- E viveram felizes para sempre - ouvi , uma antiga amiga de faculdade, findar a história da Branca de Neve para minha filha Alice. A porta do quarto rosa estava entreaberta e enquanto eu subia para tomar um banho relaxante após mais um dia de trabalho naquele escritório que mais parecia um pandemônio, não pude deixar de parar para observar aquele momento. Era nessas horas que eu sentia que tinha uma família de verdade... Ou algo genérico.
Sorrindo, caminhei até meu quarto e sentei-me na cama, o paletó já estava jogado de qualquer jeito sobre o pequeno sofá e só precisava afrouxar o nó da gravata para me sentir humano outra vez e não o pai-solteiro-de-24-anos-responsável. O que seria da minha vida sem a ? Nem quero parar para pensar, tanto eu quanto a Ali precisávamos muito dela.
E aí vem a pergunta: o que aconteceu com minha esposa? Simples, trocou-me pelo trapezista andrógino do circo de Solei. Mas eu não a culpo totalmente, fui quem insistiu para vermos aquele espetáculo grandioso, e eu devia saber que ela gostava de homens flexíveis. E desde então, vem ocupando (ou pelo o menos tentando) o lugar vago de Isabelle e, devo confessar que não só para Alice, como para mim também. Oras, não me repreendam, sou um homem jovem que precisa do carinho de uma mulher nessas frias noites londrinas... Mesmo que a mulher em questão esteja noiva e vá se casar em dois meses e eventualmente, por uma coincidência nada usual do destino, sou um dos padrinhos.
O jato de água quente aliviava a tensão de meus ombros, ensaboei os cabelos generosamente e, após alguns minutos senti-me muito melhor. Escolhi uma roupa confortável e desci até a cozinha, para comer alguma coisa, antes de morrer subnutrido.
- Ai, porra! - deixei que o palavrão escapasse assim que senti a lâmina afiada atingir em cheio meu dedo - Mas que caralho!
Olhei o sangue jorrar e por um milésimo de segundo senti minhas pernas bambearem, mas logo recuperei meu autocontrole e deixei que todo meu repertório de palavras chulas se esvaísse, a fim de aliviar a dor, se é que aquilo fosse possível.
- Deixe-me ver esse corte. Parece um bebezão - ouvi uma risadinha, olhei rapidamente para , que estava escorada no batente da porta.
- Não foi nada... Foi um cortezinho qualquer - engoli minha vontade de chorar e fiz pose de machão, mas a verdade é aquilo estava ardendo pra cacete! Maldita sensibilidade. Sabe como é, depois de ser pai e... É, acho que minha desculpa não cola.
Ela veio em minha direção e pegou minha mão com todo cuidado. Que formigamento estranho é esse?
- Foi um pouco profundo - ela mordeu o lábio inferior, nitidamente preocupada - Vou pegar o kit de primeiros socorros.
Sim, já era bem íntima da casa, afinal somos melhores amigos e é sempre ela quem ajuda a cuidar da Alice quando chego tarde do trabalho e principalmente quando saio nos fins de semana. Qual é? Saciar os desejos carnais é muito importante para um homem.
- Prontinho - ela retornou a cozinha, carregando tudo o que precisava para fazer o curativo - Por que não me pediu que preparasse algo pra você comer? Está quase dormindo em pé - riu.
- Não quis te atrapalhar, você estava toda concentrada contando a história da Branca de Neve - disse num tom irônico e ela sorriu - Ai! Isso arde! - reclamei quando ela jogou o degermante no ferimento.
- Como foi o seu dia? - ignorou minha reclamação, revirando os olhos e perguntou afável, ela sempre fazia essa pergunta.
- Cheio, estressante - respondi dando de ombros - E a Ali? Deu muito trabalho?
- Não. A Rose já tinha dado banho nela antes de eu chegar - Rose era a babá da Alice, mas se recusava a ficar com a menina por alguma eventualidade, como alguns dos meus atrasos devido ao trabalho, segundo ela, eu tinha que respeitar seus direitos como trabalhadora, era lei. E adivinhem quem me arranjou essa folgada? Ela mesmo, .
