‘Mãe, eu não quero ir!’ A garotinha cruzou os braços, ameaçando chorar.
‘Filha, deixa de besteira! Eu e o seu pai não podemos sair e te deixar aqui em casa sozinha, não custa nada você ficar na casa da só por algumas horas.’ Sua mãe insistia.
‘Mas eu não gosto do , mãe. Eu não vou!’ Ela bateu o pé e fez bico.
‘, chega com essa implicância, vamos logo.’ pegou a mão da menina e a puxou para fora de casa até a porta da casa da vizinha enquanto a menina chorava baixinho.
‘, ! Que bom ver vocês!’ Uma mulher simpática abriu a porta, sorrindo. ‘Entrem, eu acabei de passar um café.’
‘Hm, desculpe, ! Eu só vim mesmo deixar a aqui! Já estou atrasada para meu compromisso. No final da tarde, eu passo aqui para buscá-la.’ soltou a mão da filha e ficou de frente para ela. ‘Se comporta tá, meu amor?!’ Ela sorriu, beijando a testa da garota, que ainda soluçava controlando o choro.
‘, como você está, minha princesa? Tudo bem?!’ se agachou na frente dela, sorrindo, afirmou que sim com a cabeça. ‘Vem, vamos entrar!’ a mulher pegou na mão da garota e a guiou até a cozinha.
‘, olha só quem está aqui!’ sorriu para o filho sentado na mesa, ele olhou dela para e fez uma careta. ‘Senta aqui, minha linda.’ Ela puxou uma cadeira ao lado da de para que pudesse sentar, a garota sentou contra a vontade, sem olhar para o garoto ao lado.
‘Que feio, uma menina de 11 anos chorando.’ Ele riu.
‘Cala a boca, !’ respondeu entre os dentes.
serviu algumas torradas e eles comeram em silêncio. Quando terminaram, ela mandou que eles fossem pra sala brincar. sentou no sofá e ligou a TV, foi até a mochila, pegou o diário e uma caneta e foi se sentar no sofá também.
‘Ai, que bonitinho, a pirralhinha tem diário!’ se aproximou, tentando ler o que a garota escrevia.
‘Sai daqui, garoto!’ Ela o empurrou, derrubando-o do sofá.
‘Ai, sua idiota, agora você vai ver!’ ele se levantou e num movimento rápido pegou o diário da mão de e saiu correndo.
‘, volta aqui! Devolve isso!’ Ela correu atrás dele. se trancou no quarto enquanto batia na porta, implorando para que ele abrisse.
‘Ai, que gracinha, você gosta das Spice Girls.’ Ele lia algumas partes do diário e ria, comentando com . ‘E você quer ser a Baby Spice.’ Ele gargalhou e ela começou a sentir as lágrimas se acumularem em seus olhos.
‘, por favor, para de ler, isso é meu!’ Ela sentiu as lágrimas começarem a escorrer pelo seu rosto. Ele abriu a porta devagar e se aproximou dela. ‘Devolve, por favor!’ ela choramingou.
estendeu o diário para ela, mas segurou forte quando ela tentou pegar.
‘Você gosta do Dave!’ Ele berrou e começou a rir alto. ‘Você é apaixonadinha pelo Dave!’ Ele repetiu, ainda rindo histericamente.
‘Por que você leu isso, garoto? Eu disse para não ler!’ Ela dava tapas no garoto, que ainda ria.
‘Se enxerga, garota, o Dave tem 15 anos, ele nunca vai querer nada com você!’ Ele segurou as mãos dela, impedindo-a de lhe bater.
‘Cala a boca, !’ Ela se soltou, chorando.
‘Olha só pra você, , você é horrível, ele nunca vai nem olhar pra você!’ Riu irônico enquanto a garota descia as escadas correndo. Jogou o diário na bolsa e correu até a porta. ‘Ele nunca vai te querer!’ Ouviu gritar de novo, do alto da escada, antes de fechar a porta. Correu até em casa, mas lembrou que não havia ninguém lá. Foi até o jardim atrás da casa, ainda chorando alto, sentou no banco e abraçou as pernas.
‘Eu te odeio, !’ Ela falou baixinho, ainda soluçando.
“Now that seven years have gone...”
‘Ah, qual é, , ela é linda e bem gostosa também!’ sorriu malicioso, observando a menina, e levou um tapa dolorido de .
‘Qual é, , vai dizer que você não acha?’
‘Cara, eu namoro a e a é minha melhor amiga.’ também observou o grupo de meninas no meio do pátio. ‘Mas as duas são gostosas!’ ele completou com um sorriso bobo.
‘As quatro são, na verdade...’ completou. ‘Mas a é mais!’ Ele observou atentamente a garota mexer nos cabelos.
‘Vocês são otários, caras.’ balançou a cabeça. ‘A Alex é muito melhor, mais bonita e mais gostosa que a !’ Ele sorriu, vitorioso.
‘Só nos seus sonhos, !’ discordou e os amigos o apoiaram. ‘A é linda, simpática, legal, inteligente...’ Ele enumerava as qualidades da amiga.
‘Ela é chata, metida e birrenta!’ observou as quatro garotas se aproximarem, sorrindo. deu um selinho em e sentou em seu colo, as outras três ficaram em pé.
‘Então, meninos, qual a boa do fim de semana>?’ olhou para os três garotos e ignorou .
‘Ficar longe de você!’ ele respondeu baixo, mas ela pôde ouvi-lo.
‘A conversa não chegou ao chiqueiro.’ Ela rebateu, ainda sem olhar pra ele. ia responder, mas alguém chegou por trás e colocou as mãos em seus olhos. ‘E nem no galinheiro.’ completou, apenas para provocar Alex, arrancando uma risada dos amigos.
‘Alex!’ tirou as mãos da menina dos seus olhos e se virou para ela. ‘O que a gente vai fazer no fim de semana, amor?’ Ele perguntou, abraçando-a.
‘Aaah, eu vou viajar, bebê!’ Alex fez bico. ‘Meus pais inventaram de ir visitar meus avós!’
‘Ai, que gracinha, é uma garota de família.’ ironizou, fazendo todos rirem. Alex a mediu e deu um risinho irônico.
‘Tá bom, então, a gente se vê segunda!’ deu um beijo na menina, que se afastou rebolando.
‘Bom, vocês querem ir lá pra casa? Eu e as meninas vamos aproveitar o sol na piscina!’ se levantou e as meninas fizeram o mesmo.
‘Claro!’ , e falaram, levantando-se ao mesmo tempo.
‘Você não vem, ?’ olhou para o menino.
‘Não, eu estou com dor de cabeça. Mas como eu moro do lado dela, se eu melhorar, eu passo lá!’ ele sorriu forçado, os outros concordaram e foram para o portão do colégio.
‘É o chifre que tá crescendo!’ falou baixo atrás dele e seguiu os amigos, sem dar tempo para que respondesse.
“But you’re so damn hot...”
‘, você não tem o CD do Taking Back Sunday?’ perguntou, dentro da piscina.
‘Nop! O que tem.’ Ela fez careta.
‘E você não quer ir lá pedir pra ele?!’ fez uma cara pidona.
‘Nem pensar, , se você quiser, vai lá e pede!’ Deitou-se na espreguiçadeira, relaxando.
‘Mas eu estou molhado, , não posso entrar assim na casa dele, aliás, todo mundo tá molhado!’ Ele fez um gesto apressado para e a garota entrou rapidamente na piscina.
‘A não!’ abriu os olhos, mas a amiga não estava mais sentada ao seu lado.
‘Ops, desculpa, amiga!’ forçou um sorriso e ela mandou dedo.
‘Por favor, !’
insistiu, apoiando o namorado.
‘Cara, como vocês são chatos!’ ela se levantou e saiu pelo jardim, em direção à casa ao lado. Encontrou do lado de fora cuidando de algumas flores. ‘Tia!’ a menina a abraçou. ‘Sua cria tá em casa?’ Perguntou, fazendo a mulher rir.
‘Tá sim, minha linda, lá no quarto dele.’ agradeceu e entrou na casa.
Sempre que ela entrava ali, vários flashes do acontecimento de sete anos surgiam em sua mente. Graças ao seu vizinho, ela não conseguia ter boas recordações dali. A porta do quarto de estava aberta e ele estava sentado em frente ao computador.
‘Então a sua dor de cabeça passou?’ A menina comentou, encostando-se na porta.
se virou, assustado, ao ver sua vizinha com uma saia rosa curta, que combinava com seu biquíni, o cabelo preso em um coque frouxo, que deixava várias mexas soltas. Desde quando ela tinha ficado linda e bem... Gostosa? pensou, sem tirar os olhos da garota, mas, antes que o fizesse, viu ela balançar as mãos para chamar sua atenção.
’Passou ou não?’ Ela repetiu a pergunta, tirando-o do transe.
‘Não te interessa!’ Virou-se rapidamente, com medo de deixar transparecer a atração que estava sentindo por ela naquele momento.
‘Ui, calma, vizinho! Eu vim em missão de paz.’ Ela entrou no quarto e sentou na cama dele. ‘Eu só vim porque o pessoal está pedindo o seu CD do Taking Back Sunday emprestado.’
‘Eu não vou emprestar meu CD pra você!’ se levantou da cadeira.
‘Aaaah, ...’ Ela se aproximou e ficou de frente pra ele. ‘Por favor!’ Pediu baixinho, segurando a barra da camisa dele, apenas para provocá-lo. observou a menina novamente, ela tinha mesmo que fazer aquilo?
‘Tá ali na estante.’ Ele apontou para o móvel e sorriu, agradecida. Quando estava saindo do quarto, viu observar a piscina da casa dela pela janela.
‘Tem certeza que você não vem?’ Perguntou uma última vez, mas ele confirmou novamente. deu de ombros e saiu do quarto.
‘, espera!’ Ouviu gritar quando já estava na sala. Ele desceu as escadas correndo, vestindo apenas uma bermuda e com metade da cueca pra fora, da mesma forma que os amigos. observou o corpo do vizinho enquanto ele se aproximava. Quanto tempo mesmo havia se passado desde que eles eram crianças? Porque, de alguma forma, tudo que ela conseguiu pensar é em como ele havia ficado tão lindo e bem... Gostoso.
