- Hey! Achei um caso! – disse voltando com um jornal em mãos e uma xícara de café. Sentou-se à mesa, espalhando o jornal em cima desta e cobrindo a torta de .
- Tem certeza que é um caso? – perguntou fuzilando-a com os olhos e colocando sua torta em cima do jornal.
- Minha filha, eu conheço meus bichinhos. – respondeu piscando. – “Adolescente morre em situação misteriosa após visitar uma sala supostamente assombrada na escola com amigos”. Supostamente.
- É aqui perto? – perguntou com a boca cheia de torta.
- Sim, minha querida esfomeada. Alguns quilômetros e chegamos lá. – Ela respondeu sorrindo e se apoiando na mesa. – O que acha?
- Melhor do que ficar vagando e tentando ganhar dinheiro com pôquer. – A irmã respondeu dando de ombros. – Só quero acabar minha torta, posso?
- Pode. Vou buscar o carro. – respondeu se levantando da mesa e tirando algumas notas do bolso da calça. Passou no caixa e sabia que teria que pagar o resto.
saiu, esperando o carro. Do nada, surgiu um Oldsmobile Ninety Eight de 1976 na rua. Preto. Era o carro delas. Quando parou, ela entrou com o jornal em mãos e um mapa.
- Então... Vamos ter que pegar a primeira à direita e saímos na estrada, ok? – Ela perguntou enquanto a irmã colocava algum CD para tocar.
- Ok. Acabou se convencendo de que eu ainda sei como identificar um caso? – perguntou por cima da guitarra que tinha começado a tocar.
- Sim. Mas agora realmente prefiro ouvir Kiss a você. – respondeu rindo e as duas começaram a cantar.
- Dean... Dean... – Sam chamava, mas, ao que parecia, Dean babava em cima da mesa por causa de uma minissaia bem na sua frente. – Dean, caramba!
- Que foi? – Dean perguntou realmente incomodado. Não podia mais babar por uma mulher, não?
- Eu estava falando sobre um provável caso...? – Sam perguntou tentando fazer o irmão se lembrar. Dean fez cara de quem se lembrou. – Então. É aqui perto. Aparentemente estão tendo diversos casos suspeitos em uma escola... Já são três alunos mortos...
Sam analisava o jornal e nem se deu conta que Dean voltou a, literalmente, encarar a saia da mulher. Finalmente quando olhou para o irmão, viu que ele estava piscando para a moça, com aquele sorriso convencido no rosto. Sam suspirou.
- Dean! Preciso colocar uma viseira em você?! – Ele perguntou irritado e Dean fez a clássica cara de “não entendi”.
- O que diabos é uma viseira?! – Ele perguntou de volta comendo mais um pedaço, gigante, diga-se de passagem, da sua torta.
- Esquece... Vamos? – Sam disse já cheio daquela situação. – Ou vou precisar te arrastar pra fora?
- Já vou...
- Eu posso pegar o carro...
- Você fica longe do carro. – Dean disse agarrando as chaves que estavam em cima da mesa. Acabou de comer a torta. – Vamos.
Entraram no Impala e Dean colocou uma das músicas que sempre ouvia, como sempre Led Zeppelin. Cantava enquanto entravam na estrada e Sam ficava com o mapa descobrindo que ruas teriam que pegar.
- Direita... – Sam disse e Dean passou. Ficou sem entender. – Ei! Dean! Era pra entrar à direita, não me ouviu?!
- Você não fala direito! – Dean reclamou freando e virando o volante para fazer o retorno. – Dá próxima vez fala mais alto!
- Você não vai mesmo fazer o retorno no meio da rua, não é? – Sam perguntou, mas o irmão o ignorou e começou a fazer o retorno. Sam suspirou.
- Pega a esquerda. – disse analisando o mapa. – Vai ter que cortar a estrada que vem.
- Não tem problema, eu dou um jeito. – respondeu dirigindo calmamente. Quando chegaram à rua, tinha um Impala fazendo o retorno na frente delas e quase bateram o carro. – Mas o quê...?!
- AAAAI! Por que você brecou desse jeito?! – perguntou se segurando no painel.
- Esse idiota ta invadindo a pista! – disse irritada e buzinando loucamente para o idiota do Impala sair da frente. – Não podia fazer o retorno lá atrás, não?!
- Eu disse! – Sam falou ao ver que um Ninety Eight quase bateu neles.
- Não podia fazer o retorno lá atrás, não?! – Eles ouviram a mulher do carro gritando.
- Só uma mulher pra dirigir mal desse jeito e quase bater! – Dean gritou e voltou a fazer seu retorno, finalmente entrando na pista que queria.
Ia acelerar para entrar à esquerda – que anteriormente era a bendita direita de Sam – mas o Ninety Eight emparelhou com eles e tinha os vidros abaixados, além de um rock bem alto.
- Só um estúpido que nem você para fazer uma barbeiragem dessas com um Impala! – A motorista gritou de volta.
Sam olhou para a passageira daquele carro, cheia de mapas que nem ele. Murmurou um pedido de desculpas e ela sorriu de volta, murmurando desculpas também. O carro acelerou e elas entraram antes na estradinha que queriam, cantando os pneus.
- Mulher grossa... Eu vou...! – Dean estava cuspindo fogo. Não ia ser xingado numa estrada por uma mulher. Ela disse que ele era indigno de dirigir um Impala!
- Não vai nada. – Sam disse segurando o braço de Dean, antes que o irmão pudesse fazer qualquer besteira. – Elas pediram desculpas, eu pedi desculpas, está todo mundo feliz. Só dirija agora, por favor.
- O cara tava fazendo besteira e ainda vem falar que eu dirijo mal?! – perguntou logo que entraram na estradinha.
- Eles pediram desculpas, . – disse rindo da irritação da irmã. – E eu também pedi. Mais para ser diplomática, por que tava com vontade de xingar também.
- Você guardou o rosto deles? Placa do carro? – perguntou ainda em fúria. a olhou censurando.
- Você não vai estragar um Impala daqueles. É contra as leis divinas. – Ela respondeu, fazendo a irmã rir pela primeira vez desde a discussão. – Se bem que roubar não seria uma má idéia.
- Bom... Eu não esqueço um carro daqueles. – disse dando de ombros, finalmente relaxada. – Se eles estiverem na mesma cidade, vai ser fácil. E tomara que sofram, por que não são dignos de um Impala.
Chegaram à cidade. indicou um hotel barato no mapa e para lá seguiram. Ao chegarem, alugaram um quarto e jogaram as malas embaixo das camas. Lá estavam suas roupas, armas e computadores. As duas se jogaram na cama.
- De volta à escola? – perguntou com um sorriso enorme no rosto.
- Eu odiava a escola... – respondeu balançando a cabeça. – FBI?
- Acho que é o melhor disfarce. – disse bocejando. – Os distintivos estão na minha mala. Quais nomes?
só olhou para a irmã e elas começaram a rir. Levantaram-se e foram se trocar para se passarem por agentes do FBI.
Dean e Sam ficaram no hotel mais próximo, sem saber onde elas estavam. E só lembravam-se do carro das moças, não conseguiam se lembrar do rosto. Sabiam que um Ninety Eight não passaria tão despercebido na cidade.
- Acho melhor darmos uma olhada na escola, não? – Sam perguntou e Dean jogou um dos vários distintivos para ele. – FBI?
- É... Acho que a NSA ou a CIA seria muito exagero para uma escola, não? – Dean perguntou de volta, procurando seu terno. Sam rolou os olhos.
- Estou com os ternos, Dean. – Ele disse pegando as roupas e jogando em cima do irmão. – E eu sei que você está olhando insistentemente lá fora para ver se acha o Ninety Eight de hoje de manhã. O que você pretende fazer quando achar?
- Não quero riscar um carro bonito daqueles... Que tal um carro só para você, hein Sammy? – Ele perguntou com um sorriso radiante no rosto. Sam olhava incrédulo.
- Você quer roubar o carro? – Ele perguntou só para confirmar e Dean fez que sim com a cabeça, como se não visse problema. – Ta doido? Só porque discutiu na estrada?
- Não foi só uma discussão. – Dean explicou. – É questão de honra agora. Se eu não sou digno de dirigir meu Impala, elas não são dignas daquele carro. – Sam continuou encarando-o sem acreditar. – Ah, Sammy, já fizemos pior do que roubar um carro! Animação, cara!
Sam só balançou a cabeça e virou as costas, trancando-se no banheiro e deixando Dean com aquela cara de bobo feliz no meio do quarto. Dean deu de ombros e começou a se trocar, checando a rua toda vez que ouvia um carro antigo se aproximar.
Capítulo 2 – So, Never Judge a Book By Its Cover
e chegaram à escola. Estacionaram mais longe para que não reclamassem do carro, como sempre faziam. Prepararam os distintivos e as armas e entraram no lugar. Estavam com uma calça preta, sapato de salto também preto e usava uma camisa azul enquanto usava uma camisa vermelha. Avistaram uma coordenadora e se aproximaram.
- Com licença, somos do FBI e estamos aqui para investigar...
- Mais agentes? – A mulher cortou . Estava um tanto surpresa. – É a primeira vez que vejo tantos investigadores em um caso!
As moças engoliram em seco.
- Na verdade gostamos de ter a visão de dois departamentos diferentes para conseguir uma investigação mais objetiva. – disse sorrindo e a mulher sorriu de volta. – Podemos nos encontrar com a diretora?
