Issues


Me and my heart we got issues
Don't know if I should hate you or miss you
Damn I wish that I could resist you
Can't decide if I should slap you or kiss you,
Me and my heart we got Issues, Issues, Issues
We got Issues Issues Issues.





[n/a: Pode começar a ouvir Down Goes Another One agora (;]

- Você se acha demais, né, ? - Falei olhando diretamente eu seus olhos. - Acha que só porque tem umas groupies com cabelo de farmácia correndo atrás de você, pode ser melhor do que os outros! Você é ridículo, . Você é um galinha, e talvez você até se orgulhe disso, mas eu não. Não me orgulho de maneira alguma de estar ao seu lado. Você disse que precisava de alguém que te tratasse como o , e não como o , o cara do McFLY. Mas, se você realmente quiser isso, pare de agir como o do McFLY e comece a agir como , o cara que eu conheci, que me fez sorrir, que me tirou da tristeza com um simples sorriso e quem me convenceu que era melhor viver aqui para ficar perto de você do que viver perto da minha família, porque me amava e precisava de mim.
Ele olhava para mim pasmo, parecia que as palavras fugiam de sua boca. Ele queria dizer algo, mas não conseguia. Seus olhos piscaram algumas vezes, e então senti ele olhar tudo ao redor dele, incluindo-me, e fechar os olhos em seguida. Parecia que ele nunca havia sido confrontado dessa maneira em toda sua vida.
- É bom ouvir verdades, não é? Você deveria começar a viver o que está escrito nas letras que você toca, ou você também engana a todos com letras mentirosas, assim como engana a mim? - Ele vacilou de novo. - Como você disse na sua música, o coração nunca mente. Mas, de que adianta o coração não mentir, se o dono dele só sabe fazer isso? , vim aqui terminar com você, coisa que deveria ter feito à muito tempo.
Ele olhava pra mim com cara de quem se desesperou, mas ainda sim não deu uma palavra, e após alguns minutos de silêncio de minha parte, ele abaixou a cabeça.
- )... Olha, me ouve. Eu preciso de você...
- Não, . ara) pra você. E não, não tem volta. Você pode precisar de mim, mas eu não preciso de você. Você devia ter pensado antes de fazer tudo o que fez. - Senti uma lágrima teimosa correr pelo meu rosto, então saí batendo a porta com força, e ouvi um estrondo do outro lado. havia chutado a porta.
Desci a pequena escadaria que havia antes da entrada de sua casa e saí andando. abriu a porta e correu atrás de mim pela rua, fazendo algumas fãs que estavam de tocaia perto de sua casa gritarem.
- ), me ouve! Você só pensa em si mesma, e até olha pra outros caras! - Ele disse olhando para as fãs enlouquecidas. Dei uma risada cínica.
- HA! Eu? Você está falando de mim ou fazendo uma autoanálise? Me fala um dia, SÓ UM DIA, que eu olhei para outro cara. Anda, me diz.
- Er...Aquele dia...Lá. - Ele ainda olhava para as fãs, se mostrando, e fazendo eu me passar como a galinha da história.
- , você não sabe nem quem você é, e agora vem contar mentiras só para se mostrar para elas. - Apontei para as fãs. - Não sei o que eu estava fazendo ao seu lado. - Balancei minha cabeça negativamente.
Virei a esquina logo à frente, e percebi que o grito histérico das fãs havia parado. Talvez elas acabassem de descobrir quem era ele de verdade.
Meu coração me dizia pra desfazer tudo aquilo o que havia feito, mas a razão falou mais alto.
Voltei para casa, com a razão e a emoção à flor da pele. Na frente de casa, decidi não entrar. Era muito pra uma noite só.
Fui até a garagem e peguei meu carro. Liguei o som do carro e coloquei o cd do Blink-182 no último volume, não para chamar a atenção, e sim para fazer com que minha emoção se exploda. Fiz o que era certo.


