Landing In London
História por Carolina Gualberto | Revisão por Carol Mello

Capítulo 1

Legal acordar cedo, você sente aquela vontade de jogar o despertador na parede, virar de lado e dormir, mas como nem tudo são flores, vamos acordar para a vida. Não nasci rica e nem pobre, a minha história é o seguinte, trágica, triste...
Ok, to mentindo, minha vida é ótima, tirando um probleminha: NÃO passei no vestibular, isso mesmo, não passei, algum problema? Sim, claro, sou burra.
- Legal Ryan, mas ela é uma vadia, sempre foi, você sabe disso. – estava andando (lê-se: correndo) com um frappuccino na mão esquerda e a bolsa no braço direito, segurando alguns papeis e tentando chegar no meu destino com meu melhor amigo, Ryan Riddely.
- , minha querida, sei que você sente ódio mortal por ela, mas convenhamos, ela é gata! – Ryan estava me azucrinando com a foto daquela vadia da Jasmine (uma modelo famosa que dá pros caras mais lindos do mundo, isso mesmo, e por que eu a odeio? Ela me odeia desde sempre e faz eu odiá-la também, conversa com todos meus contatos, se interessa por todos os caras que eu me interesso, quando nos encontramos em eventos ela só falta me engolir e se rebaixa a tal nível de falar que sou ridícula, que não sou boa jornalista, entre outras coisas que a mídia nunca deixaria passar, claro! Vaca, significado de Jasmine,va-ca).
A vaca, digo, Jasmine, estava na primeira capa da Magazine Six Moment , uma das revistas mais famosas de Londres, só perde para minha amada Magazine Twenty-One. (N/a> Desculpem pelos nomes sem criatividades directioners perceberam que tenho um probleminha com números não?hahah)
- Ryan, se eu fosse você, calava essa boca. - Disse entre os dentes, abrindo a porta com a maior dificuldade do mundo para não derrubar o frappuccino. Ryan apenas me olhou de lado e deu um sorrisinho torto, já sabendo que não teria paciência logo de manhã. Sorri sem mostrar os dentes. Entramos na revista, ou seja, meu amado trabalho e o do Ryan.
Vocês devem estar se perguntando “como ela trabalha em uma das empresas mais famosa de Londres sem passar no vestibular?” pois é, eu tenho um anjo da guarda desde que vim pra cá sabe?
Pra começar, sou , vinte anos, brasileira, vim para Londres ano passado, após alguns anos conturbados estudando sem adiantar nada. Sempre quis fazer jornalismo ou algo relacionado a isso mas não passei no meu desejado vestibular, prometi que faria até três anos de cursinho, mas fiz um e só passei em particulares, não me contentei e resolvi largar mão e pegar o primeiro vôo para Londres, já que aqui sempre foi meu sonho de consumo. Sofri muito no começo com preconceito, tive que lavar muito banheiro pra chegar onde cheguei. Até que um belo dia, em uma balada, me deparo com o Ryan, isso mesmo, meu melhor amigo. Ele me acolheu, arrumou um lugar melhor pra mim (lê-se: no mesmo prédio que ele, de frente com o apartamento do próprio).
Sua querida tia é dona da Magazine Twenty-One, e ele sabia do meu desejado sonho de ser jornalista e conseguiu um emprego pra mim, nada muito top, aliás, estou começando, mas confesso que sou uma ótima escritora, no momento apenas reviso erros gramaticais, entrevisto alguns famosos quando necessário, entre outras coisas.
-Olá ! – Mary minha colega-amiga me disse quando entrei na redação.
- Olá Mary, Sra.Riddely já chegou? – perguntei chegando em minha mesa com Ryan atrás de mim, coloquei meus pertences em cima dela, olhando para a imagem da capa da revista que estava de papel de parede no computador. Ouvi um barulho vindo da porta da redação, olhei para mesma, vendo Sra.Riddely entrando.
- Isso responde sua pergunta? – Mary sorriu e eu apenas sorri de volta, Sra.Riddely passou por nós, nos cumprimentando e dizendo baixo para que eu fosse até a sua sala. Eu apenas assenti. Senti o olhar de Ryan em mim, já que ele estava de frente comigo.
- Que foi? Deu pra me admirar agora, é? – ele deu um sorriso fofo.
- Só tava observando sua cara de nervosa quando minha tia está por perto! – ele riu debochado, apenas rolei os olhos migrando para a sala da Sra.Riddely. Bati na porta e ela me mandou entrar, eu o fiz e e sentei em uma cadeira de frente com a mesma.
- , preciso que você vá na casa do John pegar as últimas fotos para terminarmos a revista deste mês, queria pedir para que você também pegasse algumas roupas que para a sessão de fotos com The Saturdays, e quero que escolha alguns modelos de vestidos pra mim com o estilista. Provavelmente isso irá tomar toda sua tarde, então não precisa voltar à redação, tudo bem? –apenas assenti pegando o endereço com ela, e saí da sala. Do outro lado da porta estava Ryan editando algumas coisas em sua mesa, parei atrás dele dando um beijo em sua bochecha e dizendo baixo em seu ouvido : - Até mais little boy! - saí rindo e ouvi ele dizer algo, mas não prestei atenção.
Ok, estava uma loucura o centro da cidade, e isso estava tomando todo meu tempo, sorte minha que ela não pediu tanta coisa, se não eu não daria conta. Já havia ido à casa de John e pego os vestidos, estava me virando nos trinta com aqueles pacotes volumosos nos braços, até que senti bater em alguém, e caí de bunda no meio da cidade com trezentos vestidos em cima de mim. ÓTIMO, nenhuma outra palavra caracteriza esse momento lindo.
- Ops, foi mal! - ouvi uma voz masculina dizer, senti alguns vestidos se mexendo em cima de mim, o dono dessa voz (linda por sinal) devia estar me procurando - Cara, cadê você? - o dono da voz bonita disse irritado, legal, desde quando ELE tem direito de ficar irritado? Eu é que tinha.
- Não preciso da sua ajuda. – em um impulso eu levantei cambaleando para o lado, estava super irritada, nem olhei na cara da pessoa, apenas agachei pegando os vestidos antes que sujassem.
- Você é sempre estressadinha e desajeitada assim? – ouvi a voz dizer, aquilo foi o pouco para acabar com minha paciência, virei meu rosto em uma tentativa de xingar feio esse idiota. - OLHA AQUI,VOCÊ PENSA QUE É QU... – perdi a fala quando notei a beleza da pessoa em minha frente, ele era lindo... Sinto que já vi em algum lugar. Ouvi sua risada baixa e tive a certeza que era pela minha cara de idiota, balancei minha cabeça, peguei o último vestido no chão. Tava pronta pra sair batendo o pé de ódio quando sinto aquela puta mão linda, macia, OK PAREI PORRA, me puxar...
- Ei,espera... - o olhei séria, esperando ele falar algo – Não precisa ficar com raiva de mim. – fui rápida em cortá-lo.
- Estou atrasada. – OK,ATRASADA PRA QUE MESMO? AH É,NADA... Ele me olhou dando aquele maldito sorrisinho de lado, fechei mais a cara. - Vai ficar me olhando com essa cara de idiota? Acho melhor me soltar, ta machucando. – era mentira, sua mão era macia demais pra machucar. Ele continuou me olhando com aquele maldito sorriso.
-Você é muito irritadinha, sabia? – o lancei um olhar mortal, ele apenas gargalhou da minha cara, menino atrevido –Vamos começar de novo? Ta afim de tomar um café? – começar de novo o que? Eu realmente queria recusar, mas algo dentro de mim gritava, ou melhor, pulava de felicidade, que merda ta acontecendo? Só porque ele é gatinho? Grande coisa...
- Eu vou, mas... Com uma condição. – eu disse o olhando séria.
- Você é quem manda. – ele disse me soltando.
- Nada de me insultar, fechado? – ele me olhou com aquele sorriso de deboche.
- Isso vai ser meio difícil, mas eu topo. – deu uma piscadela que fez meu coração acelerar, ok, mantenha a calma, é só um garoto... Lindo...
- Legal. – ironizei, mas não contive um sorriso de lado. Ele devolveu o sorriso e fomos em direção à Starbucks que havia na esquina. Fizemos os pedidos e sentamos em uma mesa no fundo, estávamos de frente um pro outro. Coloquei os vestidos ao meu lado com o maior cuidado do mundo e então virei para a frente me deparando com aqueles glóbulos me encarando.
- O que foi? – perguntei o encarando, ele apenas riu e continuou a me fitar, legal amigo, continue assim que eu me apaixono...
- Você não vai dizer nada? Não curto pessoas mudas... – ele me cortou.
- Qual é a sua história?
- Como assim qual é minha história? – fiz cara de desentendida, ele continuou a me encarar, mas dessa vez sem sorrisos. Fiquei tensa por um momento.