- Sim, claro... Ela acabou de levar os outros dois agentes para o local do último crime, assustador... – A mulher disse e não parou de falar até chegarem à bendita sala.
Quando chegaram, a diretora - uma mulher magra e com o cabelo grisalho - estava parada à porta de uma sala de aula junto com o vice diretor, observando dois agentes fazendo seu trabalho.
- Esperem aqui, por favor. – A mulher pediu e foi até a diretora explicar o caso.
- E agora? – perguntou preocupada. – O que fazemos com esses agentes?
- Vamos agir o mais natural possível. – respondeu respirando fundo e checando o distintivo. – Se soubermos enganar direito, nem vão checar com os chefes.
- Ou seja, hora de jogar um pouco de charme. – disse abrindo um botão da camisa, fazendo a irmã rir.
- Podem entrar, agentes. – A diretora disse dando passagem para elas.
Quando ouviram isso, Dean e Sam se entreolharam. Agora sim tinham problemas: agentes verdadeiras do FBI enquanto eles estavam fingindo ser de lá.
- Hora de enganar direito, viu Sam? – Dean perguntou e Sam só olhou para ele com cara de óbvio.
Quando viram as moças entrando na sala, ficaram realmente impressionados. Eram muito bonitas, com passos firmes e duros. Pensaram imediatamente que eram aquelas agentes boas de briga.
- Agente Currie. – mostrou o distintivo.
- Agente Jett. – fez o mesmo. A diretora acenou com a cabeça. Elas foram em direção a eles.
- Currie e Jett... – Dean comentou consigo mesmo, pensativo. Já tinha ouvido aqueles nomes juntos em algum lugar.
- Bom dia, agentes. – Sam disse sorrindo ao vê-las se aproximando. – Agente Plant.
- Agente Page. – Dean disse logo em seguida e os dois mostraram os distintivos.
- Nós somos da BAU. Fomos enviadas para termos uma visão mais ampla dos assassinatos. – disse em seguida. Eles ficaram completamente perdidos.
- Estudamos vários campos para chegar ao assassino. – traduziu e eles fizeram que entenderam, mas não tinham idéia do que era BAU.
- Já tinham visto isso antes, agentes? – Dean perguntou começando a andar pela sala.
- Difícil de acreditar que seja somente um assassino, por ter M.Os diferentes. – respondeu e Sam olhou para ela quase com um sorriso no rosto. Estava extremamente surpreso.
- Diferentes M.Os sugeriria assassinos diferentes. – Ele disse finalmente achando que o que estudara para Direito tinha servido para alguma coisa.
- Ou personalidades. – Ela concluiu piscando para ele. Dean ficou encarando o irmão com uma cara de “como raios você sabe disso?”
Elas estavam querendo fugir. Era a primeira vez que usava seus conhecimentos em Direito e alguém correspondia. O que dizia que eles eram agentes de verdade.
- Foi encontrada alguma evidência física? – perguntou observando a sala. Estava com o EMF em seu bolso e nada dele apitar.
- Nenhuma. – Dean respondeu. – Somente o corpo.
- Então só nos resta a evidência psicológica. – respondeu dando de ombros e começando a andar pela sala. Teria que fingir que era uma agente de verdade enquanto procurava por vestígios sobrenaturais.
- O que seria isso? – Sam perguntou seguindo-a pela sala. Que ótimo. Agora ela teria que explicar algo que ela nem fazia.
- Na nossa divisão, BAU, investigamos a partir de comportamentos. Fomos enviadas, pois nossa equipe quer um parecer se isso é ou não o trabalho de um serial killer. – Ela explicou da maneira mais profissional que podia.
- Mas se são provas subjetivas como o comportamento, como vocês as encontram? – Sam perguntou realmente curioso. Estava fascinado. Esperava não estar perguntando demais e ela perceber que eles não eram agentes. Dean tinha que ficar encarregado de descobrir sinais sobrenaturais.
- Bom... Já que o assassino não definiu seu M.O, se ele for mesmo um serial killer, isso nos diz que ele está indeciso e seu método de matar ainda não foi definido. Quando o definir, começará a ficar mais eficiente e evoluirá mais rápido. – Ela explicou como se fosse a coisa mais simples do mundo. Sam tomava cuidado para não ficar boquiaberto. – E também que ele gosta de doces.
- O quê? – Ele perguntou acordando de seus devaneios. Não era possível ela ser tão boa a ponto de prever algo como aquilo a partir de uma olhada no caso!
- A não ser que alguém mais tenha entrado aqui e jogado um papel de doce no chão. – Ela disse apontando. Dean e vieram quase correndo. – Acho que é trabalho de vocês recolher evidências físicas.
- Claro. – Dean respondeu como se fosse óbvio e equilibrou o papel em uma caneta que tirou do bolso. – Acho que podemos achar DNA a partir disso aqui.
- Antes... Podemos analisar o papel? – pediu e Dean fez que sim com a cabeça, entregando a caneta para ela. Não negaria nada a uma agente federal.
As duas foram até a mesa do professor na frente da sala e ficaram de costas para eles, fingindo que analisavam o papel. Na verdade, aproximou o EMF dele e... Nada. Nem um apitinho sequer. Estavam começando a ficar confusas.
- Podem falar se ele era destro ou canhoto a partir de um papel? – Dean perguntou quase zombando das moças, mas se controlando para não parecer aquilo.
- Destro. – respondeu devolvendo a caneta.
- O que nos elimina uma boa parte dos suspeitos, já que alguns funcionários e alunos dessa escola podem ser canhotos. – disse sorrindo. – Cerca de... Vinte por cento.
- Bom... Agentes Plant e Page, acho que a nossa estadia aqui não é mais necessária. – disse suspirando.
- Precisamos voltar para o hotel e notificar a equipe. – disse e elas começaram a caminhar até a porta. – Nos veremos novamente, agentes.
Quando alcançaram a porta, Sam não conseguiu se segurar e foi até elas.
- Qual foi o parecer, agentes? – Ele perguntou o mais sério que podia.
- Temos um serial killer nessa escola. – disse também séria. – Mas isso não pode ser liberado para a imprensa.
Sam e Dean fizeram que sim com a cabeça e acenaram enquanto elas deixavam o local. Quando finalmente se perderam de vista, os quatro suspiraram em alívio. Elas correram para o carro.
- Plant e Page? – perguntou dirigindo. – Ou é uma coincidência do caramba...
- Ou eles estão disfarçados e têm um ótimo senso de humor. – completou. – Viva Led Zeppelin. Vamos para o necrotério?
- Temos que passar no hotel antes e esperar. Falamos que íamos notificar a equipe... – disse e bateu no volante. – Fiz besteira, droga! Deveríamos ter visto o corpo antes, !
- Calma! Vamos lá e, se encontrarmos com eles, explicamos que acabamos nos lembrando no carro que teríamos que passar no necrotério antes. – disse e o silêncio se instalou no carro. – E, meu Deus, como eles eram gatos!
As duas começaram a rir enquanto se dirigiam ao necrotério. Não tinha como discordar da sábia .
- Currie e Jett... – Dean repetiu enquanto iam para o necrotério.
- Sabe, Dean.... Você pode repetir o quanto quiser, elas não vão aparecer. – Sam disse quase rindo. Dean só lançou um olhar mal humorado para ele.
- Tem alguma coisa com esses nomes. Já ouvi antes... – Ele respondeu sabendo que estava no fundo da sua mente e ele sabia o que significavam.
Chegaram ao necrotério e viram o Ninety Eight parado na frente. Dean teve que se controlar para não sair correndo e roubar o carro. Ao entrarem lá, encontraram as agentes analisando o corpo do adolescente morto.
- Olá agentes. – As duas disseram sorrindo e eles sorriram de volta. O que raios elas estavam fazendo lá?!
- Vocês não iam notificar a equipe? – Dean perguntou curioso.
- Acabamos nos lembrando que tínhamos que analisar o corpo antes de ter um parecer completo. – respondeu se apoiando na mesa. – Existem muitas coisas para saber de um assassino a partir do corpo.
- Mas se vocês analisam o comportamento... – Sam disse se aproximando das moças.
- O assassino enforcou o garoto com uma corda. – disse apontando para as marcas no pescoço do menino. – Asfixiar uma pessoa até a morte é a maneira mais... Pessoal para matar. Além disso, o assassino parece querer culpar uma lenda.
- Como assim? – Dean se aproximou dela. A moça sorriu.
- Não sabem da lenda daquela escola? – perguntou com Sam ao seu lado. Ele fez que não com a cabeça. – Supostamente um aluno morreu naquela sala. Falam que, quando se entra nela à noite, o espírito aparece e enforca mais alguém, da mesma maneira como foi morto.
- Somente um monte de abracadabra. – disse se segurando para não rir e fez o mesmo, já que entendeu a piadinha da irmã. Era uma fala do filme Abracadabra. – Mas que pode fazer sentido para o nosso suspeito.
- E aposto que isso fala mais ainda do comportamento dele para você, não? – Dean perguntou com aquele sorriso insuportavelmente bonito. Ela sorriu do mesmo jeito de volta.
- Ele pode estar sofrendo de ilusões por causa de um estressor muito forte. – Ela disse mostrando o máximo que ela sabia, a fim de deixar os agentes impressionados. Elas ainda estavam trabalhando em “jogar o charme”.