“I hate you...”
‘Mas, professora...’ tentava fazer a Sra. Thompson voltar atrás.
‘Mas nada, senhorita , isso é uma sala de aula, se você tem problemas pessoais com o senhor , isso deve ser deixado de fora dos assuntos escolares. Agora sente ao lado dele e termine o trabalho até o final da aula!’ A mulher voltou sua atenção para os papeis em cima da mesa e foi sentar, amaldiçoando-a durante o caminho até a cadeira no fundo da sala.
‘Belo teatro, vizinha, mas nem pra convencer uma professora você serve.’ ironizou quando a menina sentou ao seu lado.
‘Cala a boca, .’ Ela abriu o livro, mal-humorada. Ele se aproximou para ler, mas o fechou novamente. ‘Se afasta.’ Ela falou, séria.
‘Garota, eu não quero ficar perto de você, eu só quero ler o livro!’ tentou pegá-lo, mas ela o afastou novamente.
‘Pega o seu e lê!’
‘Isso é um trabalho em dupla!’
‘Mas eu não quero ser sua dupla!’ elevou um pouco a voz.
‘Você não tem que querer nada.’ respondeu no mesmo tom.
‘Eu não sou obrigada a sentar do seu lado!’
‘Muito menos eu quero ficar perto de você!’ Agora os dois praticamente gritavam, atraindo a atenção de todos na sala.
‘Você é um arrogante, , sempre foi...’
‘! ! Pra fora, já!’ A Sra. Thompson se levantou gritando, foi até a porta e a abriu, fazendo um gesto para que eles se retirassem. ‘Vão se acalmar um pouco e eu não quero ver mais os dois na minha aula por hoje!’ Eles saíram se empurrando ao passar pela porta.
‘Viu só o que você fez?’ olhou para quando a professora já tinha fechado a porta.
‘Eu? A culpa foi sua, garota! Não custava nada você me deixar ler o livro, mas você sempre foi assim, né? Sempre se achou superior aos outros!’ Os dois caminhavam pelo corredor.
‘Eu não me acho superior, tá legal?! Você que sempre foi um estúpido, nunca soube ter limites.’ Ela andava depressa e ele a acompanhava.
‘Agora eu que não tenho limites? Garota, você sempre foi uma idiota, pensa que eu não me lembro de todas aquelas merdas que tinham no seu diário ridículo?’ Ele provocou, rindo.
‘Você é um imbecil mesmo, né, ? Sempre tem que estragar ainda mais as coisas. Eu sempre te odiei e sempre deixei isso claro, mas nããão, você tinha que ter lido aquela porcaria de diário só pra piorar ainda mais!’ gesticulava rápido, tentando não se exaltar mais do que devia, já que estavam no corredor da escola.
‘Ah, eu quero ser a Baby Spice! Eu sou apaixonada pelo Dave!’ fazia voz de menina. ‘Por falar nele, , você ainda é a fim dele? Porque eu soube de umas coisas que ele falou sobre você naquela época...’ Ele parou de falar quando a menina começou a dar tapas nele.
‘Cala a boca, seu imbecil!’ tentava atingi-lo em todos os lugares possíveis, mas ele a segurou pelos braços e a encostou na parede.
‘Que foi, ? Tem medo do que o seu amorzinho possa ter falado? Vai dizer que você ainda tem alguma esperança com ele?’ falava, rindo, ainda prensando a menina contra a parede do corredor.
‘Isso não te interessa, seu idiota, mas já que você quer tanto saber, eu fiquei com o Dave três anos atrás, tá legal? Eu não sou mais aquela garotinha boba, .’ sentia sua respiração começar a falhar enquanto pressionava ainda mais seu corpo contra a parede.
‘Pra mim, você vai ser sempre a minha vizinha chata e metida.’ Ele aproximou o rosto do dela e pôde sentir a respiração da garota bater em seu rosto.
‘Eu não quero saber o que você pensa! Eu.Odeio.Você!’ Falou pausadamente, observando a boca de se aproximar cada vez mais da sua.
‘Eu também odeio você!’ Ele sussurrou antes de encostar seus lábios nos de .
Antes que pudesse pensar no que estava acontecendo, a garota abriu a boca e deu passagem para a língua dele. Uma de suas mãos estava apoiada no peito dele e a outra bagunçava os cabelos de sua nuca. , de alguma forma, conseguia pressionar anda mais o corpo da menina contra a parede, em busca de mais contato. Suas mãos passeavam pelas costas dela, por debaixo da camisa da escola. O corredor vazio estava silencioso, exceto pelos gemidos baixinhos que soltava cada vez que puxava seu cabelo com força.
O sinal tocou e os dois se afastaram rápido, as bocas vermelhas e dormentes por causa da intensidade do beijo. Eles se entreolharam em silêncio, tentando entender o que diabos havia acabado de acontecer, enquanto o local era tomado pelos alunos que saíam das salas. passou a mão pelos cabelos, ainda sem acreditar que havia beijado sua vizinha, a garota que ele odiava desde que se conhecia por gente. olhou em volta assustada e sem saber o que fazer ou falar. Viu as amigas saindo da sala no final do corredor e olhou uma última vez para antes de sair correndo.
“She deserves much more...”
‘Não acredito que vocês me convenceram a vir até aqui!’ cruzou os braços, irritada. ‘Tem uma semana que tudo que eu faço é evitar esse imbecil e agora vocês me trazem aqui!’
‘Deixa de besteira, , a gente só veio assistir ao ensaio dos meninos, não temos culpa se o ensaio é na casa do .’ tocou a campainha da casa e a abriu segundos depois.
‘Achei que vocês não viessem mais!’ Ele consultou o relógio em seu pulso.
‘Há-há, engraçadinho!’ foi a última e entrar e beijou o namorado.
‘A galera 'tá lá na garagem.’ indicou a escada e as meninas o seguiram.
‘Argh, não acredito que essa menina está aqui.’ comentou com ao ver a Alex sentada na mesa de sinuca com as pernas em volta da cintura de .
‘Pronto, agora a gente já pode começar!’ sorriu para e a menina mandou beijo no ar, fazendo-o corar.
As amigas se acomodaram em um sofá vermelho enquanto Alex continuou sentada na mesa de sinuca. Os meninos tocaram ‘That Girl’, ‘Saturday Night’, ‘Surfer Baby’ e ‘5 Colors In Her Hair’, mas a todo o momento precisavam parar porque algum deles errava os acordes ou esquecia as letras das músicas.
‘Calma, a gente tá nervoso.’ repetia a todo momento, desculpando-se e fazendo as meninas rirem. Eles só resolveram parar para descansar depois de quase uma hora e muitos erros.
‘Eu vou beber água.’ sussurrou para e se levantou rápido, saindo da garagem. ‘Tia !’ ela viu a mulher quase saindo de casa.
‘! Tudo bem, querida?’ voltou e abraçou a garota. ‘Nem posso conversar agora porque estou atrasadíssima! Você podia dar um recado pro ?’ balançou a cabeça positivamente e a mulher sorriu. ‘Fala pra ele ligar para a tia Sofia, já que hoje é aniversário dela e, se ele reclamar, você lembra que ela é madrinha dele, tá?!’ Ela piscou e saiu de casa, apressada.
foi até a cozinha cantarolando uma música qualquer que os meninos haviam ensaiado, ela não lembrava bem o nome, mas a letra havia ficado em sua memória.
‘I hope I’m not a little too late, I never know what you gonna say...’ Ela pegou a jarra de água na geladeira e, quando ia fechá-la, viu entrar na cozinha. Quando seus olhares se encontraram, ela sentiu o rosto esquentar e percebeu que ele rapidamente desviou o olhar. Colocou a jarra de água em cima da mesa e se virou de costas para ele, tentando evitar qualquer tipo de contato visual. O silêncio prevalecia no local, nenhum dos dois tinha coragem de falar nada. observou a menina de costas e se lembrou do dia em que a havia visto de biquíni. “Pra que tanta roupa? De biquíni fica bem melhor!” ele balançou a cabeça, tentando afastar aqueles pensamentos. se virou e viu o menino pegando alguma coisa na geladeira. “Nossa, tá calor, pra que ele tá usando essa camisa mesmo?” ela fez careta ao perceber os pensamentos aleatórios.
‘Ah, você tá aqui?’ Alex entrou na cozinha e mediu a menina, depois abraçou . ‘Eu estou com fome, bebê!’ Ela fez manha, beijando levemente os lábios do garoto. riu baixinho e botou o copo dentro da pia.
‘, sua mãe pediu pra você ligar pra sua tia Sofia porque hoje é aniversário dela e pediu pra você não reclamar, já que ela é sua madrinha!’ Ela deu o recado, mas a ignorou e começou a beijar Alex, descendo uma mão para a bunda da menina.
observou a cena, indignada, precisava mesmo daquilo? Quando ia passando pela mesa para sair da cozinha, bateu a mão na jarra de água, que caiu, derrubando o líquido em cima de Alex. Saiu da cozinha rápido, ouvindo a menina xingá-la.
‘Você é maluca, garota?!’ Ela pôde ouvir gritar quando já estava descendo para a garagem.
“Ooops! We did it again…”
‘Que bom que você veio, , eu fico muito agradecida!’ abriu a porta, sorrindo para a menina.
‘De nada, tia! Você sabe que eu e o seu filho, erm... Não nos damos muito bem, mas eu não podia negar esse favor para a senhora.’ acompanhava a mulher até o quarto de .
‘Muito obrigada, minha linda! Espero que você possa colocar um pouquinho de matemática e quem sabe até de juízo na cabeça desse meu filho.’ A mulher riu do próprio comentário.
‘Bom, isso eu já não posso garantir!’ A menina também riu.
‘Há-há-há, muito engraçadas vocês!’ falou, sem tirar os olhos do computador, ouvindo as duas entrarem em seu quarto.
‘, saia do computador agora!’ bateu no ombro do menino. ‘, você pode sentar aqui, minha querida! Eu vou sair e espero que, quando voltar, vocês já tenham progredido bastante.’ A mulher se dirigiu até a porta. ‘, agora!’ ela disse antes de sair do quarto.
sentou na cadeira indicada por e botou os materiais em cima da mesa, observou desligar o computador e sentar ao seu lado.