Peguei meu celular do bolso do meu sobretudo e liguei para , uma amiga de infância que estava morando em Londres.
- Amor, eu terminei com ele. - Eu dizia para ela, respirando fundo, logo que ela atendeu o telefone.
- Hã? Peraí, amor. O Júnior tá fazendo batuque nas panelas. "júúúúnior, meu filho, pára! mamãe tá no telefone!" Pronto, amor. Fala de novo.
- Eu terminei com ele.
- VOCÊ O QUÊ? - Ouvi um barulho ensurdecedor do outro lado do telefone.
- Terminei com ele. - Tentei dizer o mais alto que podia
- Que susto, achei que você tinha dito que tinha casado com ele! - Ouvi sua risada feliz. - Fez o que era certo. só pensa nele mesmo e nas vadias dele. Nem nas fãs ele pensa. Nem na mãe dele! Agora me diz, você tá bem?
- Por um lado estou ótima.
- Vem pra cá, eu faço um jantar pra nós, aproveitando que o foi ensaiar.
- Tudo bem.
- Quer dormir aqui, broto?
- Vou pegar minhas coisas e estou indo pra aí, então.
- Ok, beijos, te amo, tá?
- Também te amo, .
- Peraí que o Júnior quer falar.
Sorri ao perceber que o pequeno pegara ao telefone.
- Tia )! O tio vem com você? - Senti um sentimento estranho ao ouvir o nome dele.
- Não, pequeno.
- Ah... Mas ele vem depois?
- Também não, bebê... tio não anda mais com a tia )...
- Tio é um bobo, tia. Eu disse isso. - Comecei a rir com os pensamentos do pequeno.
- Preciso ir, pequeno. Até daqui a pouco. - Desliguei o telefone e o joguei em meu bolso do sobretudo.


Deixei o carro ligado e subi como um furacão para meu quarto, onde peguei minhas coisas, incluindo o Adamastor. Coloquei numa mochila vermelha e fui pra casa de . Apesar de ter minha própria casa, precisava passar um tempo fora.
No caminho para a casa de , meu celular tocou e eu atendi sem olhar no visor, pois estava entretida demais com All the Small Things do Blink.
- Alô.
- , olha, eu...
- Ah, é você.
- Me perdoa.
- Tá perdoado, só não preciso ficar perto de você.
- Não fala assim...
- Sabe, . Eu cansei de ser aquela garota chifruda, sabe? Traição é uma coisa séria. Você precisa começar a pensar, garoto...
- , olha, eu posso mudar...
- Não, , você não pode. E sabe por quê? Porque você nunca muda. É sempre a mesma melodia. "Me perdoa, , foi sem querer!" - Disse imitando sem sucesso sua voz - você só inverte a posição das palavras. - E desliguei o telefone em seguida. Sempre a mesma coisa. Chega.


Cheguei à casa de e guardei meu carro na garagem dela. não voltaria tão cedo. Fui recebida com Júnior pulando em meu colo.
- Tia )!! Você já chegou? O tio Tom ligou aqui - o pequeno me olhava com os olhinhos brilhando.
- É mesmo, gatinho? - Depositei um beijo em sua bochecha rosada de saúde, sem prestar muita atenção no que o pequeno falava depois das palavras "tio" e "ligou". Me senti culpada depois.
- Olha quem chegou! - dizia feliz, acariciando sua barriga, aparentemente sem saliência nenhuma. Olhei assustada pra barriga dela.
- Nossa, o menino tá na ativa, hein! - Soltei uma risada alta. - Eu achei que você tava brincando quando me disse que estava grávida há dois dias atrás.
- Sou uma mulher grávida, agora eu tenho preferência nas filas. - me abraçou rindo. - Me conta como tá, amiga. - Ela disse me guiando para a sala, pegando minha mochila e jogando em qualquer canto sem nem olhar.
- Eu tô... Bem, eu acho. Sabe quando você tem a conciência de que fez a coisa certa, mas seu coração diz que você fez a coisa errada? - Ela murmurou algo como "hum". - Então... É isso. Eu amo o , mas não dá mais. Eu não nasci pra ser corna.
- Eu te entendo. Mas, já que você está aqui, vamos botar toda a conversa em dia. Vou te dar uns conselhos ótimos, vamos assistir filmes, olhar revistas de quarto de bebês, e vamos comer sorvete com batata palha!
- A gravidez tá te fazendo bem, hein! - Disse rindo, deixando Júnior sentado no sofá e olhando de longe um porta-retratos de e , no dia do casamento deles, me lembrando das palavras de .

*flashback*

- , ), olhem pra câmera! - Dizia todo feliz com sua, recém-adquirida em uma loja antiga de fotografia, câmera Polaroid cinza.
- Nãããããããããããão! - Gritou do quarto. - Não sem mim!
desobedeceu a namorada e tirou uma foto, que saiu no momento, e ele mandou que eu a segurasse. Olhei para , que me deu um selinho.
- Olha, apareceu! - Eu dizia feliz, adorava coisas instantâneas. Na foto, estavam eu e , exatamente como alguns segundos atrás... Mas havia algo de diferente. Eu não sabia explicar. Talvez eu tivesse piscado na foto.
- , quer casar comigo? - Ele disse nervoso, perceptivelmente com o coração na boca.
- Nossa, que pedido mais... Direto. - Disse rindo, assustada com a situação. - Achei que você ia dizer que estava com fome. - Rimos juntos dessa vez. - Claro, mocinho.

