Prólogo:

"I have died everyday loving you for a thousand years


E em meio a milhões de pessoas eu havia encontrado ela. Um porto seguro no mundo. Um ponto de razão em meio às dúvidas e incertezas que me cercavam. Os momentos vividos me atormentavam enquanto sua ausência tornava os dias insuportáveis. De todas as dores, perdê-la foi a maior, mas a sua lembrança jamais poderia ser tirada de mim.


and i will love you a thousand years more."



Os dias se passavam tão cinzas para mim... Nada mais tinha graça. Não tinha força e nem vontade para fazer nada. Estava em meu quarto, deitado na cama encarando o teto. Por que o mundo tinha que ser tão injusto comigo? O que eu fiz para merecer isso? Sentia falta dela e não podia negar, não tinha como. Blink 182 - All The Small Things começou a tocar em algum lugar, afastando meus pensamentos e me impedindo de deixar lágrimas teimosas rolarem por meu rosto. A música vinha tocando do meu celular, olhei no visor antes de atender. Suspirei. Era , de novo.
- O que foi? – atendi seco.
- Esteja pronto em 5 minutos. Hoje te tiro de casa nem que seja à força. - falou e eu pude ouvir que estava com mais pessoas.
- , não estou afim de sair hoje.
- Hoje, ontem, semana passada. Chega disso, hoje você vai sair, é sério. – falado isso ele desligou o celular na minha cara.
Sentei-me na cama e meus olhos encontraram o mural de fotos que tinha ali, em cima da mesa em que ficava meu Mac. Lá tinha fotos minhas com meus amigos, família e... ela. A maioria era com ela, para falar a verdade. Fiquei encarando aquelas fotos sentindo uma pontada forte em meu peito. Tão linda... sorria em todas as fotos, e como eu sentia falta daquele sorriso! Senti as tão insistentes lágrimas de minutos atrás rolarem por meu rosto. Fui para o banheiro tomar meu banho de uma vez antes que chegasse. Tomei um rápido banho e quando saí do banheiro, podia ouvir alguém esmurrando a porta. Abri-a e me deparei com , e . Dei passagem para que eles entrassem.
- Falei 5 minutos. – falou.
- Tanto faz. – respondi indo para meu quarto.
Logo apareceu ali, olhando tudo ao seu redor.
- Dude, você tem que se livrar daquilo.
Levantei meu olhar até e ele apontava para o mural de fotos.
- , eu não vou me livrar das fotos dela! – eu me estressei.
- Você fala das fotos como se fossem ela. – falou severo.
- Mas as fotos são minhas únicas lembranças. – suspirei.
- E você quer viver de lembranças para sempre?
- Não enche meu saco, ! Me deixa em paz! – minha voz começou a ficar um pouco mais alta.
- , já faz 3 meses! Esquece isso! Acabou. Tudo tem seu fim, e o de vocês teve. Tudo bem que foi da pior forma possível, mas acabou. Infelizmente a morreu e não tem nada a ser feito. Você não pode viver de fotos ... Não pode viver de lembranças.
Vai parecer meio gay isso, mas cada palavra severa de me doeu por dentro. Tive vontade de chorar. Também tinha vontade de acertar um soco no rosto dele por falar assim comigo, mas não encontrei minha força. Nada em mim se mexia. Ninguém falava assim comigo. Infelizmente ela morreu. Essas palavras rodavam em minha cabeça. Em segundos já estava chorando. Merda. Por que logo ela? Por que logo o meu amor?