‘Então, você prefere começar pelos assuntos mais antigos ou pelo que o professor tá dando agora?’ se endireitou na cadeira, abrindo o livro.
‘Eu prefiro que você vá embora.’ respondeu, indiferente.
‘, por favor...’
‘Qual é, garota? Você pensa que eu não sei que você tá aqui só pra pisar em mim? Pra depois sair se gabando que foi você que me ensinou isso e aquilo?’ gesticulava rápido.
‘Olha, , eu só estou aqui hoje porque sua mãe me ligou pedindo, aliás, implorando, para que eu te ajudasse. Você acha mesmo que eu ia perder meu sábado para isso? Eu tenho coisas muito melhores para fazer, tá legal? Mas eu nunca me negaria a atender um pedido da tia porque ela é como se fosse uma mãe pra mim. Agora vê se abaixa a guarda e me deixa tentar enfiar um pouco de Matemática nessa sua cabecinha já que juízo, como ela pediu, é totalmente impossível!’ terminou de falar, respirando rapidamente, e apenas abriu o caderno em silêncio.
explicava as coisas com muita paciência para , os dois já estavam estudando há quase duas horas e mal trocavam palavras, apenas quando ele tinha alguma dúvida e ela respondia.
‘Mas... Tá, essa eu não entendi!’ olhou confuso para os cálculos da menina.
‘Me deixa explicar com outras palavras. A soma dos dois termos do meio é igual à soma dos extremos...’ começou a explicar novamente e ele prestou atenção na menina. O jeito com que ela falava, gesticulava, escrevia, o modo como ela sorria quando acertava as contas... A voz dela foi sumindo aos poucos, ele apenas a observava explicar tudo com uma paciência que ele nunca imaginou que ela teria. Onde mesmo foi parar aquela vizinha feia e chata? Aquela que ele prometeu odiar pelo resto da vida?
‘?’ estalou os dedos na frente do rosto dele, despertando-o do transe. ‘Você prestou atenção no que eu expliquei?’ Perguntou, visivelmente chateada.
‘Ai, desculpa, ! Eu me perdi um pouco em pensamentos...’ Ele começou a se explicar, mas seu celular tocou. Ela leu no visor o nome de Alex e pegou o aparelho da mão do menino.
‘Não é hora pra isso, , você já está disperso sem interrupções, não vai parar pra falar com ela!’ O celular continuava a tocar.
‘Me dá isso aqui, garota!’ se esticou para pegar o celular quando o afastou ainda mais. Ela se virou e se assustou ao ver que tinha o rosto a centímetros do dele. O celular parou de tocar, mas eles não pareceram notar. a olhava, incerto sobre o que fazer, mas seus olhos se desviaram dos olhos para a boca de , aproximando-se e sentindo seu nariz encostar no dela. fechou os olhos, sentindo a respiração dele cair direto em sua boca.
‘Crianças?’ A voz de no corredor fez com que eles se afastassem depressa. ‘Vocês vão querer alguma coisa pra comer?’ A mulher entrou no quarto.
‘Na-não, tia, na verdade, eu já tava indo. Acho que por hoje já tá bom!’ se levantou rapidamente, juntou o material e saiu do quarto apressadamente, passando feito um furacão por , que a olhava sem entender nada.
‘Tá tudo bem, filho?’ Ela olhou confusa para o garoto, que parecia tão chocado quanto a garota que acabara de deixar o quarto.
‘Tá, mãe!’ respondeu com a cabeça encostada na mesa.
“The kinky bitch...”
‘Vai logo, !’ empurrava a amiga para fora do banheiro.
‘Calma, calma! Como é que eu estou? Meu cabelo tá legal?’ A menina insistia em se olhar no espelho.
‘Tá, tá ótimo! Vamos, vamos, vamos!’ também a apressou. As quatro amigas saíram do banheiro puxando .
‘Onde foi mesmo que ele pediu pra te encontrar?’ tentou lembrar. ‘Ah sim, do lado do ginásio. Ali ele!’ ela apontou para um menino que passava a mão nervosamente pelo cabelo.
‘Então, agora é com você, amiga.’ segurou nos ombros de . ‘Não desperdiça essa chance, tá? Vocês sabem que se gostam, não façam besteiras! Agora vai lá, boa sorte!’ Abraçou a amiga.
caminhou lentamente até o menino, suas mãos suavam e ela tinha vontade de sair correndo dali. Observou o menino de costas e sorriu para si mesma.
‘Hey!’ ela o chamou baixinho. se virou e não pôde evitar um sorriso ao ver a garota dos seus sonhos bem na sua frente.
‘Espero que esteja indo tudo bem com o e a !’ comentou, abraçando .
‘Espero que nenhum dos dois faça besteira, dois cabeça dura juntos!’ observou sentar na mesa em que estavam.
‘Cadê a Alex?’ deu um tapinha no braço do garoto.
‘Ela não tava se sentindo muito bem e disse que ia à enfermaria.’ sorriu forçadamente.
‘Eu vou beber água!’ se levantou da mesa e saiu do pátio.
Caminhou pelo corredor quase vazio até o bebedouro. Passou por uma porta e ouviu risinhos baixos, estranhou, já que aquele era o antigo laboratório de Biologia e ele geralmente estava vazio, mas preferiu ignorar. Quando estava voltando, passou pela mesma porta e novamente escutou risos, mas dessa vez acompanhados de uma voz feminina que ela teve a impressão de reconhecer. Chegou perto da porta e encostou o ouvido, mas não ouviu nada, a curiosidade falou mais alto e ela abriu uma brecha da porta. Dentro da sala estava Alex e um dos garotos do time de futebol do colégio, os dois cochichavam baixinho e abraçados, quando os dois se beijaram, fechou a porta com cuidado.
‘Vadia!’ ela sussurrou, voltando para o pátio.
“We got almost there...”
‘...’ abriu um pouco a porta e botou a cabeça pra dentro. ‘Posso entrar?’ Ele viu a menina confirmar com a cabeça e entrou na garagem.
‘Espera um instante, , eu estou procurando uma coisa!’ Ela disse, sem tirar os olhos da estante. Mexeu em alguns objetos, resmungando baixinho. ‘Ah, achei!’ ela sorriu, pegando um caixa. ‘Pode falar agora!’ Botou a caixa numa mesa e se virou para .
‘É que...’ Ele evitava olhá-la diretamente nos olhos e mantinha as mãos no bolso. ‘Eu vim te agradecer pela ajuda em Matemática.’ Ela ficou em silêncio, esperando que ele continuasse. ‘Ah, sim, eu errei só duas questões na prova!’ Ele sorriu um pouco sem graça.
‘Aaah, sabia que aquela aula ia servir pra alguma coisa!’ Ela sorriu, aproximando-se dele.
‘É, serviu pra saber que você não é tão inútil quanto eu pensava!’ Deu um sorriso sacana.
‘Imbecil!’ Ela bateu de leve no braço dele, rindo. Foi até a mesa e pegou novamente a caixa, depois foi até a porta da garagem. ‘, abre pra mim?’ ela pediu, sem conseguir soltar uma das mãos da caixa. Ele foi até ela e tentou abrir.
‘Não tá abrindo!’ Ele forçava a maçaneta.
‘Para de brincadeira, , abre logo, que a caixa é pesada!’ Ela disse, irritada.
‘Não é brincadeira, a porta está emperrada!’ Ele fez cara de desespero. botou a caixa no chão e também tentou abrir a porta, mas não obteve sucesso. ‘Cadê sua mãe?’ batia na porta.
‘Não está em casa, ela está de plantão essa noite!’ A menina andava de um lado para o outro. Ouviram o barulho de um trovão e as luzes se apagaram. ‘Ah, que ótimo!’ Ela gritou nervosa. A chuva começou a cair mais forte do lado de fora, a única luz que iluminava o local era a da lua, que entrava pelo pequeno basculante.
Quase uma hora já tinha se passado e a luz ainda não tinha voltado. tentou ligar para a mãe, mas o celular estava sem sinal. andou até o colchão velho em que ela estava deitada e sentou ao seu lado.
‘Deita aqui, .’ sussurrou. O menino deitou de lado, ficando de frente para ela, e pôde ver seu rosto na meia luz. Ficaram um tempo em silêncio, ouvindo apenas os barulhos da noite do lado de fora da garagem.
‘Eu te odiava tanto.’ Ela falou, rindo, ainda olhando para .
‘E não odeia mais?’ Ele perguntou, aproximando-se um pouco.
‘Não sei, acho que não tanto, agora é um pouco!’ sorriu fraco. ‘Lembra a primeira vez que a gente se viu?’
‘Lembro!’ sorriu com a lembrança. ‘Eu tinha acabado de me mudar pra cá e nossas mães nos botaram pra brincarmos juntos. Você era toda chata, não deixava nem eu tocar nos seus brinquedos!’
‘...’ ela falou manhosa. ‘Eu não era chata, só não te conhecia. Aliás, acho que não mudou muita coisa depois que conheci!’
‘Só piorou!’ Riram.
‘Você era todo machista, ficava me abusando o tempo todo.’ Ela fez careta.
‘O ódio era recíproco, !’ sorriu. Por alguns instantes, eles ficaram apenas se encarando em silêncio.
‘A gente cresceu!’ finalmente comentou.
‘Eu percebi isso quando você entrou de biquíni lá em casa!’ Ele deu um sorriso torto, gostando da memória.
‘Pervertido!’ Ela bateu no braço dele, rindo.
‘O quê? Vai dizer que você não gostou de me ver só de bermuda? Eu bem vi sua cara, !’ Ele riu ao ver a menina ficar sem graça.