- Ou é muito inteligente na hora de esconder seus atos e faz uma pesquisa antes. – disse suspirando. – Isso nos mostra que ele já está se tornando um assassino melhor e logo vai definir uma maneira de matar.
- Agora sim podemos notificar nossa equipe e receber as novas ordens. – respondeu e acenou para o legista. Logo em seguida acenou para os agentes e fez o mesmo. Saíram da sala.
- Bom, acho que não há mais nada para investigarmos aqui. – Sam disse sorrindo para o legista. Ele olhava com uma sobrancelha erguida.
- Não estamos saindo com elas. – Dean disse antes que o cara pudesse falar qualquer coisa. – Valeu, amigo. Estamos indo. Tchau.
- Há de convir comigo, Dean... Elas são bem interessantes. – Sam disse enquanto estavam saindo do local.
- Anda rápido, Sam. – Dean disse ignorando completamente o irmão. – Tem alguma coisa com elas...
- O quê?
- Por que diabos elas iam se interessar nas lendas da escola?
- Dean, não comece a achar que o mundo é feito de caçadores. – Sam disse irritado porque o irmão estourou sua bolha. – Elas são normais. E inteligentes.
Quando chegaram ao lado de fora, viram as agentes entrando no Ninety Eight e saindo do necrotério. Só faltava Dean começar a falar “eu disse” várias vezes enquanto Sam olhava desapontado. Suspirou.
- Tudo bem, Dean. Elas são as donas do carro. Mas isso não indica que são caçadoras. – Sam não queria acreditar naquilo de JEITO NENHUM.
- Então vamos atrás delas. – Dean disse mais animado que nunca e quase correndo para o carro. – E não começa com lição de moral, Sammy. Precisamos saber se elas são caçadoras e o que estão fazendo aqui.
- E eles são inteligentes. – comentou sorrindo bobamente.
- Sério. Você ta sorrindo que nem uma besta. – disse fazendo-a rir. – Hey, , responde uma coisa... É aquele Impala de hoje de manhã que ta seguindo a gente?
- Hmmm... – olhou pelo retrovisor. – Acho que sim. Sabe de uma coisa... Acho que estava parado lá no necrotério quando saímos.
- Sério? Não percebi... – A irmã comentou. – Será que é dos agentes?
- Que tipo de agente anda com um Impala?
- Já disse que Plant e Page é muita coincidência. Tanto quanto Currie e Jett.
- Tenta despistar eles. Entra aqui... Aqui! – disse apontando para a esquerda e a irmã virou a direção. – Agora corre. Se passarmos no sinal, eles ficam presos.
- Se segura. – disse e meteu o pé no acelerador, o máximo que podia sem passar a velocidade máxima. Não queria levar uma multa e ter mais um problema.
Passaram pelo sinal e o Impala ficou preso por uma questão de segundos. As duas comemoraram.
- Toma essa, barbeiro do Impala! – gritou animada e elas seguiram para o hotel, sem antes enrolar um pouco.
- SABIA! – Dean gritou do nada quando saíram do farol e tentaram segui-las com mais distância.
- O quê? – Sam perguntou tendo certeza que, dessa vez, o irmão pirara de vez.
- The Runaways! – Dean disse sorrindo e se sentindo muito mais feliz que antes. Sam não entendeu nada. – Cheri Currie e Joan Jett!
- Se não for coincidência, elas podem estar disfarçadas ou...
- São caçadoras.
Conseguiram encontrá-las e continuaram seguindo. Até que descobriram que elas estavam num hotel próximo ao deles.
Capítulo 3 – I Was Misunderstood
- Esses aí são persistentes, viu? – comentou irritada quando entraram no quarto. Logo que ela acendeu a luz, apagou.
- Eles vão dar um jeito de vir aqui. Melhor deixar a luz apagada e pegá-los de surpresa. – disse indo até a cama e puxando sua mala. Pegou duas armas e jogou para a irmã.
- Vamos esperar ali. – apontou. – É de costas para a porta, não vão nos ver.
E as duas foram até lá. Ficaram com as luzes apagadas e encostadas nas paredes. As pernas começaram a doer depois do tempo que ficaram em pé. Resolveram se sentar e conversavam cochichando. De repente, ouviram um barulho na porta e se levantaram. Apontaram as armas para as duas silhuetas altas que entraram e acenderam a luz.
- Dêem um bom motivo para eu não atirar em vocês agora. – disse e eles se viraram, assustando-se com as armas.
- E eu que achava que vocês eram agentes. – disse apontando a arma para Sam. Que pena, achava ele bonito.
- A gente também achava o mesmo de vocês. – Dean respondeu com um sorriso irônico. Elas não fizeram menção de sorrir.
- Vocês podem abaixar as armas para conversarmos? – Sam perguntou tentando ser diplomático.
- Não. – Elas responderam juntas.
- Sentem. Agora. – falou e eles se sentaram nas camas.
- Então... Agentes Plant e Page... – começou a falar e eles sorriram sem humor algum. – Qual o nome de verdade de vocês?
- Realmente acham que a gente vai falar? – Dean perguntou se acreditar. se aproximou e desceu a arma até a altura do quadril dele. Dean arregalou os olhos – Calma, boneca, calma...
- Não me chama de boneca. – Ela disse cerrando os olhos e se aproximando mais ainda. Se precisasse, Dean ia lutar. Ela jogou o casaco do terno para trás e pegou o distintivo que estava preso no cinto dele. fez o mesmo. – Dean Page.
- Sam Plant. – leu e elas trocaram os distintivos, jogando-os. As duas analisaram.
- Estamos em desvantagem, já que vocês sabem o nosso nome. – Sam disse e elas suspiraram. Ele sabia que Dean não ia se atrever a falar com a arma apontada naquele lugar.
- .
- .
- Prazer em conhecê-las. – Dean disse ironicamente.
- Sério. Se eu estivesse de TPM, atirava. – disse virando de costas para Dean e suspirando. – São caçadores?
- Então vocês são caçadoras? – Dean perguntou de volta. – Só caçadoras iam chegar a essa conclusão.
- Será que eles são caçadores mesmo? – perguntou para a irmã. – Podem estar possuídos.
- Temos tatuagens. – Sam disse e os dois puxaram as camisetas, mostrando a tatuagem de pentagrama para as moças.
- Ou podem estar nos enganando. – disse e concordou. – De qualquer maneira, não temos tempo para vocês agora.
- O que isso quer dizer? – Dean perguntou.
Foi tudo tão inesperado que não deu para se defenderem. As duas bateram com as armas nas cabeças dos irmãos, fazendo-os desmaiar.
- Pode pegar a corda na mala? – pediu. – Eu coloco os dois nas cadeiras.
- Ok. – foi até a mala procurar a corda e facas.
colocou as mãos debaixo dos braços de Dean e conseguiu puxá-lo para cima, puxando-o mais para si e pendurando-o em seus braços. Quase caiu no chão quando sentiu todo aquele peso morto.
- Que cara pesado, caramba... – Ela comentou e o arrastou até a cadeira. começou a rir. – Se é tão engraçado assim, arrasta o tal de Sam! Ele é até maior que o Dean!
- Ta bom! – respondeu dando de ombros e indo até Sam.
Segurou-o do mesmo jeito que a irmã segurou Dean, mas ao sentir o peso dele cambaleou para trás. Realmente, ele era muito pesado.
- Caramba... – disse ao conseguir se manter em pé novamente. – Como vamos enfiar esses caras nas cadeiras?
- Boa pergunta. – respondeu. As duas ficaram pensando.
Tentaram puxá-los pelos braços, pelos pés, arrastá-los com cordas... Enfim, de várias maneiras possíveis até terem a brilhante idéia de juntarem as forças e conseguirem colocá-los nas cadeiras. Depois foi só prender os pés deles nas cadeiras e as mãos juntas nas costas.
Sam começou a acordar depois de um tempo. Ouviu as moças conversando e abria os olhos para enxergar tudo turvo.
- Ainda não chegou o horário? – perguntou deitada na cama com um livro em mãos enquanto assistia T.V.
- Não. – respondeu rolando os olhos. – Pela décima quinta vez, : Criminal Minds só começa daqui três horas!
- É, graças a isso conseguimos enrolar esses dois. – Ela apontou para eles com o livro. – Olha! O Sam está acordando!
- O grande? – perguntou e a irmã concordou. Ela voltou a atenção para ele. – Bonjour, mon amour.
- Por que vocês prenderam a gente? – Ele perguntou tentando se soltar da cadeira.
- Je ne sais pas. – respondeu dando de ombros. Sam ficou perdido, fazendo rir.
- Você sabe sim! – disse e ele tinha uma vaga idéia do que ela tinha falado. – Vocês podem ser tanto bons quanto ruins, mas não podemos resolver isso agora.
- Temos que resolver antes o caso do espírito da escola, depois lidamos com vocês. – disse voltando a assistir a T.V.
- Mas o EMF não leu nada na sala. – Dean respondeu acordando. – Nem naquele pedaço de papel de doce.
- Sabemos, mas podem ser espíritos dispersos. – disse de volta, abrindo o livro novamente.
- Drácula? Sério? Você lê Drácula para relaxar? – Dean perguntou ao ler o título do livro.
- Preciso bater em você de novo para te fazer calar a boca? – Ela perguntou de volta e Dean sorriu sem humor.
