeu” James pensou. “Ai caralho!” – . fechou os olhos com força e fechou as mãos, abaixando a cabeça. James levantou e correu até ela.
- , eu... – ele levantou a mão para segurar seu rosto, mas ela deu-lhe um tapa na mão e se afastou alguns passos.
- Não me toca, James! – sua voz tremeu e ela olhou-o nos olhos, fazendo-o sentir como se uma faca tivesse atravessado seu coração. Os olhos de estavam úmidos, mas ela não se atrevia a chorar na frente dele. – Não fala mais comigo. Eu não quero mais ouvir mentiras suas.
Ela virou de costas no momento em que Dave chegou, observando a cena confuso. passou correndo por ele, e James teve vontade de socar o amigo e se matar, mas não sabia o que fazia antes. Decidiu por socar o amigo. Se se matasse antes não saberia como fazer isso. Foi a passos rápidos até ele.
-James, o qu... – Dave foi calado com um soco no rosto e caiu no chão. gritou e foi até eles. James estava vermelho de raiva e Dave com a mão sobre o rosto.
- James, para com isso! – falou, tentando acalmar a situação, várias pessoas já olhavam para os dois.
- Para com isso!? Como você me pede para parar? Esse filho da puta fudeu a minha vida com a garota que eu mais amo no mundo! E eu, o retardado, aceitei essa merda de aposta! – James disse desesperado. mordeu o lábio.
James balançou a cabeça e passou a mão pelos olhos, se sentando em uma espreguiçadeira. Dave levantou e limpou o nariz que sangrava e olhou com dó para o amigo. olhou para ele e balançou a cabeça também, saindo de perto dos dois e indo procurar .
sentara-se em frente ao hotel, olhando a praia. As lágrimas que ela tentara conter não saiam, vazavam. E cada lágrima que saia, ela se sentia vazia. Gostaria de ter James para abraçá-la, mas James se preocupava mais com uma aposta boba do que com ela. Se pudesse consolá-la, sempre sabia o que dizer nessas horas. Mas também não se importou com ela na hora de beijar James. E tinha Dave. Dave que tinha causado tudo isso. Se ele não tivesse sido idiota de propor isso, James não seria retardado de aceitar. E tudo estaria bem. Enxugou os olhos e fungou. Estava sozinha só isso. Não era uma sensação tão ruim assim. “, largue mão de ser retardada, estar sozinha é uma sensação ruim. Porque a pessoa que você mais ama acabou de te trair com a que você mais confiava.”
- ? – virou-se rápido e a encarava, mexendo nervosamente a mão. bufou e voltou a olhar para frente.
- Vai embora. – disse com a voz embargada. suspirou e andou até ficar de frente para , mas essa não a olhava nos olhos.
- , deixa eu explicar!
- Não vou deixar! Eu não beijei o Dave por causa do James e de você, mas você nem se importou, não é mesmo?! – dizia baixo e com frieza na voz, fazendo se desesperar.
- E você vai arruinar o fim do seu feriado com o James por causa de uma aposta tosca do Dave?! , você só tem hoje e mais um dia com ele, por Deus! – falava mexendo as mãos. deu ombros.
- Ele arruinou meu feriado antes. – disse simplesmente e a olhou perplexa. – E eu não me importo em acabar meu feriado aqui. Eu vou fazer minhas malas e voltar para São Paulo, . – ela disse com firmeza, acabara de decidir isso, mas sua voz saíra firme e com determinação, e então percebeu que era isso mesmo que queria e que iria fazer.
Levantou-se e passou reto por que ainda a observava perplexa. sentiu as lágrimas virem aos olhos e sentou-se onde estivera, e começou a chorar.
James estava em seu quarto com o violão, dedilhando alguma música do Busted. Gostava de tocar algumas músicas do Busted de vez em quando, para relembrar os velhos tempos. Então lembrou-se daquela noite maravilhosa com ela, e ouviu passos no corredor. Levantou-se correndo e abriu a porta, encontrando-a abrindo a porta de seu próprio apartamento. Ela virou-se para ele e ele viu que ela havia chorado. suspirou e voltou-se para seu apartamento, mas James segurou-lhe o braço.
- ... – ele olhou em seus olhos e ela viu que seus olhos estavam úmidos.
- Eu disse para não me tocar, nem para falar mais comigo. – ela disse sem firmeza e com voz fraca, e ele a soltou. James sentiu um bolo na garganta e abaixou a cabeça para ela não ver a lágrima que escorria. suspirou.
- Eu vou embora James... – ela disse e ele levantou a cabeça rapidamente, a olhando confuso. – Vou voltar pra São Paulo, não tenho mais o que fazer aqui...
James sentiu seu coração apertar cada vez mais e não conseguiu pensar direito. Ela estava deixando-o.
- Quando... você vai? – “Idiota, era para falar ‘não me deixa’! Você não consegue fazer nada direito?” James pensou e suspirou.
- Hoje à noite. – ela disse simplesmente e entrou em seu apartamento. James suspirou e pensou que ainda teria tempo para mudar isso.
- ? – Dave a encontrou no mesmo banco em que ela estivera a tarde toda. o olhou com os olhos vermelhos e inchados, e ele se sentou ao seu lado, passando o braço pelo seu ombro.
- O que foi que eu fiz Dave? Eu magoei minha melhor amiga, sem contar que trai você... – ela escondeu o rosto nas mãos. - Eu sou um monstro...
- , não fica assim, por favor... você sabe que a culpa não é sua... – Dave tentava reconforta-la e depois disso estava pensando em se matar. Ele tinha acabado com a vida do seu melhor amigo, a garota que ele mais amava estava chorando por causa da cagada que ele fez... ele não podia acertar ao menos uma vez?!
- Dave... como você pôde?! Como você pôde fazer uma aposta dessas?! – ela se afastou e olhou para ele.
- Eu... estava bêbado ! – ele tentou se desculpar. Quando ele disse ‘a culpa não é sua’ para reconforta-la, ele não quis dizer que era dele.
- Mas você retomou isso depois, quando estava sóbrio! – ela já estava convencida que a culpa era dele e levantara, cruzando os braços e olhou-o fuzilando-o com os olhos. Dave se encolheu no banco.
- Sim, mas...
- Nada de ‘mas’ Dave! Você não consegue acertar nunca?! – ela quase gritava e Dave se sentiu ainda pior.
- Eu sei que sou um idiota... – ele falou baixinho, olhando para os pés. – Mas eu queria mudar isso por você... – ele suspirou e relaxou os braços. – Parece que eu não consegui...
Ele levantou-se de cabeça baixa e afastou-se lentamente. fechou os olhos e deixou mais uma lágrima escorrer.
- Dave! – chamou-o e ele parou, e ela correu até ele. – Por favor, não me deixa... me odeia, James não me olha na cara... eu não vou suportar perder você também... – ela disse o abraçando apertado. Dave passou os braços em torno dela e a apertou.
- Não vou te deixar se você não quiser... – ele disse baixinho e ela chorou em seu ombro.
- A gente precisa falar com eles. Fazer falar com James. A gente tem que mudar isso Dave. – disse e olhou-o nos olhos.
- Sim, nós temos. – ele deu-lhe um beijo calmo e se dirigiram ao elevador de mãos dadas.
Capítulo VI
arrumava as malas e deixava as lágrimas caírem. Doía tanto. A cada segundo a imagem de James e se beijando na piscina voltava a sua mente, e ela apressava-se em fechar os olhos e balançar a cabeça.
- ? – Ouviu baterem na porta e virou-se, encarando . Suspirou e ela baixou os olhos. percebeu que eles estavam vermelhos e inchados.
- Oi...
- M-me desculpa? – ia falar mas interrompeu-a. – Eu sei que não tenho moral para fazer isso, mas eu não quero que você me odeie pra sempre. Você é a minha melhor amiga, e eu sei que o que eu fiz foi horrível e monstruoso, mas... – suspirou. – Eu não sei o que dizer, eu sei que desculpas não são o bastante.
ficou um tempo em silêncio e largou a blusa que segurava, andando até a amiga e a abraçando. voltou a chorar e abraçou apertado.
- Ta ok... – disse. Não estava ok, as duas sabiam. se afastou e olhou nos olhos da amiga.
- Não, ... eu beijei o cara que você mais ama, só por causa de uma aposta boba... é que eu achei que você ia ficar com o Dave, não que me agradasse... mas eu achei que Dave tinha te contado da aposta, porque James me contou.
entendeu tudo e baixou a cabeça.
- Dave só me disse uma baboseira de querer confirmar que meu beijo era melhor que o seu. – bufou, tirando a franja do olho. – Mas agora não dá mais, , eu vou voltar para São Paulo mesmo...
- Mas se você vai me desculpar, por que não vai desculpar o James? – perguntou confusa, olhando a amiga ir até a mala e voltar a fazê-la.
- Porque James é um retardado que aceitou uma aposta ridícula. – ela suspirou, sabia que não era motivo suficiente. – E isso ia acontecer uma hora, por que não agora?
rolou os olhos.
- Que tal porque aquele garoto está louco por você? , você não viu como ele está, em apenas uma hora e meia ele está acabado, parece que não vive há dias! – escutava de costas, arrumando a mala, e sentindo as lágrimas voltarem. Ela se sentia assim também por dentro. Só não expressava isso por fora. Ela não tinha mais motivo para sentir-se viva. – , ele te ama!
fechou os olhos e deixou duas lágrimas escorrerem silenciosamente. Limpou-as rapidamente e levantou a cabeça, fungando.
- Eu também amo ele ... e é por isso que é melhor assim... ele vai para Londres, vai se sentir preso à mim... É melhor que ele ache que eu o odeio que ficar se sentindo culpado ao ficar com outra garota em Londres.
olhou incrédula para a amiga.
- O QUÊ? – se virou rápido com o grito da amiga. – Você tem merda na cabeça ? Se ele for para Londres pensando em você, é porque ele te ama! Se ele ficar com outra garota, é porque ele te ama e está sentindo a sua falta, por isso quer tentar ocupar o lugar que pertence a você no coração dele com outra pessoa! – Ok, filosofou agora. a encarava pasma.
- Mas...
- Nada de ‘mas’, , você vai voltar com ele e aproveitar o fim de seu feriado, porque James Elliot Bourne ama você e está quase se suicidando porque ele cagou a vida dele com a garota que ele mais ama, lê-se: você! E está se sentindo culpado por isso, então PORRA PARA COM ESSA FRESCURA NO CU E VOLTA A FALAR COM O MENINO!
se sentou na cama e baixou a cabeça, deixando mais lágrimas escorrerem. Sabia que as palavras da amiga eram verdadeiras, mas tinha medo de admitir. Levantou a cabeça lentamente e olhou para a amiga que arfava um pouco.
- E o que diabos eu vou fazer? Simplesmente chegar lá e dizer ‘James, mudei de ideia, agora eu te desculpo e quero voltar a te amar e trocar carinhos com você, tudo bem’? Ele deve me odiar ! – disse com a voz embargada, olhando o nada.
- ARGH! – gritou assustando e saiu do quarto, batendo a porta. ficou no quarto, olhando sua mala feita pela metade, e pensando em como sua vida foi dar uma reviravolta tão grande em apenas um feriado.
- EunãocreioelaéretardadatemproblemasmentaisEUNÃOSEITÁLEGAL?! – chegou ao quarto dos meninos falando rápido e eles se olharam confusos.
- , respira. – Dave disse, puxando-a para seu colo. Dave tinha se resolvido com James, que aceitou as desculpas numa boa. Ele sabia que não tinha sido só culpa do amigo, ele tinha aceitado a aposta, não tinha?
- A ! É uma retardada, tem problemas mentais, eu sei lá! – disse, mais devagar e respirando rápido. James se esparramou mais na poltrona e passou a fitar o nada.
- O que ela fez? – Dave perguntou e contou sua conversa com . James a olhava e ficava imaginando . Como pudera fazer isso com sua garota?! Ele só podia ter merda na cabeça, não entendia! Abriu um papel que estivera escrevendo e franziu as sombrancelhas, olhando para o violão e de volta para o papel cheio de frases riscadas que não levavam a nada. Lembrou-se de mais cedo, quando acordaram e quando ficaram conversando.
Flashback
- Losing you is just too much for me to take – cantou baixinho sua música favorita do Busted e James sorriu levemente.
...
- Sabe, James, eu sei que não foi você que escreveu, mas Losing you é a minha música favorita do Busted! É tão linda, não sei... acho que a melhor maneira de se desculpar com uma garota é escrevendo uma música para ela... – ela disse, enquanto conversavam calmamente. James acariciou seus cabelos e ela fechou os olhos.
End Flashback
James teve uma luz então e levantou-se correndo, assustando e Dave, que o olharam. Ele pegou um lápis e se curvou por cima da mesa, escrevendo rapidamente com um sorriso no rosto.
Se ela precisava de uma música para desculpá-lo, ele faria exatamente isso.
terminara sua mala, mas estava em cima da cama, sentada, observando-a. Era sua ultima chance. Ela podia levantar a mala dali e descer o elevador, pegar um ônibus e ir para São Paulo. Mas isso seria fugir do problema, evita-lo. Ela seria uma covarde. Mas ela não queria mais pensar em James Bourne. Ia apagar as fotos, as músicas, os pôsteres... ele nunca mais ia existir em sua vida. Deixou uma lágrima escapar.