‘Eu estou com frio.’ Ela se encolheu, tremendo um pouco. se aproximou mais e a abraçou. ‘Eu tenho medo de escuro, sabia?’ Ela riu da própria confissão.
acariciou a bochecha dela, fazendo-a abrir os olhos e perceber o rosto dele próximo ao seu. Ele roçou o nariz no dela e a beijou levemente, subiu a mão para a nuca do garoto e mordeu seu lábio inferior. puxou o corpo da menina mais pra perto e começou a beijá-la intensamente, deixando que uma de suas mãos acariciasse suas costas por debaixo da blusa enquanto a outra levantava a coxa dela, fazendo com que eles ficassem ainda mais próximos. Virou a menina, deixando seu corpo por cima do dela, e encaixou uma perna entre as dela. brincava com seus cabelos e os bagunçava sem culpa, provocando-o com alguns puxões, num pedido mudo por mais intensidade. Ele passou a mão pela barriga dela, chegando muito próximo de seus seios, mas decidiu descer um pouco e alcançar o cós da bermuda que ela vestia, abrindo o botão e descendo o zíper.
‘...’ o empurrou um pouco e ele caiu ao seu lado, entendendo o recado.
‘Eu sei, desculpa!’ Passou a mão pelo rosto, virando-se pro outro lado.
fechou a bermuda rapidamente, imaginando o que teria acontecido em seguida, caso não tivesse o impedido de continuar. Fechou os olhos com força, tentando não imaginar seu corpo nu tocando o dele.
‘, você tá aí?!’ a voz de surgiu do outro lado da porta, despertando os dois.
‘Mãe!’ se levantou rápido e viu a mãe abrir a porta. ‘Eu achei que estivesse emperrada!’ Ela olhou a porta sem entender.
‘Ela é ruim pra abrir por dentro! Só precisa de um pouco de jeito.’ A mãe da menina riu. ‘?’ ela olhou confusa para o menino ao vê-lo se levantar.
‘Ah, ele veio falar comigo ontem à noite e acabamos ficando presos aqui!’ explicou e concordou silenciosamente.
‘É melhor eu ir pra casa, minha mãe já deve estar louca!’ passou a mão pelos cabelos bagunçados e sorriu para . ‘Tchau!’ ele acenou, saindo da garagem.
‘Vem, filha, vamos tomar café antes que você se atrase para o colégio!’ abraçou a filha e elas subiram.
“What’s happening?”
‘Então...’ olhou para as três amigas sentadas na sua frente. ‘Eu chamei vocês aqui porque eu preciso contar uma coisa!’ Ela brincava com o travesseiro, demonstrando todo seu nervosismo.
‘!’ a chamou. ‘Antes de você falar, eu posso dar uma notícia?’
‘Claro, e pela sua cara é coisa boa!’ sorriu.
‘Eu e o estamos namorando!’ falou rápido e escondendo o rosto nas mãos.
‘Aaaw!’ e abraçaram a menina e pulou em cima delas.
‘Finalmente, né? O é muito lento.’ falou, recompondo-se e rindo quando mostrou o dedo do meio.
‘Sua vez, !’ observou a amiga sentar na cama novamente.
‘Tá!’ Ela suspirou, tentando juntar coragem suficiente para falar a verdade para as amigas. ‘Vocês vão achar estranho e impossível e eu sinceramente não sei como e nem por que isso aconteceu, mas... Eu e o nos beijamos!’ Ela olhou receosa para as amigas, que a encararam boquiabertas.
‘Vocês o quê?’ perguntou, sem acreditar que tinha mesmo escutado aquilo.
‘Nos beijamos.’ Ela jogou o corpo pra trás, deitando na cama e cobrindo o rosto com o travesseiro.
‘Mas ,, vocês não se...’
‘Odeiam!’ ela completou. ‘Eu sei, quer dizer, não sei! O que tá acontecendo, hein?’ Choramingou.
‘Oown, amiga!’ foi até ela e a abraçou. ‘Deve ter sido coisa de momento, na hora deu vontade e pronto!’ ela deu de ombros.
‘Foram duas vezes.’ confessou.
‘DUAS?’ As três gritaram ao mesmo tempo e ela voltou a afundar o rosto no travesseiro.
‘Calma, cara, repete... Você e a ?’ olhou confuso para o amigo.
‘É, , a gente se beijou!’ já não aguentava mais repetir aquilo.
‘Vocês não se odiavam?’ coçou a cabeça e suspirou.
‘É! Quer dizer, não... Ah, não sei!’ ele passou a mão nervosamente pelo cabelo. ‘Eu não sei o que tá acontecendo!’ ele deu de ombros.
‘Foi só uma vez?’ olhou em dúvida para o amigo.
‘Duas.’ Ele abaixou a cabeça. ‘E, na última, eu quase fiz uma merda...’ falou baixo, olhando para os próprios pés.
‘O quê?’ andou até ele, nervoso, mas segurou seu braço.
‘Calma, cara, relaxa!’ Ele deu uns tapinhas nas costas do amigo.
‘O que você fez com ela, ?’ perguntou, olhando sério para .
‘Eu não fiz nada, eu disse que quase fiz!’ Ele caminhava nervoso de um lado para o outro.
‘E a Alex?’ levantou a sobrancelha.
‘Tá tudo normal, mas ela não pode nem imaginar que isso aconteceu, ela odeia a !’ suspirou.
‘E a odeia ela!’ concordou.
“Fight for your right to party...”
‘Mãããe!’ desceu as escadas gritando.
‘Diga, filha.’ observou a menina sentar ao seu lado no sofá.
‘Mãezinha querida, você tá lembrada que meu aniversário é semana que vem, né?’ A menina sorriu manhosa.
‘Hum, diga o que você quer de sua pobre mãe, você não me engana com essa manha.’ Ela se virou para a filha.
‘Que feio, mãe, eu não posso nem ser carinhosa.’ A menina fez bico. ‘Mas eu não quero presente, não, quero outra coisa...’ Ela bateu palminhas animada.
‘Fala logo, menina!’
‘Eu quero que você me deixe fazer uma festinha aqui em casa!’ falou rápido e sorriu.
‘Aah não, !’ balançou a cabeça negativamente. ‘Festa aqui em casa? Pra destruírem minha casa toda? Nem pensar!’ se levantou e a seguiu.
‘Mas, mãããe, é só pra meus amigos, você conhece a maioria deles!’ insistia, andando na frente da mãe.
‘Não, , é muito trabalhoso! Por que você não sai para algum restaurante?’ sorriu com a própria ideia.
‘Por favor, mãe, é meus 18 anos! Eu mereço, vaaai!’ a menina implorava, quase se ajoelhando. suspirou olhando a filha.
‘Tá bom, ! Mas você que vai providenciar tudo, eu só vou ajudar no necessário!’ Ela olhou séria para a filha.
‘AAAH! Eu te amo, mãe!’ beijava o rosto de e a abraçava com força, quase a sufocando.
‘Tá bom, tá bom! Já agradeceu, agora vai logo começar a planejar isso!’ se desviava dos beijos da menina.
‘Tá, eu vou ligar logo para as meninas, elas vão me ajudar!’ subiu as escadas correndo, animada.
“Good news...”
‘Ah, finalmente sexta-feira!’ abriu os braços, saindo do colégio. ‘Nem acredito que minha festa já é amanhã!’ Ela sorriu para as amigas.
‘Já tá tudo pronto?’ perguntou, sentando em um banco para esperar o namorado.
‘Faltam só uns detalhes, nada demais!’ A menina piscou para a amiga, sentando-se ao seu lado.
‘Cadê os meninos, hein?!’ reclamou, impaciente, e sentiu alguém a abraçar por trás.
‘Eu tô aqui, meu amor!’ dava beijinhos na bochecha da namorada.
‘Eu também tô aqui!’ sentou no colo de e jogou o corpo pra trás, deitando no colo de também.
‘Folgado como sempre!’ A menina sorriu, dando um tapinha no namorado enquanto ele mandava beijinhos no ar.
‘E cadê o idiota do ?!’ olhou em volta.
‘Tô aqui, meu amor, eu sei que você me ama!’ O menino a carregou no colo sem muita dificuldade.
‘Me solta, , me larga!’ A menina gritava, desviando-se dos beijos que ele distribuía em seu rosto. Ele a colocou no chão e ela emburrou, cruzando os braços.
‘Oown, que bonitinho! Confessa que você gosta, !’ brincou, vendo o rosto da amiga assumir um tom rosado.
‘A gente tem ensaio agora, e uma novidade pra contar!’ sorriu, orgulhoso.
‘O quê? O quê? O quê?’ bateu palminhas, animada.
‘Só vamos contar no ensaio, vocês vêm?!’ olhou para as meninas.
‘Ah, mas eu tenho uns detalhes da festa pra acertar!’ fez bico.
‘O ensaio vai ser rápido, depois a gente te ajuda com os detalhes!’ prometeu.
‘Hm, então tá! Eu quero ouvir a novidade! Vamos?!’ Ela se levantou.
‘Falta o !’ olhou em volta, procurando o amigo.
‘Eu acho que ele tá ocupado agora!’ fez careta, apontando para um muro mais afastado em que se agarrava com Alex.
‘Quem vai lá o chamar?!’ olhou sugestivo para , e todos fizeram o mesmo.
‘O quê? Nem pensar!’ Ela ia sentar de novo, mas puxou seu braço.
‘Você, sim, só você com seu jeito meigo de ser consegue tirar dos braços da Alex.’ sorriu, empurrando a menina. Ela bufou e olhou pela última vez para os amigos que faziam gestos para ela se apressar.
‘.’ chamou o menino, sem paciência.
‘Late.’ Ele olhou pra ela.
‘Eu não sou da sua espécie.’ Ela mostrou o dedo do meio. ‘Os meninos estão te chamando, vocês têm ensaio agora.’ Ela disse, cruzando os braços.
‘E por que você veio chamar o bebê?’ Alex fez cara feia.
‘Você tem bosta no ouvido, garota? Ele tem ensaio agora!’ respondeu, ainda mais impaciente.
‘Olha aqui, garota...’ Alex ia caminhar até , mas segurou seu braço.
‘Amor, deixa pra lá!’ Ele balançou a cabeça e riu.
‘Vamos, ?’ botou a mão na cintura, desafiando os dois.
‘Ele não vai!’ Alex abraçou o namorado.
‘E é você quem vai impedir?!’
‘Vou! Bebê, você não vai, né?!’ Alex fez bico.