*end flashback*

e eu conversamos por um bom tempo, enquanto Júnior assistia "Os padrinhos mágicos" na televisão.
- Nossa, tô com fome, mamãe! - Disse Júnior olhando para .
- FILHO! Me perdoa! Mamãe esqueceu do tempo! - Ela disse nos guiando para a cozinha.
havia feito lasanha de quatro queijos, quero dizer, ela havia colocado no forno a lasanha congelada. Júnior sentou na cadeira do meu lado.
- Tia... - Ele cochichou ao meu lado.
- Oi, gatinho. Diga.
- É verdade o que a mamãe disse pro tio ?
- O que a mamãe disse?
- Que o tio era 'banalha'. Mas então... O que é isso? - Segurei o riso.
- É uma coisa muito feia, bebê. Não pode dizer isso por aí. - Ele levou suas pequenas mãozinhas à boca e arregalou os olhinhos.
- É mais feio do que aquelas pessoas na tv? - Olhei para , que se assustou e começou a rir baixinho.
- É, mais feio que isso. - A essa altura, eu já ria muito com a situação.


Jantamos, conversamos, assistimos televisão e botamos Júnior para dormir. Ele insistia que devia ficar acordado para que nenhum freesbe intergaláctico atingisse o bolo de chocolate que eu havia feito. Eu disse que ensinar Star Girl pra ele ia fazê-lo mais um viciado na NASA. e eu conversamos até tarde da noite. chegou e se inteirou na conversa.
- Você fez o que era certo, . Não se culpe por nada. - me abraçou, e abraçou junto.
- Eu sei... Eu só me sinto... Meio culpada. Eu disse coisas muito duras para ele, mas ele precisava ouvir... Parece que eu nunca terminei um relacionamento, falando assim! - Ri pra mim mesma.
- Não um noivado de três anos, .
- Obrigada pela ajuda, . - Disse sarcástica.


***


Passou- se dois meses e eu me recuperei daquela fossa. já havia sido pego num escândalo amoroso envolvendo uma garota do Girls Aloud. Eu mal lembrava do nome dele, a não ser em shows do McFLY, em que os meninos me pediam para ir e ele tentava dedicar alguma música pra mim, mas sempre sem sucesso, ou quando ele me ligava, onde na maioria das vezes, ou melhor, em todas as vezes, eu deixava tocar. Mas mais uma vez eu não olhei o visor.

- Alô.
- É bom ouvir sua voz de novo. - Nem precisei pensar. A voz que evitei por semanas veio à tona por meus ouvidos.
- Pena que não posso dizer o mesmo, . - Era bom ouvir a voz dele, era difícil admitir isso.
- É... Sentiu minha falta?
- Nem um pouco.
- Como você está?
- Bem.
- Você fez curso para palavras monossílábicas?
- Curso à distância de como se manter longe de canalhas. Está dando muito certo. Se você puder sumir da minha vida e fazer com que o curso tenha 100% de aprovação, eu agradeço.
- Parece até que eu te magoei.
- Parece até que você sofre de perda de memória. - Disse de uma forma de dar medo, imaginando como uma pessoa podia ser tão cínica a esse ponto. Senti meu sangue pulsar forte sob minhas veias.
- Liguei pra pedir perdão e perguntar se você está livre na sexta.
- Você já me disse isso antes, e eu estou livre na sexta, mas não pra você.
- Por favor.
- Eu disse que não - disse com uma pontada de irritação.
- Eu te amo. - Desliguei o telefone. Não podia ouvir mais uma palavra dele depois dessas.
Depois de um mês, eu estava no McDonald's com Júnior enquanto e iam ao hospital fazer o primeiro ultrassom do bebê. Júnior se divertia com o brinquedo que havia ganhado do McLanche Feliz, enquanto o girava entre as mãos e fazia barulhos engraçados com a boca. Conversamos sobre a galáxia.
- Tio ! - Isso foi o bastante para eu sentir um gelo na boca do estômago e meus pêlos da nuca se eriçarem.
- Júnior! - Ele não percebeu que estou aqui, que bom. - E . - Olhei séria para ele. Ele pegou uma cadeira e sentou- se ao meu lado. Me limitei a tomar espaço entre nós dois.
- Tio, a tia disse há pouco que tava pensando em você.
- No quão cachorro você pode ser, mas essa parte ele não precisa saber. - Falei baixo, para que apenas eu e ele pudéssemos ouvir.
- Júnior, posso pegar a tia emprestada?
- Não - eu cortei o assunto.
- Pode. - O pequeno ainda se divertia com o brinquedo enquanto pegava uma batata-frita.
Levantei com a maior má vontade que podia e caminhei atrás dele alguns metros longe de Júnior.
- Você tem um minuto.
- Me perdoa, eu errei com você, eu preciso de você ao meu lado, preciso do seu abraço, do seu sorriso, preciso do seu beijo, e preciso todos os dias da minha vida.
- Onde você quer chegar? - Como eu consegui ser tão fria? Medo de mim mesma.
- Eu sei onde eu errei, e já estou fazendo de tudo para combater isso. Eu preciso de você comigo, não só agora, como hoje, amanhã e sempre. Quer casar comigo? - Ainda estamos brigados, se você quiser que eu refresque sua memória.
- Não é necessário. Eu mudei. Você pode pesquisar no Google. [n/a: You can Google it]
Ri com o caminho que a conversa estava tomando.
- Você não é o Edward Cullen, pequeno.
- Você me chamou de pequeno! Eu sabia! - Ele me abraçou com força, quase me deixando sem ar. Logo dei um jeito de sair do abraço e dei um tapa em seu braço. Meu celular tocou.