“Como ele pode deixar de existir na minha vida, se ele é minha vida?” pensou sozinha e suspirou. Teria que aprender a viver sem James. Limpou a lágrima que escorria e se levantou, pegando a mala.
- ? – entrou no quarto, seguida de Dave. O quarto estava arrumado e não tinha nada nele, além das coisas que tinham quando chegaram. sentiu o coração bater mais rápido. O quarto estava estranhamente vazio.
Aproximou-se da cama e havia alguma coisa ali. Um papel dobrado. Abriu e reconheceu a letra de .
“,
Eu sei que você está lendo isso... é meio óbvio, esquece essa frase. Eu só queria agradecer por ter me dado o melhor feriado da minha vida. Mesmo com esse mal entendido, ainda foi o melhor feriado da minha vida.
Mas nada que é bom dura para sempre não é mesmo? Assim como o melhor feriado da minha vida. Eu só quero que você saiba, que se a gente não tivesse rido juntas lá, se você não tivesse me chamado para ir aí, isso nunca teria acontecido. Não sei no fundo se te agradeço ou se te xingo. Por um lado, você me fez conhecer o meu maior ídolo, e me fez ouvi-lo dizer ‘eu te amo’ para mim... mas pelo outro, você colaborou para que isso acabasse do jeito que está: enquanto você está lendo isso, eu provavelmente estarei na rodoviária, esperando o ônibus. E James deve estar no quarto, se afogando em mágoas, por minha causa. E Dave deve estar com você, porque o que existe entre vocês é tão forte que nem uma aposta boba pode quebrar. Mas eu não. O meu laço com o James não deve ser forte o bastante, porque apenas um imprevisto e ele está se partindo... Eu sou idiota . Culpei o James por um erro meu. Eu podia ter dado outra chance, eu poderia ter falado que estava tudo bem e deixa-lo me abraçar e dizer que me ama novamente... Mas não, eu botei a culpa toda nele... e agora, como merecimento, eu tenho que ir embora . Porque eu nunca vou ser boa o bastante para o cara que eu mais amo no mundo.
Xoxo ”
fitava paralisada o papel em sua mão, e Dave a cutucou, para ver se ainda estava respirando.
- Chama o James, Dave. A gente tem que ir pra rodoviária. – ela disse decidida e Dave saiu imediatamente do quarto.
Eles tinham que salvar o mundo. Pelo menos aquele em que seus amigos viviam.
esperava o ônibus. Olhou para a televisãozinha da rodoviária, que falava que chovia em São Paulo. Bufou e desviou os olhos, pensando em nada e desejando que nada pensasse nela. Suspirou e ouviu seu celular tocar. Mensagem.
She's too much for me
But she's just the girl I'm looking for xx
Número desconhecido. Franziu as sombrancelhas e suspirou, imaginando quem mandara a mensagem. Ficou um tempo olhando a tela do celular, e decidiu por não apagar a mensagem, salvando-a e deixando ali.
- James, corre lá, a gente já alcança! – disse e James olhou desesperado para ela.
Não fazia a menor ideia de em que parte da rodoviária estava, e estava com um violão nas costas. Correr? Há, conta outra.
- Mas ...
- James Bourne, vai logo se você tem amor pela sua vida! E pela ! – completou e ele rolou os olhos, correndo e chamando a atenção de todos.
- Awn, que romântico... – Dave disse piscando os olhos e fazendo uma cara fofa. franziu as sombrancelhas e deu um pedala nele.
- Vem, a gente tem que ir atrás da também, ela pode estar do outro lado da rodoviária que o James foi!
- É mesmo, com os neurônios queimados por depressão, ele é bem capaz de ir procurá-la no banheiro! – , que andava rapidamente, parou.
- E qual o problema ele procurá-la lá?
- Ele é bem capaz de entrar no masculino. – Dave disse sério e desatou a rir.
- Senhores passageiros do ônibus que vai para São Paulo... – sorriu e se levantou. -... o ônibus atrasará por causa do trânsito encontrado na Linha Amarela.
fechou a cara e se jogou no banco de novo. “Que saco, só porque hoje eu queria sair daqui! Talvez seja um sinal... talvez eu não deva ir embora! Vai que o ônibus é atacado e os terroristas vingativos o explodem e AH MEU DEUS eu não quero morrer, ainda sou muito jovem para isso! Ok , respira fundo, talvez seja melhor você voltar ao Pacu Assado e... ahahahahaha pacu assado HAHAHAHAHA Ok, baixou o santo aqui em mim, eu preciso respirar, é só stress, 1, 2, 3...”
Se acomodou no banco e suspirou de novo, arrumando o cabelo.
Então viu uma multidão se afastando rapidamente, e uma aglomeração.
James corria o que suas pernas podiam permitir. Pensar que podia estar subindo no ônibus agora, e que ele nunca mais iria vê-la... Sacudiu a cabeça e parou. Respirou fundo e olhou em frente. Uma garota estava sentada ali, com a mala no chão, mexendo nos dedos. E ao ver aquele cabelo , seu coração quase parou. James estava parado olhando , não tinha reação nenhuma. Ela estava ali, ele também. Então por que diabos ele não fazia o que tinha que fazer?
Respirou fundo e deu o primeiro passo, mas levantou e ele sentiu o coração acelerar. Começou a correr novamente, mas trombou com um carrinho de malas, causando um tumulto e uma multidão se aproximou.
- James! – gritou, e se enfiou no meio, achando-o jogado. – James, você ta bem?!
Ele rolou e verificou seu violão. Estava tudo bem, mas ele não conseguia ver . Ela tinha ido, e ele nunca mais ia vê-la.
- James, levanta cara! Vocês não têm mais o que fazer não?! – Dave disse alto e as pessoas começaram a se afastar. James encostou a testa no chão e deixou uma lágrima escapar. Ele a tinha perdido. Ela se fora.
- O-o que vocês estão fazendo aqui? – ouviu a voz que ele mais queria ouvir e levantou o rosto rapidamente, encarando . Ela os olhava espantada, sem nada nas mãos. Seu olhar pousou em James no chão, com o rosto úmido e ela mordeu o lábio voltando a encarar .
- Você acha realmente que eu ia deixar você fazer a maior cagada da sua vida? – disse, com a mão na cintura.
James se levantou lentamente, ainda olhando , tentando entender se ela era real ou se ele havia batido a cabeça.
- E James quer te falar uma coisa. – Dave completou, coçando o nariz.
engoliu em seco e finalmente olhou James nos olhos, e sua vontade foi se jogar em seus braços e ficar lá, sentindo seu coração bater compassado ao dele. James manteve seu olhar no dela, mas logo o afastou, pegando o violão e abrindo uma folha que tirara do bolso.
observava em silencio, tentando entender o que ele ia fazer. Dave e se afastaram, e alguns curiosos ainda estavam por ali. James pigarreou.
- Eu... Uma vez você disse... Que a melhor maneira de se desculpar com uma garota era escrevendo uma música para ela. – ele dizia alto, e encarava , que sentia o calor de seu olhar, e apenas esperava pelo que ia vir. James ajoelhou e apoiou o violão, ainda sem deixar de olhar para ela. – Você também me contou que sua música favorita do Busted era Losing You. Então, juntando o útil ao agradável, aqui está . Minha paródia de Losing you para a garota que eu mais amo no mundo.
Ele abaixou a cabeça e começou a cantar, e sentiu seus joelhos fraquejarem ao ouvir sua voz cantando.
Sitting here alone thinking it through trying to convince myself that I'm Sentado aqui sozinho tentando me convencer que eu Not losing you, Não estou perdendo você Or can't you just forget the things I did Ou você não pode simplesmente esquecer as coisas que eu fiz I was stupid for all my life but now I found my way Eu fui idiota por toda a minha vida, mas agora achei meu caminho It was so strong, why I needed to fuck it all? Isso era tão forte, por que eu precisava foder tudo?
So tell me why, I'm swimming against the tide Então me diga por que eu estou nadando contra a correnteza And I'm praying for a chance, cos I E rezando por uma chance porque eu Think I’m losing you Acho que estou perdendo você So tell me why, you don't care enough to try Então me diga por que você não liga o bastante para tentar help me to get right this time, I can't stand, me ajudar a acertar essa vez, eu não posso suportar Won't stand, losing you Eu não vou suportar perder você
You don't have to say a word it’s in your eyes Você não precisa dizer uma palavra, está em seus olhos I can see it all through your tears Eu posso ver tudo isso através das suas lágrimas And I know I may have made a lot of mistakes E eu sei que fiz um monte de cagadas But losing you is just too much for me to take Mas perder você é muito para eu aguentar It was so strong, so why the hell I fucked it all? Era tão forte, por que diabos eu tinha que foder tudo?
So tell me why, I'm swimming against the tide Então me diga por que eu estou nadando contra a correnteza And I'm praying for a chance, cos I E rezando por uma chance porque eu Think I’m losing you Acho que estou perdendo você So tell me why, you don't care enough to try Então me diga por que você não liga o bastante para tentar help me to get right this time, I can't stand, me ajudar a acertar essa vez, eu não posso suportar Won't stand, losing you Eu não vou suportar perder você
So tell me what to say Então me diga o que dizer Because I need, a chance to change Porque eu preciso de uma chance para mudar 'Cos I wont let you walk away again Porque eu não vou deixar você ir embora novamente
So tell me why, I'm swimming against the tide Então me diga por que eu estou nadando contra a correnteza And I'm praying for a chance, cos I E rezando por uma chance porque eu Think I’m losing you Acho que estou perdendo você So tell me why, you don't care enough to try Então me diga por que você não liga o bastante para tentar help me to get right this time, I can't stand, me ajudar a acertar essa vez, eu não posso suportar Won't stand, losing you Eu não vou suportar perder você
Ele terminou de cantar e os joelhos de cederam, fazendo-a cair ao chão ajoelhada, e com lágrimas nos seus olhos. James deixou o violão de lado e abaixou a cabeça, soluçando. Algumas pessoas bateram palmas, mas James não prestava atenção, ele se aproximou de e segurou seu rosto, elevando-o à altura de seus olhos.
- Eu não vou suportar perder você. Então não vai embora, por favor. – ele sussurrou e ela fechou os olhos, deixando mais lágrimas escorrerem. – Minha vida só vai ter um sentido se eu souber que você me ama e está tudo bem entre a gente. Nem que eu esteja em Londres, eu vou olhar para qualquer coisa e vou pensar em você. Você é tudo pra mim, .
ouvia de olhos fechados, com o hálito dele batendo em seu rosto. Abriu lentamente os olhos.
- Eu amo você James... – ela sussurrou as palavras, elas saíram fracas. Fechou novamente os olhos e James beijou-lhe a testa.
- Então fica comigo... não volta pra São Paulo, minha menina... fica aqui comigo até a gente realmente ter que se separar...
simplesmente concordou com a cabeça e James sorriu, levantando novamente seu rosto e encostando seus lábios num selinho. Ambos sentiram os choques de sempre, e novamente estavam completos.
Ao longe, e Dave observavam a cena de mãos dadas e sorrindo. Dave virou-se para .
- Parece que acertei em mais uma coisa... – ele disse convencido.
- Pra mim é a primeira que você acerta! – ela riu baixinho e ele deu língua, mordendo-lhe o lábio inferior.
- Amar você foi um acerto também...
Capítulo VIII
entrou no apartamento dos meninos seguida de James. Parou no meio da sala, de costas para a entrada, de forma que James a abraçou por trás assim que fechou e trancou a porta. suspirou ao sentir os braços dele a envolvendo e fechou os olhos. Ficaram um tempo em silêncio, apenas sentindo suas respirações e seus batimentos cardíacos se igualarem aos poucos.
- Eu tava sentindo falta disso. – James sussurrou, quebrando o silêncio. suspirou novamente e virou- se lentamente pra ele. Se olharam nos olhos e acariciou a bochecha do garoto.
- Eu já estava sentindo falta de tudo. – ela sussurrou também e James sorriu fraco, encostando seus lábios levemente, não passando de um mero encostar de lábios, não chegou nem ao beijo.
- Eu... isso é estranho... – ele disse, soltando um suspiro e apertando seus braços na cintura dela. – Eu nunca me senti assim com nenhuma garota... nunca com a sensação que se ela sumisse da minha vida, eu ia sumir também. Eu não teria mais motivos pra viver se você não estivesse aqui, pequena. – ele disse e sentiu seus olhos formigarem. Mordeu o lábio e ficou na ponta dos pés, unindo seus lábios em um beijo lento.
Quebrou o beijo e encostou sua testa no ombro dele. Suspirou.
- Eu te amo. – murmurou e James apertou- a contra si.
- Eu também te amo. – ele falou, ficando abraçado com a garota.
- E o mundo foi salvo novamente pelas meninas super poderosas! – Dave berrou, levantando a garrafa de cerveja.
- Ah, você é uma menina super poderosa, Dave! – disse rindo, já alta.