‘, você vem, né?!’ se aproximou, também fazendo bico. O menino suspirou nervoso enquanto olhava de uma para outra.
‘Eu tenho que ir, Alex!’ Ele tentou abraçar a namorada, mas ela desviou.
‘Ah, você vai com ela?! Então vai, , tchau!’ ela saiu rebolando, apressada.
‘Desse jeito vai quebrar, querida!’ falou alto e nem controlou o riso. Alex bufou e continuou andando.
‘Você gosta de provocar, né?!’ balançou a cabeça.
‘Só um pouco, bebê!’ imitou a voz de Alex e caminhou até os amigos, sendo seguida por .
‘Então, qual a novidade?!’ perguntou depois que o ensaio acabou. Os quatro meninos se entreolharam sorrindo.
‘Um amigo nosso trabalha no Barney’s, já foram lá?!’ perguntou se referindo a um bar muito conhecido na cidade onde aconteciam alguns shows de bandas iniciantes. As meninas confirmaram e ele continuou. ‘Então, ontem ele chegou com a novidade de que o dono de lá estava procurando uma banda pra tocar lá no próximo feriado...’
‘A gente foi até lá fazer um teste e o cara gostou da gente!’ completou o amigo.
‘Então vocês vão tocar lá?!’ abraçou , que confirmou.
‘E quando é o próximo feriado?!’ tentou se lembrar.
‘Daqui a um pouco mais de um mês!’ sorriu.
‘É bom que dá pra gente ensaiar bastante!’ falou, animado.
Por alguns minutos eles conversaram, fazendo planos para o show e esquecendo que haviam prometido ajudar a amiga.
‘Gente, eu tenho que terminar os detalhes da festa!’ interrompeu a conversa. ‘Já tá ficando tarde!’ Ela observou o céu já quase escuro pela janela.
‘Tá, a gente disse que ia ajudar, e vamos!’ sorriu para a menina.
‘Vamos lá pra casa, então!’ Ela falou animada, saindo da garagem e sendo seguida pelos amigos.
“Everybody loves to party on a Saturday night...”
‘Cara, aquele cara não estudava lá no colégio?’ comentou, apontando para um menino moreno e alto que entrava na festa atraindo os olhares de várias meninas.
‘Eu não acredito que ela chamou o Dave!’ falou baixo, observando abraçar o garoto. Os meninos o olharam sem entender. ‘Ah, é o idiota do Dave, a era apaixonada por esse perdedor quando era mais nova.’ Ele deu de ombros.
‘E você está... com ciúmes?’ arqueou a sobrancelha.
‘Claro que não, cara! Eu namoro a Alex e é dela que eu gosto, ok?!’ O menino bebeu um gole da cerveja, quase esvaziando o copo.
‘Amor!’ abraçou o namorado. ‘Você tá lindo hoje!’ ela sorriu abobada.
‘E não sou nos outros dias?’ Ele perguntou, fingindo estar indignado e ela riu confirmando.
‘, você não vai ficar segurando vela, né?’ perguntou, sendo abraçada por , e deu de ombros. ‘A tá ali, bobo, e está sozinha!’ Ela sorriu, apontando para a amiga em um canto da sala. ‘Boa sorte!’ piscou ao ver ajeitar o cabelo e caminhar até a amiga.
‘Dave, que bom que você veio!’ sorriu para o garoto, observando seus olhos verdes.
‘Eu não podia faltar na sua festa, né, linda?!’ O menino se abaixou um pouco, sorrindo malicioso e aproximando seus lábios dos dela, mas foi impedido por , que chegou até eles ofegante.
‘, a Alex tá lá fora!’ Ela apontou para a porta e , que estava atrás dela, concordou.
‘Ah eu não acredito!’ A menina bufou. ‘Dave, espera só um instante, ok?!’ Sorriu sem graça e saiu em direção a , puxou o menino pelo braço e o levou para a cozinha.
‘, por que você chamou a Alex?!’ olhou séria para ele.
‘Porque ela é minha namorada!’ respondeu, como se fosse óbvio.
‘Você sabe que eu não a quero aqui, na minha festa ela não entra!’ a menina falou, firme.
‘Qual é, , você chamou o Dave! Por que eu não posso chamar a minha namorada?!’ Ele perguntou, indignado.
‘Porque a festa é minha e é só para meus convidados! Eu não vou deixar que uma pessoa que não é bem vinda entrar aqui e se divertir às minhas custas!’ Ela falava apressada e gesticulava muito. ‘Agora ou você vai lá pedir delicadamente pra ela se retirar ou eu mesma resolvo isso, e aposto que você não vai gostar nem um pouco!’ botou a mão na cintura, ofegante. a olhou com raiva e saiu da cozinha resmungando.
‘Qual desculpa você deu pra ela?!’ perguntou, vendo voltar pra dentro da casa.
‘Disse que a festa tá chata e que ia pra casa dela daqui a pouco.’ Ele forçou um sorriso. ‘Ela não acreditou muito, mas eu consegui convencer!’
‘Imagino como.’ balançou a cabeça e abriu um sorriso malicioso. e se entreolharam e fizeram careta.
‘Então, amores, estão gostando da festa?!’ se aproximou dos amigos, sorrindo, e eles confirmaram.
‘Só não gostei desse seu vestido, !’ observou o vestido preto e curto da amiga.
‘Ah, pai, relaxa! Eu to com um short por baixo!’ ela levantou um pouco o vestido, mostrando um short preto. desviou o olhar, passando a mão nervosamente pelo cabelo. ‘Cadê a e o ?!’ Ela olhou ao redor da sala, procurando pelos amigos.
‘Ih, aqueles dois sumiram há um tempinho...’ fez um coração no ar e os amigos riram.
‘E você e o Dave? Estão se dando bem?’ perguntou, sugestiva, fazendo a amiga sorrir.
‘Hm, digamos que sim!’ piscou. ‘Mas ele está indo fazer faculdade fora, daí acho que não vamos mais nos ver!’ Fez bico.
‘Meu Deus! Aconteceu um furacão aqui e ninguém viu?!’ comentou boquiaberta, observando e se aproximarem com os cabelos bagunçados e as roupas amassadas. Eles sorriram sem graça, arrumando os cabelos.
‘Vai pra onde, cara?!’ observou se levantar.
‘Vou pra casa da Alex.’ Ele sorriu fraco e cruzou os braços, sem acreditar que ele ia mesmo desistir da festa dela para ir pra casa da namorada. Ele passou por ela, olhando-a nos olhos, e saiu, fazendo com que ela o observasse se afastar e sair da casa sem olhar pra trás.
‘, eu acho que o Dave está te procurando.’ apontou para o menino que parecia procurar alguém na sala.
‘Ah, vou lá!’ ela mandou beijo para os amigos e foi ao encontro a Dave.
“The party’s over...”
‘Vocês já vão?!’ perguntou, chegando no jardim e vendo e saírem da casa.
‘Já, somos os últimos!’ sorriu e bateu no ombro do amigo.
‘, dá uma checada na ?’ pediu e ele levantou a sobrancelha. ‘Só pra ver se ela tá bem. Por favor!’ Sorriu e deu um beijo na bochecha do menino.
‘Ok, tchau!’ Ele acenou vendo os amigos se afastarem.
‘Por que você pediu isso?’ perguntou baixo, vendo entrar na casa de .
‘Eu não confio no Dave, amor, vai que acontece alguma coisa... sei lá!’ Ela deu de ombros e concordou.
‘?’ chamou pela menina, observando a sala vazia e bagunçada. Foi até a cozinha e depois para o jardim, mas não a encontrou. Voltou para a sala e, quando desligou o som que ainda tocava uma musica alta, ouviu um grito vindo do andar de cima. Subiu as escadas correndo e abriu a porta do quarto de vendo a menina gritava bater no peito de Dave, tentando afastá-lo enquanto ele usava sua força para tentar agarrá-la de qualquer jeito.
‘Solta ela, seu imbecil!’ andou até o menino e o puxou pela gola dando um soco em seu nariz. Dave cambaleou um pouco e passou a mão pelo nariz sangrento.
‘Ah, seu filho da mãe!’ Ele rosnou, revidando o soco e fazendo com que também caísse no chão com o nariz ensanguentado.
‘!’ se ajoelhou ao lado dele e Dave deu um chute entre as pernas do menino, que fez careta, se encolhendo. ‘Para, seu idiota! Vai embora!’ Ela empurrou Dave para fora do quarto e ele segurou o braço dela.
‘Eu sempre soube que você era uma vadiazinha tosca!’ ele riu, irônico. Ela soltou o braço e deu um tapa forte e com vontade no rosto dele.
‘Desaparece daqui!’ falou, soluçando ao tentar controlar o choro. Dave a mediu e desceu as escadas, saindo da casa, batendo a porta com força atrás de si.
‘.’ Ela se joelhou novamente ao lado dele. ‘, fala comigo!’ Passou a mão pelo rosto do menino e ele abriu os olhos lentamente.
‘Tá doendo, .’ falou baixinho e ela sorriu fraco.
‘Eu sei. Não fala nada, eu vou buscar algumas coisas lá embaixo, tá?!’ Ele concordou e ela desceu correndo para a cozinha. Pegou um pano, um balde de água e algumas pedras de gelo. Quando entrou em seu quarto novamente, viu sentado, encostado em sua cama.
‘, não era pra você ter se mexido.’ Ela sentou se frente pra ele colocando algumas pedras de gelo no pano, molhando-o em seguida. ‘Acho que vai doer um pouco.’ Ela encostou o pano no nariz ensanguentado do menino, e ele fez careta, fazendo com que ela afastasse rapidamente o pano.
‘Eu aguento!’ Ele sorriu fraco e ela encostou de novo o pano em seu rosto, limpando o sangue.
‘Desculpa!’ falou baixo. ‘Não era pra isso acontecer, eu nem sei por que eu chamei o Dave.’
Molhou o pano, passando-o lentamente pelo rosto de . Ele abriu os olhos e observou a garota por alguns instantes, os olhos dela ainda estavam vermelhos e seu rosto tinha uma expressão triste.