- Sabe, pessoas tem uma história, tipo a vida delas, como chegaram onde estão hoje... Enfim, qual é a sua? – legal, ele quer que eu conte minha vida? Ok amigo vamos lá, mas prepare os ouvidos porque é longa. Dei um longo suspiro mantendo nosso olhar.
- Pensei que sua primeira pergunta seria algo como ‘como é seu nome?’ ou ‘você se machucou com o tombo?’. Seria legal da sua parte... – olhei para a mesa, em poucos segundos ouvi sua gargalhada, menino idiota.
- Não sou de seguir regras. – ouvi-o dizer e meu sangue ferveu, QUEM ELE PENSA QUE É? – Mas como sou muito educado, qual o seu lindo nome? – o olhei nesse momento, com olhar de raiva, e ele apenas continuou com seu sorriso maroto de lado.
- Se você não se interessa pelo meu nome, pra que devo dizer? – ele me olhou rindo.
- Tudo bem então! – no momento que ele disse isso, a garçonete trouxe nossos pedidos e se distanciou assim que cada um pegou o seu.
- Tá legal. – Dei um gole no meu frappuccino e voltei meu olhar em sua direção – ,vinte anos, brasileira, dois anos morando em Londres, trabalho na Magazine Twenty-One, mais alguma coisa? - disparei e ele apenas ficou me olhando dando alguns goles em seu frappuccino, no momento em que falei que trabalhava na Magazine Twenty-One senti seus olhos arregalarem um pouco, talvez impressão... Ou não...
- Jornalista, brasileira, trabalha na Twenty-One, bonita... – ok, nessa última pronúncia senti que ia cuspir frappuccino nele.
- Sim, algum problema? – disse curta e grossa, ele apenas passou as mãos em seu cabelo ajeitando-o e me olhou de volta.
- Nenhum, só me impressiona nós nunca termos nos visto em alguma entrevista ou festa. - ele mordeu o lábio e juro que tava quase pulando em cima dele.
- E por que entrevistaria você? - perguntei com ar de deboche, eu lembro dele de algum lugar, ele era de alguma boyband? Talvez The Wanted. Ele continuou a me encarar sério.
-Talvez por eu ser ... – ele disse essas últimas palavras, e me lembrei claramente de quando a Sra.Riddely comentou sobre uns meninos bonitos de uma banda e esse nome estava no meio. Iríamos entrevistá-los, mas infelizmente houve um imprevisto e não rolou nada. One Direction, isso, One Direction o nome da banda.
- One Direction? – perguntei meio insegura.
- Oh,vejo que já ouviu falar de nós! – ele disse rindo e debochando, juro que ia dar uma voadora nesse cara.
- Na verdade sim, mas muito pouco, bandinha de garagem né? – falei mais para deixá-lo irritado, o que aconteceu, YEAH, ponto pra mim.
- Se você acha isso é porque prova que de boa jornalista não tem nada. – ele disse ríspido, juro que fiquei muito puta com aquilo, mas não ia deixar transparecer, não mesmo.
- Se eu fosse tão ruim assim, não teriam me contratado, concorda? – disse dando meu maior sorriso vencedor. Ele deu seu último gole no frappuccino me olhando sério.
- Seu ego é sempre grande assim? – ele disse me olhando fixamente, sustentei seu olhar dando meu ultimo gole no frappuccino, assim que engoli passei a ponta da língua pelos meus lábios tendo a certeza que ele olharia, sorrindo vencedora depois.
- Sempre fui confiante. – dei uma piscadela, ele que antes estava com o olhar na minha boca, subiu o olhar para meus olhos, e sorriu de lado.
- Que bom, confiança e orgulho são minhas características principais. – continuou com seu sorriso, eu apenas sorri sem mostrar os dentes.
- Percebe-se. – mordi meu lábio e senti seu olhar novamente em minha boca, sorri em seguida, peguei os vestidos me levantando, ele apenas me seguiu com o olhar. Depois de ter pego tudo, apoiei minhas duas mãos na mesa ficando cara a cara com ele, sussurrando bem perto de sua boca – Até mais, ! – e saí andando rápido, mas a tempo de ouvi-lo dizer um ‘Mais rápido do que você imagina, ’.

Capítulo 2

Cheguei em casa esgotada, andar cansa, sabe? Não quis pegar táxi, e como a maioria das vezes eu ia de carona com o Ryan pro trabalho, tava sem opções e to com uns quilinhos a mais, então, vamos andar meu povo! Nada animador, eu sei..
- Chanel? – sim, minha gata se chama Chanel, aliás, ela é linda, toda branca de olhos verdes. Uma gata mesmo. Ri com meu pensamento e avistei Chanel vir em minha direção, agachei fazendo carinho nela.
- Vamos lá minha linda, vou colocar comida pra você. – disse me levantando e indo colocar comida pra ela. Depois de sustentar Chanel, fui para meu quarto colocar uma roupa mais confortável. Tinha acabado de me trocar quando ouvi a campanhinha tocar, fui abrir a porta e dei de cara com a .
- AMIGA, que saudades! - abracei forte ouvindo-a dizer algo baixo que eu não entendi o que era.
- A gente se viu antes de ontem e você está me esmagando! – ri com seu comentário e a soltei dando espaço para que ela entrasse em casa.
é minha melhor amiga desde sempre, quer dizer, desde sempre em Londres, ela é da Irlanda, nos conhecemos quando eu arrumei meu primeiro trabalho numa lanchonete. Ela me ajudou muito naquela época, por isso devo tudo a ela. se formou em psicologia e hoje trabalha em um sanatório muito famoso em Londres, ela praticamente mora em casa, tem chave do meu apartamento, dorme aqui quando quer, é de casa, então nem ligo de chegar do trabalho e me deparar com vendo TV com a Chanel do lado. E por que a gente não mora junto? Pelo fato de não desgrudar de sua mãe por nada, o que eu amo, pois posso ir em sua casa e comer todas as gostosuras que a Sra. faz pra mim e para ela.
- , lembrou de dar comida pra Chanel hoje? – eu ri com seu comentário fechando a porta em seguida.
- Claro , não vou matar minha gata de fome. – disse rindo e ela me olhou fazendo uma cara irônica.
- Da última vez que vim, aqui ela não tinha nada no potinho, dona . – ela disse me acusando.
- , minha querida, os animais comem, sabe? Aí acaba, e fim! Eu tinha colocado antes de ir trabalhar, ela que comeu tudo, essa gulosa! – disse apontando para Chanel que nem ligou pra mim, gata folgada.
- Sei não... – disse ela duvidosa se jogando no meu sofá – Alguma novidade, doçura? - disse me olhando da cozinha, e eu ri com o apelidinho. - Nada, ou melhor, sim, conheci hoje. – que tava fazendo carinho em Chanel parou na mesma hora me olhando assustada, e eu fui em sua direção com um pote de pipoca sentando no chão e encostando minhas costas no sofá.
- ? Do One Direction?- assenti,sentindo ela vibrar atrás de mim – E como ele é? Como foi? Ele é gostoso como dizem? Tem um sorriso bonito? É simpático? – disparou milhões de perguntas em cima de mim.
Comecei a contar como tudo aconteceu, e ela se empolgava cada vez mais, isso me irritou um pouco, porque ele não era tudo isso... Ou era?
- Vai vê-lo de novo? – ela disse com os olhos brilhando.
- Claro que não , nem pretendo, cara chato, arrogante... – ela me olhou de lado, dando um sorriso – Que foi agora? – a olhei.
- Nada, só acho melhor você não xingar ele tão cedo... – não tinha entendi o que ela quis dizer, de qualquer forma, ele era mesmo um mala. Ignorei o que ela disse e continuei comendo pipoca e assistindo Supernatural.

A sessão Supernatural acabou e nós fomos dormir,levei o colchão na sala e dormimos ali mesmo, com a Chanel em cima da bunda da . Era engraçado ver aquela cena.
- , levanta! – disse chutando seu quadril, ela tava com as pernas em cima de mim, muito folgada. apenas resmungou algo que eu não entendi, fiz uma careta, empurrando-a para o lado e me levantando. Fiz minha higiene matinal, coloquei uma roupa mais quente, estava frio e provavelmente iria nevar. Quando cheguei na cozinha me deparei com descabelada fazendo café, sorri com a cena.
- Olá pimpolha! – disse dando um beijo em seu rosto em seguida roubando um cookie em cima da mesa.
- Olá doçura! – disse ela com voz de sono – O café está pronto. – disse sorrindo se sentando na cadeira de frente pra mim. Peguei um pouco de café, conversamos coisas aleatórias e logo saí correndo para o meu trabalho deixando e Chanel sozinhas no meu apartamento.
