As luzes em tons vermelhos iluminavam todo o ambiente. O homem deitado na cama redonda de lençóis igualmente vermelhos admirava a mulher de cabelos , olhos quase negros, lábios carnudos e curvas acentuadas. Ela vestia apenas uma lingerie preta de renda e lhe sorria perversamente, mas na mente do rapaz aquilo lhe parecia um sorriso pervertido e libidinoso.
Não havia muita coisa no quarto além da cama redonda, espelhos no teto e uma mesa com comidas que ficava ao lado de uma geladeira, de onde a mulher havia tirado o champagne.
Após terminar de beber ela respirou fundo e andou a passos lentos e sensuais em direção ao homem. Ao subir na cama a mulher rastejou de quatro até ficar quase em cima do homem, sentou em seu quadril e logo tirou as duas únicas peças de roupa que havia em seu corpo.
O homem sorriu e a admirou, suas mãos percorreram toda a extensão do tronco até as coxas da mulher, onde ficaram espalmadas. Ela lhe sorriu pervertidamente e abaixou o rosto na altura do rapaz, para que pudessem iniciar um beijo.
Ele a beijava com desejo, enquanto a mulher apenas fazia o que já estava acostumada. O homem não percebera o desinteresse dela, acreditava que também a estava satisfazendo como ela o satisfazia.
Após se cansar de esperar e já começar a ficar sem tempo, pois em algumas horas amanheceria, ela parou de beijar o homem e se posicionou sobre o membro ereto do rapaz, movimentando-se de forma que ele a penetrasse.
Ela começou com movimentos lentos, mas logo se tornou algo frenético e ritmado. Gemidos, ora mais altos e ora apenas suspiros, saiam da garganta do homem. A cabeça da mulher estava tombada para trás e ela sorria.
De repente ela olhou para o homem e colocou uma de suas mãos em seu pescoço, apertando um pouco. O homem não entendeu a atitude da mulher, mas sentiu medo quando, pela primeira vez, reconheceu um sorriso sádico e perverso no rosto dela.
Os movimentos dela ficavam cada vez mais fortes e ele sentia medo, apenas medo. Mas o que era medo se tornou pavor quando os olhos da mulher tomaram um tom vermelho. Havia um brilho intenso neles, um brilho estranho.
Ele tentou desviar o olhar do dela, mas quando o fez ela cravou as unhas em seu pescoço e o obrigou a olhá-la dentro dos olhos.
A cada segundo ele se sentia mais e mais fraco. Sentia toda sua energia ser sugada e sua vida esvaindo de si. Ao olhar para o espelho que havia no teto, ele pode jurar que vira asas na mulher. Asas negras. Asas de morcego. Asas de demônio.
O rapaz tentou gritar, mas, além do cansaço, o aperto das mãos dela em seu pescoço o impediu. Suas mãos apertaram fortemente as coxas da mulher. Ela poderia sentir dor, mas não sentiu.
Ele já estava exausto quando viu um sorriso sádico no rosto da mulher e em seguida sentiu a vida se esvair por completo.
A mulher arqueou as costas e tombou a cabeça para trás, ela gemeu alto e soltou uma gargalhada em seguida. Era um prazer inexplicável, que ninguém nunca entenderia. Era quase um clímax.
Ela olhou o corpo sem vida do rapaz, seus olhos ainda estavam abertos e sem brilho. Não havia nada neles, certamente porque o rapaz estava tão cansado quando morreu que sequer conseguia sentir algo.
Um sorriso estampou o rosto delicado e, agora, angelical da mulher. Dessa vez o sorriso era doce, não havia nenhum tipo de maldade nele. Ela esticou a mão e fechou os olhos do rapaz, levantou-se em seguida e o cobriu com os lençóis.
Ela colocou seu vestido vermelho de cetim tomara-que-caia e o louboutin preto - obviamente, de olas vermelhas -. Pegou a pequena bolsa Chanel preta e retocou a maquiagem.
Ao sair do quarto ela sorriu mais uma vez, o coitado que agora estava morto na cama de um hotel mereceu o que lhe aconteceu. Tinha mulher e filhos, ambos o amavam e fariam tudo por ele, por que, então, ele ia todas as noites na Red e saia com prostitutas?
