"Maldito o dia em que deixei cair o espelho, partindo-o." É a única coisa em que consegue pensar enquanto vê o e a cobra (ops, desculpa), a a beijarem-se, ou melhor, a enfiarem a língua na garganta um do outro.
- Meu Deus, como as coisas mudaram, entre você e o . Vocês eram como... - admirou-se .
- Unha e carne? - palpitou distraída.
- Exatamente! - Gargalhou desconfortável.
- Yah, mas isso foi antes...
# Flashback (1 ano antes)
- , pare de me fazer cócegas. Não vê que eu 'to falando ao telefone? - falou sussurrando, tentando fazer cara séria, mas tudo o que conseguiu foi parar de gargalhar e mostrar o dedo do meio.
Da outra linha do telefone , que ouviu tudo, gritou:
- O quê? O tá aí? E você tá tentando marcar um daqueles encontros às cegas? , se você continuar fazendo isso vai se ver comigo! Eu ODEIO o , e nada do que você possa fazer vai mudar isso. Me liga quando ele for embora. Tchau!
- Mas... Mas... Tchau!
desligou o telefone e olhou para o receosa. Ele logo percebeu e disse:
- Ela percebeu, me xingou e não vem... Acertei?
acentiu.
- Bom, me desculpe, mas não posso dizer que lamento. Então o que é que vamos ficar fazendo?
- Não sei... Filme? Já viu Harry Potter 6?
- Harry Potter outra vez?
- Esse é um novo filme. E você ainda não viu, que eu saiba. E já que não há mais reclamações vou fazer pipoca. Soldado, sal ou açúcar?
- Capitã, açúcar, por favor!
levantou-se e foi fazer as pipocas. Quando voltou já estava embrenhado no filme. Isso era uma das coisas que ela mais gostava em : Ele odiava Harry Potter e a saga Crepúsculo ou qualquer outra coisa que tivesse a ver com romance. Mas era fanática por eles então ele via e sem reclamar (muito). Ele era como se fosse um irmão para ela. Quando estava com ele quase estava completa. E, digo, quase por que a única pessoa que ela ama tanto como é a sua melhor amiga, .
Mas o problema deles é que eles não se dão, isto é, eles são como gato e rato. Não conseguem estar na mesma sala sem discutirem e xingam um ao outro como se tivessem a dizer: "Bom dia, como está?" . Resumindo, quando ela estava com um, não podia estar com o outro, exceto, quando ela marcava os encontros às cegas (como dizia), que consistiam em chamar para um e dizer pra ir encontrar com ela sozinha e depois ligar para o outro e dizer a mesma coisa. No fim, quando eles se vissem era muito tarde pra voltar para casa, e teriam que aturar um ao outro.
E essa era a vida dela, andava no 11º ano, tinha 18 anos, 2 amigos espectaculares e uma inimiga mortal, a . Oh, miúda irritante e má. Tudo nela a irritava, a sua maneira de andar, de falar, e a sua atitude convencida de que podia conquistar qualquer cara que ela quisesse.
ficou pensando em como era sortuda por ter um amigo como que nem deu conta que o filme já tinha acabado. espreguiçou e disse sorrindo de lado:
- Bom... Até que o filme não era assim tão mau, mas já vi melhores!
- Oh, etá rapaz que não gosta de dar o braço a torcer... Ok, vou fingir que acredito que você não gostou do filme. Quer ver mais um? Aluguei "Wanted".
- Eu amaria ficar aqui com você e ver a Angelina Jolie com aquele corpinho - riu dando um tapa no seu ombro -, mas tenho de ir à loja de Cd's ver se ganho inspiração pra escrever uma nova música.
-Ok , a gente se fala amanhã no liceu.
-Ai! Por que você tinha de me lembrar da porcaria do liceu? - reclamou fazendo careta.
- Desculpa - pediu com um beicinho.
- Ok, tchau. - e deu dois beijos nas bochechas de .
-Tchau.
saiu do apartamento da todo animado. Era sempre assim quando estava com ela. Como ele gostava daquela garota. Ela era o seu suporte, o apoio que o assenta no chão, ela sempre o tinha consolado e ajudado quando seus pais brigavam. Ela sempre está lá quando ele precisa, e às vezes parece que ela não entende o quanto ele gosta dela. Ele era capaz de qualquer coisa só para a ver sorrir e dar um tapa no ombro dele. Claro, que ele tinha outros amigos e até eles compunham uma banda. O "Mcfly". Isso era uma das coisas mais preciosas que tinha na vida. Abanou a cabeça pensando que tinha que deixar de ter esses pensamentos gays. Avistou a sua loja preferida de cd's e entrou esquecendo-se por completo das merdas que teria que enfrentar quando fosse para casa.
Após ter ouvido e comprado alguns cd's, resolveu ir para casa. Ao sair da loja, estava tão distraído que nem reparou na pessoa à sua frente e sem querer esbarrou nela, derrubando todas as suas compras. Dougie ajoelhou-se e começou a apanhá-las com todo o cuidado.
- Oh, desculpe. Estava distraído...
-Não faz mal. - respondeu uma voz feminina.
Quando todas as compras estavam apanhadas, tentou ver quem era a pessoa a que pertenciam, mas ela estava toda tapada com um chapéu, óculos e um casaco de manga comprida, mas aparentava ter a mesma idade que ele. Portanto, mesmo se a conhecesse não saberia dizer quem era.
-Olha, peço muitas desculpas, não a tinha visto. Mas me deixe compensá-la. Quer tomar um café?
-Yah, pode ser.
Entraram na Starbucks, e tomaram um café enquanto isso foram falando. Passado um bocado, já sabia mais de 6 anedotas novas que a moça o havia contado. Ela era realmente divertida.
-Hey! A propósito, nem sei seu nome! Eu me chamo .
-Eu já sabia.
-Sabia? Como?
- Você não tá me reconhecendo? - enquanto isso, ia tirando os óculos, o chapéu e o casaco - Sou eu, a !
- ? Eu nem imaginava que era você.
- Deus, eu devia estar irreconhecível com aquelas bugigangas todas.
Apesar do susto, não aguentou e soltou uma gargalhada.
- Bugigangas? Já não ouvia essa palavra desde que era criança.
- Você quer dizer "desde ontem"?
- Ah! Ah! Ah! - Ironizou - Tá dizendo que eu não sou HOMEM? Se quiser eu te provo que sou.
o encarou surpresa, e deu uma tapinha na sua testa quando entendeu o que tinha acabado de falar.
- Me desculpe, não tinha intenção de falar isso, com esse sentido... - apressou-se a pedir perdão.
- Não há problema, eu entendi.
Nesse momento o celular de tocou e ela pediu licença para ir atender.
"Xiii, , você e a sua mania de falar antes de pensar. Agora deve estar pensando que eu sou um pervertido que só pensa em sexo. Droga!" - pensou .
Passado 2 minutos ela já estava de volta. E parecia preocupada.
- , a tarde foi muito boa, mas agora tenho de ir... resolver alguns problemas.
- Algo de grave? - perguntou preocupado. Podia até estar sendo intrometido, mas depois dessa tarde ele poderia ser considerado seu amigo. Não podia?
-Não, nada demais.
- Ok, então tchau.
- Tchau.
mandou um beijo no ar, se levantou e saiu do café, deixando para trás seu novo amigo. Mas logo, teve uma necessidade de saber se iria voltar a ver-lhe, então voltou para trás. Abriu a porta do café, e disse:
- , a gente se fala na escola, né?
Ele a encarou por um segundo, surpreendido, e respondeu:
- Claro, por que não?
- Ah, não sei. Talvez por causa da ... Bom deixa pra lá. Tchau!
-Tchau. - Respondeu estático. Tinha-se esquecido da . Meu Deus! Ele tinha acabado de passar uma das melhores tardes de sempre com a inimiga de sua melhor amiga! Começou a remoer como iria contar tudo para ela, quando seu celular tocou. E adivinhem só quem era? Pois, claro, a mesma! e, a sua inconviniência!
atendeu com a voz meio tremida dizendo um: -Alô?
- Hei! Então ainda não chegou a casa?
- Não.
- Já escolheu muitos cd's?
- Cd's? Que cd's?
- Os que você foi comprar, tonto!
- Ah, sim! Muitos cd's... Montes e montes de cd's!
- ?
- Sim?
- Você tá parecendo meio nervoso. É sua mãe?
- Não tá tudo bem. -"Oh, Deus. Por que essa menina tinha que me conhecer tão bem?" - , eu 'to meio ocupado com as compras que fiz... A gente pode falar amanhã?
-Claro! Beijos!
-Beijos!
Depois de ter desligado o celular, enquanto caminhava para casa ficou pensando:
"As mulheres são tão complicadas. Por que que e tinham que ser inimigas? É tão parvo, simplesmente não entendo. Só porque antes era uma rufia que resolveu implicar com e fazer a vida dela um inferno, não significa que ela seja má... SIGNIFICA? Bom, mesmo que signifique ela pode ter mudado, não? Devo estar ficando paranóico. Vou ligar o meu Ipod."
Ao ouvir a música que estava tocando, não conseguiu conter um sorriso. "You're my friend" da banda sonora de Naruto, era uma música que ele e os Mcfly adoravam. E eles, infelizmente, tinham uma regra muito rígida. Que consistia em: que quando ouvissem essa música, não importa o que estivessem a fazer, tinham que largá-lo e começar a dançar como loucos nesse mesmo instante. E ele não ia quebrar uma regra tão importante dos Mcfly. Ia? Não, não lhe parecia.
Tomada a decisão, pousou os sacos na grama e aí começou a abanar a cabeça, a bunda, os braços, enfim, o corpo todo. Enquanto isso estava passando uma senhora de idade que tinha perdido os seus óculos e quando viu o disse:
- No meu tempo, fazíamos essas coisas com o nosso companheiro num quarto escuro. Ai! Ai! Ai!
Quando a música acabou, ele percebeu que já havia anoitecido e ele já devia estar em casa esperando seu pai chegar. Apressou o passo, para não chegar atrasado. Porque se havia coisa que o seu pai não admitia era ele chegar em casa e não ver lá ou então chegar do trabalho e não ver o jantar pronto, o seu jornal em cima da mesa e a sua roupa que iria usar no dia seguinte engomada. É verdade, ele podia afirmar com todas as letras que tinha um pai TIRANO! Seu pai ameaçava sua mãe todo o dia. Todo o dia ele tinha que acordar ouvindo seu pai xingando sua mãe de: vagabunda, cabra, etc.
Quando isso acontece, ele , normalmente, liga para e simplesmente a deixa falar. Ela o conhece tão bem, que quando ele lhe liga, por vezes, nem precisa dizer nada, pois ela já sabe que os seus pais discutiram. Aí, se encarrega de toda a conversa. Porque ele não consegue tagarelar.
Pensando nisso, nem deu conta quando chegou à porta de sua casa. Inspirou fundo e entrou no seu Inferno Pessoal.
Capítulo 2 - Tudo passa...
Havia se passado duas semanas desde aquele encontro com a e não havia dito nada para . Afinal, segundo ele, para que lhe dar uma enxaqueca por nada? Também depois daquele dia ele nunca mais viu a . Não é que o interessasse ver, mas pronto... é esquisito! Ela estava sempre a passear pelos corredores rodeada de gente e agora não se vê ela em lugar algum. Além do sumisso de , haviam coisas muito piores acontecendo na casa de . Hoje de manhã, seu pai - que já estava bêbado - havia batido em sua mãe na sua frente, ele não aguentou e deu-lhe um soco, saindo depois a correr de casa. Ainda não havia conseguido falar com , porque não havia deixado! A miúda é um demônio...
- Terra chamando, - passou a mão em frente do pela 2ª vez.
- Ele deve estar pensando em porcarias como sempre. - provocou .
-Não, não estou pensando em você, . - respondeu .
- Estúpido.
- Parva.
- Idiota.
- Gorda.
- , se você quiser chamar a de alguma coisa não a chame de gorda. Porque ela é muito mais magra do que eu e acho que não estou assim tão mal. - Interveio .
- , de que lado você está? - Replicou ofendido.
- Eu não estou de nenhum dos lados, mas vocês têm de parar com isso... - reclamou.
Para piorar a situação a passou nesse exacto momento e para cúmulo do azar, acenou ao e disse:
- Oi, ! A gente nunca mais se viu, né? - a olhou feio ao que fingiu nem reparar - Bom, você parece ocupado, então... - escreveu num papel - depois me liga.
E entregou o papel ao , indo-se embora logo depois.
- Xii... Foi se meter com a ? Logo com ela? Você realmente é um grande... - não conseguiu terminar a frase porque foi interrompida pela .
- Você tá me gozando? Certo? Isso é uma pegadinha?
-... Não é nada do que você está pensando...
- Então o que é que é? É que aquilo que eu 'to pensando não é nada bom.
- A gente se cruzou na rua, e no início eu nem sabia que era ela, mas depois quando descobri já tinha falado um montão de tempo com ela...
- Você quer que eu acredite que você ficou falando um montão de tempo com uma pessoa que você nem sabia o nome?!
- Ridículo! - Acrescentou .
- Pode parecer, mas é a verdade.
- E se eu disser que não acredito?
- Ora, então, vá se foder, !
- O quê? - Perguntou admirada.
- O quê? - Perguntou angustiada.
- É o que você ouviu. Não sei como você tem coragem de me pedir que não fale com alguém só porque você não se dá bem com essa pessoa. Essa decisão devia ser minha e não sua. Me desculpe, mas eu 'to farto de você, . 'To farto de ter de aturar por você, 'to farto da sua falta de bom senso, 'to farto de ser seu amigo.
- Nossa... explodiu! - gozou .
- E se você não se calar quem vai explodir é essa boca aí. - ameaçou
- Eu... Não... - não conseguiu terminar a frase, porque estava muito chocada. Ela nunca poderia imaginar que se sentisse assim.
O sino tocou, marcando o fim do intervalo. E eles ficaram-se encarando por algum tempo até que quebrou o gelo.
- Gente, vocês não tão pensando em matar a aula, não é? Agora é o professor Binns. Aquele professor Bins. O barrigudo, o careca, o mauzão...
- Vamos, então, . - Disse a gaguejar porque ainda não tinha se recuperado completamente.
-Vamos.
E sem mais palavras, cada um foi para o seu lado. acabou encontrando-se com , e . Eles tinham ouvido a conversa, e cada um expressava a sua opinião:
- Dude, eu acho que você pegou pesado - falou com calma.
- Talvez, mas é que eu me senti tão encurralado, tão frustrado que não aguentei e... Peguei, não peguei? - tentando se desculpar. - Eu falo sem pensar e vocês já sabem disso...
- Ya, você explodiu...- gozou. E depois disso ninguém conseguiu dizer mais nada porque não conseguiam parar de rir.
As aulas acabaram, e aqueles 3 não se falaram mais. Na porta da escola, se despediu dos rapazes, e encontrou a Simone o esperando.
- Hey.
- Oi.
- Posso te acompanhar até em casa? - perguntou timidamente.
ia recusar, quando pensou nos motivos por que o iria fazer. Afinal, se estava chateado com a tinha que aproveitar o pacote inteiro, até a última gota.
- Ok!
Caminharam por algum tempo em silêncio, até que resolveu falar:
- Me desculpe. Eu sei que eu não devia ter ido falar assim com você, em frente da . Só que eu queria ter a certeza de que você não se importava do fato de eu ser inimiga de sua melhor amiga. Aí, eu fiz asneira. Me desculpe! Me desculpe! Me desculpe!
- Calma, . Essa confusão ia acabar por acontecer. Eu, a e a já tinhamos muitos problemas, antes sequer da gente se esbarrar em frente da loja de Cd's.
- Ahn, ok!
- Onde que é a sua casa?
- Por ali. - e apontou para a rua oposta a que estávamos indo - Por quê?
- Então por que estamos indo na direção oposta?
- Porque eu vou te levar para sua casa.
- Claro que não. E depois, o quê? Você ia sozinha para a sua, não?
- Claro!
- Já pensou em ser comediante? Você teria muito sucesso.
- Ah! Ah! Ah! Muito engraçado. - ironizou.
E apesar de suas reclamações acabaram por mudar de direção ir para a casa de . Quando chegaram, reparou que a casa dela ficava ao lado do parque onde ele vai se espairecer sempre que briga com o seu pai.
- Bom, está entregue!
- Obrigada e mais uma vez desculpa!
- No problem. E a gente se vê amanhã?
- Sim! - Respondeu entusiasmada, até demais. Quando percebeu a sua reação exagerada começou a se justificar toda atrapalhada - Não, é que... Você é meu amigo e você é fixe e eu gosto de você!
Quando ouviu isso, o estômago dele deu uma cambalhota engraçada, o fazendo arrepiar. Ele olhou para a , e aí ele soube que essa miúda ia ser muito importante na vida dele, quer seja para o bem ou para o mal, soube também que queria ser amigo dela, não importando o que a pensasse.
Ele gargalhou e disse:
- Eu também... Gosto muito de você! E, claro, que você é minha amiga.
Despediram-se e cada um foi para a sua casa.
Nessa noite, o pai de não dormiu em casa.
Passaram-se dois dias e a ainda não tinha falado com o depois daquela discussão. Ela sentia tanto a sua falta, mas ela não podia entender como pode fazer isso com ela. Talvez ela estivesse exagerando, afinal, eles não tinham feito nada, apenas conversado. E, claro, que ela não queria obrigar a escolher seus amigos. Mas, a sempre fora muito popular em todas as escolas em que andou (pelo menos é o que diziam), e sempre fora... Bem, ! E quando entrou para uma nova escola deparou-se com essa menina, a , que tinha virado todos seus amigos contra ela e sem motivo e, só a restou os Mcfly e a . E, portanto, ela tem medo que a tome todos os seus amigos de si. É completamente compreensível, e ela pensava que o entendia isso. Até hoje, ainda não entendeu como é que tinha discutido com ela por causa de . Era (segundo as palavras de ) simplesmente RIDÍCULO!
Ela não ia se dar por vencida... Isso mesmo! ia organizar uma saída só com o , e eles iam à feirinha ambulante que havia ali perto. adorava feiras. Ele ia amar ir a uma com ela. Ela se preparou todinha. Vestiu uma blusa de alça cheia de brilhantes doirados; um colete de ganga; uns jeans novos e um par de all star dourado. Olhou a sua imagem no espelho e pensou: " , nenhuma zinha vai roubar você de mim."
Quando chegou à casa de respirou fundo e considerou a hipótese de Sr. e Sra. estarem em casa. Bom, se isso acontecesse não iria mudar em nada a sua decisão de RECUPERAR o seu amigo das presas (ops, desculpa!), das mãos da .
Assim sendo, tocou a campainha e ficou à espera. Passados 10 segundos, abriu a porta. Deus, ele estava um trapo, parecia que não tinha dormido a noite toda. Quando ele reparou quem estava à porta, primeiro arregalou muito os olhos e depois os contraiu. Com rispidez perguntou:
- O que é que você quer?
- Oi pra você também. - respondeu animada, ignorando a cara feia de - Não me vai convidar para entrar? Ou vou ter de falar o que eu quero daqui da porta?
- Entra - respondeu ele abrindo caminho para ela passar.
Depois da ter entrado fechou a porta e correu para o sofá se esticando completamente nele, para assim não poder sentar. Ela ignorou esse gesto, tirou os pés dele do sofá e se sentou. Mais uma vez, não conseguiu esconder o seu espanto e arregalou seus olhos.
"O que é que veio cá fazer, a essas horas da tarde vestida dessa maneira? Xiii... até que ela tá muito sexy... Mas isso não vem ao caso!" - abanou a cabeça tentando retirar esses pensamentos impróprios.
-Então, o que é que você veio cá fazer a essas horas da tarde?
- 1º: São 20:35h, portanto já é de noite e 2º...
De repente, saltou pro colo de o abraçou e começou a dar beijos nas bochechas e na testa, pedindo:
- Me desculpe, me desculpe, por favor...
que já estava rindo às gargalhadas, disse:
- Ok, ok, mas saia de cima de mim.
- Pronto, saí. Agora vá se vestir depressa.
-Vestir pra ir aonde?
- Surpresa! Agora vai rápido que eu não tenho o dia todo.
subiu e foi para o seu quarto vestir. No final, ele vestiu umas calças jeans uma camisa de manga comprida que adorava, pôs umas correntes no pescoço e calçou uns ténis da cor da camisa. Estava pronto! Desceu e pegou pelo braço, arrastando-a para fora de casa. Enquanto isso nem reparou na cara de pervertida que fez.
" Jesus me abana! Ele está muito lindo! Será que podemos achar nossos amigos sexies? Bom, eu acho que o meu é muito GOSTOSO!" - ao pensar nisso, sem querer, soltou uma risada baixa, que passou despercebida.
- Então, vai-me dizer pra onde a gente tá indo?
- Não, você vai ter de esperar até a gente chegar lá.
Caminharam conversando animadamente, tomando cuidado para não referirem a .
Quando chegaram, praticamente ia pulando nos braços de só de felicidade.
Com tanto entusiasmo, acabou falando asneira:
-, eu te adoro, viu? Muito mais do que a ! Nunca se esqueça disso!
-Ah?! Então você também adora a ? - retorquiu meio angustiada.
- Não foi isso que eu quis... - tentando se explicar.
- Então não há problema. Porque eu também te adoro muito mais do que adoro a ! - Brincou . Afinal, ela não ia discutir com o no mesmo dia em que fizeram as pazes, né? Mas, claro que ela ficou chocada com aquelas palavras, só não ia pensar nisso agora.
Encontraram e na feira, e a partir daí a noite passou a ser uma comédia. Ela achava muito engraçado e muito simpático, mas nunca tinha passado muito tempo com eles. Andaram em montanhas-russas; roda-gigante; casa assombrada (nessa perdeu-se e eles tiveram que ir falar com operador de forma a que ele parasse com a diversão, assim eles podiam procurar o seu besta de amigo. Quando o acharam ele passou maior mico em frente de todas as pessoas, que os outros só conseguiram zoar dele) e também no túnel do amor. Nessa diversão todos eles queriam ir com a , porque ela era a única rapariga entre eles. Resumindo e concluindo, foram todos os 4 juntos. a meio do caminho só tentava dar beijos a , e ele só dava tapas na cabeça do amigo.
No final, todos estavam cansados e esfomeados. Então resolveram ir comer no novo restaurante da feira que se chamava: "Witch's burger". Se você comesse 4 hambúrgueres, eles te davam uma consulta para a previsão do seu futuro e três bebidas a sua escolha.
Depois de acabarem de comer, tiraram a sorte para ver quem ia ficar com a previsão do futuro. O resto (os mais sortudos) ficaria com as bebidas. No final, ficou com a previsão do futuro e os rapazes com as bebidas. E como se não bastasse ainda gozaram com ela:
- , não se esqueça de perguntar se a gente vai casar com moças peitudas, ok? - gargalhou fazendo gestos com as mãos em frente ao peito para se tornar mais específico.
- É... e pergunte também onde está . - sugeriu .
- Mas isso eu já sei. Ele está em casa comendo a prima inglesa dele, enquanto a mãe pensa que ele está com gripe. - esclareceu .
- Esse é o meu ! - exclamou .
- Eu vou indo pra minha previsão, se não aquilo fecha.
- Ok, tchau! - Responderam em uníssono.
caminhou por um corredor, que segundo o garçom iria dar à sala, onde ela iria ter a porcaria da previsão. Percorreu o corredor, que por sinal estava muito mal iluminado, e no final desse mesmo encontrava-se a tal sala. A sala era redonda, e a única coisa que lá havia era uma mesa também redonda e uma senhora que tinha a cara toda tapada. Se acreditasse mesmo nessas coisas era capaz de ficar com medo, mas invés disso ela rolou os olhos e sentou-se na cadeira desocupada que estava em frente da senhora encapuzada e disse:
- Bom, vamos despachar com isso. Que tretas é que você tem para me dizer?
- , sempre muito agitada e apressada... Vejo que no seu futuro você vai desejar ter sido mais calma e atenta...
- Como... Como é que você sabe o meu nome? - Perguntou gaguejando.
- Por favor não interrompa a minha premeditação. - pediu a senhora encapuzada.
- Ok! - concordou exitante.
- Você precisará ter mais atenção às pessoas e a si mesma, tem de alargar os seus horizontes. - Dizendo isso ela tirou um espelho da sua algibeira e entregou-a - Toma isso. Vai-te ajudar mas não vai fazer as coisas por você. E... diga aos seus amigos que eles vão casar com miúdas bem fornecidas, sim! Obrigada pela sua visita e se me quiser voltar a encontrar... Bem, você não me vai voltar a encontrar.
-Ok, e... Obrigada!
Com isso, levantou-se atordoada e caminhou em direcção à porta.
Mas que porra foi essa? Eu não acredito nessas coisas! Mas o que é que vou fazer com esse espelho? Mas imagina se ela tiver um pressentimento das coisas que vão acontecer no futuro? É melhor tomar cuidado com ele, digo espelho! Deixando essas coisas INÚTEIS de lado, ela foi ter com os rapazes para os contar que eles sempre iam casar com chicas peitudas. Isso sim, era uma grande previsão!
Gozaram um pouco, mas depois tiveram que ir para casa. Porque todas as coisas boas acabam, porque tudo passa e nada fica.
Capítulo 3 - Fantasy
E assim continuaram os dias sem que nada acontecesse. passou a estar só com e depois só com . Nunca com os dois juntos. E , embora em segredo continuou se encontrando com Simone. Eles já eram muito bons amigos.
Um belo dia, (não tão belo assim!), acordou e resolveu caprichar, para ir à universidade bem bonita. Apanhou o cabelo num coque mal feito, vestiu uma mini-saia de ganga e um tomara-que-caia cor-de-rosa e, por fim calçou uns sapatos de salto alto também cor-de-rosas.
Menina, você é uma gata. Vamos ver se também chega a essa conclusão. É verdade estava apaixonada pelo melhor amigo da sua inimiga! Dude, ela estava mesmo lixada! E se apercebeu disso quando chegou à conclusão que queria estar com o a toda hora, e que quando estava com ele o seu coração batia mais depressa, ela começava a falar baboseiras atrás de baboseiras e ficava muito, mas mesmo muito corada. Enfim, se apercebeu disso quando entendeu que não se importaria de passar todos os dias e noites se fosse preciso com , só para que estivesse feliz, levando aquele sorriso lindo nos seus lábios.
saiu de casa, e fez a sua habitual rota para o colégio. Estando ela no 11º ano do liceu, faltava pouco menos de 2 anos para ela ir para a faculdade de medicina.
Jesus, falta tão pouco tempo para a famosa separação. Eu vou para um caminho e os meus amigos por outros. Tenho de tentar subir mais um pouquinho a minha média. Mas com todos esses acontecimentos com o... estacou de repente, quase caindo, porque viu um rapaz. Viu o rapaz! Que na verdade estava a ser forçado pela sua mãe a vestir uma espécie de traje de Carnaval.
É a dura e triste realidade. Eu estou APAIXONADA por um gajo que ainda se veste de Batman? Mas, como que por magia, a cena mudou! Onde antes estava uma mãe orgulhosa e contente por seu filho ter crescido de boa saúde, estava agora uma mulher com raiva e triste. Onde antes estava um rapaz envergonhado e divertido por vestir um traje tão infantil, que claramente não o servia, estava agora um miúdo choroso e com medo. A mãe viu para o filho emocionada e já também com lágrimas nos olhos e abraçou-o. Era um abraço que só uma mãe sabe dar e só um filho sabe entender. E, logo a seguir, a mãe de entrou num táxi e este partiu com toda a velocidade, deixando para trás um Batman destroçado e com um maço de dinheiro na mão.
limitou-se a sentar no banco que ficava no parque à 15 passos de onde se encontrava. Ela, que já não conseguia vê-lo assim, correu para o alcançar. Sem dizer nada, sentou-se no banco viu dentro dos olhos de seu pseudo-amigo/apaixonado e abraçou-o.
estava confuso. Não sabia porque que é que a estava lá, nem o que ela tinha ouvido, mas nesse momento as únicas coisas que eram importantes na vida dele eram: a sua mãe e aquele abraço que ele estava recebendo.
Não sei por quanto tempo eles ficaram lá, só sei que não foi pouco. chorando silenciosamente no ombro de e ela simplesmente o abraçando.
Passado algum tempo, viu para o relógio. Já passavam das 15:00. parou automaticamente de chorar, e, por incrível que pareça, falou em alto e bom som:
- Você tem que ir.
Não era uma pergunta.
- Não. - mentiu .
- Me desculpe, te fiz perder a aula e você ainda nem almoçou. - se desculpou .
- Hoje era só revisão e eu não 'to com fome.
-, sua mentira podia funcionar se eu não tivesse com a cabeça no seu colo, ouvindo todos os protestos do seu estômago. - falou brincando.
- Eu só vou comer se você também vier comigo... Por favor, meu Batman preferido? - disse sorrindo amavelmente.
- Ah! Eu ainda 'to com a minha máscara?- perguntou rindo.
assentiu. tirou a máscara e pendurou-a no pescoço, levantou-se, limpou o rosto e pegou na mão de fazendo ela se levantar também.
Depois de comerem um Big Tasty no McDonald, foram sentar-se em frente da praia que estava em frente do fast food.
Por um tempo ficaram calados, mas depois quebrou o silêncio:
- Sabe... Meu pai é alcoólico, o problema só tem vindo a piorar e ele bateu na minha mãe. Por isso ela se foi embora. Ele ainda não sabe que ela resolveu fugir. Agora eu tenho que ir a minha casa antes que ele chegue. Vou; apanho minhas roupas; e mudo para a casa de , durante algum tempo, e depois vou para o apartamento que já tinha preparado para o caso de isso acontecer.
- Nossa, isso é triste. Mas como você vai ficar em um apartamento se você não trabalha?
- Minha mãe vai me mandar o dinheiro que eu precisar. Ela tem poupado também alguns tostões.
- Você também deveria trabalhar para ajudar sua mãe. - sugeriu ela.
-Claro! Boa ideia!
- Eu também vou trabalhar com você.
-Não, claro que não. Você tem que estudar e trabalhar agora só atrapalharia.
- Não adianta você protestar. Eu vou trabalhar com você. A gente divide o horário e depois você fica com o dinheiro.
- Eu não posso aceitar.
- Você vai aceitar. Estou fazendo isso pela sua mãe, ok?
- Ok. Vou fingir que acredito que você não tá fazendo isso só porque sou um gato e você não conseguiria viver sem mim!
-Ah! Ah! Ah! Que piada! - disse sendo sarcástica.
-Você não discordou!
- Ah!Ah!Ah! - dessa vez ela estava achando mesmo piada.
- Sabe uma coisa? - perguntou .
- Não. Você ainda não me disse.
- Ah, que engraçadinha! Mas, falando sério, você é a única miúda que já me viu chorar.
-Sério? - exclamou admirada.
- Sério! E obrigada!
-Obrigada? Por quê? Será por que eu sou linda e enriqueço sua visão? - sugeriu ela.
- Isso também. Mas é mais por que você está me ajudando no que eu penso ser o momento mais difícil de toda a minha vida. - Confessou .
- De nada. - Agradeceu , toda constrangida.
Ele acabou de concordar que eu sou Linda?! Uh, yeah! Go, ! Go, ! - Sabe outra coisa? - Perguntou .
- Fala.
-Você continua sem discordar. - Gozou dando uma gargalhada.
- Não vou... - murmurou .
- O quê? - Perguntou que não tinha ouvido bem.
- Disse que temos de nos despachar antes que o seu pai chegue a casa. - dizendo isso levantaram-se de um só salto e caminharam em silêncio outra vez, mas nesta caminhada ninguém interrompeu-o. Os dois precisavam de pensar. De assimilar as ideias e os novos acontecimentos.
Um desejava que o tempo avançasse e a outra que parasse. Mas a verdade, é que (infelizmente) o tempo não recua, abranda, para ou avança. Simplesmente existe. Chegaram a casa de muito depressa, ele arrumou suas coisas numa mala e partiram para a casa de . Ao chegarem lá já passava das 17 horas.
recebeu-o de braços abertos, sem nem perguntar nada. Eu nunca hei-de entender os rapazes. Essa cumplicidade que têm uns com os outros, e não é só nesse caso... Dois rapazes podem estar a brigar num momento, mas passado meia hora já estão bem. E nós, meninas, (nem todas!), demoramos dias sem falarmos umas com as outras, remoendo e remexendo no passado até que uma de nós admita que errou. - pensou .
- Acho que estou sobrando aqui depois a gente se fala.
- Não, pode ficar - sugeriu . - Você não está atrapalhando em nada e, como não sei cozinhar, você pode me dar uma ajudazinha. Os outros Mcfly estão vindo aí, e como eu os conheço bem, vão querer esvaziar a minha geladeira (mais ainda).
- Ok, eu fico. Pelo bem dos estômagos dos rapazes. - e esboçou um sorriso de agradecimento.
Depois de arrumarem as bagagens de no quarto de hóspedes, foi para a cozinha ver o que podia cozinhar para o pessoal que estava chegando, enquanto que e ficaram na sala vendo futebol.
abriu a geladeira e "CREDO!", não havia lá nada.
- Eu sei, eu sei! - disse , surgindo de repente, assustando-a - Não tem nada aí porque eu, basicamente, só como fast food.
- Deu pra ver. Então eu vou fazer compras. Há algum mini-mercado aqui perto?
- Ya, há sim, eu vou com você. Espera um segundo, que eu vou buscar minha grana.
- Ok.
Enquanto, esperava , foi (tentar) falar com o . Ela nunca fora muito boa para consolar pessoas, mas ia tentar dessa vez:
- Hey!
- Hmmm... - resmungou .
- Uau! Estamos de bom humor! - gozou .
- Ahn, desculpa, não me liga não. 'To mal-humorado, esse gajo não consegue marcar nem se a baliza estiver aberta!
- Já estou pronto, vamos? - Apressou .
- Ahn, ok! Então vou andando. - disse .
- Ok, vão depressa que estou cheio de fome. - resmungou .
- Resmungão! - Xingou .
-Guloso! - Xingou .
- Ei, gente, não é festa! - Riu .
-Ok, até já. - Despediu-se .
-Ya, já volto. Tenta não destruir a casa até lá. - Despediu-se .
-Ok, até. - Respondeu .
Fecharam, a porta e começaram a andar em direcção ao mini-mercado que ainda ficava um bocadinho longe.
- Então... - iniciou a conversa - Você passou por uma situação chata hoje.
- É verdade, mas é meu amigo e eu tinha que ficar com ele e ajudá-lo.
- Ya, mas nem toda a gente faz isso por um rapaz que mal conhece.
- Mas eu sinto que já conheço o há muito tempo.
- Sim, ele é um tipo fantástico! Jesus, não acredito que disse isso, parece gay!
Ambos deram uma gargalhada.
- Não é ser gay, é amizade!
- Sim, é verdade. Mas mesmo assim, eu não disse isso.
- Ok! Vai ser um segredinho entre a gente!
- Fixe. Então já sabe o que vai comprar?
- Acho que sim. Panado Cordon Bleu, batatas fritas, arroz, ketchup e mayonese, azeite e banana.
- Uau! Vamos ter um banquete hoje!
- Você vai experimentar os cozinhados da Chefe . - e deu uma gargalhada à bruxo "mua ahahahaha".
