If I Fell
Fiction por Gabi L | Betagem por Mari Lima
01.
Meu primeiro dia em Londres não deu sorte, a chuva batia com força na janela do táxi, minhas malas foram desviadas para outro aeroporto, minha adorada melhor amiga esqueceu-se de me buscar e estava um frio atormentador.
Meu maior objetivo com essa mudança era deixar pra trás toda aquela mágoa que estava me enlouquecendo no Rio. Eu havia deixado de crer no amor e precisava mudar minha atitude. Eu precisava voltar a viver minha vida.
- Ai meu deus, eu sinto muito, eu tava totalmente ocupada no trabalho! Quanto deu o táxi? Eu vou te pagar, afinal eu que esqueci de te buscar! Ai meu deus, eu to tão feliz que você chegou! – A alegria de era contagiante para qualquer um que visse.
- Ah, nem venha com essa, não faço questão. Senti tanto sua falta, , você não sabe a loucura que está sendo! – O bom de ter uma melhor amiga é que ela sempre sabe quando te dar um abraço apertado só de te olhar nos olhos - Me ajuda com essas malas, porque estão mega pesadas!
O apartamento era de provocar muita inveja. Era enorme, duplex de cobertura em um condomínio super elegante, tinha varandas incríveis. Era o tipo de apartamento da alta sociedade de Gossip Girl que toda adolescente desejava. Claro que só conseguiu isso com a ajuda dos pais e de um trabalho que - em minha opinião, era escravo - ocupava todo seu tempo. Colocamos minhas malas no quarto de hóspedes e ouvi o interfone tocar.
- , se importa se uns amigos subirem? Eles sempre vêm na sexta à noite, mas se quiser, posso mandá-los embora.
- Claro que não, , tudo bem. – Não estava com o menor clima pra ser simpática, mas iria dizer o que? “Claro que sim, , cheguei agora de um vôo que me esgotou, terminei há um mês com meu namorado e ainda choro de noite, então sugiro que você pegue seus amigos e vá fazer sua suruba na esquina”? Não, eu acho que não.
Quando a campainha tocou, escutei apenas vozes masculinas, quatro diferentes. E um barulho de beijo, um beijo demorado que arrancou vaias dos meninos presentes. Não movi um músculo para sair da varanda, se eles quisessem falar comigo, eles que viessem a mim. Ou não.
Comecei a contar quanto tempo demoraria até ver uma cabecinha pendurada na porta pra começar um diálogo indesejável, mas nada acontecia. Até que depois do número 48, escutei um estrondo enorme na sala. E se minha melhor amiga tivesse sofrido um acidente? Não ia ser tão egoísta assim a ponto de ignorar.
- , ta tudo bem aí? – No momento em que apareci na cena, os quatro donos das vozes me olharam como se eu fosse um fantasma.
- De onde você surgiu, garota? – Perguntou o garoto no sofá.
- Eu sei que você não me conhece, mas se tem uma coisa que não suporto é que me chamem de “garota”. Sou amiga da , vim pra passar um tempo aqui com ela, e quem sabe ficar. – Tentei sorrir, mas acho que foi em vão já que o menino só ficou me olhando, sem graça.
- Desculpem, essa é a , minha amiga do Brasil, como ela disse, está de passagem mas se tudo der certo, ela fica pra morar. , esse é . – ela apontou pro garoto do sofá, que corou ao ver que eu não o parava de encarar. - Esse é , meu namorado, o que eu te falei, lembra? – Dessa vez, quem corou foi ela, com um sorriso bobo no rosto. - E estes são e . – apontando pro dono de uma covinha super irresistível e outro super gostoso.
- Olá. – responderam eles em coro, cada um com um sorriso mais lindo que o outro. - Seja bem vinda. – Completou , mandando uma piscada que tomou meu ar.
Retiro o que disse sobre estar de coração fechado apenas pelas mágoas do passado. Afinal, passado é passado e se eu não aprendesse a superar, eu iria seguir chorando por todas as noites da minha vida. Se eu queria mudança, eu teria que me esforçar.
- Ahm, desculpe, essa maleta é minha, eu esqueci aqui no corredor. – pois é, eu causei um acidente envolvendo o namorado da minha melhor amiga, não quero nem imaginar se ele tivesse se machucado, eu estaria morta. – Você ta bem, né?
- Claro, claro, não foi nada. E então, o que pretende fazer aqui em Londres? – disse , sentando-se no sofá.
- Bom, como só quero uma pequena experiência, no início pensei em trabalhar em qualquer lugar, mas sou formada em marketing.
- Marketing? Que maneiro! A gente tem dois amigos que trabalham nessa área também, vai ver eles podem te ajudar. – disse , jogando-se no sofá com um pedaço de pizza na mão, todo lambuzado.
- Serio? Seria incrível, mas só quando eu decidir o que fazer, obrigada. Na verdade, para esses dias eu pensei em ir na Starbucks da Belvedere Road, perto do London Eye, quando eu estava no taxi chegando, percebi que tinha um cartaz procurando atendentes.
- É, seria um começo um tanto surpreendente pra quem mora em um apartamento como esse. – Disse rindo, e que risada.