Como de costume, fui tocar a campanhinha do apartamento de frente com o meu. Esperei uns segundos até ouvir a voz do Ryan gritando pra que eu entrasse. Obedeci abrindo a porta, olhei para sala que estava vazia, passei meus olhos pela cozinha, já que era apenas dividida da sala por um muro baixo, e nada do Ryan. Fechei a porta atrás de mim e fui andando em direção ao seu quarto, a porta estava aberta, então entrei sem pedir permissão. Não vi ninguém ali, mas ouvi barulho de chuveiro e deduzi que meu querido amigo estava no banho, atrasado como sempre. Me joguei em sua cama de casal encarando o teto.
- Ô noiva, anda logo, vamos chegar atrasados! – Gritei, em seguida ouvi um barulho vindo do closet. Olhei me deparando com um Ryan só com uma toalha na cintura, minha mente viajou naquele corpo perfeito dele, é meu amigo mas é um tesão, corpo malhado, sorriso lindo, cabelos loiros, olhos extremamente azuis de dar inveja em qualquer um, quase dois metros de altura... Dei um suspiro pesado, acordando do meu transe vendo Ryan rindo, provavelmente da minha cara.
- ? ? Terra chamando! – ouvi-o dizer, pisquei algumas vezes, rolando os olhos em seguida, não mando ele ficar assim na minha frente, sou mulher porra.
- Que foi? – falei manhosa, olhando pro lado tentando disfarçar.
- Sabe, você poderia disfarçar melhor e ser mais discreta quando me seca, porque eu quase sumi aqui! – disse rindo indo pegar uma cueca e uma calça jeans, com camiseta branca e em seguida uma jaqueta. Segui ele com os olhos, sim, tava secando de novo, tenho que aproveitar, ok? Ok.
- Você é tão inconveniente. – Eu disse baixo rindo em seguida, ele me olhou de lado sorrindo e colocando a cueca, mas claro, com a toalha tampando tudo, infelizmente...
- Vamos pequena. – ouvi Ryan dizer quando estava quase pegando no sono – E não dorme , não vou te levar no colo. – Ri ao ouvir ele dizer isso – Nós só temos cinco minutos pra chegar, depois eu que sou a noiva! – continuei com meus olhos fechados, sabia que ele ia se irritar – EU VOU TE DEIXAR AQUI SE VOCÊ NÃO LEVANTAR AGORA! – ele disse gritando da sala, a voz estava muito distante, ou era eu que tava quase dormindo mesmo.
- JÁ VOU! – gritei de volta, abri meus olhos ouvindo a porta do apartamento sendo batida com força, ótimo, fui abandonada, saí correndo atrás de Ryan.
Chegamos atrasados, Ryan ficou me culpando e eu apenas ignorava, cumprimentei Mary e o pessoal do meu queridíssimo trabalho, indo direto para sala da Sr.Riddely, provavelmente ela queria falar comigo e eu tinha que entregar os vestidos e mais alguns papeis pra ela, então já aproveitei para fazer tudo de uma vez. Bati na porta ouvindo-a dizer que poderia entrar. Entrei, sentei-me em sua frente, entreguei as papeladas, deixando os vestidos em uma arara de roupas ao lado. Trocamos algumas palavras até eu a ouvir me chamar.
- ... – disse olhando para alguns papeis em sua mão, fiquei encarando-a – Será que você poderia entrevistar uma banda pra mim hoje? – eu assenti, comecei a imaginar qual banda poderia ser, me animando com isso. - Eles vão chegar em duas horas, então tem tempo pra você pesquisar algo. - ela disse, e eu apenas prestava atenção.
- Pode deixar comigo, só me diga o nome da banda e vou pesquisar. – disse disfarçando minha animação, eu amo entrevistar, ainda mais bandas, amo conhecer gente famosa e saber de seu mundo tão corrido e ao mesmo tempo incrível. Estava torcendo para que fosse o McFly, sou completamente apaixonada por eles desde os meus doze anos, amo o Poynter, e meu sonho sempre foi casar com ele (não me julguem). Mas infelizmente não tive a chance de conhecê-los ainda.
- A banda se chama Coldplay, creio que já ouviu falar, certo? – COLDPLAY? OH MEU DEUS, eu tava surtando por dentro, adoro Coldplay, eles são lindos e simpáticos, cantam muito.
- Claro que sim, adoro essa banda, sei muito sobre eles, então não irá ser tão difícil. – disse super animada, ela apenas me encarou sorrindo e assentindo, então me levantei saindo de sua sala. Sentei na cadeira de frente pro computador já com milhões de perguntar feitas em minha mente.
Nem vi as horas passarem, faltava uns dez minutos pro Coldplay chegar, e admito, tava super nervosa, já tinhas todas as perguntas e isso seria o máximo. Ri sozinha.
- Posso saber por que a senhora esta rindo à toa? – ouvi uma voz dizer ao lado de minha mesa, e já sabia quem era, Ryan.
- Vou entrevistar o Coldplay, morra de inveja meu amor! – disse piscando e rindo, Ryan fez cara de indignado.
- Minha tia trata melhor você do que eu, isso não vale! – Ele disse fazendo biquinho e eu apertei suas bochechas.
- Sua tia é um amor, eu amo ela por isso! E amo você também por ter me arrumado esse emprego, mas agora tenho que ir, eles já estão chegando! – disse olhando o relógio e dando um beijo estalado em sua bochecha, indo em direção à sala de entrevistas.
As horas passaram rápido, e confesso que me diverti demais entrevistando os guys, super simpáticos, deram um palhinha de In My Place pra mim, minha música favorita deles.
Já estava dentro do elevador do hotel com o Ryan ao meu lado, senti seu olhar sobre mim, olhei em sua direção.
- Sou tão bonita pra você me admirar assim? – sorri vendo-o fazer o mesmo.
- Você é linda mesmo, mas tava te olhando porque eu adoro te ver feliz! – disse sorrindo, me derreti toda com isso, abri um sorriso largo abraçando-o forte.
- Eu te amo Ryan! – disse baixo dando um beijo em seu pescoço.
- Eu te amo mais, pequena! – ele disse e eu sorri apertando mais meus braços em sua cintura. O elevador abriu e nos saímos ficando parados em frente nosso apartamento.
- A ainda ta aí? – Ryan disse apontando para meu apartamento.
- Boa pergunta, vou descobrir agora! – disse abrindo a porta e vendo uma de toalha andando pela casa, Ryan e eu caímos na risada e mandou o dedo do meio pra gente.
- Quer entrar, Ryan? - disse ainda rindo, ele fez que não com a cabeça.
- Vou dar comida pro Max e depois venho te encher o saco. – eu apenas assenti entrando no apartamento.
Vi correndo em minha direção e me assustei com aquilo.
- AMIGA,HOJE É SEXTA,TEM FILMES LEGAIS AQUI? FAZ BRIGADEIRO PRA GENTE? – me metralhou com perguntas.
- , cala a boca. - eu disse e ela me olhou sem entender. - FAÇO BRIGADEIRO! – falei rindo, ela deu pulinhos.
- Mas e o filme? – ela disse me olhando.
- Vai alugar enquanto eu tomo banho. – disse indo para meu quarto, veio atrás.
- Mas , não quero ir sozinha. – disse manhosa, olhei para ela rolando os olhos.
- Chama o Ryan pra ir com você. – falei simplesmente entrando no closet.
Tomei um banho longo e quente, precisava disso. Ao sair do banheiro enrolada em uma toalha me deparei com Ryan e feito duas crianças sentados na cama brigando pelo controle da TV. Rolei os olhos e ri em seguida, eu amo meus amigos.
- , fala pra ele me dar o controle! – disse fazendo cara emburrada.
- Nem vem , eu cheguei primeiro! – disse Ryan com o controle na mão se defendendo de .
- Dá pra pararem com a briguinha infantil? – disse segurando o riso, ouvi meu celular tocar e fui atender, era Mary convidando para ir em um pub novo na cidade. Desliguei o celular olhando uma com um bico enorme e Ryan com um sorriso vencedor assistindo Bob Esponja.
- Amores da minha vida, tenho novidades. – os dois olharam pra mim – Vamos a um pub novo, podem se arrumar, meia hora para cada um, MEIA HORA, OUVIU RYAN? – disse mais alto essa parte e Ryan rolou os olhos, deu pulinhos indo procurar uma roupa. Vi Ryan se levantar em vir em minha direção.
- Vou me trocar pequena, daqui a pouco volto. – disse me dando um beijo de lado no pescoço, me arrepiei com seus lábio gelados e ele percebeu, pois saiu rindo. Idiota.

Capítulo 3

Coloquei uma meia-calça fio 80 com um vestido curto e preto com pregas. Nos pés, um ankle boot preto, e fiz uma maquiagem marcante. Já apareceu no meu campo de visão com uma meia-calça preta, saia de cintura alta com babados e uma blusa bem transada vermelha. Nos pés, peep toe vermelho e maquiagem leve nos olhos com batom vermelho.