- Hey dude, você está exagerando. – apareceu no quarto, colocando uma mão no ombro de .
- Exagerando? Cara, ele não sai dessa merda de apartamento tem 3 meses! Não aguento mais ver meu melhor amigo assim! Me dói, cara! – protestou nervoso, passando a mão em sua cabeça.
- Calma ... – se sentou ao meu lado.
- Calma? Você pede isso porque não foi com você o que aconteceu.
- Eu imagino o quanto deve estar sendo difícil pra você, dude, todos nós gostávamos da , ela era muito especial, mas você já está preocupando a todos. Você não sai daqui, não deixa ninguém entrar... Nós só queremos te ajudar, , está na hora de você voltar à vida, você acha que a iria gostar de te ver assim? Huh? Eu acho que não... Faça um esforço, dude, e se não fizer por você, faça por ela.
- Desculpa ter sido ignorante, . – pediu, realmente arrependido.
- Tudo bem... – suspirei. – Vocês estão certos, eu deveria voltar a viver, não iria gostar nem um pouco de me ver assim, me daria uma bronca e tanto. – forcei um sorriso.
- E bateria na gente por te deixar assim. – completou rindo.
- É verdade. – concordou, também rindo.
Ri com eles. Isso é verdade, eu precisava viver um pouco, estava me prendendo demais, precisava respirar, já estava sufocado nessa casa.
- Hey, dude, vamos sair um pouco e esquecer isso. – falou por fim.
- Ok, acho que vai ser bom.. Vou só me arrumar.
- Estamos te esperando na sala. – falou e os 3 saíram do meu quarto, fechando a porta.
Peguei uma blusa branca com gola V, um jeans preto surrado, um vans já velho e me vesti. Passei perfume e peguei minha carteira, colocando-a no bolso de trás da calça. Peguei meu celular em cima da cama e na mesma hora ele tocou. Arregalei meus olhos. Era da casa de .
- Alô? – atendi apreensivo.
- Oi, , tudo bem? – a voz soou do outro lado da linha e eu relaxei, era a mãe dela.
- Hum... Tudo bem sim, Sra. , e com você? – perguntei, agora confuso.
- Na medida do possível, querido... – ela suspirou tristemente. – Bom, só liguei para falar que estava arrumando o quarto de hoje e achei uma caixa que tem coisas relacionadas a você... – interrompi-a.
- Posso ir aí buscar agora?
- Claro, era isso mesmo que eu ia sugerir.
- Passo aí daqui a pouco então.
- Tudo bem, estou te esperando.
- Tchau, , até daqui a pouco. – desliguei assim que ela se despediu.
Sorri um pouco incerto. Seria a coisa certa a fazer ir lá? Peguei a chave do carro e saí apressado do meu quarto, guardando o celular no bolso.
- Hum, tá tudo bem, dude? – perguntou.
- Sim! – sorri. – A mãe da me ligou falando que achou uma caixa que tinha coisas sobre nós dois lá, daí estou indo buscar.
- Tem certeza que está pronto para ir lá? – perguntou, aparentemente incomodado.
- Sim. – respondi com certeza.
- Tudo bem, se você diz. – ele levantou o ombro e forçou um sorriso. – Vamos a um pub qualquer, quando sair de lá me liga, eu te falo onde estamos e você nos encontra.
- Ok.