- Ok, vou esquecer isto também.
E riram outra vez.
No meio dessa conversa toda, o celular do toca " Tem uma mensagem na puta do celular. Tem uma mensagem na puta do celular!"
começou a gargalhar: - Bom toque de mensagens! Imagina se você estivesse numa reunião com o vosso manager e isso tocasse. Seria de morrer a rir.
- Esperemos que não aconteça. - exclamou enquanto lia a mensagem -Oh! Não! Outra vez!
- O quê?
- Há uma miúda que anda atrás de mim, desde que lhe dei um fora. Man, ela é tão chata. Pode ver se quiser. - e estendeu-lhe o celular
No celular dele estavam mais de 20 mensagens só dela. Uma tal de Melanie. A última mensagem era assim: "Queria ser poeta, poeta não posso ser, poeta pensa em tudo, e eu só penso em você. Eu te amo! Volta para mim!" Havia outra assim: "Se o amor que sinto por você for um sonho, quero dormir para sempre! Volta para mim, por favor!" E havia mais e mais outras depois dessa. Parecia um livro romântico.
- Uau! Tipo, a miúda está doida por você, cara!
- Até pode estar, mas eu é que não volto para ela! Bom, aqui está o mini-mercado. Mulheres primeiro! - e abriu a porta para a passar.
- Gays depois...
E caíram outra vez na gargalhada.
Depois de comprar tudo o que precisava e de ter ficado sem nenhum tostão (apesar da não saber), voltaram para casa. Já passavam por volta das 18:00h e ainda não tinha dado notícia em casa. A viagem foi tão ou mais animada que a ida e quando já podiam avistar a casa, fez uma aposta:
- Aposto com você o Cordon Bleu maior que eu chego primeiro a casa e me sento primeiro no sofá.
- Você não vai conseguir.
- Isso vamos ver. Preparada...
- Só não vai chorar, quando eu ganhar.
- Ai! Que convencida! Apontar... e Vamos!
Correram como se estivessem na primária e queriam ganhar um doce muito apetitoso.
saltou o muro da casa, enquanto empurrava o portão. foi pelas traseiras enquanto Simone dava um jeito de saltar pela janela.
E de repente, tudo ficou em pausa. na sala em frente do sofá (que por acaso estava com mais três rapazes sentados nele) e na porta da sala ofegante, tentando ver como se sentar perante aquela situação. Não tiveram que esperar muito tempo, porque como que por instinto resolveram saltar por cima das pessoas, digo indígenas, que por sua vez estavam sentados em cima do sofá.
Bom, acho que não preciso contar a cena.
Depois de muitas "merdas" e de "vocês tão malucos?", resolveram todos deitarem-se no chão e ficar a ver para o tecto, enquanto ia preparando o famoso Cordon Bleu. Quando a casa começou a cheirar só a comida, e os rapazes acabaram de arrumar a bagunça feita pela maldita corrida de seus amigos, serviu a comida. Sem esperar pelo garfo, começou a atacar o jantar.
- Ai, ! Isso ficou mesmo bom! Mas por que é que o ficou com o pedaço maior?
- Cara, para que é que você ainda pergunta isso? Não se vê logo que eu fiquei com o maior, porque sou o mais GATO?!
- Etá... Convencido - exclamou . - Você não tem remédio.
- Ele não é convencido. Ele é mentiroso. - provocou dando de língua e fazendo todo o mundo rir, gozando com .
-Gente, 'to indo. Já tá tarde e daqui até a minha casa é muito terreno que tenho de percorrer.
- Ok, tchau. - Exclamaram em uníssono.
- E, obrigado pela comida. - gozou , passando a mão pela barriga e piscando o olho ao mesmo tempo.
-Tchau, pra você também . -despediu-se .
Quando ela já tinha fechado a porta e estava preparada para começar a sua LONGA caminhada até a sua casa, saiu de casa apressado e perguntou admirado:
- Por que é que você não me esperou?
- Não pensei que você viesse. - respondeu admirada.
- O quê? Não acredito que você pensou que eu te ia deixar ir para casa sozinha!
- Sinceramente... Pensei. Desculpa. Já devia saber que você não é assim.
- É verdade... Mas está perdoada.
Falaram baboseiras atrás de baboseiras, sem nunca tocar no assunto da família de . E, até apareceu um mendigo, que deu uma cantada à : "Você sabe o que é mais bonito nos meus olhos? O reflexo dos teus!"
e ficaram com uma vontade de rir, mas ela limitou-se a agradecer e a continuar a andar. Quando já tinham chegado em frente da casa da , resolveu, finalmente falar sobre o acontecimento da tarde. Mas ele nunca foi muito bom em pôr esses sentimentos em palavras, então tudo o que disse foi:
- ... Muito obrigado, por tudo!
Ela, intimidada por ouvir tais palavras carregadas de sentimento, virou-se para responder, mas perdeu o equilíbrio e caiu para trás.
foi mais rápido e conseguiu puxá-la para ele antes dela cair.
- Uau, foi por pouco - respondeu aliviado, mas não conseguiu concluir a frase porque notou que estava muito próximo da . DEMASIADO próximo da boca dela, digo, cara.
Nunca tinha notado, mas ela tem uma boca muito macia. Ahn? Como raio eu sei isso?
Pois, sei isso porque estou a beijá-la. E, man, ela sabe beijar. O beijo foi completamente envolvente para ambas as partes.
estava super-empolgada e agarrava-o nos cabelos com alguma força, o que deixava doido. E , de vez em quando mordia o lábio inferior dela fazendo-o ir ao Paraíso. Sentiam-se como se finalmente tivessem concretizado um desejo que tinham desde que se cruzaram naquela loja de cd's. Não se interessaram com as consequências porque naquele momento tudo o que importava era: os seus corpos, os movimentos das suas bocas e os seus corações que iam a mil a hora.
Só deram conta, que estavam um bocado indecentes quando um velho passou e disse:
- Ai, que malcriados vão para dentro de casa. Já não tenho idade para ver essas coisas.
Pararam, viram para o velho, pediram desculpa e depois viram um para o outro. Meu Deus! Digamos que estavam em um estado lastimável. estava com o coque praticamente desfeito e a boca muito vermelha e estava com um chupão enorme no pescoço e com algum brilho nos lábios.
, toda inquieta, apanhou sua bolsa que estava no chão e correu para casa, sem nem se despedir. Abriu a porta numa correria impressionante e fechou-a na cara do . Este por sua vez, ficou ali especado tentando perceber o que tinha acontecido ali.
Meu Deus! Beijei a Simone! Meu Deus! Beijei o Kevin! Sem pensar muito no mico que acabou de passar (fechar a porta na cara do "cara"!), subiu depressa as escadas pra ver se ainda encontrava na rua, e por sorte ele ainda estava lá.
- Ei, !
-Ahn? - Perguntou ele admirado. Não estava à espera de falar com ela tão cedo.
- Não tem de quê. - respondeu ao agradecimento feito pelo a uns minutos, dando o melhor sorriso que conseguiu e fechou a janela muito rapidamente.
caminhou de volta para casa de com um sorriso bobo na cara e (depois de ter levado bronca dos pais, por causa do atraso) dormiu com um no rosto.
Infelizmente o tempo não recua, abranda, pára ou avança. A verdade é que existe e nós dependemos dele. Se não fosse o caso, a vida seria muito mais feliz, rica e perduradora. Poderíamos corrigir os erros do passado, abrandar e/ou parar o presente e mudar o futuro. Seria uma verdadeira fantasia, perfeito.
Mas deixaríamos de ser únicos, passaríamos a não cometer erros logo não aprenderíamos com eles e pararíamos de evoluir; não aproveitaríamos o Presente, que tal como o próprio nome indica é uma dádiva e não nos preocuparíamos com o nosso futuro. A verdade é que, apesar das dificuldades e das tristezas, a realidade é muito mais interessante do que a fantasia.
Capítulo 4 - A Escolha
(vão botando essa música para carregar. Cliquem no Play quando aparecer uma notinha dizendo :: Sadness and sorrow - banda sonora de Naruto)
2 semanas depois - O quê? Por que ? - exclamou dando bofetadas atrás de bofetadas ao seu "melhor-amigo"- VOCÊ BEIJOU A NUNCA MAIS FALE COMIGO! NUNCA, NUNCA MAIS!
Por algum motivo desconhecido cientificamente, as pessoas tendem a acordar dos seus pesadelos/sonhos nos piores e nos melhores momentos e esta situação não foi uma excepção.
- , acorda! Você tá tendo mais um pesadelo! - Reclamou .
- Hum... hum... Ah, desculpa, dude... Sempre que fico preocupado ou angustiado com alguma coisa, tenho tendência a sonhar com esse mesmo problema e também costumo gritar no meio do pesadelo... - desculpou-se .
- Man, você sabe que eu não tenho nenhum problema em te acordar todos os dias antes que a te mate, mas você faz tanto barulho à noite que eu não consigo dormir e tenho estado a descansar nas aulas do professor Binns por causa disso. Tá vendo aquele monte de livros? São cópias que ele me mandou fazer para supostamente ajudá-lo a testar a sua nova teoria para "despertar" alunos com sono...
- Foi mal, cara...
- Eu sei, mas você tem de resolver essa situação... Contar à o que está acontecendo com a , pode ser um pouquinho difícil, mas ela é sua amiga, dude, vai entender...
- 1º: Eu e a não temos nada e 2º: Algo me diz que a vai reagir como no meu pesadelo e me dar muitas bofetadas se eu lhe contar...
- Você não pode mais adiar isso, por respeito à que é uma miúda muito fixe e por respeito a que até hoje sempre foi sua amiga nos momentos mais difíceis de sua vida. E depois, desde quando, você, , tem medo de bofetadas de meninas adolescentes?
- Sim. Você tem razão...
- Como sempre... - gozou .
- O que eu faria sem "tu"? - disse , abraçando-o.
- Saia de cima de mim, seu gay analfabeto. - gargalhou. - Jesus, estamos atrasados! - sem querer se levantou e deixou cair o seu amigo gay no chão.
- Outch! Porra! Podia me ter avisado, né?
- Vamos despachar e deixa isso...
É incrível como as aulas podem ser terrivelmente entediantes. Sempre as mesmas coisas e pessoas. Os alunos: comendo chiclete, outros fingindo prestar atenção talvez com pena desses humanos que passam a vida a gastar saliva a que nós chamamos professores, estes tentam dar o seu melhor ao tentar ensinar miúdos que, provavelmente, nem ali querem estar. É a realidade estudantil (uma desgraça!).
- Finalmente o sino da liberdade tocou! - disse agradecido - Sabe, , hoje eu 'to de bom humor... Você quer ir a um daqueles bares de stippers e tomar um porre?
- Não, acho não que vai dar, tenho de ir trabalhar e depois, talvez, ir ao cinema com a , ela me tem estado a convidar e eu não tenho tido tempo por estar muitas vezes com a desde aquilo com o meu pai... Então, tipo, não vai dar.
- Ahn, ok! E vocês? Vamos lá, tomamos a nossa tequila habitual e depois é só dançar... Vocês sabem a nossa noite boxers largos. Ahn?
- Ok, eu topo! - apressou-se a concordar.
- Eu também! - Disse - Afinal, alguém tem de manter a convivência da nossa banda porque se depender do e da a gente nem se vai falar mais, né ?
- Oh, isso não é verdade. Eu respeito muito o amor que vocês sentem por ele e acreditem que ele também vos adora! - falou que apareceu de repente ao lado .
Ao ouvirem esse tipo de frase gay, eles fizeram um som de nojo e depois gargalharam. Após 5 minutos de conversa sobre "O por quê das miúdas gostarem de fazer compras", chamou o :
- Ei, você e eu não temos de ir trabalhar, tipo agora?
- Bem, sim... - hesitou.
- Então, vamos...
- Pode ir que eu já te apanho pelo caminho é que eu ainda não falei com a hoje.
- Ok, eu te espero!
- Não, , eu vou demorar um pouco...
- Não tem problema eu espero!
- Eu quero falar com a minha melhor amiga sem ser incomodado, pode ser?
- Oh! Me desculpe, eu só pensei que... Deixa para lá. A gente se fala depois então... -disse ela, voltando-se para tentar disfarçar as lágrimas.
- ? Tá tudo... - puxando-lhe de volta de forma a tentar ver a cara dela
- , não há problema nenhum, afinal, aquele beijo foi uma simples curte, né? - com um pequeno tom de esperança que o não enxergou.
- Ahn, de onde você tirou esse assunto? - disse , ficando todo confuso - Mas, claro! Ainda bem que você percebeu! Pensei que a situação ia ficar um pouco estranha entre nós, mas vejo que somos muito maduros para isso. - sorriu amigavelmente.
- Ok, te vejo daqui a pouco! - se despediu amargurada.
Por vezes os rapazes conseguem ser umas verdadeiras toupeiras. Como é possível que o não tivesse percebido que a gosta dele? Bom, seja como for, ele se dirigiu à sua melhor amiga, com quem ultimamente sonhava muito, e cujos sonhos não eram nada agradáveis. , se apressou a se despedir da mesma e se foi embora. Afinal, ela não falava (discutia) com o faz tempo e gostava disso, portanto, não seria agora que isso ia mudar.
- Oi, ! Tudo cool?
- Oi, senhor desaparecido. Sim, tudo fixe! Ouvi o dizer que hoje é noite "boxers largos"!
- Ya, hoje é noite boxers largos!
- Você nunca me vai dizer o que essa porcaria quer dizer, né? Bom, eu tenho uma teoria...
- Sou todo ouvidos...
- Bom, pensei que vocês talvez se reunissem e vestissem os boxers uns dos outros pra comparem o vosso material...
- Não, não me parece - riu - Mas você tinha de ser um HOMEM para saber isso!
- Então por que é que você sabe?
- Você também tá duvidando que eu sou HOMEM?
- Eu não sei quem já tinha duvidado antes, mas era muito inteligente...
"É melhor eu mudar de assunto antes que ela descubra que foi a quem duvidou da minha masculinidade." - Ah! Ah! Ah! Ei, eu tenho de ir... ahn, depois falamos, pode ser?
- Você vai trabalhar, né? - assentiu. E já teve notícias do seu pai? - negou - Ok! Então, eu te vejo hoje à noite, pode ser?
- Hoje... à... noite...?
- Sim, se você quiser vamos ao cinema...
- Eu... Não dá... Noite de Boxers largos, lembra?
- Mas também, pensei ouvir dizer que você não ia, só não ouvi o motivo...
- É... eu não ia, mas depois os rapazes me convenceram, sabe?
- Sei... A lei do mais forte...
- Bota mais forte nisso. Ok, beijos, tchau e até depois.
- Beijos...
"Cara, eu só mesmo um trouxa, covarde. Não consigo nem dizer toda a verdade para a minha melhor amiga. Contei-lhe do meu pai, contei-lhe que fui para a casa do e que o resto dos Mcfly foram lá, mas não lhe consegui contar sobre a . Fock! Mas talvez ela não tenha de saber afinal "o que você não sabe não te magoa" e foi só uma curte como a !"
Ele não encontrou a no caminho e ela se recusou a falar com ele durante o expediente até que à saída:
- Ei, ! Onde é que você vai? A gente não ia ao cinema? - e mostrou os bilhetes.
- Ahn, pensei que você já não quisesse mais...
- Claro que quero! Vamos embora que o filme já tá começando!
- Ok! É de terror?
- Sim! "Saw 6"!
- Saw 6?! Não acredito! Você é o máximo!
- Eu sei, eu sei! Vamos? - sorriu convencido.
- Claro!
Após uma grande correria, lá entraram no cinema e começaram a ver o filme.
"Por que é que eu não consigo dizer "não"? Eu sei que quanto mais me envolver mais me vou magoar... Mas, mesmo assim não consigo! Eu vejo na cara dele e só penso... ou melhor não consigo pensar..." - Credo! O filme é assustador... - gemeu .
- É mesmo... CREDO! Ela está mesmo cortando o braço... AAAH! - gritou ao mesmo que pulou no colo do e abraçou-o.
"Jesus! Que assustador! UUHH! Eu estou... em cima do ?! Olhando para ele? E para a boca dele? Não consigo parar de me aproximar cada vez mais... Eu tenho que parar, ou vou sofrer mais tarde! Foi só uma curte, , só uma curte!" Adivinha só? Eles não conseguiram parar. O talvez porque não tem auto-controle (quase nenhum rapaz tem!) e talvez por algo mais...
Alguém tossiu e disse : - Por favor, vão fazer isso lá fora... Assim, estragam o ambiente...
- Oh sim, claro! - se desculpou envergonhada.
- Então, vamos lá para fora? - Perguntou o - Ou você quer ver o filme?
- Vamos. - Afirmou determinada. "Afinal, se vou sofrer é melhor aproveitar todas as vantagens que esse sofrimento pode me dar..." Saíram da sala e ficaram olhando um para o outro, tipo, "e agora?" até que disse:
- Eu não sei se você reparou, mas eu estou bloqueada, por favor faça algo!
- Rindo ele disse: - Sempre às ordens!
se aproximou, se encostou na parede e puxou-lhe, aproximando em seguida, os seus lábios aos dela, e com muita delicadeza abriu a boca fazendo com que as suas línguas se encontrassem. Ele encarava esse beijo como uma velha sensação prazerosa que ele adorava ver e rever e ela encarava essa sensação como uma central eléctrica, pois a única coisa que ela sentia eram pequenos choques onde ele lhe tocava. Ali ficaram a descobrir os segredos que suas bocas contavam, quando de repente ouviram um barulho. Contrariados, pararam o beijo, e por 1 segundo conseguiu vislumbrar quem o tinha feito. No final do corredor, estava agachada, tentando apanhar as chaves que tinham caído... Sim, a ! Ao aperceber-se disso, pegou no braço de e puxou-a para dentro do WC dos homens, fechando a porta.
- Não acredito ela veio! E agora o que é que fazemos? - perguntou assustado mais parecendo uma criancinha com medo de ser descoberto pela mãe depois de fazer travessura.
- Bom, não sei. Que tal sairmos daqui? - sugeriu céptica.
- Só quando ela assim o fizer. Não dá para encarar agora. Simplesmente, não dá!
estava chocada! Essa situação era ridícula! Ela ter de se esconder por causa da , era realmente RIDÍCULO! Esperaram uns minutos e finalmente saíram da casa-de-banho.
- , eu vou... ah... embora... a gente se fala... ahn... depois!
- , espera! Vamos falar? Por favor!
- , essa noite já deu tudo o que tinha pra dar! A gente se fala depois!
- Ok! Eu te levo para casa!
- Não, não, não! Eu quero ficar sozinha! Pode ser?
Lembrando-se da forma como se despediu dela, anteriormente, à tarde, ele finalmente cedeu: - Ok! - ele se inclinou para lhe beijar, mas ela simplesmente se foi embora.
"Quero correr! Preciso de correr! A noite podia ter sido perfeita, se não fosse esse pequeno grande incidente! Eu não consigo fazer parte da vida dele enquanto a também o fizer! Vou correr mais depressa! Já sei! Em vez de apanhar um táxi, vou andando!" chegou a casa toda suada e cansada! Ela se sentia tão triste, mas tinha consciência que podia estar a exagerar. Para descarregar esse cansaço, ela fez aquilo que lhe dava mais prazer numa hora dessas: um bom e longo DUCHE! Ligou a água quente e entrou com roupa e tudo!
"É inexplicável o efeito que a água quente tem sobre o meu corpo. Posso sentir-me a relaxar, músculo por músculo... Ai! Ai! Bom, tomei uma decisão! Amanhã vou ver se essa ideia funciona"
- Dude, e você se escondeu de verdade? - Perguntou .
acentiu.
- Você pisou na bola, cara. A miúda tá gostando muito de você, e você esconde esse sentimento de todos como se fosse algo vergonhoso? - perguntou pasmado.
- Eu sei, mas na hora não pensei nisso, e agora ela tá me ignorando!
- Vai lá ter com ela. - disse .
- Ok.
Ele estava andando tão distraído que esbarrou, sem querer, em alguém...
- Eih! Desculpa aí, William... Dude, você tá chorando?
- Esquece, ! Não é nada com que você tenha de se preocupar!
- Que é isso, cara?! A gente se conhece desde criança, fala aí. O que é que você tem? Ahn! Já sei! Miudas, certo?
- É que... EU TAVA CURTINDO COM A ! NADA SÉRIO, MAS EU TIPO ME ENVOLVI... - William reparou que estava gritando, então falou mais baixo - Essa situação se prolongou até há, mais ou menos, três semanas... Porque aí, ela começou a ficar distante... e enfim, hoje fui finalmente falar com ela... E ela disse que devíamos parar com essa curte, porque ela tá gostando de outro cara! Mas não se preocupe eu me vou vingar, só falta descobrir quem é ELE!
engoliu em seco e disse: - Boa sorte! Quando você descobrir, me diz, ok?
- Você vai ser o primeiro a saber, não se preocupe... Man, deixa eu ir... E obrigado!
- Ya, tchau! E de nada! - "Oh, sim! Algo me diz que vou ser o primeiro a saber!" Antes dele poder olhar à sua volta, apareceu toda animada e disse:
- Você perdeu um grande filme de terror ontem! Apesar de eu ter chegado atrasada pude ver uma grande parte e ...
- É realmente um bom filme. Que parte você gostou mais? - Perguntou de repente !
Sinceramente não sei quem ficou mais assustado. Se foi , admirada por sua derradeira inimiga vir falar com ela sobre um assunto tão... NORMAL, ou se foi com a sua cara de tacho queimado, com medo de que ela dissesse algo que não devia.
- O que é que você tá fazendo à minha frente? Interrompendo a minha conversa com o meu melhor amigo e falando sobre esse tipo de assunto COMIGO?!
- Eu simplesmente achei que devíamos ultrapassar as nossas divergências e nos tentar dar melhor...
- O quê? Nem pensar! Saia da minha frente!
- Você não seria capaz de esquecer isso, por nada nem ninguém? Eu esqueci.
- Você o quê? Esqueceu o quê? Eu nunca te fiz nada!
- Como assim nunca me fez nada?! Então e as...
- Gente parem com isso! Olha o barraco! - interrompeu . - vem comigo! toma conta da !
- Vem para cá, ! - disse , puxando-a.
Quando já estavam num canto discreto, ele parou e perguntou-lhe:
- O que é que você está fazendo? Por que raios foi falar com a ? Por que é que você não me disse que estava curtindo com o William? E por que é que me está ignorando?
- Me ouve primeiro. EU GOSTO DE VOCÊ! - corou - Não te contei que 'tava curtindo com o William porque não achei isso importante! Afinal, você também já deve ter curtido com muitas pessoas e nunca me disse quem são. Por mais que me tenha dado pena, ele foi só uma curte... E depois, você sabe que aquele nosso beijo não foi só uma curte porque se não o de ontem não tinha sequer acontecido! Nós somos mais do que amigos. - Pausou para recuperar o fôlego - Então ontem me perguntei: "Se eu gosto de você e você gosta de mim, por que é que não estamos juntos? Numa relação séria?" Pensei e voltei a pensar, mas o único nome que me aparecia na mente era: ! É por causa dela que não podemos estar juntos e então tentei falar com ela hoje para ver se fazíamos as pazes, mas vejo que isso também não aconteceu... Então só me deixa uma opção...
- Espera, ! Sim, também gosto de você. Sim, também acho que aquele beijo não foi só uma curte. Mas eu acho que podemos ter uma relação SIM, você é que nunca me falou de nada e a não tem nada a ver conos...
- Como é que você pode dizer isso? Já se esqueceu de ontem à noite? Eu tive que me esconder, porque ela passou pelo mesmo corredor em que nós estávamos. Se tivermos uma relação será assim? Sempre a fugir de ?
- Não... Quero dizer... - balbuciou .
- ... eu gosto mesmo de você, é a segunda vez que digo isso hoje, e eu não queria fazer isso, mas acho que você vai ter de escolher... entre nós as duas...
- Não posso fazer isso...
- Eu também não queria te pôr nessa situação, mas...
Como não sabia o que dizer mais, ela simplesmente, o beijou levemente e com muita emoção, o deixando surpreso.
- Fazemos assim, leve o tempo que precisar e quando se decidir volte a falar comigo, ok?
- Eu... eu não quero ficar sem falar com voc... ahn, ok! - Ele ia insistir, mas viu que, realmente, não havia outra saída.
(botem a música para tocar)
A semana seguinte passou muito rapidamente e, apesar das várias tentativas de , recusou-se a falar com ele sobre qualquer outro assunto que não fosse a sua decisão. Ele estava ficando muito triste e deprimido sem poder falar com ela, e isso também afectava a performance dos Mcfly em palco, que só nessa semana tiveram 3 shows... O pior é que ele ainda não tinha dito nada a , então ela não sabia de nada e só iria saber de alguma coisa caso ele optasse por ficar com a , caso contrário ela nunca iria sequer ouvir falar dessa história.
Portanto, chegou a hora de ESCOLHER!
Escolher. Preferir uma coisa a outra. Acontece constantemente. Todos os dias temos de tomar decisões. Ainda que pareçam pequenas... podem mudar a nossa vida. Mas o mais difícil de qualquer decisão é que... UMA ESCOLHA IMPLICA UMA RENÚNCIA. E a que se deve renunciar quando as opções são: ter uma relação séria com a miúda que gostas ou continuar amigo da tua melhor amiga?
Parecia óbvio, mas agora já não o é.
- Cara, você tem a certeza? - perguntou , que sempre foi o mais adulto entre nós.
- Se eu pensar mais sobre isso, acho que a minha cabeça vai explodir! Eu... tenho que ter a certeza... Não posso fazer a escolha errada, se não... Se não...
- Olha, a gente sempre vai lá estar 200% presente, em qualquer decisão que você tome...
- Eu sei... E obrigado por isso...
Nesse momento ele avistou a e se apressou a se despedir dos rapazes para ir falar com ela.
- ... Já decidi! Eu vou ficar com...
estava toda apressada... Ela era assim, sempre muito apressada e impulsiva e, por vezes deixava escapar algumas coisas por ser dessa forma. Também era muito desarrumada... Parecia um rapaz! Por vezes, era muito incompreendida. "Ainda bem, que tenho amigos como os Mcfly e a ... Enquanto os tiver por perto quero lá saber de szinhas... Que ainda por cima teve a coragem de dizer que eu é que lhe fiz algo de mal e não o contrário...". Com tantos nervos partiu o espelho que estava segurando:
- Porra... Parti a porcaria do ESPELHO!!! E era justo aquele que a senhora tapada me deu! Isso só pode querer dizer que eu vou ter muito azar hoje...
Ao chegar à escola, veio ter com ela com uma cara muito triste e ela disse:
- , o que é que você tem? - tentando abraçá-lo.
- ... - retirando gentilmente, os seus delicados braços de cima dele - Eu... A gente já não pode ser amigos... - sussurrou.
Capítulo 5 - Consequências
(ponha esta linda música a carregar Spirited Away - Ano Natsu He e dê Play quando eu pedir)
- O quê?
- A gente já não pode mais ser amigos... - voltou a repetir pacientemente , mesmo tendo a voz a tremer.
- Você tá doido? Pirou de vez? Ahn... Já sei! Ainda não recuperou da Noite Boxers Largos! Já te disse que você tem de parar de beber feito o , ou seja, feito um doido! - e deu uma gargalhada seca.
- ... Não 'to doido, não bebi e nem fui à Noite Boxers Largos! A gente já nã...
- Não precisa repetir. Eu ouvi das primeiras duas vezes... Visto que você se encontra sóbrio, donde tirou essa brilhante ideia? O que é que aconteceu?
- Eu... Eu... Eu 'to namorando com a .
- A sério? Ok! Agora consigo perceber o que é que você tem! Começou a fumar?! Só pode ser! - Disse ela simulando uma gargalhada sem humor algum.
não a interrompeu. Ela precisava daquele momento para interiorizar a informação.
- ... ... Voc...ê tá brincando, né? Pare com essa brincadeira agora! Eu não 'to gostando! - Mandou, não gostando nem um pouco desse tipo de pegadinha.
- , me desculpe, mas...
- , desculpas não se pedem, evitam-se. E você não se sente minimamente culpado, caso contrário nem estaríamos tendo esta MERDA de conversa!
- Eu... Eu...
- Você está me trocando por uma miúda egoísta, convencida, idiota, arrogante, que fez da minha vida um inferno, até há pouco tempo...
- Ela mudou!
- Mas eu NÃO! Eu continuo sem falar com as mesmas pessoas com quem antes falava... Tudo por causa dela!
- Você nunca ouviu a versão dela!
- Ahn! E precisava? Quer dizer que você já ouviu? Então talvez me possa explicar por que é que tudo o que é meu ela quer! Os meus amigos, a minha pouca popularidade, VOCÊ!
- Eu... Você podia tentar percebe...
- Você quer que eu entenda porque é que você está desistindo da nossa amizade, sem nem ter razão para isso... - preparou-se para interromper, mas não deixou - Pode deixar! Não é preciso se desculpar, você não tem desculpa possível! Ahn, já sei! Você ia dizer que o problema é você e não eu, certo?
- Não eu ia dizer que...
- Não quero ouvir mais nada! Nem acredito que estou discutindo sobre a nossa "suposta" amizade... Que rídicula, que eu sou! - Disse batendo na sua própria testa - Você não quer mais meu amigo. Ok! Ótimo! Eu também não! Adeus, !
- ... - chamou.
Mas ela não respondeu, e nunca mais o iria fazer.
"Eu estou bem! Afinal, eu sou mais eu! Se ele não quiser ser meu amigo ele é que fica a perder! Não preciso dele para ser feliz! Ele que fique com a ! Nem vou mais pensar nesse assunto... São águas passadas... O sino já tocou, vamos para a aula do Professor Bins!"
50 minutos depois, contou os recentes acontecimentos para a .
- ... - Disse , timidamente depois de algum tempo em silêncio - Posso te perguntar uma coisa?
- Sim, pode!
- Você não é assim! Você é uma menina que luta por aquilo que quer... por aquilo que quer conseguir e agora você limitou-se a resmungar com ele e deixou-lhe livre para a outra?
- Eu...
- Vai atrás dele...
- Eu...
- Diz que você não vai desistir tão facilmente...
- EU NÃO VOU FAZER ISSO! ELE ESCOLHEU-LHE! ELE NÃO ME PERGUNTOU NADA! NÃO ME DEU ESCOLHA! SE ELE FOSSE MEU AMIGO, NEM PENSARIA DUAS VEZES SOBRE O ASSUNTO E NA VERDADE, ELE NÃO PENSOU DUAS VEZES E ESCOLHEU-LHE A ELA! MAS EU VOU ESTAR AQUI PARA QUANDO ELA LHE DER UM PONTA-PÉ NA BUNDA, EU APLAUDIR DE PÉ A GRANDE PORCARIA QUE ELE FEZ! ELE... ELE... - Gritou. - Desculpa, simplesmente perdi o controlo. - Disse, baixando o volume da voz
- Tudo bem. Você precisava explodir.
- Sim... E, agora preciso ir...
- Pra onde?
- Para casa... ou para qualquer sítio onde eu possa pensar...
- Ok... Te vejo depois então, né?
- Yah...
"Ele não podia ter feito isso comigo! Eu não podia ter perdido o controlo assim... Eu praticamente implorei para que ele não acabasse com a nossa amizade! Ridículo, simplesmente ridículo! Ela venceu... mais uma vez! Essa menina deve ter MUITA inveja de mim... E o que me dá mais raiva é que nós não somos amigos recentes... Somos irmãos... Ou pelo menos éramos... Mas uma coisa eu garanto... Eu nunca vou chorar por ele... Nunca mesmo... E eu ainda tenho o Mcfly... Ele vai ter de me ver todos os dias e sem poder fazer nada..." Ao chegar a casa, foi directamente para a cama sem nem comer ou telefonar para os seus pais...
05:18h - "Porcaria! Devo tá com insônia... Para acordar à essas horas da madrugada... Ai que fome!! Bom, vou só apanhar o celular para fazer de lanterna e... bom, a mamãe não vai encontrar pequeno-almoço..." Ao pegar o seu celular preto, viu que tinha uma chamada perdida... Era de ... O que é que ele podia querer com ela?
"Bom depois falo com ele! Não deve ser nada de especial..."
- Eu devia ter ouvido sua chamada... Ai que chatice! - ouviu falar, ainda não percebendo muito bem o porquê dessa situação - Sabe é que eu 'tava no banho e então não ouvi, desculpa... - sorriu imperceptivelmente, achando a mentira de muito difícil de notar. Afinal ela sempre mentiu muito bem e ele era sempre o único que percebia isso - Mas, muito obrigada por ter pensado em me convidar para o cinema, .
- De nada.
O que não percebia era o facto da ainda continuar a falar com o resto do pessoal do Mcfly. Será que ela não tinha percebido que eles já não podiam ser amigos? Será que ela não percebia que ele queria DISTÂNCIA dela?! E o facto de ela o ignorar completamente era o que doía mais.
- Bom, gente que tal combinarmos algo para hoje? Um cineminha, shopping, talvez... - e riu de uma forma simpática - adorava vos ver vestindo roupas em condições, porque agora vocês são famosos, né?
- Famosos, que nada... A gente continua a ser os mesmos pervertidos estúpidos de sempre... - sorriu orgulhoso.
- Eu topo shopping! - Disse .
- Eu prefiro ir ver A Princesa e o Sapo nos cinemas - disse , fazendo cara de gay.
- Eu também...- disse simulando um beijo com .
- Tá me chamando de sapo? - Perguntou dando um pedala em seu amigo
- Depende... Tá me chamando de Princesa? - Devolvendo outro.
- Eu escolho... Shopping... - disse .
- Bom, parece que você vai ter que desempatar - concluiu .
- Não é preciso ele ir. Gente, a desempata, né? - Disse friamente.
- Ahn... Sim... Pode ser shopping. - Disse , que até então tinha estado calada.
- ... - começou por dizer .
- Não há problema, , hoje eu vou ao cinema com a , para compensar aquele dia que nos tiraram da sala por estarmo-nos a comportar de forma inapropriada para um filme para menores... Então mesmo que eu quisesse não dava para eu ir mesmo. - Disse cruelmente.
- Ahn, ok...- disse.
- , pessoal... tudo cool? - Perguntou que tinha acabado de chegar de táxi.
- Yah, tudo fixe!- responderam os rapazes em uníssono, um pouco tensos em relação àquela situação.
- Tudo bem com você, ? - perguntou simpática, ou pelo menos tentando o ser.
- Gente, então não se esqueçam... shopping às 18:00h. Ok? Fui!
- Tchau. - Responderam todos.
Após se encaminhar para os cacifos, vira-se para o recente casal e diz:
- Gente, não era necessário vocês fazerem isso. , você deve saber como ela deve estar se sentindo agora e, mesmo assim fica fazendo esse tipo de coisa... E você, , depois de tudo o que você lhe fez ainda tem coragem de ser cruel com ela?!
- Ela provocou, oras... - se sentindo um anormal infantil por usar essa desculpa.
