Escrita por: Phiiz
Betada por: Leex.
caminhava pelas ruas sem se importar com o caminho que seguia. Queria esquecer. Assim como tinha pedido para ele fazer. Mas não era fácil. Nunca tinha sido fácil para ela esquecer amores passados. Porém, com era diferente.
O princípio daquela história tinha parecido tão perfeito. O primeiro encontro deles, o primeiro beijo, o primeiro toque, o primeiro arrepio, tudo. Mas o que ecoava principalmente na cabeça dela, era o dia em que se tinham conhecido.
Flashback #
era uma jornalista importante em Londres. E recentemente tinha descoberto que o Jonas Brothers iria fazer uma turnê na Inglaterra, portanto, ela faria a cobertura da passagem deles por Londres. Aquele era o dia em que tudo mudaria. Mas ela não pensava assim. Era um simples trabalho. Apenas isso.
Dez da manhã à porta do hotel onde os Jonas estariam. ia acompanhá-los durante o dia para fazer a reportagem. Entrou no edifício e dirigiu-se à recepção pedindo para chamarem os benditos rapazes. Ela rezava para que eles fossem jovens com neurônios. Odiava rockstars (se é que eles eram tal coisa) com a mania da grandeza e que depois não tinham nada na cabeça. Apenas pó e teias de aranha. A rapariga rezava mesmo para que isso não acontecesse.
Ela esperava impacientemente, queria começar a reportagem bem cedo e anotar tudo. Sem perder um único pormenor. Quinze minutos se passaram e nada. Ela bufava inquieta. Acabou por se encostar na poltrona e cochilar por mais dez minutos.
- Esperando há muito tempo? – Ouviu uma voz doce soar no seu ouvido. Abriu os olhos e assustou-se. Jonas estava bem à sua frente com um sorriso encantador. Se não estivesse em trabalho e ele não fosse mundialmente conhecido, era bem capaz de tentar a sua sorte.
- Oi. – Disse com um sorriso tímido. – Bem… Contando com os quinze minutos acordada e… - Parou para ver as horas no seu relógio. – … os dez minutos dormindo. Vinte e cinco minutos não foram assim tanto tempo. – Deu uma risada fraca e olhou bem nos olhos do rapaz que também ria. Ele parecia… Diferente. – , muito prazer.
- Jonas. – Ele sorriu. Um sorriso adorável, sem dúvida.
- Não eram três Jonas? – Perguntou divertida.
- E somos. – Ela ouviu uma voz vinda de trás de si. Virou-se e viu o irmão do meio. – . Jonas, prazer em conhecê-la. – tinha um sorriso galanteador. Totalmente disposto a conquistá-la. não era de se deitar fora, muito pelo contrário, era extremamente bonita. A sua pele morena parecia caramelo e os cabelos castanhos não eram curtos, mas tinham um corte radical. Era perfeita. – A que devo a honra de uma companhia tão bonita? – Ela riu envergonhada. Ele era bonito. Aliás, muito bonito. A pele de tez morena, o cabelo escuro, os braços fortes, aquele olhar fascinante e o sorriso doce.
- Bem, o meu nome é e vou acompanhá-los em uma viagem fantástica durante o dia de hoje. Que acham?
- Mais que ótimo! – Jonas apareceu. Sempre com o seu ar doce e ao mesmo tempo conquistador. Bonito, com um sorriso perfeito e olhos de chocolate. O que ela podia querer mais? Mas aquele… , tinha despertado sua atenção desde o princípio.
- Oi, pessoal. Nós temos que fazer umas entrevistas, e já estamos meio que atrasados para a primeira… - tentou apressar todos. Seus irmãos estavam enchendo de perguntas. Ele meio que tentou “salvá-la”. A verdade é que tinha gostado daquela menina, não queria que seus irmãos a conquistassem, queria conhecê-la melhor.
- Sem problema nenhum. Vamos andando? – A jovem queria fazer o seu trabalho, independentemente do que achasse dos meninos. Depois, talvez pusesse a hipótese de conhecê-los melhor. Mesmo que tivesse achado uma gracinha.
e foram na frente e os dois ficaram mais atrás. Ele queria avançar, mas não sabia como.
- Então e, que idade você tem? – Primeira pergunta que conseguiu inventar.
- Vinte e três anos acabados de fazer. - sorriu. Ele tinha adorado o sorriso dela. – E você?
- Vinte e três anos acabados de fazer. – riu.
- Sério?
- Sério. – Aquela empatia inicial dizia tudo. A atração era inevitável. Atração e algo mais que eles não conseguiam explicar. Algo estranho. Algo complexo. Algo incompreensível. Algo como… amor.
Olhares bastavam. Sorrisos cúmplices, almas gêmeas. Naquele momento, eles souberam que duas pessoas tão compatíveis não podiam passar ao lado. Como uma faísca ou algo assim. Demasiado complexo para simples cérebros humanos entenderem. Só podia ser chamado de uma coisa. Só se podia tornar numa coisa. Amor. Nada mais, nada menos que quatro letrinhas que formavam uma palavra com significado gigante.