~~

Dirigi rapidamente até a casa em que vivia com sua mãe. Durante o caminho, passei por um jardim onde eu geralmente ficava com ela. Onde eu tive certeza de que estava apaixonado por ela, onde a pedi em namoro. Resolvi parar o carro ali e descer. O jardim continuava lindo. Sentei-me debaixo de uma árvore, onde ficamos quando fomos pela última vez naquele jardim.

FLASHBACK ON

- É isso mesmo? – perguntei indignado.
levantou os olhos calmamente, tirando a atenção de seu livro, e olhou para mim.
- É isso mesmo o quê, amor? – ela perguntou confusa.
- Você tem um namorado que, modéstia a parte, é lindo e gostoso, – falei, fazendo-a rir – e você prefere ficar aí lendo seu livro enquanto ele está ao seu lado e você pode fazer qualquer coisa com ele.
- De novo com ciúmes dos meus livros, bebê? – ela perguntou, fechando o livro e o colocando de lado, divertindo-se com a situação.
Sentei-me de frente para ela, olhando-a, e um bico involuntário se formou em meu rosto. Cruzei os braços feito uma criança birrenta de 5 anos.
- Quem está com ciúmes aqui hein, ?
- Hum, ninguém... Só imaginei. – ela falou charmosa, inclinando-se para cima de mim e dando um selinho em meu bico. Ela arrastou carinhosamente seus lábios pelo meu rosto, parando em meu pescoço e me beijando ali.
Arrepiei-me com seus beijos e segurei com força a grama que tinha embaixo de minhas mãos, para não me descontrolar e passá-las por todo seu corpo. Senti um formigamento familiar e fechei os olhos.
- Pára de me provocar. – reprendi-a, sentindo minha ereção se formar.
- Eu? Mas não estou fazendo nada... – ela sussurrou em meu ouvido, agora o beijando.
Golpe baixo. Ela sabia que beijos ali me deixavam louco.
- Amor, aqui não... Vamos pra sua casa, huh? – pedi manhoso, ainda de olhos fechados.
Abri rapidamente meus olhos quando não senti seus beijos. estava se sentando novamente e me olhava travessa. Olhei para ela frustrado, fazendo-a dar uma gargalhada gostosa.
- Amor, daqui a pouco você tem show. – ela me lembrou.
- Ah, podemos fazer rapidinho... Vamos, amor, por favor. – pedi, indo beijá-la, mas ela virou o rosto.
- Agora não. – ela falou firme.
- Ah, , por favor... Você vai me deixar na mão agora? Literalmente, né.
começou a rir muito alto e eu me estressei. Como assim ela provoca e vai me deixar só na vontade? Meu celular começou a tocar e ainda ria.
- Alô? – atendi nervoso.
- Eita, o que aconteceu? – perguntou.
- Nada. – respondi simplesmente.
- Tá, nem vou insistir. Enfim, você vai demorar? Você falou que ia passar aqui em casa pra gente ir pro show e já tá quase na hora.
- Hum, é mesmo, me esqueci, estava ocupado.
- ?
- Sim. Já estou indo pra sua casa, pode me esperar na rua.
- Ok, tchau, dude.
Desliguei o celular e o guardei em meu bolso novamente.
- Quem era? – perguntou curiosa, agora sem a crise de risos.
- , falei que ia dar carona pra ele pro show, já que é caminho daqui até lá e tal. – levantei-me e continuou sentada. – Você não vem? – perguntei confuso.
- Hum, não estou muito animada para ir ao show hoje, bebê, você se importa?
- Não... Mas você está bem? – perguntei preocupado, abaixando-me em sua direção, passando a mão carinhosamente pelo seu rosto.
- Estou sim, amor, só não estou muito afim de badalação hoje. – ela respondeu e eu pude reparar na tristeza em sua voz.
- Tem certeza que é isso, bebê?
- Tenho sim. – ela forçou um sorriso. – Pode ir, você já está atrasado!
- Amor, me fala o que você tem, estou preocupado.
- , não é nada, sério! – ela sorriu novamente. – Mas vai logo, não quero que você se atrase.
- Hum... Você não quer me falar... Ok, vou fingir que acredito que você só não está animada para ir ao show. – falei e ela desmanchou o sorriso e concordou com a cabeça. Dei um beijo demorado em sua testa. – Estou indo, quer que eu te deixe em casa?
- Vou ficar aqui mais um pouco.
- Certeza? Não é problema nenhum te deixar em casa.
- Quero ficar mais um pouquinho aqui, bebê, vou terminar de ler o livro.
- Tudo bem, mas depois do show eu passo na sua casa.
- Não precisa, amor, pode sair com seus amigos se você quiser, sei que você gosta de beber depois de fazer um show.
- Gosto, mas prefiro ficar com você. – falei e ela sorriu. – Mas tenho que ir mesmo, amor, fica bem, tá? – dei um beijo rápido nela e me levantei.
- Tudo bem, bom show, amor. – ela sorriu e acenou.
Acenei de volta e fui andando até meu carro. Fiquei preocupado com ela, não engoli essa história dela só não estar a fim de ir ao show hoje.