- ... Não seja infantil... - disse . - O tem razão. Por mais que ela te tivesse provocado você não devia ter agido cruelmente com ela, pelo menos não agora. Eu não ouvi o que você disse, mas não importa, ser cruel é muito cruel da sua parte... - brincou ela tentando aliviar um pouco o ambiente - E, , eu só tentei ser minimamente simpática com ela... Afinal, somos colegas e devíamos ser pelo menos educadas uma com a outra. Você não acha?
- Mas ela não quer que você seja educada com ela. Você ainda não percebeu que o que a quer de você é DISTÂNCIA! - disse enfatizando a palavra.
- , não é preciso ficar descontrolado assim... - apaziguou .
- Como não? Alguém aqui pensou em como ela deve estar se sentindo? Você, , deu alguma importância sequer para isso? A mim não me parece. Tratando-a assim, como se fosse lixo e como se você nunca a tivesse conhecido. Poxa, vocês eram melhores amigos desde que eu te conheci... Então não faz assim, ok?
se virou e se foi embora, sem nem responder. Deixando os Mcfly e as meninas com cara de tacho. foi atrás dele e puxou-lhe pelo braço:
- Me responde que eu 'to falando contigo.
- Me larga! - disse tentando sacudir o braço.
- Me encara, dude! Tenha coragem pelo menos para isso. Já que não a teve para falar com a em condições...
Tudo aconteceu muito depressa. De repente, tinha encostado na parede e o pegava pelo colarinho da camisa (uma posição muito ameaçadora!) e dizia, ou melhor falava alto, mas de forma que a não conseguisse ouvir:
- VOCÊ ACHA QUE EU NÃO 'TO FAZENDO O MELHOR QUE CONSIGO PARA A NÃO FAZER SOFRER? POR ISSO A IGNORO, VAI SER MUITO MAIS FÁCIL ASSIM! ENTÃO NÃO FALE COMO SE EU FOSSE O CULPADO DISSO TUDO!
- É ESSE O PROBLEMA! VOCÊ É O CULPADO DE TUDO ISSO E NÃO TÁ PERCEBENDO!
Após esta afirmação, não aguentou e pregou um soco na cara do , recebendo outro em seguida.
- Ei! Parem com isso. - Afirmou , separando-os.
- Sim, gente... O que é isso? - disse chocada - O que vocês estão fazendo? - indo ter com o namorado e limpando o pouco de sangue que ele tinha no canto da boca. Sendo que fez o mesmo em relação ao que tinha o olho inchado.
- Vocês são amigos, se esqueceram disso? Parem com isso! - dizia enquanto o sino tocava.
- Eu acho que sim, ! - Disse , se soltando bruscamente de - Ele deve se ter esquecido que ÉRAMOS amigos...
- Sim... ÉRAMOS!!! - Concordou .
- Parem com essa merda! - Ordenou - Não deviam estar discutindo esse assunto assim... Aqui na escola... Vamos para a minha garagem... - sugeriu, afinal era onde costumavam ensaiar.
- Não me parece... - negou - Eu vou para algum lugar bem longe de vocês...
- Espera aí, cara... - pediu .
- Não... Quero ir... Vou... Tchau.
andou tão depressa que nem conseguiu ouvir o que o resto do pessoal dizia... Quando acontecia esse tipo de coisas, ele gostava imenso de ir para de trás da escola, onde havia um grande lago com água transparente. Esse lago estava repleto de nenúfares e podiam se ver sapos saltando em cada um deles. Ele se sentou na beira do lago, inspirou fundo aquele ar calmante, quando de repente foi interrompido por uma pessoa que tinha calçado umas botas amarelas...
- ... - disse olhando na sua cara.
- ... - disse se sentando ao lado dele.
- Tudo cool? - Perguntou secamente .
- Faço o possível para que esteja... E com você?
- Sim! Está tudo bem!
- , não adianta fingir... Sabe, aqui, as fofocas correm muito depressa...
- Sério? E o que que já andaram a dizer sobre mim? É que, sabe, eu sou muito popular... - brincou se fazendo de desentendido.
- Ok, já que você quer assim... 'To falando da discussão que você teve com o há cerca de 15 minutos...
- Ahn, isso não foi nada! A gente tá sempre discutindo...
- Isso é verdade, mas desde quando vocês também dão socos na cara um do outro? Bom, vamos nos deixar de fingimentos... Só quero saber o porquê de você ter me defendido assim...
estava admirado com a forma directa com que a falava. Como é que ela conseguia ser tão frontal? Dizia tudo sem meias palavras.
- Eu... - hesitou - Eu te defendi porque achei que ele não devia ter falado com você daquela maneira...
- ... Você não vai mesmo directo ao ponto, né? Para de fingir e responde logo o que eu quero saber...
- Eu não 'to fingindo... Eu, realmente, não gostei da forma com que ele falou com você...
- Ai é? A gente já teve discussões muito piores e você nunca se intrometeu... Então porquê essa súbita mudança de atitude?
- Eu... As coisas mudaram... Quer dizer, quando vocês tinham esse tipo de discussões as circunstâncias eram diferentes...
- E com essas parábolas você quer dizer que antes você não metia o seu nariz no assunto porque a gente ainda se falava, porque antes éramos amigos?
- Com isso quero dizer que antes não me metia no assunto, porque só se tratavam de discussões normais... Mas agora foi crueldade da parte dele dizer esse tipo de coisa e eu sou...
- Muito atrevido! - Interrompeu .
- Perdão?! - perguntou espantado
- Repito. Você é muito atrevido! Por acaso você achou que eu não me conseguiria defender sozinha? Que precisaria de guarda-costas? Ou tá com pena de mim? Porque como todo mundo anda dizendo, você também deve achar que eu fui TROCADA!
E, por incrível que pareça, ela continuava muito calma quando disse isso ao contrário de , que começava a ficar nervoso outra vez.
- Não... Não... Não e NÃO!! Eu fiz isso porque simplesmente não acho que seja justa a forma como ele tá agindo!
- Então agora você deu para ser advogado? Tenho muita pena em te informar, mas eu não vou ser sua cliente! E, caso você ainda não tenha percebido a mensagem... Eu não sou indefesa, não preciso de guarda-costas e não quero que você tenha pena de mim! - Disse já não tão calma como anteriormente.
preparou-se para argumentar, mas após um segundo de reflexão, apenas assentiu e disse:
- Tem razão... Desculpe, e pode deixar que isso não vai voltar a acontecer...
Depois do pedido de desculpas, se levantou rapidamente e caminhou para o portão da escola, sem nem sequer se despedir dele.
"Mulheres... Quem as entende? Mas ela foi realmente muito mal-agradecida... Quer dizer, um gajo leva um soco e briga com o seu melhor amigo em troca de mais confusão?" - pensou.
- Você brigou com ele? Pirou de vez, ? Ele levou um soco por sua causa e é assim que você agradece?
- , você não acha isso muito estranho, não? Eu e o nunca tivemos qualquer tipo de proximidade, apesar de nos vermos todos os dias. Além disso ele é o mais leviano do grupo, o que torna tudo ainda mais estranho, tirando ... E se eles estiverem tentando gozar comigo? Ou espalhar pela escola inteira que eu sou uma pobre coitada?
- ... Olha para mim... - disse , segurando no queixo da amiga - Você tá ficando paranóica. Ninguém aqui está tramando nada contra você... A não ser, claro, a ! Que é uma autêntica cabra, né?
- Tem razão... E obrigada, por me manter concentrada em quem, realmente, me quer fazer mal... Eu não sei o que faria sem você. Sério! Te adoro, viu?
- Eu sei... Eu também te adoro, viu? - Disse , exagerando ligeiramente no sarcasmo.
- Credo! Você também! Bom, eu vou para a aula de Biologia, que sinceramente é a mais interessante. E tudo graças àquele novo professor loiro, de grandes olhos azuis.
- Boa sorte... em não desmaiar... - sorriu .
As aulas passaram rapidamente, o que é deveras invulgar, e às 18:20h, o pessoal já se encontrava todo reunido e pronto para ir assistir o novo filme de animação da Disney.
- Gente o filme é mesmo fofo! Quero ir ver outra vez... - brincou .
- Credo! Pessoal, hoje concordei em vir com vocês, mas da próxima vez quero ver um filme de acção... - fez beicinho.
- Larga de ser desmancha prazeres, ... Onde é que a gente vai comer? - Perguntou , apontando para a sua barriga, que estava fazendo uns barulhos esquisitos.
- Que tal comida... Deixa ver... Brasileira? 'To com vontade de comer feijoada! - Sugeriu .
- Nada a ver... Então vamos comer no novo restaurante japonês do shopping... Ouvi dizer que é muito agradável... - pediu .
- Por mim, pode ser... - afirmou .
- Por mim também - concordaram e - E você, ? O que você acha?
- Para mim tanto me faz... Qualquer um serve...
- Então vamos nesse, ué! - Finalizou .
O restaurante japonês se situava no 3º andar, era amarelo com desenhos chineses pretos, muito convidativo... Tinha um nome muito esquisito: Honto Arigatou! (Muito Obrigado!)... O restaurante estava praticamente lotado, mas ainda assim, havia muito espaço entre as mesas, o que é diferente. avistou uma mesa vazia e puxou o resto do pessoal com ela, para que se fossem sentar rapidamente antes que outra pessoa os roubasse o lugar...
- Essas cadeiras são muito fofas... - brincou .
- Tem razão... Devem ser feitas de algum animal japonês... - atiçou .
- Para com isso, você sabe que eu não gosto de pensar que animais são mortos só para satisfazermos os nossos caprichos... - replicou .
- Hei! Alto lá... Eu não fiz nada! - Reclamou .
- Ao usar o termo "nós" referia-me aos humanos... Besta quadrada...
- Ó gente, parem de discutir vocês já não são mais crianças e se ainda acham que o são, por favor, guardem isso para a creche... - resmungou .
- E alguém falou com você?! Atrevida! - Replicou , todo chateado.
- A boca é minha e eu falo como e com quem quiser, meu filho... E se eu lhe estiver incomodando... MUDE-SE!! Vá para a merda!
- Muito obrigado, mas não quero ir para a sua casa...
Enquanto esses dois discutiam, apareceu o dono do restaurante e segredou algo para a , e . Após ouvirem o que o japonês disse assentiram com a cabeça e riram baixinho, para que os amigos não notassem. Passado 5 minutos, o mesmo japonês de antes, subiu para o palco que ali havia e, gritou no microfone:
- 'Hoji estamus celebrando 20 anus desde que o nosso restaurante abriu... Primeiru, nóis erámos um grupo que se limitava a resolver as brigas qui apareciam entre amigos e vendíamos bolos de polvos em troca de alguns troquinhus. E, como a tradição manda, temos aqui dois amigus que estão a discutir nesse preciso momento... - ao dizer isso a luz do holofote incidiu naqueles dois, que até então estavam calados - Bom, meninos o nosso restaurante tem esse nome - Honto Arigatou - purque nós, os japoneses, vivemus cada dia como se fossi o último. Purque um dia a gente acerta. - Gargalhou o anfitrião - Então, onegai (por favor!) façam as pazes... Enquanto isso, vou pôr a música ambienti...' - Que raio de brincadeira é essa? - Perguntou espantada . Todos os outros se limitaram a encolher os ombros em resposta. - Bom acho que não temos opção, então se apresse a me pedir desculpas...
-Ó excelentíssima, me desculpe, mas eu não vou pedir desculpas... Quer dizer, você percebeu... Você foi muito rude comigo, hoje de manhã... Tipo, eu briguei com o meu melhor amigo por sua casa e ainda levo bronca de vossa excelência...
preparou-se para argumentar, mas ao ver o olhar que lhe lançava logo se arrependeu:
- Me desculpe, é que eu sou muito independente e não gosto que ninguém cuide e sinta pena de mim... Mas, eu exagerei... E... Obrigada! Sabe, eu devo estar assim por causa da TPM...
- Ok! - Disse , fazendo uma careta só de imaginar - Eu podia ter morrido sem saber isso.
- Mas não era a mesma coisa! - Brincou. - Então, 'to desculpada?
- Depende... Só se você me conceder esta dança... "Shall we?"
- Claro... - aceitou, rindo.
Ao se afastarem, os outros amigos apressaram-se a comentar a situação:
- Bom, as coisas se resolveram muito facilmente, demasiado facilmente... - disse com alguma malícia na voz.
- Não importa, tudo está bem quando acaba bem... Não percebo de o porquê de você estar falando assim... Não ficou contente?
- Não é por isso - apaziguou - Simplesmente não esperava que a situação fosse tão simples de resolver, mas não está mais aqui quem falou... Vamos pedir a comida?
- Ya, claro... Apesar de tudo, , concordo com a ... Afinal essa briga não só afectou ao , ao e à , como também a nós que sempre estivemos juntos... Então que tal uma pequena vingança? - Propôs , fazendo um gesto com as mãos, parecendo um bruxo.
- Até que você tem uma certa razão... Então deixe-me pensar... O que é que você sugere? - Disse , ainda um pouco duvidoso.
- Assim... Eu 'tava pensando... Quando era pequeno eu nunca ia aos restaurantes de comida estrangeira, porque a minha mãe sempre teve muito medo de comer coisas que ela não sabia o que eram... Então, que tal lhes darmos essa oportunidade?
demorou um pouco para perceber, mas a entendeu imediatamente e começou a rir imenso... Eles nem sabiam o que lhes iria acontecer...
- Gente, venham comer, já chega de dançar... - chamou passado 30 minutos.
Como duas criancinhas, eles vieram saltitando todos suados e contentes.
- O que raio pediram para nós? - Perguntaram os dois.
- Sushi, para você e carne agridoce para você, .
- Bom, gente eu não sei quanto a vocês, mas eu cá 'to muito esfomeada... Itadakimatzu! (agradecimento feito antes de uma refeição).
Garfadas, risadas e sakê's depois...
- 'TO CHEIA!! E BÊBADA! VOU EXPLODIR! - Comentou - A comida estava muito boa... Tenho que saber como é que a fazem... Esperem só um segundo que eu vou perguntar...
a pegou pelo braço, dizendo: - Ah, , é melhor você não fazer isso...
- E posso saber por quê?
- É que... Bom, primeiro você nem consegue fazer o quatro. E depois, digamos que você não se limitou a comer galinha... Ok?
- Então o que é que eu comi? - Perguntou, e visto que ninguém respondeu, ela voltou a insistir - Que porcaria me deram para eu comer?
- É melhor vocês não saberem... - aconselhou .
- Ahn, eu também comi alguma coisa que não era SUSHI? - Perguntou , aflito.
- Ok, gente, a verdade é que nós tínhamos que vingar de vocês, afinal, quando vocês brigam a gente também fica afectado e vocês nem lembram disso, então... , você comeu sortido de carne de cachorro com carne de rato e você comeu pernas de rã com baratas... Ok! Falei! - Confessou .
Eles fizeram uma cara de nojo, que nunca mais iam esquecer, enquanto os seus amigos desataram a rir:
- Gente, eu pensava que aquilo eram passas! Afinal eram baratas! Uh, que horror! Vocês são nojentos... Só não vos mato, porque aquilo 'tava mesmo bom... Acho que vou vomitar!
- Eu estou sem palavras... Eu ODEIO ratos! Tenho um autêntico pavor a eles, e você sabe isso, , como foi capaz?
- Na verdade bastou pedir à garçonete - gozou - mas veja isso pelo lado positivo, agora você finalmente se vingou dos ratos por todos aqueles sustos que eles te pregaram...
- Bem pensado... Uh yeah! - Rematou .
- Gente, vamos para casa... Mas só não pensem que as coisas vão ficar assim, vai ter reviravolta nisso, ok? 'To bêbada, mas amanhã vou lembrar de tudo isso, ok? Quem me leva para casa?
- Uau! Pelo menos você percebeu que precisa de ajuda para isso... Já é o começo para a recuperação... Eu posso te levar - se predispôs.
- Não é preciso, . pode a levar, afinal, a casa dele fica pelo caminho... Né, ? - Sugeriu agressivamente .
- 'To vendo que também bebeu... - segredou a .
- Eu ouvi isso, !
- Não há nenhum problema, eu a posso levar... - cortou antes que começassem a brigar à essas horas da noite. - Vamos, ! Eu quero dormir!
- Vamos! Adeus gente, fui... - correndo de repente.
- Ela não está bem. Deixa eu ir, antes que aconteça alguma coisa com ela...
puxou-o pelo braço e sussurrou de forma que mais ninguém ouvisse:
- Ei! , eu sei o que você sente por ela, mas olha lá... Ela tá bêbada e acho que você também, então cuidado, ok?
libertou o seu braço e disse em alta voz:
- Pode deixar, que eu não vou fazer nada de parvo... - e depois acrescentou baixinho - Só se ela não o quiser...
Durante o caminho eles foram realmente calados. O único barulho que se podia ouvir vinha da boca da , que continuava a cantar a música que tinha ouvido no restaurante. Ao chegarem na porta da casa da , ela vira-se para o amigo, ou para aquilo que pensava ser ele, e diz:
- Bom, obrigada pela boleia e até amanhã... - aproximando-se para dar um beijo.
- , você tá falando com o poste de luz... Eu 'to aqui! - Tocando-lhe no braço para lhe chamar atenção.
Ela sorriu e disse: 'To assim tão mal? Bom, quer entrar? Os meus pais estão viajando...
- Não acho que seja boa ideia... Mas fica para a próxima, afinal, não vão faltar oportunidades...
- Own, por favor! Fica só um pouco e depois você vai embora... Tenho medo de entrar assim, sozinha em casa... - fazendo moxoxo.
- Ok, mas só um pouco... - cedeu.
- Yes! - Disse toda empolgada. Abriu a porta quase caindo no tapete, pôs a mala na mesinha em frente à televisão e deitou-se no sofá - Boa noite!
- Nananinanão... A senhora vai-se levantar, vai-se lavar e depois vai dormir na sua caminha, como uma boa menina...
- Não quero... 'To com sono.
- Ó Deus! Levanta rapidamente, sua bêbada preguiçosa, e vá se lavar, enquanto eu faço a sua cama... - mandou.
nunca tinha explorado aquela casa, que por sinal era bem grande. Mas foi relativamente fácil encontrar o quarto de . Este ficava no primeiro andar à esquerda da casa-de-banho e era todo verde e amarelo. No canto, estava um pau de bambu, que oscilava no seu vaso com o vento que entrava pela janela de vidro, aberta. correu para fechar a janela, pois estava ficando com frio. Abriu o candeeiro para poder ver melhor o quarto de sua amiga bêbada. Realmente ele nunca vira um quarto tão arrumado. Tudo se encontrava no seu devido lugar e dava um certo gostinho de boa decoração. Ele sentindo-se muito curioso, abriu uma das gavetas para ver o que ela guardava nelas.
- Acho que abriu a gaveta errada... - disse de repente, com uma cara séria, vendo largar as suas roupas interiores, assustado.
- Me desculpe, eu não queria...
- O quê? Se realmente você não quisesse mexer nas minhas calcinhas você não o faria... - sorriu - Relaxa! Não adianta me chatear com você, afinal, amanhã não me vou lembrar de nada, né?
- Realmente... - sorriu .
- Mas não ouse repetir a façanha... Se não... - ameaçou.
- Se não o quê? O que é que você pode fazer? - Perguntou .
- Posso fazer isso - e tentou dar um chute por entre as pernas dele, falhando por pouco porque pegou a perna dela, fazendo-a desequilibrar e caíram os dois em cima da cama dela. Começaram a rir, mas ao notarem a proximidade das suas bocas cessaram as gargalhadas. aproximou-se para iniciar o beijo, mas afastou-se:
- Tem certeza? Quer dizer você está bêbada!
- Claro que tenho a certeza. Afinal, como você disse eu 'to bêbada, mas não 'to doida... E hoje você tá merecendo um... - e fez um gesto indicando apontando para sua boca e em seguida, sem esperar pela resposta de ela beijou-o. Ela rolou pela cama, ficando em cima dele.
Quando eles começaram a se empolgar, parou o beijo e disse:
- Já está tarde é melhor eu ir p... - Apontou para a porta, mas antes de concluir a frase, beijou-o novamente. correspondeu inicialmente, mas depois empurrou-a - , tenho que ir... Além de estar tarde, não me quero aproveitar de uma moribunda. Ai! - Exclamou ao receber um pedala dela.
- Eu estou bêbada! E com muito orgulho, ok?
- Ok. Então fui, ya?
- Sim, a gente se fala amanhã...
- Beijos! - E despediu-se dela com um beijo na bochecha, ao que ela resmungou e deu-lhe um selinho na boca.
Nessa noite, dormiu como uma criança... Vulnerável e... BÊBADA!
E dormiu pensando nos recentes acontecimentos: no mesmo dia que havia brigado com o seu melhor amigo, tinha dado um beijo na (ex) melhor amiga do mesmo... Ui! Ui!
- Bom dia, meus! - Cumprimentou de mau humor.
- Bom dia! - Responderam o resto do pessoal.
- Dude, você tá com cara de caca. O que é que aconteceu? - Perguntou preocupado.
- Não dormi bem. - Respondeu.
- Eu que 'tava bêbada e você que não dormiu bem? - Gozou .
Ele limitou-se a sorrir.
- É verdade, gente, o que é que aconteceu quando você chegou a casa, ?
- Na verdade, eu não me lembro bem... A única coisa que me recordo é de ter-me levado até a cama e de eu ter começado a dormir… - riu - Você foi bem para casa, né?
- Sim - Disse , um pouco desiludido, pois ele tinha esperança de que ela lembrasse de alguma coisa.
O sino tocou para a entrada e, quando ele chegou ao seu cacifo, que por sua vez era decorado com fotos do Mcfly, alguém pigarreou. virou-se e deu de caras com :
- Ahn, oi - disse voltando-se outra vez para o armário, pegando o caderno e o livro de Biologia.
- Quer ir para o lago comigo? - Perguntou.
- Agora? Eu tenho uma aula com a nova perdição de todas as meninas desse liceu, não dá!
- É saudável faltar às aulas de vez em quando e, o professor é mesmo gato, mas não é para você. Afinal acho que ele prefere... meninas - gozou - Então vamos?
nunca foi cumpridor de regras e estava constantemente a faltar às aulas. Mais uma não ia fazer nenhuma diferença.
- Ok. Mas nunca mais duvide da minha masculinidade.
Durante o caminho, ninguém disse nada. Mas ao chegarem, vira-se para ela e, não aguentando mais, ele perguntou:
- Você realmente não se lembra DE NADA do que aconteceu?
- Do que é que você está falando? O que é que aconteceu ontem?
- Ah, deixa para lá. Você estava bêbada e depois não foi nada de especial.
- Ahn, sério? Eu pensei que aquele beijo teria um significado muito forte para nós dois.
- VOCÊ SE LEMBRA?
- Claro que sim. Quer dizer não com todos os pormenores como, a cor da sua camisa, mas lembro do essencial...
- Então por que mentiu antes?
- Bom, eu não menti. Omiti. E depois, eu não sabia sua posição sobre o assunto. Não podia sair assim, contando a todos, né?
- Sim, quer dizer, obrigado.
- Por o quê?
- Por isto. - beijando-lhe em seguida.
Apesar de lhe ter apanhado desprevenida, correspondeu ao beijo com intensidade, e a meio ela começou a rir:
- O que é que se passa? - Perguntou ajeitando a gola do uniforme.
- Nunca pensei que podia, sequer, curtir algum dia com você... Estranho, né?
- Um pouco. - concordou .
Afinal, ele sempre tinha tido um fraquinho por , só que para ele esse era um sonho impossível, enquanto que para ela, nunca tinha sido uma alternativa. Mas, quando ele lhe defendeu de ela ficou muito comovida, apesar de ter demonstrado o contrário. Agora, ali estavam eles se pegando (novamente!) em frente ao lugar preferido de , na escola.
De repente, ouviram um barulho. Ao virarem em direcção ao mesmo, para ver o que era, puderam ver que alguém corria de volta para a escola.
- Fuck! Não sei quem era, mas já vai espalhar fofoca! - Resmungou .
- Então deve ser rapaz! Agora, vocês é que são os mais fofoqueiros, sabia?
- Não me diga!
tirou um masso de cigarros do bolso, ofereceu um à e ela não aceitou. Isso era um dos muitos defeitos de . Ele era viciado em tabaco e álcool.
- Você realmente devia parar de fumar.
- Eu sei... Mas eu não consigo. Um dia, talvez.
- Bom, vamos aproveitar os últimos minutos da aula... Quer sorvete?
- Oba! Sorvete! Sorvete!
- Que criança você me saiu! - deitou língua.
- Sou a criança com quem você estava se pegando há bem pouco tempo... Seu pedófilo! - E deu de língua com mais vigor do que ele, fazendo-o rir. Ele abraçou-a com alguma vergonha.
- De que sabor você quer?
- Eu não sei. E você?
- Bom eu quero um de manga.
- Dois de manga, então - pediu .
Ficaram sentados até o sino de saída tocar, comendo o sorvete, que estava delicioso. Passado algum tempo, eles puderam reparar que todos que passavam por eles riam-se e segredavam algo nos ouvidos uns dos outros. Eles sentiram-se envergonhados e estavam curiosos para saberem o que aquelas pessoas diziam sobre eles. Não demorou muito para que percebessem o que se passava. , acompanhado do e da , veio em direcção a eles e perguntou:
- Então quando é que vocês pensavam em nos contar?
retirou o braço em cima dos ombros de e cruzou-os em frente ao peito:
- Contar o quê?
- Que vocês estão namorando, oras! - Explodiu - Grande amiga que você me saiu... Eu sou sempre a última a saber das suas coisas, né?
- Nada a ver, nós não... Quem vos disse isso?
- Toda a escola está comentando. - afirmou .
- Essa gente gosta de confusão. Lá por nos termos beijado, não significa que...
- Ahn! Então já rolou o beijo? - Perguntou de repente.
adoptou uma posição defensiva em relação à ao avistar . , ao ver esse movimento lembrou-se de Edward de Crepúsculo e deu um sorriso amarelo.
- Sim e o que, exactamente, você tem a ver com isso?
- Nada. Só quero fofocar. - brincou .
- Como sempre.
- Parabéns, . - parabenizou , falando pela primeira vez desde então. Avançando para o abraçar. hesitou, mas depois abraçou-o. - Senti falta do seu chulé.
- Sim, eu também senti muita a sua falta, seu gay! - Brincou .
- Mas a gente não está namorando. - esclareceu .
- Ainda... - corrigiu-a, segredando em seu ouvido de forma que mais ninguém ouvisse.
vira-se para ele admirada e pergunta-lhe ainda baixinho:
- Isso foi um...
- Não precisa responder agora, mas, sim, foi um pedido em namoro! - Confessou - Dude, tenho que te contar muitas coisas... Esses dias que ficámos sem falar teve muito impacto em minha vida... - gargalhou, falando agora com .
- Sim, vem contar tudo ao Dr. Phill com cabelo - brincou .
- Sabe, sempre te achei muito mais parecido com a Oprah, mas pronto! - Gozou.
- Que engraçado. - disse , puxando os resto dos Mcfly para um canto - Com licença, meninas, mas preciso de uma actualização!
O clima ficou um pouco esquisito, mas perguntou:
- Você e o não estavam aqui na cidade?
- Não. Ele levou-me para visitar o resto da família dele, os avós maternos. Eles vivem mais a norte do país. Foram muito simpáticos comigo... E mandaram cumprimentos para você, ... Queriam saber quando é que você vai lá voltar.
- Acho que não vai ser em breve, né?
- Que pena, pareciam estar com muitas saudades suas... E a sra. também... Estava tão triste... Bom, já devia saber que ela iria ficar assim depois de todos esses acontecimentos...
admirou-se pelo facto de ter contado à que os pais tinham se separado.
"Não sei porque fico tão espantada, afinal, agora ela deve ser a sua melhor amiga, mas ainda assim fico angustiada... Já não faço parte da vida dele, e isso custa a absorver" talvez não tinha ouvido a última frase, pois não expressou qualquer tipo de confusão ou desentendimento.
- Então, , você e o estão namorando? - Perguntou - Já que sou sempre a última a saber...
primeiro pensou em negar, mas depois apercebeu-se de que ela sentia, para além de raiva, ciúmes da ! Pelo simples facto de que ela tinha conseguido ficar com algo que ela sempre considerara seu... Claro que ela nunca o iria admitir (pelo menos em voz alta), mas também não havia necessidade alguma de ficar a perder... Afinal, por vezes temos de perder para depois ganharmos; há males que vêm por bem; por um mal menor, por um bem maior; etc. Quer tudo dizer a mesma coisa:
"Mentir quando necessário" - Sim, nós estamos namorando... E beijamo-nos hoje e... Ui! Ele beija tão bem! - Disse, sendo deveras convencida.
- Fico contente por você ter gostado, faço o meu melhor... E você não ficou para trás... NAMORADA! - Disse de repente.
"Por favor, Deus... Mate-me agora! Que vergonha! Será que acabei de pedir (implicitamente) um rapaz em namoro?! QUE VERGONHA! Só espero que ele não me desminta! Aliás ele já me tinha pedido em namoro... Então... Quero morrer!" Todos riram imenso, excepto , que estava um pouco chateado.
- Então você mentiu? - Disse ficando outra vez irritado - Mas, você acabou de nos dizer que vocês não tinham nada...
- Ahn, estava brincando... Mas ia contar a verdade agora mesmo... Só esperávamos o momento adequado, né? - Perguntou, abraçando nervoso, em busca de ajuda.
- Claro, é que queríamos ver a vossa reacção primeiro...
- Estão mentindo! Vocês não nos iam contar nada... Pelo menos não agora! Como posso continuar confiando em vocês se nos mentem a toda a hora? - Insinuou , que conhecia muito bem.
- , não faça ondas! É normal que não nos tenham contado logo... Afinal, você e ele estavam zangados e depois você nunca se interessa pelas curtes dele... - defendeu .
- Que disparate! Eu sempre me interesso por tudo o que ele me conta! Mas não é essa a questão... Ele MENTIU-NOS. Que parte dessa frase que vocês não perceberam?
- Quantas vezes você nos mentiu? - perguntou ofensivamente.
- Nem venha com esse tipo de desculpa esfarrapada! Eu vou mais é sair daqui antes que briguemos outra vez...
- É melhor antes que... - ele não conseguiu completar a frase porque a pediu-o para não o fazer... Não valia a pena arranjar confusão...
saiu dali a andar muito depressa. ia atrás dele, mas pegou-a pelo braço e disse:
- Deixa que eu vou lá falar com ele...
sorriu agradecida. - Ok!
foi a correr atrás dele. Ao chegar suficientemente perto dele para ele poder ouvir, falou:
- Pára com isso, !
- Você também concorda com eles? - perguntou ofendido.
- Eles não fizeram nada de mal e você sabe disso.
- Como assim? Para mim mentir é errado!
- Por amor de Deus, você mentiu tantas vezes à nesses últimos tempos, que se morresse agora iria directamente para o Inferno!
(botem a música para tocar!)
preparou-se para argumentar, mas depois percebeu que não sabia o que dizer.
- Dude, você sabia que isto iria acontecer... A vai seguir em frente, sempre o iria fazer... Só não sabíamos quando e nem com quem, e agora sabemos. É preferível que essa pessoa seja o , não acha? Quer dizer você não vai ser egoísta ao ponto de querer que ela não namore, vai?
- Eu... não... quero que ela sofra... Mas não consigo ficar sem ela...
- Eu sei que não, mas você vai ter que lidar com as CONSEQUÊNCIAS. Foi você que a afastou, agora deixe-a partir...
- Sim, eu vou fazer isso... E, você tem razão... O é nosso amigo, ele vai cuidar bem dela... Ele é um toxico-dependente, mas gosta dela. Eu tenho que fazer as pazes com ele... Tenho sido um parvo!
Ficaram durante um tempo sentados, em pedras, em frente à entrada da densa floresta existente atrás do lago, ouvindo os ramos das árvores chocalhando com a brisa fresca vinda da floresta.
- Por quê? - Disse após um longo silêncio. encarou-o. - Por que que você escolheu a ? Quer dizer, eu não estou dizendo que foi uma má escolha, mas... Quem escolhe uma miúda qualquer em vez da sua melhor amiga?
- Eu não sei o porquê... Mas ela não é uma miúda qualquer...
- E... você se arrependeu? - perguntou. Ele sempre fora muito directo, o que o fazia lembrar ainda mais de e isso não facilitava em nada a sua resposta.
- Eu... Não...Nã... Gosto de pensar nisso... Afinal, por mais que "talvez" eu me possa "talvez" arrepender um dia, vou ter que lidar na mesma com as consequências...
- Bom, "para cada acção uma reacção"... Isaac Newton. - completou .
20 metros mais adiante de onde os rapazes estavam sentados, podia-se ver um casal também sentado, num banco. Eles pareciam estar muito envergonhados sem saber o que dizer um ao outro.
- Ah... Então... Já pensou na minha proposta?
- Sim. - respondeu simplesmente.
Ao ver que ela não ia dizer mais nada, ele perguntou:
- E...
- Antes de dizer o que decidi, me responde a uma pergunta.
- Fala. - Pediu curioso.
- O que te leva a pensar que eu devia namorar com você? E não apenas curtir?
- Ahn, não sei... Mas o por que que você tá perguntando isso?
- Responda primeiro.
- Bom, acho que você devia aceitar namorar comigo porque: estou pedindo - tentou fazê-la rir em vão - gosto do seu beijo, você é linda, tem um corpo... ahn... - ficou sem palavras.
- Se é só por isso, então...
- Calma... Você não me deixou acabar de falar. Além de você ter... ahn... esses atributos físicos todos, você é simpática, inteligente, querida, engraçada, damo-nos bem e dança bem.
- Obrigada! E... sim...
- Sim, o quê?
- Quero namorar com você!
Não é preciso dizer o que aconteceu a seguir, né?
corria intensamente, limpando as lágrimas dos seus olhos. Só conseguia pensar na conversa que tinha acabado de ouvir entre o seu namorado e o seu melhor amigo.
"Então, tem dúvidas acerca de me ter escolhido em vez da ... E o que é suposto eu fazer em relação a isso, afinal? Não posso simplesmente acabar com ele, né? E, o que é que ela tem que eu não tenho? É sempre isto, aquilo... Sendo que ela é uma hipócrita, manipuladora e egoísta. NÃO AGUENTO MAIS COMPETIR CONTRA ELA!"
Consequências.. São as respostas à pergunta "Por que não?", que não queremos ouvir. O pior de tudo é que por mais que finjamos que não existem elas vão sempre por acabar por nos afectar.
# End of Flashback
Capítulo 6 - Traição
(neste capítulo resolvi por essa música que vocês tão bem conhecem: Mcfly - Falling in Love, por isso botem ela para carregar e cliquem no Play quando eu pedir... :P)
- Gente, aqui tem o convite para a minha "party"... - disse , estendendo um.
e pegaram o convite ao mesmo tempo, e nenhuma delas o largou...
- Não é preciso lutarem, há mais convites... - apaziguou , dando mais um para . "Afinal, já todos sabem como essas duas são... Nas primeiras semanas de namoro entre e , esta esforçava para que elas duas se dessem bem. Mas, passado um tempo, até deixou de ser simpática e abriu, novamente, a 3ª Guerra Mundial contra . Nunca ninguém entendeu o porquê dessa súbita mudança de humor... Mas aí, de certeza, tem coisa desse ANIMAL a que dão o nome de . Não é por não gostar dele, mas depois de ficar "de mal" com , também se chateou com e aí a relação nunca mais foi a mesma... Vai-se lá saber porquê! São todos uns merdas de palermas mesmo!" - Bom, como podem ver, minha festa será daqui a 3 dias - domingo às 22:00 na nova discoteca P.T.N.A. Se faltarem... Bom, vocês não vão faltar! Vejo-vos lá...