Estávamos lindas. Ouvi a campainha tocar e sabia que era Ryan. Gritei para ele entrar e fui pegar meu celular. Entrei na sala vendo Ryan fazendo carinho em Chanel, ele estava lindo, muito lindo, com uma baby look de gola V azul marinho, calça jeans skinny de lavagem escura, tênis da moda, cabelo bagunçado e uma jaqueta de couro preta.
- Tô vendo que tenho dois gatos na minha sala! – sorri chegando por trás e ficando com meu rosto do lado do seu. O vi sorrir, beijei seu rosto e saí andando em direção à porta. A demora demais, devia ser irmã do Ryan, só pode. Vi Ryan desligar a TV e se levantar. Ele não tinha me visto arrumada ainda, quando olhou pra mim fez cara de surpresa e eu ri.
- Não vai dizer nada? – perguntei vendo-o me encarar do pé à cabeça. Ele chegou mais perto, eu encostei na porta fechando-a e sorrindo de lado. Ele estava de frente pra mim, com uma mão de cada lado do meu corpo, me olhando fixamente. Ryan e eu nunca tínhamos nos pegado, pra falar a verdade, ele sempre foi tudo pra mim, mãe, pai, irmão, tudo, porque quando cheguei aqui não tinha ninguém, contava só com ele e . Acordei do meu transe ao ouvi-lo falar algo.
- , juro que se eu não tivesse tanta consideração por você... – ele aproximou sua boca da minha – Eu te beijaria! – meu coração acelerou, isso não pode acontecer, não mesmo,Ryan é como um irmão.
- Vamos, galerinha do... – ouvi falar algo, Ryan se distanciou rapidamente e eu dei um suspiro. – Ops, atrapalhei algo?
- Vamos então? As bebidas me esperam! – cortei-a antes dela falar merda.

Chegamos no pub e aquilo tava uma loucura, depois de alguns minutos esperando conseguimos entrar, estávamos em quatro pessoas, eu,, Ryan e Mary.
Pegamos uma mesa e Ryan foi fazer nossos pedidos, ficamos conversando enquanto isso.
- Meninas, olhem para aquele barman, que lindo! – Mary apontou um barman muito bonito mesmo, mas ainda prefiro minha companheira fiel, a vodka.
e Mary engataram uma conversa animada e eu fiquei só observando o movimento, quando avistei Ryan vindo com duas bebidas.
- Meninas, aqui estão o pedido da e o da . Mary, já trago o seu! – e sumiu no meio da multidão. Peguei minha vodka e dei um gole, continuei a observar o povo dançando.Troquei algumas palavras com as meninas, mas não estava muito pra papo. Ryan estava demorando.
Decidi dar uma volta já que estava por fora do assunto, levantei segurando meu copo e fui em direção ao banheiro, chegando lá retoquei um pouco da maquiagem e logo saí para dançar. Aquilo tava uma muvuca, mas estava muito bom, minha bebida já tava pela metade, nem ligo, estou aqui pra isso, não é?
Comecei a dançar no ritmo da música, até que alguém esbarrou em mim. Quase derrubei minha bebida, fechei a cara mas nem olhei, estava sendo levada pela música e aquilo era muito bom. Abri meus olhos quando o som estava chegando ao fim, dando de cara com ele.
, estava lá. Fiquei estática, ele estava encostado do lado do bar me encarando, ou melhor, me secando. Mordi o lábio sem pensar e ele continuou com a expressão séria, o vi erguer o copo pra cima em uma forma de me cumprimentar dando um sorrisinho, fiz o mesmo sorrindo de lado, mas sem mostrar os dentes.
Uma nova música começou e senti alguém me puxar, desviei meu olhar do de , olhando para a pessoa ao meu lado, era com cara de arte.
- Amiga, olha o gatinho que eu arrumei pra Mary! – disse rindo e apontando para Mary que estava em um canto perto de nós com um cara em cima dela, eu sorri vendo a cara de tarada da mesma.
- Você não presta. – disse rindo.
- Ele é gato! – ela disse toda feliz e eu ri. - Mi amore, vou pra mesa, você vai ficar aqui? – disse sorrindo, voltei meu olhar para onde estava, mas ele já havia saído dali.
- Já vou, vou só pegar mais uma bebida. – disse olhando-a ,ela assentiu e saiu andando e eu fui em direção ao bar.
- Posso ajudar, linda? – ouvi a voz do barman e reparei que era o mesmo que a e Mary estavam falando, sorri.
- Overdose – disse sorridente.
- Boa escolha! – o garçom disse dando uma piscadela, sorri em troca, e senti alguém esbarrar em mim, isso já ta virando costume. Mas dessa vez olhei quem era.
- Ai! – disse de propósito pra pessoa melhor. O cara era um gato.
- Desculpa moça, não foi minha intenção! – ele disse sorrindo, não me contive e sorri de volta – . – o cara bonito disse estendendo sua mão pra mim.
- . – segurei sua mão apertando-a de leve,sorrindo, ele sorriu de volta. Nesse momento o garçom apareceu com minha bebida e eu agradeci.
- , vamos! - um outro cara alto e bonito como disse, senti um olhar fulminante de na direção do mesmo, não me contive e comecei a rir. se virou pra mim.
- Isso não foi engraçado! – disse ele rindo e fazendo bico. Eu ri mais ainda.
- Não vai me apresentar sua amiguinha, ? – disse o cara bonito, senti que ia matá-lo ali mesmo.
- e , e ! – disse apontando do tal pra mim e de mim para ele. Cumprimentei-o sorrindo, ele fez o mesmo.
- Você é bonita! – o disse hesitando e eu sorri agradecida– Está acompanhada?
- Na verdade sim, meus amigos estão sentados em uma mesa mais para o fundo! – disse apontando – E obrigada,vocês também são lindos! – disse sincera e notei o sorrisinho nos rosto dos dois.
- Você não é daqui, né? – disse sorrindo de lado.
- Não, sou brasileira! – disse sorrindo abertamente, por mais que vocês possam achar estranho, eu realmente tenho orgulho de ser brasileira.
- Oh meu Deus! Tá explicado! – o disse e eu comecei a rir da maneira como ele havia falado.
- Não sei por quê, eu acho as britânicas lindas! E se vocês forem para o Brasil, vão me trocar fácil por qualquer outra!
- Eu gosto das britânicas, mas sotaques, pele bronzeada, corpo violão... Me conquista fácil! – disse mordendo o lábio, deu pra notar claramente as segundas intenções em cada palavra dita e em seu olhar, deixei escapar um sorriso safado.
- Sinto muito, mas sou mais branca que as britânicas, pra falar a verdade acho que não herdei nada do Brasil! – disse pensativa.
- Eu não acho! – ele disse dando um sorriso safado.
- Acho que sobrei. – ouvi dizer e comecei a rir.
- Vejo que já conheceram a miss estressadinha! – ouvi uma voz conhecida dizer.
estava atrás de e , com as mãos no ombro de cada um e com a cabeça no meio das dos dois.
- ? – disse meio incrédula encarando-o.
- Vocês se conhecem? – disse meio perdido.
- Sim, sou eu! – disse dando aquele maldito sorriso perfeito – Surpresa? – disse me encarando.
- Talvez...
- Acho que quem sobrou agora fomos nós, ! – disse desanimado.
- Eu e a nos conhecemos por acaso. – disse continuando a me encarar,aquele joguinho de olhares estava me deixando cada vez mais viciada.
- Mas como foi? – perguntou olhando de para mim.
- Longa história! – disse quebrando meu olhar com . - Com licença meninos, mas vou me sentar com meus amigos – disse sorrindo de lado.
- Você não quer se sentar conosco? – disse sorrindo.
- Obrigada , mas meus amigos já pegaram uma mesa... – disse nervosa,na verdade eu queria era sair dali logo, o olhar de mexia comigo.
- Devo lhe informar que se seus amigos são Ryan, e Mary, eles estão sentados com a gente! – disse dando um sorriso vencedor. Fiz cara de desentendida.
- Seu amigo é o Ryan? – perguntou me encarando.
- Também... – eu disse confusa.
- Ryan é nosso amigo faz tempo! Se eu soubesse, já teríamos ido lá! – ele disse sorrindo.
- Não seja por isso, vamos lá agora! – disse com o olhar vidrado em mim e o sorriso vencedor de lado, mandei um olhar fulminante em sua direção – Né ? – disse de propósito.
- Claro ! – dei um sorriso cínico e fomos em direção à nossa mesa.
Chegando lá,notei que havia muita mais gente do que antes. Vi Ryan sorrir quando me viu com os meninos falando algo como “que bom que já se conheceram”. Ele então me apresentou o resto do pessoal, eu era a única desconhecida ali ?