Ela respirou fundo, sentindo os últimos resquícios do enorme prazer que acabara de sentir. Saiu do quarto a passos lentos, ao chegar à recepção olhou para o homem e lhe sorriu sensualmente. Ele não resistiu a admirá-la.
- O rapaz que entrou comigo irá pagar a conta. - Ela disse lentamente. Fazendo com que o homem acompanhasse os movimentos de seus lábios.
- Ok. - Ele disse simplesmente, hipnotizado demais pelos lábios vermelhos da mulher.
Ela virou-se e saiu andando lentamente, deixando o velho da recepção extasiado com o movimento de seus quadris.
A mulher andou pela estrada deserta durante alguns minutos e, nesse pouco tempo, vários motoristas pararam perguntando se ela precisava de carona. Obviamente ela ficou tentada a ir, mas logo amanheceria e ela já havia conseguido o que queria naquela noite.
Ao chegar ao Red, o melhor bar da região, ela procurou por seu Audi A3 preto por entre os poucos carros do estacionamento de terra em frente à grande construção de madeira.
O local onde hoje era o Red, fora há muito tempo um estábulo enorme de cavalos, tanto que na parte de trás ainda havia as "pistas" onde os cavalos eram treinados.
Era muito bonito: todo de madeira em um tom desbotado. Quando se olhava de frente tinha o teto em formato triangular, como o de uma casa. O atual dono o havia reformado, então não havia mais aquele enorme portão de quando era estábulo. Agora tinha uma espécie de varanda e duas portas grandes de entrada.
O símbolo do bar era uma mulher dentro de um copo de Whisky. Uma clara cópia da mulher e uma taça, mas enfim. O símbolo ficava bem acima do teto da varando. Tinha a mulher no copo de Whisky e bem ao lado estava escrito "Red", era todo iluminado por luzes vermelhas que vinham de dentro das próprias imagens.
Ela parou de admirar a beleza country do bar e logo foi em direção ao seu carro, adentrando-o assim que abriu a porta. Já passava das quatro da manhã, ela tinha que se apressar.
Dirigiu rápido até sua casa, onde, assim que entrou, foi direto ao seu quarto. Ao entrar no local admirou , seu namorado, que estava deitado no lado esquerdo da cama, dormindo tranquilamente.
Ela pegou as roupas que havia jogado no chão antes de sair e trocou o vestido vermelho por uma calça de moletom cinza e uma camiseta regata branca. Ela escondeu o vestido no fundo falso do armário e foi até o banheiro tirar a maquiagem.
Assim que terminou de tirar todos os resquícios de maquiagem ela foi para o seu quarto e se deitou ao lado de . Em segundos o sono veio.
Após a menina adormecer, um pequeno espaço abriu-se entre seus lábios e, por ali, começou a sair uma fumaça preta que ia em direção ao teto e entrava no ar condicionado.
Levou alguns minutos até que o último resquício daquela fumaça saísse e quando ela acabou por completo não havia mais mulher alguma. Não havia mais lindas curvas ou lábios carnudos. Era apenas . Apenas e mais ninguém.
Capítulo 1
A luz atingiu seus olhos obrigando-a a acordar sem nenhuma pena. Ela tentou virar para o outro lado e voltar a dormir, mas a lembrança de que ainda era quarta-feira e tinha que trabalhar a fez despertar.
sentou-se na cama, estava morta de cansada, mas tinha de levantar. Ela olhou o namorado. tinha cabelos e olhos intensamente , seu corpo não era muito definido, mas ele não era muito magro. Seus lábios eram um pouco rosados e tinham o formato perfeito. Cada detalhe nele parecia ser perfeito.
Apesar de não se achar feia, não resistia a se questionar sobre o que ele viu nela. Ela tinha olhos e cabelos , seus lábios não eram carnudos, mas também não eram finos demais. Seu corpo era pequeno e ela não tinha muitas curvas, os seios, ela agradecia por terem um tamanho "decente" e o bumbum, que ela herdara de sua mãe que era brasileira. Sua cintura era fina. Mas como seu corpo era pequeno, essas curvas não eram tão facilmente perceptíveis.
Ela olhou o quarto, era tudo branco, branco demais para seu gosto. O chão tinha um carpete branco. Havia 4 paredes no quarto: A da porta e da TV, a do guarda-roupas, a da janela e a da cama.