- Seu convite estaria perfeito não fosse a sua foto, ! - Gozou .
- Está me chamando de feia? - Perguntou ofendida.
- Se a carapuça serviu!
- Você já se viu ao espelho? Oh... deixe-me ver... Claro que não! Todos se partem quando você passa!
- Xii, cara! Ela cagou na sua cabeça! - Gozou .
deu as costas aos seus companheiros e foi acabar de distribuir os convites no resto da escola. "Ahn... Mas aquele palerma vai-me pagar um dia... Todos pagam mais cedo ou mais tarde..." - Dude o que você 'tá pensando em fazer amanhã? - perguntou a
- Amanhã é sábado, né? Então, temos um espectáculo às 18:00h... Você vai me ver, né, gata? - Pediu fazendo moxoxo.
- Claro, nem precisa pedir...
- Um dia vou te obrigar a me contar o feitiço que você fez no para ele ficar mais responsável dessa maneira... Tipo, agora ele se lembra dos shows com dias de antecedência e antes só lembrava quando todos já estávamos nos bastidores... E, não é só isso ele melhorou imenso desde que vocês começaram a namorar... - segredou sorrindo.
- Magias de ... - pestanejou convencida.
- Sei... - gozou com um sorriso safado.
- Será que você só pensa em sexo?
- Não... também penso em futebol e comida... - disse, fazendo cara de ofendido.
gargalhou "Rapazes! São todos iguais!"... Depois, parou e decidiu observar o convite de sua amiga. Este era uma foto linda de , que ela mesma tinha tirado, em conjunto com as instruções básicas sobre o local, data e hora da festa... Com certeza só tinha dito aquilo para a magoar. Afinal, o convite era lindo!
Claro que ela iria à festa, afinal, sempre fora sua amiga e a única nesse momento...
Tudo o que conseguia ouvir eram gritos... "Desde quando é que eles ficaram famosos dessa forma?" Estavam todos reunidos no Rock n' Roll café, onde o Mcfly iria actuar. e discordavam em muita coisa, mas nenhuma delas gostava do tipo de atenção (maioria feminina) a que os seus namorados estavam sujeitos devido à banda. As duas sempre foram muito desconfiadas e com um sexto sentido muito apurado. De repente, e para felicidade das fãs, apareceu um homem em cima do palco, fazendo com que a plateia que se encontrava eufórica rapidamente se calasse.
- Façam barulho! - Gritou o apresentador, sendo obedecido segundos depois - Estão preparados para a banda do momento? Então não vos vou fazer esperar mais... Mas, antes, só queria avisar que daqui à alguns dias vai haver um leilão de boys , onde vocês poderão abrir suas carteiras em troca de um encontro com as suas stars... MCFLY!
Se antes gritavam, agora berravam de uma tal forma impressionante que pareciam querer agarrar todos os rapazes da banda só com suas vozes... Após esse comunicado, o apresentador retirou-se do palco indo em seguida para os bastidores.
- Rapazes, estão preparados? - Perguntou a todos os elementos da banda, que pareciam estar prestes a desmaiar.
Ninguém respondeu nada. Apenas limitou-se a anuir com a cabeça. Juntaram-se para desejarem boa sorte uns aos outros.
- Gente, nós trabalhamos o suficiente... Vamos arrasar! - Assegurou .
- Sim, não podemos falhar... Estão cá muitas pessoas que vieram nos ver... Pode ser a nossa grande oportunidade... - disse.
- Mas... e , eu acho que vocês deviam tentar mostrar que estão solteiros... - sugeriu , um tanto nervoso.
- E por que raio haveríamos nós de fazer isso? - Perguntou indignado.
- É que... bem... - Hesitou.
- Fala de uma vez, cara! - Mandou .
- Bom, o que se passa, é que como vocês já devem ter percebido a maioria das pessoas que estão lá fora são miúdas... Então estou só dizendo que talvez seja mau para a banda se vocês...
- Mostrarmos que estamos comprometidos... - completou .
- Vocês sabem que eu nunca vos pediria tal coisa, mas nós estamos no início da nossa carreira e isso poderia...
- Eu topo! - Concordou , para espanto de todos.
- Pois bem, comigo não contem... Isso é roubada na certa! Eu não vou pisar na bola com a por causa de um show...
- Claro... Nós entendemos - assegurou .
- Hey! Vocês têm que entrar agora! Então força! - Disse-lhes o apresentador.
Ao entrarem no palco estavam meio nervosos, como sempre, pois por mais shows que tivessem todos pareciam ser como o primeiro. Mas rapidamente se libertaram e começaram cantaram a primeira música: Falling in Love
( botem pra tocar! I wish you all fall in love...)
Everyday feels like a Monday
There is no escaping from the heart ache
Now I gotta put it back together
'Cause it's always better later than never
Wishing I could be in California
I wanna tell ya when I call ya
I could've fallen in love
I wish I'd fallen in love
Out of our minds and out of time
Wishing I could be with you
To share the view
We could've fallen in love
oh oh oh oh
oh oh oh oh
oh oh oh oh
oh oh oh oh
desceu do palco e abraçou suas fãs que estavam quase desmaiando de tanta emoção. Mas logo voltou ao palco para acabar de actuar.
Waking up to people talking
And it's getting later every morning
Then I realise it's nearly midday
And I've wasted half my life don't throw it away
Saying every day should be a new day
To make you smile and find a new way
Of falling in love
I could've fallen in love
Out of our minds and out of time
Wishing I could be with you
To share the view
Oh we could've fallen love
oh oh oh oh
oh oh oh oh
oh oh oh oh
oh oh oh oh
We could've fallen in love
oh oh oh oh
oh oh oh oh
oh oh oh oh
oh oh oh oh
(Yeah)
mandou um beijo para e todas as meninas ao seu redor ficaram cheias de inveja. observou o gesto sem expressar nenhuma emoção, virando-se para o palco em seguida procurando os olhos de . Quando ele, finalmente, olhou para ela, mandou-lhe também um beijo. Este quando viu, ignorou-a e continuou cantando como se não fosse nada com ele.
Sick of waiting, I can't take it, gotta tell ya (x8)
I can't take another night on my own
So I take a breath and then I pick up the phone
She said oh, oh, oh, oh
She said oh, oh, oh, oh
She said oh, oh, oh, oh...
We could've fallen in love
Oh, we could've fallen in love
Oh, we could've fallen in love
Yeah, we could've fallen in love
Oh, we could've fallen in love
I wish I'd fallen in love
Quando a música terminou ninguém conseguia ouvir seus próprios pensamentos de tão alto que todos gritavam. Era a música favorita de e ela era a única que não batia palmas. Será que ela havia sido completamente ignorada pelo seu namorado? Ela tinha a certeza de que tinha lhe visto... Então só podia ser isso. observava de longe, não conseguindo conter um sorriso maléfico...
"Ela foi completamente ignorada, coitada! Deve se sentir tão mal! Own, que pena! Mas, bom, o show foi um sucesso..." viu algumas meninas que estavam a poucos metros dela encarando-lhe com gozo e, sem aguentar mais, saiu do Rock n'Roll café correndo. Ela não aguentava ser humilhada, sempre foi e sempre será demasiado para ela...
lhe viu ir-se embora e não pode fazer nada... Amanhã falaria com ela. Se ela ainda quisesse ver-lhe.
- Hello? - atendeu.
- Oi, !
- Então, ? Como você tá?
- Eu 'tou com sono... O show só acabou às 3:00h da manhã e minha mãe me obrigou a levantar cedo para ir passear com o Snoopy...
- Ahn... Sim... Dá muito trabalho ter um cão... - respondeu vagamente.
- O que é que aconteceu com você, ontem? Desapareceu de repente...
- Ahn... Sim... Fiquei... Com uma enxaqueca de repente, devia ser do som... Estava muito alto!
- Sei...
- Você não me pareceu muito convencida, pois não? - Percebendo a descrença da amiga.
- Claro que não, ... Você já foi à tantos ou mais concertos que eu e nunca ficou com enxaqueca e agora mudou de repente? - Perguntou descrente.
- Eles ainda não fizeram tantos concertos assim... - tentando fazer uma piada, em vão -Olha, , eu não quero falar sobre isso agora, ok?
- Claro! Não há nenhum problema! Bom, eu vou indo! Tchau, vou ver se apareço na TV! Acho que ontem me filmaram durante o concerto!
- Ok! Tchau!
"Ela deve ter-se zangado comigo! Mas eu não queria mesmo lhe contar! Não suporto que tenham pena de mim!" A campainha da casa de tocou e ela apressou-se a sair de perto do telefone e a ir abrir a porta.
- O que é que você tá fazendo aqui? - Perguntou , tentando fechar a porta em seguida ao avistar .
- , calma! - Impedindo o movimento dela.
- Vai embora! Não te quero ver!
- , 'tou querendo falar com você, me dá uma chance para me explicar!
- Não me parece! - Disse continuando a fazer força.
- Pára com isso! Eu AMO você, então me deixa explicar. Se, depois disso, você não me perdoar pode ficar quanto tempo você quiser chateada comigo...
Ela pensou por momentos na proposta de e, por fim, acabou por ceder...
- Tudo bem! Mas despache-se...
- Vem comigo... Quero te levar para um lugar!
apanhou suas chaves; o celular; algum dinheiro e saiu de casa. Em seguida, eles foram calados de ônibus até chegar ao oceanário...
- O que estamos fazendo aqui?
- Viemos nos divertir e esclarecer as coisas...
Após pagar os bilhetes, veio uma senhora e lhes encaminhou para um túnel completamente branco. Quando chegaram no final desse túnel, puderam observar um grande tanque de água límpida... A senhora ajoelhou-se na beira da piscina e assobiou. Passado 30 segundos apareceram 3 golfinhos lindos!
não conseguiu reprimir um gritinho histérico. Os golfinhos eram os seus animais favoritos. Apressou-se a chegar perto da instrutora e a aprender como fazer para estar perto deles. Ela não tardou a aprender, porque sempre teve muito jeito com animais.
- Muito obrigada por me trazer aqui... Adorei! Mas como você sabia que eu adoro golfinhos?
- Eu já te disse... Eu sei de tudo isso, porque eu amo você!
ficou corada e riu-se.
- Mas não imagine que com isso você vai se livrar das explicações que você me deve! - Acusou.
- Nem pensei nisso... - confessou.
- Bom, e então...? - encorajou.
- Eu sei... Realmente fui um parvo, mas o pessoal surgiu com uma ideia de que se calhar seria mau para a banda o fato de termos namoradas... Então teríamos de fingir que éramos solteiros... E... Eu... Aceitei! Desculpa... Na hora parecia uma boa ideia! - Disse envorgonhado.
- Mas eu vi o acenando para ...
- Ele não concordou em ignorar a ...
- Mas você aceitou... - disse . Não era uma pergunta. Ela simplesmente estava a constatar determinados fatos.
Ouve um silêncio constrangedor, mas passado 2 minutos, levantou-se e aproximou-se do . Ele estava esperando para ver o que ela ia fazer, quando ela lhe dá um tapa em cheio na cara!
- Mas... - começou por resmungar. Afinal, já estava à espera dessa reacção só que ela interrompeu a sua explicação... Com um beijo!
- Disso eu não estava à espera... - sorriu.
- Você sabe porque te dei o tapa, né?
- Sei...
- E o beijo?
- Também. - Confirmou.
- Então vamos deixar de conversa...
Vocês já sabem como são aqueles beijos de reconciliação... Muito melhores do que os outros beijos de pegação normal! Na verdade esse foi tão bom, que quando deram conta estavam dentro de água com os golfinhos ao redor e, claro, todos encharcados...
- Supostamente agora você devia falar algo romântico e eu fingir que me emocionei... - sugeriu.
- Ahn... - fingiu pensar, fazendo cara de gay - Tenho uma coisa romântica em mente, mas não é nada inventado... É simplesmente o que eu sinto... Mas 'tou sem graça de falar...
riu:
- Vá lá... Não me faça implorar que você sabe que eu não faço....
- Eu... Só queria te dizer que você é... PERFEITA... Em tudo o que você faz... Como você sorri... Como você anda... Como você fala... Como você briga comigo... Até como você respira... Você é perfeita e eu só quero você...
Quando ouviu isso ficou sem palavras. O que dizer a alguém quando te dizem que você é PERFEITA? Ela adorou o elogio, mas ao mesmo tempo sentiu alguma impaciência na forma como ele lhe disse isso... Só se deu conta de que ele estava à espera de uma resposta quando sentiu algumas lágrimas formarem em seus olhos...
- Eu...
- Hey! , você não tem de fingir que ficou emocionada 'tá tudo bem...
- Me deixa falar - Pediu - Muito obrigada por você ser assim! Por gostar tanto de mim! Por me fazer ver coisas tão lindas como esses golfinhos e principalmente por me fazer estar tão apaixonada por você...
- Ai, minha vez de ficar sem graça! - Disse corando.
- Só disse o que sinto... - foi a vez dela de ser interrompida com um beijo ligeiro.
- Te amo! - Afirmou .
Ficaram lá mais um pouco só que depois começou a ficar frio e eles ainda estavam encharcados. Saíram rapidamente da água, apanharam um táxi e foram para as respectivas casas...
Cinco minutos após acabar de tomar banho, o seu celular vibrou com uma mensagem de : " Adorei a nossa tarde! Espero que possamos repetir! Queria te perguntar uma coisa: Não te doem as pernas?" riu. E, em seguida mandou uma nova mensagem a : ", apesar de termos nadado muito... Não, não me doem as pernas... Por quê?"
Dois minutos depois chegou uma resposta super fofa dele: "Não, é porque pensei que você já estaria cansada de correr nos meus sonhos..." Ela voltou a sorrir e perguntou: "Por quê? Você já se cansou de correr nos meus?" respondeu-lhe um minuto depois: "Nunca... Mas bom saber que você sonha comigo! Que tipo de sonho você costuma ter? ahahahahah! Nem precisa responder! Vou dormir, viu? A gente se vê amanhã... Bjs e te amo" chocou-se ao ver aquelas duas palavras TE AMO novamente, mas respondeu: "Claro te vejo amanhã na Festa da ... Bjs e também te adoro!" Apesar de ter passado toda a tarde a dizer que lhe amava, ela não conseguia lhe dizer o mesmo, afinal não era verdade... Pelo menos não ainda...
Naquela noite sonhou com o à beira mar...
No dia seguinte, se encontrava muito ocupada com tentando escolher alguns dos seus acessórios e vestidos que ela iria usar naquela noite. Afinal, os 18 anos têm de ser bem comemorados. O céu estava nublado, as nuvens carregadas de chuva como se naquele dia fosse acontecer algo mau... benzeu. Depois daquilo do espelho, ela nunca mais iria arriscar "brincar" com coisas relacionadas com o paranormal. Ela tinha pensado em ir procurar aquela cigana que lhe tinha dado o espelho, mas depois lembrou-se de que ela lhe tinha dito que nunca mais a iria ver...
- , em o quê que você tá pensando? - perguntou retoricamente para depois acrescentar - Esquece! Nem quero saber! Mas vê lá se você se concentra... Preciso que me ajude a escolher uma lingirie bem sexy...
- E posso saber para que é que a senhorita necessita de uma? - Perguntou desconfiada.
- Para que haveria de ser? Estou pensando em perder a virgindade hoje, claro! - Declarou como se fosse a coisa mais normal do mundo.
a olhou surpresa, não era essa a resposta de que ela estava esperando.
- O quê? Você tenciona esperar até ao casamento? - Acusou .
- Bem, não sei... Quer dizer... Quando tiver que ser, será...
- Se você pensa assim, ok! Mas eu acho que tem que ser hoje, e assim será!
- E com quem? Quer dizer, você não tem nenhum namorado, que eu saiba!
- E eu preciso ter um? - Perguntou admirada.
- Não precisa? - perguntou atônita.
- Claro que não... Mas em breve ele será meu... Mais logo você verá quem é ele! - Fazendo ar de safada misteriosa - Esquece isso por agora! Me ajuda a escolher rápido, que ainda temos de ver mais um vestido e dois pares de sapatos para mim, é claro!
Eram 22:10h e estava no carro com , se dirigindo para a festa de sua amiga um pouco ansiosa para conhecer o rapaz com quem ela iria ter a sua primeira vez... notou a ansiedade dela e simplesmente pegou-lhe na mão. agradeceu o gesto com um sorriso...
- Sei que isso não é nenhuma novidade, mas você tá linda... - disse tirando brevemente os olhos da estrada para ver sua namorada de cima a baixo.
- Obrigada! - Agradeceu - Você também está um gato...
- Eu sei... - respondeu.
- Convencido!
- Não sou convencido, e sim REALISTA! O que é muito diferente, baby!
riu às gargalhadas desse comentário. conseguia ser muito parvo quando queria, mas ao mesmo tempo a parvoíce dele acaba por ter a sua piada.
De repente, ela se apercebeu que eles se estavam afastando pouco a pouco da cidade...
- Tem a certeza que é por aqui? - Perguntou duvidosa.
- Não, não é por aqui, mas vamos fazer um pequeno desvio antes de irmos para a nossa festa...
- Ahn, não, ! Eu tenho que 'tar lá com a ! - Insistiu.
- E já vamos, gata... Mas antes deixa trazer você aqui.
estacionou o carro ao lado de uma pequena duna de areia. E disse à que saísse.
- Vem! O sítio que te quero mostrar é por trás dessa duna...
- O quê que é?
- Não vou dizer! Venha que você vai ver...
subiu a duna com algum esforço, pois estava de sapatos altos e vestido longo... Quando chegou ao topo suspirou admirada... Era uma vista lindíssima! Podia-se ver uma praia completamente deserta e, contudo muito bem iluminada... A água diferente da das outras praias se encontrava totalmente límpida e brilhante. A areia era como um enorme lençol castanho claro à espera que alguém se ali estendesse.
Ela se apressou a descalçar e a correr duna abaixo, gritando feito o Tarzan.
rapidamente foi atrás dela e rindo perguntou:
- Hey! Você não 'tava com pressa?
botou a língua para fora, acrescentando:
- Eu também tenho direito de descansar... - deitando na areia logo em seguida.
Ficaram lá, os dois deitados a verem as ondas do mar quebrarem e voltarem a quebrar, num movimento hipnotizante.
- É bom estar assim, sabe... Estar com você sem falar, simplesmente olhar para o mar sem fazer mais nada... Obrigada!
- Que é isso, ? Obrigado você, por querer estar aqui comigo! E por não ser daquelas meninas socialites que se passariam só por estarem sentadas na areia estragando seus belos vestidos Vintage...
- Obrigada por não ser um machista anti-romance... - concluiu.
beijou-a como forma de agradecimento... se levantou e o puxou também...
- O que é que você tá fazendo? - perguntou.
- Ahn, só queria fazer uma coisa cliché...
- Mais ainda? - Gozou.
- Sim... Mais ainda!
- E isso seria? - Perguntou curioso.
pegou um pau de madeira que se encontrava ali próximo e disse:
- Vamos escrever nossos nomes na areia...
- Jesus! Realmente nunca vi nada mais cliché!
lhe deu um pedala e começou a escrever "" na areia. Ele riu-se e fez a mesma coisa, escrevendo o nome dela...
Quando os dois nomes estavam escritos "+ ", ela acrescentou = love, tendo o resultado final: "+=love"
virou para e começou a corar, abanando sua cabeça em seguida. Ela odiava quando isso acontecia, porque sentia um desconforto enorme na sua cara.
- O que foi? - Perguntou reparando no incómodo de sua namorada.
- É... Assim... Eu acho que... Eu acho que te amo... - declarou-se constrangida.
riu-se e disse:
-É, eu sei que te amo...
sabia que não iria acrescentar mais nada, pelo menos não naquela hora. Afinal um "acho que te amo" é melhor do que "te adoro", né? Ele resolveu que já estava na hora de se irem embora.
- Vamos para a festa, então? - Sugeriu.
anuiu. Limparam-se, retirando toda a areia que tinha entrado nos sapatos e nas suas outras vestimentas e dirigiram-se para o carro.
Sem darem conta, já tinham chegado ao local da festa de que estava muito vazio e silencioso...
- Isso é muito estranho... já passaram 45 minutos da hora combinada. Será que nos enganamos no sítio?
- Ó, ! Vê-se logo que você nunca sai! Isso tudo é para enganar os vizinhos não saibam onde é a festa assim não vão poder chamar a polícia! - Explicou -Vem comigo!
- Na porta da casa estava um senhor alto e forte, parecia um lutador de boxe, que lhes pediu que mostrassem o convite. Após fazerem o ele lhes solicitou, o senhor sorriu, mostrando os dentes afiados que tinha e desejou-lhes uma boa festa, abrindo a porta em seguida.
Estava tudo muito escuro, com excepção das luzes de presença que se encontravam nas escadas, iluminando o caminho de quem passasse. Seguiram as luzes e foram dar a uma porta de metal. Ao empurrarem-na, quase ficou surda, cega e muda. Isto porque a festa estava muito iluminada, com um som altíssimo e simplesmente LINDA! Todos dançavam e divertiam-se. Somente alguns estavam sentados no bar tentando beber os cocktails feitos pelo garçon...
- A festa tá linda! - Disse , avistando .
- Não 'tou ouvindo nada! - explicou através de gestos - Mas divirtam-se... -gritou.
- E o rapaz? - perguntou de forma que não percebesse.
- Depois te mostro ele... Agora vai namorar! - E saiu correndo.
- Parabéns! - gritou, tentando que ela ouvisse.
deu um tapa na bunda, fazendo com que o casal se risse. avistou o resto dos Mcfly e foi de encontro a eles, puxando para que viesse também:
- Qual é gente? - Disse cumprimentando a todos.
deu um beijo nas bochechas de e , mas ao chegar na vez de apenas acenou e foi ficar outra vez ao lado do seu namorado, pegando-o no braço:
- Então cadê ? - Perguntou notando a ausência da menina.
- Ahn, ela não pode vir, teve que ir visitar a sua tia que está doente.
- Hey! Então aproveite a liberdade! - Brincou .
- Pode deixar! - Assegurou .
Depois de algum papo furado cada um foi para um canto: foi dançar, foi falar com umas meninas que queriam autógrafo e e se dirigiram ao bar. foi atrás de para avisá-lo que não se descontrolasse ao beber álcool:
- Pode deixar, amor! You're my medicine... - cantou - Baby, you're my insuline.
não sabia onde ir. Isso era a desvantagem de ter poucos amigos, quando eles não estavam, ela se sentia perdida. Decidiu então, ir para a pista de dança... Ela sempre dançara muito bem. E, isso não era algo que ela precisava de fazer acompanhada. Estava tocando o remix da música de Akon e David Guetta "Sexy Bitch". A música já não era tão nova assim, mas a adorava. Aos poucos ela começou se soltando fazendo com que muitos olhares fossem recair sobre ela, principalmente masculinos... Sem se dar conta, apareceu um rapaz muito lindo que começou também a dançar com ela... ao ver aquela cena, pensou em intervir, mas depois lembrou-se de que ele já não era nada na vida de . Tentou ficar parado, mas não conseguiu. Tentou dançar com uma fã sua, mas isso também foi em vão. Ele não conseguia tirar os olhos de e daquele sem vergonha que dançava cada vez mais encostado nela!
"Não aguento mais isso! Preciso de VODKA!" se dirigiu ao bar:
- Aí, dude? Me dá um copo cheio de vodka red, por favor - ordenou ao garçon.
-É pra já! - Respondeu.
- Que bebida forte, cara! Você nem é de beber! Isso é mais comigo! - gozou.
- Ahn, cansei dessa merda de vida!
- Também eu! E, no entanto, não posso beber por causa da minha namorada! Você é que tem sorte! Hoje não tem nenhuma guarda- costa na sua cola... É livre!
"Eu não quero saber se estou livre, se não estou... Hoje eu vou beber e dançar muito!" - O que é que deu no seu amigo? - Perguntou baixinho e curiosa, aparecendo de repente - Ele nem era de beber! Isso é mais um vício de uma pessoa que eu cá sei...
riu, para depois acrescentar:
- Ahn! Nem venha, eu larguei os meus "vícios" por você... - referindo-se ao tabaco e ao álcool.
- E isso é ótimo! Bom, vou continuar a dançar quer vir?
ponderou sobre isso por um bocado. Primeiro pensou em ficar com e fazê-lo companhia, mas se bem conhecia seu amigo, agora não era hora para compaixão.
- Ok! Vamos!
- Mais uma! - Ordenou novamente ao garçon. Este já estava a ficar desconfiado se o rapaz teria dinheiro para toda aquela bebida. Sendo assim, simplesmente pediu que pagasse adiantado. estava bêbado e resmungão, mas não estava burro:
- Aí! Tá dizendo que eu sou caloteiro e que não tenciono pagar, é? - Resmungou derrubando todas as garrafas de cerveja que estavam em cima do balcão, assustando algumas das miúdas que o estavam vendo com interesse. - E vocês o que é que estão vendo? - Referindo-se às fãs.
, aparecendo do nada o pegou pelo braço, e tirou-o da confusão. Ele pode observá-la a pagar a conta no bar e a desculpar-se às convidadas que ele tinha incomodado. Quando acabou de fazer isso, arrastou-o dali, levando-o para uma sala afastada de todo o barulho da festa. Quase que se podia dizer que estavam noutra zona, porque não se ouvia barulho algum.
o olhou de cara fechada.
- O que você está tentando fazer? Não vai conseguir estragar a minha festa, se é isso que está pretendendo!
não disse nada. Ficou ali, parado a olhando.
- O quê que é?
- Você é... hum... bonita... - declarou.
sorriu maliciosamente.
- Você está mesmo bêbado, né?
- Acho que sim - disse, sorrindo de uma forma um pouco tola.
Ela murmurou:
- Ainda bem!
já estava cansada de dançar... Já eram 23:45, e já estava na hora de cantarem os Parabéns à .
- , não estou vendo a ... 'Tou indo procurar ela, mas você pode ficar cá, se quiser - acrescentou, vendo que o namorado se preparava para a acompanhar.
- Ok, então, gata! Mas volta depressa... Tá?
- Claro!
apressou-se a correr por entre os convidados para chamar sua amiga. Procurou-a no bar, mas não a encontrou. Procurou-a na sala de som, mas ela também não estava lá. Procurou-a em tudo quanto era sítio, mas não a conseguia encontrar. começou a ficar preocupada.
"Onde é que aquela doida se meteu?" Foi quando se fez luz. Lembrou-se da conversa que tinha tido com ela mais cedo durante a prova de roupa. Ela devia estar com o seu futuro namorado.
"Sendo assim, ela só pode estar..." - pensou caminhando para o local.
nem pensou na cena que poderia encontrar se abrisse a porta da arrecadação naquele momento. Apenas sentia uma enorme curiosidade em saber quem era o tal rapaz. E, sem pensar muito, ela abriu-a, muito devagarinho.
Ela não conseguia acreditar no que os seus olhos enxergavam. completamente nu entre as pernas da aniversariante, cujo vestido já tinha sumido.
Capítulo 7 - Roubo
(Ui! Neste capítulo vou sugerir que ponham esta música a carregar: Pixie Lott - Apologize)
E, sem conseguir se mexer, ali ficou parada à espreita como uma adolescente que vê porno pela primeira vez. usando a lingerie que elas tinham escolhido mais cedo com
"Ó MEU DEUS! Então era o rapaz de quem falava? Mas como ela pode fazer isso? tem namorada! Isso é muita sacanagem! Eu vou contar isso à... - ficou confusa ao pensar isso - Afinal a quem vou contar isso?! À ? À miúda que arruinou a minha vida? Que roubou o meu melhor amigo de mim? Ah! Não me parece... Apesar de estar agindo errado, ela continua a ser minha amiga! Mas, sinceramente não gosto de os ver juntos, isso dá-me uns nervos! Nesse momento até parecia que tinha notado que estava lá alguém pois, olhou para a porta e ao perceber que quem se encontrava ali era , sorriu abertamente, mostrando que estava gostando daquilo.
que já não suportava aquela visão, fechou a porta e saiu dali a correr. Naquela hora, ela jurou que não iria contar nada a ninguém... Nem ao !
Correu de encontro ao namorado, que ainda estava a dançar...
- Então?
- Então o quê? - Perguntou confusa.
- A ? Onde ela está?
- Ahn... Não a encontrei...
"Ainda não a conheço tão bem, mas sei ver quando ela me mente! Mas, não a vou pressionar... quando ela me quiser contar, ou quando estiver preparada para tal eu estarei aqui... - pensou .
O barman subiu até ao palco e expulsou as meninas que ali estavam, dizendo em seguida no microfone:
- Aniversariante, por favor dirija-se ao centro da discoteca para soprar as velas.
Passado três minutos apareceu, subindo ao palco e dizendo:
- E aí, galera? Tão gostando da festa? - A malta gritou em resposta - Bom, desculpem, mas agora terei de parar a vossa dança porque quero que vocês venham cantar os parabéns comigo! - Após as palmas cessarem, fez uma vénia e saiu do palco. Ao passar em frente a , ela não lhe fez nada! Não a segurou pelos cabelos dizendo que era muita puta sacanagem fazer sexo com um rapaz comprometido! Não a perguntou rigorosamente nada! E isto surpreendeu ! ainda devia estar em Negação!
"Por que continua me olhando assim? Eu não a vou perguntar nada! Na verdade, vou fingir que isso nunca aconteceu! Eu nunca fui à procura dela e nunca a vi transando com o meu ex-melhor amigo. Isso simplesmente não aconteceu!" Mas, nunca tinha sido de esperar que as coisas se resolvessem sozinhas. Por isso, e por apetecê-la gozar com ela, foi ter com sua "melhor amiga", sussurrando de forma que não a pudesse ouvir:
- Gostou do espectáculo, sua pervertida?
admirada pela forma como estava tão à vontade, respondeu:
- Na verdade, estou é muito chocada! Como você foi capaz de fazer isso? Você não sabe que ele é comprometido? Então por quê?
- Sei que você odeia isso, mas vou-lhe responder com outra pergunta: por acaso está com pena de , depois de tudo o que ela lhe fez?
- Não se trata de estar com pena dela, mas sim do fato de que ela é uma miúda e está a ser enganada.
- Ó, claro! Grande coisa! Enganar o enganador! Que pecado! - replicou irónica.
- Então você está pagando a por todas as coisas más que ela me fez, fazendo algo ainda pior?
- Por amor de Deus, ! Você está exagerand... - pensou em insistir, mas desistiu - No final, tudo se resume: você vai ficar do lado da víbora da , contando que eu e tivemos um... caso esta noite? Ou vai ficar do meu lado, sua melhor amiga, e não contar nada a ninguém?
- Eu... Claro que... - , hesitou - Vou ficar do seu lado! - Apesar de ser contra aos seus princípios, ela resolveu que não ia falar nada a ninguém, em favor à .
- Bom, agora que esclarecemos isso... Menina, ui! Ele tem pegada!
deu um sorriso amarelo, perguntando em seguida:
- E onde está ele?
- Ahn, deve estar dormindo lá onde o deixei! Sabe, depois de todo aquele exercício, só mesmo eu para aguentar! - Gozou.
tossiu, incomodada. Haviam coisas que ela não precisava de saber:
Durante a semana seguinte, foi ficando cada vez mais distante de e quando ele perguntava o que se passava, ela não o respondia, mudando discretamente de assunto. Ela estava muito curiosa para saber se lembrava-se de tudo o que tinha feito e ela chegou à conclusão de que ele devia se recordar já que, começou a tratar a de uma forma muito mais carinhosa: estava sempre dando beijos e mimos a ela; comprava agora presentes de dois em dois dias (inclusive chocolate) e já não olhava pra' diretamente nos olhos desviando-os sempre que falava com ela.
Numa quinta-feira, estava saindo da escola sozinha.
- Finalmente chegou o Outono! - Disse, observando as folhas amarelas e castanhas que caiam das árvores mais próximas enquanto andava. Sentou-se no banco de madeira mais próximo nostálgica, pensando em todas as mentiras que havia contado ultimamente. Todas elas tinham sido muito bem formuladas, só que ela nunca tinha gostado de mentir, apesar de às vezes achar necessário. E o pior de tudo era que ela não tinha ninguém com quem desabafar. não era a pessoa indicada para isso já que agora estava sempre com a sua amiga Janina e, sempre que conseguiam falar, ela limitava-se somente a contar os detalhes sórdidos do sexo. , provavelmente não iria perceber, e ela não estava disposta a descobrir. Ela só queria poder tirar isso de dentro dela. Dividir essas tolas preocupações da adolescência. Sem ela se dar conta, já todas as folhas caídas tinham sido varridas pelo vento e mais uma vez ela se encontrava completamente sozinha. Resolveu olhar mais atentamente em seu redor, observar a paisagem.
Para além das árvores que pareciam estar cobertas de ouro e o chão incrivelmente limpo, haviam lojas, sendo que a maior parte delas estavam fechadas com a excepção de uma. Por curiosidade, resolveu aproximar-se dessa loja e espreitou para dentro.
Estava um pouco escuro, visto que só havia uma única lâmpada em toda a extensão. pode observar uma senhora idosa que se encontrava a arrumar diversos livros. Ela vestia um vestido comprido, verde com bolinhas brancas e um xaile amarelo. A roupa da senhora combinava com o ar retrô da loja, que se encontrava um pouco desarrumada. pigarreou, anunciando a sua presença e a senhora sorriu, virando na sua direcção:
- Seja muito bem-vinda! Em que a posso ajudar, menina?
- Ahn, não sei bem... O que é que esta loja vende?
- Portanto, esta loja é um antiquário... - esclareceu a velhinha - Então, o que é que o passado pode lhe oferecer?
- Bom, não sei. Por acaso, tem aí qualquer coisa com a qual eu possa desabafar?
- Esse é um pedido muito peculiar, menina... - disse-lhe observando-a com mais atenção - Por acaso não tem com quem falar?
- Na verdade, eu tenho pessoas com quem falar, mas eu é que não quero falar com nenhuma delas, entende?
- Claro. Nesse caso só tenho uma coisa para lhe recomendar... Espere aqui enquanto eu o procuro. - Virando-se para procurar o objeto.
- E o que seria? - Perguntou um quanto tanto receosa.
- Espere e você verá! - Assegurou a velhinha.
Passado alguns minutos, onde o único som que se ouvia era o barulho de objetos a caírem das prateleiras e a arrumá-los outra vez, a velhinha finalmente parou e disse:
- Eureka! Aqui está! - Retirando o pó de um caderno estendendo-o depois a .
- Isto é um diário? - Perguntou, analisando o objeto que tinha em mãos. Era vermelho com pedras rubis e pérolas que, ainda que ela soubesse tratarem-se de pedras falsas eram muito bonitas e deslumbrantes. Tinha escrito no centro Diário com uma letra fina e majestosa.