‘Desculpa por eu mal ter participado da sua festa de 18 anos, quer dizer... acho que, de todas aquelas pessoas, eu fui o único que viu você crescer, né?!’ Ele levantou a sobrancelha e ela riu, concordando. ‘Eu fui o único que vi você se transformar de pirralhinha feia... nisso?!’ ele observou o corpo da garota, reparando nas pernas dela que o vestido mal cobria, e depois sorriu.
‘Espero que nisso seja uma coisa muito boa!’ Ela jogou o resto do gelo dentro do balde de água e colocou o pano no chão, olhando para em seguida.
‘É ótima.’ Ele sorriu, malicioso, e ela deu um tapa em seu braço, sem controlar o riso.
‘Você é realmente um tarado, ! Espera aqui que eu vou guardar essas coisas lá embaixo.’ Ela pegou o balde e o pano e saiu do quarto, voltando alguns minutos depois com as mãos vazias. ‘Me deixa ver como tá?!’ Ela sentou-se novamente de frente pra ele e segurou o rosto do menino, observando o nariz machucado. ‘Eu sou uma ótima médica!’ Sorriu, satisfeita.
‘Brigada, !’ Ele se ajeitou, aproximando seu rosto do dela.
aproveitou a proximidade para observar os traços dele bem de perto, ele realmente já tinha virado um homem. Naquele momento ela sentiu que os dois tinham um desejo em comum e estavam dispostos a não lutar contra ele.
colocou a mão na nuca dela e sorriu quando os narizes se tocaram. O beijo, que começou delicado, aos poucos foi ganhando intensidade. Suas mãos se tocavam com intimidade, suas línguas brincavam uma com a outra e seus corpos se roçavam, fazendo com que o desejo e a vontade crescessem cada vez mais. Com uma das mãos ela bagunçava o cabelo dele, a outra estava ocupada demais tentando desabotoar sua camisa sem muito sucesso. Ele mantinha as mãos ocupadas com cada pedaço descoberto do corpo dela, aquele vestido o havia tentado a noite inteira, e agora ele finalmente tinha a oportunidade de tirá-lo e deixar que o corpo nu dela assombrasse seus pensamentos. Quando ela finalmente pareceu relaxar mais e deixar que ele levantasse um pouco seu corpo, aproveitou para descer o zíper do vestido e explorar cada novo pedaço da pele exposta dela.
conseguiu finalmente desabotoar toda a camisa dele e agradeceu quando ele mesmo a tirou e a jogou em um canto do quarto, suas mãos agora estavam livres para arranhar livremente o peito e as costas dele. Deixou que ele terminasse de tirar seu vestido e olhasse para seu corpo, coberto apenas pela lingerie, com uma certa admiração. Cruzou as penas ao redor da cintura dele, em busca de mais proximidade, e deixou que as mãos dele passeassem livremente por seu corpo. Quando ele a carregou e a deitou na cama, ela desceu as mãos até a bermuda dele e começou a tirá-la, sem hesitação.
‘Tem certeza?’ , sem parar de distribuir beijos por seu pescoço e seu colo.
Ela concordou vagamente, sem conseguir pensar em muita coisa naquele momento. Tudo que ela sabia é que, naquele momento, ela não seria mais capaz de parar.
“The day after...”
acordou com a claridade do sol que invadia o quarto. A menina ao seu lado ainda dormia tranquila e um sorriso involuntário surgiu em seu rosto ao observá-la. Virou-se de frente pra ela e a observou respirar calmamente.
Como aquilo tudo pôde acontecer? Até um mês atrás ele a odiava, e agora estava ali, na cama com ela depois de ter uma das noites mais incríveis de sua vida. abriu os olhos devagar e viu a olhando de uma maneira que ela achou, no mínimo, fofa.
‘Qual a graça de olhar uma pessoa dormir, ?’ Ela sorriu.
‘Não sei!’ Riu. ‘É que assim você parece tão frágil!’ Ele deu de ombros.
‘Vou encarar como um elogio. A propósito, bom dia!’ Ela deu um selinho nele e se levantou, estranhando o fato de aquilo tudo parecer tão comum e ordinário. Foi até o banheiro, escovou os dentes, limpou o rosto e voltou para o quarto, ainda se sentindo um pouco adormecida. ‘Que horas são, hein?! Já deve ser tarde!’ Fez careta, sentando-se na cama.
‘Hora de você parar de desfilar só de calcinha e sutiã na minha frente!’ abraçou a menina pela cintura, beijando seu pescoço descoberto.
‘...’ Ela tentou falar, mas ele a calou com um beijo.
Apesar de alguns protestos por parte de , os dois ficaram abraçados na cama, trocando beijos e carinhos nada inocentes durante algum tempo, até que ela conseguiu convencê-lo a parar de beijá-la e descer pra tomar café.
‘Nossa, acho que minha mãe já arrumou tudo!’ Ela observou a sala arrumada e se sentiu culpada por não ter ajudado.
‘Tem um bilhete aqui.’ pegou o papel e entregou para .
‘Hm, ela foi pra academia! Em pleno domingo, só podia ser minha mãe!’ ela balançou a cabeça, fazendo rir. ‘Disse que não entrou lá no quarto com medo de me acordar!’ Ela parou de repente e botou a mão na boca ao perceber o que poderia ter acontecido caso sua mãe tivesse entrado em seu quarto.
‘Que foi?!’ a olhou, assustado.
‘, imagina se minha mãe entra no quarto e vê a gente lá!’ Ela bateu na própria testa, percebendo o quão descuidada havia sido.
‘Ela ia adorar saber que a primeira vez da filha dela foi com um cara que ela ama e confia!’ Ele fez cara convencida.
‘E como você sabe se foi a minha primeira vez?!’ levantou sobrancelha e ele a olhou assustado.
‘Você já tinha...’
‘Não, imbecil!’ Ela deu um tapa em seu braço, rindo.
‘Ah bom, pensei! Bom saber que você nunca mais se esquece de mim!’ Ele sorriu.
‘Ah, é?! E por que não?’ Fez cara desentendida.
‘Porque a primeira vez é inesquecível!’ Ele piscou.
‘Ah, mas isso depende com quem foi sua primeira e se ela foi boa!’ deu de ombros, rindo ao ver a cara indignada que fazia.
‘Só falta você negar que foi boa!’ olhou para , vendo a menina ficar sem graça. ‘Não vai falar?!’ Ele se aproximou dela, rindo de um jeito perverso.
‘, o que você vai fazer?!’ Ela se afastou assustada e começou a fazer cócegas nela. ‘Não, para, ! ...’ ela ria e tentava falar ao mesmo tempo, sem muito sucesso.
‘Vai, fala que foi boa!’ Ele riu, sem parar de fazer cócegas.
‘Tá, tá bom, foi boa, foi ótima! Para!’ Ela afastou as mãos dele, já vermelha de tanto rir.
‘Sabia!’ Ele sorriu, convencido, a abraçando pela cintura.
‘, o que a gente faz agora?!’ Ela coçou a cabeça e ele a olhou, sem entender. ‘Sobre a gente!’ mordeu o lábio, insegura.
‘Sinceramente... não sei.’ Ele suspirou.
‘A gente pode deixar tudo como tá!’ Deu de ombros, olhando pra ele. ‘Quer dizer... você não precisa terminar com a Alex e eu só preciso de um tempo pra entender tudo isso.’ Ela acariciou o cabelo dele, que sorriu, concordando, e a abraçando mais apertado.
‘Desculpa, tá?!’ falou baixo, dando um selinho nela.
‘Não era você que tinha que me pedir desculpa, , não foi você o cara que me deixou mal!’ Ela piscou, sorrindo. ‘É melhor você ir, minha tia já deve tá preocupada e minha mãe daqui a pouco chega!’ Ela abraçou a cintura dele.
‘Tá, minha mãe deve estar louca lá em casa mesmo!’ Eles riram. ‘Tchau, vizinha!’ a beijou rapidamente e saiu de casa.
“Here we go again…”
‘Ah, mãe, eu tenho mesmo que ir?!’ sentou no sofá, cruzando os braços, inconformada, e sorriu.
‘Claro que sim! A Meg foi nossa vizinha durante anos e você sabe que a Ashley adora você, vocês são grandes amigas!’ A mulher caminhou a até a porta e a abriu, fazendo sinal para que a filha a acompanhasse.
‘Mãe, a Ash tem 5 anos!’ Ela bufou, seguindo a mãe.
‘Isso não importa, querida, agora vamos logo, que já estamos atrasadas!’ entrou no carro e olhou para a casa vizinha. ‘Acho que a já foi!’ Comentou, ligando o carro e saindo da garagem.
observou a casa de com as luzes apagadas. Esse era exatamente o problema e a razão para ela não querer ir a essa festa... ELE estaria lá! Há duas semanas ela evitava encontrar com ele, desde a noite que passaram juntos. Na segunda-feira seguinte ao seu aniversário, ao chegar no colégio, a primeira cena que viu foi e Alex abraçados, e ela sabia que de alguma forma aquilo a afetava, muito mais do que deveria. Fora ela quem decidira deixar tudo como estava, ela havia dito a que ele não precisava terminar com a Alex, agora ela precisava engolir o próprio orgulho e enfrentar a realidade.
‘Chegamos!’ falou animada, tirou-a do transe. As duas saíram do carro e seguiram para a casa de festas que tocava alguma musica infantil e estava decorada com bonecos do Barney.
‘!’ Uma mulher alta e loira sorriu e abraçou ao vê-la entrar no local.
‘Meg, que festa linda!’ observou o local enquanto Meg a abraçava . ‘Cadê a Ashley?’ Ela observou algumas crianças passarem correndo.
‘Oh, está brincando por aí! De vez em quando ela aparece pra falar com os convidados.’ Meg riu. ‘Então, a e o já chegaram, estão sentados lá fora!’ Ela apontou para o jardim da casa. ‘Agora me deixe ir ali, porque meu irmão acabou de chegar, aproveitem a festa!’ Ela sorriu simpática e se dirigiu ao homem que tinha acabado de entrar pela porta.