A noite foi muito divertida, troquei por completo meu conceito do que seria. Os meninos eram totalmente extrovertidos, até se ofereceram para aprender a dançar quadrilha por terem visto minha foto com a de caipira! Eles me ganharam com a simpatia, principalmente .
02.
- , você viu onde deixei o vestido?
- Calma, ! É so um pub, não precisa ficar tão aflita! – Aflita? Eu? Imagina! Eu estou indo em um pub em Londres, acompanhada pelo McFly e minha melhor amiga para estar na área vip! Aflita? Por que eu estaria?
- , eu preciso achar! Senão eu vou ter que ir com aquele preto meu sem graça! Me ajuda! Você é minha melhor amiga mesmo ou minha irmã caçula implicante?
- Ai, ta bom! Vê se não ta separado no banheiro, você sempre separa as coisas no dia anterior, e anda logo porque daqui a pouco eles chegam!
Vou admitir que nunca corri tanto na minha vida para uma simples “saída”, mas mesmo com a correria, quando parei em frente ao espelho, não pude deixar de perceber que eu estava radiante como não ficava há tempos. Fiquei sorrindo abobada no espelho, me admirando, até ver a cabecinha de na porta atrás de mim.
- Ah, eu não ouvi a campainha tocar, desculpa, quer usar o banheiro? – Não precisa nem perguntar o quanto fiquei sem graça com esse momento.
- Não, não, só vim te chamar mesmo. Você ta linda, acho que tem alguém que vai adorar essa noite. – era o único que eu tinha confiado minha atração secreta por , eu já o sentia como fosse meu irmão mais velho. – Mas olha lá, hein, toma cuidado.
- Nem se preocupa, seu bobo, eu não tenho segundas intenções para essa noite. – Eu devia estar mais vermelha que um morango e, para disfarçar, apertei a barriga de , saindo para descer as escadas e encontrar o pessoal na sala.
O pub estava cheio, mas isso não me impediu de me jogar na pista de dança. Eu amo dançar, dançar é como uma terapia para mim, nada se passa na minha cabeça além da alegria transmitida pelas batidas das músicas. sempre amou esse meu lado, ela ama dançar tanto quanto eu e não temos muitas amigas que gostem de sair apenas para dançar. Acho que era mais um motivo dos quais sentíamos tanto a falta uma da outra.
Eu estava dançando “Ready 4 Love – Cascada”, eu amava essa música. Então senti uma mão tocar minha cintura e só vi se afastando e rindo até sentar ao lado de na mesa. Olhei pelo ombro a fim de ver quem estava dançando comigo e vi o sorriso de . Aquele sorriso que me tirava o ar. Sorri de orelha a orelha e me virei para ele, dançando cara a cara. Estávamos completamente anestesiados pelo ritmo da música, esquecemos por completo que eu carregava um drink na mão e começamos a pular. Garanto que não era efeito do álcool, mas nunca ri tanto na minha vida. Aquela dança foi a melhor de toda a minha vida. Então, ele pegou minha mão e me levou pra sacada do pub, onde só tinham casais e umas pessoas fumando.
- , eu não posso ficar perto de cigarros, tenho alergia. – Senti uma onda de tristeza por ter interrompido um momento tão lindo com essa frase besta, mas era necessária, pois eu era alérgica.
- Não tem problema, não quero te trazer na sacada, a sacada é apenas o caminho. – Ele sorriu e me olhou nos olhos, apertei mais forte sua mão e continuei o seguindo.
Do lado da sacada, tinha uma escada de incêndio, ele desceu na frente e me ajudou a descer depois. Eu não entendia aonde ele queria me levar. Eu tentei até perguntar, mas ele não quis responder, disse que era surpresa. Continuamos andando pelo jardim, até que comecei a sentir areia entrando em minha sandália. Quando olhei pra frente, encontrei o que parecia uma pequena praia, reservada, mas linda.
- Acho que seria melhor você tirar seu sapato. – Disse ele com aquele sorriso lindo no rosto.
- Nossa, aqui é maravilhoso, eu não sabia que tinha lugares assim!
- É, aqui é bem especial pra mim. Quando eu tô atormentado com algo, querendo fugir, eu venho passar umas horas aqui.
Fui andando até a beira do mar e senti aquela água fria na ponta dos pés, me arrepiando toda. Senti uma brisa tocar meu rosto e respirei fundo, estranhei não ter sentido cheiro de sal.
- A água não é salgada?
- Não, na verdade isso é meio que uma lagoa, não dá pra ver bem o fim de noite, pois ela é muito grande. Mas a lagoa é limpa e a água muito boa pra nadar no verão, como agora. – Quando olhei pro lado, vi tirando sua roupa, pronto para mergulhar de boxer. Foco na barriga, foco nos bíceps, foco na bunda. Ai meu deus, foco na água! Ele mergulhou! – Você não vai entrar?
- Não ta gelada? – Não é que a temperatura da água me importasse, mas eu teria que ficar de sutiã e calcinha na frente do garoto que eu gostava! E a vergonha eu enfio aonde?