FLASHBACK OFF

Lembrar de sempre me fazia chorar e desta vez não foi diferente. Já podia sentir meus olhos arderem e minha visão embaçar. Levantei-me rapidamente, indo direção ao carro, passando as mãos com força em meus olhos para impedindo as lágrimas de saírem. sempre sofreu calada e eu sempre fui idiota a ponto de não perceber. Idiota. Idiota. Idiota.
Em minutos já estava na porta da casa de tocando a campainha. Logo Sra. atendeu, forçando um sorriso. Dava claramente para ver a tristeza em seus olhos.
- Olá, querido, entre, aceita alguma coisa para beber ou comer?
- Não, não, , não precisa se incomodar! obrigado.
- Água? Chá? Suco? Biscoito? – ela ofereceu, ignorando o que eu dissera.
Sorri com isso. sempre querendo agradar a todos. Ela era uma boa pessoa, a filha teve a quem puxar.
- É sério, , não precisa se preocupar, estou bem! – sorri.
- Tudo bem, mas se quiser qualquer coisa me fala!
- Pode deixar!
- Vamos lá pra cima. – ela falou, subindo as escadas e eu a segui. – E como você tem passado, meu bem?
- Nada bem, para ser sincero... Sinto muito a falta dela.
- Eu sei como é... – suspirou.
Paramos em frente o quarto de e uma sensação esquisita se apoderou em meu corpo, e não era uma sensação boa. Ignorei-a.
- E a senhora? Como está?
- Sentindo muito a falta dela também... Mas tentando superar aos poucos. A vida continua. E você deveria fazer o mesmo, mocinho, ficar com essa tristeza dentro de você é muito ruim, faz muito mal.
- Eu sei, também estou tentando superar, mas é difícil... Com o tempo conseguimos. – sorri fraco.
- Sim. – ela sorriu. – Bom, pode ficar à vontade, , vou estar lá em baixo, fique o tempo que quiser e se precisar de alguma coisa, já sabe, né?
- Sim! Se eu precisar de alguma coisa te chamo. – ri.
- Ok, então fique à vontade.
Apenas sorri e concordei com a cabeça. saiu e eu encarei a porta daquele quarto. Finalmente tomei coragem e a abri. O aroma doce de seu perfume invadiu rapidamente minhas narinas. Como eu sentia falta do seu cheio... Entrei no quarto e estava tudo do mesmo jeito de 3 meses atrás. Sentei-me em sua cama e a caixa que tinha mencionado estava ali. Olhei um pouco ao redor do quarto. Era como voltar no tempo estar em seu quarto, como quando eu ficava ali, sentado em sua cama a esperando sair do banho, todas as sextas feiras quando ela ficava sozinha em casa e me chamava para ficar lá com ela.