- , esses são , , Lizzy e Mica. – Ryan disse sorridente e eu cumprimentei todos, senti o olhar de pesar sobre mim. Sentei ao seu lado e ela começou a cochichar baixo de como o é bonito pessoalmente e de como o é legal.
Descobri que os meninos são amigos de Ryan já faz tempo, e que Lizzy e Mica eram amigas de anos do mesmo e que ele saía com Mica antes, dessa parte eu não gostei muito.
fez questão de se sentar de frente comigo na mesa, olhei-o de relance e ele continuou com seu sorriso sarcástico. Eles engataram um conversa animada sobre ficar bêbado. contou de que uma vez havia ficado bêbado e conversado com um gato, e claro que eu ri muito.
Eu e trocávamos olhares na maioria da vezes, comecei a ficar com calor, devido à bebida provavelmente, e ficar olhando aqueles glóbulos só aumentava minha vontade beijá-lo.
Levantei indo pra qualquer lugar, me lembrei da área de fumantes e foi pra lá mesmo que eu fui. Estava meio tonta e com calor, precisava de ar.
Me encostei na grade da varanda olhando o movimento das ruas de Londres, tinha poucas pessoas ali, eu bem que fumaria um cigarro pra relaxar um pouco, mas isso causa várias consequências que eu não to afim de carregar comigo mais pra frente, então apenas fiquei observando.
Após um tempo ouvi uma voz bem conhecida soar pelos meus ouvidos.
- Eu disse que a gente ia se ver muitos antes do que você imaginava! – sua voz rouca me deixava com mais vontade de agarrá-lo e beijá-lo ali mesmo. Senti um peso a mais na grade, mas não me movi.
- Virou pai de Santo agora? – disse soltando risinhos, queria muito rir, mas ele ia me achar uma bêbada, então me segurei, em seguida ouvi sua risada alta.
- Eu não, mas você bem que poderia ser, né? – ele disse, virei meu rosto encarando-o sem entender, ele sorria, mas não irônico, era um sorriso gentil.
- Por que? – mordi meu lábio confusa, ele continuava me encarar daquela forma, era meio assustador.
- Porque aí você me falaria se a gente vai ficar junto no futuro... – ele disse piscando e rindo baixo em seguida, desviando seu olhar do meu. Fiquei em choque com o que ele disse, mas logo passou, sorri involuntariamente começando a gargalhar em seguida. ficou sem graça olhando a rua, mas não deixou de rir.
- , essa foi a pior cantada de todas, sério, não tinha melhor? – ele continuou a encarar a rua, sorrindo.
- Você podia dar um desconto né, foi a primeira coisa que me veio à mente. – disse sorrindo,eu apenas o encarava sorrindo docemente.
- Mas eu gostei, prometo usá-la um dia, tá? – disse dando uma piscadela, ele me olhou sorrindo, fiquei encarando-o e ele fez o mesmo.
Senti se aproximar me puxando levemente pela cintura, fechei meus olhos, seu perfume era viciante. encostou levemente seus lábios sobre os meus, não rolou beijo, apenas encostou. Senti minha mão suar, eu estava muito nervosa, tudo isso por ? Sério?
- . eu... – ouvi a voz de Ryan e me afastei rapidamente de , o que não passou despercebido, tinha certeza que eu estava vermelha. Olhei de relance para que não estava muito diferente de mim, e voltei meu olhar para Ryan.
- Eu to indo embora...– Ryan disse com um sorriso de orelha a orelha, juro que não tava entendendo o por que... Mica, talvez?
- Ta acompanhado? – perguntei com receio.
- Eu te levo! – disse rapidamente, vi Ryan olhá-lo com um sorriso pervertido e fechei a cara.
- Não precisa, o Ryan me leva! – olhei diretamente para Ryan que estava com um sorriso sapeca;
- Sabe , é que a Mica vai comigo, tem problema o te levar? – fez uma cara de chateado mas logo em seguida deu um sorriso cúmplice para . Vi o mesmo retribuir.
Ok, eu tava muito puta, qual é? Era pro Ryan odiar o , irmãos sente ciúmes, certo? Eu odiava a Mica, por exemplo... Mentira ,e tá, sei que a gente não é irmão de sangue, mas eu considero, ok?
- Mas e a ? – perguntei com a pior cara do mundo, tinha certeza que estava com seu maldito sorriso convencido atrás de mim.
- Ela mandou sms pra você avisando que já tinha ido com a Mary, estava com muita dor no pé, e como você tinha sumido... – disse Ryan me encarando, QUE VACA, pensei, praticamente gritei por dentro, legal, forever alone, vou embora à pé...
- Hm... – disse olhando o nada, e nesse instante Mica apareceu e veio ma direção de Ryan o abraçando pela cintura, isso fez com que eu tivesse vontade de vomitar, mas segurei.
- Vamos? – ouvi-a dizer, rolei os olhos, Ryan fez cara feia pra mim, me deu um beijo na testa e disse um ‘se cuida, pequena’ como sempre dizia antes de partir. Normalmente eu diria ‘ok’, mas desse vez eu disse ‘vou tentar’ e ele fechou mais a cara comigo.
Vi eles saírem da área de fumantes e continuei de costas para . Respirei fundo virando de frente pra ele.
- Ok, quero ir, vamos? – falei irritada.
- Não antes de você pedir... – disse ele segurando a risada, fiz cara de desentendida.
- Pedir o que?
- Ué, pedir uma carona! – disse ele rindo, abri a boca pra pronunciar algo, mas nada saía. Não acredito que aquele cretino ia me fazer pagar esse mico.
- Você se ofereceu a me levar, então não preciso pedir! – disse convencida, ele me olhava sorrindo, maldito sorriso.
- Eu me ofereci só pra ele ir pro motel sossegado com a Mica e não ter uma mala como você de empata foda! – disse sorrindo vencedor, abri a boca novamente, mas dessa vez extremamente indignada.
- Você é um cretino! – disse olhando-o feio, se pudesse queimava aquele corpo perfeito dele com meus próprios olhos – E ele NÃO vai pro motel porra nenhuma! – disse enciumada.
- Eu sei! – ele disse sorrindo de lado – Hm, ta com ciuminho? Fica despreocupada que a gente pode ter uma noite melhor que a deles... – disse gargalhando da minha cara de ânsia - Mas como eu sou um amor de pessoa, não vou te obrigar a fazer isso, aliás, sou um cavalheiro, não recuso carona pra mulher... – disse sorrindo safado, tive vontade de meter a mão na cara linda dele.
- Fique sabendo que eu só aceito porque não tenho nenhum contato de taxistas aqui... – disse séria e ele sorriu, que ódio.
Saí do pub na frente e ele atrás de mim, parei no meio da rua virando para o mesmo.
- Qual deles? – disse apontando para os carros em volta, ele desativou o alarme e eu vi um Nissan 350z, meu queixo caiu, ele era LINDO, por um momento eu me esqueci que o era o do 1D, mas porra, que lindo, me encantei com o carro e percebeu, porque começou a rir da minha cara.
Ele veio até mim abrindo a porta, aquele gesto simples fez eu me derreter por dentro, ok , foco. Sentei no banco passageiro e ele deu a volta entrando no carro também.
Já estávamos há um bom tempo mudos, até que ele parou em um sinal ,vi-o ligando o rádio, estava começando One Day - Simple Plan , eu amava aquela música. Comecei a cantarolar baixinho no intuito que ele não escutasse.
- Veja só, ela é revoltadinha... – ouvi-o dizer e não aguentei, comecei a rir. (N/a: girls se vocês quiserem entender o porquê do “revoltadinha” olhem a tradução da música)
- Eu amo essa música, cantava ela quando estava no colegial, e sim, naquela época eu era revoltada... Bons tempos... – disse olhando-o sorrindo docemente, ele desviava seu olhar da rua para mim às vezes.
- Deve ser bom morar no Brasil! – ele disse sorrindo gentil, estava olhando pra frente.
- Sim, lá é muito bom, Brasil é tudo, acho que todos deviam ir para lá um dia! – disse meigamente olhando-o parar na frente do meu prédio, olhei-o em seguida sorrindo.
- Eu imagino, quero ir pra lá um dia! – disse me olhando – Vai ser minha guia turística? – disse rindo, ri junto.
- Se você quiser ficar perdido e além de tudo não aprender nada sobre a cidade, é comigo mesmo! – disse rindo, senti uma pontada de saudade da minha família e dos meus amigos, meus olhos se encheram de lágrimas mas não chorei, apenas abaixei minha cabeça tentando segurar.
- Hey! – tocou meu queixo com um dedo na tentativa de erguer meu rosto, olhei-o nos olhos – Fica triste não, não foi essa minha intenção! – disse meigamente, sorri de volta.
- Tá tudo bem, isso é efeito das bebidas! – disse rindo e ele me acompanhou – Acho que preciso de uma boa noite de sono. – disse sorrindo.