- Que bom... - murmurei quase desmaiando de sono.
- Uma tal de Carly ligou... E disse que está com saudades - comentou desgostosa.
- Faz muito tempo que não vejo a Carly... Também estou com saudades - disse aéreo e, ela apertou meu dedo - Ei, doeu!
- Era pra ter doído mesmo. Francamente, hein, ? Você é um pai de família, não devia dar trela pra essas vadias - olhou no fundo dos meus olhos e eu vi lampejos de... Ciúmes?
- A Carly é minha prima - esclareci o suposto mal entendido e vi o rosto de ruborizar, preferi segurar minhas piadinhas infames para amenizar o momento constrangedor, visto que o clima não era dos melhores.
- Er... Eu terminei - deu uma última checada no curativo - Me acompanha até a porta? Está tarde... Preciso ir pra casa - acrescentou rapidamente.
Fomos andando em completo silêncio até a sala, ultimamente o clima de camaradagem que existia entre nós se dissipava aos poucos. Era como se o único elo que nos ligasse fosse Alice. Necessariamente.
- Boa noite. Te vejo amanhã - ela se inclinou e depositou um beijo em minha bochecha. Malditas borboletas no estômago.
- Obrigado - segurei suas mãos e disse com total sinceridade.
- Pelo o quê? O curativo? Não foi nada... - balançou a mão num gesto exagerado e sorriu meigamente e, devo confessar que ela tinha o sorriso mais bonito que já vira. Daqueles que te fazem sorrir involuntariamente.
- Por tudo. Por ficar com a Ali, por ser minha amiga, por cuidar de mim...
- Ah... Por nada, . Eu... Eu gosto muito de você... E da Alice, também! - deu uma risada nervosa.
- Eu também gosto muito de você, ... Somos amigos! - a puxei para um abraço fraterno.
Quando olhei para aqueles traços delicados novamente, percebi que aquele sorriso radiante murchou... Eu não disse algo de errado. Disse? Vá entender a cabeça de uma mulher.
- Bem... Já vou indo - ainda com a porta aberta, a vi caminhar até o carro e dobrar a esquina.
Olhei para o relógio, que anunciava 22h, e sentei-me pesadamente numa poltrona, observando tudo pela penumbra e contornando o desenho abstrato da almofada com a ponta dos dedos, sentindo uma frustração cada vez mais latejante e contínua. Mais uma noite... Sozinho. Uma mulher fazia muita falta... Ainda mais quando se tinha uma criança pequena. Estava cada vez mais difícil encontrar a mulher certa, principalmente que aceitasse o fato de ter uma filha, é claro, sem que ela saísse correndo depois que contasse. Cada fibra do meu ser sabia que no fim das contas eu já tinha encontrado sim essa mulher, eu só não queria enxergar. Talvez pra mim fosse tarde demais...
O roncar do meu aparelho digestivo me fez encarar a realidade. Abri a geladeira procurando algo comestível, mas só encontrei frutas e legumes frescos - sou um pai consciente, tenho que dar o exemplo - e acabei optando por um iogurte. Prático e garantiria a sobrevivência dos meus dedos.
Entrei vagarosamente no quarto de Alice, contemplando o rostinho angelical. E senti que era o cara mais sortudo do mundo.
- Durma bem, meu anjo. Papai te ama muito - murmurei antes de sair do quarto, com uma sensação de plenitude que jamais imaginei sentir.
***
- Pai...Tenho saudades da mamãe - Alice confessou, enquanto colocava-a para dormir, numa noite de Sábado.
Abri a boca várias vezes pensando em algo para dizer, mas que ela pudesse compreender. Afinal, como se explica para uma filha de 6 anos que a mãe a abandonou e nunca mandou notícias ou sequer, procurou notícias sobre ela?