- Lógico amor, eu sou a Lindinha!
- Só porque ela é a mais oxigenada! – ela riu da cara de Dave e arrumou o cabelo. – Eu sou a Docinho!
- Malvada como ela! – Dave disse dando língua e fez cara de ofendida, pulando em cima dele. – AAAAAH SOCORRO!
Eles desataram a rir assim que caíram no sofá, Dave por baixo de .
- Ai Dave, sou tão malvada assim? – ela disse, brincando com uma mecha do cabelo dele.
- Não, eu só tava zoando. – ele disse sorrindo, apertando a cintura dela.
soltou uma gargalhada exageradamente alta e Dave riu.
- Como você é fraca pra bebidas, meu amor. – ele disse acariciando o rosto dela. Ela fez uma cara ofendida.
- Sou nada ta! Só to fingindo. – ela fez cara séria e Dave quase acreditou, se ela não tivesse soltado uma gargalhada estridente. – AAAAAAH Você devia ter visto sua cara! Foi hilááááária! – ela disse gargalhando e Dave bufou, levantando- se com ela no colo.
- Fica quietinha aí, vai tomar banho gelado! – ele falou e ela fez cara de safada, se agarrando mais a Dave. Mordeu o lóbulo da orelha dele, fazendo- o estremecer e se arrepiar.
- Por que você não vem junto comigo? – perguntou sensualmente e Dave abriu a boca lentamente.
- Err... – sua mente trabalhou rapidamente e ele sorriu. – Ta ok.
Ela sorriu mais e começou a beija- lo com voracidade, já tirando sua blusa e a dele. Dave espantou- se com a garota, mas não desistiu de seu plano e entrou com ela no box do chuveiro.
A claridade invadiu os olhos de e ela abriu-os com dificuldade, sentindo sua cabeça explodir e encarou Dave respirar lentamente ao seu lado. Se tocou que estava nua e achou que Dave estava também, mas ela não havia percebido que ele estava de boxers. Arregalou os olhos e levantou- se com agilidade (agilidade relativa para alguém que estava de ressaca) e se vestiu rapidamente. Virou- se para Dave e deu- lhe um tapa nas costas, fazendo- o acordar assustado.
- OUTCH! – ele gritou, se enrolando nos lençóis.
- Idiota! – disse e Dave olhou confuso pra ela.
- Mas hein? – perguntou e avançou pra ele. – AI ! – segurou os pulsos dela.
- Não acredito que você fez isso comigo David! – ela xingou e ele estava cada vez mais perdido.
- Fiz o que?
- Abusou de mim enquanto eu estava desacordada ou bêbada! – ela falou, quase chorando de raiva.
- Lógico que não amor! – ele falou e ela soltou- se dele, se afastando e deixando uma lágrima escorrer. Ele levantou-se rápido e ela viu que ele estava de boxer branca com uns desenhos de naves espaciais. – , o que foi?
- Eu nunca achei que você fosse fazer isso comigo Dave... – ela falou, realmente chorando agora. Dave estava perdido e não sabia o que fazer.
- ... me deixa explicar, você ta tirando conclusões apressadas... – ele disse, se aproximando da garota. Ela deixou- o abraça- la pela cintura e escondeu seu rosto no peito dele.
- O que houve, Dave? – ela perguntou, depois de ter se acalmado.
- Você estava alta, e eu falei que ia te dar um banho frio, e você me convidou pra ir junto, de um jeito tarado e sexy. – ela fez uma careta e ele continuou. – Aí eu pensei e te levei pra dentro do Box... Aí eu tirei suas roupas... e te coloquei debaixo do chuveiro... acabei me molhando todo, e quando te tirei de lá, você já tava capengando de sono. Aí eu apenas te sequei e te trouxe pra cama. Depois coloquei uma boxer e vim deitar do seu lado. – ele terminou de explicar e coçou o nariz. Ela sorriu de lado e beijou- o levemente.
- Desculpa... é a ressaca. – ele riu.
- Tudo bem pequena... eu entendo seu lado, mas não se preocupe que eu nunca vou fazer isso com você, ta? – ela concordou e sorriu, beijando- o rapidamente.
- Ah, bom dia! – ela disse sorridente e ele fez uma careta fofa.
- Bom? Eu fui acordado por um tapa nas costas. – riu e o abraçou.
- Você é dramático, Dave!
- Eu né? – ele perguntou arqueando uma sombrancelha e ela riu mais.
estava no colo de James, com as pernas uma em cada lado do corpo dele, beijando- o lentamente. Ele deixou as mãos na cintura dela, acariciando levemente por baixo da blusa, causando arrepios na garota. Ela acariciava seu peito e pescoço calmamente, apenas aproveitando seu James.
Quebrou o beijo e deixou seus rostos próximos, enquanto ele levava a mão até o rosto dela e acariciava sua bochecha lentamente.
- Você vem me visitar? – ela perguntou, fechando os olhos ao sentir a carícia.
- Sempre que puder. – ele sussurrou e ela sorriu, abrindo os olhos e encontrando o par de globos que ela mais amava no mundo.
- Eu sei que... é difícil... – ela falou, mexendo com os botões da blusa dele. Ele apenas a encarava. – Mas é que... ah nem sei! – ela falou, sorrindo de canto e corando e ele riu.
- Acho que eu entendi... – ele disse e ela gargalhou.
- Cara, nem eu entendi, but... – ela o abraçou pelo pescoço e colou seus lábios novamente. James acelerou o beijo dessa vez e a trouxe para mais perto, colando seus corpos ao máximo.
sentiu- o ficar excitado e beijou- o com mais velocidade, bagunçando seu cabelo. James rodou e a colocou deitada no sofá, ficando por cima dela. Levantou sua blusa lentamente, aproveitando cada milímetro da pele e do corpo daquela garota ao tato, sentindo suas curvas e a barriga dela se contrair enquanto sua mão gelada passava por ela. cruzou as pernas na cintura dele e puxou- o para perto de si, deixando-o cada vez mais excitado.
Quando ele tirou a própria blusa, soprou, aproveitando que tinham parado de se beijar.
- No sofá não James...
- Por quê? – ele perguntou, se dirigindo ao pescoço dela e dando chupões, deixando marcas e fazendo- a apertar os cabelos de sua nuca.
- As pessoas sentam aqui Jimmy... – ela conseguiu dizer, e ele riu abafado.
- A gente já transou aqui e vocês já sentaram aqui. – ele falou, arqueando uma sombrancelha, ficando extremamente sexy. mordeu o lábio e não teve mais o que contestar, então apenas voltou a selar seus lábios.
- Você não consegue se controlar James! – ela riu, quase caindo do sofá enquanto James sorria de jeito fofo.
- Ah, você me provoca e eu tenho que me controlar?! – eles voltaram a rir e ele deu vários selinhos nela.
- Tudo bem, tudo bem... – ela falou derrotada e ele sorriu exageradamente, fazendo- a apertas suas bochechas. – Awn Jimmy suas bochechas são as coisas mais apertáveis e fofas do mundo! – ela disse e ele riu.
- Sério?
- Aham! – ela disse, mordendo uma bochecha dele e depois dando um selinho rápido nele, que sorriu.
Ficaram um tempo em silêncio, até que uma brisa gelada passou por eles e eles se encolheram.
- Que tal a gente se vestir? – sugeriu e James espreguiçou- se, se levantando.
- Boa ideia. – se vestiram rapidamente e voltou a sentar no colo de James, da mesma forma que antes. Ela sorriu e encostou sua cabeça no ombro dele.
- Vamos pra praia, Dai? – sugeriu, enquanto colocava biquíni no banheiro.
- Ah nãããão! – Dave fez manha. – Cansei de praia já!
- Você foi um dia na praia e já cansou? – ela perguntou, saindo do banheiro e colocando uma mão na cintura.
- É que é todo aquele calor, a areia entrando na bermuda – ele fez uma careta e riu.
- Vamos pra piscina então, está muito quente para ficarmos dentro de casa! – ela falou e ele sorriu.
- Beleza! – ele levantou- se e deu a mão pra ela. Saíram do apartamento e se dirigiram ao dos garotos, onde James e estavam.
estava novamente beijando James, dessa vez mais lentamente, quando e Dave entraram gritando no quarto, assustando os dois.
- BOOOOOOOOOOOOM DIAAAAA!
James e quebraram o beijo e olharam para eles.
- Ih, atrapalhamos James? – Dave perguntou rindo e James jogou a cabeça para trás fechando os olhos.
- Vai se ferrar, David. – ele disse apenas e Dave riu.
- Já fui hoje, não posso mais. – James riu também e olhou mordendo o lábio para a amiga.
- Que pose de puta, . – ela disse rindo, em português e mandou dedo.
- Você foi se ferrar com o Dave hoje ? Se não foi, fique a vontade! – respondeu também em português e riu.
- Que que tem eu? – Dave perguntou apontando para si mesmo e questionando a única coisa que entendera do que elas disseram. Todos, menos Dave, riram e se encostou em James.
- Anyway, vamos para a piscina povo? – falou e deu ombros, levantando a cabeça para olhar James.
- O que você acha?
- Eu vou pra onde você for... – ele disse com um sorriso, deixando corada enquanto e Dave trocaram um olhar.
- OOOOOOOOOWN QUE LINDO! – disseram juntos, fazendo os dois corarem mais ainda.
- Sério, não imagino vocês dois um longe do outro. – disse, piscando (ou tentando piscar) encantadoramente. – Viu a cagada que você ia fazer, dona ?
- Vi ta, não precisa encher o saco. – a garota respondeu, voltando a se encostar em James, que a abraçou pela cintura.
- Ta ta, a gente já vai descer, nos vemos lá embaixo! – Dave disse, puxando para fora do apartamento.
continuou encostada em James, apenas aspirando o perfume gostoso que ele usava, sentindo- o acariciar suas costas lentamente, fazendo desenhos abstratos.
- Sabe, eles não me deixaram terminar... – ele disse de repente e o olhou. Ele sorriu e acariciou o rosto da menina, fazendo- a sorrir também. – Eu vou pra onde você for, porque meu lugar é onde você está.
sentiu seu coração bater mais rápido e inclinou- se para beijá-lo.
- AEAE Que demora! – Dave disse, já dentro d’água, quando e James apareceram na piscina de mãos dadas.
- Fica quieto, Dave! – James disse, tirando a camisa e entrando na água. entrou logo depois dele e ele a abraçou.
- Cara, vocês depois que brigam ficam tão melosos! – disse, fazendo caras e bocas.
- Ain , me deixa vei! – reclamou e riu, fazendo coraçãozinho com a mão.
- Gente, vamos brincar de briga de galo? – Dave perguntou, abraçando e acariciando a barriga dela por baixo d’água, fazendo- a se arrepiar toda.
- Pode ser. – disse, se empolgando com a ideia.
Os meninos afundaram e elas subiram em cima deles.
- Aaaaah não vejo! – Dave disse, com o cabelo todo na cara. riu e afastou o cabelo fortemente oxigenado da cara do rapaz.
- Me avisa se eu estiver pesada ta Jimmy? – falou e ele sorriu.
- Pode deixar pequena, mas ta sossegado por enquanto. – ela sorriu e beijou o topo da cabeça dele.
- Aaaaaah você ta pesada! – Dave disse rindo e a garota deu- lhe um tapa na cabeça.
- Não me chama de gorda David Williams! – ela reclamou e ele riu.
- Tava falando em excesso de gostosura! – ele recebeu outro tapa na cabeça e James e riram. – Ta bom, ta bom, to quieto!
Começaram a brincar e e Dave ganharam de 3x1. James e mais riam do que conseguiam fazer alguma coisa que prestasse.
- E os vencedores do dia são... E DAVE! – anunciou pra quem queria e quem não queria ouvir.
- Ai , para de se gabar, vocês roubaram!
- Roubamos nada, vocês que são ruins! – Dave disse e James fez cara ofendida.
- Ruins? Ham, vamos , vamos para longe desses ignorantes! – ele disse e saiu puxando a garota, que se matava de rir.
- Ai que credo, eles não sabem perder! – reclamou e Dave a puxou para si, colando seus corpos.
- Deixa eles pra lá, pelo menos nós sabemos como comemorar. – ele deu um sorriso safado e antes que ela pudesse falar alguma coisa, a beijou.
- Ele vai se gabar disso pro resto da vida. – James resmungou e riu, abraçando- o pelo pescoço.
- Ah, ele tem que ter ao menos uma coisa para se gabar. – ela disse e ele riu também, puxando- a para si. Ela arrumou os braços em volta do pescoço dele e ele a apertou na cintura. Seus nariz se tocavam e eles podiam sentir a respiração um do outro em seus lábios.
- Pensei num treco bobo agora. – ele falou e sorriu de canto.
- O que?
- Você não parece um tomatinho quando fica vermelha, acho que é mais para uma pimenta... – ele disse e ela arqueou as sombrancelhas, ficando corada.
- Pimenta?
- É... – ele riu sozinho e fez uma careta com um meio sorriso (n/a: tipo o Steve, quando ta sorrindo e repuxa a boca pra baixo *- * hueheuh) – Eu sei que a comparação vai ficar extremamente idiota, e não me bate, por favor.
