Ela olhava novamente as estrelas pela janela de seu quarto. Iria fazer uma viajem no dia seguinte, porém estava sem sono. Estava inerte em seus pensamentos, estava ligada a ‘ele’. Ele realmente era uma pessoa inalcançável para ela. Ela era uma simples Brasileira, que se chamava null null, apaixonada por um cara famoso, null null. Era um amor impossível. Sem nem ao menos perceber, null começou a cantarolar, baixo:
Inalcançável como estrela tão distante
Um amor quase impossível
Invisível como o ar
Você é tão inalcançável
Tão sublime como um anjo
Um amor quase impossível
Como fogo que não arde
É tão inalcançável, inalcançável.
Realmente ele era inalcançável. Olhou no relógio, era hora de viajar. Pegou suas malas e seguiu para o aeroporto. Embarcou rumo aos Estados Unidos. No avião, pensava nele, pensava em null. Aquele ser inalcançável. Pôs-se a chorar. Chorou a ponto de dormir. Foi acordada pela aeromoça, já havia aterrissado. Se levantou e saiu do avião. Pegou suas malas e rumou ao apartamento dado pelos pais. Se acomodou nele e resolveu andar por aí, para conhecer o bairro. Andava cabisbaixa, cantarolando aquela mesma música.
Inalcançável como estrela tão distante
Um amor quase impossível
Você é tão inalcançá...
Parou bruscamente quando bateu em alguém. Foi tão forte que ela se viu caindo no chão, mas, aliás disso, sentiu alguém a abraçando. Se sentiu completa com o calor desse abraço. Toda a tristeza que estava sentindo até então desapareceu momentaneamente. Ouviu a voz do mais velho:
- Seria uma queda e tanto se eu não tivesse se segurado – Ele riu
- É mesmo! Obrigada. – null
<- De nada... Qual é seu nome mesmo? – Ele
<- null e o seu? – Não precisava perguntar, reconhecia a voz dele a quilômetros de distância.
- null, null null... Sabe, null, eu sei de uma sorveteria ótima por aqui. Quer me acompanhar?
- Eu? –null
- Tem outra null aqui, por acaso? – null
- Er, eu acho que não, né... Tá bom, eu aceito! – null o acompanhou.
Sabe, talvez ele não fosse tão inalcançável assim.