‘Vamos procurar a !’ caminhou até o lado de fora do local e a seguiu. ‘Ali ela! !’ Sorriu chegando perto da mesa.
sentiu o coração pular algumas batidas e o estômago revirar, estava sentado, observando a movimentação, e sorriu quando seus olhares se cruzaram. A camisa pólo branca que ele usava não a ajudava a manter a compostura, os botões estavam abertos como se ele não ligasse muito para a aparência, mas seu cabelo arrumado dizia o contrário.
‘, tudo bem, minha linda?!’ a abraçou.
‘Tudo sim, tia!’ Ela sorriu e se virou pra , sentindo o rosto esquentar. ‘Hey!’ Se abaixou e deu beijo na bochecha dele.
sentou ao lado de , e o único lugar que sobrou era a cadeira ao lado de . Ela sentou, sem graça, ajeitando o vestido e cruzando as pernas, olhando para as próprias mãos, evitando qualquer contato visual com o garoto ao seu lado.
Quase meia hora de silêncio entre os dois e eles apenas observavam a festa enquanto e conversavam, animadas. mantinha as pernas cruzadas e balançava o pé nervosamente enquanto batucava na própria perna, cantando algo baixinho. Se alguém mais podia perceber a tensão entre eles, nada foi comentado. Por vezes os animadores da festa falavam algo engraçado que fazia os dois rirem e trocarem um sorriso cúmplice, mas não houve conversa, o silêncio parecia falar ainda mais alto.
‘Vamos até a mesa comer alguma coisa!’ se levantou, sendo acompanhada por .
‘Eu também vou!’ se levantou depressa.
‘Claro que não, filha, e deixar o sozinho?! De jeito nenhum. Eu trago alguma coisa pra vocês comerem.’ sorriu e se afastou junto com . bufou, frustrada, e sentou novamente, cruzando as pernas e fazendo com que o vestido subisse um pouco mais que o esperado. Viu olhar de canto de olho para suas pernas descobertas e abrir um sorriso torto e malicioso. Puxou o vestido e deu um tapa no braço do garoto.
‘Eu vi, .’ O menino gargalhou.
‘Pensei que não fosse falar comigo a noite toda!’ Ele olhou pra ela, que sorriu sem graça.
‘!’ Uma menina loira a abraçou.
‘Ash!’ ela também abraçou a menina. ‘Parabéns, minha pequena linda! Como você tá?!’ colocou a menina em seu colo e sorriu, beijando sua bochecha.
‘Tô bem!’ Ashley falou com a boca cheia de doces. ‘Oi, !’ Ela acenou animadamente e sorriu, retribuindo o aceno. ‘Cadê seu namorado, ? Dave o nome dele, não é?!’ A pequena se virou para a menina, que corou.
‘O Dave não é meu namorado, Ash!’ Ela falou calma e riu ao ver a menina em seu colo levantar a sobrancelha, fazendo-a duvidar que ela tinha mesmo apenas cinco anos.
‘Mas você gostava dele, você me falou!’ Ashley fez bico.
‘Gostava, Ash, gostava!’ suspirou. ‘Mas ele não merecia.’ Ela piscou e viu Ash sorrir.
‘Você combina com o ! Por que vocês não namoram?!’ Ela sorriu convencida, achando sua própria ideia brilhante.
olhou para o menino ao seu lado e viu que ele estava do mesmo jeito que ela devia estar, completamente vermelho e sem palavras.
‘Não diga bobagem, Ash, e além de mais, o tem namorada!’ voltou sua atenção para a garota em seu colo.
‘E você gosta dela, ?!’ Ashley levantou a sobrancelha novamente, como se estivesse o desafiando, e riu.
‘Da Alex? Cla-Claro que eu gosto.’ Ele gaguejou e sorriu sem graça.
‘Tá, vou fingir que acreditei!’ Ashley riu e piscou pra . ‘Os meninos não merecem nossa confiança e nem nosso amor, não é ?!’ Ela fez bico.
‘Não, Ash, não merecem!’ mexeu no cabelo da menina. ‘Digamos que não é legal você ir dormir achando que talvez tenha encontrado o cara certo e depois dar de cara com ele a namorada juntos.’ forçou um sorriso. Ashley olhou para e viu que ele olhava incrédulo para .
‘É melhor eu ir, sou muito nova pra isso!’ Ashley balançou a cabeça, saindo do colo de . ‘Ah, mesmo que ele não te mereça, , eu ainda acho que vocês dois deviam namorar!’ Ela piscou inocentemente algumas vezes antes de sair correndo para o parque onde outras crianças brincavam, deixando sem reação. Será que tinha sido tão obvia assim?
‘Foi!’ falou de repente, como se tivesse lido seus pensamentos. ‘Mais óbvia, impossível!’ Ele mexia as pernas nervosamente. ‘Qual é, ? Foi você mesma quem disse que eu não precisava terminar com a Alex.’ Ele coçou a cabeça, bagunçando o cabelo.
‘Fez muito bem, vocês dois se merecem!’ Ela se levantou rápido e o menino a seguiu.
‘, quer parar?!’ ele falava enquanto a seguia. ‘... para!’ ele segurou seu braço.
‘Me solta!’ Ela falou baixo, evitando seu olhos.
‘Então olha pra mim e me ouve!’ soltou o braço da menina quando ela o encarou. ‘Não é só você que está confusa com tudo isso! Como você acha que eu tô me sentindo? O problema é que eu não posso terminar com a Alex sem saber realmente o que eu quero, o que nós dois queremos! E se você se arrepender? E se eu me arrepender?’ Ele passou a mão pelo cabelo.
‘, eu não tô cobrando nada de você. Eu nem sei por que eu falei aquilo, sei lá, saiu sem querer!’ Ela botou o cabelo atrás da orelha. ‘E agora eu também não tenho certeza de nada!’ Ela suspirou, e viu que a observava, sorrindo. ‘Quê?’ Levantou a sobrancelha sem entender.
‘Alguém já disse que você fica linda de rosa?’ Ele abriu um sorriso sincero.
‘Cala boca, !’ ela bufou sem graça. segurou o braço dela, puxando-a mais para perto. ‘.’ tentou se afastar, mas ele já abraçava sua cintura.
‘Você gosta de me torturar com esses vestidos, né?!’ Ele sussurrou em seu ouvido e ela estremeceu.
‘Eu não pedi pra você olhar pra minhas pernas, ok?! E além do mais, esse vestido nem é tão curt...’ Ela foi interrompida ao sentir a boca de encostar na sua. Ele a abraçou mais forte, aproximando os corpos, e intensificou o beijo. A menina nem tentou afastá-lo, sabia que era inútil lutar contra algo que ela queria.
‘Eu disse que vocês dois combinavam.’ A voz de Ashley fez com que eles se afastassem rapidamente. ‘Vocês ficam ótimos juntos! A propósito, tia e tia estão procurando por vocês!’ Ela piscou e saiu, deixando e sem entender como ela tinha achado eles ali.
sorriu sem graça e ajeitou o vestido antes de voltar para a mesa. Minutos depois, sentou novamente ao seu lado e eles deixaram que o silêncio predominasse entre eles novamente.
“We’re getting nervous...”
Mais uma semana se passou, e agora eles estavam às vésperas da apresentação dos meninos. continuava evitando falar com , só falava mesmo o necessário, mas a convivência diária entre eles e o fato de que seus melhores amigos namoravam dificultava.
‘Então, nervosos?’ sorriu para os garotos sentados na mesa do pátio na hora do intervalo.
‘Nem fala, amor! Tem uma semana que eu fico mais nervoso a cada dia que passa!’ sorriu, orgulhoso.
‘Eu tenho certeza que vocês vão se sair bem! A gente vai estar lá, torcendo por vocês!’ sorriu, sendo abraçada por .
‘Quer namorar comigo?’ perguntou de repente, fazendo com que ela o olhasse, assustada. ‘O quê? A gente tá ficando tem um tempão! Já está na hora.’ Ele sorriu, vendo a menina ficar sem graça.
‘Vaaai amiga, aceita!’ balançou a menina, provocando riso nos outros. olhou para , que sorria de uma forma fofa, esperando uma resposta dela, e balançou a cabeça positivamente, aceitando o pedido.
‘Aêe!’ , e começaram a bater na mesa, vendo o casal se beijar.
‘Agora a gente só tem duas velas!’ brincou e todos olharam de para , e os dois riram sem graça. Ela olhou para o menino do outro lado da mesa e percebeu que ele a observava com um sorriso, sorriu de volta e desviou o olhar rapidamente.
‘A gente vai passar o som lá no Barney’s depois da aula, vocês querem ir?!’ mudou de assunto.
‘Queremos!’ As quatro meninas falaram juntas e riram.
‘Então a gente encontra vocês na hora da saída lá no portão.’ falou, segundos antes do sinal tocar.
‘Alguém tem aula de matemática agora?’ perguntou, se levantando, e os amigos negaram.
‘Eu tenho!’ levantou o braço.
‘Ótimo, nós somos os alunos preferidos da sra. Thompson!’ Falou, rindo.
‘Vai dizer que você não gostou de ser expulsa daquela aula?!’ Ele riu, malicioso.
‘Idiota!’ ela segurou o riso, balançando a cabeça, e eles seguiram para a sala.
“Showtime...”
‘Cara, eu acho que vou vomitar!’ falava, passando a mão na barriga e fazendo caretas.
‘Para com isso, amor!’ deu um tapa no namorado. ‘Vai dar tudo certo, vocês são ótimos e o McFLY tem tudo pra ser um sucesso!’ Ela sorriu e as amigas concordaram.
‘Meninos, daqui a 15 minutos é a vez de vocês!’ James, o amigo dos meninos, passou pela mesa em que estavam. ‘Boa sorte!’ O rapaz sorriu e se afastou.
‘E se eu errar tudo na hora?’ bateu na testa, nervoso.
‘Deixa de besteira, , você não vai errar nada!’ segurou a mão do namorado e sorriu, tentando acalmá-lo.
e conversavam baixinho, as mãos do menino suavam e ela falava algumas coisas para tranquilizá-lo.
‘Já pensou se eu desmaio no meio do show?!’ Ele se desesperou.
‘, calma!’ A menina distribuía beijos pela bochecha do namorado. ‘Não vai acontecer nada, certo? Todo mundo vai amar vocês!’ Ela sorriu sincera e o menino a abraçou.