- Ai James, fala logo, to ficando curiosa! – ela falou, beijando- o várias vezes no rosto, fazendo- o rir mais.
- É que... é muito mais hot... – olhou incrédula pra ele e ele corou. Ela jogou a cabeça para trás e gargalhou, e ele desatou a rir.
- Ok, vou fingir que não ouvi isso, Jimmy! – ele riu mais e escondeu seu rosto na curva do pescoço dela.
- É, finja que não ouviu mesmo, por favor! – eles desataram a rir mais e afastou o rosto de James de seu pescoço, beijando- o calmamente.
Quebraram o beijo com sorrisos e ele desceu a mão lentamente até o bumbum dela, apertando levemente.
- Te amo, pimenta. – ele disse e ela riu, mordendo o lábio dele.
- Nunca soube que gambás gostavam de pimenta... – ele riu e ela o beijou rapidamente. – Também te amo.
Apoiou a cabeça no ombro dele e suspirou, sentindo- o beijar seu ombro e acariciar sua cintura.
- Vamos subir? – sugeriu, quando o sol ficou a pino e estava dando dor de cabeça.
- É... acho melhor, a gente almoça e vai fazer alguma coisa. – disse, dando de ombros. As garotas saíram da piscina e lembrou- se que era seu último dia ali, à noite ela já ia embora. Olhou James colocando a camiseta e suspirou, não queria ter que deixar ele. Ele viu ela o olhando e sorriu, indo até ela.
- Que foi? – perguntou abraçando- a.
- Tava reparando como você é lindo. – ela disse, piscando pra ele. Ele corou e Dave e os apressaram.
- Vem, vamos, pimenta. – ela riu e ele sorriu torto pra ela, puxando- a pela mão.
Capítulo IX
Subiram de volta para o apartamento na hora do almoço, e cada um foi para seu apartamento.
estava se trocando quando bateu na porta.
- Amiga... – ela apareceu, e percebeu que a amiga tinha chorado. – Você vai mesmo embora hoje né?
respirou fundo e concordou com a cabeça. suspirou e abraçou-a.
- Eu não quero deixar o Dave ir ! Eu quero ele só pra mim pra sempre! – ela falou, chorando, e Anne fechou os olhos com força, tentando segurar as lágrimas.
- Eu também queria ficar com o Jimmy pra sempre ... só que não tem nada que eu possa fazer. Eu tenho que voltar hoje ainda, já devia estar fazendo a minha mala...
Deixou algumas lágrimas rolarem e se afastou um pouco, olhando nos olhos da amiga.
- Nós dissemos que nunca mais íamos chorar lembra? – ela perguntou com um sorriso, e abriu um também.
- É mesmo... é engraçado como as coisas acontecem né ? Eu venho apenas passar um feriado com a minha amiga, e acabo conhecendo meu maior ídolo. – disse sonhadora e riu.
- Conhecendo até demais né? – gargalhou e olhou para sua mala. Suspirou, o sorriso lhe fugindo do rosto.
- Preciso arrumar minhas coisas... – suspirou.
- Quer ajuda? – negou com a cabeça, pegando algumas roupas. A mala estava praticamente arrumada, apenas algumas coisas fora de lugar, visto que ela mal a desfizera após sua quase fuga. – Vou pro apê dos meninos então, te encontro lá?
- Aham... – saiu do quarto e se sentou na cama, olhando a peça de roupa em sua mão.
Uma boxer preta, que certamente não pertencia a ela. E só havia uma pessoa a quem podia pertencer.
- Hey guys. – disse, entrando no apê.
- Existe uma coisa chamada campainha, sabia amor? – Dave perguntou, a abraçando, enquanto James ria.
- Não... da próxima vez eu procuro. – ela rolou os olhos, mas sentiu a tensão no ar. Quando seria a próxima vez?
- Cadê a ? – James perguntou, esparramado no sofá.
- Ainda ta lá no quarto, ela tava terminando de se arrumar. – disse, mentindo. Ela não ia falar “Ta fazendo as malas porque hoje ela se manda”. Tem que ter tato.
- Vou lá com ela... – ele disse, se levantando, e suspirou.
- Que foi ? – Dave perguntou, depois que James saiu do lugar.
- Ela ta fazendo as malas dela. – Dave entendeu e coçou a cabeça, depois abraçando mais forte.
- Você não pode ficar mais ? Tipo, eu e James vamos ficar mais um tempo, talvez uma semana ou mais... nós estamos de férias, nem imaginávamos que aqui era feriado... sacas? – concordou com a cabeça e passou a mão delicadamente pelo rosto dele.
- É que nós temos faculdade Dav... – disse acariciando o cabelo do menino. – Se não nós ficávamos mais, com certeza...
- Viu? É por isso que eu não faço faculdade! – Dave disse orgulhoso de si mesmo e gargalhou, dando um pedala nele.
- Te adoro coisa linda! – mordeu a bochecha dele e ele fez uma careta, a agarrando pela cintura e beijando- lhe com voracidade.
- Hey pequena. – James disse entrando no quarto, fazendo pular de susto.
- Que susto James! – ela disse, com a mão no coração, e ele sorriu, abraçando- a pela cintura e beijando- lhe a bochecha.
- Você ta arrumando a mala né? – ele perguntou, calmo, e suspirou, concordando com a cabeça.
Ficaram um tempo em silêncio, segurando uma blusa e James abraçado a ela, acariciando suas costas, enquanto a cabeça dela repousava em seu peito.
- E o pior de tudo é que eu não sei como eu posso evitar isso... – ele disse, desapontado, dando- lhe um beijo na testa.
- Não precisa fazer tudo também... É só você saber que eu vou estar todos os dias pensando em você... – disse, levantando a cabeça e olhando em seus olhos. Ele negou.
- Pra mim não vai adiantar nada se eu não souber quando eu vou te encontrar de novo... – suspirou e soltou- se do abraço de James, pegando uma roupa preta dobrada, que estava em cima da cama.
- Aqui. Você esqueceu aqui alguma vez, sei lá. – ela achou estranho ele ter esquecido uma boxer, mas apenas devolveu- a.
- Como eu consegui esquecer uma boxer? – ele perguntou confuso e riu. Ele arqueou as sombrancelhas e deu ombros, jogando a boxer em cima da cama e a puxando de volta para seus braços. – De qualquer jeito ... eu amo você pequena...
Ela sorriu e olhou para ele, passando o dedo de leve pelas bochechas dele.
- Eu também amo você Jimmy... e tudo que eu quero é ter você pra sempre... eu sei que é egoísta da minha parte... – ela não terminou e uma lágrima escorreu por sua bochecha. James suspirou e limpou- a.
- Eu acho que eu nunca deveria ter me envolvido com você. – ele sussurrou e o olhou confusa e assustada.
- Arrependido? – ela perguntou, com o coração batendo rápida e dolorosamente.
- Nunca. - Ela se aliviou e James beijou seus lábios levemente. – Mas evitaria muita dor da sua parte... evitaria lágrimas... evitaria...
- Evitaria a maior felicidade que eu já tive na minha vida. – ela completou por ele e ele sorriu abertamente.
O vento balançou as cortinas do quarto e eles olharam para fora, para o sol que brilhava e iluminava as pessoas, felizes ou não, apenas lhes dando uma luz para seguir sem tropeçar. Mas mesmo com essa luz, as pessoas tropeçam. Tudo que elas têm que fazer é tropeçar, e levantar. Porque a luz não vai parar de brilhar enquanto seu coração bater, sempre lhe dando uma nova chance de recomeçar, uma nova chance de se levantar e seguir em frente, seguir seu caminho, com novos tropeços e quedas, e com novas resistências a eles.
James olhou todos lá fora, e voltou a olhar , que lentamente virou seu rosto para o dele, fazendo seus olhares se encontrarem. Então James teve uma ideia, uma ideia que ia fazer o feriado durar o quanto eles quisessem, mas uma ideia que nunca sequer lhe passara por sua cabeça, com nenhuma outra garota. Só que não era como nenhuma outra garota.
Então, repentinamente, precisava falar com Dave.
No outro apartamento...
Dave acariciava os cabelos de , que fechou os olhos e apenas sentia seu perfume. James já tinha ido há algum tempo, ele acreditava que ele ia ficar por lá mesmo.
- Dave, to ficando com sono... – disse baixinho e ele encostou sua bochecha à testa dela.
- Descansa minha menina... qualquer coisa eu te acordo depois...
- Mas aí eu vou perder meu tempo com você... – ela disse, bocejando. Ele sorriu.
- Eu vou estar bem aqui o tempo todo, ... e nos seus sonhos... – completou baixinho, fazendo sorrir.
- Sempre Dave... – falou, antes de adormecer.
Dave observou o sol lá fora, e pensou em formas de ficar com . Nenhuma lhe parecia realmente agradável, ou boa. Suspirou e pegou o celular, discando o número de Steve. Fazia tempo que não falava com o amigo.
- Alo? – ouviu a voz dele e coçou o nariz.
- Fala Steve, aqui é o Dave. – anunciou e ouviu a exclamação do amigo.
- Caralho Dave, você e o James sumiram sem avisar, e só agora liga! Desgraçados! – Steve ainda falou mais uns palavrões e Dave rolou os olhos.
- Pra ser cumprimentado assim, nem ligo mais! – falou com voz afetada e o amigo riu.
- Que isso minha nega, ‘cê sabe que eu te amo. – Dave fez uma careta.
- Mas eu não te amo mais, te substituí aqui no Brasil, meu car...
- BRASIL?! – Steve berrou e Dave olhou rápido para , que nem se mexera. – Vocês estão no Brasil?!
- Estamos... – Dave disse, acariciando o rosto da namorada.
- Filhos da mãe, nem chamam... – Steve parecia irado, e Dave se divertiu com isso.
- Ta ta, voltando ao assunto... eu vou resumir a história para você ok? – Steve concordou e Dave contou rapidamente sobre e , ignorando alguns detalhes.
- Você, apaixonado?! – Steve perguntou rindo, quando Dave terminou a história. Dave rolou os olhos.
- Cara, eu preciso de ajuda! Eu quero ficar com ela, mas eu não sei o que eu faço! – Dave disse desesperado.
- Sei lá cara, eu não sou o melhor nisso... Mas você parece gostar bastante dela, você já pensou em... – Steve explicou um jeito e os olhos e Dave brilharam. Ele não havia pensado naquilo, e não era tão ruim, se fosse com . Ele sempre dissera que ia passar longe, nunca iria acontecer com ele...
se remexeu e abriu os olhos lentamente. Dave olhou para ela e sorriu ao vê- la acordada.
- Steve, vou desligar man, a acordou. – disse, e esfregou os olhos. Steve?
- Ok cara, vai lá. Pensa bem hein? – Steve disse, desligando o celular.
- Steve Rushton? – perguntou e Dave sorriu.
- O próprio. – sorriu e Dave beijou- a levemente. – Conseguiu descansar um pouco?
- Uhum... – ela concordou. – Não muito, mas...
Dave sorriu e a beijou. Sabia exatamente o que fazer agora. A ideia que Steve lhe dera nunca lhe pareceu tão assustadora e tão perfeita ao mesmo tempo. Nunca imaginara que ele, Dave Williams, um dia ia fazer aquilo.
Mas tudo sempre tinha uma primeira vez.
James entrou correndo no apartamento. Precisava falar com Dave urgente.
- Dave! Preciso falar com você urgente! – Dave parou de beijar e olhou confuso para o amigo. – Erm, , você pode nos dar licença?
- Aham! – ela disse, dando um último selinho em Dave e saiu do quarto, indo falar com .
- Que foi? – Dave perguntou meio carrancudo. James sentou- se na poltrona em frente ao amigo e passou as mãos nervosamente no cabelo.
- Eu tive um plano para ficar com a . – ele disse, nervoso. Dave arqueou as sombrancelhas.
- Eu também, eu liguei para o Steve, ele me deu uma ajuda...
- Steve? E como ele ta? – James perguntou pelo amigo.
- Ta fulo da vida porque a gente não chamou ele para vir para cá. – eles riram e Dave se espreguiçou. – Mas qual foi teu plano?
James coçou a cabeça e respirou fundo.
- Pedi-la em casamento. – Dave ficou boquiaberto e James coçou a cabeça de novo.
- C-casamento? –Dave repetiu, assustado.
- É... bem, eu sei que é cedo, acho que nem namorados oficiais, comprometidos nós somos, mas eu amo demais ela e não vou conseguir ficar longe dela, aí eu pensei que talvez... casamento sei lá... – James disse rápida e nervosamente.
- Cara, eu pensei nisso também! – Dave interrompeu e foi a vez de James escancarar a boca.
- Como é que é?! – ele perguntou assustado.
- Bom, foi ideia do Steve sabe, ele disse que se eu realmente queria ela para a vida inteira, uma boa ideia seria pedi- la em casamento. – Dave disse, coçando o nariz.
Eles pararam um tempo, cada um estupefato com o que o outro contou. James pensou na ideia de , vestida de branco, entrando na igreja com o pai dela...
- O PAI DELA! – James gritou de repente e Dave tomou um susto tão grande que caiu do sofá.