FLASHBACK ON

- Amor, você me ama? – perguntou, sentando-se.
Estávamos em sua casa, assistindo a um filme qualquer que ela escolheu. estava deitada em meu colo e eu podia sentir seus olhos fixos em mim o filme inteiro. Sempre tão inquieta.
- Claro que amo, você tem dúvida disso? – perguntei indignado.
- Não. – ela sorriu. – Podemos fazer um jogo então?
- Um jogo? – perguntei confuso.
- Sim, um jogo de perguntas. Eu faço algumas perguntas e se você acertar, ganha uma recompensa, mas se você errar terá que fazer o que eu pedir – ela sorriu travessa.
- Tudo bem. – sorri, concordando sem saber o que me esperava.
- Ok, primeira pergunta... Qual o meu livro favorito?
- Pff... Crepúsculo – respondi rapidamente fazendo careta.
Não sei como ela consegue gostar do Sr. Purpurina. riu da minha cara.
- Você acertou. – ela sorria.
- Sim, sim, e qual será minha recompensa?
agora sorriu maliciosa e se sentou em meu colo, de frente para mim. Suas pernas cobertas por apenas um pequeno short estavam presas cada uma de um lado do meu corpo. Sorri satisfeito com essa posição e coloquei minhas mãos em suas coxas. colou mais nossos corpos e colocou uma mão em minha nuca e com a outra ela segurou com força uma parte do meu cabelo. Seu rosto estava colado ao meu, nossos narizes se tocavam e por pouco nossas bocas não se tocavam também. Podia sentir sua respiração quente bater em meu rosto. Fechei os olhos assim que a vi fazendo o mesmo. Avancei rapidamente para beija-la e ela virou o rosto, sem desencostar do meu. Repreendendo-me, puxou meu cabelo. Bufei frustrado e ela sorriu satisfeita. Controladora. Logo senti os lábios úmidos de tocarem os meus. Abri um pouco minha boca, esperando por sua língua, que em segundos passava por meus lábios à procura da minha. Nosso beijo era ridiculamente perfeito. Simplesmente combinávamos. continuou me beijando, e às vezes puxava um pouco meu cabelo, deixando louco-me. Já podia sentir minha calça se apertando. Passei minhas curtas unhas em sua perna e a puxei para mais perto ainda de mim, se é que isso era possível, mas parou o beijo e se sentou ao meu lado rapidamente. Olhei incrédulo para ela.
- Calma amor, o jogo acabou de começar. – ela falou sorrindo.
- Não podemos deixar o jogo pra mais tarde?
- Não. – ela respondeu firme e não adiantava nem discutir, apenas concordei revoltado, e ela sorriu abertamente. Com aquele sorriso, eu faria qualquer coisa por ela. – Tá, agora vou fazer a próxima pergunta. – ela anunciou ainda sorrindo.
- Ok.
- Hum... – ela fez uma cara pensativa por um tempo antes de falar. – Qual minha série favorita?
FUDEU! Cara, a assiste tantas séries... Qual é a favorita?
- Gossip Girl? – respondi incerto. Quer dizer, mais perguntei do que respondi.
- Errado. – ela respondeu, fazendo biquinho e eu corri para mordê-lo, mas ela inclinou o corpo para trás, repreendendo-me: – Nem vem, você errou, tem que fazer o que eu pedir. – sorria maliciosa agora.
- Manda.
- Tira a blusa.
Sorri malicioso e tirei a blusa, sem cerimônia alguma. ficou observando meu corpo com desejo e meu ego foi lá para cima.
- Vai só olhar? – perguntei e ela me olhou assustada, como se tivesse fazendo algo errado. Sorri com isso.
- Hum? Ah, é, certo. É... Próxima pergunta, né? Hum... Ah, qual minha atriz favorita?
- Aquela daquele filme... – respondi, tentando lembrar o nome da bendita, fazendo arquear as sobrancelhas. – ! – quase gritei quando lembrei seu nome, fazendo-me sorrir vitorioso com a cara de surpresa de .
- Olha só, você acertou. – ela falou, realmente surpresa. – Agora sua recompensa. – falou e tirou lentamente sua blusa.
- Wow, que recompensa. – sorri olhando para os seus peitos cobertos por um sutiã de renda vermelha.
Tudo que eu queria naquele momento era tirar todas essas roupas de nossos corpos, e estava pensando seriamente em fazer isso, mas falou, tirando minha atenção de seus seios.