- Nada, qualquer coisa eu te esquento. – Eu tenho certeza que corei por completo com essa frase dele. – Quer dizer, com meu blazer, qualquer coisa eu te empresto depois que sairmos da água. – E soltou uma risada. Ele tava tentando me matar? Tava conseguindo.
Deixei minha sandália na areia perto da roupa dele, virei de costas para ele em um ato totalmente controlado pela vergonha, desci o zíper lateral do meu tubinho azul turquesa e ele deslizou pela minha pele, fazendo meu coração ir a mil por hora. Virei-me de frente para a lagoa e pude ver a cara de choque de, que me fez rir de timidez. Agradeci por estar usando um conjunto de sutiã e calcinha sexy e preto.
03.
- E então... – disse se aproximando de mim quando entrei por completo na água. – A água ta muito gelada?
- Não, ta perfeita. – Fala sério, eu parecia uma anormal babando pelo sorriso daquele Deus em minha frente.
Nos primeiros minutos, eu estava totalmente tensa, mas ele fez questão de relaxar a situação fazendo palhaçadas. Tão fofo. Ensinei-o a fazer cambalhota de costas, nem todos sabem. Ele riu de suas próprias tentativas desastradas, deixando entrar água no nariz. Resolvi boiar para olhar as estrelas no céu e senti que ele também estava boiando, segurando minha mão. Ele é perfeito. Foi só o que consegui pensar quando o senti me abraçando e me puxando para me beijar. Senti seus lábios macios e molhados se encontrarem com os meus. Nosso beijo parecia uma sintonia, feito a medida pros nossos lábios.
Desvantagem de estar beijando um cara maravilhoso em uma lagoa deserta, de madrugada, apenas de roupas íntimas, era o silêncio. Qualquer barulho era ecoado. Como o meu toque de celular. Que raiva eu senti.
- Acho melhor eu atender. – Disse entre selinhos e sorrisos.
Saí da água e cara, como estava frio. Peguei o celular e vi 8 ligações perdidas de . Retornei as chamadas enquanto colocava meu vestido e se vestia.
- , pelo amor de deus! São quatro horas da manhã e é sua terceira semana em Londres! Aonde você se meteu que ainda não chegou em casa?! Você acha bonito se perder e nem avisar sua melhor amiga?! – preocupada era do tipo que você prefere sair de perto, ela berrava com todo seu fôlego, até escutava os berros, rindo. O que me fazia rir também. – Você ta rindo?! Você acha isso engraçado, ? Onde você está?! Com quem você está?! Para de rir e fala algo, !
- , minha cara amiga... – Comecei a respondê-la tentando segurar o riso. - Eu estou tendo uma ótima noite e logo mais nos vemos, ok?
- Como assim logo mais nos vemos, garota?! Com quem você está?!
- Não se lembra por que saiu da pista de dança, lindinha? – Tentei abafar minha frase, mas acho que escutou pois soltou uma gargalhada tão alta que escutou e começou a rir.
- Sua safada! Me liga quando estiver vindo! Use camisinha! – Depois de ter escutado isso, eu apenas comecei a rir mais ainda e desliguei o telefone.
Quando me virei para , ele estava segurando o blazer na mão e me olhando, com um sorriso tão carinhoso que me dava vontade de sair apertando-o. E outras mais coisas.
- Então, podemos voltar ao pub, comer algo e depois voltamos pra ver o sol nascer, que tal? – Disse ele colocando o blazer em meu ombro, como quem não queria que eu me resfriasse com o vento batendo em meus ombros molhados não cobertos pelo tomara que caia.
- Parece perfeito. – Dei um selinho nele e fomos de mãos dadas para o pub.
Dividimos uma porção de batata frita, dançamos mais um pouco e quando deu cinco e meia, nos dirigimos de volta à lagoa. Sentamos na areia escura, deitei minha cabeça em seu ombro enquanto ele envolvia seus braços à minha volta, fechei os olhos e deixei que a brisa me enchesse de esperança pro meu recomeço. Eu queria acreditar de novo no amor e há tempos não sentia borboletas no estômago quando um garoto vinha me beijar. Eu estava me apaixonando e correndo o risco de me magoar de novo a partir daquela noite.
O sol nasceu e entre vários beijos carinhosos, calientes e lentos, comecei a bocejar de sono e ele resolveu que me levaria para casa. Como estávamos todos de carona no carro do , resolvemos pegar um táxi até minha esquina e ir andando o resto do caminho. Conversamos sobre tudo enquanto isso, desde o peixe que eu tinha com 8 anos e que se tacou para fora do aquário até como ele largou a chupeta. O que quinze minutos de táxi não fazem, certo? Saltamos do táxi, que eu paguei depois de insistir muito, e fomos caminhando tranquilamente pela rua. Eu ainda vestia seu blazer, já estávamos secos, mas ele insistia pra que eu não sentisse frio.