Do lado direito da porta, a uma distância considerável, havia uma TV LCD de 29 Polegadas. Do lado direito, praticamente colado ao batente da porta, havia um quadro vertical - que se estendia do chão até o fim da porta - com fotos do rosto de Marilyn Monroe.
O guarda-roupa ocupava a parede inteira e também era branco. Na parede em frente à porta, acima da cabeceira da cama, havia quatro quadros, cada um com o rosto de um Beatle. Na parede ao lado havia uma enorme janela.
O apartamento era de , que era filho de um produtor de trigo do Kansas. Ele era rico, havia oferecido um trabalho melhor a , mas ela não aceitou. Queria terminar a faculdade de administração primeiro. Até lá continuaria sendo bibliotecária.
Ela respirou fundo, e logo as lembranças da noite anterior vieram como um soco. Ela fechou os olhos envergonhada. Não podia ter feito aquelas coisas. Perguntava-se por que não conseguia evitar aquilo, tentava a todo custo lutar contra o que lhe tomava o corpo todas as noites, mas ela não conseguia.
Precisava descobrir o que era aquilo, não aguentava mais ver homens morrendo por sua causa e ela sequer sabia o que fazia.
Forçou sua mente a parar de pensar naquilo, já havia tanto tempo que aquilo acontecia, que ela já parara de sentir medo.
Ela levantou e foi direto ao banheiro. Fez sua higiene matinal, tomou banho e logo estava de calcas jeans em tom azul, uma camisa cinza do Mickey, um terninho azul e sapatilhas vermelhas.
Ela foi até o quarto e acordou com beijos no pescoço, ele sorriu e olhou para menina.
- Fica até bom acordar assim. - Ele disse sentando-se e passando a mão pelo rosto amassado pelas horas seguidas dormindo.
- Você não pode ficar dormindo o dia todo, . Entenda. - Ela disse rindo.
- Posso sim. Por que não poderia? - Ele disse rindo e já se levantando.
- Porque isso acaba com sua vida, já que você não trabalha e perde coisas muito importantes. - Ela disse indo até o guarda-roupa e abrindo a porta, começando a passar um batom vermelho em seguida.
- Você fala como minha mãe, e olha que tem só 21 anos. - Ele disse se espreguiçando.
- Maturidade não é questão de idade, e sim de inteligência. - Ela disse virando-se e indo em direção à porta, sendo seguida por .
Ele foi até o banheiro e fez sua higiene, enquanto ela preparava café, leite, suco de laranja e ovos com bacon para o café-da-manhã.
- Que lindo, minha namorada sabe fazer comida. - Ele disse abraçando-a pela cintura e afundando o rosto no pescoço dela.
- Não, . Eu sei fritar ovos com bacon, fazer suco de pacotinho, café, achocolatado, e coisas congeladas. Mais nada. - Ela disse rindo e indo em direção à mesa.
- Isso me sustenta muito bem. - Ele disse sentando-se na mesa redonda à frente dela e logo pegando um pouco dos ovos e um copo de suco para si.
- Pode até nos sustentar, mas isso destrói a nossa saúde. - Ela disse rindo.
- Cara, hoje você ta chata. – Ele disse começando a comer.
- Admiro sua sinceridade, . - Ela disse sorrindo.
Eles terminaram o café em silêncio, lavou a louça e em seguida saiu de casa indo para a biblioteca. Despediu-se de com um beijo rápido.
estava estranhando a namorada, já havia um tempo que ela estava agindo friamente consigo, e ele não fazia ideia do por que daquilo. Sempre fora um ótimo namorado para ela, procurava não dar motivos para que ela se aborrecesse.
O rapaz sequer imaginava o que estava acontecendo, na verdade ninguém poderia imaginar. Aqueles que imaginavam se achavam loucos.
Quando chegou à biblioteca pensou em pesquisar sobre aquilo, sobre o que a estava “possuindo” daquela forma e fazendo tais coisas com seu corpo, mas aquele dia fora estranhamente movimentado.
Ao terminar o expediente, pontualmente às 6:00 PM, ela tirou o jaleco verde musgo com o símbolo da biblioteca que era obrigada a usar e logo foi para a sua casa. Por algum motivo tinha esperanças de passar uma noite tranquila. Ela sempre tinha esperanças.
Estava tomando banho, como sempre, quando sentiu alguém entrar por sua boca e tomar-lhe seu corpo por inteiro. Era uma sensação de que algo arrancava sua alma de si, parecia que, o que quer que fosse que entrava dentro dela, empurrava seus órgãos para baixo para poder se acomodar dentro de si.