- Acho que vocês não entenderam por que estamos aqui... – Ele disse e elas ignoraram completamente.
- Queremos ajudar. – Sam disse e conseguiu a atenção de . – Vimos no jornal e achamos que era um caso. Nem sabíamos que vocês eram caçadoras.
- Tanto é que vocês quase bateram no meu carro. – Dean disse nervoso só de lembrar. E assim conseguiu a atenção de .
- Ah, falando nisso... O Impala agora é nosso. – disse sorrindo malvadamente ao ver que ele ficou mais bravo ainda.
- O quê?! – Dean estava tão irritado que quase quebrou a cadeira. apontou a arma para ele.
- Sem tentar se soltar. – Ela disse ainda apontando a arma e ele parou, emburrado.
- Se encostar no meu carro... – Ele ameaçou e foi até ele.
- É um belo carro. – Ela comentou e foi até atrás dele. Colocou a mão no bolso da calça de Dean e se apoiou na cadeira, ficando ao lado do ouvido dele. – Muito bonito mesmo.
- Olha, querida, eu sei que sou sexy, mas não gosto fazer essas coisas preso em uma cadeira. – Dean disse com um sorriso convencido. Ela riu, fazendo-o rir também. ficou observando boquiaberta enquanto Sam estava com uma sobrancelha erguida.
- Achei. – Ela disse tirando a chave do carro do bolso dele e voltou para a cama, colocando a chave em seu bolso. Dean ficou furioso.
- Achei que você tinha tido um lapso de mente... – comentou com a irmã e começou a rir. – Personalidade múltipla.
- Tem jeito melhor de roubar uma chave de carro? – perguntou de volta e elas riram mais ainda.
- Ta. Esquece o carro. – Sam disse balançando a cabeça. – Estamos aqui para ajudar.
- Agora não estamos mais! – Dean disse no ápice da sua revolta. – Eu ainda vou roubar o seu carro!
- Vai querer caçar hoje? – perguntou começando a ignorar eles e vendo que já estava anoitecendo.
- Pode ser... – respondeu. – Mais tarde, agora eu to com preguiça.
- Idem. É por isso que eu te amo. – disse piscando e se trancou no banheiro com um monte de roupas.
Voltou com um shorts cinza e uma blusa branca mais larga, jogou as roupas em cima da mala e colocou as chaves do carro no criado mudo. Dean assoviou.
- Depois dessa eu posso pensar em te deixar com meu carro. – Ele disse sorrindo. Ela rolou os olhos.
- Isso realmente funciona? – Ela perguntou e Sam fez que sim com a cabeça. – Como existe mulher burra nesse mundo... – E se jogou na cama, virando de lado.
E o tempo passou.
- Ei, , ta começando... – começou a chamar, mas a irmã estava dormindo. Sorriu e desligou a T.V, roubando o livro dela.
- Você tava assistindo só pra chamar a sua parceira? – Sam perguntou realmente impressionado. Ele nunca faria isso por Dean.
- Parceira não. Irmã. – disse fechando o livro e olhando para ele.
- Eu e o Dean também somos irmãos. – Ele disse e ela sorriu de volta. Parecia ser simpático e sincero.
- E viraram caçadores como?
- Negócio de família... Nosso pai era caçador. Perdemos a nossa mãe... A clássica história de família triste. – Ele disse rindo de si mesmo, mas com tristeza nos olhos. – E vocês?
- Queríamos ajudar as pessoas. – Ela respondeu dando de ombros. – A começou antes... Ela só fazia isso para proteger a nossa cidade e um dia pediu a minha ajuda, nossa família estava em perigo. – Ela explicou olhando para a irmã com carinho. – Depois fugimos de casa, ou íamos colocar todo mundo em perigo sempre.
- Isso foi há quanto tempo?
- Cinco anos. – suspirou. – Sem ver a nossa família.
- Eu não sei se ia agüentar cinco anos se minha família estivesse viva. – Ele respondeu mudando o que achava das duas.
- Eu sinto falta, não posso negar. Minha mãe levava chocolate quente pra gente quando estávamos de férias, meu pai acordava a gente jogando o cachorro em cima da cama... – Ela ia continuar, mas parou ou ia chorar logo. – Qual é seu sobrenome?
- Winchester. – Ele respondeu sabendo que não ia dar pra esconder durante muito tempo. Ela ficou encarando-o de olhos arregalados.
- Sam Winchester?! – Ela perguntou e ele fez que sim com a cabeça, sem entender qual era o choque. – Filho de John Winchester?! E esse é Dean Winchester?!
- É... – Será que o sobrenome dele era tão legal assim de repetir?
- ! ! Acorda! – voou até a cama da irmã, chacoalhando-a insanamente. – ACORDA!
- Que foi, desgrama?! – perguntou acordando atordoada.
- Eles! Eles! Eles! – apontava para os dois enquanto Dean acordava.
- O quê, criatura?!
- São filhos do John! São Winchesters! – disse pulando ao lado dela, agarrada na blusa da irmã.
- O quê?! – perguntou se sentando na cama em um pulo. – Dean e Sam Winchester?!
- O que você fez pra ela ficar assim? – Dean perguntou observando a cena bizarra que se seguia.
- Pega a faca! – disse e pegou a mala debaixo da cama, assim como .
- Wow! Espera aí! – Dean disse ao vê-las se aproximar com facas enormes. – O que vocês pretendem fazer?
Elas não responderam e cortaram as cordas, soltando os dois. Dean e Sam ficaram se olhando sem entender.
- Desculpa por ter pegado sua chave. – disse jogando a chave de volta para Dean. – Eu jamais roubaria o Impala do John.
- Vocês querem me explicar? – Dean perguntou sem entender nada.
- Éramos amigas do John. – disse se sentando na cama enquanto eles levantavam e se esticavam. – Ficamos muito tristes com a morte dele.
- Era como um pai pra gente. – completou guardando as facas na mala e sem ao menos olhar para eles.
- Explicando melhor... O John ajudou a gente no começo. – disse ao ver que eles ainda estavam perdidos. – Não viramos caçadoras do nada.
- E como vocês conheceram ele? – Dean perguntou curioso.
- Roadhouse. – disse e se sentou na cama. – Quando soube que a nossa família tava com problemas e que a gente queria ajudá-los, John ofereceu ajuda. Disse que podia treinar a gente.
- Disse também que um dia a gente podia encontrar os filhos dele, Dean e Sam. Falou muito bem de vocês. – disse sorrindo. – Então estamos dispostas a aceitar a ajuda.
Sam sorriu. Mas Dean continuou na mesma.
- Vocês prendem a gente em cadeiras, roubam minha chave e depois querem que a gente ajude? – Dean estava irritado. Ponto.
- Quem pegou a chave foi ela. – apontou para a irmã.
- Valeu. – respondeu. – Dean, você tem que entender que nós temos que ser cautelosas!
- Ok. Então pede desculpas. – Ele disse com pose de convencido e um sorriso insuportável.
- O quê?
- Desculpas. Manda ver.
- Sabe quando eu vou pedir desculpas para um cara presunçoso e arrogante como você? – Ela perguntou se aproximando vagarosamente dele e parando a centímetros do rosto convencido de Dean. – Nunca.
- Então nada de ajuda. – Ele disse sem ao menos se distanciar. – Fala sério, você ta adorando ficar assim, pertinho de mim.
- Amando. – Ela respondeu sorrindo quase tão convencida quanto ele. E óbvio que aquilo o deixou incomodado. – E mesmo que eu não peça desculpas, não tem como se livrar da gente.
- Ah, é? – Ele perguntou ainda mantendo a pose. Ela começou a andar, chegando ainda mais perto. Dean começou a ir para trás. – E por que isso?
- Estamos no mesmo caso. E somos caçadoras. – Ela começou a explicar, parando. Estavam no meio do quarto. – Mesmo que você tente nos prender, sabemos como fugir.
Ficaram um tempo se encarando com o sorriso convencido. Infelizmente, ela tinha razão.
- Droga...! – Dean saiu de perto dela, indo até a porta. – Então peguem logo suas coisas e vamos antes que aquele troço mate mais um.
- Yes! – e comemoraram com um hi-five [n/a: realmente não sei como descrever essa droga sem ser hi-five...] e Sam sorriu.
Capítulo 4 – Love Dares You To Care
- Só cuidado pra não bater no meu carro dessa vez, querida. – Dean disse piscando para .
- Vai pro inferno. – Ela respondeu e foi até o carro.
- Ela ta meio de mau humor... – explicou para Sam, já que os dois ficaram meio sem jeito. Dean já tinha ido para o carro. – Mas seu irmão provoca.
- É especialidade dele. – Sam respondeu rolando os olhos. – Só pede pra sua irmã não atirar nele, ta?
- Ok. – Ela disse piscando e indo até o carro com a irmã. – O Sam é até fofo.
- E o Dean é um completo idiota! – respondeu ligando o carro e saindo rápido com ele, correndo para sair antes de Dean.
- Não começa com o discurso o chamando de cretino imbecil. – disse suspirando. A irmã a encarou. – Você adora xingar as pessoas de cretino imbecil.
Não demorou muito para chegarem à escola. Estava tudo apagado e realmente parecia um cenário perfeito para um filme de terror. Pararam os carros próximos – o Impala ficou logo atrás.
- Precisam pegar mais alguma coisa? – perguntou depois de esperar durante muito tempo Sam e Dean pegar as coisas no porta-malas.