- Quem!?
- O pai da , como eu vou casar com a garota se eu nem ao menos conheço os pais dela!? E se eles me odiarem, disserem que não podemos casar, me acharem muito velho?! – James disse desesperado e Dave rolou os olhos dando um pedala nele.
- Vocês têm a mesma idade retardado! – ele desatou a rir, mas viu o olhar desesperado do amigo. – Foge com ela oras.
- Ahn?
- Foge com ela, James. Vou sugerir isso para a , foi o que o Steve me disse. Elas abandonam tudo, vêm com a gente para Londres, a gente se casa lá, com uma reunião íntima, divulgamos para a imprensa e voltamos para cá recém-casados conhecer a família! – Dave disse, como se fosse obvio. James olhou boquiaberto para ele.
- Ótimo plano pena que temos que ver com as garotas o que elas querem. Por exemplo, se a quiser casar aqui no Brasil, que eu conheça a família dela antes, eu vou fazer isso. – James disse, decidido.
Dave fez uma careta.
- Antes teremos que propor, certo? – James concordou. – Então acho bom irmos comprar as alianças, quero fazer isso direito... na medida do possível. – Dave disse sorrindo e James levantou.
- É, mas aí eu não vou ficar com a ... – ele disse baixinho.
- Você fala que vai comprar uma lembrancinha para ela, vamos. – Dave disse, puxando o amigo. Avisaram as garotas e entraram no elevador. Trocaram um olhar e sorriram.
- Quem diria... – James disse.
- James Bourne e Dave Williams... – Dave completou. Chegaram no pátio e aumentaram os sorrisos, um completando o outro.
- Pedindo alguém em casamento!
- O que acha dos meninos comprarem uma coisa para gente? – perguntou, abraçada aos joelhos, enquanto zapeava pelos canais da TV.
- Estranho e suspeito. – disse, parando na Fox onde passava Simpsons. se lembrou da primeira vez que James a beijou, que estavam discutindo sobre quem queriam ser e por que. Parecia que tinha sido há um século. Por que James a deixara agora? Eles não iam passar o dia juntos?
- Por quê? – perguntou alto para si mesma e ficou de ponta cabeça no sofá.
- Ora, a gente vai embora logo, e eles somem? E que ideia é essa de presentinho?! – demorou a entender que estava respondendo à sua pergunta retórica.
- É... – apenas concordou e se levantou. – Vou para o quarto, preciso responder um e- mail.
chegou ao quarto e pegou o laptop aberto em sua cama, respondendo ao e- mail da mãe. Sua mãe estava a par de tudo, desde James até Dave e , e estava lhe apoiando. Até tentara convencer a filha a ficar mais, mas respondera que “de que adianta adiar a partida, se uma hora todos embarcam em seus caminhos?”. A mãe lhe perguntara, nesse último e- mail, se ela pretendia levar o namoro com James para frente.
“Mãe, não vejo como levar isso para frente! James me disse que não conseguiu pensar em nenhuma possibilidade, nenhuma me vem na cabeça também. Não dá pra eu abandonar a faculdade do nada e ir para Londres, nem ele pode abandonar a banda para ficar comigo... acho que tem que ser assim mesmo mãe... não tem outro jeito, parece que a gente está destinado a ficar junto e se separar, quando as coisas estão se tornando cada vez melhores.
É isso mãe, acho que não tem outro jeito... te vejo mais tarde, em casa.
Beijos, .”
Enviou e olhou para sua mala. Só ia pegar o ônibus à noite, para chegar de madrugada em casa, e ter tempo de descansar de tarde para ir à faculdade pela noite. perguntara por que ela não ficaria até a manha do dia seguinte, mas apenas respondera o que havia respondido para sua mãe.
ficou sozinha na sala, pensando com seus botões por que diabos os meninos decidiram comprar alguma coisa, e comprar agora. Parou em um canal de clipes e terminou de assistir um que ela não sabia de quem era. O outro começou e ela se assustou ao reconhecer a melodia e o começo.
- ! VEM AQUI! – Gritou, enquanto Ticket Outta Loserville tocava. apareceu voando e se jogou no sofá, ao reconhecer a música, e ficaram observando a TV com sorrisos bestas no rosto.
- Dave e suas dancinhas ridículas nesse clipe, pelo amor de Deus. – disse rindo e gargalhou. – Sem contar o jeito que ele toca guitarra né...
- Cara, o Dave deu de 10x0 no Steve quando abre a porta do carro. – disse apontando e rindo. voltou a rir e viu James cantar.
- Danny é foda pegando os jornais e tocando com eles, vamos admitir! – disse e concordou.
- Chris é estranho, ele fica tocando parado o tempo todo, canta sem emoção, esquisito ele... – comentou.
- DAVEPEGAEL! – gritou e riu.
- Já pegou amiga... – elas riram e olhou. – O Jimmy tá muito lindo nesse clipe... – “não só no clipe né...” completou mentalmente.
O clipe acabou e elas continuaram com sorrisos idiotas no rosto. Assistiram mais algumas coisas e foram comer alguma coisa, enquanto esperavam os meninos voltarem.
James e Dave voltaram para o apartamento, um mais nervoso que o outro.
- Eu não acredito que eu realmente vou fazer isso cara... – Dave disse, roendo as unhas. James se sentou pensativo.
- Eu não sei cara... sabe, casar é bem diferente da ideia de casar. É a convivência, tudo. Tem que aprender a viver com os defeitos e qualidades do outro, com os problemas... Tem que passar a dividir tudo! – ele disse. Dave suspirou. – Eu quero a pra sempre, às vezes até acho que isso não é suficiente... Mas eu não quero pedi- la em casamento, não ser o que eu espero e me divorciar... Eu não quero causar essa dor para ela, não quero desaponta-la de novo...
Dave sentou- se ao lado do amigo.
- É verdade... eu não tinha pensado nisso. Mas... quer saber, eu vou arriscar man. Eu amo a , eu nunca amei alguém como eu amo aquela garota! Eu vou arriscar, mesmo que não dê. É melhor do que ficar sem ela.
James suspirou e acabou concordando com o amigo.
- Vou chamar a aqui, e vou lá falar com a ok? – Dave engoliu em seco e concordou.
James saiu do apartamento, sentindo os pés pesados a cada passo, pensando se ia realmente fazer isso. Ele amava , ela era tudo que ele queria, não precisava de mais nada. Bateu na porta e atendeu.
- Hey! Voltaram! – ela disse feliz e ele forçou um sorriso.
- Pois é... Dave te chamou pro apartamento, ele quer te falar um negócio... e dar a lembrançinha também. – sorriu e passou por ele.
Ele entrou e encontrou no sofá. Ela o viu e sorriu para ele. O sorriso dele então se tornou natural, e ele pensou que não havia o que temer. Se casar com ela significava ter aquele sorriso só para ele, ele a pediria em casamento.
- , eu queria te perguntar um negócio. – ele falou, seu único medo agora sendo que ela dissesse ‘não’.
- Diga... – ela disse, se levantando e passando os braços pelo pescoço dele. Ele manteve seus rostos próximos, mas deixou apenas uma mão na cintura dela. A outra ele colocou no bolso, tirando uma caixinha preta. olhou confusa dele para a caixinha, até que ele sorriu, abriu a caixinha e pediu, baixinho.
- Quer se casar comigo?
- DAVINHO! – entrou gritando e Dave sorriu. Discreta como sempre.
- Hey meu amor. – ele disse, puxando- a para um beijo.
- Quero ver minha lembrançinha. – ela disse com os olhos brilhantes e ele gargalhou.
- Você é muito curiosa pequena! – ela riu e ele beijou sua bochecha. – Antes eu quero te falar uma coisa. Ok? – ela concordou e ele respirou fundo. – Só quero que você saiba que você é a garota mais incrível que eu conheço, que eu já conheci, e provavelmente nunca vou conhecer alguém como você. E que esse feriado foi o melhor da minha vida, com minhas cagadas, meus acertos, com você... – ela sorriu e ele passou a mão em seu rosto. – Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida inteira , e provavelmente vai continuar sendo...
- Own Dave... você também é a melhor coisa da minha vida... – ela disse baixinho, deixando seus rostos próximos. Ele colocou a mão no bolso e tirou uma caixinha avermelhada de veludo, e a abriu. , que estava preocupada olhando o sorriso de Dave, não reparou.
- Agora eu queria te fazer uma pergunta. – ela sorriu.
- Faça. – ele levantou a caixinha até que visse, e seus olhos brilharam ao ver o que tinha lá dentro. – Oh meu Deus... Dave...
- , você aceita se casar comigo? – ele perguntou e olhou para ele com os olhos úmidos.
- Aceito. – falou com a voz fraca, num sussurro frágil que teria se perdido, se não fosse a esperada palavra. Dave sentiu seu coração bater mais forte. Ela tinha aceitado. Eles iam se casar.
- Eu amo você, minha noiva. – ele disse e a beijou. Quebraram o beijo e ele tirou o anel da caixinha avermelhada de veludo, colocando- o no dedo da garota, que admirou a aliança eufórica. Era um anel relativamente simples, de ouro com uma fina camada de prata envolvendo- o em espiral, tornando- o maravilhosamente lindo.
No outro apartamento, ainda encarava James estática. Ela não sabia o que responder, e ele estava ficando nervoso. E se ela lhe dissesse não? respirou fundo e olhou nos olhos de James, acariciando sua bochecha.
- James eu... – ele fechou os olhos, ela ia recusar. Apenas pelo seu tom de voz, ele sabia. – Eu aceito.
Ele abriu os olhos rápido e encarou a menina à sua frente. Ela sorria, mordendo o lábio e ele abriu o maior sorriso que já dera em sua vida. A abraçou pela cintura e a beijou. Ela agora era só dele, só pra ele, e pra sempre. Quebraram o beijo com um sorriso e ele a levantou do chão, segurando firmemente em sua cintura, e voltando a beija-la.
- Eu amo você, . – ele disse, após quebrarem o beijo, com os lábios próximos aos dela. Ambos estavam com sorrisos enormes no rosto.
- Eu também te amo, James Bourne. – Ele a recolocou no chão e pegou o anel, colocando- o no dedo anelar de . A garota observou o anel com um sorriso e os olhos brilhantes. O anel também era dourado, com pequenas pedrinhas brilhantes em espaços idênticos.
- Ouro e diamantes? – perguntou, receosa. James concordou com a cabeça. – James, meu Deus... quanto... quanto você gast...?! – ela perguntou assustada. Ele pôs o dedo em seu lábio e ela parou de falar.
- O preço não importa, . Eu tenho você agora, isso é o que importa. Isso não tem preço para mim, não importa o quanto eu pague por alguma coisa, nunca vai chegar ao preço da minha felicidade ao ter você. – ele disse e sentiu as lágrimas quase saírem. (n/a: momento propaganda master card agora USHAUHSAUHSA)
- Ah Jimmy... – ela disse, fechando os olhos e o abraçando com força.
- Depois você vê o que tem escrito dentro... – ele disse, com a boca apoiada no ombro dela.
- Eu amo você. – ela sussurrou em seu ouvido, fazendo- o se arrepiar.
- Minha menina... – ele disse, com os lábios próximos aos dela.
- Pra sempre... – ela disse, com um sorriso, antes de ele voltar a beija-la.
Capítulo X
se olhou no espelho. Dali a alguns minutos desceria para a praia, onde seriam realizados os casamentos. entrou no quarto, sorrindo também.
- Amiga, você está linda! – disse.
- Você também! – ela disse.
vestia um vestido na altura do joelho, branco, com as alças caídas no ombro. Seu cabelo estava arrumado num coque, com alguns grampos brancos com florezinhas nas pontas colocados estrategicamente. Sua maquiagem não estava tão forte, mas estava ótima.
não estava muito diferente. O vestido era um pouco mais curto e frente única, um pouco rodado, de cor branca também. Seu cabelo estava trançado em uma única trança, para trás, com a franja solta. A maquiagem era quase nula, já que ela não gostava muito.
- Cara... eu vou me casar! E com James Bourne! – disse eufórica, também se olhando no espelho. respirou fundo.
- É... e eu vou me casar com o Dave... Williams. – ela disse, testando seu sobrenome. riu.
- Bourne. – sorriu. Até que soava bem.
- E eu sempre quis casar na praia, ao ar livre. – suspirou. – É como um sonho... foi tão rápido, eles pediram e já estava quase tudo certo... Não é uma coisa enorme, lógico, nem daria tempo, mas... É tão perfeito.
- É... Perfeito... – concordou boba. Ela ia se casar.
- SEEEEEEEEUS GAAAYS! – Steve, Chris e Danny entraram gritando no apartamento deles e eles tomaram um susto.
- Hey caras! – eles os cumprimentaram.
- Cara, vocês vão casar! – Chris disse abobado e James riu.
- Pois é... – ele disse, e passou a mão no cabelo, nervoso.
- Quem diria... seus vagabundos! – Steve disse, dando um pedala em Dave.
- Ai cara! Foi você mesmo que deu a ideia! – Dave reclamou e eles riram.