A velhinha respondeu:
- Sim! Com o tempo aprendi que a melhor forma de desembuchar e guardar memórias é através da escrita dos bons e dos maus momentos da vida... E esse diário é um exemplar dos muitos diários não usados da Rainha Elizabeth... Uma vez, ela tinha feito um leilão em honra das crianças carenciadas de África e o meu falecido marido, que na altura era muito rico, comprou-o para mim. Só que, como nunca o usei estou te dando porque você precisa muito mais do que eu... Então faça bom proveito!
- Quanto é que lhe devo, então?
- Como você é uma boa menina é grátis, mas tem que me prometer que me vem visitar mais vezes... Promete?
- Claro! E, muito obrigada, mas faço questão de lhe pagar! Afinal este diário deve ter sido muito caro! E, além disso esse diário deve lhe fazer lembrar o seu marido!
- Querida, quando chegar à minha idade perceberá que há coisas muito mais importantes na vida que as materiais e, que um simples objeto apenas é isso... SIMPLES! E, além disso as memórias realmente importantes do meu marido estão aqui - acrescentou apontando para a cabeça e coração
agradeceu pelas sábias palavras e pelo lindo diário e dirigiu-se para casa. Finalmente, em dias, ela pode relaxar e tirar aquele peso de cima. Tinha todos os seus segredos bem guardados num sítio onde nunca ninguém conseguiria espalhá-los ou contá-los.
E, assim se passaram mais duas semanas e estava cada vez mais afastado de . Parecia que ela era uma ilha. Sem pontes nem meios de comunicação e nada do que ele fizesse poderia alterar isso.
Certa tarde de sexta-feira na escola, arrumava a bolsa para ir para casa novamente sozinha, quando apareceu e cumprimentou-a :
- Ahn... Oi, desaparecida!
- Oi ,desinteressado!
fez cara de dor e disse:
- Bom, talvez tenha merecido isso! Mas vim redimir-me... Você quer sair hoje à noite? Tenho uma reserva muy boa num restaurante ótimo mexicano!
- Quer dizer que você já tinha partido do principio que eu iria aceitar o seu convite? - perguntou provocante.
- , já sei o que você está insinuando, mas não vai conseguir... Eu nunca te dei por garantido. Sei que a qualquer hora pudemos nos separar e eu estou tentando que isso não aconteça porque realmente amo você. Agora se você não quiser mais não é preciso esse esquemazinho todo, é só dizer que não... Ok?!
- Ei! Pare de falar por mim... - sorriu dizendo - e para quê todo esse discurso? Eu aceito, tá bom?
- Ahn... Ok! Então fazemos assim: eu vou para minha casa, tomo banho e tal e depois vou te buscar na sua!
bocejou, dizendo:
- Fechado! 'Tou indo então! - Virando-se para a porta.
Antes de conseguir dar um passo, puxou-a pelo braço e beijou-lhe ligeiramente. sorriu, soltou-se e despediu-se.
Ao chegar a casa, ela estava tão cansada, mas sabia que tinha de escrever no seu diário enquanto ainda se lembrava exatamente do que tinha acontecido naquele dia. Sentou-se na sua cama e começou a escrever o resumo do mesmo. Era impressionante pois, por mais que ela tentasse sintetizar sempre havia algo de que ela tinha esquecido e que era necessário escrever para se lembrar de futuro. começou a ficar sonolenta, pois não tinha dormido nada bem na noite passada. Resolveu descansar só um pouco. Talvez uns 15 minutos. Não ia fazer mal algum...
De repente acordou sobressaltada ouvindo várias batidas no portão de casa. Bocejou, espreguiçou e olhou para o relógio admirada. Tinha dormido 1 hora e meia!
- Jesus amado! O meu encontro com o !
Suspeitando tratar-se dele, desceu as escadas abriu a porta e desatou a correr para o seu quarto outra vez, gritando:
- Sobe aí, ! Que eu já me vou despachar!
- Ainda nem se vestiu? Não acredito! O que é que você estava fazendo? - Perguntou espantado, subindo as escadas e empurrando a porta do quarto dela.
- Ahn... Desculpa, fofo, mas eu caí no sono - disse apanhando algumas roupas e entrando na casa-de-banho - Espera aí um minuto e eu me despacho.
- Ok! - Falou sentando-se em cima da cama - Ups! - Exclamou ao sentir que estava em cima de algum objeto duro. remexeu-se e apanhou um livro que estava por baixo dele.
"Mas é o diário da ! É aqui que ela escreve todas as coisas que a preocupam e que, talvez, se eu soubesse poderia lhe ajudar! Mas, se calhar é melhor não! Se ela quisesse me contar os seus problemas, já me teria dito!". Ali ficou ele, indeciso, sem saber se devia ler o diário ou não.
- Bom, já estou pronta! - Exclamou para espanto de que se apressou a disfarçar os seus anteriores movimentos - Vamos?
- Ya! Vem rápido porque já estamos atrasados.
Correram para o carro e foram o mais rápido que conseguiram para o restaurante. não pode deixar de comentar:
- Onde raio você foi arranjar esse carrão?
- Sabe a banda tem ficado cada vez mais famosa nestas últimas semanas... Se você fosse a metade dos nossos concertos entenderia...
- Ai... Tem razão... Desculpa... A partir de agora, prometo que irei à pelo menos um concerto em cada três que você me convidar!
- Combinado!
Quando lá chegaram pode ver que não se tratava de um restaurante mexicano casual. Era muito formal, tanto que, quando ela entrou um homem apareceu do nada e retirou-lhe gentilmente o casaco.
- Você está mais bonita assim, sem dúvida! - Referindo-se ao casaco, perguntando - O quê? - Ao ver a expressão de aprecio de .
- Este restaurante é tão LINDO! E o mais engraçado é que com todas essas coisas maravilhosas para você enxergar, vai olhar para uma tão feia como eu!
- , você só pode estar gozando comigo! Vai me dizer que você não é bonita?! Tá LINDA com esse vestido preto maravilhoso que mostra as suas curvas perfeitas e... ui! É melhor eu não continuar! As calças podem ficar apertadas!
riu com o comentário parvo de seu namorado.
- Sério... Já te disse que você é demais?
- E eu já te disse que você é perfeita? - Elogiou enquanto se sentavam na mesa e pegavam os cardápios.
- Já, mas é bom ouvir outra vez, seu graxista! - E após observar o cardápio acrescentou - Rapaz, tenho de te confessar que eu não 'tou entendendo nada dessa ementa! Sempre fui uma naba a espanhol e a gastronomia refinada ainda pior!
- Eu tenho alguma experiência nisso então vamos pedir uma dose nachos, tacos e um pouco de chili. É muito bom! - Garantiu, observando a cara duvidosa de sua namorada.
- Ok! Vou confiar!
A comida não demorou a chegar e esta emitia um cheiro delicioso. Era uma mistura de cores vivas que ficavam muito bem juntas. Para era muito fácil ceder à fome, experimentando em primeiro lugar um dos nachos. Esse era um prato que emitia um perfume excelente e um gosto ainda melhor.
- Então está gostando?
anuiu e acrescentou:
- Sabe, acho que este momento vai ser a coisa mais interessante que vou escrever no meu diário desde que o comprei...
- Ahn, você tem um diário? - Perguntou , fingindo não saber de nada e, ao mesmo tempo, lhe oferecendo um taco.
- Yap, resolvi arranjar um! Mas, só escrevo de dois em dois dias, porque não tenho tempo nem paciência para escrever todos os dias! Hoje, por exemplo, adormeci porque estava escrevendo nele e aí acabei descuidando... - Confessou dando um sorriso sapeca.
-No problem! - Disse ficando calado durante o resto da refeição. Quando terminou de comer, perguntou - Quer sobremesa?
- Quero, mas vamos comer picolé!
- Aqui não deve haver picolé, Mascarenhas!
- Eu sei, mas estou com desejo!
- Nem brinca com isso! Esse tipo de brincadeira atrai!
- 'Tá com medo que eu engravide? Você é mesmo tonto... Nós nunca...
- Eu sei , mas tenho culpa de ser tão supersticioso?
- Você supersticioso? Ah, tá! Claro, acredito! Só faltava isso para a minha vida ser engraçada!
- Realmente... Vamos dar uma volta pela praça aqui ao lado, ou quer ir já para casa?
- Vamos dar uma volta!
- Ok! Tá certo! Me deixa só pagar a conta que já saímos!
- Você tá de gozação? Só pode! Você acha que vai pagar essa conta toda sozinho? Esse restaurante é super-caro e você quer pagar sozinho... Sabendo que eu comi mais do que você?
- Óbvio, ! Eu te convidei, eu pagarei! - disse sorrindo como se ela estivesse falando algo absurdo.
- Me diz só uma coisa...
- Fala...
- Você sabe que eu poderia ficar aqui a noite toda discutindo com você a minha taxa a pagar dessa conta então me poupe o trabalho e responda: quer pagar?
- Quero! - repetiu.
- Ok! - se levantou - Enquanto você trata disso, vou ao banheiro.
- Tá bom! - Concordou.
apressou-se a pagar o valor que o garçon apresentou com o cartão de crédito e, antes de virar para ir esperar a namorada sair do banheiro, viu uma garrafa de whisky Black Label. O seu preferido! Muitas pessoas pensavam que ele era apenas um rapaz normal que apenas gostava muito de se divertir... Mas, somente os seus amigos íntimos e sabiam que ele era um alcoólatra em recuperação. Apesar dos avisos dos seus amigos ele nunca tinha parado de beber... Mas, quando "apareceu" em sua vida tudo mudou! Ele passou a não beber à sua frente somente quando saia com o resto dos Mcfly sem ela... Porque com sempre tinha sido diferente! Era alegre, parecia que ela era o Sol! A brilhar para toda a gente apesar de alguns tentarem-na tapar com uma peneira. Mas, por ter de ficar tanto tempo sem beber, começou a fumar...
E, quando começaram a namorar, (literalmente!) ameaçou-o dizendo:
- Se você continuar bebendo e fumando já não podemos ficar juntos! Se alguma vez te voltar a ver bebendo de uma forma descontrolada, pode considerar isso um FIM do nosso relacionamento!
E, quem conseguia renegar o sol? Assim sendo ele desistiu da sua querida amiga bebida e do seu consolo chamado cigarro. Tinha começado a evitar todos os bares, discotecas e quaisquer outros locais onde pudesse encontrar bebidas alcoólicas e cigarros. Na festa da , tinha ficado tão tentado a tomar algo, nem que fosse apenas um licorzinho, mas resistiu. O amor que ele sentia por era maior do que isso, do que esse vício.
Hoje as coisas estavam um pouco diferentes... Ele estava mais afastado dela, mas o amor era o mesmo. Por isso, virou-se para se ir embora, quando viu a ali especada a observar-lhe:
- Você já está aí há muito tempo? - Perguntou .
- Não... Acabei de chegar! - Esclareceu.
, a principio não acreditou, mas como ela parecia relaxada ele calculou que não tinha visto nada.
- Então vamos?
- Ya! - Concordou prontamente.
Ao chegarem ao parque puderam ver que este estava um pouco deserto. Apenas estavam lá dois casais para além deles e, um deles, era a e o !
Normalmente, quando está perto deles dois fica muito desconfortável, mas dessa vez sorriu timidamente e acenou-lhes, aproximando-se em seguida:
- Então, brother from another mother? - perguntou gozando, dirigindo-se primeiro a e, depois a - Tudo em cima?
- Sim! E vocês? Também vieram namorar um pouco? - perguntou abraçando e ficando de repente muito possessiva em relação a .
- Ya! Acabámos de sair de um restaurante mexicano fantástico! Super-formal! - disse isso como quem diz "o meu namorado pode e você como não tem um de jeito, sacode!"
- Ahn... Nós saímos agora de minha casa... Passámos a tarde toda trancados lá dentro que resolvemos vir respirar... - disse brincando.
De todas as coisas que podia ter, possivelmente, dito esta foi a que lhe escandalizou mais. Com isto ele queria dizer que passaram a tarde toda fazendo sexo? Será que ela era a única miúda nessas bandas que queria ficar virgem até pelo menos sair do liceu?
- Ahn... Ok... Pois... Acho que vamos indo agora... - disse ao reparar na cara de , puxando-a em seguida.
- Tchau - respondeu cínica.
Primeiro sentiu raiva. Raiva por se deixar afetar por eles dois. Por não ter conseguido responder a altura e por não poder arrancar esse sorrisinho em conjunto com aqueles lábios cínicos daquela vigarista da ! Mas, depois começou a rir... Rir às gargalhadas!
"Mas por que raio eu iria ficar com raiva dela? Eu devia era ter pena da ! Afinal não fui eu que fiquei com um par de chifres em cima da cabeça!" Parou por momentos de rir, e acenou freneticamente para o casal afastando-se em seguida com o seu namorado cujo ela tinha a certeza que nunca a trairia. Sem aguentar e, também por um impulso de maldade começou a rir extravagantemente, deixando com uma cara de trouxa.
Sentaram-se num banco próximo e começaram a beijar-se de uma forma carinhosa. notou que algo de estranho se passava com e perguntou-lhe o que era:
- Não tenho nada. Deve ser impressão sua! - disse com uma cara não muito convincente.
Ela pensou em insistir, mas depois viu que não era justo. Afinal se ele não queria contar agora, ela teria de respeitar.
Dirigiram-se ao carro em silêncio, observando apenas os tons agradáveis que a cidade tinha à noite. Uma autêntica mistura de cores, sons, cheiros e texturas, muito encantador de se ver. Mas, então o por quê deste silêncio incómodo? Eles sempre tinham tido assunto e agora havia esta barreira entre eles. não o percebia e, sendo direta como sempre, limitou-se a perguntar:
- Estamos bem?
- Sim... Quer dizer... Mais ou menos...
- Ahn... ok! E estamos bem AGORA? - Perguntou pegando-o pelo braço de uma forma meiga.
optou por não respondê-la e ela não persistiu. Ambos sabiam respeitar o espaço e a privacidade um do outro. E, quando pensava que ele não iria dizer mais nada naquela noite, pede-lhe de uma forma suave:
(botem a música agora!)
- Entra aí no carro. Te levo para casa e enquanto isso vamos falando...
não sabia o porquê, mas aquele de voz assustou-a. Como se de alguma forma ele lhe fosse contar algo mau... Mesmo muito mau!
conduziu calado, olhando apenas uma vez para ela dizendo em seguida:
- Até que ponto você me perdoaria?
- Como assim?
- Se eu fizesse uma coisa muito má, você... Você era capaz de me perdoar?
- Depende daquilo que você fizesse - disse depressa. Ela queria saber o que estava passando e, ao contrário das outras meninas ela não tinha medo do futuro. Mas também não poderia ter respondido que sim, porque isso só o encorajaria a fazer alguma asneira futura.
- Ahn... Bom... Eu... Desculpa!
- Pelo quê? - "Afinal eu já sei que você fez alguma coisa... Quero é saber o quê!" - Eu... Roubei o seu diário! E só o pensava em devolver amanhã já que você disse que só escrevia nele de 2 em 2 dias! Me desculpa, ... Eu não quer...
- Só não me diga que você não queria! Se não quisesse não o faria! - Respondeu automaticamente.
- Mas tenta entender! Você foi se afastando cada vez mais de mim e parecia sempre cheia de segredos e problemas. E, quando te perguntava, você não me respondia e mudava de assunto. Eu sou seu namorado, oras! Me preocupo com você! Quero saber se você está bem! E, quando não está, quero te ajudar porque eu te amo! Entende? - Parou um pouco para respirar. Tinham chegado à um semáforo num cruzamento. E, agora, só via o vermelho desse semáforo por toda a parte.
- Terminou? Já se cansou desse seu discurso patético? Sabe, acho que é um pouco tarde para desculpas! - Ela disse completamente fria. simplesmente ficou ali parado vendo para ela, enquanto dava um tapa no rosto dele, saindo do carro em seguida.
Roubar: o dicionário define essa acção como sendo o acto de se apropriar indevidamente de algo alheio. E se esse objecto fosse o teu coração? E se esse alguém que roubou o teu coração o tivesse também partido? Você seria capaz de o perdoar? Concedemos intimidade a alguém e o deixamos entrar na nossa privacidade... Mas no fim, tudo é roubado e despedaçado... Pois tudo o que nos pertence hoje, pertencerá depois a outro... A verdade é que o AMOR dá aos outros o poder de nos destruir como os pedaços do nosso coração...
Capítulo 8 – O último segredo
(meus amores, ponham estas duas música carregando e cliquem no Play quando eu disser: Em primeiro lugar: Sorry – Jonas Brothers e esta, que vocês tão bem conhecem, Too Close For Comfort - McFly)
saiu daquele carro correndo… E, até se esqueceu de que estava no meio da rua e que poderia ser atropelada a qualquer momento.
“Mas que porra aconteceu ali? Eu não posso acreditar que ele possa ter roubado o meu diário! Simplesmente, invadiu a minha privacidade sem pedir permissão... E, o pior é que nem sequer o perguntei se ele leu algo.” pensou, correndo para a estação de autocarro mais próxima. Afinal, já estava tarde, e ela já deveria estar em casa.
“O mundo é uma MERDA! Estava tudo correndo às mil maravilhas e a nossa relação, finalmente, tinha melhorado, quando ele resolve fazer uma MERDONA dessa! Escroto pra caralho, cara!” E, ao pensar nisso, começou a rir. Assim, do nada:
“Escroto pra caralho, ? Não podia ter inventado um palavrão melhorzinho, não? Mas, sério! Ele não podia ter feito isso comigo e eu acho que vou acabar tudo com ele. não confiou em mim, não falou comigo sobre o que lhe preocupava e, ainda por cima, invadiu a minha privacidade. Porque raios ele precisava ler o meu diário? Se quisesse saber algo, podia ter perguntado, oras, eu responderia!”
Quando entrou no autocarro e se sentou em um banco desgastado, percebeu que até tinha motivos para fazer o que fez. Afinal, ela não tinha sido muito fácil nesses tempos. Ele sempre tentou saber o motivo de ela estar tão mal, sozinha e deprimida. O problema era ela… Ela não o tinha deixado se aproximar… E, apesar dos seus métodos terem sido um pouco ortodoxos, ele só tinha agido assim, por estar preocupado com ela. Ao perceber que ela já o havia perdoado e que a raiva já tinha passado, clicou no botão STOP para poder descer do autocarro e ir se encontrar com . Encontrava-se perto da casa dele e podia ver que ele ainda não tinha chegado.
“Acho que já sei exatamente onde ele está! Mas, espero não ter razão… O simples pensamento de onde ele pode estar nesse instante… Ahn, não vou tirar conclusões precipitadas. E, além disso, ele me prometeu…”
tentou se distrair com as paisagens que ela ia observando enquanto voltava para o lugar de onde tinha saído há bem pouco tempo… Não tardou a chegar lá, (até parecia que o destino queria que ela visse… O que tinha para ver!) e perceber que todos os seus medos tinham se tornado realidade.
À sua frente estava um rapaz muito parecido com o : com o mesmo vestuário, cabelo, com os mesmos olhos e lábios… Mas, então porque não conseguia acreditar que aquele rapaz era o seu namorado?
Talvez, porque, ao contrário do de sempre, este estava com uma garrafa Black Label na mão esquerda e um cigarro na direita, ou, então, porque ao ver que estava lá, ele, simplesmente, sorriu para ela, lhe acenando com a garrafa.
caminhou em direção a ele, lhe retirando a garrafa da mão. Deitou o cigarro no chão, pisando em cima dele, em seguida. Ela disse:
- O que raio você está fazendo, cara? Pára de fumar! Eu pensei que você tinha mudado…
olhou para ela, interrompendo-a aos berros:
- NÃO É PRECISO VOCÊ ME DAR SERMÕES! JÁ SEI O QUE VOCÊ VAI FALAR! E, QUER SABER?! EU NÃO ME IMPORTO! PODE ACABAR COMIGO, SE QUISER! MAS, ESPERO QUE VOCÊ SAIBA QUE A CULPA NUNCA FOI MINHA! – Enquanto ele gritava, todo o restaurante ouvia e via aquela cena deplorável. - A CULPA É SUA! TOTALMENTE SUA! VOCÊ É UM LIMÃO! AMARGO E AZEDO! NEM DIZER QUE ME AMA VOCÊ CONSEGUE DIREITO! SEMPRE ASSIM, NA RETAGUARDA! NÃO CONSEGUE EXPRESSAR OS SEUS SENTIMENTOS, NEM DEIXAR NINGUÉM SER ÍNTIMO DE VOCÊ! E, ACIMA DE TUDO, VOCÊ É MUITO BURRA! EU SEMPRE TE AMEI E VOCÊ NEM DÁ IMPORTÂNCIA PARA ISSO! – tomou fôlego e, dessa vez, continuou falando um pouco mais baixo. – Eu sei o que você tem… Você tem um grave problema… E, isso, ninguém consegue curar… Não sei como fui pensar que você é perfeita! Devo estar precisando de óculos! E…
parou de falar porque ficou chocado ao observar a cena que estava à sua frente. Como seria de esperar, devia estar chorando alto, e muito, mas, como sempre, ela lhe surpreendeu. estava de pé, com a cabeça baixa e a única coisa que se podia perceber que vinha dela eram: GARGALHADAS!
Agora, ela estava rindo abertamente para toda gente ver… E, isso era muito assustador para … Se ela estivesse chorado, teria sido muito melhor. Apesar de estar bêbado, ele ainda tinha um lado sóbrio e, foi esse lado que falou mais alto quando disse:
- Ahn, eu não sei o que estou falando! Eu sou um…
não o deixou terminar:
- Sabe por que eu estou rindo? - Continuou, sem esperar pela resposta. – Porque durante todo esse tempo nunca tinha percebido o que você percebeu em meses! Eu sou mesmo muito burra! Gente... – Disse, se dirigindo a todas as pessoas que ali estavam e a ouviam. – Sabem o que vim fazer aqui? Eu voltei para esse restaurante para perdoar esse cara, por achar que aquilo que sentíamos podia superar todas as merdas que ele me fez… Mas, ao que parece você não pensa assim…
- Não é bem assim, !
- Não, não é preciso ficar com pena de mim! Afinal, sou só um limão! Tão azedo que nem vou ficar mal! Por isso, se me ver na escola, nem é preciso falar comigo… Ok?
E, sem esperar pela resposta dele, saiu dali, andando com a maior pose do mundo, deixando seu ex em um restaurante com um monte de dívidas e com várias famílias sentadas no restaurante, cheias de raiva dele.
se sentia destroçado. Tinha dito aquelas coisas, por pensar que iria acabar com ele. Mas, ainda assim, isso não era desculpa. O mal estava feito e dessa vez não haveria desculpas o bastante.
“Ah! De qualquer das formas, não vou me lembrar de nada amanhã…”
Mas, ao que parece, ele se enganou, pois todos os dias após aquele infeliz encontro, tentava falar com , mas ela o evitava. Quando estavam os dois em um mesmo espaço, ela saia correndo, dando uma desculpa esfarrapada para . Ele estava tão arrependido e, mesmo sabendo que eles já não podiam voltar, apenas queria pedir desculpas por lhe ofender e quebrar todas as promessas que ele lhe tinha feito.
estava na cantina, comendo com o resto dos McFly e com , quando veio uma menina chamada Felismina e sentou-se em cima dele, dizendo:
- E aí, fofo? Finalmente acordou para a vida e resolveu largar aquela putinha da ?
sorriu e sussurrou-lhe no ouvido:
- Sabe, você pode pensar isso dela, mas não fala assim na minha frente, por favor, gata!
- Own, fofo! Se você não gosta, eu não falo mais, pronto! Mas está afim de pegar um cineminha?
(cliquem no play da primeira música – Sorry dos Jonas Brothers)
Quando ia recusar, ele notou que tinha acabado de sair da cantina, e da onde ela estava podia muito bem ter ficado com a idéia errada…
pediu a Felismina que se levantasse, foi atrás de e nem sequer respondeu às chamadas de seus amigos para que voltasse. Ao fechar a porta da cantina, conseguiu ver em frente à porta da escola, e o seu lindo cabelo que esvoaçava… Ela estava se dirigindo para o lago que havia atrás da escola. Ele correu atrás dela. Há quantas noites ele não dormia só de pensar nela, naquilo que eles tiveram e naquilo que ele queria que eles ainda tivessem.
Quando chegou perto dela, simplesmente teve um branco e, sem saber o que falar, ficou ali, a vendo se debruçar sobre o lago e deixar duas LÁGRIMAS caírem! Ele ficou aflito, afinal, nunca chorava ou, pelo menos, ele nunca a tinha visto chorar.
Aproximou-se dela para consolá-la e arranjou força para pedir desculpas, mas notou que ele se encontrava atrás dela. Limpou rapidamente as lágrimas e olhou para ele, como se nunca tivesse sentido raiva ou ódio. De uma forma fria e calculista. Falou muito pausadamente:
- O que você quer?
Aquela era a chance pela qual tanto esperara. Bastava abrir a boca e dizer que… Que…
- Então? Se você só veio me incomodar, como sempre, pode ir embora!
Mas não tinha coragem para lhe pedir desculpas. Por ter destruído uma relação tão bonita e tudo de bom que ela tinha. A confiança, o respeito, a segurança, a amizade e o AMOR! Ele não conseguia admitir que ele, por momentos, foi o rapaz mais feliz do mundo, com a menina perfeita ao seu lado e FODEU tudo! Doía para caralho e ele não podia fazer nada!
- Bom, se você não vai, eu vou! – disse, pegando sua mochila e lhe dando as costas.
- Espera! Toma, por favor! – lhe estendeu um bilhete para o concerto que ia ter naquela tarde, no pavilhão da universidade próxima.
- Isso é para que?!
- É um bilhete para o nosso concerto, hoje, às dezoito horas… Por favor, vai!
- E porque eu iria fazer isso? – Perguntou, erguendo uma das sobrancelhas, sarcástica.
- Não sei… Eu percebo que você não tem nenhum motivo para ir a qualquer lugar em que nós estejamos, mas vai aí…
- Não me parece! – E, dizendo isto, foi embora.
Eram dezoito horas e trinta e cinco minutos, e estava fazendo cross no calçadão. Ao olhar para o relógio de pulso que ela usava, lembrou-se de pedindo que ela fosse ao tal espetáculo. Claro que ela não iria, não depois daquilo tudo que ele lhe fizera…
“Eu não vou, mas o que é tão importante que ele quer me mostrar ou dizer durante o show? Ahn, não deve ser nada de especial… Mas…”
Quando se deu por conta, estava em frente ao palco, ouvindo as músicas contagiantes dos McFly… Aiaiaiai! A curiosidade falou mais alto! Como sempre, o lugar estava lotado, mas, dessa vez, também havia rapazes sentados na bancada, ouvindo as músicas deles. Todos eles estavam super eufóricos de estarem perto das novas super-stars masculinas. Para ela não era nenhuma novidade, exceto pelo fato de que, dessa vez, subiu uma menina no palco e deu um beijo na boca de . Ele beijou-a, mas, por mais incrível que pareça, continuou tocando, como se nada fosse.
sorriu, mas resolveu ir embora. Afinal, ela tinha ido lá à toa. Preparava-se para sair quando, depois da música acabar, agarrou o microfone e disse:
- Esta tarde eu compus uma música nova. Quero dedicá-la a uma miúda muito especial, que me roubou o coração! – Disse, provocando um riso geral. – É verdade! E, bom, eu meti a pata na poça com ela, e agora acho que já não tem mais volta… Mas, mesmo assim, quero pedir desculpas… , se você estiver aqui, essa foi a melhor forma que encontrei para dizer para você: Desculpas e Adeus…
(dêem Play na 2ª música Too close for comfort)
I never meant the things I said
(Nunca quis dizer as coisas que eu disse) To make you cry can I say I'm sorry
(Para fazer você chorar, posso dizer que sinto muito?) It's hard to forget and yes I regret
(É difícil esquecer e sim, eu me arrependo) All these mistakes
(De todos esses erros)
A cada parte da música que ele cantava, se lembrava de algo.
I don't know why you're leaving me
(Eu não sei por que você está me deixando) But I know you must have your reasons
(Mas eu sei que você deve ter suas razões) There's tears in your eyes, I watch as you cry
(Há lágrimas em seus olhos, eu assisto enquanto você chora) But it's getting late
(Mas está ficando tarde)
Lembrou-se do lago, onde eles tinham discutido pela primeira vez e, que momentos antes, lhe viu chorando.
Was I invanding in on your secrets?
(Eu estava invadindo seus segredos?) Was I too close for comfort?
(Eu estava perigosamente perto?) You’re pushing me put when I wanted in
(Você está me afastando quando eu quero entrar) What was I just about to discover?
(O que eu estava a ponto de descobrir?) When I got too close for comfort
(Quando eu cheguei perigosamente perto) And driving you home
(Levando você para casa de carro) Guess I'll never know
Lembrou-se de quando ele lhe levava para casa e, de repente, lhe contou que tinha roubado o seu diário.
Remember when we scratched our names
(Lembra quando nós escrevemos nossos nomes) Into the sand and told me you loved me
(Na areia e você disse que me amava) And now that I find that you changed you mind
(E agora que descubro que você mudou de ideias) I'm lost for words
(Estou perdido nas palavras)
Recordou-se de quando eles fizeram um desvio na festa de e escreveram os seus nomes na areia, dizendo que se amavam.
And everything I feel for you
(E tudo o que eu sinto por você) I wrote down on one piece of paper
(Eu escrevi em um pedaço de papel) The one in your hand, you won't understand
(Esse na sua mão, você não entenderá) How much it hurts to let you go
(O quanto dói eu te deixar)
Was I invanding in on your secrets?
(Eu estava invadindo seus segredos?) Was I too close for comfort?
(Eu estava perigosamente perto?) You’re pushing me put when I wanted in
(Você está me afastando quando eu quero entrar) What was I just about to discover?
(O que eu estava a ponto de descobrir?) When I got too close for comfort
(Quando eu cheguei perigosamente perto) And driving you home
(Levando você para casa de carro) Guess I'll never know
Agora ele nunca irá saber como ela teria reagido caso dissesse o que pensava sobre a antipatia dela.
All this time you've been telling me lies
(Todo esse tempo você esteve me dizendo mentiras) Hidden in bags that are under your eyes
(Escondidas em bolsas que estão debaixo dos seus olhos) And when I asked you I knew I was right
(E quando eu te perguntei, eu sabia que estava certo)
Lembrou-se de que havia tentado descobrir o que lhe preocupava, mas ela nunca havia deixado ele perceber, mentindo incontáveis vezes.
But if you turn it back on me now
(Mas se você descontar em mim agora) When I need you most but you chose
(Quando eu mais preciso de você) Let me down, down, down…
(Mas você só me desaponta, desaponta...) Won’t you think about what you're about
(Você não vai pensar sobre o que está prestes) To do to me and back down?
(a fazer comigo e voltar atrás?)
Ela soube que ele havia voltado a beber… E precisava dela, mas não podia continuar com um relacionamento em que ela se sentia mal vista, injustiçada e traída.
Was I invanding in on your secrets?
(Eu estava invadindo seus segredos?) Was I too close for comfort?
(Eu estava perigosamente perto?) You’re pushing me out when I wanted in
(Você está me afastando quando eu quero entrar) What was I just about to discover?
(O que eu estava a ponto de descobrir?) You’re pushing me put when I wanted in
(Você está me afastando quando eu quero entrar)
(Yeah yeah)
Pensou no que ele poderia ter descoberto caso ele tivesse lido o seu diário…
Was I invanding in on your secrets?
(Eu estava invadindo seus segredos?) Was I too close for comfort?
(Eu estava perigosamente perto?) You’re pushing me out when I wanted in
(Você está me afastando quando eu quero entrar) What was I just about to discover?
(O que eu estava a ponto de descobrir?) When I got too close for comfort
(Quando eu cheguei perigosamente perto) And driving you home
(Levando você para casa de carro) Guess I'll never know
Todos ali presentes batiam palmas de uma forma ruidosa. Todos menos uma menina que estava em frente ao palco, cabisbaixa. não conseguia mais controlar as lágrimas que, agora, escorriam livremente pela sua face. Ela havia perdido muita coisa… A amizade de e o seu amor. Mas, por mais que tentasse, ela nunca iria conseguir perdoá-lo. Até que havia tentado, mas quando lhe via na escola (fosse na cantina; na biblioteca ou na sala de aula) a única coisa que conseguia se lembrar eram as palavras que ele lhe tinha dito. E aquilo lhe afetou tanto porque, apesar de tudo, tinha razão e ela não podia fazer nada em relação a isso…
Pensou em falar com ele e dizer que ela lhe desculpava, mas viu que não ia conseguir… Era uma música muito linda! E ela não ia conseguir… Naquele dia não. Talvez no dia seguinte, ou no outro a seguir a esse, mas naquele dia, não. Dirigiu-se para casa com a melodia na cabeça. You’re pushing me out, when I wanted in…
“Eu podia tentar algo com ele outra vez… Dar-lhe mais uma chance, mas não ia resultar. Afinal, dizem que um bêbado diz e faz aquilo que não tem coragem de dizer ou fazer quando sóbrio. E já imaginou só? Sempre que ele perguntasse algo como: Onde você estava? ou O que você estava fazendo, amor?, iria ficar pensando que ele está me controlando… Iríamos brigar a toda hora… Assim é melhor… E, depois, ele tem aquela tal de Constantina ou Felispina… Ahn, sei lá o nome daquela vagabunda! Eu tenho a que, apesar de estar um pouco distante, continua sendo minha única amiga… Agora eu só quero esquecer…”
Ao chegar em casa, foi para o seu quarto, sem nem falar com seus pais, que já nem ligavam para a sua falta de educação, e, antes de ir escrever no seu diário, foi navegar na internet.
Entrou no MSN e estavam apenas duas pessoas online: a e o …
“Que porra é essa? Oh, por amor de Deus! Tudo menos isso!”
iniciou uma conversa com :
: Oi gata!
: Oi amiga! Você está desaparecida! ;)
: Realmente… Então, está falando com o ?
: OOOO nem tinha reparado que ele tava online… Vou incluir ele na conversa…
: Não faz isso… foi adicionado à conversação.
: Tarde demais! Oi, ! Ainda está se embebedando com seus amigos?
: Oi! Claro que não… Se não, não respondia, sua anta….
: Ok…
: Menina... ENCONTREI UMA FOTO DO ZAC EFRON TOTALMENTE NU!
: SÉRIO?! UAU! Me passa… Tipo, AGORA!
: Vão se foder!
: Credo!
: Eu tenho aqui… (suspense)… a VAGINA DA Britney Spears! Isso sim, é uma boa imagem… LOL!
: Que interessante! :S
: Yap! Claro… Ninguém queria saber…
: Pelo menos não sou viciado em “instrumentos” de celebridades….
: Ahn mas, eu só gosto de alguns como o do Zac Efron, né amiga?
: Anormal!
: O quê? você queria que eu dissesse que gosto do seu?
: OOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! Cagou na sua cabeça!
: não preciso que “coisas” feias gostem do meu instrumento…
: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Matou Você, ! Lol
: Eu acho que você precisa! pára com isso…
: Eu gosto do seu! Ahahahahahhahah
: Eu sei que você gosta… Mas nunca viu! Pode ter feito outras coisas… Mas nunca viu…
: Vi sim Senhor! Está aqui na net! No site: vaginafeia.com.br
: OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!