- Quando você sentir saudades da mamãe, Ali, pense nela e a mande um carinho. Com toda certeza ela receberá - virei-me abruptamente para , que adentrou o quarto e sentou-se na cama. Enxuguei as gotículas de suor da minha testa, lançando-lhe um olhar de gratidão. Ela retribui com aquele sorriso.
- E isso funciona mesmo? - ela franziu o cenho, enrugando o narizinho e... Wow, ela se parece muito comigo.
- Claro que funciona! - eu intervi - Mande um beijo, um abraço. A saudade diminuirá.
De repente, Alice fechou os olhos, beijou a ponta dos dedinhos e os friccionou, como se expelisse algo, jogando o beijo no ar.
- E então? A saudade diminuiu? - afaguei os cabelinhos castanhos.
- Um pouquinho - bocejou e eu a aconcheguei na cama. , a essa altura, observava escorada no batente da porta - Pai, não esquece o Teddy! - peguei o ursinho felpudo na estante. Presente de quem? Exatamente isso que estão pensando.
- Boa noite, minha princesa! - beijei estaladamente sua testa, arrancando risos felizes.
- Beija o Teddy, também! Senão ele fica tristinho! - meio a contragosto, beijei o bichinho de pelúcia. Observando fechar os olhinhos, satisfeita.
Apaguei o abajur e fechei a porta ruidosamente.
- É tão lindo ver vocês juntos - comentou, enquanto nos dirigíamos à cozinha.
- Ela é tudo o que eu tenho - sorri encabulado, coçando a nuca.
- Vou fazer um chocolate pra gente - virou-se para o fogão e eu preferi ficar calado, vasculhando minha memória para encontrar algum assunto inteligente.
O clima entre nós sempre era aquele.
- Eu não sei se quero mais me casar - ela comentou baixo, algum tempo depois.
- Aconteceu alguma coisa? Ele te fez alguma coisa? Ah, mas eu mato aquele desgraçado! - levantei da cadeira num pulo e, no segundo seguinte, meus braços a envolveram sua cintura e minhas mãos acariciaram seus cabelos, desajeitadamente, mas com carinho, entorpecido pelo cheiro extremamente agradável de morangos silvestres.
- Eu... Amo outro cara - ela declarou, as lágrimas começando a se formarem nos olhos, deixando-os mais brilhantes - Mas esse sentimento não é correspondido.
- ... Esse cara é o maior babaca que eu conheço - ela deu uma risada nasalada. Disse algo de errado? Eu, hein! - É impossível não te amar! Você é a garota mais perfeita do mundo.
Senti meu coração apertado. Eu teria que competir com mais esse outro cara? E agora? Eu a perderia em caráter permanente? Não! Eu não posso deixar! Por que essa insegurança? Eu nem sei se gosto dela de verdade. Nós somos apenas melhores amigos.
- V-você acha? - ela me encarou e eu senti um frio na espinha.
- Eu não acho nada - respondi e ela me olhou assustada - Eu tenho certeza disso.
Era tão bom tê-la em meus braços. O paraíso ou talvez o inferno, era o lugar onde cada fibra do meu corpo ardia por .
Não tive muito tempo pra pensar na minha atitude, mas não pude conter a vontade, quase selvagem, de sentir a maciez de sua boa, tocando a minha. Quando nossos lábios se encostaram, foi como se estivesse torrando sob o sol escaldante de um deserto, um calor descomunal apossou-se de meu corpo, o que só me fez querer mais. não impôs resistência, e entendendo isso como um estímulo para que prosseguisse, introduzi minha língua, num pedido mudo para aprofundar o beijo. Com um suspiro, ela entreabriu os lábios, e nossas línguas interagiam como velhas conhecidas. Suas mãos espalmadas apertaram firmemente minha cintura, enquanto as minhas acariciavam num vai e vêm descontrolado suas costas por baixo da blusinha de flanela. Eu não saberia descrever aquela sensação. Era como se meu cérebro estivesse em pane, apenas à mercê do desejo. Descontrolado, a beijei com mais avidez, explorando cada milímetro da boca doce. Suas pernas envolveram meu quadril, e eu pressionei meu membro extremamente rígido e pulsante de encontro a sua feminilidade, fazendo-a soltar um gemido abafado. Ela partiu o beijo, distribuindo beijinhos pelo meu pescoço, arrepiando-me até o último pêlo existente.