- Vai lá! – vi chegar perto demais, por um momento pensei que ele ia me beijar, mas não, apenas me deu um beijo carinhoso na bochecha, sorri em troca – Qualquer coisa só ligar. – e se afastou.
Saí do carro indo em direção à portaria, parei na entrada olhando para trás vendo através do vidro do carro me encarando com um sorriso meigo, retribuí o sorriso sem mostrar os dentes, voltei a andar e fui em direção ao elevador.
Entrei no apartamento me deparando com uma descabelada e com a maquiagem toda borrada dormindo na minha cama com Chanel ao lado, sorri sozinha e fui pro banheiro tomar um banho quente e logo em seguida fui dormir.

Capítulo 4

Os dias se passaram rapidamente, e lá se foi mais uma semana. Mal fiquei na redação por conta da sessão de fotos com as garotas da The Saturdays. Elas eram bonitas, mas não tão simpáticas, o que me deixou um pouco irritada.
Era domingo de manhã e um solzinho simpático dera as caras em Londres, porém o vento frio ainda predominava. Levantei num impulso, já tendo em mente como seria a minha manhã. Eu vestiria um moletom confortável e caminharia um pouco, afinal, não é sempre que aparece um solzinho. Deixei pra tomar meu café da manha na Starbucks.
Saí do prédio e comecei a andar sem direção. Mentalmente, fiz um "tour" pela minha vida. Eu havia chegado bem mais longe do que podia imaginar quando saí do Brasil. Porém... Minha mente tomou um rumo diferente e parou nele. Uma semana sem vê-lo, sem contato, será que tudo foi apenas passageiro?
Senti um vento frio bater me encolhendo, avistei um campo enorme com um gramado verde onde havia várias pessoas,uns caminhando, outros deitados na grama olhando o céu, outros com seus animais de estimação e por fim um parquinho e algumas mães com suas crianças. Resolvi ir até lá e sentei-me em um banco vazio de frente para as crianças que brincavam.
Fazia meia hora que estava ali, sentada com meus pensamentos, quando senti algo pular em cima de mim. Algo grande e pesado, porque estava massacrando minhas coxas. Notei que era um cachorro de pelos compridos cor de mel, ele tinha uma bolinha verde na boca. Nem deu tempo de procurar o dono, logo ouvi uma voz atrás de mim.
- Você está aí! – disse uma voz masculina – Vejo que escolheu pular na pessoa certa, Spark! – disse a voz se aproximando, olhei desentendida para a pessoa notando que era .
- Você? – disse meio incrédula , me olhou estranho.
- Nossa, não sabia que minha presença era tão bem vinda assim! – disse sarcástico, chegando perto do cachorro e tirando a bolinha de sua boca, mas Spark nem se moveu.
- Não, desculpe, não quis dizer isso! – disse dando um sorriso gentil, estava com uma calça esportiva azul marinho, com uma regata branca. Estava lindo, e eu quase babando.
- Tudo bem, mesmo se não fosse bem vindo eu iria ficar aqui pra te encher! – ele disse dando uma piscadela, sentando ao meu lado em seguida.
- Claro! Você é um mala mesmo! – sorri de lado, mas sem olhá-lo.
- Sou mesmo. – disse sorrindo, fazendo carinho em Spark. Olhei-o.
- Seu cachorro é muito folgado! – disse olhando para o cão no meu colo – Mas é muito lindo também... E grande! – disse rindo,passando a mão no mesmo.
- Dizem que os cachorros são iguais os donos... – ele disse caindo logo em seguida na gargalhada com a minha cara.
- Oh Spark, que dó de você, meu filho! – disse com cara de piedade, fazendo carinho nele. Senti o olhar do pesar em mim, olhei-o, ele estava com uma cara feliz me olhando.
- ? ? – vi uma menininha de uns cinco anos de cabelos pretos enroladinhos e olhos extremamente azuis dizer segurando a mão de . olhou-a com cara de espanto.
- Oi minha linda, vem cá! – disse pegando-a no colo, todo sorridente – Como você chama? - aquela cena fez eu me derreter, queria guardar aquele momento pra sempre, eles pareciam até pai e filha.
- Alice! – disse ela colocando o dedinho da boca, em seguida veio a mãe de Alice. Ela conversou com e disse que ela adora a banda e sabe várias musicas. Eles tiraram fotos juntos, ela já estava indo embora quando virou e perguntou a :
- Ela é sua namorada? – disse Alice olhando-nos com um sorriso sapeca, olhou-a com um sorriso me olhando em seguida, eu estava sem graça, mordi meu lábio, voltou seu olhar para Alice.
- Não, mas poderia ser, o que você acha disso Alice? – ao dizer isso senti minhas bochechas queimarem e uma vontade enorme de me jogar na frente do próximo carro que passasse. Alice abriu um sorriso enorme.
- Ela é linda! – disse apontando pra mim – E vocês dois combinam. – disse sorrindo e indo correndo à sua mãe que estava mais à frente.
Não sabia o que falar, estava totalmente envergonhada, vi me olhar sorrindo sem mostrar os dentes, devolvi o mesmo sorriso, abaixando minha cabeça fazendo carinho em Spark.
- Ele gostou de você... – disse olhando para Spark, senti meu estômago roncar e lembrei de que não tinha tomado café da manhã e que já deveria ser meio-dia ou quase isso.
- Acho que eu já vou indo... – disse erguendo meu olhar para .
- Tudo bem. – disse levantando – Vem Spark! – disse chamando o enorme cachorro que levantou e pulou do meu colo, levantei em seguida, me despedindo e saindo andando.
Estava perto da esquina quando o ouvi me chamar.
- Quer almoçar comigo? – disse me encarando, sorri chegando mais perto.
- Se prepara porque eu to morrendo de fome! – disse rindo e me acompanhou.
Já havíamos chegado no apartamento de , era completamente lindo, a decoração, móveis, tudo! Com certeza não era ele quem tinha escolhido aquela decoração, havia uma opinião feminina ali, tinha que ter! Enquanto nós estávamos vindo para o apartamento de , várias fãs o pararam no caminho e eu ficava sem graça, pois todas me encaravam de um jeito estranho, tinha uma que pensei que ia me atacar a qualquer momento. Todas abraçavam, beijavam o rosto de como se aquilo fosse a última coisa que iriam fazer na vida, era até bonito de ver esse amor delas por ele. acabou ficando irritado com Spark porque ele parava de cinco em cinco minutos pra fazer xixi e cheirar as ruas e eu só ria, o que deixava-o mais irritado.
- Acho que precisamos ir às compras! – tinha ido na cozinha enquanto eu fiquei na sala admirando a decoração. – Tem problema?
- Ah tem, viu? – fiz cara de decepção balançando a cabeça de um lado pro outro, não aguentei a cara de espanto de e comecei a rir.
- Você é tonta né? – disse vindo em minha direção – Babaquinha! – bagunçou meu cabelo com uma mão indo em seguida para a porta. Fui atrás do mesmo.
Fomos de carro para o mercado, pelo fato de que não iríamos conseguir trazer tudo na mão. Fomos conversando e ele estava me contando sobre o novo álbum, pelo jeito ia ficar muito legal, até eu estava ansiosa.
Chegando no mercado, não estava lotado, fomos parar em uma área de massas, estranhei..
- ... – disse olhando para as prateleiras.
- Hm? – que também estava olhando as prateleiras me encarou.
- O que você vai cozinhar pra mim? – disse soltando uns risinhos, ele sorriu.
- Surpresa, você vai se apaixonar na minha comida! – ele disse rindo, e aquelas palavra fizeram meu estômago roncar.
- Quero só ver, nunca imaginei você como chef de cozinha! – disse rindo em seguida imaginando a cena.
- Vai ver hoje, mi amore! – fez cara de superior e eu ri. Enquanto pegava os ingredientes, eu estava procurando a área de chocolates, a sobremesa havia ficado por minha parte.
- ACHEI! – gritei no meio do corredor de chocolate, me lembrando depois que estava em área pública. Coloquei a mão na boca! – , cadê você? – disse olhando para os lados.
- Isso vai vencer daqui uma semana, que cúmulo! – vi um todo fofo com um boné azul com a marca de um achocolatado em sua cabeça, e ele estava olhando para o pote.
- Da onde tirou esse boné super style senhor ? – disse sorrindo pegando três barras de chocolate.
- Se eu comprar dois achocolatados, ganho esse boné, e sabe, eu curti ele! – disse sorrindo todo feliz, eu ri junto, vi ele olhar para minha mão com os chocolates. – Você quer que eu tenha dor de barriga durante quanto tempo? – comecei a rir e ele me acompanhou.
- Você vai ver, vai se arrepender de ter falado isso! – disse sorrindo, ele me encarava rindo.
- Tomara mesmo! – sorrio – Vem, vou pegar algo pra bebermos. – disse ele, e eu o segui.