- Ok, próxima pergunta.
- Próxima pergunta o caramba, vem cá. – falei e fui para cima dela, beijando-a.
Estava deitado sobre ela, prendendo-a. Passava as mãos de suas pernas até seus seios, segurando-os em minhas mãos. Ela se rendeu ao beijo, beijando-me da mesma forma apelativa. apertou sua perna envolta da minha cintura com força, impedindo-me de sair de cima dela. Desci meus beijos, passando por seu queixo, pescoço, colo e finalmente pelos seios. Livrei-me rapidamente daquele pano vermelho e me dediquei a beijar seu seio esquerdo, sugando-o, dando leves mordidas. Massageava o seio livre de minha boca com a mão direita, que cabia perfeitamente sobre ele. passava suas unhas sem dó em minhas costas e suspirava alto. Comecei a beijar seio direito, massageando o esquerdo agora. Quando me dei por satisfeito com seus seios, desci o beijo para sua barriga.
- Vamos para o meu quarto, , é melhor.
Apenas assenti e me levantei com grudada em mim, com suas pernas em volta da minha cintura. Subi as escadas com dificuldade por causa dos beijos apelativos de . Chegando ao seu quarto, coloquei-a deitada na cama e tranquei a porta. Virei-me e fui para cima dela novamente, voltando para a antiga posição, beijando sua barriga e descendo lentamente minha boca. Parei no cós de seu short e o tirei, revelando uma calcinha rosa, de algodão, encharcada. Sorri malicioso e subi meus beijos, fazendo o mesmo caminho de antes e parando em sua boca. me beijou com urgência. Enquanto nos beijávamos, desci minha mão até sua intimidade, sobre a calcinha, e fiquei a acariciando ali. suspirava alto quando eu parava de beijá-la para morder de leve seu lábio. Voltei a descer os beijos, parando em sua intimidade. Tirei sua calcinha e comecei a dar beijos ali. Passava minha língua por toda sua intimidade, sugando de vez em quando. Quando a senti contrair seus músculos, subi novamente os beijos e ela rapidamente tirou minha calça e cueca. Diverti-me com seu desespero. Levantei-me da cama recebendo um olhar revoltado de . Apenas peguei minha carteira no bolso da bermuda, que havia pouco tinha jogado no chão, peguei uma camisinha e me “vesti”. Devidamente protegido, voltei para cima de , que agora sorria feliz, sem esconder seu desejo. Coloquei meu membro ereto em sua intimidade e não pude deixar de sorrir com a cara de alívio que fez. Distribuí beijos por seu rosto enquanto a penetrava. Agora já mais excitados, meus movimentos eram mais rápidos e fortes, eu me dedicava só a isso nesse momento. Relaxei um pouco, desacelerando meus movimentos.
- Oh, ... – falou entre seus gemidos. – Estou quase lá, mais rápido, por favor.
Sentindo que também estava próximo do orgasmo, voltei a dar rápidas e fortes estocadas. Logo senti contrair seus músculos e, depois de segundos, relaxar. Meu orgasmo chegou logo depois. Peguei a mão de e dei um beijo calmo nela. Quando separei nossas bocas, sorria, e ela também. Levantei e tirei a camisinha de meu membro, enrolando-a e a jogando na lixeira que tinha ali. Deitei ao seu lado na cama, com a respiração agora calma. Ninguém se atrevia a dizer nada. se levantou e foi para o banheiro. Ela estava realmente estranha, mas não iria forçá-la a dizer nada. Levantei-me, pegando minha box jogada no chão e a vesti. Voltei a me sentar na cama e fiquei esperando ela sair de lá. Logo voltou ao quarto, com uma toalha envolta do corpo, os cabelos molhados, e uma expressão séria. Ela se sentou ao me lado na cama e suspirou alto. Olhei-a, incentivando-a a dizer o que queria.
- ... – ela começou.
- Diga.
- Eu não fiz a pergunta principal do jogo.
- Qual pergunta? E por que não a fez?
- Porque eu tive medo de você não se lembrar. – ela respondeu, ignorando a primeira pergunta. Seus olhos estavam vermelhos.
- Qual a pergunta, ?
- Se você se lembra do dia em que nos conhecemos. – agora ela olhou para baixo, fugindo do meu olhar.