- Tudo aqui. Podemos ir. – Dean disse e os três se juntaram à , que esperava na porta, encarando a escola. – Se estiver com medo podemos voltar.
- Medo... Prefiro isso aqui deserto a com estudantes... – respondeu rolando os olhos e entrando antes de todos.
O único barulho que se ouvia na escola inteira era o dos passos dos quatro. Sam ficava com o EMF em mãos, assim como , caso alguma coisa fosse aparecer. A questão é que o troço não captava nada. Logo chegaram à sala onde o garoto tinha sido morto. Nada.
Os quatro se entreolharam. Aquilo não era normal, nem para coisas sobrenaturais. Continuaram andando pela escola, só com seus passos ecoando pelos corredores escuros e vazios. Foram até o laboratório de ciências, o mais próximo possível.
E, de repente, o EMF apitou.
- Cruzes! – berrou agarrando em Dean, a pessoa mais próxima de si.
- Assustou? – Ele perguntou com um sorriso orgulhoso. Ela soltou dele e colocou Sam no meio dos dois.
- Um Sam de distância entre nós. Ponto.
Continuaram a andar pelo laboratório. E o EMF apitando loucamente.
- Fala sério, podiam inventar um barulhinho menos assustador pra isso daí, não? – perguntou suspirando. Sam riu.
Continuaram andando. Acabaram se separando em duplas para checar toda a sala em menos tempo. estava se virando e deparou-se com um espírito. Ao lado da irmã.
- ! CUIDADO!
A moça tomou um susto com o berro da irmã e se virou imediatamente, vendo o espírito que estava a encará-la. Era um garoto que não podia ter mais de dezesseis anos. Estava usando uniformes antigos da escola e com aquele olhar de morto vivo que todo espírito tem. não pensou duas vezes: atirou no meio da testa da coisa.
Que sumiu.
- Viu? Eu sei o que faço. – Ela disse sorrindo para Dean. Do nada, sentiu um calafrio do outro lado.
Ao se virar – novamente – encontrou o mesmo espírito. Mas como?! Era para ele sumir por um tempo considerável depois do tiro de sal! Antes que pudesse pensar em atirar, o espírito a agarrou pelo pescoço, levantando-a do chão.
- EI! – Todos gritaram após finalmente processarem que o espírito tinha voltado muito rápido.
- SOLTA ELA! – gritou indo até a irmã e carregando a arma com mais sal.
Mas não deu certo. O espírito nem ligou para eles, continuou lá. De repente, jogou-a até o outro extremo da sala, fazendo com que batesse de costas contra uma estante de vidro que se quebrou inteira em cima dela. Acabou estatelada no chão, protegendo o rosto e completamente atordoada, mas não desmaiada.
- SEU FILHO DA... – nem conseguiu completar de tanta raiva. Saiu correndo até ele atirando quase toda sua munição. Mas o espírito apareceu novamente um pouco mais para trás. – Mas o que diabos ta acontecendo?!
- ! CUIDADO! – Sam gritou e correu até a garota, empurrando-a para longe e atirando no espírito. Em seguida, virou-se e deparou-se com o mesmo espírito. Foi agarrado e jogado em outro canto da sala, batendo contra o pé de uma mesa. O que resultou em dores quase insuportáveis em suas costas, mas isso já era de se esperar.
- SAMMY! – Dean ia correr até o irmão, mas o espírito veio rapidamente para perto dele, o que resultou em uma bala de sal no meio de sua testa. – Toma essa, desgraçado!
- Dean, toma cuidado! – disse correndo até ele. – Acho que não é só um espírito!
Foi só ela falar isso que o espírito voltou enfurecido e lançou Dean longe, que rolou sobre uma bancada do laboratório e foi parar perto de , rolando pelo chão e tentando se levantar em seguida.
- Vem lutar comigo! – disse e o espírito se virou para ela. Tomou um tiro de sal e logo surgiu do outro lado dela. Tomou outro tiro. – NÃO ESPERAVA POR ESSA, NÉ?!
Bom, ela não esperava que ele viesse correndo em fúria atrás dela. Assim, foi agarrada pelo pescoço e dessa vez o espírito não a jogaria longe. Estava com tanta raiva que a mataria ali mesmo, enforcada. Acabou batendo a moça em uma janela, que estilhaçou em suas costas, fazendo-a gritar.
- ! – gritou ao ver a irmã naquela situação. Não conseguia se levantar, sentia dor no corpo todo, mas tinha.
Esticou a mão para tentar alcançar a arma. Viu que deixou uma mancha de sangue considerável no chão, mas não ligou, continuou tentando. Encostou na arma. Levantou-se um pouco com dificuldade para chegar mais perto.
O espírito também não esperava que conseguisse soltar um pedaço de ferro da janela e batesse nele. Com isso, ela caiu no chão e se levantou em seguida, machucada, esperando pelo espírito. Ele veio correndo e bateu na moça, fazendo com que ela se estatelasse na parede e a agarrou novamente.
conseguiu segurar a arma e se levantou com muita dificuldade. Foi até a irmã o mais rápido que pôde e atirou.
- A gente precisa ir! Rápido! – Dean chegou por trás da moça e a segurou pela cintura, colocando um braço dela em seus ombros. Assim seria mais fácil para ela correr.
- Vem ! – Sam segurou a mão da moça e puxou-a, fazendo-a levantar rapidamente. Correram até a porta de entrada ainda de mãos dadas. Não a soltaria por nada nesse mundo.
Chegaram ao lado de fora e Sam e Dean correram novamente até a porta para trancá-la. No último segundo que fizeram isso – mal tinham soltado a barra de empurrar – um solavanco fez a porta estremecer da base até o teto.
- O que esse cara acha? Que pode atravessar uma porta de ferro? – Dean perguntou para Sam achando que o espírito era, no mínimo, estúpido.
- Sam... – começou a falar no meio do caminho. Ele olhou para ela. – Sam...
- Oi, eu to te escutando. – Ele disse com um sorriso para ela. Viu que a moça estava meio... Estranha. – Ta tudo bem?
- Eu... Eu... – Ela se apoiou nele. – Vou desmaiar.
Desmaiou. Ainda bem que Sam foi rápido o suficiente para segurá-la antes que caísse no chão.
- Dean! Acho melhor irmos rápido! – Ele disse para o irmão que caminhava junto com . E que o ignorou, óbvio.
- Dean... – também não estava lá nas melhores condições. Afinal, tinha quase sido enforcada. – Me segura.
Também desmaiou. Dean a segurou quase imediatamente. Virou-se para Sam.
- Precisamos voltar rápido! – Ele disse e se deparou com o irmão carregando .
- É. Eu acabei de dizer isso. – Sam disse com aquela cara de vazio que sempre fazia quando estava bravo com Dean.
- Ok. Eu volto no Impala com a , você volta com a no Ninety Eight. – Dean disse e saiu andando para o carro carregando a moça. – A chave deve estar no bolso dela!
- Que bom... – Sam comentou ainda com a cara de vazio. Rolou os olhos e foi até o carro. Apostaria tudo que tinha que era Dean que queria pegar a chave dela.
- Ai...
- Finalmente acordou, bela adormecida. – Dean disse sorrindo. abriu os olhos devagar.
- O que você está fazendo aí em baixo? – Ela perguntou com uma sobrancelha levantada.
- Não ta sentindo? – Ele perguntou de volta e ela fez que não. – Costurando a sua perna. Você não tem idéia quantos cacos de vidro eu tirei de você.
Quando apontou para o criado mudo, ela virou a cabeça e viu um monte de cacos de vidro ensangüentados por lá.
- Tudo isso tava em mim? – Foi só ela perguntar que Dean fez que sim com a cabeça. – Caramba... AI! Agora eu to sentindo, brutamontes!
- Brutamontes? Sério? – Ele disse incomodado com o xingamento. – Fica quietinha aí, por que até agora você não tava incomodada!
- ? , ta acordada? – Ela resolveu mudar o foco da sua atenção. Virou a cabeça novamente e viu Sam costurando algum machucado no braço da irmã. – Ela ainda não acordou?
- Só uma vez... Abriu os olhos e desmaiou de novo. – Sam respondeu suspirando. Tinha demorado uma hora para acordar, estava começando a ficar preocupado.
- Sam, pelo amor de Deus... - também estava preocupada. – Faz ela acordar. Por favor. Viu ? Eu não vou te perder pra um espiritozinho qualquer!
- E também devia descansar um pouco ou vai acabar se perdendo. – Dean comentou ainda mexendo na perna dela.
- É... Você tem razão... – Ela disse suspirando. – Vai com calma aí, garotão. Não quero acordar berrando de dor.
- Ok, moça. Bom sono. – Ele respondeu rindo e logo ela fechou os olhos e caiu no sono. – Não é que ela dormiu mesmo?
- Sam? – Era . Sam quase deu um pulo quando a moça falou seu nome.
- Hey, hey. To aqui. – Ele disse chegando perto. Pegou a mão dela. – Ta se sentindo bem?
- Considerando que eu quase fui enforcada... É, to relativamente bem. – Ela respondeu sorrindo e com aquela voz de quem acaba de acordar. – E você?
- Só alguns hematomas, nada muito grave. – Ele sorriu, fazendo-a sorrir de volta.
- E a ? – olhou para o lado, encontrando Dean costurando-a. Ele acenou. – Ela já acordou?