Estávamos em um corredor cheio de bebidas, olhava as prateleiras enquanto eu cantarolava uma música qualquer que tocava na rádio do mercado. Esbarrei em um refrigerante que caiu no chão e estourou, molhando a mim e ao . Eu fiquei estática e tentou se proteger, mas não adiantou. O chão do supermercado estava imundo. Quando parou de espirrar eu fiquei parada com o cabelo pingando refrigerante, olhei para que estava de frente comigo me olhando. Eu e começamos a rir, nisso um menininho que viu toda a cena quis tentar escorregar brincando no chão e caiu, eu e começamos a rir ainda mais.
Estávamos dentro do carro, o gerente do supermercado tinha vindo tirar satisfações e tentou explicar toda a situação, mas mesmo assim ele nos fez pagar o refrigerante. Fiquei super sem graça, mas falou que ele nunca tinha dado tanta risada como hoje. Estava tudo mudo dentro do carro, eu estava olhando para as ruas através do vidro, quando lembrei-me de uma coisa.
- AI MEU DEUS! – deu uma freada que eu quase bati minha cabeça, me olhou assustado.
- O que aconteceu? – disse assustado, juro que queria rir, mas ele ia me matar.
- Eu esqueci de dar comida pra Chanel! – disse com medo do que ele iria me falar.
- Chanel? Quem é Chanel? – disse impaciente.
- Minha gata! – fiz cara de medo, ele me encarava.
- Ta zuando que quase me matou do coração por causa da sua gata? – disse sério, mas vi um sorrisinho brotando do lado de seu lábio.
- Desculpa... – disse baixo.
Ele não disse nada, apenas continuou dirigindo. Depois de algum tempo, vi parar em frente meu prédio.
- Desistiu de almoçar comigo? – disse com o olhar triste, eu realmente tinha ficado chateada por aquilo, me olhou.
- Claro que não! – disse gargalhando da minha cara – Não acredito que você pensou que eu tinha ficado bravo! – disse entre os risos.
- Eu achei! – fiz bico.
- Não faz bico, senão eu me apaixono! – disse sorrindo, soltei um sorrisinho, mas aquelas palavras fizeram minha barriga gelar – Vai lá, pega sua gata, vamos levar ela pra minha casa também! – disse ele, fiz cara de assustada.
- Tá ficando louco? O Spark vai matar a coitada! – disse em choque, ele riu.
- O Spark é cagão , não vai fazer nada! – olhei-o com receio – Juro! – disse beijando os dedos como as crianças de cinco anos fazem.
- Já volto! – disse saindo do carro.
Não demorei muito no meu apartamento e logo já estávamos de volta ao de , ele estava apaixonada pela minha gata. não parava de falar de como a Chanel era bonita, de como os olhos dela eram profundos e bla bla, teve uma hora que eu até comecei a rir da cara dele e ele ficou bravinho comigo, nem ligo.
- , solta logo a Chanel e vem aqui! – disse da cozinha, fazia meia hora que eu estava na tentativa de soltar a Chanel, mas o meu medo do Spark voar em cima dela era maior.
- Não dá , o Spark vai comer ela! – disse choramingando
- Dá ela aqui! – vi aparecer da cozinha com um avental, não aguentei e comecei a rir, ele me olhou com uma cara engraçada me fazendo rir mais. Pegou a Chanel e a colocou-a no chão.
- Pronto! – disse por fim.
- Eca! – disse passando minha mão no cabelo que estava todo melado pelo refrigerante, me olhava.
- Vai tomar banho, tem um samba canção meu em cima da cama e uma blusa branca dentro do guarda-roupa, pode pegar. E meu quarto é subindo a escada, segunda porta à direita, vai lá no closet.
- Ta bom, mas vê se não vai colocar fogo na cozinha! – disse mostrando a língua.
- Engraçada você! – disse .
- Não custa avisar né? – disse rindo subindo as escadas em seguida.
- Vai tomar banho! – disse jogando uma almofada em mim.

Capítulo 5

O quarto de até que era bem arrumadinho para um membro de boyband adolescente, já havia tomado banho e estava de frente com seu enorme espelho me olhando, estava com um samba canção de bichinhos azul clara de e uma camisa branca que servia como vestido pra mim. Desci as escadas parando na porta da cozinha,vendo um atrapalhado tirando algo do fogo, sorri e fiquei muda só observando.
se virou para colocar um delicioso macarrão na mesa, dando de cara comigo
- Faz muito tempo que você tava aí? – disse sorrindo.
- Tempo suficiente pra ver sua habilidade na cozinha, chefe! – disse rindo.
- Hm... Gostei do chefe! – fez cara de convencido rindo em seguida, dei um empurrão em seu ombro.
- Convencido. – disse rindo me sentando em seguida na cadeira – Hm, temos macarrão, que menino prendado... Oh, esqueci que não posso elogiar! – disse rindo e senti um peteleco na minha cabeça, se sentou de frente pra mim, colocando macarrão pra mim e para ele.
- Aliás, você ficou muito sexy com minha roupa! – disse dando uma piscadela, senti meu rosto queimar de vergonha, mas nem percebeu pois estava atacando um delicioso macarrão, coisa que eu já deveria estar fazendo.
Depois que comemos, ajudei a arrumar a cozinha, deixamos tudo limpo, ele me contou que acha relaxante arrumar a casa e eu claro que estranhei, mas tudo bem né, vai entender.
- Eu vou ganhar de você, doçura! - ouvi dizer todo cheio de si, sorri sarcástica. Estávamos na sala com um controle na mão, Guitar Hero ia começar e eu TINHA que ganhar.
- Mas nem morta! – continuei com meu sorriso.
- Vamos ver então! – disse ele mandando um beijo no ar para mim, sorri, achei fofo, mas aquilo era um desafio, então eu teria que ganhar, certo?!
A rodada começou, me senti ansiosa, é quefazia um bom tempo que eu não praticava, e se fosse tão bom quanto aparentava ser, eu teria que ouvir alguns deboches por um longo tempo...
- Sabe... Se eu ganhar, você vai ter que me dar uma recompensa! – ouvi dizer depois de alguns longos minutos de jogo, até que eu tava indo bem, e ele realmente jogava bem.
- Como assim? – olhei-o confusa e nesse meio tempo quase perdi algumas notas.
- Como "como assim", ? – sorriu tarado – Hoje nada é tão fácil assim, tudo é à base de trocas, docinho. – aquela apelido me fez arrepiar, não sei por que, mas a voz dele falando apelidos meigos me causava essas sensações, não me julguem.
- Então se eu ganhar posso pedir qualquer coisa? – disse desafiadora, abriu um sorriso maior ainda.
- Claro, mas lembre-se que também vou ter abertura pra pedir qualquer coisa! – disse enfatizando o “qualquer”.
- Ok docinho! – sorri de lado, o jogo continuou por mais uns dez minutos, até que achei melhor ganhar dele de uma vez, e lá veio meu plano. Olhei-o de lado e ele estava totalmente concentrado, ok, essa é a hora.
- OH MEU DEUS, HARRY! – eu disse com cara de desespero olhando para ele e para TV em seguida – NÃO SE MEXE, TEM UMA BARATA PERTO DE VOCÊ! – disse com a voz desesperada, mas queria muito rir.
- ONDE? - quando vi já tinha largado o controle e levantado desesperado, eu não aguentei e caí de costas no tapete de tanto rir, a cara dele era a melhor – EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ MENTIU! – ele disse todo bravinho.
- GANHEI! – levantei rápido pulando toda feliz perto dele.
- Você trapaceou , não valeu... – ele disse com cara de decepção, juro que aquela cara me machucou, me fazendo arrepender por alguns segundos.
- Não roubei não, você é que é tonto de cair na minha! – dei língua, ele me olhava incrédulo. - Eu não acredito que você fez isso, sua ladra! – disse me olhando com raiva mas rindo em seguida, não aguentei e caí na gargalhada.
- Hum, deixa eu pensar na minha recompensa... – disse rindo.
- Que recompensa? Você roubou, não vou te dar nada não... A menos que... – deixou a frase pendente, fiz cara de confusa.
- A menos que... ? – incentivei-o.
- A menos que isso seja favorável a mim também! – disse fazendo a maior cara de tarado, mandei um olhar 43 em sua direção.
- Com certeza não vai ser. – disse sorrindo cínica, ele sorriu.
- Então não vou fazer nada! – disse convencido.
- Ah, vai sim! – disse rindo chegando perto dele apontando meu dedo em seu peitoral mais sem relar, foi dando passos para trás – Porque se você não fizer... – disse ainda com o dedo apontado para ele que continuou andando para trás– Eu vou contar pra todo mundo que você é um frangote que tem medo de barata,que sabe cozinhar e acha relaxante arrumar a casa. – disse segurando o riso.
- Isso é golpe baixo e você sabe! – ele disse me encarando e finalmente encostando na parede.