‘Brigada, minha princesa!’ ele beijou a menina delicadamente.
batucava nas pernas que se mexiam nervosamente. olhou para o menino e riu, percebendo seu nervosismo, ele olhou para ela que sentiu o rosto esquentar quando seus olhares se cruzaram. Ele piscou para ela e sorriu antes de voltar sua atenção para as próprias pernas. James subiu no palco e ligou o microfone.
‘Boa noite! Hoje nós temos a presença aqui de alguns amigos meus que têm tudo pra ser o próximo sucesso da Inglaterra!’ Ele falou animado. ‘Meninos, hoje a noite é de vocês... McFLY!’ James gritou o nome da banda e todos começaram a aplaudir. O local estava mais cheio que o normal, já que várias pessoas do colégio tinham ido ouvir o som dos meninos. Os quatro se levantaram juntos e as meninas os abraçaram.
‘...’ sorriu quando estava de frente pra ele. ‘Boa sorte!’ ela deu um beijo na bochecha dele e o abraçou. apertou a menina, sentindo o perfume doce que exalava de seus cabelos.
‘Brigado!’ Ele deu um selinho nela e foi para o palco, deixando-a um pouco atordoada, sem entender o gesto dele, mas ainda assim sorrindo.
Os meninos subiram ao palco e cumprimentaram o público que estava animado. Sorriram para as meninas, agradecendo o apoio, e começaram a tocar as músicas animadamente. Primeiro tocaram ‘Surfer Babe’ e o público aplaudiu bastante, depois tocaram ‘That Girl’, ‘5 Colors In Her Hair’, ‘Broccoli’, ‘Met This Girl’ e ‘Saturday Night’. Quando eles pararam de tocar, o público gritou, pedindo mais musicas.
‘Cinco minutinhos pra gente tomar uma água e nós voltamos para uma última música, ok?!’ sugeriu e o publico aplaudiu, concordando.
Os garotos foram para a mesa rápido e abraçaram as garotas, sentando para descansar um pouco.
‘E aí?!’ perguntou, animado.
‘Foi ótimo!’ sorriu animada.
‘Foi maravilhoso!’ Foi a vez de sorrir.
‘Foi incrível!’ abraçou o namorado.
‘Foi perfeito!’ piscou para os amigos. ‘Mas vocês têm outra música? Eu só me lembro de ouvir essas nos ensaios!’ ela falou em dúvida.
‘A próxima é surpresa!’ piscou pra ela e riu baixo.
‘Eu vou ao banheiro rápido, volto antes de vocês subirem no palco de novo!’ se levantou e atravessou a multidão o mais rápido que pôde.
Quando ia saindo do banheiro, ouviu uma voz conhecia, olhou para o lado e viu Alex conversando com um menino. Ele falou alguma coisa que provocou um riso na garota e depois a beijou. observou a cena boquiaberta, como ela podia trair assim, em público? E além do mais, ele estava lá, era o show da banda dele! Quando ia passando pelo lado do palco para voltar à mesa, os meninos passaram por ela sorrindo, foi o último e segurou o braço da amiga.
‘, presta atenção na letra dessa música. Foi o quem escreveu e eu suspeito que você vai entender.’ Ele sorriu e ia subir no palco quando o segurou.
‘Mas , eu acabei de ver a Alex beijando outro menino...’ ela começou a falar, mas foi interrompida.
‘...’ a falou, um pouco mais alto e exaltado. ‘Acorda! O terminou com a Alex há uma semana e só você não percebeu!’ Ele sorriu, beijando a testa da amiga e subindo no palco.
sorriu para si mesma e foi ao encontro das amigas. Os meninos falaram algumas coisas que não conseguiu escutar, as palavras de ainda ecoavam em sua mente e faziam com que ela ficava ainda mais ansiosa para ouvir a tal música surpresa. As primeiras notas da música começaram a ser tocadas e se ajeitou, pronta para absorver cada palavra.
“It hasn't been the best of days,
Since she drove off and left me standing in a haze.
Because I've been so out of order, yes I have babe,
My new found love showed up and blew her out the water.
And it’s so not easy (I know she'll say),
I'm sleazy (I love the way),
You please me.
I can't believe I found,
A girl who turned my life around.
She suddenly came onto me, pin me down on the ground.
I could have pushed away,
But I didn't know what she'd say,
But I'm glad I'm not the guy who turned her down.
I cut my social life in two,
I quit my city job so I can be here with you.
My friends say I'm a fool in love, but I'm not babe,
It's worth my while because you're what my dreams are made of.
‘Cause you look like (A beauty queen)
Sucked in by (Your tractor beam)
You know I
I can't believe I found
A girl who turned my life around ,
She suddenly came onto me, pin me down on the ground.
I could have pushed away
But I didn't know what she'd say
But I'm glad I'm not the guy who turned her down.
The years go by (As the years go by)
I wonder why (I start to wonder why)
She had come to me (Bah da bah bah)
So glad that she met me (Bah da bah bah)
And life without you baby just don't know where I would be.
I can't believe I found
A girl who turned my life around
She suddenly came onto me, pin me down on the ground.
I could have pushed away
But I didn't know what she'd say
But I'm glad I'm not the guy who turned her down
Yeah I'm glad I'm not the guy who turned her down
Yeah I'm glad I'm not the guy who turned her down.”
Os meninos pararam de tocar e os aplausos tomaram conta do local. olhava incrédula para , que sorria, agradecendo o público. Então ele tinha escrito aquela música pra ela? Ele tinha terminado com Alex por causa dela? O sorriso em seu rosto aumentou ainda mais quando seu olhar encontrou com o de e viu que ele sorria para ela.
“So much has changed...”
Os meninos desceram do palco ainda sob os aplausos do público, foram para a mesa onde as meninas estavam e elas correram para abraçar os namorados, riu, observando a cena. olhou para ela, esperando alguma reação, mas, por alguma razão, ela não conseguiu olhar pra ele, apenas sentou junto com os amigos, ele ficou em pé e passou a mão pelo cabelo.
‘Eu vou tomar um ar lá fora.’ acenou e saiu.
‘...’ olhou para a menina.
‘Eu sei!’ Ela olhou para as próprias mãos. ‘Será que se eu disser que estou completamente apaixonada por aquele imbecil, alguém acredita?’ Ela encarou o rosto dos amigos.
‘Não é pra gente que você vai ter que provar isso, !’ sorriu pra ela.
‘Vai logo, idiota!’ deu empurrou a amiga para fora da cadeira. sorriu nervosa e se levantou, correndo pelo mesmo caminho que tinha seguido minutos antes.
‘!’ avistou o menino caminhando com as mãos no bolso e correu até ele. ‘!’ Ela o chamou quando estava mais perto e ele se virou pra ela.
‘Hey, parabéns pelo show, cara!’ Alguns meninos do colégio assaram e cumprimentaram que sorriu simpático e agradecido. riu, imaginando os meninos sendo perseguido por um bando de fãs histéricas.
‘Eu posso falar com você?!’ Ela perguntou, receosa, e ele concordou silenciosamente sem tirar os olhos da pedrinha que brincava com os pés. ‘Olha pra mim.’ Ela pediu baixo, aproximando-se dele. levantou a cabeça e sorriu fraco. ‘A música era pra mim?!’ Ela mordeu o lábio.
‘Parece que sim.’ Ele deu de ombros e suspirou, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.
‘Ela é linda! Brigada.’ Falou, sem jeito. forçou um sorriso.
Ficaram um tempo em silêncio, um de frente para o outro. Algumas pessoas que passavam por ali cumprimentavam com tapas em suas costas e abraços. Todos diziam que o show havia sido ótimo.
‘Você e a Alex... terminaram?!’ Perguntou, mesmo já sabendo a resposta.
‘Faz uma semana. Acho que só você não percebeu.’ Ele passou a mão pelo cabelo. ‘Parece que estava ocupada demais tentando me evitar.’ fechou os olhos e suspirou, absorvendo as palavras do menino. Ela merecia aquilo, sabia disso.
‘Desculpa.’ Sussurrou, sem olhar pra ele. ‘É que tudo aquilo me deixou maluca, . Você sempre foi o garoto que eu mais odiei, e do nada eu me vi envolvida com você, e a possibilidade de eu estar gostando de você me desesperou.’ Ela sentiu algumas lágrimas se acumularem no canto de seus olhos.
‘E essas suspeitas... se confirmaram?’ Ele sorriu, esperando uma resposta positiva.
‘Não, .’ Ela fechou os olhos e, quando os abriu novamente, viu que o sorriso no rosto dele havia desaparecido. ‘É muito mais do que gostar, , eu estou completamente apaixonada por você!’ Sorriu o encarando. ‘Eu... eu acho até que amo você.’ Confessou num sussurro.
ficou um tempo sem reação, tentando confirmar se tinha mesmo ouvido aquilo. Os dois se encararam por um tempo, até ela cair na risada.
‘É, seu imbecil, eu amo você!’ Ela repetiu com medo de que seu sussurro tivesse sido baixo demais. ‘Fala alguma coisa!’ Quase gritou, nervosa e ansiosa por uma reação dele. gargalhou e a puxou pela cintura, abraçando-a com força e beijando seus lábios levemente.
‘Eu também amo você, vizinha!’ Ele sorriu e beijou a garota novamente.
Fim.
Nota da Autora: Aaah não acredito que finalmente terminei, nunca enrolei tanto pra bater uma fic! Ela já tava pronta há séculos, mas como eu escrevi no caderno fiquei enrolando pra passar pro computador! Demorei tanto que quando eu terminei ela eu amei, hoje em dia nem gosto mais tanto dela ¬¬ Essa fic já veio pronta pra mim, um dia eu tava ouvindo 3 Days Grace (sim a fic foi inspirada na musica deles ‘I Hate Everything About You’ mas acho que todo mundo sabe xD) e essa fic surgiu na minha imaginação, fora que eu sempre quis fazer uma fic colegial, em que os meninos ainda não fossem famosos e tal! Realizei um sonho! UISHDUIDHSDUI Tá, então é isso, espero que vocês gostem e não esqueçam de comentar ;) Beijo!