- Yellow. - Sabia que era a , jazia escrito no visor do celular.
- É o , tô ligando pra saber como tá o Júnior.
- Ele tá super bem, pode ficar tranquilo. - Olhei para a direção de Júnior com a maior confiança, mas minha respiração falhou e eu fechei o telefone sem nem pensar duas vezes.
- , cadê... o... Júnior?


Mal conseguia pensar. saiu correndo procurando Júnior desesperado enquanto eu jazia parada com uma estátua.
Tô morta, tô morta, tô morta... Era o que eu conseguia pensar enquanto procurava Júnior pelo McDonald's.
Enquanto eu procurava dentro da lanchonete, procurou pelos arredores do lugar. De tão desesperada que eu estava, cheguei a procurar até dentro do banheiro masculino, o que fez as pessoas me olharem assustadas.
Com todo o corre-corre meu e de dentro da lanchonete, nem percebemos que o pequeno estava comprando um sorvete num balcão maior que ele. Só fomos perceber quando passamos mais uma vez por onde ele estava antes, e lá estava o menino, sentado, como um anjinho, com a boca suja de chocolate e paçoca. Tentei recuperar o fôlego, indo ao garoto e o abraçando com força.
- Nunca mais faça isso, Júnior.
- Isso...? Comprar sorvete? - Ele apontava pro sorvete, o que me fez começar a rir.
- Você nos assustou, pequeno. - Beijei o topo da cabeça dele. bateu num toque na mão do garoto, aparentemente tranquilo com a situação. Ele me abraçou pela cintura, o que fez eu me arrepiar por inteira, mais uma vez, só com a proximidade.
- Sei que não é lugar nem hora pra te perguntar, mas... Quer começar de novo? - mordia o canto do lábio inferior, nervoso, como quando ele me pediu em casamento pela primeira vez.
- Mais uma vez, achei que você ia pedir comida ou falar que tinha um carro azul no estacionamento. Talvez, . Vamos dar tempo ao tempo. - Sorri na incerteza de que seria a coisa certa a fazer. Ele se inclinou e selou os meus lábios, sorrindo, e agradeceu aos sussurros. Vi piscar e sorrir de leve para Júnior, como quem tivesse planejado tudo.



Seria isso o fim, ou um novo começo?




N/A: Parei de escrever isso às 6am, achei que eu ia morrer quando minha mãe acordou reclamando que tava tarde. HAHA
Dedicada a minha Poynter favorita, Nena, e a minha Jones sem neurônios, Tati.

Obrigada ao McDonald's e seu criador legal, e com certeza, a Fab, a beta que aturou meus emails doidos. HAHA Obrigada, Fab!
Obrigada especial ao James Bourne, às namoradas dos McGUYS, à minha mãe e ao meu pai, por pagarem a conta de luz.


N/B: Doidos nada, isso pra mim é batata! 8D HDISAOFUI
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xx Fab!


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