Ela abriu os olhos, não existia mais , agora era ela outra vez. A mulher.
Capítulo 2
O Red estava vazio naquela noite quando ela chegou, naquele dia o vestido era de cetim preto, as alças eram finas e o decote era em U com uma sobra de tecido que ficavam caídos. As costas eram completamente tampadas. O scarpin era preto, assim como a bolsa. O cabelo estava perfeitamente penteado e ondulado para o lado esquerdo. A maquiagem realçava seus olhos e sua boca, que adquirira um tom vermelho sangue.
Ela chegou sorrindo enigmática como sempre. Sentou-se em um banco em frente ao balcão e pediu uma dose de vodka. Todos olhavam para ela, apesar dela ir lá todos os dias não era normal alguém se vestir daquela maneira para ir ao Red. As mulheres a chamavam de piranha, os homens babavam feito bobos.
Ela respirou fundo quando sua vodka chegou, olhou em volta. Era hora da caça. Nenhum dos homens ali lhe interessava, eram todos gordos e já estavam no fim da vida pelo que pôde perceber.
Ela ficou distraída olhando para os homens e as mulheres que estavam no seu lado esquerdo, enquanto passava o dedo na borda do copo que estava à sua frente. Após alguns minutos fazendo isso, ela sentiu alguém sentar-se ao seu lado e pedir uma cerveja.
Ela forçou a visão periférica, que já era apurada, para tentar ver o homem ao seu lado. Seus sentidos lhe diziam que ele era relativamente saudável e jovem. E sua visão lhe mostrava que esse relativamente na verdade era completamente.
O rapaz tinha cabelos loiros bagunçados e olhos verdes. Seus lábios tinham um formato perfeito e seu nariz não era grande e nem pequeno. Sua pele tinha um leve bronzeado de sol. Pelo que ela pôde perceber o rapaz era relativamente alto e tinha o corpo forte e definido. Ela havia acabado de fazer sua escolha.
- Não está arrumada demais para vir em um bar? - Ele perguntou enquanto bebia o primeiro gole de sua cerveja direto da garrafa.
- Eu venho de uma festa. - Ela mentiu sorrindo sedutoramente para o homem que acompanhou cada movimento de seus lábios com os olhos.
- Então você vai à festas todos os dias? - Ele perguntou irônico.
- E se eu for, qual o problema? - Ela indagou com um sorriso irônico estampando seu rosto.
- Nenhum. Mas você não deveria vir a lugares como esse vestida assim. - Ele disse olhando-a dos pés à cabeça.
- Bom, eu sei me defender. - Ela sorriu e bebeu mais um gole de sua vodka.
- Tem muitos perigos que nós não aprendemos na escola. - Ele disse virando-se completamente para ela, que fez o mesmo, só que deixando suas pernas cruzadas entre os joelhos do rapaz.
- Jura? Me dê alguns exemplos. - Ela disse sorrindo como se realmente estivesse curiosa.
- Criaturas da noite. - Ele disse arqueando uma sobrancelhas .
- Criaturas da noite? Isso me parece... Sexy. - Ela disse sorrindo e bebendo mais um gole de vodka.
- Sexy? - Ele perguntou rindo.
- Sim, sexy. - Ela sorriu pervertidamente para o rapaz, que logo se recostou ao encosto pequeno dos bancos.
- Você é louca? - Ele perguntou cruzando os braços.
- Um pouco.
- Não há nada de sexy nessas criaturas. Eu garanto. - Ele disse inclinando-se para frente e fazendo desenhos nos joelhos à mostra da mulher.
- Ah é? Como pode me garantir? - Ela indagou.
- Eu sou Dean Winchester, baby. Já vi e vivi o inferno. - Ele disse apresentando-se a ela, que de cara reconheceu o nome.
- Eu sei muito bem como é o inferno. - Ela disse com um sorriso estranho no rosto.
- Muita gente acha que sabe. Vocês nem imaginam. - Ele disse sorrindo.
- Dean, você não acha que está falando demais? - O rapaz não entendeu o que ela quis dizer com aquilo, mas ele lembrou-se de que ainda não sabia o nome dela.
- Qual o seu nome? - Ele perguntou sério.