Conversa vai, conversa vem, até que chegamos ao lado do condomínio e encostei-me à parede para procurar a chave do apartamento em minha bolsa. Ele chegou perto, apoiou uma mão na parede e me beijou. Beijou com toda a sutileza que o último beijo de um primeiro encontro deveria ter. Foi um beijo calmo, carinhoso, quente e de apaixonar qualquer uma. Eu sorri e passei a mão em seu pescoço fazendo carinho, já tinha achado a chave, mas eu não arriscaria sair daquela posição. Ele me deu um beijo na testa e desejou boa noite, mesmo sendo sete horas da manhã. Eu entrei no prédio e ao olhar de relance por cima do ombro, pude ver me olhando com um sorriso lindo.
devia ter trancado as portas de tudo quanto é jeito, pois fui obrigada a fazer barulho enquanto entrava e como seu quarto era no primeiro andar do apartamento, ela logo acordou. Claro, por que pensei que ela me deixaria entrar silenciosamente no apartamento depois de ter passado a noite inteira na rua com o melhor amigo de seu namorado? Eu ri sozinha quando ela apareceu correndo pelo corredor com as pantufas de Leitão e Pooh.
- Me conta tudo! – Ela pegou o celular e ligou para para avisar que eu já tinha chegado.
- Tem mesmo que avisar ao mundo que passei a noite fora com ? Não, nós não fizemos nada demais, sua tarada! – Comecei a rir e peguei um pote de sorvete de menta com chocolate no congelador. Vocês já provaram? É perfeito. Principalmente depois de uma noite dessas. A menta dilata sua boca lembrando de cada beijo que você deu, o chocolate libera uma substância te deixando mais encantada ainda com seu príncipe e a mistura do doce com a menta faz você viajar na mais linda ilusão.
- Não? Então o que fizeram a noite toda? – Tudo para tinha que envolver algo safado, era uma insaciável da vida, eu me divertia muito com as histórias dela.
- Bom, fomos a uma lagoa deserta, nadamos de roupas íntimas, voltamos pro pub, comemos, dançamos, voltamos pra lagoa, vimos o sol nascer, ficamos mais um pouco lá, ai bateu meu sono e voltamos pra cá. Foi tudo tão perfeito! – Meus olhos brilhavam enquanto eu me lembrava dos momentos.
- Pelo menos assim você esquece o idiota do Lucas. sim vai te tratar como deve e não como o Lucas te tratava mal, te humilhando. Corno inconformado, isso sim. – sempre odiou meu ex, mas eu sempre fui louca por ele.
- , você tinha que tocar nesse nome? Poxa, amiga, tava uma noite tão perfeita. – Fui sentar na varanda e me dei conta que ainda estava com o cheiro do blazer de , respirei fundo e tentei não pensar nas coisas tristes que haviam me feito sair do Rio de Janeiro.
- Desculpa, , só quero que você saiba que te apoio em qualquer decisão, desde que seja sensata e que te faça verdadeiramente feliz. é um Deus, e acho que você deve mesmo investir nele. – Disse , sentando em meu colo e comendo do soverte.
- É, pelo visto Londres além de estilo, tem bastante romance. Mas pode parando de meter essa colher ai no meu sorvete.
Só fui dormir umas nove e pouco, passamos um bom tempo sentadas no chão da varanda falando besteira e comendo sorvete. Aquela hora em que as amigas conversam sobre toda a parte safadinha da história, sabe? Depois disso, tomei um banho e desmaiei, praticamente, na cama.
04.
Quando acordei eram duas e meia da tarde, havia deixado um bilhete falando que estaria no trabalho, qualquer coisa eu podia ligar. Peguei o celular e não tinha nenhuma ligação nem mensagem. Tudo bem, ele deve estar dormindo, pensei. Liguei para o .
- Oi princesa, em que posso ser útil? – Ele sempre é um amor comigo.
- Amiguinho, me dá uma carona? Queria passar lá naquela Starbucks e ver se arrumava um emprego.
- Claro, me dá vinte minutos e chego aí.
Tomei um banho, vesti uma camisa social, uma saia jeans, coloquei meu all star de couro (era meu xodó, não ia a lugar algum sem ele na mala) e peguei minha bolsa. Desci e encontrei na portaria. Quando entrei no carro, ele foi logo perguntando sobre .
- Então, o que aconteceu?
- Ah, passamos uma noite romântica, sabe, foi tudo tão fofo.
- É, ele ta dormindo até agora. Mais tarde temos uma apresentação pra gravadora e espero que ele esteja de pé.
- , você não acha que eu vá me magoar, não é?
O sinal ficou vermelho, e ele aproveitou pra olhar pra mim. Era meu melhor amigo, sabia que ele não mentiria criando falsas expectativas.
- , sempre foi muito galinha, não vamos negar isso. Mas quando ele gosta, ele se entrega por completo. Não apressa as coisas, ok?
- Ok, obrigada pelo conselho. – Sorri pra ele e o abracei, fazendo com que ele não visse o sinal verde e causando raiva no motorista atrás de nós que começou a buzinar sem parar.
Chegamos à Starbucks e pedi que me esperasse no carro, não queria que ele causasse rebuliço no local. Eu queria um emprego, só isso. Falei com a gerente, ela era muito simpática, se chama Liza, tem 36 anos e é de Dartford. Fiz uma pequena entrevista e ela me deu a vaga, depois me apresentou às outras meninas que trabalhariam comigo e disse que eu começaria na próxima segunda. Já era quinta, então não tinha pressa.