- Poxa, vocês vem pro Brasil sem avisar nada, conhecem duas garotas lindas, e ligam para a gente “Oi, vamos nos casar em duas semanas, venham aqui para o Brasil!” – Danny disse zoando.
Eles se sentaram e James mexia nos dedos, nervoso. Dave não estava diferente, mexendo nervosamente a perna.
- Mas foi meio rápido né? Sei lá, nunca vi marcarem um casamento tão depressa. – Steve comentou, olhando pela janela.
- Não dava pra perder tempo, man! – Dave respondeu, dando ombros.
- E os ternos, estão todos aqui? – Chris perguntou, abrindo uma cerveja.
- É, acho que estão... – Dave respondeu, James continuava calado, olhando para o nada.
- James? – Danny chamou o amigo, mexendo com a mão na frente dele.
- Hm?
- Ta ok? Ta meio perdido ai... – Danny disse rindo e James deu um sorriso meio forçado.
- Só estou pensando...
- OOOOOOOOOOOOH JAMES PENSANDO! – Steve levantou e gritou, apontando para o amigo, enquanto todos gargalhavam. – Cadê a câmera, cadê a câmera?!
Todos gargalhavam e James ria, balançando a cabeça.
- Larga mão de ser exagerado Steve! – James disse, mandando dedo. – Eu só estava pensando em como tudo vai mudar. Sei lá, depois de casar, provavelmente não vai ser mais a mesma coisa. Com ela, com a banda, com as fãs... a minha vida toda vai mudar! – ele disse, meio nervoso. – Eu to me sentindo meio estranho, porque eu tenho certeza que é isso que eu quero, mas ao mesmo tempo tenho medo de que dê tudo errado...
Os amigos o encararam em silêncio, e quando alguém ia quebra-lo (o silêncio), bateram na porta.
- AAAAAH ! – chegou gritando no quarto e levou um susto.
- Que foi?! Dave morreu? Cancelaram o casamento? EU QUERO ME CASAR! – surtou e a chacoalhou pelos ombros.
- Não, nada disso! É que... é que... MEUS PAIS ESTÃO LÁ FORA, CONVERSANDO COM O JAMES! – gritou, surtando e respirando rápido. – Respira 1, 2, 3... ai meu Deus!
- Relaxa amiga! Sua mãe já sabia de tudo, seu pai provavelmente também, e poxa, uma hora eles iam se falar, ele vai ser seu marido menina!
respirou fundo algumas vezes e concordou com a cabeça.
- Ok... ok... é, você ta certa... – suspirou.
- Sabe, eu tava pensando num negócio... Na verdade em vários. – disse, se sentando na cama, pensativa. – Primeiro, você já se tocou que vai ter um monte de gente famosa no nosso casamento?
- É mesmo! – arregalou os olhos. – Que chique man, isso que dá casar com cara famoso!
- É... Dave me disse que eles chamaram o McFly, o Matt (Charlie não) e mais umas pessoas meio famosas aí! E tipo, outra coisa que eu tava pensando era isso... Nós vamos casar com caras famosos, acho que nos vamos ser meio famosas também... Sem contar que vamos ter que aturar as fãs. – fez uma careta.
- CAAAAAARA MCFLY NO MEU CASAMENTO, QUE SONHO! Se bem que eu to casando com o James, isso é um sonho também... – disse pensativa. – E quanto às fãs, a gente supera. – ela abanou o ar com as mãos.
- E a última coisa que eu tava pensando... eu adoraria que você fosse madrinha do meu casamento! – disse, emocionada e riu.
- E você do meu! Já vamos estar no altar mesmo, yeaaah! – disse animada e abraçou a amiga, que riu.
- Então você e James são padrinhos do meu casamento e eu e Dave somos do seu! Será que precisamos de mais padrinhos ou um casal só está bom? – disse, confusa.
- Amiga, não acredito que estamos resolvendo isso NO DIA DO CASAMENTO! – disse surtando toda dramática e concordou rindo. – E temos que falar com os meninos!
- Mas como? Eles não podem ver a noiva! As noivas, no caso. – disse, desolada, e deu um pulo, pegando o celular na cômoda.
- Ah, a tecnologia! – ela disse e riu, enquanto ligava para o celular de James.
- Ih, meu celular! – James disse, mas suas mãos estavam sujas de algo não identificado e ele pediu socorro. – Steve, salva eu, atende ai pra mim!
- Ok! – Steve pulou o sofá e caiu sentado nele, atendendo o celular de James sem olhar no visor. – Alo?
- Hm... James? – disse, estranhando a voz do garoto.
- Nah, Steve! Quem é? – ele perguntou, rindo.
- Hm, é a ... posso falar com o Jimmy? – ela respondeu, estranhando.
- ! Claro, claro, vou passar pra ele! – JAMES, CARALHO SUA NOIVA TA NO TELEFOOONE! – Steve berrou e riu do outro lado.
- Dá pra ouvir você daqui do apartamento! – ela disse rindo e James apareceu mandando dedo pra ele, fazendo-o rir mais.
- Ér... ainda bem que não dá pra ver, James acabou de fazer um gesto feio aqui! – riu mais. – Vou passar pra ele, beijo!
- Beijo... – esperou James atender.
- Hey! – ele disse, com um sorriso bobo no rosto.”OLHA O SORRISO IDIOTA DO JAMES QUANDO ELE FALA COM A NOIVA!”. Mandou dedo de novo para Steve, que gargalhou.
- Hey... o que foi isso? – ela perguntou, estranhando.
- Steve. – ele disse apenas e ela riu mais. – Ele está encapetado aqui, está terrível.
- É... eu percebi... – ela riu mais um pouco.
- Então, tem algum problema? E nossos apartamentos são tão distantes, porque você não veio até aqui?
- Não pode ver a noiva antes de entrar, lembra? – ela disse rindo.
- Ah... poxa, só porque eu to curioso para ver como você está... – ele disse, sorrindo feito idiota de novo, e tratando de virar de costas para Steve e Chris, que agora fingiam uma conversa por telefone, frente-a-frente, com caras melosas e etc.
- Vai continuar curioso! – ela disse, dando língua e ele fez bico. – Então, eu e a resolvemos umas coisas de última hora aqui, e tínhamos que falar com vocês, pra ver se vocês estão de acordo...
- Desde que vocês não tenham cancelado o casamento, acho que estamos de acordo sim. – eles riram. – Pera que vou chamar o Dave.
- Ok Jimmy...
- DAVE! – O rapaz apareceu e James o chamou com a mão. Ele se aproximou rapidamente e James voltou a falar no celular, dessa vez no viva-voz. – Pode falar, .
- Hm, eu estou no viva voz? – ela perguntou.
- Aham! – os dois responderam.
- Ah ok, aqui está no viva-voz também. – ela disse rindo. – DAVIIIIIIINHOOO! – Ouviram gritar lá no fundo e riram.
- Ok, o que vocês decidiram de ultima hora? – James perguntou.
- Que queremos ser madrinhas dos casamentos! Eu e você, James, do da e do Dave, e eles do nosso! Já vamos estar no altar mesmo...
- Hm, eu concordo. Se bem que Steve, Danny e Chris vão ser também, com aquelas amigas suas. – James disse, coçando o nariz.
- É mesmo...
- Mas acho que podemos ser sim. Temos que falar com o Padre, eu nunca vi isso de dois casais casarem juntos, e ainda serem padrinhos do outro! – eles riram.
- Ah, Jimmy, eu vi que meus pais foram falar com você, como foi? – perguntou e James sorriu, desligando o viva-voz.
- Foi bom... pelo menos eu estou vivo! – ele disse e riu nervosa.
- Ela estava surtando aqui. – ele ouviu dizendo. – Fica quieta aí. – .
- Imagino... mas foi tudo bem pequena, não se preocupe. – ele disse, novamente sorrindo de forma idiota e olhou para Danny que fez um sinal indicando o relógio. – Pequena, vou terminar de me arrumar, te vejo daqui a pouco...
- Ok James... beijos! E eu te amo! – ela disse, sorrindo boba também.
- Também te amo, minha menina. – desligou o celular e foi terminar de se arrumar.
Eles não iam usar realmente terno, porque as meninas não iam usar roupas compridas e tals, e não era uma coisa tão formal, nem tão normal, já que ia ser na praia e ia ser bem pequeno, nada extravagante.
James colocou uma calça jeans bonita, escura, e uma blusa social branca, de mangas compridas, mas ele as enrolou até o cotovelo. Parecia que ele ia para uma festa de ano novo. Colocou um sapato mais formal e deu uma bagunçada no cabelo, para deixa-lo arrumado. Decidiu por não colocar uma gravata.
Dave não estava muito diferente, uma jeans meio clara, blusa social também branca, mas com mangas curtas e sapato marrom. Passou chapinha no cabelo e o deixou espetado, apenas para garantir. Decidiu por uma gravata, e Danny o ajudou com o nó. A gravata era preta, e ele a ajeitou.
Os meninos respiraram fundo, e Chris entrou correndo no apartamento.
- Caras! É agora.
-É agora. – As meninas disseram para si mesmas, e trocaram um olhar. Sorriram e pegaram seus buquês. O de era feito de hortênsias brancas e azuis claras, com alguns dentes-de-leão no meio, mas as sementes. Já o de era feito de copo-de-leite, a flor que adorava, com alguns enfeites de violetas entre as flores brancas maiores.
Desceram até a praia, e já que não tinha porta, esperaram. Como madrinhas, fariam diferente e não entrariam com os outros padrinhos, já que eram as noivas. Alguém fez sinal para elas irem até lá, e elas andaram com um pouco de dificuldade com os saltos altos.
- Viu? Seria melhor de All Star! – comentou e riu baixinho. A música começou a tocar e elas respiraram fundo, era agora. Elas iam casar. Elas haviam escolhido a música Wonderwall, do Oasis. Os meninos concordaram, porque a música era bonita e tinha um bom ritmo.
entrou primeiro, ao lado de seu pai, e Dave olhou boquiaberto para sua garota. Ela estava maravilhosa. Ele sentiu suas mãos suarem, quando ela sorriu para ele e ele sorriu de volta. pensava em como seu Dave estava lindo, e como ela era sortuda. O pai dela a entregou com um sorriso, e James, que estivera olhando os dois, não reparou que já tinha entrado. Virou-se lentamente, como se esperasse que ela ainda não estivesse ali e assustou-se ao vê-la sorrindo para ele, ao lado de seu pai, linda como nunca ele a vira antes. Seu olhar percorreu cada parte do corpo dela, cada detalhe daquela garota. observava como James estava maravilhado, e sentiu uma felicidade explodir no peito. Ela ia se casar com James Bourne. Ela era a garota mais feliz do mundo, pelo menos naquele momento ninguém poderia tirar essa felicidade. Seu pai a deixou ao lado de James com um sorriso e ele segurou sua mão, apertando de leve.
Os casais viraram para o padre, e e trocaram um olhar rapidamente, sorrindo. O padre pigarreou e começou a falar.
- Estamos aqui reunidos hoje para celebrar a união...
Estava chegando a hora. Os votos. O padre fez as perguntas de sempre (você aceita...?) e eles concordaram, com borboletas no estômago.
- Podem beijar as noivas. – o padre disso e James virou-se para , e Dave para .
James sorriu e inclinou-se, encostando seus lábios nos de , em um beijo leve e calmo. Sentiu os arrepios como se fosse a primeira vez, como se tivessem aberto um mundo novo para ele. Quebraram o beijo no momento em que um vento bateu, fazendo as sementes do dente-de-leão do buquê de voarem. Eles olharam as sementes flutuando e sorriram juntos, voltando a se encarar.
- Minha menina. – ele sussurrou. sorriu e deu-lhe outro beijo.
- Só sua. – sussurrou também, depois de quebrar o beijo.
Dave inclinou-se para e a beijou calmamente, sentindo as borboletas no estômago rapidamente. sentiu a respiração falhar, sentia-se como uma garota ao dar o primeiro beijo, como se não soubesse o que fazer. Quebraram o beijo e um vento passou por eles, e eles viram as sementes de dente-de-leão voarem pelos poucos convidados e uma delas pousar no cabelo de . Dave a tirou com um sorriso e aproveitou para acariciar o rosto de .
- Se eu disser que eu sou o cara mais feliz do mundo nesse momento, tenho que dar todos os créditos a você. – ele contou e ela sorriu, sentindo o coração bater depressa.
- E eu só sou a garota mais feliz do mundo porque tenho você ao meu lado Dave. – ela disse, baixinho também.
- Pra sempre agora, minha pequena. – ele disse e ela suspirou, e ele voltou a beija-la. Ouviram os aplausos e quebraram o beijo, virando para os convidados. Se entreolharam sorridentes e Dave e saíram antes, com James e logo atrás. Dois carros os esperavam na orla, e cada casal entrou em um. e pararam antes de entrar no carro e lançaram os buquês para a multidão que estava atrás deles. Sorriram e acenaram, entrando nos carros.
James estava abraçado com , no banco de trás. O motorista estava indo para o lugar indicado, que era uma surpresa para .
- e Dave vão lá também? – ela perguntou e ele negou.
- Não precisamos viver em poligamia amor, a lua de mel é só nossa. – riu e o beijou lentamente.