- Há poucos minutos atrás. – Dean respondeu voltando a se focar no trabalho. – Acabou de dormir.
- O que aconteceu? Com todos nós?
- Ela aqui... – Dean apontou para . – Teve um monte de cacos de vidro caindo em cima dela. Você foi jogada contra uma janela e quase enforcada, não se preocupe, o Sammy é eficiente para cuidar desse tipo de coisa. Eu tava com alguns cacos de vidro e hematomas e o Sam tem um hematoma gigante nas costas. Tirando isso, estamos todos bem.
- Que bela maneira de se interpretar... – Ela disse e tentou se levantar. Conseguiu ficar apoiada nos cotovelos. – O que vamos fazer agora?
- Bom... Eu ouvi quando você disse para o Dean que achava que não era só um espírito. E realmente, pra fazer tudo aquilo, precisa ser mais de um. – Sam começou a falar e Dean finalmente terminou de costurar . Foi até o banheiro molhar uma toalha para limpá-la. – Então eu fiz uma pesquisa...
- Você cuidou dela e fez uma pesquisa? – Dean perguntou voltando do banheiro e começando a limpar o sangue da moça.
- A não tava cheia de sangue que nem ela. – Sam se defendeu e pegou o laptop. – Enfim. Há uns cinqüenta anos atrás, pelo menos, dois garotos morreram naquela sala... Um morreu esfaqueado e o outro enforcado...
- Igual ao jeito que tentaram nos matar. – Dean murmurou ainda limpando-a.
- E eles eram gêmeos. – Sam disse suspirando. – Isso explica por que o mesmo espírito aparecia sem nenhum intervalo de tempo.
- Nossa... Espíritos gêmeos... Essa é nova. – comentou rindo em seguida. – Uma coisa que vem me incomodando é que dois espíritos não assombram o mesmo lugar. Quer dizer, a probabilidade de encontrarmos vários espíritos raivosos assombrando a mesma escola...
- É quase nula. – Sam completou. – Ela tem razão.
- Sabe no que eu tava pensando? – Dean perguntou se virando para eles. – Doces.
- Dean... – Sam rolou os olhos. – Você só pensa em comida?
- Não é isso! Lembra aquele papel de doce que achamos no meio da sala? – Dean perguntou e Sam fez que entendeu. – Só consigo pensar em uma pessoa...
- Trickster. – Sam completou rolando os olhos. – Sério? De novo? Já não basta o que ele fez com a gente naqueles programas de T.V...
- Quem é esse cara? – perguntou perdida. Nunca tinha caçado um trickster.
- Ele come doces e cria ilusões que normalmente são mortais. – Sam explicou e ela suspirou. É. Parecia com o tipo de cara que estavam procurando.
- Agora que descobrimos o nosso monstrinho... – tinha voltado à vida. – Pode continuar, Dean? A água gelada ta gostosa...
- Já ta começando a se aproveitar, não é? – Ele perguntou sorrindo e voltando a limpá-la.
- Bom dia, . – acenou para a irmã, que sorriu de volta. – Então vamos caçar de novo amanhã?
- De jeito nenhum. – Sam respondeu. – Nós vamos. Vocês ficam.
- Ah, eu fujo desse quarto. – disse cerrando os olhos. – Vai precisar de muitos cacos de vidro pra me deixar incapacitada.
- Vocês não podem ir. Estão machucadas. – Dean disse suspirando. – Não vão. Ponto.
- Vamos sim.
- Ah, vai começar... – disse rindo e se deitando novamente.
- O quê? – Sam perdido.
- Agora eles vão discutir isso até ela ganhar. – A moça explicou rindo. – Primeira vez que eu vejo alguém tão cabeça dura quanto aquela lá.
- Você não tem idéia... – Sam observava os dois discutindo. – Ela vai mesmo ganhar?
- Vai.
- Amanhã a gente vem buscar vocês pra... Bom, fazer o que a gente faz.
Depois de muito discutirem, ganhou de Dean. Durante todo aquele tempo, e Sam ficaram conversando e rindo. Ao ser vencido, Dean terminou de limpar a moça e os dois finalmente resolveram ir para seu próprio quarto.
- Descansem, ok? Voltamos amanhã. – Dean disse quase fechando a porta.
- Boa noite e bons sonhos. – Elas responderam sorrindo e ele finalmente fechou a porta, sorrindo ao sair.
Capítulo 5 – Get a little action in
- Oi, moço! – se debruçou sobre o balcão do hotel. O homem olhou para ela. – Tem algum lugar aqui por perto bom pra comer?
O homem indicou. Como sempre, ela foi dirigindo com a irmã no banco do lado. Chegaram a uma lanchonete pequena e, após estacionarem o carro, pegaram um lugar no balcão.
- O que você acha? A gente morre ou não hoje? – perguntou. As duas riram.
- Bom, acho que eles definitivamente vão querer nos matar hoje. – respondeu enquanto a garçonete chegava com o almoço delas. – Principalmente o Dean.
- Os namorados de vocês são tão ruins assim? – A garçonete perguntou. Era uma mulher gorda e alta, simpática.
- Você não faz idéia! – disse tomando um gole do suco que tinha pedido. – Chamar aquelas criaturas de ruins é ser legal com eles.
- E repito: principalmente o Dean. – acrescentou.
- É o seu? – A garçonete já estava acostumada com aquele tipo de conversa, mas nunca tinha visto alguém falar daquele jeito do namorado. A moça fez que sim com a cabeça.
- Acho que se pudessem, prendiam a gente no pé da cama e só soltavam à noite. – não dizia mais que a verdade.
E assim foi a conversa com a garçonete. Durante todo o almoço praticamente, só paravam de falar quando a mulher tinha que atender alguém. Tinham terminado de comer quando Dean e Sam entraram no lugar.
- Prontas pra hoje à noite? – Dean perguntou se apoiando no balcão. Elas sorriram de volta.
- Então vocês devem ser o Dean e o Sam... – A garçonete começou a falar com um pouco de raiva. Os dois não entenderam a situação e as irmãs se seguravam para não rir. – Escutem bem. Se fizerem qualquer coisa de ruim com essas duas moças, mando vocês pra cadeia! Entenderam?
- Sim, senhora. – Os dois responderam juntos.
- Até de noite, garotos. – disse acenando enquanto elas fugiam antes que eles pudessem falar alguma coisa. esbarrou em alguém antes de sair, mas conseguiram fugir a tempo.
Depois do incidente da lanchonete, não se viram mais. As duas separaram as armas enquanto os Winchesters ficaram encarregados de achar a estaca com sangue que matava o trickster.
Nove horas da noite e bateram na porta.
- Estamos indo! – gritou acabando de se arrumar.
Quando Sam a viu saindo do quarto, ficou sem palavras. estava vestindo uma regata branca super apertada, que deixava três dedos da sua barriga aparecendo. A legging era de cintura baixa, preta e com uma bota da mesma cor por cima. Quando ela ficou de costas, era possível ver um pedaço da tatuagem de pentagrama no lombar da moça.
- Eu falei pra você deixar a jaqueta aí! Vamos logo! – gritou para a irmã.
- Mas eu to de shorts. Vou congelar sem a jaqueta. – surgiu do quarto e Dean ficou besta.
Ela estava com uma regata preta e shorts verde militar, com um cinto imenso para prendê-lo no lugar. Usava botas também pretas e carregava uma jaqueta de couro da mesma cor jogada no ombro. Mas uma coisa deixou Dean curioso... Onde estava a tatuagem dela?
E ele tinha que perguntar.
- Vocês também têm tatuagens de pentagrama, não? – Ele perguntou e Sam rolou os olhos.
- É... A minha é aqui. – disse e virou de costas, levantando um pouco a blusa. Viram um pentagrama todo trabalhado, parecendo uma estrela e no meio havia uma bolinha azul clara.
- A minha é igual. – respondeu levantando a blusa e abaixando um pouco o shorts. Ficava no quadril, um pouco mais para dentro [n/a: tipo a da Angelina Jolie, galera]. –Agora vamos? Ou quando chegarmos lá aquele grupo de adolescentes cretinos idiotas já vai ter morrido.
- Que grupo? – Dean e Sam perguntaram juntos.
- Fuçamos na internet e descobrimos que um bando de inconseqüentes vai entrar na escola pra gravar um documentário sobre os fantasmas. – disse suspirando. – Tinha que ser bobo metido a cineasta.
- Então vamos tirar aquelas crianças de lá... – Sam disse rolando os olhos.
- Não, não. Hoje é todo mundo no Impala. – Dean disse segurando as moças que iam para o outro carro e levando-as na direção do seu carro.
Chegaram o mais rápido que puderam à escola. Porém a porta já estava aberta e sabiam que as crianças já estavam lá. Entraram devagar, e com as armas de sempre e Dean e Sam com as shotguns de cano serrado.
Andaram e andaram e andaram. Até que finalmente ouviram gritos vindos de uma sala e nem precisaram falar: só se olharam e saíram correndo. Quando estavam chegando perto da sala, as moças os pararam.
- Escutaram isso? – perguntou.
- Não. – Os dois responderam juntos.
- É audição de cachorro. Da onde veio, ? – explicou rapidamente ou tomariam muito tempo.
- De lá. É alguém abrindo algum doce. – apontou para um corredor escuro.
Depois de observarem muito, viram um homem parado na frente da janela da sala, comendo o tal doce.