- Se importa se eu passar antes no escritório do Fletch e depois te deixar em casa? – Disse assim que entrei no carro
- Claro que não! Eu consegui o emprego, são todas muito fofas aí dentro. Começo segunda!
- Que bom, pequena, vai ser muito bom pra você! – Eu sentia uma certa preocupação na voz de , mas não me atrevi a perguntar; se ele quisesse falar, já teria falado.
Chegamos ao escritório de Fletch e quando entrei com , vi que todos estavam ali: , e . Todos com uma cara não muito boa. nem sequer olhou direito pra mim, apenas lançou um sorriso sem graça. E não soube dizer se isso era bom ou ruim.
- Ah, que bom que você também está aqui, garota. – Disse um cara que presumi ser Fletch de acordo com a autoridade dele naquela sala.
- Ahm, meu nome é e não garota.
- Que seja, você tem noção do quanto você ta fazendo mal à banda?
- Peraí, Fletch, não é bem assim. – Interveio .
- O que está acontecendo? – Virei para que encarava três revistas de fofocas com uma cara péssima.
Peguei uma das revistas da mão dele e vi a seguinte manchete: “ vai de mal a pior, além de trair a namorada, nem imaginava que ela estaria grávida”. Meu queixo caiu. Comecei a me sentir mal. Peguei a segunda revista e tinha outra manchete com uma foto deles dois encostados na parede de seu prédio: “O da banda McFly talvez possa levar a banda à falência por sua má conduta”. Senti meus olhos encherem de lágrima. O que significava aquilo tudo? Peguei a última revista e me arrependi no momento que vi a foto. Era uma foto de uma menina no mesmo pub em que estávamos na noite passada, enquanto eu e dançávamos ao fundo, a menina chorava. A manchete dizia apenas: “A máscara caiu da pior forma para ”. Como assim? Quem era essa ? Olhei para que me olhava nervoso, com as mãos no rosto.
- O que é tudo isso? – Minha voz saiu por um fio. Eu tinha um nó na garganta, queria chorar.
- Eu não sei. – Dizia ele de cabeça baixa. - Eu realmente não sei.
- Claro, foi só uma noite. – Sorri escondendo as lágrimas. – Não se preocupe, senhor Fletch, agora o problema é só de vocês e dessa . – Sorri pros meninos na minha melhor máscara e saí da sala. Ouvi gritar meu nome e tentar correr atrás, mas Fletch o alertou e fechou a porta.
Não iria esperar sair para voltar de carona, simplesmente liguei para e disse que precisava sumir. Sentei em um banco de uma pracinha ali perto pra esperar por ela e comecei a chorar. Minutos depois ela chegou e eu expliquei tudo que tinha acontecido. Ela queria subir no escritório e arranjar confusão com , mas a verdade era que eu sabia que tinha algo de errado nessa história. Depois desse dia não me ligou, as notícias apareciam em outras revistas, umas três menininhas me reconheceram no meu trabalho e começaram a cochichar.
Eu escutava certas vezes a conversando sobre isso com o , nas sextas à noite todos vinham como normalmente acontecia, menos . Ele tinha sumido ao menos para mim.
05.
Quando estava chegando ao meu trabalho, parei em uma banca para comprar jornal e vi uma revista de fofoca: “ processa por difamação pública”. Um grande sinal de interrogação surgiu na minha mente.
- Essa revista é de hoje? – Perguntei ao dono da banca.
- É dessa semana, chegou tem uns três dias, senhora. É só o jornal?
- É... Só o jornal... – Eu disse chocada.
- £2.
- Obrigada. – Entreguei o dinheiro, peguei o troco e liguei pra , que disse que assim que descobrisse, me retornaria a ligação.
Entrei em meu trabalho e tentei me concentrar ao máximo para não derrubar nenhuma bandeja em nenhum cliente que me desse dor de cabeça. As horas se passavam e nada da me ligar de voltar, eu já estava pra lá de apreensiva.
- Ta tudo bem, ? – Perguntou Liza quando eu parei no caixa para fazer minha conta no fim do dia.
- Tá, tá sim, por quê?
- Você parece um pouco preocupada. Então, eu tava falando com as meninas que amanhã é a noite de talentos e sempre temos um showzinho entre as funcionárias. Lembra quando perguntei na entrevista se você sabia cantar e pedi pra você cantar uma música?
- Lembro sim, o que tem? – Ah não, ela não ia fazer isso comigo.
- Você pode cantar uma música? Você escolhe qual quiser.
- E-eu? Cantar? Pra todos ouvirem? Não, não, eu passo. – Arregalei meus olhos e fechei minha conta no caixa.
- Mas, , são normas, desculpa, mas você vai ter que cantar. – Eu olhei pro seu rostinho e vi que realmente, não era culpa dela. Ela tava com um rostinho de cãozinho sem dono enquanto implorava pra eu aceitar.
- Sendo assim, tudo bem. – Tentei sorri, mas fiquei bastante nervosa com essa ideia então deve ter saído um sorriso bem feio. – Tem algum tema?
- Não, escolha qualquer música e esteja pronta no dia.