Ajeitou-se nos braços dele, depois de quebrar o beijo, e ele a apertou mais.
- Eu não consigo acreditar nisso, sabe. Parece um sonho. – ele comentou, encostando sua testa na dela.
- Eu ainda acho que vou acordar e estar indo para São Paulo... – apertou-se mais a ele e ficaram em silêncio.
Dave e se amassavam no banco de trás, e o motorista evitava olhar por respeito. Dave quebrou o beijo e sorriu.
- Nossa lua de mel vai ser maravilhosa, você vai ver. – ele piscou e sorriu.
- Eu não poderia ter achado marido melhor! – ele sorriu também e a beijou lentamente.
-James falou uma coisa que é verdade... tudo vai mudar agora. Nossa relação com as fãs, nossa vida, Son Of Dork... vai estar tudo diferente. – ele disse, encarando os olhos dela. Ela acariciou o rosto dele e deu-lhe um selinho breve.
- E você está preocupado com isso?
- Se você estiver ao meu lado, nem um pouco. – eles sorriram e voltaram a se beijar.
Epílogo
Alguns anos depois...
Dave recebeu cutucões nas costas e abriu os olhos lentamente, virando-se para ver quem o incomodava. Abriu um sorriso ao ver os dois sorrisos das duas meninas que ele mais amava no mundo.
- Bom dia papai! – Rachel disse, subindo em cima dele e encostando sua cabeça no ombro dele.
-Bom dia, Rach. – virou-se para , que os olhava com um sorriso no rosto. – Bom dia, amor.
- Bom dia querido. – ela inclinou-se e deu um beijo rápido nele.
- Eca! – Rach disse tampando os olhos com as mãozinhas, fazendo Dave e rirem.
- Filha, um dia você vai gostar disso. – Dave disse sério e deu-lhe um tapa fraco.
- Não ensina a menina agora, David! – ela reclamou e ele riu.
- Ta bom amor, desculpa. – ela riu também e encostou-se nele. Rachel pegou uma mecha do cabelo do pai e começou a puxar.
- Ai Rach, não puxa! – ele disse, fazendo careta, e ela riu mostrando a covinha que tinha.
- Ela sempre gostou do seu cabelo. – comentou, pegando a filha no colo e deixando Dave com um bico.
- Você sempre tira ela de mim. – ele falou e ela lançou-lhe um olhar.
- Own, desculpa amor... é mania... – ele sorriu e a beijou levemente.
- Ta ok... mas eu ajudei bastante nessa filha viu. – ele falou e riu.
- Eu sei querido. – levantou-se e pos Rachel no chão. Ela saiu correndo com suas perninhas curtas e sumiu da vista deles, enquanto Dave levantava.
- Qual o motivo de eu ter sido acordado por dois anjos? – ele perguntou, abraçando por trás e beijando seu ombro.
- Anjos hn? – ela riu. – Já está tarde, e a Rachel queria brincar na neve com você. – explicou e Dave soltou-a.
- NEEEVE! – ele falou animado, indo até a janela e afastando a cortina. riu da empolgação dele. – Vou me trocar!
Em alguns segundos ele já tinha separado a roupa e entrado no banheiro.
- Papai, quero ver o Marty, tio James e tia ! – Rach disse, enquanto o pai desenhava com o dedo na neve.
- Vamos ver, ta amor? – ele perguntou, se deitando de barriga pra baixo e observando seu desenho.
- O que é isso? – a garotinha perguntou, virando a cabeça para tentar enxergar o desenho.
- Como o que é isso? É uma casa Rachel! – ele disse, indignado.
- Não parece uma casa... – ela disse, arqueando as sombrancelhas e ficando com uma expressão idêntica a de quando duvidava de algo de Dave. Ele bufou e apagou, desenhando de novo.
- Olha! Agora parece!
- Parece um camelo. – a menina disse e Dave escancarou a boca.
- Um camelo!? Como que uma casa parece um camelo, e como uma garota de quatro anos sabe o que é um camelo?! – ele perguntou, mais pra si mesmo. Rachel riu e sentou no colo do pai, apagando o desenho dele e começando a desenhar uma casa. Dave se assustava como a filha era inteligente, com apenas quatro anos de idade. Ela falava bem mais que Marty, mas talvez os meninos fossem mais lerdos mesmo. Talvez, não. Com certeza. Filho do James então?
- Viu? Agora parece uma casa! – ela disse e Dave olhou o desenho da filha.
- É... realmente parece uma casa! – ele disse orgulhoso, beijando a bochecha dela. – Você tem que me ensinar a desenhar, Rach.
- Não devia ser o contrário? – ela perguntou, sorrindo e cruzando os braços e ele suspirou.
- Ué, quem mandou ter um pai que não sabe desenhar? – ela riu e abraçou Dave, beijando sua bochecha e fazendo-o sorrir bobo.
- Amo você papai! – ela disse, voltando a parecer uma criança na opinião de Dave e fazendo-o sentir o efeito daquelas palavras percorrerem seu corpo numa sensação que só havia sentido antes quando a primeira palavra da filha foi ‘papai’.
- Eu também amo você demais, filha. Não se esquece nunca disso, ta? – ela concordou e ele beijou a bochecha dela.
- Vem amor! – Dave chamava do lado de fora da casa, deitado na neve e totalmente coberto da mesma. Rachel tentava fazer um anjo balançando os braços.
- Já vou, alguém tem que fazer o almoço né? – replicou da cozinha. Dave levantou-se e limpou a neve que o cobria.
- Rach, já venho. – avisou a filha, que o ignorou, levantando-se e o seguindo.
Dave entrou na cozinha e admirou a esposa de costas, mexendo no fogão. Rachel chegou silenciosa também, se aproximando e segurando a mão do pai. Eles entraram na cozinha silenciosamente e , que cantava alguma música baixinho, não percebeu a presença deles.
Dave fez um gesto para a filha indicando três dedos, ou seja, no três. A garota entendeu de alguma forma e assim que os três dedos do pai estavam levantados, pulou na mãe ao mesmo tempo que Dave a abraçava.
- AAAAAAH! – levou um susto por ter sido agarrada inesperadamente por coisas geladas e eles riram, enquanto ela punha a mão sobre o coração.
- Vem logo, mamãe! – Dave falou rindo e a abraçando novamente. Ela balançou a cabeça negativamente e ficou na ponta dos pés, dando um selinho rápido em Dave.
- Vocês quase me mataram do coração, pestinhas. – Rachel riu e Dave sorriu ao ver que o sorriso da filha era igualzinho ao da mãe.
- Vem mamãe! – Rachel segurou a mão de e tentou puxa-la, em vão.
- Já vou querida, vai lá brincando, ta? – a garotinha concordou e voltou correndo pro quintal.
- Por que não ligamos para James e virem para cá? – Dave disse, tentando desviar o assunto, sabendo que ia sobrar pra ele.
- Não mude de assunto, senhor. – disse ameaçadora e Dave deu um sorriso amarelo. – Você esta colocando minha filha contra mim, Williams!
- Você também é Williams, bobinha! – ele disse rindo e ela fez bico. – To nada, to tentando fazer você interagir com ela, ao invés de se trancar na cozinha e não vir brincar com a gente!
- Ah Dave, mas eu preciso fazer o almoço! –ela disse, aceitando o abraço dele e encostando a cabeça no ombro dele.
- Agora não, amor, pode ser mais tarde. Vem brincar com a gente. – ele disse sorrindo e beijando o topo da cabeça dela.
- Tudo bem, eu já vou... só vou ligar para e James e aí já vou lá, ta bem? – ela disse sorrindo e ele sorriu também.
- Ta ótimo! – ele concordou e beijou-a rapidamente. Afastou-se e saiu correndo atrás da filha.
discou o numero da amiga e falou rapidamente com ela. Assim que desligou, saiu em passos lentos até o quintal.
O lugar estava totalmente branco e o único movimento que havia era Dave e Rachel atirando bolas de neve. Dave reparou que estava parada distraída observando a filha brincar, então pegou uma bola de neve e atirou na esposa.
- OUTCH DAVID WILLIAMS! – Ela gritou rindo e ele saiu correndo, com ela atrás segurando uma bola enorme de neve.
- AAAAAAH A SRA. WILLIAMS PIROOOU! – Dave disse rindo e tacou a bola, acertando a cabeça de Dave, que se desequilibrou e caiu no chão de barriga pra cima. , que estava rápida demais para parar, tropeçou em Dave e caiu em cima dele.
- OOOUTCH! – Os dois disseram ao mesmo tempo, caindo na risada depois.
- Já vi essa cena antes! – Dave disse e voltou a rir. Se ajeitou em cima dele, mas antes que pudesse responder, Rachel pulou em cima dos dois.
- AEEEEEE! – a garotinha gritou animada e Dave e gargalharam.
- Eu to morreeeeeeeeeendo! – Dave disse e Rachel saiu de cima dele, logo depois .
- Papa, você não vai morrer né? – a menina disse com os olhos cheios de lágrimas, pulando em cima do pai e o abraçando. reprovou-o com o olhar e Dave abriu a boca, injustiçado.
- Não filha, é só que a mamãe ta gorda e – uma bola lançada por atingida na cara de Dave o impediu de continuar. Rachel riu batendo palmas enquanto Dave cuspia uma quantidade de neve e ria ao mesmo tempo que tentava ficar brava.
- Repete isso, David Williams. – ela disse, com outra bola de neve na mão, totalmente ameaçadora e Dave se encolheu.
- Mentira amor, você sabe que é a mamãe mais linda do mundo todo. – ele disse sorrindo e tentando piscar encantadoramente.
- Sei sei... – ela tacou a bola de neve nele de qualquer jeito e riu, virando-se. -Vou terminar o almoço. – avisou, enquanto Dave balançava a cabeça para tirar a neve do cabelo e fazia a filha rir com isso.
- Chata ela né?! – Dave disse baixinho pra Rachel, que tampou a boca com as mãozinhas para abafar o riso.
- EU OUVI ISSO! – ele voltou a rir e continuou a brincar com a filha na neve.
Na outra casa...
chegou na sala e encontrou James largado no sofá, com Marty brincando no tapete. James olhou para ela e sorriu, esticando a mão para ela, que sorriu também e segurou a mão dele, sentando no seu colo.
- Faz tempo que você não senta no meu colo. – ele comentou achando graça. sorriu.
- Agora tem alguém ocupando ele sempre né? – ela disse rindo e Marty levantou, indo em direção a eles.
- Mãe, hoje tem neve! – ele apontou pra fora e passou a mão nos cabelos loiros do filho. Ele sorriu travesso e segurou a mão da mãe, puxando-a até a janela. James fez bico por nem ter aproveitado a garota em seu colo e riu.
- É mesmo! – ela disse, afastando a cortina. Marty subiu na cadeira que tinha ali perto e colou o rosto no vidro. James chegou na janela também e abraçou por trás, dando um beijo na bochecha dela. – Incrível como eu ainda fico maravilhada com a neve... tantos anos já...
- Eu gosto de neve também... – ele comentou, baixinho, e Marty ria embaçando o vidro e fazendo desenhos confusos.
- Pa, depois a gente pode ir no tio Dave? – Marty pediu, virando-se para os dois.
- Acho que sim, temos que ver como estão as coisas por lá, se não tem problema. – James disse, encostando a bochecha na cabeça de .
Marty sorriu, mostrando os dentinhos pequenos. James soltou e pegou o filho no colo, levantando-o e rodando pela sala, fazendo barulho de avião. O garoto gargalhou e riu, sentando-se na cadeira. James parou de rodar, tonto, e encostou no sofá.
- Di novo pai, di novo! – Marty pulava abraçado a ele e James riu, beijando a bochecha dele.
- Chega! Eu to tonto já! – riu e levantou-se, indo até os dois.
- Marty, você já tomou café? – ela perguntou, e James disfarçou, olhando para os lados. – James?
- Aaah... eu tava esperando você acordar, todos esses anos e eu não sei fazer um café-da-manhã que preste pro nosso filho. – ele desculpou-se, com um sorriso tímido, e riu.
- Ok ok... vem, vamos lá.
Os três foram para a cozinha e entrou primeiro, parando ao ver a mesa pronta com um café-da-manhã preparado. Arqueou as sombrancelhas e sentiu James abraça-la.
- Você acha realmente que eu sou um marido tão desnaturado assim? – ele sussurrou em seu ouvido, dando um beijo em sua bochecha. sorriu fraco e olhou para aqueles olhos que tanto amava.
- Own Jimmy... – ele deu-lhe um selinho e ela abriu mais o sorriso. – Obrigada amor.
Ele sorriu e ela sentou-se, com Marty no colo. James sentou-se ao lado dela e fez caretas para Marty, que gargalhava.
- Eu tive um sonho diferente hoje... – James comentou. arqueou as sombrancelhas, abaixando a xícara.
- Por que diferente? Toda noite você sonha a mesma coisa? –ela zoou ele e ele mandou língua pra ela. Tantos anos haviam se passado e eles ainda agiam como crianças.