Aproximei-me dela e levantei seu rosto com delicadeza. Seus olhos estavam realmente vermelhos. Ela estava engolindo o choro e eu não entendi o porquê de sua reação, o que me preocupou.
- E por que você acha que eu não me lembro disso, bobinha? – sorri calmo.
- Porque você nunca se lembra de nada, . – ela suspirou. Droga, me chamou pelo nome, isso não é bom. – Só lembra quando tem show porque o te liga, só se lembra do meu aniversario porque você vê no facebook, só se lembra dos nossos aniversários de namoro porque eu fico comentando sobre isso por semanas, só se lembra de comer porque vou frequentemente na sua casa e faço compras, só lembra de... – eu a interrompi.
- Era uma sexta feira, show do Blink 182. – fui falando e pude vê-la sorrindo, surpresa. – Você estava linda, com uma blusa deles, calça jeans e all star. Vários marmanjos chegaram em você e nas suas amigas, e você vetava todos, até que você olhou pra mim e reparou que eu te olhava, e sorriu. Ficamos trocando olhares por umas duas músicas, e você sorria toda vez, me fazendo sorrir também. Como você tinha rejeitado vários caras, fiquei com medo de chegar em você, até que me incentivou e eu fui até lá. Lembro até que suas amigas ficaram dando risinhos, te fazendo ficar vermelha de vergonha, o que eu achei fofo. Conversa vai, conversa vem, resolvi tentar a sorte e te beijar. – sorri, fazendo seu sorriso abrir mais. – E você deixou. Ficamos o show inteiro juntos. Quando o show acabou pedi seu telefone e você não queria me passar, insisti e você negou. Resolvi passar o meu e você também negou, e aquilo me intrigou ao máximo, até que você disse que queria se encontrar comigo ao acaso. Eu realmente queria te ver de novo, então te contei que teria um show da minha banda no sábado, em um pub no centro da cidade, e você falou que se o destino quisesse você iria estar no pub certo, na hora certa. Concordei e, no sábado, fiquei apreensivo achando que você não iria encontrar o pub certo, e não é que no meio do show você apareceu? Passei a acreditar em destino no instante em que eu a vi sorrindo pra mim perto do bar.
- Eu vou confessar uma coisa sobre isso. – ela anunciou e riu, divertido-se. – Perguntei todos os meus amigos se eles sabiam de algum show em um pub no centro e a irmã de uma amiga sabia e me falou onde era.
- Então não foi tão coisa de destino? – perguntei, um pouco chateado.
- Acredito que foi. – ela continuou sorrindo. – Essa cidade tem tantas pessoas e como logo a irmã de uma amiga iria saber do seu show?
- É verdade, faz um pouco de sentido. – sorri pensativo.
- Você se lembra. – ela falou e eu olhei. Ela sorria satisfeita.
- Hum?
- Você se lembra do dia em que nos conhecemos.
- Ah, sim. Claro que lembro, amor, não tem como esquecer, mesmo que tenha sido 4 anos atrás. – sorri.
sorria, mas logo seu sorriso se desmanchou e ela me abraçou forte, afundando seu rosto em meu peito. Fiz carinho em seu cabelo e dei beijos em sua testa.
- Amor? – ela me chamou com uma voz chorosa. Suspirei.
- Oi, amor.
- Você promete me amar pra sempre?
- É claro que prometo, amor, é isso que vem te incomodando?
- Você promete ficar comigo pra sempre? – ela perguntou, agora me olhando.
Dessa vez pude ver as lágrimas escorrendo por seu rosto. Logo as limpei. Eu sinceramente não estava entendendo o porquê dela estar assim.
- Prometo, amor – dei um selinho demorado nela. – Sempre. – outro selinho. – Sempre.
- Ok, eu acredito em você. – ela forçou um sorriso fraco.
- Acredita mesmo?
- Acredito.
- E você me ama?
- Mais que tudo nesse mundo.
- Então se eu te amo e você me ama, por que está chorando?
- Não sei... Deve ser TPM.
- Certeza?
- Uhum.
E de novo, para não pressioná-la, apenas fingi acreditar em uma de suas desculpas. se levantou e colocou um pijama. Deitamos na cama e ela me abraçou forte. Ela não estava bem, não mesmo.