O dia passou. Com muita animação e gargalhadas. Era a noite antes do dia do concerto e os quatro jovens decidiram ir num pub qualquer em Londres. Enquanto e saíam pra “rodar a sala” – como eles chamavam -, e se sentaram num canto do bar bebendo e conversando. A conversa animada deu origem a palavras mais sérias, mas um tanto sonhadoras e românticas. Até que não conseguiu resistir mais e aproximou seu rosto do ouvido de .
- Posso te perguntar uma coisa? – Ela estremeceu. estava demasiado próximo. Mas ela estava gostando do momento tanto como ele.
– Tudo o que quiser, honey. – Disse num tom de brincadeira e malícia.
- Promete não zoar? – não percebeu mas assentiu com a cabeça. – Você… acredita em amor à primeira vista? – Ela paralisou e, de seguida, olhou fundo nos olhos dele. sorria de um jeito doce e romântico.
- Se disser que sim você me promete uma coisa? – perguntou com receio. afirmou que sim. – Promete não fugir de mim? Nunca? – Ele riu fraco com o comentário e assentiu. Não precisaram de mais palavras para trocarem o beijo mais especial de suas vidas. partiu o beijo. – E… promete que nunca vai ser como todos os outros e me vai magoar?
- Isso já são duas coisas. – Ele riu.
- Promete. – estava séria. lhe deu um selinho.
- Claro que prometo, pequena.
Flashback Off#
Ele prometeu e não cumpriu. Isso tinha sido seu pior erro. O pior deles todos. Não pela traição, não por ser o maior canalha que ela já tinha conhecido. Mas sim por não ter cumprido sua promessa.
Se ela estava mal, era por causa dele. E de sua estúpida promessa. E daquelas palavras todas insignificantes que ele sempre tinha usado com ela.
sofria e ? Onde ele estaria naquele momento? Provavelmente estava rindo da cara dela num sítio qualquer. Seguindo sua vida com a maior das calmas. Sendo um completo babaca com todo o mundo. Era isso que ele era, um babaca. E a única coisa que sabia ser.
entrou em casa. Seus planos para aquele dia eram: virar vegetal. Sentou no sofá, em frente da televisão, com o maior pote de gelado de chocolate que tinha encontrado à venda. Ligou a “caixinha mágica” e colocou uma enorme colher de gelado na boba.
Zapping não estava resultando naquela altura. Decidiu parar num canal qualquer sobre música. Estava dando um programa do estilo ‘Total Request Alive’, mas versão inglesa. Anunciaram convidados surpresa. Quem seriam?, pensou ela. Não estava nem aí pra quem estaria naquele programinha de treta, nem pra quem ia lá. Só perguntou pra encher a cabeça de pensamentos.
Uma música meio melancólica começou tocando no programa. Fizeram grande plano da guitarra e só da guitarra. Quem seriam aqueles “convidados especiais”?
Ouviu uma voz conhecida e quase se engasgou com o gelado. .
Broken hearts and last goodbyes
Restless nights but lullabies
Helps to make this pain go away
I realize I let you down
Told you that I'd be around
Buildin' up the strength just to say
I'm sorry
For breakin' all the promises that I wasn't around to keep
It's all me
This time is the last time I will ever beg you to stay
But you're already on your way
Filled with sorrow, filled with pain
Knowing that I am to blame
For leavin' your heart out in the rain
And I know your gonna walk away
Leave me with the price to pay
Before you go I wanted to say
Yeah
That I'm sorry
For breakin' all the promises that I wasn't around to keep
And it's all me
This time is the last time I will ever beg you to stay
But you're already on your way
I can't make it alive on my own
But if you have to go, then please girl
Just leave me alone
'Cause I don't want to see you and me going our separate ways
Begging you to stay
If it isn't too late
I'm sorry
For breakin' all the promises that I wasn't around to keep
It's all me
This time is the last time I will ever beg you to stay
But you're already on your way
But you're already on your way
Lágrimas caiam incontrolavelmente de sua face. Ela não queria reprimi-las mais. Apesar de tudo, amava mais que sua própria vida.
- , se você apenas me deixasse dizer… - estava de cabeça baixa. – Só dessa vez… - Ele levantou a cabeça e ela viu lágrimas correndo de seu rosto. chorava! – Que eu te amo… - Ele estava com o olhar vago como se não tivesse forças para continuar. Voltou a fitar a câmera. – Tudo seria diferente.
E nisto, saiu do palco correndo. Ela não acreditava. Ele a amava? Mesmo? Depois de tudo, ele ainda conseguia dizer que a amava? Mas… desta vez parecia sentido. Tão real.
Não conseguiu fazer mais nada. Desligou a televisão e foi pró seu quarto. Deitou em sua cama e ficou fitando o teto. Sem pensar em nada. Absolutamente em branco. Não soube quanto tempo ficou assim, como que parada no tempo. Mas foi acordada de um transe profundo pela campainha.
Caminhou até à sala e abriu a porta. Ele estava lá. Jonas. Com a cara vermelha, os olhos marejados e uma simples rosa em sua mão.
- Me desculpa. – Ele só conseguiu dizer isso antes que o abraçasse com todas as suas forças. Apesar de tudo, ela precisava dele. Precisava do amor dele. Dos carinhos dele. De seus beijos, de suas palavras, de tudo. Ele era sua vida. amava Jonas. E nada, nem ninguém poderia mudar isso.