- O nome é só uma perda de tempo. - Ela disse, terminando sua vodka.
- Perda de tempo? - Ele perguntou rindo confuso.
- Hoje em dia as pessoas conseguem identidades falsas facilmente. Usam apenas os apelidos, quase esquecem os próprios nomes. Qual o sentido disso? - Ela perguntou sorrindo.
- Então ta, pessoa sem nome. - Ele disse rindo e terminando sua cerveja. - Quer sair daqui?
- Eu quero. - Ele disse já se levantando.
O casal dirigiu-se até o estacionamento, lá a mulher reconheceu o já tão famoso Chevy Impala 67 dos irmãos Winchester. Eles foram até o carro e ela própria abriu a porta do carona para entrar.
- Pra onde? - Ele perguntou enquanto ligava o carro.
- Pra onde você quer ir? - Ele respondeu a pergunta.
- Eu acho que tem um Motel aqui perto. - Ele disse pensativo.
- Está fechado. Um homem foi encontrado morto lá ontem. - Ela disse sorrindo ao se lembrar de sua última vítima.
- Então vamos para algum hotel do centro. - Ele disse, já indo na direção.
- Vire à esquerda, daqui uns 5 km tem um motel meia boca chamado “O Toureiro”. - Ela sugeriu.
- Ok. - Ele disse ligando o rádio e deixando a guitarra de Jimmy Page e a voz de Robert Plant em “Black Dog” tomar conta do carro.
“I gotta roll, can't stand still
Got a flame in heart, can't get my fill
Eyes that shine burning red
Dreams of you all through my head”
Ambos cantavam baixinho a música, mexendo a cabeça e o corpo de maneira que só a harmonia perfeita do rock progressivo do Led Zeppelin conseguia fazer com ambos.
A mulher pensava na sorte que tivera, finalmente havia encontrado o tão famoso Dean Winchester. Aquele que havia ido ao inferno e voltado, a espada de Michael, o protegido de Castiel. Ela o iria matar, finalmente conseguiria o que todos de sua raça sempre quiseram, vingaria Azazel¹ como Asmodeus² queria.
Ela conhecia a fama de Sam Winchester gostar de demônios e seres do tipo, mas não esperava que fosse enganar Dean – o bom e fiel filho de John – tão facilmente.
E Dean simplesmente não pensava. Estava nervoso. Foi para aquele bar para esquecer um pouco dos problemas. Sam havia bebido sangue de demônio outra vez, depois de tanto tempo sem. Aquilo o estava enlouquecendo.
Em poucos minutos estavam no motel que ela mencionou. Assim como o Red o local era uma construção antiga e de madeira em tom desbotado. O local era em formato L e tinha várias portas, que Dean deduziu serem os quartos.
Os dois dirigiram-se à recepção, que ficava do lado esquerdo e era menor que o outro lado. Pediram um quarto, a mulher pediu o numero 13. Dean não entendeu a preferência da mulher, mas não se importou com aquilo.
Quando chegaram ao quarto, ela logo tirou os sapatos e bagunçou um pouco os cabelos. Dean tirou o casaco de couro e a camisa verde militar de botões, ficando apenas com uma camisa preta de malha, que marcava seu abdome definido.
Ela foi até a pequena geladeira que havia no local e pegou duas garrafas pequenas de cervejas. Abriu ambas e foi até Dean, entregando-lhe uma delas. Ela sentou ao seu lado na cama. Suas pernas estavam cruzadas e ela se apoiava no cotovelo esquerdo, enquanto na mão direita ela segurava a cerveja. Estava meio sentada e meio deitada.
- Vamos fazer o que agora? - Ele perguntou olhando-a de lado.
- Não sei. O que você quer fazer? - Ela lhe respondeu com uma pergunta.
- Adivinha! - Ele disse rindo divertido e virando de lado para poder olha a mulher.
- Bom, eu to aqui. - Ela disse, mandando um olhar desafiador para o rapaz.
Dean sorriu pervertidamente e tirou a cerveja da mão da garota, colocando a dele e a dela no chão ao lado da cama. Ele voltou-se para ela e sorriu enquanto ajeitava-se, deitando de lado em frente a ela.
Ele posicionou sua mão na parte de trás do joelho da mulher e puxou para si, entrelaçando suas pernas. Ela ficou completamente deitada na cama e ele ficou com um dos braços acima da cabeça dela, enquanto o outro percorria todo o seu corpo.