- Ahm, ok. Até amanhã, Liza. – Sorri pra ela, peguei minha bolsa e fui pra casa. E nada da ligar.
Cheguei em casa e praticamente pulou em mim. Ela tinha acabado de desligar o telefone com e me contou que as manchetes eram todas verdadeiras. Bem, as manchetes de hoje né. Ela me explicou pedaço por pedaço da história. Desde quando terminou com , mas não deixou que a mídia soubesse, de quando nos viu juntos no pub e inventou a história da gravidez, até quando o a processou por difamação pública, inventando boatos e prejudicando sua carreira. Como eu pude ser tão tola e não ter deixado ele se explicar?
-, a verdade é que gosta de você. De verdade. – Finalizou .
- Não sei, , ta muito confuso tudo isso, eu preciso pensar um pouco.
Os dias se passaram, e não ligava. Ele devia saber que eu já sabia da verdade, mas ele não aprecia. Continuava sem aparecer nas sextas, quando os meninos passavam lá só pra enrolar o tempo, quando saímos com , , e sua namorada... Ele simplesmente não estava lá.
- , que bom que você veio! Fiquei com medo que você desse para trás, querida! Ensaiou a música? – Perguntou Liza, vindo me abraçar quando cheguei no trabalho. Era o dia da tal apresentação.
Eu tinha comentado com a e ela disse que iria com e os meninos. Ela tinha ficado muito empolgada, afinal ela sempre amou minha voz (quando eu cantava no chuveiro, óbvio). O dia passou tão rápido que nem senti quando deram oito horas. As pessoas começavam a chegar para o evento e depois disso não pude ver mais nada. Lindsey e Bridget cantaram “Perhaps, perhaps, perhaps” na versão das Pussycat Dolls, arrancaram aplausos masculinos, digamos de passagem. Elas eram muito simpáticas e com vozes lindas. Eu estava nervosa, bastante nervosa. Mesmo estando atrás do palco, podia imaginar que teria uma grande quantidade de pessoa me ouvindo cantar. Eu sabia que conseguia, mas nunca tinha feito isso em outro país. Cantando em outra língua sem ser o português.
- Eu vou agora, depois de Katherine e depois de mim vai você, seguida por Leena, ok, meninas? – Explicou Liza para Leena e eu.
Eu tinha escolhido uma música que significasse meus últimos dias e, como grande fã de Beatles, escolhi uma música que tinha as palavras que eu queria dizer para . nunca tinha me visto cantar essa música, mas ela sabe que eu ando escutando-a bastante esses dias. Os holofotes se apagaram e apareceu Liza atrás do palco dizendo que era minha vez. O DJ contratado apresentou a próxima atração (eu) e meu coração começou a querer sair pela boca. Respirei até dez e entrei no palco, sorrindo. Tentei procurar , mas não encontrei de início. E então a música começou.
(Coloque a música para tocar)
If I fell in love with you,
Would you promise to be true
And help me understand?
'Cause I've been in love before
And I found that love was more
Than just holdin' hands.
Nesse momento avistei e vi que com ela estavam todos. Menos , de novo. Tudo bem. Ele já estava sumido pra mim e não era de hoje.
If I give my heart
To you
Passeei meus olhos pelas pessoas e o vi. Ele estava ali. Sentado em uma mesa separada, me olhando, prestando atenção a cada palavra da letra da música. E sorriu sem jeito quando viu que meus olhos estavam nele. Coloquei então meu coração e meus sentimentos na música e continuei.
I must be sure
From the very start
That you
Would love me more than her.
If I trust in you
Oh, please,
Don't run and hide.
A esse ponto, eu já cantava olhando direto pra ele. E ele entendeu que era pra ele a canção. As palavras. Tudo. Percebi que viu pra onde eu estava olhando e a vi sentar-se ao lado de pra falar qualquer coisa que eu não conseguia entender. Continuei cantando. Eu precisava sair dali.
If I love you too
Oh, please,
Don't hurt my pride like her
'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.
So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two
'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.
So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two.
If I fell in love with you.
Terminei a música, aguardei os aplausos pararem e me retirei do palco. Corri o mais rápido que pude para o banheiro. Joguei água no meu rosto e comecei a chorar. Ele estava lá. Ele tinha vindo. Por que ele havia sumido se tudo não passava de um mal entendido? Pra piorar, quando saísse do banheiro, eu teria que voltar a atender os clientes. E se ele me chamasse? O que eu faria? Sequei meu rosto e respirei fundo. Fui para trás do balcão e coloquei meu avental de novo, fui atender um cliente perto da mesa onde estavam , e .
Os meninos ficaram tão felizes com aquela noite, me deram vários parabéns e me chamaram pra ir a um karaokê competir com uma noite qualquer. Só rindo mesmo com esses malucos. Estava voltando ao balcão quando vi puxar meu braço.
- Ele ta te chamando. Vai lá. Seja simpática. E você tava linda lá em cima. – Sorri pra ela com uma ruga de medo na testa e ela me abraçou.
Cheguei a sua mesa, ele estava com uma blusa azul que realçava a cor de seus olhos. Estava mais lindo que nunca.
- Eu preciso falar contigo. – Disse ele com a cabeça baixa.