FLASHBACK OFF

E esse sou eu, , idiota por não insistir em saber o que realmente a incomodava. Passei a mão por meu rosto, suspirando. Olhei para caixa e resolvi abri-la. Dentro tinha algumas fotos de nós dois, ingressos de cinema, shows, músicas e cartas que escrevi para ela e um envelope que eu nunca tinha visto. Estranhei. Peguei-o e atrás estava escrito " ". Abri-o inteiramente interessado. Dentro do envelope tinha uma carta e um CD. Deixei o CD de lado e comecei a ler a carta.

[n/a: Ler a carta ouvindo Avril Lavigne – I’m With You]

",

Se você está lendo essa carta, provavelmente o pior aconteceu e me desculpa por não ter te contado nada esse tempo todo... Descobri a leucemia há seis meses, e quando descobri já era tarde de mais... Tentei te contar muitas vezes, mas eu sempre fui fraca, nunca consegui falar, sempre me perdia em seus olhos e perdia a fala. Desculpa... Você sabe, eu sempre acreditei em destino e que tudo acontece por um motivo, talvez alguém lá em cima não queria ver a gente junto, talvez assim terá sido melhor, eu nunca vou saber e espero que você descubra, por nós dois. E me desculpa também por ter sumido uma semana inteira, mas foi o melhor, não queria que você me visse nos meus últimos dias de vida, eu não queria que você sentisse pena de mim... Eu não queria te ver chorando... Eu não conseguiria. Meu amor, me desculpa por todas as vezes que fui infantil, por todas as vezes que tive ciúmes, e se alguma vez te chateei ou te magoei, me desculpa mesmo, eu só queria você pra sempre, pertinho de mim. , eu te amei cada segundo da minha vida, e nunca, NUNCA, duvide disto, sério, aonde quer que eu esteja agora, estarei pensando em você, em nós. Amor, sempre vou estar do seu lado, mesmo não me vendo, eu vou estar lá contigo, nos momentos bons e ruins. Sempre que você tiver em dúvida, olhe para cima, para o céu, e eu serei a estrela mais brilhante. Bebê, eu tenho o último pedido para fazer, talvez o mais importante de todos... Peço para que você nunca se esqueça de mim, mas que não deixe de viver por causa disto. Quero que você saia com seus amigos, beba, tenha namoradas, ficantes, seja o que for, mas quero ver você feliz, quero que você seja feliz, como foi comigo. Promete? Ok, vou confiar em você. Dentro do envelope tem um CD, que contem músicas que me fazem lembrar de você, de nós dois. Quando estiver sozinho e sentir saudade de mim é só escuta-lo. Bom, então é isso, meu amor, pensa em mim, que onde quer que eu esteja, estarei pensando em você, e não se esqueça, seja feliz."
Terminei de ler a carta e estava chorando, não tinha como não chorar. Essa era a despedida dela... Essa era ela me dando tchau... Realmente me emocionei com esta carta. Ainda chorando, guardei as folhas no envelope e peguei o CD, colocando-o para tocar no som que tinha ali. E algumas músicas conhecidas começaram a tocar. Era impressionante em como as músicas se encaixava no que eu estava sentindo, em alguns momentos que passamos... É, isso me fez sentir mais falta ainda dela. Falta do seu sorriso, das suas crises de ciúmes, das crises de raiva, da carinha de travessa que ela fazia quando aprontava alguma coisa, do jeitinho manhoso quando ia me pedir algo. Saudade de vê-la na primeira fila dos shows, cantando todas as músicas empolgada. Saudade dela.
Escutei o CD por mais umas duas vezes seguidas até que resolvi sair daquela fossa. Tirei o CD do som, guardando-o dentro do envelope, e saí do seu quarto, pegando a caixa e a levando comigo. Quando passei pela porta, dei uma última olhada em seu quarto. Suspirei e fechei a porta, de uma vez por todas.


7 meses depois...

[n/a Coloque para carregar 3 Door Down - Here Without You e quando eu avisar, aperte o play!]

Tinha acabado de chegar em casa depois de uma tour pelo Brasil, estava exausto. Tomei um rápido banho e pulei em minha cama, esperando o sono chegar. Essa tour tinha sido a mais difícil para mim, pois tinha prometido a que a levaria para o Brasil comigo, era o sonho dela conhecer aquele país. Pois é, 10 meses já tinham se passado desde a morte dela e não vou negar que esses últimos meses foram bem difíceis... Já não me lembrava de como antes, às vezes achava que era errado isso, que eu estava a deixando de lado, mas às vezes pensava que era até bom, estava precisando viver, com ou sem ela. Para sempre ela vai estar comigo, como ela mesmo disse, e isso bastava. [n/a dê play na música] Não consegui dormir, então me arrumei, peguei meu violão e fui até meu carro, dirigindo a um lugar ao qual não ia havia 10 meses. Nunca gostei muito de cemitérios, são muito tristes. Por mais que o cenário seja bonito, é muita tristeza envolta daquele lugar. O cemitério em que estava ficava aberto o dia inteiro. O sol já estava se pondo quando cheguei onde estava enterrada. Sentei-me ali na grama e olhei ao redor. Era um lugar muito bonito, de verdade, e o crepúsculo o deixava ainda mais bonito. Mas como falei, por mais bonito que o lugar fosse, o sentimento de tristeza presente ali era muito intenso.
- Hey, amor. – falei por fim, olhando para a lápide à minha frente.
Pode parecer tolo, mas estar ali era, de certa forma, como estar com ela. Fiquei ali contando sobre tudo que estava acontecendo comigo, com a banda, com meus amigos. Senti-me melhor por estar ali.
- Ah, amor, tenho uma música para acrescentar ao seu CD. – sorri e comecei a tocar 3 Doors Down – Here Without You.
Quando terminei de tocar a música, pude sentir uma lágrima escorrendo pelo meu olho esquerdo. E era isso então, minha despedida para ela. havia escrito a carta se despedindo de mim e esse foi meu jeito de me despedir dela, pode ter demorado, mas só criei coragem hoje de finalmente dizer adeus a ela. Sentia-me melhor. Sentia-me... Leve. Sim, leve. Foi como se tivesse tirado um peso de cima de mim. Levantei-me, pegando o violão, e olhei para a lápide por mais alguns segundos.
- Adeus, meu amor. – disse por fim, virando-me e indo embora.


THE END


comments powered by Disqus