Ele sorriu e beijou-a. Ela entrelaçou seus dedos no cabelo do rapaz, bagunçando-os completamente. A mão do rapaz apertava fortemente sua cintura e a puxava para mais perto.
Naquele beijo havia apenas desejo e libido. Nada, além disso. O rapaz a apertava em seu corpo, e ela o puxava contra si. Estavam grudados um ao outro, envolvidos em um beijo repleto de raiva e desejo.
Ele deitou sobre ela, descendo os beijos por seu pescoço e apertando seus seios. Ela gemia baixo e vez ou outra soltava algum risinho sem motivo.
Dean parou o que fazia e sentou entre as pernas da garota. Passou as mãos por suas coxas, fazendo o vestido levantar até o umbigo e deixando a calcinha vermelha com rendas pretas à mostra. Ele sorriu com a visão privilegiada.
Ela se remexeu um pouco e abriu o vestido, que tinha o zíper no lado esquerdo. Ele segurou a barra do vestido e o subiu até os seios da mulher, que terminou de tirá-lo, ficando apenas de lingerie.
As mãos de Dean percorreram todo o corpo da mulher, seus olhos transpareciam todo o desejo que sentia pela mulher à sua frente.
Ele desceu mais uma vez, depositando beijos e mordidas no pescoço e nos seios dela, que bagunçava freneticamente seus cabelos loiros. Ela sorriu para Dean e tirou sua camisa preta, jogando-a longe.
O rapaz praticamente arrancou o sutiã dela, apertando fortemente os seios que acabavam de ser libertos. Em seguida, ele sorriu pervertidamente para ela e, com os lábios, tomou seus seios para si. Ele dava leves mordidas no seio esquerdo, enquanto apertava o direito, estava deixando marcas vermelhas por toda a região.
Ela gemia e ria com as carícias de Dean. Quando ele finalmente parou com a provocação, ela espalmou suas mãos no peito do rapaz e o empurrou para o lado, sentando em seu quadril em seguida.
Ela desabotoou as calças do rapaz e as tirou logo em seguida, deixando-o apenas de boxer preta. Ela olhou o corpo do rapaz embaixo do seu, só aquela imagem já a excitava.
Ela mordeu o lábio inferior e sorriu provocante para Dean. Ela desceu o tronco até o dele e então começou a depositar leves beijos e, vez ou outra, alguma mordida. Desceu os beijos por todo o tronco, parando apenas quando sentiu a mão de Dean puxando-a para cima.
Sem partir o beijo, ele a empurrou para o lado, deitando sobre ela. Em instantes já não havia nada que separasse os dois, nenhum pedaço de pano incômodo. E logo eles já eram apenas um.
O ritmo era frenético, o som dos gemidos e suspiros que saíam da garganta de ambos tomava o quarto, que agora parecia pequeno e quente demais.
Ambos estavam suados, tentavam se beijar algumas vezes, mas era impossível. O beijo sempre terminava em mordidas, o que já havia causado um pequeno machucado na boca de .
A mulher espalmou suas mãos no peito do rapaz e mais uma vez ficou em cima dele. Repetindo o que fazia com todos os homens, ela colocou a mão no pescoço de Dean e o olhou dentro dos olhos. Por algum motivo seus poderes não estavam funcionando como antes. Ela conseguia sugar a energia dele, mas não como queria.
Dean sentia-se cansado. Mais do que o normal. Ele via um misto de confusão e raiva nos olhos da mulher, que agora adquiriram um brilho diferente, um brilho vermelho. Ele sabia, só agora, que ela não era humana, e nem havia percebido.
Ela esforçava-se, mas nada acontecia, a energia que vinha para si era mínima. Aquilo não a sustentaria por muito tempo, precisava de mais. Já passava das 2:00 AM, ela conseguiu visualizar no relógio acima da cama. Mesmo que conseguisse se safar de Dean, que agora já sabia que ela não era humana, não conseguiria achar outro homem decente àquela hora.
Ele sabia que devia parar, o que quer que aquele ser fosse, aquilo não era humano e poderia matá-lo a qualquer momento. Mas ele não conseguia, já havia ido longe demais. Era impossível parar agora.
Ambos atingiram seu ápice, apesar do da mulher ser muito mais fraco que o normal, ela ainda era capaz de chegar ao orgasmo sem ter sugado toda a energia do homem.