- Diferente porque é uma coisa que eu nunca sonhei antes, esperta! – voltou a rir e James sorriu. Ele amava aquela risada dela. Marty se lambuzava com um pouco de geléia e se divertia sozinho.
- Ok ok... e o que você sonhou? – ela perguntou, sentando-se melhor e ajeitando Marty no colo. James corou e encarou as mãos.
- Eu meio que sonhei com nós dois, quando a gente se reencontrou em Copacabana. Só que nós éramos iguais aos Simpsons. Foi meio um flashback de quando a gente brigou, que eu fiz a paródia de Losing You e fui atrás de você na rodoviária... – sorriu fraco e apertou a mão dele de leve. James voltou a olha-la e sorriu também.
- Que sonho criativo. – ela disse e ele fez bico, fazendo-a rir. – É sério! Eu era bonita em Simpsons?
- Você seria linda de qualquer jeito . – ele disse e ela corou um pouco. – Argh Marty, você está todo sujo! – James disse, reparando no filho, que sujara toda a cara e gargalhava.
- Ah meu Deus... – disse, rindo também, e James pegou o garoto no colo, o sentando na bancada da pia e lavando seu rosto. O telefone tocou e levantou-se para atender, enquanto James dizia coisas engraçadas para Marty, fazendo-o rir mais e mais.
- Alo?
- ? – ouviu a voz da amiga e sorriu.
- Hey ! Tudo bem? – voltou a se sentar e James sorriu para ela, mexendo os lábios e dizendo para mandar um oi pra Dave. – James está mandando um oi para o Dave...
- Aaah, Dave nem está aqui pra retribuir, está lá no quintal brincando na neve desde que acordou, daqui a pouco vai se misturar a ela. – elas riram. – Mas então, Rach está louca para ver Marty, vocês poderiam vir aqui?
- Íamos ver isso com vocês hoje, Marty está louco para brincar na neve com a Rachel. – Marty, ao ouvir seu nome, deu um sorriso enorme para a mãe.
- Venham almoçar aqui então. – propôs.
- Ta ok, daqui a uma meia hora estamos saindo. – disse com um sorriso. Despediram-se e desligou o telefone.
- Marty, vamos nos arrumar para ir encontrar a Rach? – ela perguntou e ele deu um gritinho feliz e saiu do colo do pai, subindo as escadas correndo.
James sorriu pra e novamente a puxou para o colo. Deu-lhe uns selinhos e deixou a cabeça encostada no ombro dela.
- Vamos dar um tempo até que ele repare que não estamos indo atrás dele. – James propôs e riu.
- Eu sei que é clichê falar isso, mas ele ta crescendo rápido... – disse e James suspirou.
- É... se me falassem alguns anos atrás que eu ia casar com uma garota maravilhosa e ter um filho lindo, eu nunca teria acreditado. – ele disse e sorriu, beijando-lhe calmamente.
- E você acha que eu teria acreditado que James Bourne um dia ia casar, e que ia ser comigo? – ela perguntou, arqueando as sombrancelhas e ele riu.
- É... sei lá. – ele disse sorrindo. ia falar alguma coisa, mas um gritinho agudo a interrompeu.
- PAAAAAAAAAAIÊÊÊ! – eles se entreolharam e riram.
- Esse meu filho viu... – James disse balançando a cabeça e riu.
- E ele só chama você. – ela fez bico e James gargalhou, levantando-se e puxando-a para cima.
- Eu sou o favorito! – ele deu língua e aumentou o bico, fazendo-o rir mais.
- MAAAAAAAAAAAAAAAAAANHÊÊÊÊ! – Eles se entreolharam e James fez bico agora, enquanto ria.
- O meu grito foi mais longo, eu sou a favorita! – disse orgulhosa e James fez cara triste.
- E eu vou ser o favorito de quem? – apertou as bochechas dele e deu-lhe um selinho.
- Own amor, você sabe que você é meu favorito sempre. – ela sussurrou e James sorriu bobo, passando o braço pela cintura dela e a trazendo mais perto.
- Porque eu ainda fico bobo quando você diz essas coisas? – ela riu e não respondeu, apenas encostou seus lábios.
Iniciaram um beijo caloroso e James a encostou na parede, passando a mão pelo corpo da esposa.
- ECA! – Ouviram um gritinho e se separaram assustados, olhando para Marty. Ele estava parado na porta, tampando os olhos. Os dois riram e James apertou um pouco mais a cintura de .
- A gente continua isso hoje à noite... – ele sussurrou e piscou. Ela sorriu e deu-lhe um selinho.
- RAAAAAACH – Marty chegou correndo, enquanto e James entravam pelo portão de mãos dadas. Rachel levantou-se e foi ao encontro de Marty, enquanto aparecia trazendo uma panela na mão.
- Hey gente! – ela os cumprimentou com um beijo na bochecha. – Vamos almoçar aqui fora hoje, o dia está bonito.
- Está nevando, . – disse séria e a amiga abanou o ar com a mão.
- Detalhes. – eles riram e Dave apareceu coberto de neve.
- Hey pessoas! – ele cumprimentou James com um aperto de mão e com um beijo na bochecha. – Estão bem?
- Sim sim, e aqui? – James perguntou, enquanto ajudava a arrumar a mesa.
- Ah, numa boa também. – Dave disse sorrindo. Aproximaram-se de e e olharam as crianças brincarem.
- Nossa , Marty está cada vez mais parecido com James... – comentando, vendo o menino brincar e sorrir igual ao pai.
- Sinto muito. – Dave disse, se aproximando de e colocando uma mão em seu ombro, fazendo uma cara de consolo e as garotas gargalharam, enquanto James dava um pedala nele.
Passaram mais um tempo conversando e brincando, até que anunciou que o almoço estava pronto.
- Paiê, quéio suco! – Marty disse, apontando o copo. James rolou os olhos.
- Fala direito: quero. – falou paciente, e Marty segurou o copo.
- Suuuco! – Marty disse choramingando e James bufou.
- Ta ta... mas tem que falar direito. – ele disse, colocando suco para o filho. (n/a: James mima o filho USHAUSHAUSA)
- Não , eu estava correndo atrás de você para acertar uma bola de neve! – disse rindo e gargalhou.
- É mesmo! Aí eu caí em cima do Dave... – ela comentou e Dave fez bico.
- Sempre né? adora cair em cima de mim. Hoje então...
As garotas riram e Rachel esticou os braços para Dave, que a pegou no colo. Ela começou a brincar com o cabelo de Dave, que às vezes fazia umas caretas, quando ela puxava muito forte.
- Rach, você vai me deixar careca assim! – ele reclamou, quando ela puxou e alguns fios saíram em sua mãozinha fechada. Ela gargalhou e abraçou o pai pelo pescoço.
Depois que todos almoçaram, as crianças encostaram-se aos pais para descansar.
- Acho que tem alguém cansado aqui... – James disse meio baixo para , indicando Marty com a cabeça, que já estava praticamente adormecido ali. acariciou os cabelos do filho e pegou-o do colo do pai.
- , tem algum lugar que nós possamos deixar ele? – perguntou baixinho e concordou, levantando-se com Rachel no colo.
- Vamos deixa-los no quarto da Rach. – concordou e Marty suspirou em seu colo.
- Mam, quero nana... – ele disse, esfregando os olhos.
- Ok filho...
- Manhe... Marty vai dormir comigo? – Rachel perguntou bocejando. riu.
- Vai filha... mas não se preocupe, ele não é tão parecido com o James assim. – deu língua e riu mais.
Deixaram as crianças no quarto e voltaram para junto dos meninos que riam de alguma coisa.
- Ele dormiu? – James perguntou, puxando para o colo. Ela concordou e deu um selinho nele, encostando a cabeça no ombro dele.
- Rachel perguntou se Marty ia dormir com ela. – riu. – Tava toda preocupada.
- Mentira, que foi você que a induziu a ficar com medo! – disse rindo e riu mais.
- Nossa, eles só têm quatro anos, qual é! – James disse rindo e sorriu.
- Gente, vamos fazer uma competição de bonecos de neve? – Dave disse, olhando a neve. Eles riram e se dividiram nas duplas de sempre, começando a montar os bonecos de neve. Depois de algum tempo, Rachel e Marty apareceram, sonolentos e bocejando, na porta da casa.
- Rachel! – Dave disse, animado, levantando-se da neve e indo buscar a filha. Marty veio andando até James, que o abraçou e ajeitou-o no colo.
- Boneco! – ele disse, apontando o boneco que terminava de ajeitar.
- Vamos chamar alguém para julgar qual é o mais bonito? – propôs, pegando Rachel no colo e deixando Dave com um bico.
- Pode ser... pera aí. – James disse, deixando Marty no colo da mãe e correndo até a rua. Dave foi atrás para garantir que o amigo não trapacearia. Alguns minutos depois, voltaram com um senhor sorridente.
- Ele concordou em julgar o boneco de neve dos nossos filhos! – James disse, piscando e todos abafaram o riso.
- Mas seus filhos são verdadeiros artistas! – o senhor comentou espantado, olhando para as duas crianças, que riam mexendo na neve.
- Hm, vamos admitir que nós nos empolgamos um pouco ajudando... – Dave disse e o senhor sorriu.
- Acho que aquele ali está mais bonito. – ele apontou para o de James e , que segurou o riso ao ver a cara indignada de Dave e . – Esse outro está vesgo. – ele comentou rindo e acenou, voltando para a rua.
Assim que ele saiu, explodiu em gargalhadas, e James a acompanhou. Dave e continuavam com caras indignadas e Rachel riu deles.
- Até nossa filha ri da gente, olha só Dai! – disse, rindo agora. Dave balançou a cabeça negativamente.
- Nós somos uma negação com bonecos de neve, fala sério! – ele comentou. Rachel riu do pai e subiu em seu colo, abraçando-o.
- Pelo menos somos melhores em briga de galo. – disse recordando e James e ficaram com bico, enquanto Dave e riam da cara deles. As crianças, que nada sabiam desse passado condenoso, apenas riam das caras dos pais.
- Falei que eles iam se gabar pro resto da vida? – James murmurou pra , que riu, encostando a cabeça no peito de James, com Marty no colo e Dave abraçou de lado, enquanto segurava Rachel com o outro braço.
As duas famílias continuaram brincando e se divertindo pelo resto do dia.
Quando , James e Marty foram embora, sentou-se no colo de Dave, enquanto Rachel dormia na poltrona.
- É engraçado, não é? Apenas por causa de um feriado em Copacabana, todos nós encontramos nosso ‘Felizes para sempre’... – comentou e Dave sorriu.
- O melhor feriado da minha vida! – ele comentou sorrindo. Inclinou-se e beijou os lábios da esposa com fervor.
Já em casa, James colocou Marty na cama e o observava com um sorriso. Apagou a luz e os dois saíram silenciosamente do quarto do filho, indo até o próprio de mãos dadas. Trocaram-se e fizeram a higiene. James deitou, esperando , e quando esta chegou, abriu os braços e ela se aninhou neles. retirou a aliança rapidamente, para reler as palavras gravadas nela pela milésima vez. “My princess, my angel, my life. Forever us ?”.
- Sabe Jimmy, eu tava pensando hoje... acho que nunca te agradeci realmente. – ela disse, recolocando a aliança e olhando nos olhos que tanto amava. Ele a olhou confuso.
- Agradecer pelo que?
- Por ter arranjando um jeito para o feriado durar para sempre...
Fim.
n/a:
WEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE Acaboooooooooooooooou \õ/
Sério gente, precisava acabar essa fic, terminei ela há uns séculos atrás e só fazia n/a e mandava IUHASDIUSHDSIAU
Enfim, eu gostaria de dedicar o fim à Thais, que começou a escrever comigo mas me deixou fazendo sozinha, bem, ela casou e teve filho com o Dave, espero que tenha gostado! Kkkk’
Sem muito o que falar, obrigada se acompanhou desde o começo, obrigada por estar lendo isso agora (ou não) e espero que tenham gostado da fic :B
Não esqueçam de comentar, por favor ;*
.
Beijos beijos,
Anne
Em andamento:
Just Like a Dream (Outros)
O Melhor amigo Dela (Restrita)
She’s Not There (All Time Low)
HOTMail (McFly)
Nights In The Camp II (McFLY)
Finalizadas:
I Was Dreaming So Much (McFly - Jones)
Another Memory Lane Story (McFly)
Wonderland e 'Wonderlindos' (McFly - Poynter)
Nights In The Camp (McFly)
Por Tras De Room On 3rd Floor (McFly)
Post Scriptum (McFly)
Arco-íris Decadente (McFly)
She Was Dreaming So Much (McFly)
Cachinhos e os Três McGuys (McFly)
Loira de Neve e o Anão Solitário (McFly)
So Real (Outros)
Snow Globe (All Time Low)
Defying Gravity (McFLY)
Holiday in Copacabana (Son Of Dork) Hiatus:
My Sweet Fifteen (McFly)
Links:
Orkut
Uma comu (NITC)
Outra comu (da autora rs)
Mais uma comu (NITC2)
Follow me
Tumblr
MSN/E-mail
Forsmpring.me
James Bourne Brasil
Lunablu Rock
Follow JamesBournebr
Follow Lunablu_rock
Blog