: E o seu no penispequeno.com.br! Pára com isso, !
: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Gente vocês tão pegando pesado!
: Pode ser pequeno, mas não é feio…
: Preferível ser feio e ter serventia… Do que ser lindo e não servir para nada!
: OOOOOOOOOAAAAAAAAAAAA! Estou tendo um ataque de riso.
: Pelo menos dá para apreciar…
: Não… Não dá para apreciar de tão pequeno que é…
: Xiii, , está lixado! Ahaahahhahahahahahahaha
: Sério? Se bem me lembro você gostou daquela vez…
: UIUIUIIUIIUII!
: Desculpe, mas eu só gosto de coisas que consigo ver!
: Oh shit! Cara isso doeu!
: Você veio me implorar para ver o meu instrumento pequeno…
: Correção: instrumento microscópico
: FIXE! Sou o prof. Da pila microscópica
: Você tem a certeza? Acho que você é mais o aluno!
: OOOOOOOOO, por favor, parem! Hahahahhhh
: A sério, vagina feia?
: Você sabe uma coisa?
: Claro que não… Você ainda não me disse…
: Vai te foder, dude!
: Podia responder a isso, mas já cansei de bater boca por hoje! Vou jantar e depois continuamos a discutir… FUI! abandonou a conversação.
: Eu também vou sair… Tenho que escrever no meu diário…
: Beijos e tchau!
estava tão contente e animada… Ao presenciar uma discussão entre e , parecia que eles tinham voltado atrás no tempo e que continuavam os mesmos até há um ano.
Mas, ao desligar o computador, voltou a se sentir vazia e destruída por dentro… A melancolia ali presente lhe levou a escrever em seu diário: Querido diário, há muito tempo, alguém disse que: mais vale amar e perder do que nunca ter amado! Essa pessoa era muito ESTÚPIDA! Pois eu faria de tudo para esquecer tudo aquilo que perdi e que nunca mais vou ter! Preferia nunca ter me apaixonado pelo , assim não estaria sofrendo que nem uma porca no talho. Dói muito, sabe? (Claro que não sabe! Você é um caderno!) … Eu não sei o que fazer para parar… Só quero estar bem outra vez, como há um ano. Quero minha vida de volta! A minha popularidade, o meu melhor amigo, o meu namorado e a atenção da minha best friend! Quero tudo! Porque raio Deus parece tão determinado em me fazer infeliz?! Sabe uma coisa? Vá-se foder Deus! Você já não pode me fazer mais nada de mal! As coisas não podem ficar piores! Eu… - enquanto escrevia, acabou pegando no sono, outra vez.
Sua mãe, uma mulher tão linda como ela, entrou no quarto muito devagarzinho e cobriu-lhe com uma manta:
- Ah, filha! Te amo muito! Sei que você está passando por uma fase dificil e, como não fala conosco, tente resolver os seus problemas sozinha… Tudo vai ficar bem… E, se precisar, eu estou aqui!
Após sussurrar-lhe palavras que nunca ouvirá, ela saiu do quarto da sua única filha, a deixando num sono profundo e mais tranqüilo do que a realidade.
Se soubesse o quanto estava enganada, não quereria acordar nunca mais… Afinal, as coisas sempre podem ficar piores! … Muito piores!
O alarme tocou e, como sempre, amaldiçoou o ser que o inventou. Levantou-se e teve um calafrio estranho no corpo inteiro… Apressou-se em se cobrir de novo com a manta que ela não se lembrava de ter pegado. Mas, passado cinco minutos, teve a necessidade de se levantar para se lavar.
“Hoje o dia será melhor! Eu farei com que seja melhor! Vou falar com e fazer com que a nossa amizade tenha novamente sentido…”
- Como me irei me vestir? Hum… - Murmurou enquanto vasculhava o seu pequeno e desarrumado armário. – Ah! Já sei! Vou levar um short branco com cintura alta e uma blusa violeta com desenhos abstratos. E, para finalizar, óculos Dolce&Gabanna; duas pulseiras pretas e meu All Star violeta. Com uma combinação tão alegre, espero que o meu dia também seja assim.
A caminho da escola, viu (o que era muito estranho, porque a casa dela ficava do outro lado da cidade) ao longe e resolveu se aproximar dela por trás, para depois a assustar. Mas, depressa, se escondeu por detrás de um pinheiro, porque a Janina tinha acabado de descer do prédio que estava mesmo a seu lado… Com que então tinha ido buscar sua nova amiga em casa? Ela nunca fazia isso com …
Ela resolveu segui-las em silêncio para saber do que falavam.
- Então, o que você fez ontem? – Perguntou .
- Fui ao concerto do seu namorado… - Brincou Janina.
- Realmente, é o melhor… Em tudo… Mesmo!
- Ui! Já deu para saber o que você fez ontem, pervertida! - Ambas riram. – Com quem foi dessa vez?
- Com um ex da … O garoto é muito lindo, mas não é nada bom na cama!
- Então porquê que você não volta a transar com o ? Já o fizeram duas vezes… Três não seria problema…
- Ahn, por mim até que poderíamos ficar na “marmelada” sete dias por semana, mas ele ficou cheio de peso na consciência depois da nossa segunda vez… - engrossou a voz, imitando - Não quero fazer mais isso com a … Ela não merece!
- Essa , hein? Eu não sei como você… - Janina ia comentar algo quando foi interrompida por um rapaz a quem desconhecia…
Ela estava chocada com o modo como sua amiga estava falando… Nem parecia ela… Por momentos ficou com medo… Será que não era aquilo que aparentava? O simples pensamento a assustou. resolveu vigiá-la durante esse dia. E, além disso, por que ela não havia lhe contado que eles tinham voltado a transar?
No intervalo, após a quinta aula, foi falar com :
- Tudo bem?
deu um sorriso amarelo, que agora via como fingido e disse:
- Estou bem e você?
- Não muito bem! Sabe... Eu e acabamos…
- Sério? Por quê? – Disse parecendo de repente “demasiado” animada.
resumiu os últimos acontecimentos e acrescentou:
- Foi muito doloroso, mas estou tentando não pensar nisso…
- Porquê que você não me contou tudo ontem?
- Porque você pôs na conversa, como é óbvio!
- Você é tão esquisita! Ele não vai ficar sabendo mais tarde ou mais cedo?!
- Não vai ser por mim! Mas eu não preciso nem de ’s, nem de ’s porque eu tenho você, não é amiga?
- Sim, claro!
abaixou o tom de voz e disse:
- Você sabe que pode contar sempre comigo, mas eu espero que você nunca…. Mas nunca mesmo, pense em trair-me, ok? Se não… Bom, isso nunca vai acontecer….
, surpresa, ergueu as sobrancelhas e acrescentou:
- Claro que não! Mas falamos depois, que eu tenho Inglês agora…
- Sorte a sua! Eu tenho Matemática… Então depois nos falamos… Beijos! – Despediu-se de forma amigável, no seu tom de voz normal.
- Beijos! – se despediu.
Durante a aula de Inglês, só conseguia pensar no que havia lhe dito…
“O que será que aquela gaja queria dizer com aquilo? E, ainda por cima, ousou ameaçar-me?! Ai, , você está lixada comigo! Quando sair dessa merda de aula vou falar com a Janina e já vou pôr ordem nessa casa…”
Mal o sinal tinha tocado, e já estava fora da sala, no pátio central, em frente dos corredores de recreio, encostada numa árvore à espera de Janina. Quando avistou a sua cúmplice, a chamou depressa.
- O que se passa? Você não tinha dito que tínhamos de falar muito pouco para que as pessoas não começassem a desconfiar?
- Sim, mas… A cabra da acabou de me chantagear… Então fiquei pensando se você não tinha deixado escapar alguma coisa…
- Claro que não… Você acha que sou o quê? Além disso, eu e nunca nos falamos…
ponderou por uns instantes e resolveu acreditar em sua cúmplice.
- nunca pode se quer desconfiar que fui eu que lhe pus contra !
- Sim… Já imaginou se ela descobrisse que fomos nós duas que acessamos ao celular de e espalhamos mentiras sobre ela e que depois fomos também contar mentiras sobre ela à mesma… - Janina gargalhou um pouco, para depois acrescentar. - Você se lembra daquela vez? Aquela que eu fui perguntar à se era verdade que ela já tinha feito sexo com trinta rapazes do liceu e, claro, disse que quem me tinha contado isso tinha sido a .
- Claro que lembro! Bons e velhos tempos… - Disse , entrando na brincadeira.
-… Que não voltam mais… E, isso tudo, só para acabar com a sua popularidade que começava a ser gigantesca…
- Claro que não foi só por causa disso! Eu tava super aborrecida naquele dia, então resolvi fazer estragos… E eu nunca gostei dela. Desde a primeira vez que a vi pensei: miúda metida à besta, essa aí hein? Anda sempre com o nariz empinado!
- Ainda por cima, com todos os rapazes que existem nesse liceu ela tinha de ir tentar ficar amiga do único por quem você sempre teve tesão… O ! – Janina acrescentou, fazendo cara de chocada.
- Viu só como você entendeu os meus motivos?! Sabe, eu vi logo que tinha inveja de mim… Assim, - Estalou os dedos. - Que me viu, criou uma sina comigo… Eu só tratei de lhe virar os olhos para outro lugar…
- Mas sabe?! Depois de todas essas merdas que fizéssemos juntas, tenho uma pergunta para você: nunca ficou com peso na consciência? – Perguntou, começando a sentir remorso. - Por ter estragado a vida de uma menina que você nem conhecia direito?
– Ahn… Me deixa pensar… - Fez uma cara pensativa para depois acrescentar. - Está me zoando, não é? – gozou, começando a gargalhar feito aquelas bruxas de animes. - Porque haveria de ficar com peso na consciência? não é nenhuma santa! Ela soube que eu transei com o , que agora está comprometido, e não fez nada para que isso não se repetisse e acho que ela nem contou para ninguém… Ok, eu também fiz um pouco de psicologia inversa com ela, mas se fosse uma boa pessoa, isso não a teria afetado… - Admitiu, encolhendo os ombros, como se explicasse uma coisa tão óbvia e simples como 1+1=2. - E, depois, ela já não ia com a cara da . Porque quando nós começamos encher a cabeça dela com um monte de minhocas, ela se quer questionou que podíamos estar mentido e que era apenas mais um peão no meu tabuleiro de xadrez… O mais engraçado é que não foi da mesma forma com a … Você se lembra como foi trabalhoso pôr contra ? Ô menina metida! Queria sempre ter a certeza daquilo que eu lhe falava… Nunca acreditava na hora, sempre exigindo provas… Ainda bem que resolvemos isso também… Mas, respondendo à sua pergunta: não, não tenho nem um pouco de peso na consciência!
- , às vezes até tenho medo de você…
- Isso é bom, Janina… O medo impede de fazermos coisas que não queremos, o medo impõe respeito, o medo mostra quem somos de verdade … E, isso é muito bom! Mas, (e te digo isso para você não ficar pensando que eu sou má) até que tenho pena da … Ela acabou com o porque ele lhe xingou e leu o seu diário…
- Hey! Diário esse que eu comentei, por acaso, com ele, que ela tinha comprado…
- E como exatamente você descobriu, primeiro que eu, que ela tinha um diário?
- Ahn, muito simples… Um dia, estava passeando e passei em frente à casa dela e a pude ver entrar “pensando alto” sobre aquele caderninho, dizendo que iria escrever nele todos os seus segredos patéticos… Como tinha reparado que e não se falavam há muito tempo, resolvi contar a ele que ela tinha um diário… Sabia que ele não ia resistir e ia acabar lendo…
- Foi uma boa jogada! Mas deixou alguma prova por aí?
- Claro que não… Está me estranhando?
- Espero mesmo que não. Bom, tenho de ir… Vou para a aula agora e, mais tarde, passo na casa de para tirar aquelas duvidazinhas que ela tem em sua cabeça…
desencostou-se da árvore e, com o gesto, reparou que estava alguém atrás dela… Virou-se para atirar pedras à pessoa que aparecesse, mas, de repente, já não estava lá ninguém…
- Quem está aí? Porra, Janina…. Você não notou que estava alguém atrás de mim, escondido nos arbustos?
- Claro que não… Ninguém estava aqui… Você está ficando paranóica…
- Se calhar, foi impressão minha… Mas, de qualquer das formas, vamos parar de nos falar na escola…
- Já havíamos decidido isso… Mas ok!
Querido diário… A vida está uma merda e, aí PRONTO… Você morre! Ya, quem me dera ser tão sortuda… Sabe, hoje realmente pensei em simplesmente resolver os meus problemas da maneira mais fácil… Afinal, existem tantas formas… Até fica parecendo que estou lendo o cardápio de um restaurante, esperando para ver a forma mais agradável… Temos veneno de rato; cordas à volta do pescoço; afogamento; salto de um prédio; corte profundo n pulso; enfim…
Supostamente, não devia pensar nessas merdas, mas dói saber que não posso contar com ninguém… Que tudo o que vivi até agora foi uma ilusão… Que difamei uma garota inocente, por descrença… Não consigo sequer viver comigo mesma ao pensar nisso…
Está tão silencioso nesse momento que ouço as batidas do meu coração. Quero chorar. Preciso chorar, mas não consigo.
resolveu parar de escrever um pouco e entrou em um site na internet que ela, anteriormente, tinha guardado nos favoritos. Era um site com frases de sábios como: Ghandi; Madre Teresa de Calcutá; Einstein; etc. Ela começou a ler as frases escritas a baixo e se surpreendeu… Pois parecia que elas tinham sido postas principalmente para ela. “O inimigo mais terrível é aquele que já foi nosso amigo, pois conhece as nossas fraquezas.” “Sonhos são para serem sonhados, pesadelos para serem vividos” “Se o meu sorriso mostrasse o fundo de minha alma muitas pessoas ao me verem sorrindo chorariam comigo.”
E, lá em baixo, no fim do site, estava uma frase com a qual vos deixo agora: A única coisa capaz de curar a tristeza é a ação, pois a vingança se serve num prato frio…
- A traição da não vai ficar assim…
Capítulo 9 – Toda a verdade! (gente neste capítulo vai acontecer uma coisinha então vou-vos dar a opção de porem a música original a carregar Misery Business - Paramore ou então um cover dela, porque assim fica mais realista, caso escolham a 2ª opção!)
Nos dias que se seguiram, tomou a decisão de fingir continuar amiga de . Ela havia percebido que para concretizar a sua, tão desejada, vingança teria de ter provas das putarias de … Portanto, para não levantar suspeitas, a convidou para irem ao shopping, como duas amigas - “normais”- fariam.
Percorreram os corredores largos e imponentes do shopping em silêncio. Quem passava por elas duas as olhava de soslaio, pois , que tinha uns óculos caríssimos da Ray-Ban, estava carregada de compras até aos cabelos e, em comparação a sua acompanhante, não tinha nem uma única sacola. Entraram em todas as lojas, mas até então não vira nada digno de atenção. Até que, ao passarem por uma vitrina de uma loja que ficava ao pé da saída, ela viu um conjunto de brincos e colar super-lindos. Os brincos compostos por três camadas: uma rosa; outra prateada e outra branca. E, o colar rosa era de fuxico e tinha também umas flores lindíssimas! Ambos eram tão delicados e reluzentes! tinha simplesmente se apaixonado pelo conjunto e se preparava para entrar na loja para comprá-lo, quando viu o preço… Era o dobro daquilo que ela tinha trazido na carteira! E era o último par que ali estava!
pode observar o desanimo na cara da sua “amiga” e sugeriu-lhe que reservassem então o conjunto. Assim ninguém iria comprá-lo além dela.
, surpresa com a sugestão da víbora a seu lado, aceitou o seu conselho. Entrou na loja e pediu que guardassem o conjunto, pois ela iria buscá-lo amanhã. A senhorita que estava no balcão sorriu-lhe e assegurou-lhe que guardaria o conjunto com o prazo limite de dois dias. concordou e, toda contente da vida, apressou-se a despedir da , a deixando no shopping e a dirigir-se para casa a pé.
Achara muito esquisito o facto de se estar a comportar com uma “amiga” de verdade ou talvez fosse só a sua imaginação… Afinal, ela não sabia que sabia que ela é uma Cabra falsa!
Após rever os detalhes do seu plano infalível, adormeceu pensando nos brincos e colar que iria comprar amanhã depois das aulas.
Ela estava admirada consigo pelo facto de ter conseguido fingir tão bem como a . Por mais que não quisesse admitir, ela ainda esperava que de repente aparecessem aqueles caras da televisão e gritassem: PEGADINHA!
Queria que tudo isto não se tivesse passado de uma brincadeira de mau gosto ou de um pesadelo… Mas o pior de um pesadelo é quando se acorda e descobre-se que tudo aquilo que se sonhou era verdade!
E estava passando por isso desde o dia em que havia descoberto que sua melhor amiga, a sua companheira em momentos difíceis; o seu amparo era nada mais nada menos do que a cobra no jardim do Éden! Ela havia comido e gostado da maçã e agora fora expulsa do Paraíso… Mas o lado positivo de um pesadelo é que não se pode tê-lo duas vezes da mesma forma!
Ao acordar, se sentiu renovada e bem-disposta. Após fazer a sua higiene matinal, se vestir e comer, se dirigiu à escola, onde pode ver um grande alvoroço ao chegar lá. Muitas meninas rodeavam uma outra que se encontrava no meio que, por sua vez, ia fazendo poses teatrais para que suas colegas a pudessem admirar.
- Mas é a ! – se admirou. Depois de a observar, ela percebeu o porquê de tanta balbúrdia. estava muito bonita. O cabelo estava deveras arranjado e para lhe ornamentar ainda mais tinha em sua posse um conjunto de jóias muito bonito que parecia muito familiar a …
- Puta que pariu! Essa miúda é incrível! – Ao pronunciar isto, caminhou em direcção a e, a puxou pelo braço, a tirando do círculo, fazendo com que elas ficassem isoladas dos olhares coscuvilheiros.
Tudo fazia sentido agora, ela queria que reservassem as jóias em conjunto para ELA poder também se apropriar delas!
simplesmente a olhou furibunda até que, finalmente falou:
- Então gostou do meu conjunto de bijutaria novo? Comprei naquela loja que você reservou o seu…
- Tá de gozação comigo? – gritou, apertando seu braço com força
- Ai você tá me machucando, cara! Me larga! – Começando a fazer escândalo.
- Sua cabra! Não vou cair nos seus jogos duas vezes! – E, com isso deu uma BOFETADA na sensível e grotesca cara de !
Por um momento pensou ter um visto um pequeno sorriso formar-se nos cantos dos lábios da vaca. Mas, não podia ser, visto que ela estava a sangrar excessivamente pelos mesmos.
Ela começou a gritar de uma forma agoniante e, à medida que muita gente se ia aproximando, ela dizia:
- , por que que você está se comportando assim? Eu sei que eu não devia ter saído com o seu ex, mas vocês já não tinham nada… Há mais de 3 anos… Por favor, pare de me bater!
, ao ouvir isso ficou completamente paralizada por alguns segundos…
“Como é que aquela cabra tem a coragem de fingir dessa forma? Na minha cara?” E, de repente, percebeu! há muito que havia descoberto que ela sabia de tudo! E, agora fazia de tudo para virar todo mundo, “novamente” contra ela…
Automaticamente levantou a mão para lhe pregar outra bofetada naquela cara imunda quando, apareceu à sua frente, agarrou no seu braço e, mandou:
- Pára, ! Agora!
- Você só pode estar de muita GOZAÇÃO comigo! Tá defendendo a ?!
- Não é preciso violência para o que quer que seja que vocês estão resolvendo… - disse tentando a apaziguar.
não conseguiu se conter e gargalhou com toda a força que conseguiu:
- Own sim, tinha-me esquecido… Ela é a sua Cabra Privada, né? Quantas vezes transaram depois daquele dia? Me diga! – Exclamou, pondo a mão em forma de concha ao lado da orelha direita, como se ele estivesse prestes a contar um segredo
Todo o mundo que rodeava e, a defendia olhavam, agora, para ela de uma forma suplicante como, que esperando que ela desmentisse . E, foi o que ela fez quando viu que não o ia fazer:
- Por que está mentindo dessa forma? Todo o liceu já sabe do que você é capaz… Só eu fui muito burra para acreditar naquilo que os meus olhos há muito me queriam mostrar. – Fez uma pausa teatral, para poder observar o estrago que ela causou com as suas palavras – Primeiro, foram as histórias que andou espalhando de toda a gente; agora, como isso não funcionou está tentando estragar a reputação do Mcfly? Saiba que isso não vai funcionar!
Podia- se ouvir um conjunto de 'é verdade!'; 'estamos com você, !'; 'mata aquela cabra'... se sentiu impotente devido àquelas afirmações. Olhou para , tinha um olhor de desprezo (o sacana, além de mentir olhava para ela daquele jeito?); , estava com um olhar desiludido; estava desanimado e, quando olhou para viu incredulidade… Todos aqueles que ela acreditava serem seus amigos a tinham abandonado por causa dessa vaca!
Desesperada, tentou bater mais uma vez, mas se intrometeu e ela pode, pela primeira vez, o ver de uma forma agressiva. Isso era mau. Muito mau. Afinal, ele sempre fora o miúdo que brinca com todas as situações e pessoas, mas agora a encarava de uma forma um tanto quanto demoníaca. Ele afirmou em seguida:
- Se você encostar mais um dedo nela… Você vai-se ver comigo! Desiste sua VACA!
E, como se fosse o coro de uma igreja todos atrás de repetiram 'vaca' vezes e vezes sem conta.
Mas de todas as coisas aquela que mais a chocou foi ver correndo dali o mais depressa possível, com lágrimas nos olhos.
se limitou a erguer ambas as mãos acima dos ombros, como sinal de paz, e a seguir pelo caminho por onde tinha visto sua “inimiga” enveredar. Sentia-se chocada, mas sabia que só iria conseguir pensar nisso com mais clareza logo à noite, quando estivesse a chorar na sua almofada.
Afastou-se, mas antes lançou um olhar compreensivo e desiludido a . Podia não fazer muito sentido, mas já fora melhor amiga de e sabia como ele pensava. Podia ter todos os defeitos do mundo, mas ele não gostava de magoar as pessoas. As alternativas eram:
1) Mentir e dizer que nunca encostara um dedo em , para assim não perder a sua namorada nem manchar a reputação da banda.
ou
2) Afirmar que tudo o que dissera era verdade; fazer as pazes com ela e desmentir a cabra privada.
Avistou momentos depois e, quando se preparava para falar com ela, lembrou-se de que elas eram inimigas até há poucos minutos. Nunca haviam falado de forma educada antes. Mas, mesmo assim, percebeu que deveria conversar com ela nesse momento triste porque, de qualquer forma, ela fora em parte culpada pelo sofrimento dessa miúda à sua frente.
Pigarreou para anunciar a sua presença fazendo com que estremecesse um pouco e suspirasse:
- Sai daqui, cara! Não sei se percebeu, mas eu não quero falar com você, nesse momento!
- Hum… , eu sei que você não quer ser incomodada, mas… hum… gostaria de falar com você…
, surpresa com a voz que lhe respondeu, se levantou rapidamente, limpou as lágrimas e disse:
- Saia daqui… Não quero falar com você!
- , sairei, mas só quando acabar de falar tudo o que tenho para te dizer…
- Não vou ouvir… - disse ela pondo os dedos indicadores em cada orelha e começando a cantarolar.
não pode deixar de reprimir um sorriso. Que miúda mais esquisita!
- Eu sei que você me consegue ouvir… Bom, só queria te pedir desculpas! – parou de cantarolar, embora ainda estivesse com os dedos nas orelhas e olhasse para um ponto distante acima de – me disse coisas sobre você e eu como não ia com a sua cara acreditei logo! Fiz com que meus amigos não falassem com você e, quando enfim, começou namorando você… Fiquei PUTA da vida! Só queria te ver dar muito mal e te ver sofrer como você me fez sofrer… E, quando te traiu na festa da , bem… Não sabia o que fazer! fez pressão sobre mim dizendo que ela era minha melhor amiga e você não… Talvez esteja sendo injusta, porque eu não te queria contar mesmo… Apesar de ser errado…
retirou os dedos dos ouvidos e murmurou:
- Então é verdade! Quer dizer, eu soube… que era verdade logo, quando olhou para mim… Mas o que mais me doeu foi o fato de eu ter descoberto em conjunto com cerca de mil pessoas!
-Não se preocupe, todas - e, fez questão de frisar essa palavra - elas pensam que a CABRA sou eu!
- Sabe, sempre desconfiei da , mas quando você começo... Enfim, me tratando mal, comecei achando que ela tinha razão... Por isso me desculpe também! Julguei você sem ter provas.
- Eu... - de repente se sentiu admirada pelo facto de ela ter acreditado tão depressa nela. – Como você sabe que eu estou falando a verdade?
sorriu e depois respondeu:
- Não sei. Ao contrário de você, eu sempre tive um bom feeling em relação a você. - disse isso num tom sincero - Mas, ao que parece nem todos estão se sentindo dessa forma. Como vai fazer para recuperar a sua popularidade? Coisa que, convenhamos, a não devia a ter retirado em primeiro lugar.
avaliou a situação e, pensando que já bastava estar desconfiada de todo o mundo, resolveu contar o seu plano à sua recente companheira, se é que lhe podia chamar disso.
Depois de muitos: ah’s e oh’s, finalmente gesticulou um:
- Porra!
- Então topa me ajudar?
- Porra! – Voltou a exclamar.
- Só isso que você vai dizer?
aguardou um momento para ela se recompor, afinal, eram muitos acontecimentos para ela absorver. se descontraiu e simultaneamente anuiu.
- Claro que aceito! Quer dizer, essa gaja já nos fez muita merda. Não podemos consentir que isso continue assim. Mas que tal roubarmos o diário dela e espalharmos os segredos que nele constam?
- Não... Isso não seria mau o suficiente e, além disso, ela não tem nenhum diário. Pelo menos é o que eu acho. Bom, - disse batendo palmas - já que você aceitou me ajudar... Obrigada! Vamos começar imediatamente! Mas antes... – hesitou. Pensara em lhe perguntar como se estava a sentir, mas isso era cruel e escusado. Ela havia acabado de descobrir da pior forma possível que o cara por quem ela está completamente apaixonada lhe tinha traído com a miúda que ela considerava amiga próxima. Então ela devia estar de rastos... - quer ir ao shopping?
ergueu ambas as sobrancelhas como se desconfiasse da pergunta de , mas acabou por recusar dizendo que elas deviam continuar mantendo as aparências de inimigas mortais. Seguiram caminhos opostos não deixando qualquer rasto daquela conversa.
Ao se separarem, começou imediatamente a pôr o plano em prática. Por momentos, parou onde estava para averiguar todos os pormenores do plano que a acabara de contar. E, após decidir o que devia fazer primeiro, foi confrontar o seu ex-namorado. .
Teve que andar por um bocado para o poder encontrar e aquela havia sido uma busca deveras incómoda. Por que, por onde ela passava, pessoas a olhavam com olhar de pena.
Sabe aqueles olhares que apenas querem dizer: “Ai, coitada da cornuda!”? Pois! Era aquele tipo de olhar que estavam constantemente lançando a .
Avistou a alguns metros de distância sentado em cima do muro da escola com aquela pose de fodão mal comido que, não era muito característico dele e isso a irritou.
Aproximou-se dele de uma forma lenta e teatral. Os Mcfly olharam timidamente para ela. percebeu que com aquele olhar queriam dizer muitas coisas ao mesmo tempo: “não sabia de nada!” e “me desculpe!” Afastaram-se instantaneamente dela, pressentindo que a conversa devia ser privada.
Ela não teve de se incomodar em chamar o , pois ele se levantou automaticamente e dirigiu-se a ela:
- ... Calculei que quisesse ficar sozinha por isso, não fui atrás de você... - disse apologeticamente. Como se isso fosse resolver tudo.
- Você é uma merda, . - acusou.
- Eu sei! – Interrompeu ele.
- E a gente já não pode ficar junto... - continuou.
- Eu sei isso também, mas... Estou te implorando aqui, me dá uma nova chance. Você foi a menina que eu mais gostei desde... Sei lá... SEMPRE!
- Se você gostasse tanto de mim assim, não me teria traído.
- Eu estava bêbado.
- Não há desculpa para isso... - cortou amargamente.
- Também sei disso. Só estou tentando te explicar que não estava em mim quando isso aconteceu.
- Sabe que dizem que um bêbado só faz coisas que gostaria de fazer quando não tem coragem em sóbrio? – acusou.
- Isso não é verdade! Pelo menos comigo! Nunca te trairia com ninguém e muito menos com a se estivesse sóbrio! E nunca senti qualquer tipo de atracão pela...
- Você me magoou imenso...
- Eu sei! E vou fazer tudo ao meu alcance para te recompensar...
- Também sei disso... E, por agora, gostava de cobrar um favor seu...
sequer hesitou quando aceitou. Ele estava surpreso em relação à sua ex-namorada. Esperava que ela estivesse minimamente triste com todos esses acontecimentos. Mas, se calhar, ele seria o único que sentiria falta de tudo aquilo porque passaram. E foi nisto que ele ficou a pensar enquanto ouvia o plano que veio a saber mais tarde que fora elaborado pela . Quando ouviu o nome dela, lhe perguntou pasmado:
- Você vai mesmo ajudar a ? Não eram inimigas ou algo assim?
- Não somos amantes também! Mas resolvemos fazer as pazes por um bem maior. Vingarmo-nos dessa víbora da !
- Então, ela é a culpada?
- Claro que sim! Nem sei como você não percebeu! Mas, ya, continuando... Tenho a sua ajuda e do Mcfly também?
- Sim. Pode ser... Mas, , eu... - seguidamente à confirmação, quis acrescentar algo ao seu pedido de desculpa, mas ela não o deixou, indo depressa embora.
Logo que ela se foi embora, voltou a subir para cima do muro cabisbaixo. À medida que ia subindo, reparou num vulto por detrás dele. Içou-se para cima do muro e, surpreendeu-se ao ver outra vez ali especada. Sem esperar por mais do que a expressão surpresa na cara dele, ela declarou:
- Saiba que vou continuar te ajudando com sua mãe. E, que ainda gosto imenso de você. Pode até não parecer... - vacilou - Sabe, eu, ao contrário de muitas meninas, conseguiria perdoar a sua traição... Só não consigo perdoar a sua falta de confiança em relação a mim. Digamos que preciso de um tempo. E, depois disso se... aham – tossicou - se, você ainda quiser estar comigo a gente se fala. Mas me reponde essa pergunta, me dizendo apenas sim ou não, por favor: eu fui só mais uma? Quer dizer você alguma vez gostou de mim?
-, não faz isso comigo. Menina, eu deixei de falar com a minha melhor amiga por caus...
- Me responde apenas: sim ou não?
- Sim, eu sempre gost...
E, sem mais prolongas, ela girou sobre os seus calcanhares e saiu andando de forma grandiosa pelos enormes e prateados portões da escola. Desviou-se do canteiro de túlipas amarelas que estava ao lado de alguns dos seus colegas. Agora percebera que todas aquelas meninas que sempre haviam desejado ser como ela, nunca haviam sido suas amigas. Eram apenas vadias sanguessugas que, após chuparem tudo o que precisam, descartam a pessoa como quem deita uma pastilha elástica para o chão.
Quando atravessou os portões encaminhou-se para o Starbucks mais próximo através do carreiro ao lado da escola. Ao avistar o resto dos membros dos Mcfly, não conseguiu suster as lágrimas, pois surgiu-lhe no pensamento a ideia de que talvez sempre soubera da traição de e não lhe contara. Apressou o passo através da encosta íngreme, o que era um pouco difícil visto que ela tinha calçado umas sabrinas rasas e muito delicadas.
avançou em direcção a ela, mas não deixou, começando a correr. Não lhe apetecia falar. Será que ninguém percebia que ela havia terminado o namoro mais sério da vida dela e precisava de uma pausa? Que merda!
Que desilusão! Sério, não queria estar no lugar da . Quer dizer, foi com que ela perdeu a sua virgindade, se entregou de corpo e alma a um rapaz que sempre tivera uma fama de GALINHA (mulherengo de gaita)! Ele sempre lhe parecera um cara legal e ela se encantou por ele... Começou a sentir calor quando ele chegava perto. Apesar de lhe dar pena, ela tinha adorado o facto de lhe ver chorar com o fato de Batman. Tinha adorado o fato de ele lhe ter escolhido em vez da sua melhor amiga de sempre. Tinha amado o fato de ele ter mandado um beijo, enquanto atuava, apesar do grupo ter decidido que eles deviam ignorar suas namoradas. Havia amado todos os momentos com ele e, odiaria todos aqueles, a partir de agora, sem ele.
Mas o tempo é o único fator que pode curar um coração partido. Só que, por vezes, encarregamos ao tempo tarefas demasiado difíceis de cicatrizar.
, envolvida nos seus pensamentos, nem deu conta que já estava sentada no café com um garçon muito atencioso a perguntar o que ela desejaria comer.
- Quero um cappuccino com canela e talvez... - balançou indecisa.
- Temos umas bolachas de chocolate acabadas de sair. – Sugeriu de forma prestativa o garçon.
assentiu entusiasticamente. Ela amava chocolate.
O garçon sorriu e depois acrescentou: - É para já!
Estava observando a bunda gostosa do garçon quando sentiu o seu celular vibrar. O pegou – era cor-de-rosa e da samsung - no bolso das calças de ganga. Alguém lhe mandara duas mensagens de um número anónimo:
“Sabia que amanhã é dia do corno? Venha festejar o seu dia!”.
E, a outra dizia seguinte:
“Isto é a puta, melhor puta, maneira de puta, manter uma puta, cornuda puta por 20 segundos puta agarrada puta ao celular. Agora leia esta SMS sem a palavra puta. Feliz dia de cornudas!”.
, desligou imediatamente o celular… Ó Jesus! Havia tanta gente nojenta nesse mundo e, ela estava prestes a se vingar de uma. Enquanto esperava o seu lanche apetitoso, resolveu chamar à para perguntar como estava correndo o plano. Tamborilou os dedos na mesa individual de madeira, em que estava sentada, à espera que ela atendesse o seu celular.
Ao terceiro toque, atendeu com uma voz um tanto quanto esganiçada:
- Oi!
- Ehem... , é a .
- Fala, agente X.
Logo que ouviu o código “agente X”, começou desembuchando. Podia ser uma infantilidade, mas elas tinham escolhido esse código para poderem dizer que não estavam acompanhadas por “pessoas indesejáveis” (que não podem saber do plano!).
- Só telefonei para saber como vai o nosso plano.
- Vai tudo nos conformes. Já falei com as meninas e, ui! Foi um pouco difícil falar com a Zoey – sabe aquela menina EMO – mas ela concordou com tudo. E, você? Conseguiu marcar o show dos Mcfly?
- Claro que sim! Bom, falei apenas com o , mas ele aceitou, por isso deve transmitir o recado aos outros.
- Você falou com quem? – Perguntou.
Apesar de ser uma pergunta retórica, repetiu:
- Falei com o ! Por quê?
- Caralho, ! Você deve ser sadomasoquista! Só pode! Como que você vai falar assim abertamente com o rapaz que te traiu, menina!