Ela deitou ao lado de Dean, a respiração de ambos estava descompassada. Dean estava exausto, sequer aguentava manter os olhos abertos. A mulher fechou os olhos e deixou que o sono viesse, o que aconteceu rápido. A típica fumaça preta saiu pelo pequeno espaço aberto entre os lábios machucados de , mas dessa vez foi muito mais rápido.
Dean olhou para a menina ao seu lado, ele sabia que não era a mesma com quem havia estado. Tinha certeza disso.
Azazel – O demônio dos olhos amarelos.
Asmodeus – Demônio da luxuria.
Capítulos betados por Thaciane Millena
Regna terrae, cantate deo, psállite dómino, tribuite virtutem deo Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis adversarii, omnis legio, omnis congregatio et secta diabolica, in nomine et virtute Domini Nostri Jesu + Christi, eradicare et effugare a Dei Ecclesia, ab animabus ad imaginem Dei conditis ac pretioso divini Agni sanguine redemptis + . Non ultra audeas, serpens callidissime, decipere humanum genus, Dei Ecclesiam persequi, ac Dei electos excutere et cribrare sicut triticum + . Imperat tibi Deus altissimus + , cui in magna tua superbia te similem haberi adhuc præsumis; qui omnes homines vult salvos fieri et ad agnitionem veritaris venire. Imperat tibi Deus Pater + ; imperat tibi Deus Filius + ; imperat tibi Deus Spiritus Sanctus + . Imperat tibi majestas Christi, æternum Dei Verbum, caro factum + , qui pro salute generis nostri tua invidia perditi, humiliavit semetipsum facfus hobediens usque ad mortem; qui Ecclesiam suam ædificavit supra firmam petram, et portas inferi adversus eam nunquam esse prævalituras edixit, cum ea ipse permansurus omnibus diebus usque ad consummationem sæculi. Imperat tibi sacramentum Crucis + , omniumque christianæ fidei Mysteriorum virtus +. Imperat tibi excelsa Dei Genitrix Virgo Maria + , quæ superbissimum caput tuum a primo instanti immaculatæ suæ conceptionis in sua humilitate contrivit. Imperat tibi fides sanctorum Apostolorum Petri et Pauli, et ceterorum Apostolorum + . Imperat tibi Martyrum sanguis, ac pia Sanctorum et Sanctarum omnium intercessio +.
O espírito saiu do corpo momentaneamente, deixando à mostra seus olhos extremamente vermelhos, suas asas de morcego. Em seu rosto havia apenas seus olhos, nada mais que isso. Sua pele era flácida e parecia cremosa.
Logo o demônio voltou ao corpo de . Todas as veias que havia em seus olhos e na região em volta deles ganharam um volume imenso, fazendo com que parecessem cordas abaixo de sua pele. Seus olhos eram de um tom vermelho assustador.
Ela soltou uma risada, sua voz saiu grossa e ecoava por todo o ambiente. Ela colocou a mão nos olhos e jogou em direção a Dean, que caiu no chão. Sam soltou o espelho e tentou empurrá-la, mas ela o mordeu e tirou um pequeno pedaço de seu braço.
Ele recuou segurando o braço e sentindo uma dor enorme no local. Ela mastigava o pedaço que havia tirado de Sam, então olhou para Dean. Quando o fez, ele segurava um espelho à frente de seu rosto.
O demônio pulou para trás caindo sobre suas mãos e pés, em uma posição que lembrava um macaco. As roupas estavam rasgadas e o sangue de Sam misturava-se com o que descia dos olhos dela.
Ela fazia sons parecidos com o de um rosnado, atrás de si era possível ver a sombra de suas asas de morcego. Era horrível.
Ergo, draco maledicte et omnis legio diabolica, adjuramus te per Deum + vivum, per Deum + verum, per Deum + sanctum, per Deum qui sic dilexit mundum, ut Filium suum unigenitum daret, ut omnes qui credit in eum non pereat, sed habeat vitam æternam: cessa decipere humanas creaturas, eisque æternæ perditionìs venenum propinare: desine Ecclesiæ nocere, et ejus libertati laqueos injicere. Vade, satana, inventor et magister omnis fallaciæ, hostis humanæ salutis. Da locum Christo, in quo nihil invenisti de operibus tuis; da locum Ecclesiæ uni, sanctæ, catholicæ, et apostolicæ, quam Christus ipse acquisivit sanguine suo. Humiliare sub potenti manu Dei; contremisce et effuge, invocato a nobis sancto et terribili nomine Jesu, quem inferi tremunt, cui Virtutes cælorum et Potestates et Dominationes subjectæ sunt; quem Cherubim et Seraphim indefessis vocibus laudant, dicentes: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus Sabaoth.