- Eu te amo tanto, - ela disse, ainda em meus braços.
Paralisei diante as quatro palavras, que caíram como a gravidade de uma salva de tiros. Eu te amo tanto. E agora? Eu a amava também? Eu nutria algum sentimento forte além da amizade, mas eu não saberia decifrar se isso também é amor. Talvez fosse desejo reprimido... Patético. Mas é claro que não é apenas isso, . Você faz tudo por essa garota. Mas se não der certo? Eu não sou nem de longe o cara certo para ela. Frustrado, soltei um suspiro, uma sensação iminente se apossava cada vez mais do meu coração. Eu não poderia decepcioná-la, alegando estar apaixonado e depois descobrir que apenas algo passageiro. Eu tinha que está bem resolvido com meus sentimentos e não em parafuso, que é como estou agora.
- Eu também te amo, - ela sorriu e eu quis me matar - Mas não do jeito que você me ama.
- Eu sabia que isso seria um erro - disse com um sorriso conformado, o olhar triste, o semblante estarrecido - Não posso dizer que me arrependi. Adeus, .
Observei seu vulto se distanciar, abrir a porta e partir. Não seria mais apenas por algumas que eu não a veria. Mas definitivamente.
***
Dois meses se passaram. Dois malditos meses. Passei sessenta dias sem vê-la, mas pensei nela mais do que sessenta vezes por minuto. Tentei entrar em contato nesse período, mas os meus telefonemas não eram retornados, não soube o endereço do seu novo apartamento. Eu estava em pânico! Em pânico por estar apaixonado por e tê-la perdido . Mas do que adiantaria estar bem resolvido com meus sentimentos agora? Ela havia decidido retomar sua vida e principalmente o casamento, que se realizaria hoje, em duas horas, e claro, eu não faria parte de seu recomeço. Por que eu não me declarei naquela noite, meu Deus? Ah é, porque eu sou um covarde.
A partir de hoje, meu papel na vida dela não passaria de uma mera lembrança obscura.
O som da campainha fez-se presente, balancei a cabeça negativamente, afastando os devaneios, e fui à direção da porta.
- Oi, querido - a mulher impecavelmente vestida adentrou a sala de estar, sem cerimônias - Vim buscar a princesinha - era Katherine, mãe de .
E no instante seguinte, Rose trazia Alice, trajando o vestidinho branco, característico de dama de honra.
- Você está linda, meu anjo! - beijei a bochecha gordinha - Não dê trabalho.
- Não se preocupe senhor, ela já é uma mocinha, sabe se comportar - Rose declarou. Vocês devem estar se perguntando o que ela faz até essa hora depois do trabalho. Pois bem, tive que pagá-la pra ir à festa. Aproveitadora.
- Tem certeza de que não quer vir? - Kathe perguntou afetuosamente - Esperamos você tomar banho e se vestir, mas que seja rápido! - deu uns tapinhas em meu ombro.
- Não... Não acho que ela queira me ver... Não depois de tudo - murmurei.
- Querido, acredite, é o que ela mais deseja - jogou uma piscadela - Vamos, meninas.
Ainda encostado na porta, observei Alice acenar e em seguida o carro partir, virando a rua.
Fechei os olhos e desabei sobre uma poltrona, alheio a toda aquela agitação. Não queria pensar na possibilidade perdê-la. Uma parte de mim estaria sempre com ela. A sensação de perda é como a violência de um golpe. Percebi que era o meu amor, minha felicidade, minha esperança.