- Qual é o problema? Fui pedir um favor. Como que você queria que eu fizesse isso? Escrevendo num papel? – Perguntou de forma obtusa, gesticulando com a mão contrária a que segurava o telemóvel, que neste caso era a direita.
- Em primeiro lugar, você não devia ter ido falar com o , e sim, com o . Ele é o responsável pela banda, visto que eles ainda não arranjaram manager, e depois tenta esquecer esse cara! Ele não te merece - inspirou, afinal aquela situação era constrangedora – Portanto, desanuvia a sua cabeça dessas preocupações e vamos pensar no nosso plano.
- Me diz só uma coisa antes: você ‘tá fazendo gestos com as mãos?
- Na verdade é só com a esquerda... Mas, por quê? – perguntou curiosa.
- Porque eu também estou fazendo isso! – proferiu rindo e fazendo sorrir também - Bom, mas falando de coisa séria... O concerto ficou para depois de amanhã! Às dezenove horas.
- Hum... Está bom! Temos que preparar os panfletos, muita gente tem que ir nesse concerto senão não vale a pena!
- Claro que sim! Vou pedir às meninas que me ajudem a publicitar esse concerto. E, ... – hesitou – Não sei como te falar isso, mas...
- Fala logo e deixa de enrolação.
- É que, - pigarreou desconfortável – acho melhor você não fazer nenhum tipo de propaganda! É que... você não está muito famosa por estas bandas do liceu e, se você começar divulgando o show...
- Ninguém vai querer ir – complementou indiferentemente. – Relaxa, ! Eu já sabia que isso podia acontecer. Não vou fazer nenhum tipo de anúncio sobre o melhor show dos Mcfly! Mas garanta que todos os nossos colegas vão. Desde os nerds às patricinhas de alto escalão.
- Sim, capitã!
Por segundos, apenas, susteve a respiração. A anterior resposta de a tinha apanhado de surpresa. Se lembrou de há muito tempo, quando um anterior amigo dela havia ido a sua casa para verem Harry Potter, um filme que ele não apreciava tanto. Parecia ter sido há milhões de anos... Onde tudo era um mar de rosas e era sua melhor amiga. Bons e velhos tempos que não voltam mais!
, ao perceber o silêncio da sua cúmplice-de-plano-diabólico a despertou dos seus pensamentos preocupada:
- Você tá bem? Ficou calada de repente! – Disse, bebericando seu cappuccino.
- Ahn, estou sim. Obrigada! Bom, vou te deixar comer agora...
- Como é que você sabe que eu estou comendo?
sorriu. era praticamente o oposto dela e isso era muito engraçado.
- Por que isso seria a última coisa que eu estaria fazendo agora! Adeus!
-Tchau e beijos – despediu-se sorrindo, admirada.
- Beijos! – Mandou .
O palco dos Mcfly estava montado e os fãs já estavam ali há cerca de três horas à espera de que o tão proclamado show começasse. Por sua vez, o palco era muito lindo. Ficava a 4 metros de altura em relação ao solo, tinha a forma de uma cúpula totalmente preta e todo ele era ornamentado por inox e fios de arame que poderiam se tornar perigosos se mal supervisionados. O centro era plano e totalmente composto por vidro. FODÃO!
Podia-se sentir uma atmosfera de ansiedade por todos que ali se encontravam. Pois nestes últimos dias tinha havido tanto alarido sobre este ser o melhor e mais surpreendente show dos Mcfly. E, claro, todos quiseram ir ver. Como o show era no espaço aberto do liceu, a maioria dos espectadores eram estudantes e alguns funcionários do mesmo.
Muitos aguardavam pacientemente sentados no chão, outros preferiam ficar de pé, mas todos estavam com vontade de que o show começasse. Eram 19:10h e ainda não havia nenhum sinal de nada.
Nos bastidores do palco, estavam algumas meninas muito atarefadas, e duas delas pareciam que iam desmaiar.
- E agora? – perguntou assustada.
- This is it! – disse, fazendo uma tentativa vã de tentar causar uma risada em sua colega.
- De certeza que o Michael Jackson está melhor do que nós! – respondeu.
Visto que ela não havia se descontraído, resolveu tentar outra vez:
- , vai tudo correr bem. E, se não correr... Não temos mais nada a perder, né? Para além disso, já convencemos as pessoas mais importantes, o resto é capricho!
Ela, já mais animada, sorriu e disse:
- Você tem razão! Onde está a ?
- Não sei... Mas vi ela por ali – disse, apontando para uma zona acerca de 3 metros de onde elas se encontravam. depressa se dirigiu para onde indicara. Agora a missão dela seria garantir que estava no local certo à hora correcta.
E de repente caiu a ficha de . Aquela era a hora H! Era agora ou nunca... teria de pagar por tudo o que lhe fizera a ela e a sofrer. E, claro, isso iria impedir ela de fazer mais vítimas desprevenidas.
Como havia indicado, ali estava ela. tinha umas botas pretas e na biqueira das mesmas haviam brilhantes prateados; uma mini-saia vermelha; uma blusa preta com um decote muito prenunciado; uma bolsa vermelha com bolinhas pretas (estilo joaninha) uma bandolete em plástico preto com uma flor crouché vermelha. O cabelo estava tão arranjado que, por momentos, sentiu pena do que estavam prestes a fazê-la. Estava rodeada por amigos que não se interessavam realmente por ela e sim pelas merdas mentirosas que ela tinha para contar. Porque isso a tornava frágil e acessível. E era mais fácil assim. Acreditar em algo que parece seguro do que pensar na tenebrosa verdade das coisas.
Se dirigiu à miúda mais azarada do mundo, fingiu um sorriso amigável e chamou acenando:
- !
Ela, desconfiada, franziu o sobrolho, mas acenou igualmente. Ao chegar perto dela, a pediu que ficassem um pouco isoladas para que pudessem falar. Esse ato tinha sido absolutamente necessário, visto que agora que estava perto dela podia observar que a bandida tinha mais “amigos” do que qualquer outra miúda daquele liceu maldito!
desculpou-se e prometeu que já voltava, como se eles não pudessem viver longe dela durante muito tempo. Assim que se afastaram o suficiente, iniciou a dramatização mais importante da vida dela.
- , por que é que você não me contou sobre o te ter agarrado à força?
Por momentos, parecia uma autêntica besta quadrada a quem tinham perguntado o resultado duma conta muito difícil de calcular. Depois, como se tivesse tido uma daquelas ideias que vêm na lâmpada luminosa, ela começou mentindo com todos os dentes que tinha na boca:
- , eu não queria te contar porque não queria que você e o terminassem o vosso namoro. Ele estava bêbado naquela hora e... - e você acredita que a vaca começou a chorar? Na maior cara de pau!
- Eu entendo, fofa – Jogada de mestre essa “fofa”! – O culpado foi ele! Agora eu só quero esquecer tudo isso...
Enquanto abraçava o diabo em pessoa, ela ia pensando em como fazer com que ela fosse aos bastidores naquele exato momento. A intuição lhe disse que, devia introduzir um certo nome na conversa:
- Ahn... , eu não estaria com tanta pressa, mas queria falar alguma coisa com você antes de entrar para o palco... E ele disse que era muito importante. Portanto, se me quiser seguir é por aqui... - disse, indicando o caminho à sua frente.
Como esperado, logo que ouviu a palavra “” se espevitou e se apressou a segui-la. sempre tivera uma desconfiança remota de que aquela víbora tinha um fraquinho por ele, mas infelizmente para ela, depois dessa tarde ele não quereria olhar para a cara dela nunca mais!
Entraram num corredor comprido que era decorado com fotografias postas em quadros e, no final dele, tinha uma porta com uma estrela dourada e nela tinha escrito em letras enormes. bateu à porta três vezes seguidas, quando ele finalmente a abriu.
Ele virou para as duas miúdas lindas à sua frente e fez o sorriso malicioso que simplesmente amava. Desde que eles se conheceram que ela queria dar uma para ele, mas nunca o havia pegado, logo, isso não valia a pena. Ainda assim, se ele desse mole, ela não iria perder tempo.
aclarou a garganta e disse:
- Na verdade, , queríamos que você subisse no palco com a gente nesse concerto. É que... Seria bom, para a nossa imagem, termos como nossa amiga, de forma bem pública, a miúda que foi injustiçada durante todo esse tempo pela .
resolveu deixar o casalzinho sozinho para que tudo tivesse mais efeito.
- Fiquem à vontade. , vou estar aqui fora se você quiser mais alguma coisa. E quando estiver preparada para subir no palco me diga.
- Ahn, sim. - disse ela sem nem sequer lhe dirigir um olhar.
Logo quando saiu da sala, ela pode ouvir os sons nojentos de lábios a roçarem uns nos outros.
- Ai, caralho! Eles se merecem. Porra, o é demais. A sério! Curtir com uma galdéria! Jesus amado!
Devido à complexidade do plano, não podia arredar pé da frente daquela maldita porta e portanto se encostou. Mas era de fato nojento imaginar tudo aquilo que aqueles dois podiam estar fazendo naquela hora.
Do outro lado da porta havia dito a que finalmente havia percebido o quanto sempre fora vidrado nela. E, por sua vez, havia acreditado. Ela podia ser uma cabra maléfica, mas não era nenhuma psicopata, pois tinha sentimentos. Era só mais uma das miúdas que , o garanhão havia pego.
Por momentos, ficou indecisa. Afinal, valeria mesmo a pena vingar-se de uma miúda fazendo ainda algo pior? E, depois que se vingasse, ficaria satisfeita?
apareceu ao lado dela vindo diretamente do outro lado do corredor e, depois de a observar, como se lesse os pensamentos de disse:
- Sabe, depois disso tudo vai ficar melhor. - assegurou.
- Vai? – Perguntou indecisa.
- Claro que sim! – E, pela primeira vez a abraçou – , você tem sido muito valente com tudo isso. Qualquer outra no seu lugar já teria desistido.
- Você não desistiu. – constatou, voltando à posição inicial.
- Tem razão. Mas, eu não posso desistir, mesmo se quisesse. Tenho de limpar a minha reputação. Enquanto que você teve uma hipótese de desistir e não o fez. Mas pensa desta forma: quando denunciarmos aquela cabra, ela nunca mais fará das suas cabricisses.
sorriu, mais animada.
- Bom, agora você tem de parar a rapidinha desses dois e chamar a para o palco... - explicou, sendo prática, como sempre.
Apesar da simplicidade da ao explicar o que ela devia fazer, não deixou de fazer uma cara de nojo e acrescentar:
- Podia morrer sem saber isso.
Após relaxar um pouco, distendeu os músculos e observou a se esconder. Apressou-se a bater a porta do camarim do . saiu imediatamente depois disso, muito bem disposta e dizendo:
- Bom, já me informou do que eles querem e, como foi tão... atencioso comigo, resolvi aceitar a proposta. O que fazemos agora?
se forçou a disfarçar uma gargalhada.
- Agora temos que chamar todos para iniciarem o concerto. E, claro te introduzir.
- Está bom.
Passaram pelos camarins e chamaram todos os elementos que compunham os Mcfly. Quando já estavam todos reunidos, desejaram boa sorte uns aos outros e entraram no palco.
pôs numa sala em que era praticamente impossível ouvir o que se dizia no palco.
- , querida, suponho que já te tenha explicado tudo, mas mesmo assim vou repetir. Querida, você vai ter de ficar aqui até que eu a venha buscar... Depois, quando estiver no palco...
- “Darling”, sim, eu já sei. Tenho de contar a minha história de sofrimento a todo o mundo e abrir-los os olhos contra a puta da , né?
Por dentro só queria matar aquela víbora.
- Yah! – Respondeu cinicamente.
“Vai tomar no cu, ! Com que então, “darling”, né? Ah, menina, você vai ver só!” Ela chegou à conclusão de que não iria fazer nada demais se ficasse sozinha esperando na sala. Respirou fundo e dirigiu-se ao final do corredor dos bastidores. E, ficou lá à espera do sinal de .
Entretanto, no palco podia se ouvir, à medida que os membros da banda entravam no palco, gritos estridentes e assobios constantes. Ui! Este prometia ser um grande show…
testou o som e, esperou o gritos cessarem para depois dizer:
- Qual é galera? Tudo pronto para o show das vossas vidas?
- Poxa, nunca tinha ouvido tanto barulho na minha vida e, a partir de agora só vai ficar pior. – Declarou .
se assutou e, imediatamente perguntou:
- Menina que raio você tá fazendo aqui? Vai... - mandou, enquanto a empurrava de volta para os bastidores
Enquanto dava passos em direcção à sala que estava, anunciou que naquela tarde iriam cantar um nova música: The Heart Never Lies (não é preciso pôr a música a tocar é só para vocês ficarem a saber que eu AMO essa música!).
Com uns gritos estridentes, – todos já se haviam habituado – eles começaram a tocar com o entusiasmo e nervosismo de sempre.
Ao chegar à sala, hesitou antes de rodar a maçaneta da porta. Se calhar seria mais educado se ela batesse à porta e esperasse que abrisse. Assim pensou, melhor o fez.
Vocês nem acreditam a cara que a pobre coitada (e vaca!) da fez! Era uma expressão de: espanto; medo; escárnio e presunção. Foi por pouco que conseguiu conter uma gargalhada.
- Aham, posso entrar? – perguntou com a maior cara de santa que ela tinha.
- Claro que não… Sai para lá, sua fingida!
ergueu a sobrancelha esquerda. Isso seria muito mais difícil se ela continuasse agindo dessa forma cínica. Ignorando o pedido dela, entrou na sala e fechou a porta atrás de si.
Após esse movimento, logo adotou uma posição defensiva, esperando, talvez, um tapa. Mas, para espanto dela, apenas depositou os pertences que tinha na mão em conjunto com a sua mala e, se encostou na parede começando a tagarelar:
- , sei que não tenho muito tempo, por isso resolvi vim te pedir. Não, eu vim te implorar pra’ você não fazer isso comigo!
- Fazer o quê, sua esquisita?
- Ir para o palco e começar dizendo todas essas mentiras sobre mim.
- Que mentiras, fofa? – Disse ela, mudando drasticamente o tom de voz. Ela passou a ser tão carinhosa que até assustava – Ahn, você tá querendo referir àquelas merdas que você aprontou para mim; para a e para os Mcfly?
- , vamos nos deixar de fingimentos. Você sabe que não fui eu e também sei isso. Portanto, vamos passar à parte da chantagem ou, como você prefere chamar, a parte dos acordos. O que você quer para não acabar com a minha vida social?
- Ó querida... Parece que temos um problema, . – Parou para pensar, ou fingir que estava.
- Por quê? – perguntou de forma teatral, mas ela não notou.
Seria demais dar à uma forma de se redimir? Afinal, todos os seus amigos eram de opinião contrária (excepto !). Mas ela tinha um princípio: “até o Diabo tem de ter o seu julgamento.”
Portanto, ali estava ela, dando a tal oportunidade a e, até então, não tinha conseguido resultados. Quer dizer: palavrões não contam!
- É que infelizmente, querida, tudo o que você me podia dar eu já tou conseguindo com o meu plano.
- Então o que você quer de mim é a destruição da minha vida social?
- Exato, fofa!
Apesar de saber a cobra que era, havia ficado angustiada ao ver alguém lhe falar com tanto ódio e cinismo.
- Porra, ! Por que que você me odeia assim? Sempre te tratei mais do que bem. Você era minha melhor amiga...
- Mais do que bem? Você sempre teve os melhores amigos; as melhores notas; as melhores roupas. E, nunca me ajudou a ter, pelo menos metade do que você tinha...
- Foi por isso que você resolveu me tirar tudo?
- E, isso não é motivo mais do que suficiente?
- Não acredito. Se você só queria um pouco de atenção; amizade; notas e roupas, você deveria ter vindo falar comigo que eu resolveria isso tudo para você!
- E, onde está a piada nisso?
- Como? – E, por momentos, não percebeu o que ela queria dizer.
- , você é estúpida assim ou está fazendo um grande esforço hoje? – Perguntou tentando em vão lhe provocar - O fato de eu ter armado tudo aquilo para vocês... - suspirou - Você tem que admitir foi uma jogada de mestre. Todos os planos se encaixavam e, aqueles paspalhos que estão ali fora, assistindo o show, são a minha principal arma. As pessoas só acreditam nas coitadinhas e nas sensíveis. Por isso fiz esse papel e, claro, toda a escola ficou do meu lado.
- Isso tenho de reconhecer. Mas me diz só uma coisa que sinceramente tenho muita curiosidade em saber. Como? Como você conseguiu me manipular e à dessa forma?
gargalhou e, por momentos, parecia uma bruxa:
- , sinceramente, foi muito mais fácil para o seu lado do que para o dela. Você é uma cabra invejosa. Foi só dizer umas mentiras da para você e espalhar o contrário pela escola inteira que ninguém mais te dirigiu mais a palavra. – não aguentou, atravessou a pequena sal em segundos e pegou pelo pescoço mas esta nem se intimidou e continuou falando - E em compensação sabe o que eu sofri, com isso tudo? Fui às festas mais maravilhosas de sempre, com a ajuda da e também conheci gente rica e poderosa que me ajuda se eu precisar!
Sem conseguir aguentar nem mais uma ofensa, ergueu a mão contrária a que estava a pegar e, preparou-se para a esbofetear, mas foi interrompida por uma admirada que depressa as separou.
Ela não esperou nem um segundo e começou a desempenhar o seu papel:
- O que você está fazendo aqui? Sai daqui imediatamente! Rápido, antes que chame os seguranças...
se apressou a produzir umas lágrimas de crocodilo, dizendo:
- , como é que ela me encontrou? Essa doida veio aqui e começou me batendo. Assim, do nada!
se conteve e simplesmente saiu dali para fora, mas não sem antes lhe dizer:
- , essa foi sua última chance... E, infelizmente você a desperdiçou.
E, com isto, sem que ela visse, apanhou em conjunto com a sua mala um objecto preto. Se dirigiu com toda a determinação para o palco, segura do que tinha de fazer agora.
Ouviu o final de The Heart Never Lies e prometeu que depois teria de fazer download da música na net, porque parecia ser muito boa. Antes de sair do enorme corredor, entregou o objeto preto ao rapaz que era responsável pelo som. Quando já estava a 3 metros de distância do palco e as suas recentes amigas já estavam ao seu lado, pegou no microfone e anunciou:
- Gente espero que tenham gostado do nosso novo single. Mas agora temos que dar uma pausa nesse show, porque uma amiga nossa quer dizer algo e espero sinceramente que vocês a ouçam. Pode entrar, !
A principio só se conseguiam ouvir vaias e insultos, mas estes foram diminuindo à medida que os Mcfly foram pedindo que parassem.
aproveitou aquele momento de silêncio para falar:
- Muitos de vocês devem-me conhecer através das confusões que têm havido, ultimamente, no liceu. Bom, hoje, espero provar que estão errados a meu respeito e em relação a algumas amigas minhas. Podem entrar, meninas!
Ao anunciar isto, entraram também no palco cerca de 3 meninas. A que à esquerda e perto de deu um passo em frente e disse:
- Sou a Zoey mais conhecida por: a Emo Girl! Bom, há quatro anos, quando entrei no liceu, ser emo ou gótica era super legal e eu era muito popular. A minha melhor amiga na época era a . Nós éramos praticamente irmãs. Mas um dia a gente brigou por causa de um rapaz que era meu namorado e ela queria ficar com ele. No dia seguinte, uma outra amiga minha me ligou dizendo para eu entrar no mural do facebook. Cheguei a casa depressa; liguei o computador e vejo o seguinte anúncio: Zoey Timberland está leiloando sua calcinha suja no ebay por 1 real... Alguém quer?
Zoey, parou um pouco para respirar, mas as suas colegas deram-lhe força para continuar.
- Eu sabia que tinha sido ela, porque a minha mãe disse que tinha passado pela minha casa mais cedo. Mas depressa desisti de provar a minha inocência porque não tinha provas contra ela. Dali em diante, todo o mundo que me via na rua me tratava como lixo ou como costumam dizer: “tratamos você como sua calcinha suja!”
Quando concluiu a sua história, ela se fazendo de forte, engoliu sua infelicidade e pôs as mãos nos bolsos das suas calças à boca de sino pretas, voltando para a fila.
A seu lado estava uma miúda que tinha imigrado da Califórnia. Era loira; pele morena; usava um vestido azul-bebé. Esta deu um passo em frente assim que a Zoey voltou a seu lugar:
- Oi, gente! O meu nome é Aída! Eu não sou muito conhecida. E tudo se resume a uma miúda chamada ! Supostamente ela devia ser minha melhor amiga. Confesso que sempre fui muito patricinha... Adoro ir às compras e comprar muita roupa e maquilhagem. Como aqui não existem muitas Americanas, sempre fui ÚNICA! Um dia, eu e a minha “amiga” – disse fazendo aspas com as mãos – combinámos de ir dormir juntas na casa dela. Só que tínhamos discutido por causa dos ciúmes que ela sentia por causa das minhas roupas. E, no dia seguinte acordei com o meu telemóvel a apitar. Quando fui ver, era uma mensagem com uma fotografia. Abri em primeiro lugar a mensagem, esta dizia que: tinha espalhado a fotografia para toda a gente. E, quando abri a fotografia, vi-me a dormir com cocô na cara que tinha um monte de moscas e a legenda da fotografia dizia que o que tinha na cara era a minha máscara facial. Será necessário dizer que, a partir dali, todos os meus pretendes e amigos se desinteressaram por mim? Afinal, ninguém gosta de uma crap girl (tradução: miúda-cocô)
Quando acabou de contar, Aída não aguentou e começou chorando no ombro de , que a abraçou.
A seguir, a última miúda, que era um pouco mais velha avançou. Ela se apresentou como sendo Bessie, e só entre nós: era linda! Alta; ruiva; tinha um corpo de modelo e ao falar pode se ver um piercing na língua.
- É assim! Não devia estar aqui, visto que nem estou mais no liceu, mas há dois anos essa cabra da que sempre foi a melhor amiga da minha irmã me tirou do sério. – ela falava como se estivesse conversando com as suas melhores amigas e não com um bando de desconhecidos - A xinguei e ela jurou que iria se vingar de mim. Mas eu nem me importei. Afinal, ela era somente uma capetinha metida! Mal sabia eu o que a gaja me viria fazer. Estava tomando um banho de água fria devido ao calor abrasador daquela tarde de verão, quando ouço um ruído parecido com o de um flash. Não liguei, porque só devia ter sido impressão minha. Mais tarde vim a descobrir que ela tinha posto um vídeo no youtube com fotos minhas nua e uma música de fundo (Stripper Friends – Tila Tequila) um tanto quanto pervertida. – E, para espanto de todos, Bessie deu uma risada triunfante – Passei por um bocado verdadeiramente horrível. O meu namorado terminou comigo dizendo que não queria namorar com uma miúda que todo o liceu tinha visto nua e as minhas amigas não ficaram lá muito contentes. Mas, graças àquela megera, consegui um contrato com uma revista de moda, que não era muito famosa e passados esses dois anos estou prestes a assinar um outro contrato com a Vogue.
Quando Bessie terminou o seu relato já não se ouvia nenhuma vaia nem burburinhos de descrença. a agradeceu pelo tempo dispensado e por relato tão bem explicado.
- Bom, sei que vocês devem estar com vontade que isto acabe, por isso, só deverão ouvir mais dois relatos. O quarto é de uma miúda que todos vocês conhecem e é super popular: pode entrar !
Ao ouvir o seu nome, ela entrou no palco, deixando uma toda boquiaberta para trás e com dois seguranças enormes a barrando o caminho.
podia ver que estava muito nervosa, afinal, devia ser muito complicado expôr a sua vida dessa forma.
- Aham - Pigarreou – Acho que a maioria de vocês me conhece pela ex-namorada do e pela menina que há muito tempo fora vítima de boatos desenvolvidos pela . Bom, recentemente descobri que tudo isso é mentira! A é só uma das muitas garotas que um dia irão aparecer para infernizar a nossa vida, mas o importante é não deixarmos que elas vençam. fingiu ser minha amiga e fez com que uma miúda fosse injustiçada e com que o meu namorado de longa data me traísse. Digo isto, mas também sei que a culpa foi dele. Eu... Eu... - lançou um olhar pedindo socorro para .
- Pois obrigada, – a interrompeu – Agora, o último relato. Apresento-vos ! – Disse, apontando para si. – Pois, eu tinha tudo para ter muitos amigos. Me considero sociável, engraçada e logo que entrei no liceu fiquei amiga de uma banda de garagem que um dia sonhava ser FAMOSA! – Apontou significativamente para os Mcfly, que estavam mais atentos do que nerd na frente de um computador – Conheci também nessa altura uma miúda que sempre quisera ser popular e que nunca conseguira... Até há algum tempo podia jurar que ela era minha melhor amiga, mas um dia acabo descobrindo que ela armou uma cilada do tamanho do mundo para todos nós. - parou um pouco para que desse a oportunidade às pessoas de interiorizarem tudo o que ela dissera – Claro que percebo que muitos podem não acreditar em mim, por isso tenho provas audiovisuais para vocês.
Com isto, clicou num botão do comando que tinha na mão. Instantaneamente, um ecrã gigante, até então, desprovido de atenção acendeu-se e começou passando a filmagem feita por , da conversa que ela tinha tido com até há poucos minutos. O som podia ser ouvido muito claramente, através das enormes colunas ao lado do palco.
Quando esta acabou, podia identificar os semblante das pessoas no meio da multidão a retesarem-se com caretas enojadas. Aham, ninguém gostava de ser enganado e manipulado dessa forma!
Inesperadamente, não esperou que a chamasse ao palco, como estava planejado. Ela mesma avançou e fez a cara mais nojenta e cínica, que todos observaram com náusea.
Imediatamente, fez sinal aos Mcly e eles começaram tocando uma música que todos conheciam: Misery Business dos Paramore (botem para tocar!)
I'm in the business of misery, let's take it from the top (Estou no negócio da miséria, vamos tomar do começo)
She's got a body like an hourglass that's ticking like a clock (Ela tem um corpo em forma de ampulheta que está batendo como um relógio)
It's a matter of time before we all run out... (É uma questão de tempo antes que todos nós respiremos)
When I thought he was mine, she caught him by the mouth (Quando eu pensei que ele era meu, ela o pegou pela boca)
I waited eight long months, she finally set him free (Eu esperei por longos 8 meses, ela finalmente o libertou )
I told him I couldn't lie, he was the only one for me (Eu disse a ele que eu não posso mentir, que ele era o único para mim)
Two weeks and we had caught on fire (Duas semanas e nós pegamos fogo)
She's got it out for me, but I wear the biggest smile (Ela tirou isso de mim, mas eu estou com o maior sorriso na cara)
Para surpresa de todos, cantou em conjunto com eles. tentou dizer algo, mas antes que ela pudesse dizer o que quer que fosse todos ali presentes (e, que estavam fora do palco!) começaram mandando objectos para ela. pode observar garrafas de plástico vazias; sandes; cartazes amaçados em forma de bola e, mais alguns objectos não identificados irem em direcção a .
Whoa... Well I never meant to brag (Whoa... Eu nunca quis me gabar)
But I got him where I want him now (Mas ele está onde eu quero agora)
Whoa... It was never my intention to brag (Whoa... Nunca foi minha intenção me gabar)
To steal it all away from you now (Roubar tudo de você agora)
But God does it feel so good (Mas, Deus, isso é tão bom)
'Cause I got him where I want him now (Porque ele está onde eu quero agora)
And if you could then you know you would (E se você pudesse, então você saberia que poderia)
'Cause God it just feels so... (Porque, Deus, isso é tão)
It just feels so good (Isso é tão bom)
E, quando lançaram uma garrafa de sumo de tomate, e seus amigos tiveram que intervir pois a situação havia se descontrolado. aproveitou para escapar saindo rapidamente pelos fundos dos bastidores.
Ninguém a ligou e o espectáculo correu como previsto.
Second chances they don't ever matter, people never change (Segundas chances, elas nunca importam, as pessoas nunca mudam)
Once a whore, you're nothing more, I'm sorry that'll never change (Uma vez puta, você não é nada mais, desculpe-me, isso nunca vai mudar)
And about forgiveness, we're both supposed to have exchanged (E sobre perdão, supostamente ambos teríamos que trocar)
I'm sorry honey, but I'm passing up, now look this way (Desculpe-me, querida, mas eu estou passando por cima, agora olhe para cá)
Well there's a million other girls who do it just like you (Bem, há um milhão de outras garotas que fazem o mesmo que você)
Looking as innocent as possible to get to who (Parecendo o mais inocente possível para pegar quem)
They want and what they like, it's easy if you do it right (elas querem e o que elas gostam, é fácil se você faz isso direito)
Well I refuse, I refuse, I refuse! (Bem, eu recuso, eu recuso, eu recuso)
Todos pareciam se estar divertindo, ouvindo cantar. Ela dançava e fazia piruetas em cima do palco. Depois, chamou todas as meninas (as ex-vítimas de ) para cantarem com ela.
Whoa... Well I never meant to brag (Whoa... Eu nunca quis me gabar)
But I got him where I want him now (Mas ele está onde eu quero agora)
Whoa... It was never my intention to brag (Whoa... Nunca foi minha intenção me gabar)
To steal it all away from you now (Roubar tudo de você agora)
But God does it feel so good (Mas, Deus, isso é tão bom)
'Cause I got him where I want him now (Porque ele está onde eu quero agora)
And if you could then you know you would (E se você pudesse, então você saberia que poderia)
'Cause God it just feels so... (Porque, Deus, isso é tão)
It just feels so good (Isso é tão bom)
I watched his wildest dreams come true (Eu assisti aos mais selvagens sonhos dele se tornarem realidade)
Not one of them involving you (Nenhum deles envolvendo você)
Just watch my wildest dreams come true (Apenas observe meu mais selvagem sonho se tornar realidade)
Not one of them involving ... (Nenhum deles envolvendo...)
saltitou até ficar do lado de e ambos abanaram a cabeça feito loucos. encostou os joelhos no chão e abanou a guitarra que tinha na mão. Todos que estavam em cima do palco saltavam que nem coelhos e até subiram mais pessoas para pular com eles também.
Ninguém gostava de ser enganado, mas todos gostavam de celebrar. E, ué, tinham ido para ver um espetáculo e não um velório. Eram bom saber, finalmente, TODA A VERDADE!
Whoa... Well I never meant to brag (Whoa... Eu nunca quis me gabar)
But I got him where I want him now (Mas ele está onde eu quero agora)
Whoa... Well I never meant to brag (Whoa... Eu nunca quis me gabar)
But I got him where I want him now (Mas ele está onde eu quero agora)
Whoa... It was never my intention to brag (Whoa... Nunca foi minha intenção me gabar)
To steal it all away from you now (Roubar tudo de você agora)
But God does it feel so good (Mas, Deus, isso é tão bom)
'Cause I got him where I want him now (Porque ele está onde eu quero agora)
And if you could then you know you would (E se você pudesse, então você saberia que poderia)
'Cause God it just feels so... (Porque, Deus, isso é tão)
It just feels so good (Isso é tão bom)
Quando acabou de cantar perguntou:
- Sei que não sou nenhuma Hayley Williams, mas vocês gostaram?
No momento em que perguntou isso, podia se ouvir um estrondo de aplausos e até a Emo Girl chorou. Tinha sido o momento mais feliz da vida delas, principalmente porque dali em diante a não iria mais armar das suas (pelo menos, assim esperavam!).
- Mcfly, desculpem pela interrupção... Podem continuar com o vosso show. E obrigada à todos!
E com isso todas saíram do palco. Conversavam animadas entre si e elogiavam a coragem de e por terem arquitetado esse plano e por terem cantado tão bem.
somente sorria e podia-se ver que estava muito esgotada, enquanto que estava em transe.
“PORRA! Deu tudo certo. Ninguém me vai tratar que nem uma mosca incomodativa, como sempre. 'Tou livre! Sou uma adolescente normal outra vez! Tenho amigos outra vez. Elas nem conseguiram mais pensar, porque quando saíram do camarim foram inundadas por uma multidão simpática que queria pedir desculpas e as abraçar.
ficara todo o dia e a noite pensando na sua felicidade e esta ainda veio a melhorar quando no dia seguinte, ela viu a caminhando de cabeça baixa e com um monte de borbulhas devido a alergia que ela tinha a tomate.
Capítulo 10 – Rejeição
(ponham esta música para carregar e, cliquem no Play, quando pedir! Grief and Sorrow - banda sonora de (não me matem!) naruto. Se a música terminar antes de vocês acabarem de ler a fic, repitam-na)
Finalmente chegara o Inverno. E consigo trouxera também dois dos seus mais chegados amigos: a neve e o frio.
A neve cobria tudo de branco, fazendo parecer que tudo era silêncio e tranquilidade. Por vezes, a falta de barulho tinha um efeito macabro e assustador.
Poucas pessoas queriam sair de casa, mas era a sua obrigação ausentarem-se do seu lar. Quer fosse para irem trabalhar ou para comprar prendas para o Natal, teriam de o fazer.
e estavam saindo de uma loja, encaminhando-se para a zona de restauração.
- Ai, que frio! – Reclamou , friccionando ambas as mãos cobertas por luvas de algodão cor-de-rosa.
- Não gosto muito da neve, mas depois de sairmos do cinema quer fazer uma batalha? – propôs.
- Ahn, para quê? Você vai perder, e não te quero ver chorando... - gozou.
- Tá-se achando, né? Então mais logo a gente se entende! – calou-se porque tinha avistado a saindo de uma loja de objetos em segunda mão e... Jesus! Ela estava um trapo... Cheia de olheiras e papos nos olhos, o cabelo estava todo emaranhado como se nunca se tivesse penteado, a roupa era, essencialmente, quase toda preta (o que não era próprio dela, visto que adorava tons de verde e azul-vivo), as unhas estavam roídas e mal-pintadas, não usava brincos ou qualquer outro tipo de bijutaria. Estava simplesmente um desastre!
condoeu-se dela, mas resolveu ignorá-la. , por sua vez, atreveu-se a ir ter com ela. segurou-lhe pelo braço, e , que já havia esperado por isso, proferiu:
- , nós sabemos o quanto ficámos preocupadas com a durante esse tempo em que ela não foi à escola... Percebemos, também, que a vingança não resulta em nada... Então por que não falar com ela e desculpar-lhe?
- Porque ela é uma vaca fingida que não quer ser desculpada... - explicou.
- Mesmo assim, quero tentar. Se ela recusar a nossa simpatia, aí a culpa será dela e não nossa.
soltou-lhe e começou a andar logo atrás da sua recente melhor amiga.
Depois de se vingarem da em frente de toda a escola, ela havia ido à mesma durante dois dias. Mas percebeu que não iria conseguir aguentar a humilhação pela qual passava todos os dias. Entretanto, e foram ficando cada vez mais amigas. Podiam não ter muito em comum, mas era isso que as fazia continuar a querer descobrir mais sobre a outra. Começaram a sair todos os dias juntas... Iam ao shopping, ao parque perto da casa da ; à piscina; à feira de diversões; às festas, pois agora eram convidadas a toda a hora, etc. Passavam tanto tempo juntas que parecia doença.
havia perdoado aos rapazes por não terem confiado nela e já falava minimamente com o . tentava esquecê-lo, mas ainda era possível observar a intensidade com que eles se olhavam.