V. Domine, exaudi orationem meam.
R. Et clamor meus ad te veniat.
[si fuerit saltem diaconus subjungat V. Dominus vobiscum.
R. Et cum spiritu tuo.]
Dean recomeçou o exorcismo, sendo mais uma vez interrompido pelo demônio em cima de seu corpo. Dessa vez ele pode ver o corpo de caído inerte em meio à Chave de Salomão*, o que significava que aquele não era um demônio como os outros, que só poderiam sair do círculo se fossem libertados.
A pele do bicho era gelatinosa, suas veias eram vermelhas e pareciam cordas sob sua pele. Seus olhos eram grande e extremamente vermelhos. Com suas garras, ele segurou o rosto de Dean e começou a sugar sua energia.
Oremus.
Deus coeli, Deus terræ, Deus Angelorum, Deus Archangelorum, Deus Patriarcharum, Deus Prophetarum, Deus Apostolorum, Deus Martyrum, Deus Confessorum, Deus Virginum, Deus qui potestatem habes donare vitam post mortem, requiem post laborem; quia non est Deus præter te, nec esse potest nisi tu creator omnium visibilium et invisibilium, cujus regni non erit finis: humiIiter majestati gloriæ tuæ supplicamus, ut ab omni infernalium spirituum potestate, laqueo, deceptione et nequitia nos potenter liberare, et incolumes custodire digneris. Per Christum Dominum nostrum. Amen.
Ab insidiis diaboli, libera nos, Domine.
Ut Ecclesiam tuam secura tibi facias libertate servire, te rogamus, audi nos.
Ut inimicos sanctæ Ecclesiæ humiliare digneris, te rogamus audi nos.
Et aspergatur locus aqua benedicta.
Sam terminou o ritual de exorcismo, mas só então percebeu que aquilo apenas adiantava quando o demônio possuía um ser humano, em sua forma física aquilo não adiantaria nada. Ele percebeu isso quando ela veio em sua direção e o socou, fazendo-o voar para o outro lado do quarto.
Suas asas eram enormes e, quando batiam, soltavam fagulhas de fogo. Da cintura para baixo tinha patas de cavalo, ainda com a mesma pele gelatinosa de todo o resto.
Ela subiu em cima de Dean e recomeçou o que fazia antes. A cada segundo o loiro ficava mais e mais fraco, não havia como fugir. Ele tentava desviar o olhar do dela, mas não conseguia. Era impossível.
De repente o súcubo soltou-o bruscamente e deu alguns passos para trás, virando-se de costas para o loiro. Dessa maneira Dean conseguiu ver Sam de pé, seu braço estava estendido na direção do demônio e sua palma virada para frente, na direção do mesmo.
Podia-se perfeitamente ver linhas de fogo formando-se sob a pele do demônio, este caiu de joelhos. De sua garganta saíam urros que pareciam milhares de vozes juntas.
O demônio olhou no fundo dos olhos de Sam e disse:
- Vos estis filii Azazel, tu prodigus, qui estis in terra dimittere omni malo. Non negostirpe vestra ut sis mihi diabolus. Secretum telo Lucifer!
“Você é o filho de Azazel, você é o pródigo, você é quem libertará todo o mal sobre a terra. Não negue sua raça, você é tão demônio quanto eu. A arma secreta de Lúcifer!”
No instante em que terminou, o súcubo, literalmente, explodiu em chamas; no chão onde ele “desapareceu”, podia ver-se as chamas. Uma luz intensa cegou a todos por alguns instantes.
I'll give you black sensations up and down your spine
If you're into evil, you're a friend of mine
See the white light flashing as I split the night
Cos if good's on the left then I'm sticking to the right
I won't take no prisoners won't spare no lives
Nobody's puttin' up a fight
I got my bell I'm gonna take you to hell
I'm gonna get ya satan get ya
(Hell Bells – Ac/Dc)
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