Eu teria que agir como um homem, caso não quisesse perdê-la. Procurei as chaves do carro na mesinha de centro, até que me lembrei de que estava no bolso da minha calça. Subi correndo, revirando todas as minhas roupas do closet, até que finalmente encontrei a bendita peça.
Já na garagem, liguei o carro e parti rumo à igreja.
Estacionei o carro perto da pequena catedral. Mas as portas estavam fechadas. Entrei por uma saleta, onde uma porta indicava a sacristia, com a vista panorâmica da igreja lotada. O padre proferia um discurso sobre o companheirismo e, demoraria demais até que chegasse a parte do "se alguém tem algo contra este casamento, que fale agora ou se cale para sempre". Então, tomei a única atitude que me pareceu plausível naquele momento. Acionei o alarme de incêndio.
O som estridente ecoou pelas paredes de pedra, causando um enorme tumulto entre os presentes. Em minutos, todos os convidados haviam saído as pressas, restando apenas a noiva, que se mantinha paralisada.
- ! - gritei e ela virou-se lentamente, piscando repetidas vezes, como se o que visse fosse uma miragem.
- O que você está fazendo aqui? - arqueou uma sobrancelha.
- Eu te amo! Por favor, não se case. Não consigo viver sem você!
- Está falando sério? Você me ama... De verdade?
- Eu não penso em outra coisa, desde aquela nossa última conversa... - cocei a nuca, envergonhado.
Ela franziu o cenho, olhando-me de uma maneira estranha.
- Um minuto... - ela saiu andando, e foi em direção ao noivo, que nos olhava abismado.
Conversaram por um momento, e ele a abraçou longamente, soube naquele momento, que não teria mais jeito, eu havia a perdido. Derrotado, sentei em um dos bancos, olhando para a imagem de Cristo, como um pedido de clemência.
Ouvi o barulho dos saltos chocando-se com o chão encerado e, levantei a cabeça para olhá-la.
- Devo deduzir que o casamento não vai mais se realizar? - perguntei e, uma faísca de esperança se ascendeu.
- Sim, , eu e Ryan rompemos. Ele concordou com o fato de que não nos amamos e seria um erro se prosseguíssemos com o casamento. Eu acho que tenho boas notícias - ela sussurrou – Eu te amo.
E sem esperar mais tempo, capturei os lábios de , num beijo doce e apaixonado.
- Se eu jurar amor eterno, você aceita ser minha esposa?
- Nada me faria mais feliz - sorriu - É uma pena desperdiçar o vestido, a comida e os convidados - ela comentou com um olhar sugestivo.
- Não estou vestido adequadamente para uma cerimônia de casamento... Mas... Se você não se importar...
Mayara não esperou mais tempo, empurrou-me com delicadeza e fomos encontrar seus pais na sacristia da igreja.
- Espero que ninguém se importe com a troca de noivos - murmurei antes de beijá-la novamente.
***
Deitados lado a lado, na enorme cama de casal, desfrutávamos da intimidade que se seguia após o ato de amor. repousava a cabeça eu meu peito enquanto acariciava seus cabelos.
- Se me contar um segredo, também contarei um - murmurei, aspirando o cheiro adocicado de sua pele.
- Está bem - concordou com um risinho - O meu primeiro beijo foi com aquele seu amigo, o . Agora é sua vez.
Com um sorriso jocoso, confessei:
- Fui eu quem acionou o alarme de incêndio na igreja.
“Não importa o que entre no meu caminho, contanto que ainda tenha vida em mim,
Não importa o que aconteça, lembre-se eu sempre virei por você,
Eu atravessaria o mundo rastejando por você, faço o que você quiser,
Não importa o que aconteça, lembre-se eu sempre virei por você,
Você sabe, eu sempre virei por você”.
FIM.
N/A: Hey! Espero que gostem dessa short, foi feita com muito carinho, para uma pessoa muito, muito especial! May te adoro!
N/B: Preciso dizer que fiquei boba? Ganhar uma fic de aniversário, que honra! Como já disse mil vezes em e-mails, adoro adoro adoro suas fics!