- Espera... A gente não viu ele na lanchonete hoje? – perguntou tentando se lembrar. – Aquele cara que esbarrou em mim quando estávamos saindo!
- É o vice diretor! Aquele careca de óculos que tava com a diretora quando chegamos de agentes! – disse parecendo que tinha descoberto a Austrália.
- Ok. Vocês duas vão para a sala e salvam aqueles adolescentes. Eu e o Sam vamos cuidar do trickster, ok? – Dean perguntou e elas só fizeram que sim com a cabeça.
- Viva livre. – falou de repente antes de entrarem na sala.
- Morra bem. – respondeu e as duas sorriram. Pegaram as armas e encostaram na porta. – Um, dois...
No três, as duas abriram a porta e já atiraram, fazendo os espíritos que estavam lá sumirem por pouco tempo, pois mais foram aparecendo.
- Hora de ir pra casa! – disse vendo os adolescentes completamente assustados. – Vamos!
- Mais dois estão presos!
- Ok! Sai da sala antes a gente pega eles! – respondeu tirando a garota e um garoto da sala.
- Ali, ! Preciso de ajuda com eles! Dá cobertura! – pediu apontando para os garotos no final da sala.
- Ok, vai!
As duas correram juntas até os dois garotos e tirou uma faca de dentro da bota, começando a cortar a corda que prendia as mãos dos dois juntos e atrás deles. atirou. E atirou.
- Mais rápido aí, !
- Solta seu amigo! – jogou a faca para o garoto e ele começou a soltar o amigo. Ela se levantou e começou a atirar nos espíritos junto com a irmã. – De onde raios eles estão saindo?!
- Não sei! Nunca vi tantos reunidos no mesmo lugar! – respondeu e, ao invés de atirar no espírito ao seu lado, deu um soco nele. – To com pó de ferro! Coloquei na sua jaqueta!
Dean e Sam estavam cada um com uma estaca. Cada um ia de um lado, aproximando-se vagarosamente do homem do doce. Ao sinal de Dean, Sam confirmou com a cabeça e os dois correram até o homem.
- AAAH! – O homem gritou ao ver os dois chegando em cima dele. Dean e Sam pararam e se olharam.
- Ele não se parece nem um pouco com o trickster... – Sam comentou estranhando e abaixando a estaca.
- É só ouvir esse gritinho de mulher que dá pra saber! – Dean disse revoltado. – O que você ta fazendo aqui assistindo essas crianças morrerem?!
O homem começou a ficar tenso. Olhou para os lados procurando uma saída, mas os dois eram gigantes e conseguiriam pegá-lo facilmente.
- Dean... Eu acho que esse cara não é uma pessoa normal...
- Não me diga!
- É sério, Dean! – Sam respondeu. Estava se lembrando de coisas da faculdade. – Já ouviu falar de serial killers?
- Vai me falar que um cara desses é serial killer... – Dean já estava achando que o irmão tinha enlouquecido.
- Mas ele é! Faz sentido! Fica assistindo os estudantes serem mortos e não dá a mínima! – Sam se justificou. Quando foram procurar o cara, ele já estava correndo.
- Ah, não! Volta aqui! – Dean correu atrás dele e o jogou na parede, apontando a arma para o cara.
As moças saíram correndo da sala com os estudantes naquele exato momento.
- Estão esperando o quê?! – perguntou com o fôlego que restava. – Vão matar ou não?!
- Ele é humano! – Dean disse com raiva. As moças ficaram indignadas.
- QUÊ?!
- Serial killer. – Sam explicou, mas isso não acabou com a indignação.
Depois dessa elas nem falaram mais nada. Ficaram só olhando pro cara, sem acreditar.
- E aí? O que a gente faz com ele? – perguntou sem saber o que fazer.
- Temos uma regra de não matar humanos. – explicou irritada.
- Tem que ter algum jeito de chamar os espíritos! – Sam disse pensando. – Tivemos um caso assim num estúdio uma vez!
- Aquele do Gilmore Girls, não? – Dean perguntou e Sam só ficou encarando. – Ok. Cadê seu amuleto?! – Ele perguntou pro cara. E óbvio, o cara não respondeu. – Cara... Dá logo esse amuleto!
- Amigo... Você tem duas escolhas. – começou a falar. – Ou você dá a droga do amuleto ou a gente deixa você aqui com esses dois caras. – Ela apontou pra Dean e Sam. – Só que já vou avisando que somos nós que impedimos eles de matar pessoas.
O homem pensou. Ficou indeciso, mas no fim deu o amuleto para Dean – que apontava a arma para a testa dele. e sorriram uma para a outra.
- E agora? – perguntou. Legal. Acharam o cara, pegaram o amuleto... E?
- A gente pode destruir... – Sam sugeriu como quem não quer nada.
- O que aconteceu no outro caso pra você falar desse jeito? – perguntou com medo da resposta.
- Os espíritos mataram o cara. – Dean explicou.
Silêncio.
- Ah, destrói logo essa coisa! – disse pegando o amuleto da mão de Dean e jogando no chão. – Um serial killer a menos no mundo! – E fez joinha com as mãos.
Os Winchesters se olharam. Deram de ombros e começaram a pisotear o amuleto, a fim de destruí-lo. Mas... Não destruiu. O homem começou a sorrir.
- Pode ir tirando esse sorrisinho bobo do rosto! – disse apontando a arma para ele, por mais que só tivesse carregada de sal. O cara parou de sorrir imediatamente.
Pisou no amuleto e arrastou-o até ela e a irmã. As duas começaram a pisoteá-lo e logo estavam esmagando o troço com o salto das botas. Em pouco tempo o amuleto estava rachado no meio.
- Essa é mais uma utilidade dos saltos. – disse piscando para Dean e Sam, que encaravam a cena com uma sobrancelha erguida.
Do nada, os espíritos apareceram, fazendo os adolescentes que estavam com eles gritarem e começarem a correr.
- Ok. Hora de ir. – Dean disse fazendo com que todos corressem na sua frente e indo por último.
Mesmo assim, e olharam para trás. Viram que os espíritos estavam matando o homem cruelmente... Como se ele estivesse sendo esfaqueado várias e várias vezes. Tinha sangue para, literalmente, todo lado.
Estavam quase alcançando a porta da escola. De repente, perceberam que os espíritos estavam atrás deles. Eram os garotos gêmeos, a garota da outra sala e uma antiga diretora da escola.
- Continuem correndo! – gritou e eles fizeram que sim com a cabeça.
- Tirem eles daqui! – disse se virando para encarar os espíritos, assim como a irmã.
Passaram um tempo encarando e sendo encaradas. As duas respiraram fundo e nem precisaram falar nada, nem se olhar. O lema que sempre repetiam quando achavam que iam morrer já estava implícito.
- Obrigada. – A diretora disse sorrindo. Elas ficaram boquiabertas.
- De... Nada... – Elas disseram juntas. Os espíritos acenaram e elas acenaram de volta.
- A gente ta alucinando. – disse de olhos arregalados. – Eu tenho certeza.
- Será que eles drogaram a gente quando estavam cuidando de nós? – perguntou ainda encarando o vazio.
As duas se olharam. Saíram correndo da escola loucamente, fechando a porta com o máximo de força que podiam e tendo certeza de que ela não ia mais se abrir até o dia seguinte.
- O que foi? – Sam perguntou ao ver que elas estavam... Alteradas.
- ELES AGRADECERAM! – As duas gritaram morrendo de medo.
- Calma, vamos ver se eu entendi... – Dean disse achando aquilo estranho. – Vocês lutam sem medo de morrer e quando agradecem ficam com medo?
- É! – Elas responderam sem ao menos pensar. Não estavam acostumadas a agradecimentos.
- Ok... Vocês definitivamente precisam dormir. – Sam concluiu e todos finalmente entraram no Impala para ir embora.
Capítulo 6 – On a steel horse I ride
- Você acha que eles vão vir se despedir? – perguntou enquanto enfiava as malas dentro do carro.
- Não sei... – disse checando os celulares para descobrir se tinham algum trabalho ou se podiam vadiar por aí. – Eles não têm cara de despedidas melosas...
- Não é melosa. – disse fechando o porta-malas. – É só “tchau”.
- Não precisa descontar a raiva no carro... – A irmã respondeu levantando uma sobrancelha. – Ele é sensível.
De repente, as irmãs ouviram um motor barulhento e antigo se aproximaram. Sorriram uma para a outra e se viraram para ver quem era. Mas se depararam com um fusca velho parando em uma vaga não muito longe.
- Valeu. To bem mais feliz agora. – disse olhando para o céu e começando a dar a volta pelo carro. Ouviram outro motor antigo.
- Dessa vez eu não viro. – disse abrindo a porta do carro e ignorando. A irmã virou.
- Acho que dessa vez você devia virar. – disse sorrindo sem ao menos olhar para a irmã.
- Não podíamos ir embora sem nos despedir. – Dean falou saindo do carro, com aquele sorriso.
- Sabe que a gente achava o mesmo. – respondeu. Estava feliz agora.
- Então... Para onde vocês irão agora? – perguntou. Se estivessem na mesma estrada não precisariam se despedir.
- Não sabemos. – Sam disse dando de ombros. – Precisamos achar um caso antes... Senão...
- Temos um show na agenda, Sammy. Nem tente mudar isso. – Dean disse já ficando emburrado. – No caminho pra Seattle.