- Saio as dez e só depois posso conversar. – Continuei o encarando, sem entender porque ele não me olhava no rosto.
- Me encontra na minha casa?
- Tudo bem, te aviso quando estiver chegando. – O encarei por mais alguns segundos e ele nada mais falou. Decidi que eu devia sair dali. E quando dei as costas, ele já havia saído do local.
Continuei com meu trabalho. Os meninos e saíram para um pub, me chamaram, mas eu disse que tinha um compromisso, apenas isso. Olhei para o relógio e ainda eram nove horas. O tempo passou devagar até que eu pudesse bater meu cartão, fazer minha conta do dia e ir embora. Até terminar tudo isso, eram umas dez e quinze. Merda, eu estava atrasada.
07.
Resolvi que não iria ligar pra avisar que estava a caminho, apenas mandaria uma mensagem. Ele foi tão seco quando falou comigo que não queria demonstrar nenhum sentimento. Cheguei em frente a sua casa, paguei o táxi e suspirei. Eu não ia continuar em Londres se tivesse que aturar essa atitude fria de . Se tudo não terminasse bem essa noite, minha experiência estaria com as semanas contadas.
Toquei a campainha, ele abriu o portão automaticamente. De novo, sem olho no olho. O que ele queria, afinal? Fui entrando, fechei o portão e caminhei pelo jardim até a porta. Jardim tão bonito, com flores lindas, não podia ser ele quem cuidava delas. Toquei a campainha da porta e só aí ele deu as caras. Se ele tivesse mandado alguém abrir a porta, se é que ele tem alguém pra isso, eu encararia como desinteresse e teria ido embora no mesmo segundo.
- Oi. – Disse ele, sem graça. Finalmente, olhando em meu olho.
- Oi, ahm, tudo bem? – Perguntei pra evitar que algum silêncio constrangedor comece desde o início.
- Tudo. – Ele abriu mais a porta pra que eu entrasse e me levou até a sala. – E com você?
- Tudo, tudo. – Estava sem jeito, não sabia se sentava, ficava de pé. Se ia demorar ou não.
- Você tava muito bem hoje. – Bem? Isso é coisa que se diga? Deve ser um elogio, né. No mundo dele.
- Ahm, obrigada.
- Senta aí... – Disse ele sem jeito, apontando para um sofá.
Apenas sentei. Depois desse “senta aí” já entendi que ele ainda tava lutando contra o orgulho e que tinha muitas coisas pra falar. Ele sentou no sofá em minha frente e o silêncio que tentei evitar antes acabou tomando conta da sala. Eu olhava para o chão de cabeça baixa, e ele segurava as mãos, aparentando estar nervoso. Até que ele falou.
- Você não quis saber de explicações. – Disse ele, levantando-se e ficando de costas, virado pra parede com a mão na cabeça.
- Você ta me culpando de algo? – Perguntei incrédula.
- Você simplesmente deu as costas e não me deixou explicar, não me procurou nem nada! – Ele virou pra mim e pude ver seu desespero estampado em seus olhos.
- , me desculpa, mas quem tinha algo pra explicar era você e eu perguntei o que era aquilo tudo, você disse apenas “não sei”! – Era a minha vez de se exaltar. - Eu fiquei dias esperando que você ligasse ou me procurasse pra resolver a situação e depois de um mês eu fico sabendo por uma manchete de fofoca que era tudo mentira!
- Eu não estava mais com a , eu terminei com ela uma semana antes de você chegar! Eu não sabia como reagir! Você simplesmente virou as costas e não quis mais saber! – Eu podia ver que ele implorava uma desculpa apenas com os olhos, mas eu queria ouvir, queria ouvir que ele pedia desculpas porque ele errou ao sumir.
- Você sabe que foi injusto, .
- Não, não fui. Acusaram-me de estar levando minha banda, meus melhores amigos, para o mau caminho, me disseram da noite pro dia que eu ia ser pai, a mídia caiu toda em frente à minha casa me humilhando! Por algo que nem era verdade! Você precisa entender isso!
- E a parte que você simplesmente não me ligou, ? E a parte que você não apareceu mais?! E a parte que você não quis saber de se desculpar?!
- , você me julga por mágoas passadas! Você ta descontando em mim a decepção de um relacionamento antigo! Admito que não devia ter sumido, mas eu não fiz tanta coisa errada assim!
Aquelas palavras foram como um baque para mim. Acertaram-me em cheio. Como ele sabia que eu tinha mágoas? Senti lágrimas de ódio vindo em meus olhos e caí no sofá, coloquei as mãos no rosto e chorei. Desabafei tudo que tinha para desabafar. estava certo, eu o culpava pelo que Lucas fez comigo. não era Lucas, ele tinha admitido que errou ao se afastar sem motivo, mas não fez o que Lucas fez. Ele não me fez sofrer como Lucas. Eu estava errada.
- Desculpa. – Foi só o que consegui falar, com a voz baixa. Levantei a cabeça e ele estava em minha frente. Limpou minhas lágrimas e sorriu. Eu o abracei com força.
- Podemos recomeçar? – Ele sussurrou em meu ouvido.
- Podemos ter aquela noite como primeiro encontro ainda? – Disse, sorrindo.