Do Mcfly, o que estava sempre infeliz era o . Mas, quando eles perguntavam o que se passava, ele dava uma resposta banal com o que lhe viesse na cabeça naquele momento.
observou com espanto, para depois lançar um olhar raivoso à .
- O que é que você está fazendo aqui, sua vaca?
gargalhou.
- Querida, não sei se você reparou, mas não sou eu que estou vestida como uma vaca e nem me comporto como uma.
soluçou.
- O que é que você quer? Já não basta aquilo que você me fez, agora ainda quer se vingar mais?
- Por mim nem ficaria a menos de cem metros de distância de você, mas quer te falar algo...
Ao ouvir o seu nome, esta pigarreou.
- Bom, a verdade é que a gente te perdoa por tudo o que você nos fez...
escarneceu. Gargalhou tão alto que ficou parecendo uma bruxa de animes.
- Vocês me perdoam? Por o quê? Por terem acabado com a minha vida? Por me terem dado uma alegria tão grande que quase morri de alergia? Por me terem separado dos meus amigos? Por terem feito a cabeça do e do contra mim?
- Não. – Contrapôs – A gente te perdoa por você ter nos tirado (por breves momentos!) os nossos amigos de verdade; por ter manipulado a para conseguir ir às festas; por ter fodido a vida daquelas miúdas que só queriam a tua amizade e por ter roubado o meu conjunto de bijutaria.
- Muito bem dito. – Segredou .
- , vou te dizer uma coisa. Você é muito triste. Precisa de pessoas para se sentir segura e feliz e isso vai te destruir um dia. Porque eles – apontou para – não vão estar sempre ali por você. Reparou que todos estavam contra você, mas rapidamente se viraram contra mim? É verdade! Tudo isso acaba como começou: num piscar de olhos. Portanto, não acostume sua bunda nesse seu trono, porque te garanto que você vai parar rapidinho na sarjeta.
susteve a respiração, para depois dizer:
- Sabe, se você me tivesse dito isso há uns dias, provavelmente, estaria de rastos. Mas ao acostumarmos com a dor ela deixa de poder exercer esse poder exorbitante sobre nós. Já sofri tanto que, agora, a dor é só mais uma amiga.
Antes de continuar, reparou que ia acrescentar alguma coisa, por isso, se apressou a concluir a sua ideia:
- Até pode ser que seja verdade e que você tenha a absoluta razão... Só que prefiro arriscar. Percebi a porcaria que é quando ninguém confia em nós e não quero que isso me volte a acontecer. A melhor forma de prevenir isso, é manter as minhas velhas amizades e cultivar as novas...
- Como me disseram num dia... A teoria está sempre na ponta da língua. Resta averiguar se isso se aplica também à prática. – Desafiou , não aparentando estar tão segura como antes.
- Bem, infelizmente... Duvido que você esteja aqui para descobrir. - se lamentou vagamente.
- Ahn, não se preocupe, querida – suavizou, parecendo com a de antes, esnobe e hipócrita – Não pretendo desaparecer daqui tão cedo! Lá por ter faltado à escola durante uns dois dias, não significa que...
- Então, ainda bem que você não morreu! – Manifestou inesperadamente , saindo em conjunto com o resto dos guys da loja do Hugo Boss. Mas, perante o olhar incrédulo de todos, adicionou – Porque se você tivesse morrido iria ocupar a cova de alguém que, realmente, merece lá estar...
Todos gargalharam, exceto e , que olhavam fixamente para . Começaram se afastando dela, impiedosamente, deixando para trás uma garota desconcertada... (n/a: Ahn, vá lá! Não me olhem assim! Quer dizer, vocês tentaram fazer as pazes, ela que é uma vadia!)
Antes de conseguirem chegarem à ala de restauração, viram uma zona completamente vedada por uma cerca de madeira e no seu interior encontravam-se pessoas uniformizadas, que publicitavam que quem quisesse andar de pónei devia ir para a fila.
- AAH! – Gritou histericamente – Amo póneis!
- Ahn, pensei que amava unicórnios! – Argumentou .
- Ué! É tudo a mesma coisa!
- Own, claro, fofa... A única diferença é que um é figura mitológica e tem um corno enorme preso na testa, enquanto, o outro é um animal super querido que não faz mal à uma mosca, mas que também cheira mal pra’ burro... - alvitrou .
- Ahn, ... Deixa disso! Eles são tão FOFOS! Vamos para a fila, pessoal! – apontando energeticamente à sua frente.
- Deixa de loucura, ! Imagina, se a gente, Mcfly, fosse apanhado em cima de um burro... Não se esqueça que somos figuras públicas!
- Ahn, burro é você, ! Vamos embora, antes que me chateie.
- Xii, gente! ‘Tou começando a ver a espuma sair da boca dela... - gozou .
- Vamos logo! – Insistiu ela, mais uma vez.
É, ela sabia ser convincente! Lá estavam eles, quinze minutos depois em frente aos póneis muito calmos e prontos a serem montados... Elá! O instrutor disse-lhes que tinham direito a dez minutos de passeio. Mas que no entanto deviam ir dois a dois em cima do mesmo pónei.
Assim que acabou de explicar, separou-os. O e a , ficaram com o pónei castanho-amêndoa; o e o ficaram com o preto e, a e o ficaram com o pónei branco.
Ao montarem-nos, as meninas ficaram na frente e os rapazes atrás. (bem, encostadinhos nelas, devo dizer!)
- Puta, caralho! Desencosta, mano! – mandou, empurrando para fora do pónei. Todos se riram, enquanto lhe viam correndo atrás dele.
- Aham... - reprimiu um pigarreio.
ajeitou-se mais em cima do pónei, ignorando o completamente.
- Bem, o que você tem feito nestas últimas semanas?
Ela ergueu ambas as sobrancelhas sarcástica.
“Ahn, tá, percebi! Ele quer fingir que nada aconteceu entre nós e que ainda continuamos amigos!” - Nada.
- Bem, reparei que você e a têm ficado cada vez mais amigas...
- Parece que sim! – Respondeu simplesmente.
- Ainda bem que saiu alguma coisa boa dessa história!
- Não foi só isso que saiu bem nessa história. – contrapôs, apontando para o casal “ e ” que, como sempre, falavam muito animados. esboçou um esgar, como se tivesse acabado de receber um soco na barriga. Ela sentiu uma súbita vontade de lhe machucar e provocar tanta dor quanto aquela que ele lhe causou. Mas, passada essa repentina intenção, ela bufou e acrescentou baixinho – Me desculpe! Queria te impingir dor e não acho que...
- Bem, eles fazem um casal... hum... interessante! – cortou imediatamente – Nunca tinha reparado, mas o tá mesmo na onda da . Isso é... ahn... hum... interessante!
Essa merda de resposta havia magoado ainda mais do que se ele, simplesmente, tivesse dito para ela se ir catar. Poxa! Ele estava tentando. Tentando compensar as coisas que lhe havia feito. Tentando falar com ela. Tentando, talvez, recuperar a amizade de antes. Então por que ela não podia facilitar as coisas?
Ahn, já sei! Porque é muito orgulhosa!
- Yah, se você acha... - Respondeu ela, subitamente desinteressada.
- Bem, agora que estamos de férias, o que você pensa fazer? Tipo, eu 'tou super aborrecido... - comentou, tentando mudar de assunto.
- Achei que você adorava passear de burro... - disse , numa tentativa vã de fazer uma piada. Apesar de não ter tido graça, riu.
- Não, credo! Não gosto mesmo. O que raios estamos fazendo aqui?
Apesar do sarcasmo e do mau humor, ela não conseguiu reprimir um sorriso.
- Bem, agora não vale a pena sairmos. O tempo já deve estar terminando. Façamos a feliz, né?
- Ok! – Disse ele tranquilamente, mas reparou que ainda estava olhando pelo canto do olho para o .
- Hey! Eu disse aquilo de boca para fora... Não penso, realmente, aquilo que falei... - tentou se desculpar.
- Calma, ! Eu sei! – Apaziguou.
- Ahn, ok...
Continuaram andando de um lado para o outro completamente calados. Aquela ausência de comunicação estava incomodando , mas era-lhe claro que ainda não o havia perdoado totalmente.
Passados cinco minutos, um instrutor veio prender o pónei de cada um deles. Afastaram-se do mini rancho e resolveram combinar o que iriam fazer a seguir.
Os garotos depressa se tornaram apreensivos e disseram que tinham de fazer “coisas de rapazes”. As miúdas estranharam, mas não perguntaram nada.
- Bom, a gente vai ao cinema. Tá dando um filme chamado Kiss and Kill do Ashton Kutcher e da Katherine Heigl... Parece bom! – Avisou – Alguém quer vir?
- Até que gostaria, mas isso não pode esperar... A gente se fala depois. - se desculpou.
- Ok, vamos! – Afirmou .
Os rapazes esperaram as meninas se afastarem o suficente, para subirem através da escada rolante para o último piso do shopping. Ao avistarem a sua loja preferida, disse:
Bem, vocês já sabem as regras... Estão preparados? – Todos assentiram - Vamos!
Correram que nem loucos. Todas as semanas eles se reuniam naquele shopping e apostavam algo. Aquele que fosse o último a realizar o desafio tinha uma consequência. Naquele dia o objetivo era arranjarem posters deles mesmos. Quem conseguisse fazer isso primeiro, sem ser reconhecido por fãs loucas, ganhava. E quem chegasse à meta em último lugar... Bem, teria de fazer algo muito humilhante, que eles decidiriam depois.
optou por ir ao primeiro andar, pois era lá que vendiam revistas e estas deviam ter posters de celebridades. Sim! Bem pensado! E, depois era só recortar a cara dele...
“Hehehe! Não é dessa que me pegam!” Chegou na praça do shopping, tirou o chapéu amarrotado do bolso e uns óculos de sol, ficando irreconhecível com eles postos.
- Hey, senhora! Por acaso não tem nenhuma revista com o poster do Mcfly ou do , sabe, um dos membros da banda? – Perguntou, aproximando-se da barraca mais próxima.
- Fofinho, você teve sorte! É a minha última revista, por isso vai te sair pelo dobro disso! – Acrescentou ao reparar a ninharia que o garoto, à sua frente, queria entregar.
- O quê? – Perguntou escandalizado.
- Bem, se você não quiser pode deixar que vendo para outra pessoa. – Disse a vendedeira, fazendo manha.
- Não, pode deixar! – falou rapidamente, puxando da sua mão a tal revista – Tempos difíceis, medidas desesperadas.
- Ainda bem que você entendeu! Volte sempre – despediu a senhora com um sorriso satisfeito, após ganhar uma pipa de massa.
comprou rapidamente a tesoura e, enquanto corria para a meta, cortava a sua cara.
Ao chegar na casa de partida, reparou que ainda não estava ninguém...
- Fuck, yes! Já imaginou se eu chegasse último? Ufa! – Suspirou sentando-se no banco por detrás, relaxando com o ato.
Enquanto um estava safo, três ainda estavam super atarefados, buscando a porcaria do poster. teve a brilhante ideia de procurá-lo no novo cd deles. Pois ele havia se lembrado de que quem comprasse três cds tinha direito à um mega poster de um deles. Ele já se teria despachado se não fosse o grave problema de já não ter um único tostão com ele.
Portanto, ele foi ao banco levantar o seu “money” e entrou numa loja de cds. Mas aí não tinha dinheiro o suficiente... Teve que voltar para o ATM (para quem não sabe é aquele máquina que você usa para levantar o dinheiro com o cartão de crédito) para levantar mais.
Quando, finalmente já tinha tudo, voltou a correr para a loja de onde tinham saído minutos antes.
- ‘Tou sem fôlego! – Exclamou ao avistar num banco à sua esquerda.
- E, aí? Você demorou, cara! – acusou, rindo-se da figura do amigo.
- Velho, andei praticamente dois quilómetros! Chega para lá, cara! – Ordenou, sentando-se finalmente após uma longa caminhada – Quem perder vai ter que me perdoar, porque vou botar pra’ quebrar com esse castigo!
- Claro! - Concordou .
À uma distância mais ou menos longa estava . O rapaz tinha tido uma ideia brilhante! Para quê comprar posters quando tudo o que ele tinha que fazer era tirar uma fotografia de si mesmo?
Pensando desta forma, ele dirigiu-se a uma cabine (daquelas que tiram fotos automaticamente) só que esta estava estragada. A outra era do outro lado do shopping e não valia a pena andar tanto.
Então ele teve outra brilhante ideia! Que tal tirar uma fotografia com o seu celular?
“Bem, só tenho que pedir a alguém que não conheça o Mcfly, que me tire uma foto!” Avistou a pessoa, que pensou, ser a perfeita. Uma senhora da terceira idade que usava uns óculos maiores do que a própria cara.
- Vóvó, a senhora não se importava de me tirar uma foto?
- Foto? – Perguntou ela confusa.
- Sim, uma fotografia...
- Pois, claro. Não me importo. – Aceitou de forma amável.
- Bem, então cheguemos aqui mais para a sombra... - sugeriu, de forma que mais ninguém os conseguisse ver.
tirou os óculos e o chapéu que, até então tinha estado a usar.
- Ó MEU DEUS! Você é o ! – Exclamou a senhora velha depois de pressionar o botão para tirar a foto com tanta força que a dentadura saltou-lhe da boca.
- Até a senhora me reconhece?
- Ahn, monha folha vê vucê a tuda hora na tv! – Afirmou ela, completamente embaralhada. A senhora estava indecisa, pois não sabia se tentava pedir um autógrafo ou se procurava a sua dentadura.
aproveitou o momento para se escapulir, mas a velha não deixou barato e gritou a plenos pulmões assim que pôs novamente a dentadura na boca:
- ! Peguem um autógrafo para mim, por favor!
Acho que não é necessário mencionar o que aconteceu depois. Monte de gente atrás de um pobre rapaz, que naquele momento estava super apressado. Pareciam uma manada de bois (daqueles bem pesados) a correr atrás de um toureiro que os haviam acabado de picar.
- Ahn, porra... Porra... Porra mesmo! – resmungava enquanto entrava para casa de banho dos homens e saía pela porta dos fundos.
Correu o mais rápido possível para o último piso. E, quando avistou os seus amigos, sentou-se no chão e fez bico que nem uma criança emburrada.
Eles, por sua vez, repararam no gesto e aproximaram-se dele com um sorriso enorme na cara.
- Caralho, mano... Você perdeu! – Anunciou vingativamente, .
- Já era, velho! – Gozou .
- Por que você demorou tanto, cara? – perguntou preocupado.
- Ahn, porra... Uma velha aí me reconheceu e... - Eles nem esperaram pela história completa. Caíram na gargalhada como se nunca tivessem visto nada mais engraçado. – Ué! Como vocês queriam que soubesse que uma cota (velha, em calão) me reconheceria?
- Porque nós somos famosos! Quando você vai entender isso? – Disse , continuando a rir sem parar.
- E aí? Pelo menos deu um autógrafo para ela? – Perguntou conseguindo se controlar um pouco.
- Não deu, dude... A dentadura dela caiu! – E ao dizer isso até ele riu um pouco. Mas, ao se lembrar que ainda tinha um castigo pela frente, tentou fazer com que eles se esquecessem. Claro, que eles não caíram nessa.
- E aí? O que vamos dar pra’ ele hoje? – Perguntou com um sorriso malicioso.
- Não gosto desse sorriso, cara – disse .
- Ahn, é que lembrei agora que você nunca havia perdido e que é sempre aquele que sugere os castigos mais pesados...
- É verdade! – Concordou – Está lembrado de que na semana passada você fez com que eu namorasse uma velha?
começou a gargalhar outra vez : - Velho, isso foi tão nojento que até vomitei... Caralho! Dava até para ver sua língua na dela! – Disse ele, fazendo uma careta ao se lembrar daquela cena repugnante.
- E da semana anterior à essa que tive que lamber o chão desse corredor inteiro? – tremeu ao se lembrar do incidente.
pigarreou.
- Bom, como fui eu que cheguei primeiro... Tenho os poderes para decidir o destino do nosso amigo – declarou fazendo uma vénia um tanto quanto exagerada – Após uma breve reflexão, cheguei à conclusão que uma das partes do seu castigo será fazer compras para a velhinha que você deixou pendurada lá em baixo.
Os rapazes franziram o sobrolho.
- Poxa, cara! É o quem perdeu! Você tem que dar algo mais pesado para ele fazer! – Exigiu .
- Concordo! – Assentiu .
- Calem-se, meus súbditos ! Eu sei o que faço – declarou teatralmente.
Bem, quem era para impedir o seu companheiro de lhe castigar com compras para uma velha? Estava super aliviado! Ele havia pensado que teria que lamber a sanita ou algo assim!
“Ahaa! Aí está um castigo que posso dar à próxima pessoa que perder!” – pensou malicioso.
Entraram numa loja de roupa que, estava ali próxima.
- Ahn, não tenho paciência para isto... Posso apanhar qualquer coisa para a senhora? – perguntou.
- Você é que sabe! – Falou .
foi em primeiro lugar para a ala de maquilhagem.
- Hey, pessoas! Vocês bem que me podiam ajudar ou pelo menos me dêem opinião. O que acham que uma velha precisa para ficar bonita?
Eles riram e começaram a apanhar objetos para lhe mostrarem depois. apanhou em primeiro lugar duas mamas de silicone.
- Yah, tipo eu acho que a velha iria gostar de ter algo que pusesse as suas “doing-doings” em cima, outra vez!
- Doing-doings? Xiiii, que nome, dude! Mas, sim, bem pensado... Acho que uma mulher dessa idade deve precisar mesmo.
- Sim, toma também um batom vermelho... Você nos disse que ela não tinha nada na boca para além da dentadura, né? – sugeriu.
- Sim - concordou, pondo os materiais no cesto.
pôs um vestido de gala para a mulher...
- Gente o que nós vamos fazer com tudo isso? Quer dizer, eu não vou dar isso à senhora nem morto... - afirmou, observando o tal vestido com mais atenção. Era daqueles que bem podiam ter vindo do século XIII. Muito longo, verde azeitona e com mangas compridas. Totalmente “urgh”!
- Já penso em alguma coisa! Só de você já estar gastando dinheiro à toa... Bem, já vale o castigo... - declarou .
apanhou uns sapatos altos, da mesma cor do vestido, maravilhosos... (quer dizer para uma cota!) E, o apanhou os acessórios: uma pulseira, um colar de pérolas (falsas, claro!) e um anel de prata (apesar deste ser para ele mesmo) e uma peruca. Afinal, a mulher era praticamente careca...
Ao pagar um balúrdio por todas aquelas porcarias, disse:
- Bem, agora vamos à parte final do castigo!
- O QUÊ? – perguntou assustado.
- Hey, nunca te disse que o castigo era só isso... Bem, você vai ter que vestir tudo aquilo que você comprou para aquela pobre senhora. Pode ir a gente espera!
- Não estou acreditando nesta merda! Ai que porcaria!
Eles riram como os magos da histórias da Disney! E, apesar de tudo, não pode deixar de se rir da situação quando acabou de se vestir...
- Ya, Disney rocks! – Exclamou ele.
gozou:
- Oh, sim… E, você está muito parecido com a Nanny Mcphee! (quem não conhece a Nanny McPhee pode clicar! - cuidado para não apanhar um susto! Ihihiihhihii)
- Nanny McPhee não é da Disney, palerma! – resmungou.
- Ahn, só sei que você está parecido com ela...
- Bem, o seu castigo é dar uma volta pelo shopping assim vestido, e a gente vai para o Mcdonald, porque de lá conseguimos te ver onde quer que você esteja... E, bem, vamos rezar para que nenhum paparazzi te veja assim - acrescentou .
- Amén! – Gozou .
- Vou fazer com que isso acabe tão depressa como começou... Fui! – despediu-se subindo o vestido, mostrando suas pernas. assobiou, gozando com o amigo. E os outros dois sentaram-se no chão gargalhando que nem doidos.
Um pouco longe desta situação, estavam duas amigas que se estavam divertindo imenso com o novo filme de Leonardo DiCaprio (se você não conhece ele… Te mato! Mas, clica aqui, para ver uma foto maravilhosa dele!): A Origem! [n/a: recomendo esse filme, muito bom, mesmo!]
- A gente fez bem em vir nesse filme em vez do Kiss and Kill... Ai, já me deu um pouco de fome! – bufou ao sentir seu estômago resmungar. – Vou buscar algo... Você quer alguma coisa?
- Nah... - negou vagamente, pois estava completamente vidrada no ator principal e na complexidade do filme.
- Então, já volto!
tentou sair dali o mais silenciosamente possível. De forma que não incomodasse os outros espetadores. Para ir ao KFC mais próximo teria de subir até ao quinto andar.
sabia que havia um elevador ali perto, então dirigiu-se para ele. Ao entrar, exclamou:
- Adoro este cinema! Posso entrar e sair dele quantas vezes quiser!
Bateu com o pé no chão, impaciente, enquanto esperava o elevador subir.
Este parou no quarto andar para alguém entrar. De repente apareceu uma senhora alta e, loira com um grande vestido verde azeitona. Esta baixou o olhar e, entrou dentro do elevador sem dizer uma única palavra. Mas, era tarde demais, havia notado de quem se tratava:
- What the... O que você está fazendo, ? – Ela nem esperou que ele respondesse, abanando as mãos em frente à cara – Sabe, nem quero saber... Fique aí com suas maluquices.
“Jesus! Por que que o elevador não tá andando mais depressa?” - pensou , incomodada.
Ficaram em silêncio até que carregou no botão STOP do elevador, parando-o a meio do quarto andar.
- O que você está fazendo?
- Impedindo-nos de estar calados. , quero te pedir desculpas por...
- Não... - disse ela veemente – Nós não vamos ter essa conversa! Não quero ouvir o que você tem a dizer. Por isso põe esse elevador imediatamente a funcionar.
- Não! Você é que me vai ouvir! – gritou, fazendo com que ela se assustasse – Eu fui um palerma...
- Own, só agora você notou? - Perguntou estupidamente.
- Por favor, me deixa acabar de falar... Caso contrário vamos ficar aqui durante muito tempo...
- Fale, então... Se é assim tão importante eu ouvir...
pigarreou.
- Eu fui um palerma... E, é muito dificil reconhecer isso, mas eu fiz uma escolha errada... Você era minha melhor amiga, a pessoa com que eu mais me importava nesse mundo, tirando minha mãe (é claro!)... Durante muito tempo fomos sempre nós dois... Até que um dia quando, realmente precisava, você não estava...
- Como você tem coragem de me culpar depois de...
- Calma, deixa eu terminar de falar, por favor!
- Yah! Mas se despacha! – Ela assentiu impaciente.
- De repente apareceu uma miúda. Ela era simpática, atraente e estava lá... Eu nunca tinha sentido isso por nenhuma garota. Sempre tinha sido você e desta vez era diferente... Simplesmente entrei em pânico... A situação fugiu do meu controle e quando dei por isso já tinha feito uma grande burrada... Se pudesse voltar atrás no tempo as coisas teriam sido diferentes... O que eu estou tentando dizer é que: você é teimosa, orgulhosa e fria, de vez em quando...
- Ahn, chega disso, dude! – Disse ela, tentando o empurrar. Mas ele pegou-a pelos ombros e acrescentou:
- Mas você também é linda, simpática, divertida, inteligente, sincera e eu sinto muitas saudades de te ter por perto... Só Deus sabe o quanto... Me perdoa, por favor.
já não se debatia para sair dos braços dele. Já não tinha forças depois disso...
Sem saber porquê (a sério não me perguntem!), com um impulso ela aproximou-se dele e...
(dêem Play na música, please! É muito importante! Grief and Sorrow- banda sonora de Naruto).
“Ai, caralho! Ela vai-me dar um tapa e dizer que me odeia! Que eu sou um vagabundo!” - Essas bugigangas te ficam tão mal! – gozou, lhe dando um beijo com todo o carinho que ela sentia naquele momento.
Foi muito esquisito para o , pois ele se preparava para rir daquela expressão! Lembrou-se de repente de uma cena há muito tempo. Uma desconhecida muito simpática que ele havia pago um café, depois de ter derrubado as suas compras.
Imediatamente, volta a pegar a pelos ombros, afasta-se dela e diz exasperado:
- Caralho, ! O que você está fazendo? Acho que você percebeu mal as coisas! Eu GOSTO da , não quero nada desse tipo com você! – Disse ele assustado. Mas, depressa acrescentou – Mas podemos continuar amigos, não é?
- Ahn, sim... Claro! – Disse ela, fazendo com que ele lhe soltasse e ficando no canto do elevador, esperando este chegar ao quinto andar, abraçou-se como se estivesse tremendo de frio. Assim que este parou e abriu as suas pesadas portas, saiu dali a correr.
Rejeição: Ó sentimento mais fodido! Quando você é rejeitado parece que alguém te despiu na frente de toda gente e que essa pessoa consegue te magoar com o sentimento que está no fundo do seu ser. Sabe, quando alguém te expele ou não te aceita, está te rejeitando.
O porquê disso acontecer é um mistério... Existem pessoas que o fazem porque os outros podem não ser bonitos ou interessantes o suficiente. Mas não adianta você ser o mais bonito ou inteligente do mundo. Não adianta você fazer uma cirurgia plástica ou um transplante de cérebro. Você continuará a ser rejeitado, pois ninguém é perfeito.
Mas, ainda assim, vai doer. Isso posso te garantir. Até porque você não pode impedir a rejeição de te achar. A não ser, claro, que você pare de viver. Portanto, a única coisa que vos posso aconselhar é para lidarem com a dor que vem com ela da melhor forma possível.
Grite numa almofada, como fez (só não se babe!) ou simplesmente chore até suas lágrimas acabarem. Mas faça algo para que a dor passe! Antes que ela se torne insuportável. Porque mesmo que você não o faça, a vida continuará, assim como a de todos continuou. Porque tudo passará e nada ficará.
Ninguém tem medo de altura . As pessoas têm medo é de caírem.
Ninguém tem medo de nadar. As pessoas têm medo é de se afogarem.
Ninguém tem medo de amar. As pessoas têm medo é da rejeição.
Fim da primeira, e talvez de todas as partes!
N/a de autora: POR FAVOR LEIAM A NOTA ATÉ AO FIM!
Eu sei que muitos de vocês (ou senão todos!) querem-me matar nesse momento. Mas, caros leitores… Teve que ser… A fic tem que acabar assim… Tenho muita pena em vos dizer isto mas, os contos de fadas não existem e, as histórias de amor que acabam bem são difíceis de encontrar. (repito, leia a nota até ao fim! E, não trapaceie… Leia tudo!)
Amei escrever esta fic.. E, é com muita tristeza que vos digo adeus! Foi como me despedir de um amigo muito querido… This is it! Mas, deixemos de falar em coisas tristes… Essa n/a vai ser grande mesmo! Yeah!
Sabem, o que eu achei mais incrível? Descobri algo que não sabia sobre mim! Sabem, sou muito esquisita! Quando as fics ou filmes acabam bem, eu fico tipo: “ahn, isso foi muito previsível!” mas, quando acabam mal, fico muito triste e penso: “não gostei desse filme, não!”… Ou seja, sou uma romântica incurável!
Quero comentar o que achei de cada capitulo desta fiction! (Se não quiser ler, passe um pouco mais à frente)
Capitulo 1 – Amigos… = Bem, é o primeiro capitulo e, você está super-agradecida pela sua vida… Se as coisas pudessem manter assim… Mas, como vocês bem sabem, nada é perfeito!
Capitulo 2 – Tudo passa…= Concorrência in the house! É verdade, seu mcguy tá gostando imenso de sua inimiga! Fuck não!
Capítulo 3 – Fantasy…= Coitado do cara! Sua mãe saiu de casa! E, a piranha da tá ficando amiga de todos…
Capítulo 4 – A Escolha…= O foi um cu! Ele escolheu a ela e, nem te deu alternativa… Já mencionei que amo a música sadness and sorrow? Linda pra’ xuxu!
Capítulo 5 – Consequências…= Esse é o maior capítulo dessa fic! As coisas começam a aquecer visto que terminei o flashback! Adoro a músca de A viagem de Chiiro e, resolvi colocá-la aqui! A piada sobre o Dr. Phill e a Oprah é dedicada ao meu amigo que, nunca lerá isto: Rui Andrade!
Capítulo 6 – Traição…= Esse foi mais curto do que o anterior e muito intenso. É nesse capítulo que a fica realmente apaixonada pelo ... O relacionamento deles é muito atribulado, cheio de segredos e discussões, mas eu gosto! Adoro golfinhos e o nome da discoteca foi uma homenagem aos meus maravilhosos amigos: Pussy; Timon e Alien! A expressão “cagou na sua cabeça” é uma frase da minha amiga Anne, (obrigada, por isso)!
Em relação à musica... AMO F.I.L.! É uma das músicas que eu mais adoro dos Mcfly! E, como já tinha dito antes: I wish you all fall in love, someday!
E, essa vossa inimiga/ amiga, hein? Jesus amado! Que bela forma de usar a nova lingirie dela! LOL! Eu odeio essa menina! Acho que no fim vou matar ela! Hahahahaha! Brincadeira! (acho eu!)
Capítulo 7 – Roubo…= Neste não aconteceu nada de especial... Quer dizer tirando o final... Não conseguia pensar em nenhuma música de jeito e... VOCÊS ESTÃO FODIDAS! A partir desse capitulo as coisas só vão piorar e podem ter a certeza que a história vai finalmente coincidir com o titulo: You're so SCREWED! Hahahahahaah! Agora as coisas vão-se centrar mais nas traições...
Capítulo 8 – O último segredo!= Adorei escrever esse capítulo… Logo no inicio, quando ouvi Too Close For Comfort, pensei: “Ué! Isso pode dar certo! Porque não?”… Pela primeira vez, coagitei a hipótese de a vir a ficar com o … Ele é tão fofo, né? Amei fazer a personagem da pois, ela é uma desequilibrada e, acredito que na vida real ela faria coisas muito piores… A conversa no msn foi dedicada à minha amiga Debbie e, a um meu amigo meu! (amei, estar no meio da vossa confusão!)
Capitulo 9 – Toda a verdade = Vingança, doce vingança… Finalmente, a se defende… Mas, será esta a melhor solução? E, vocês? O que acharam dessa trapalhada? Eu achei que foi FODÃO! (gostei dessa expressão :P) Ela teve o que mereceu! Jesus, imagina só alguém roubar sua roupa interior suja e vender no ebay? Hahahahahahah… d+ sério! Misery Business é uma das músicas mais lindas dos Paramore
Capítulo 10 – Rejeição…=Só o nome do capítulo já me põe com dores de barriga. Gostei, no geral, de escrevê-lo… Principalmente, aquela parte que eles estavam tentando arranjar os posters… Ser famoso é difícil! Essa parte do fim ficou FODÃO! (já disse que amo essa expressão?)… Para poder escrevê-la tive que pensar nas piores coisas da minha vida e, ouvir uma música que me põe chorar! Espero que tenham gostado…
Passemos aos agradecimentos:
À AnneSimpson, querida, quando li seu comentário eu que quase chorei! Hahahahaaha! Você me mostrou que posso querer mais, que devo querer mais! Me mostrou que essa fic podia ter sucesso e, que tudo dependia de mim! Obrigada!
À Jéss Werner, você foi a primeira leitora que pude sentir que realmente, lia e percebia minha fic… Fiquei super-ansiosa para ler seus comentários e, ver o que você achava de tudo isso… Obrigada pela força e, pela sua disposição!
À Andressa, você foi uma das minhas leitoras mais recentes. Mas, não pude deixar de te incluir nessa nota. Você foi uma das amigas que fiz com essa fic! Me tem ajudado imenso, com animes, com fics, com músicas, com cozinhados… Com tudo! Obrigada amiga, por me defender, por gostar dessa fic e, por ser você!
À Cinthy, obrigada por todos os elogios e comentários lindos, flor! Quase chorei quando vi o seu último… Mas, você é uma das garotas mais alegres, verdadeiras e, simpáticas que já vi! Me ajudou imenso e, sempre recomenda minha fic na tag! Te adoro, viu?
À Paloma, os seus comentários fazem com que seja Natal todos os dias (e, daqueles mesmo bons!)… E, você é como eu! Viciada nas dorgas… :P Não é preciso me agradecer por ter posto seu nome na n/a, vc é especial querida!
À Carline e, ao Pussy, vocês preenchem a minha vida! Sabem, com vocês, sinto que alguém sentiria minha falta caso morresse. Sinto que vocês fazem parte de mim… Não conseguiria viver sem vocês… Ainda bem que vos conheci! (tou muito escrota hoje, né?)
Às:, Nilda, Marina, Júnia, Shax, Mayara, e, Daliana não tenho palavras para vos agradecer por terem confiado nessa miúda estudiosa e, terem querido ler uma história que ela resolveu fazer… Vos vejo mais tarde meus amores!
À Debbie, miúda, o queres que te diga? Que te odeio? Isso tu já sabes! Que te lamo? Isso também já sabes! Muito obrigada por tudo, a sério! Sem ti… Bem, não era a mesma coisa… Quando tivermos juntas, vou te chatear tanto, que vais querer voltar para aí outra vez…
À Nadine, gente agradeçam a ela! Sério! Essa história só apareceu graças a ela… Depois de um dia cansativo, ela sentou-se ao meu lado e, contou-me as peripécias dos seus amigos. Por isso, que resolvi fazer esta fic… Porque sem ela, não sei o que seria de mim! Obrigada por tudo, sis…
Aos outros leitores que não pude agradecer mas, que com um simples gesto (comentando) me fizeram a garota mais feliz desse Universo!
E, finalmente a você caro(a) leitor(a) do futuro. Muito obrigada por acompanhar e ler a minha fic até ao final. Espero que você tenha gostado de lê-la tanto o quanto gostei de escrevê-la. Comente aí em baixo! Porque mesmo que esta fic esteja finalizada, vou continuar lendo todos os comentários que vocês escreverem. Mesmo daqui a cem anos (Ué! Invejosos! Eu vou viver para sempre! haahahaaha)… E, mais importante, caso pensem que vale a pena, indiquem ela e, se não for pedir demais (eu peço mesmo!) votem nela para fic do mês! Hahhahhahahaahahah!
Agora, uma surpresa: I’m So Screwed – parte 2!! (muita gente já sabia disso, já que não consigo calar a minha boca!)
Acharam mesmo que a fic iria terminar assim? Poxa, até me ofendem… hahahahhahaah! Bem, posso vos dizer que não vou ter muita pressa em escrevê-la por que agora com a minha nova fic: Save Me From The Nothing I've Become (opa, propaganda!), vou estar muito ocupada!
P.S.: Gente, tentei fazer algo que ficasse bonito e, que não saísse cocozento (Filipe Neto)… Espero, sinceramente, ter conseguido!
Beijos… E, fiquem atentos nas att’s… Um dia desses, apareço por aí! :P
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Útilma nota da beta: Parabéns pela fiction, Flor. Pra mim é ótimo terminar mais uma fiction como beta, ainda mais uma fiction tão boa como a sua. Realmente esperava pelo casal juntinho no final, mas tanto faz, detesto o Felizes para Sempre mesmo.
Comentem bastante, meninas!