- Bom, nós estamos sem nada pra fazer. – respondeu. – Nenhum caso caiu do céu.
- Ainda. – adicionou.
- Então venham com a gente. – Sam disse e todos olharam para ele. – É só ficarem na mesma estrada.
- Eu aceito! – já estava toda empolgada.
- Novidade... – disse rolando os olhos e rindo. – Também gosto da idéia. Tudo bem, Dean?
- Por mim vocês podem nos acompanhar quando quiserem. – Ele respondeu. Com o sorriso convencido.
E um dos celulares delas tocou. atendeu.
- Hey, Bobby! – Ela disse toda feliz. Dean e Sam ficaram encarando curiosos. – Um caso? Sério? É claro que eu to triste! – Pausa. – Ah, só porque eu e a íamos numa viagem de estrada com dois caçadores! – Outra pausa. – Os Winchesters! Viva-voz? Ok... Galera, Bobby requisita o viva-voz.
- Garotos? – A voz de Bobby saiu do celular.
- Hey, Bobby. – Eles responderam juntos.
- Sem sacanagem com as meninas! O que vocês fizeram pra elas aceitarem trabalhar junto? – Bobby estava completamente pé atrás com aquela história.
- Calma aí! Como vocês conheceram o Bobby?! – Dean perguntou incomodado com o interrogatório.
- John. – Elas responderam juntas.
- Óbvio... – Sam comentou rolando os olhos. – Não fizemos nada. Elas que resolveram se juntar quando souberam que nós somos “os Winchesters”.
Momento de silêncio pensativo.
- Bom, estou com dois casos. – Bobby declarou. – Ia ligar para cada um de uma vez, mas como estão juntos fica mais fácil. As damas escolhem qual vão querer.
Sam e Dean começaram a reclamar, mas Bobby mandou todo mundo calar a boca. Ficaram quietos à força.
- Um deles é perto de Seattle e o outro é perto de Terlingua, no Texas. – Ele disse e não daria mais especificações. Eles que procurassem.
- A gente ta em Junho, não é? – perguntou e todos confirmaram. – Então... É verão...
- Uma condição. – disse antes que pudessem pegar o caso. – Vamos parar no Novo México. Eu quero ver aquelas pirâmides.
- Feito. – esticou a mão e apertou, selando o trato.
- Vamos pro Texas! – As duas declararam felizes da vida.
- Ok. Ficamos com o de Seattle. – Sam disse aliviado. Poderiam ir para o show que estavam planejando.
- Então vão logo. – Bobby disse impaciente. – E boa sorte, crianças.
- Tchau, Bobby. – Elas disseram juntas enquanto Sam e Dean resmungaram alguma coisa para se despedir.
- Então... Acho que precisamos ir. – comentou depois de um tempo de silêncio. – É uma estrada relativamente grande daqui até Terlingua.
- ... Você esqueceu sua arma no quarto. – disse de repente.
- E você só me lembra agora?! – A irmã perguntou irritada, mas rindo.
- Eu vou lá com você buscar. – Dean disse e os dois começaram a andar. – É sempre melhor ir com alguém do que sozinho.
Dean e já estavam no estacionamento, voltando do quarto com a arma dela presa em sua cintura, na parte de trás da calça. Do nada, ela o segurou pela jaqueta.
- Dean. Obrigada. – Ela disse do além.
- Por quê...? – Ele perguntou rindo.
- Quando a gente teve que lutar... Você entendeu... Você sabe como é ser irmão mais velho. Aquela mania de proteção. – Ela começou a explicar e Dean ficou sério de repente. – Obrigada por ajudar na caçada e por cuidar de nós quando a gente ficou machucada. Mesmo.
- De nada, linda. – Ele respondeu com um sorriso suave, mas tão bonito quanto o convencido.
se aproximou e o puxou pela gola da jaqueta, dando um beijo em Dean. Curto e rápido, mas quando se distanciou ainda continuou próxima.
- Da próxima vez que a gente se encontrar, vou cobrar um beijo. – Ela disse sorrindo em seguida. Soltou Dean e começou a andar.
Dean a agarrou pelo braço e a puxou de volta. Quando começou a beijá-la, segurou a moça pela cintura, com força, para que ela não fugisse. fechou seus braços em volta do pescoço dele, repousando as mãos em sua cabeça. Dean a segurava para que ela não se soltasse e, mesmo assim, não era bruto. começou a bater com a ponta do pé no chão, segurando-se para não ficar loucamente feliz. Dean se distanciou.
- Ah, não. Agora que começou, nem pense em parar. – Ela disse e ele sorriu. Voltaram a se beijar. já estava quase sendo carregada por Dean, que a puxou um pouco para cima.
- Da próxima vez, eu é que vou cobrar um beijo. – Dean disse quando se separaram definitivamente. – Com juros.
- Uma dívida que eu vou ficar feliz em pagar. – respondeu rindo em seguida. Estava se sentindo como se tivesse atingido o nirvana, feliz da vida.
Mas, quando os dois alcançaram o carro, ficaram estáticos, só encarando o Ninety Eight. Quer dizer, o carro e mais as pessoas que estavam lá.
- Sam... Eu realmente espero que a gente se encontre de novo. – disse suspirando. Não queria que fossem em estradas separadas, mas o Texas chamava.
- A gente vai. – Sam garantiu. – Eu faço o Dean ir atrás de vocês.
- Vocês têm celulares? – perguntou como se tivesse tido a iluminação do milênio.
- Temos.
- Passa um dos números. – Ela disse pegando uma caneta dentro do carro. – Aí quando estivermos sem casos, ligamos pra vocês.
- Aproveita e passa um dos seus números. – Ele respondeu anotando dois números na mão dela. anotou os seus na mão dele.
- Só não lava a mão, viu? – Ela disse brincando, fazendo-o rir.
- Ah, eles acabaram de sair. – Sam comentou ao ver Dean e saindo do hotel. – Bom... Tchau.
- Tchau.
Ele virou de costas para a moça e começou a andar até o Impala. Não sabia a razão, mas de repente se virou para ver se Dean estava chegando. Foi aí que viu que ele e estavam se beijando.
Parou e ficou observando durante um tempo. Respirou fundo e foi até .
- Você viu? O Dean e a estão...
Não a deixou terminar a frase. Colocou as mãos no rosto da moça e a beijou. Parou e os dois ficaram se olhando durante um tempo. o puxou de volta pelo pescoço, beijando-o novamente.
Estava meio incomodada por não ser tão alta quanto ele. Assim, deu um jeito e sentou-se no capô do Ninety Eight. Sam desceu as mãos para a cintura de e ela colocou sua mão livre nos cabelos dele, puxando de leve. E ele a puxou um pouco mais para perto.
- Irmãos mais novos... A gente vai embora durante alguns minutos e olha o que eles fazem. – comentou. Ela e Dean tinham acabado de parar perto deles.
- É por isso que eu nunca deixo o carro na mão dele. – Dean disse de volta.
Sam se virou completamente sem jeito e ficou sentada no capô do carro, vermelha que nem um tomate. Estavam com muita vergonha.
- Desce do meu capô. – disse sorrindo, já que ela e Dean começaram a rir da cara dos dois.
- Vamos, Sam. Hora de ir pra Seattle. – Dean disse. – Tchau, . Um dia a gente se encontra.
Ela acenou de volta para Dean, sorrindo.
- Tchau, . Até a próxima. – Sam disse acenando, assim como ela.
Entraram em seus respectivos carros, colocaram os rocks antigos e pegaram a estrada. Precisavam pegar uma saída que era pequena, uma estradinha. O Impala estava indo na frente e começou a rir.
- Que foi, sua doida? – perguntou sem entender.
- Você vai ver... – disse ainda rindo.
Pisou no acelerador e emparelhou com o carro dos Winchesters. Estavam com os vidros abaixados, como elas. Eles olharam para o Ninety Eight.
- Ei do Impala! Vê se não pára pra gente não bater! – As duas gritaram e eles começaram a rir. Completamente malucas!
Aceleraram mais ainda, passando na frente deles e virando antes na entradinha, cantando pneus. Exatamente como da primeira vez que se conheceram.
N/a: Essa fic é pra minha prima, que gosta do Dean, mas acha o Sam muito hot... E me deixou ficar com o Dean! Meu controle de qualidade das histórias e a minha irmã na fic! Te amo, Pah! Considere isso como um presente mega adiantado de aniversário!
Bom... Primeira fic que faço do Supernatural! Espero que tenham gostado! Ah, uma coisa... Algumas situações eu não fazia idéia de como descrever, tipo um hi-five! Então, desculpem pelas coisas estranhas! Espero que tenham se divertido com esses devaneios!
Ah, não sei se vocês perceberam, mas os capítulos são trechos de músicas! É um desafio, tentem descobrir! ^^
Capítulo 2 – Aerosmith – Dude, Looks like a lady
Capítulo 3 – Bon Jovi – Misunderstood
Capítulo 4 – Queen ft. David Bowie – Under Pressure
Capítulo 5 – Elton John – Saturday night’s alright for fighting (também recomendo a versão do Nickelback)
Capítulo 6 – Bon Jovi – Wanted dead or alive
PS: Sim, eu adoro Bon Jovi x.x
XX
N/B: Heey :) espero que gostem da fiic, eu AMEI! Muito bacana e diferente do que eu já tinha lido deles, qualquer errinho, já sabem -> /kaah.jones/ xx.