- Eu posso fazer outra noite mais perfeita como primeiro encontro, se quiser.
08.
Seu sorriso fez com eu abrisse meu maior sorriso, limpei meu rosto e fiquei olhando pra ele. Não sou dessas que do nada ficam com vontade de fazer sexo, mas naquele momento, eu queria só pra mim. Puxei-o pra mais perto e quando vi, queria que ele rasgasse minhas roupas e me levasse para seu quarto. Ele deve ter sentido o mesmo, pois, embora eu não lembre quem tomou a iniciativa, num momento estávamos nos encarando com raiva e no outro sua boca estava na minha. Fresca e suave por um segundo e então quente, amorosa e firme.
Minha cabeça delirava de susto e prazer. Seus braços me enlaçavam pela nuca, por baixo de meus cabelos, seus dedos na pele sensível fazendo com que o desejo percorresse todo meu corpo. Deslizei meus braços por sua cintura e puxei seu corpo contra o meu. Com um susto, me dei conta de que o volume duro contra minha barriga era sua ereção. Fui às nuvens, compreendendo que não estava imaginando isso. Ele me queria tanto quanto eu a ele. Era real.
Ele puxou meus cabelos, inclinando minha cabeça para trás e beijando meu pescoço. Estávamos ofegantes e o calor tinha aumentado. Ele roçou sua barba por fazer em meu rosto e mordeu o canto de minha boca. Sem pensar muito, já estávamos subindo as escadas para seu quarto. Deitou-me em sua cama e depois em cima de mim, deslizando por dentro de minha blusa sua mão até encontrar o bico do meu seio. Ele os beliscou entre o polegar e o indicador, e dois raios de prazer percorreram meu corpo.
- Meu Deus. – Gemi, com voz rouca.
Ele apenas riu, queria me provocar. Frenética, o empurrei para o lado e deitei em cima dele, subindo minha saia e comprimindo seu púbis contra o meu. Podia sentir sua ereção através da calcinha. Pus as mãos por dentro de sua camiseta para sentir sua pele e senti seus músculos se contraindo ao meu toque. Ele me levantou, tirou suas roupas e me deitou.
Comecei a me despir, mas ele me deteve. Primeiro, puxou minha blusa para cima junto com meu sutiã, de modo a libertar meus seios, mas não os tirou. Sorrindo, ajoelhou-se sobre meus braços para que eu não pudesse me mover. Brincou com meus mamilos, contornando-os com a língua, o mais leve toque fazendo com que eu me contorcesse de desejo.
- Agora. – Disse eu.
- Agora o quê? – Perguntou ele, com ar inocente.
- Camisinha.
Ele apenas riu, prendeu meus braços com suas mãos e foi descendo os dedos pela minha barriga, tirou minha saia e minha calcinha, as jogando longe. Beijou meu umbigo e suspirei ofegante. Ele foi descendo os beijos até tocar sua língua em meu clitóris. Contorci meu corpo com seu toque. Ele passou a língua com mais velocidade, enquanto eu me contorcia de prazer. Ele subiu me beijando pela barriga e começou a beijar meu pescoço. Eu estava decidida a devolver o prazer que ele tinha me dado. O empurrei e fiquei por cima dele. Tirei minha blusa e meu sutiã por completo. Esfreguei meu clitóris na ponta lisa e macia de seu pênis sem camisinha, ele soltou um gemido, revirando os olhos tentando se controlar. Passei minhas unhas por sua barriga e minha língua por seu pênis, ele colocou sua mão em minha nuca, fazendo carinho. Comecei com movimentos devagar, tirando e colocando na boca. Ele gemia de prazer. Aumentei os movimentos e ele se contorcia. Ia aumentando cada vez mais a velocidade, até que ele pegou uma camisinha na gaveta ao seu lado, me deitou, colocou e me olhou.
Ele sorriu como se estivesse encantado com a imagem à sua frente. Assim que ele me penetrou, com força, comecei a gozar. Um orgasmo atrás do outro. Uma coisa infinita, eu nunca experimentara nada igual. Crispava meus dedos em seus ombros, paralisada, enquanto meu corpo se contraía em ondas de prazer. Então a respiração dele se tornou mais rouca e entrecortada, e ele gemeu, começando a gozar.
Fez-se silêncio absoluto. Ele continuou dentro de mim, os arrepios repuxando sua pele, a cabeça na curva do meu pescoço. Até que ele me beijou, passou sua mão pelo meu rosto, deitou do meu lado e me olhou com um sorriso largo, lindo, quase beatífico.
- . - disse, me olhando nos olhos. – Eu acho que te amo.
Fim.
N/A: Então, lindinhas, espero que tenham gostado. É minha primeira fic ** Tenho certeza que umas amigas minhas vão ver várias partes dos nossos assuntos aí afinal usei umas coisinhas nossas hihi. Não deixem de comentar, bbzas!
N/B: Oie, fofuras. Gostaram da fic? Comentem para deixar a autora feliz!
Qualquer erro, seja de script, português ou ambos, enviem diretamente a mim, ok? Seja por tweet ou email. Muito obrigada! xx, Mari Lima