Cheguei meu rosto bem próximo do dele ficando na ponta dos pés para alcançá-lo.
- E quem liga?! – disse desafiadora, revezava seu olhar entre meus olhos e minha boca. Confesso que estava em uma briga interna para não beijá-lo.
Senti que involuntariamente eu cheguei perto demais de fazendo nossos lábios se tocarem.
- ... O que... – ficou confuso em suas palavras e eu despertei me afastando rapidamente.
Vi dar um sorriso safado e gelei, ok, eu tinha começado, agora eu teria que aguentar.
- Oh , agora que estava ficando bom... - ele disse dando o maldito sorriso de lado.
- Oh ... –disse imitando seu tom – Já tenho uma recompensa perfeita! - disse aproveitando para mudar de assunto.
- Não muda de assunto! – ele disse chegando perigosamente perto, senti me puxar pela cintura fazendo nossos narizes se tocarem.
- Que assunto? – gaguejei, ótimo.
- Você sabe! – ele disse com os olhos fixos nos meus, resolvi me aproveitar da situação já que não me restava mais nada a fazer.
- Oh ... – eu disse fazendo nossos narizes se tocarem de novo, mas propositalmente – Se eu fosse você, se preparava, porque minha recompensa não vai ser simples assim! – disse revezando meu olhar entre seus olhos e sua boca, mordendo minha boca propositalmente em seguida. Senti olhar descaradamente e em um impulso eu me afastei.
ficou me olhando sem reação, após alguns minutos ele mordeu o lábio balançando a cabeça de um lado pro outro.
- Eu não acredito que você pensou que eu ia te beijar! – eu disse rindo, ele me olhava desafiador.
- Eu não falei isso! – disse ele me encarando,estávamos alguns metros longe.
- Mas pensou! – disse sorrindo sem mostrar os dentes.
- Lê pensamentos agora? – disse chegando perto de mim.
- Talvez... – disse sorrindo sarcástica e fez o mesmo chegando mais perto.
- Então me diga o que eu estou pensando em fazer agora! – inverteu nossas situações e seus lábios estavam a pouco milímetros dos meus.
Aquele joguinho já estava me cansando. Pra falar a verdade eu queria que ele me beijasse logo.
- Preciso ir embora! – depois de longos segundos que pareceram minutos (para mim) eu consegui sair do meu transe e soltar essas palavras.
- Eu te levo. - deu um sorriso vencedor saindo andando.

já estava parando o carro em frente ao meu prédio, eu estava com o samba canção dele e sua blusa com um moletom da GAP por cima, segurando a Chanel e meus sapatos. não tinha me deixado trocar de roupa muito menos eu levar minhas roupas embora, disse que ele ia lavar e depois me dava porque aí teria uma desculpa pra me ver, senti minhas pernas bambearem quando ele disse isso, será que eu havia conquistado um boyband? Inacreditável!
- Acho que eu não estou em uma situação muito boa para sair do seu carro! – eu disse olhando para minhas pernas que estava descobertas.
- Eu disse pra você pegar uma calça, mas você é teimosa! – disse ele sorrindo olhando do meu rosto para minhas coxas, corei.
- Eu já estou com quase uma dúzia de roupas suas, – disse rindo ele me acompanhou.
- Exagerada!– disse ele rindo.
- Sou mesmo! – sorri olhando-o, ficamos um tempo nos encarando, ele sorria para mim e revezava seu olhar com meus olhos e meus lábios, não resisti e mordi meu lábio inferior – Acho que devo ir! – disse sorrindo.
- Obrigado ! – ouvi-o dizer, me espantei, ele percebeu e soltou um risinho baixo – Por hoje...
- , você não tem que me agradecer, aliás, eu que agradeço! – disse sorrindo abertamente, cheguei perto dele dando um beijo demorado em sua bochecha em seguida me afastando abrindo a porta do carro.
Fechei a porta, eu estava com um puta frio e toda atrapalhada com a Chanel no colo miando, andei até a entrada do prédio, quando estava prestes a entrar de uma vez ouvi-o me chamar, virei pra trás vendo um encostado no carro, todo charmoso com as pernas e os braços cruzados, estava me olhando e rindo.
- Que foi? Ria da minha desgraça, mesmo! – disse rindo.
- Vem aqui. – ele disse.
- Ah , ta brincando? – disse fazendo manha,vi ele balançar a cabeça negativamente, bufei rindo colocando Chanel e meus sapatos no chão e indo até ele que sorria feliz.
Cheguei perto dele ficando frente a frente, ele me encarava sorrindo e eu o olhava meio sem entender mas sorria de lado.
- Que foi? – perguntei encarando-o , ele não disse nada, apenas pegou uma das minhas mãos me puxando e me beijou, isso mesmo, simplesmente me beijou.
Fiquei assustada, mas retribuí. Não foi um beijo de língua, foi apenas um beijo, um beijo carinhoso e demorado. estava com uma mão no meu rosto e a outra na minha cintura, e eu, como demorei pra me tocar, só fui pôr minhas mãos em seu rosto quando ele já estava quase quebrando o beijo.
- Desculpe, mas essa foi minha vingança pelo Guitar Hero! – ouvi-o dizer, ele me encarava com aqueles glóbulos , senti as borboletas fazerem a festa no meu estômago, sorri.
- A desculpa só é pedida quando não se pretende cometer o mesmo erro! – eu disse rindo da careta que ele fez e fiz cara incrédula quando me toquei do resto da frase – Você não tinha direito! - dei um tapa em seu ombro fingindo estar brava.
- Então retire o que eu disse. – ele disse rindo – Lógico que eu tinha direito, você é uma ladra!
- Retirado! – disse corando - E aliás, a minha recompensa não vai ser um beijo, já estou avisando! preciso ir, minha gata vai fugir! – disse com cara desespero vendo rindo – Para de rir, isso é sério!
- , você é tão espontânea! – disse ele em meio aos risos, eu estava com o rosto virado para trás vendo Chanel miando na entrada do prédio quando senti um beijo quente e macio em minha bochecha, sorri involuntariamente.
- Se cuida docinho. – ouvi-o dizer no pé no meu ouvido, em seguida deu a volta no carro, entrando no mesmo e eu fiquei lá com um sorriso idiota no rosto vendo o carro sumir nas ruas de Londres.
Entrei no meu apartamento dando de cara com assistindo televisão, ela me olhou assustada pulando rapidamente do sofá vindo na minha direção.
- , onde você estava? Eu quase fiquei louca, como você deixa seu celular aqui? Eu ia chamar a polícia! – estava me dando um sermão e não me dava espaço para passar.
- , calma, olha, dá licença? – disse tentando acalmá-la.
- Como calma ? Eu fiquei preocupada com você! E que tipo de roupa é essa? ONDE VOCÊ ESTAVA?– ouvia falar, eu estava ficando irritada, qual é, não sou mais criança!
- , por favor, me dá licença,quero ir no banheiro e trocar de roupa! – disse já sem paciência.
- Não antes de você me contar o que aconteceu com você, que roupa é essa? Onde você tava? Por que não levou celular? Por que a Chanel esta com você? O QUE TA ACONTECENDO? – ela me metralhou de perguntas,senti que ia explodir com ela.
- CALMA, TA LEGAL? EU ESTOU BEM, NÃO SOU MAIS CRIANÇA, SEI ME CUIDAR! – falei, diga-se de passagem, bem alto, perdendo a paciência.
- EU ME PREOCUPO COM VOCÊ, TA? AGORA SE VOCE ACHA QUE ESTOU ME INTROMETENDO NA SUA VIDA, DESCULPA, MAS EU TE AMO E SÓ QUERO SEU BEM,COMO VOU FICAR DE BOA SE MINHA AMIGA SOME O DIA INTEIRO E VOLTA A ESSA HORA COM ESSA ROUPA? – ela disse explodindo comigo também, o que me deixou mais nervosa. - Quer saber? Fui! – ouvi dizer e passar por mim feito um furacão batendo a porta, sentei no sofá olhando o nada.
Nada legal brigar com a , ainda mais porque eu estava explodindo de felicidade e queria contar para alguém, mas essa felicidade se esvaiu quando percebi a merda que tinha falado. Não me arrependi, apenas poderia ter evitado brigar com minha melhor amiga. Além de que nem lembrei de levar celular, não imaginaria que iria passar a tarde toda fora, né?!
Levantei rapidamente, indo em direção ao meu vizinho da frente, ou seja, meu porto seguro. Nem bati na porta, apenas abri lentamente vendo Ryan deitado no sofá vendo jogo, ele me olhou sorrindo, mas logo o desfez vendo minha cara de choro. Fui em sua direção deitando no mesmo sofá que ele.
- O que aconteceu pequena? – senti ele falar perto do meu ouvido enquanto fazia carinho nos meus cabelos.
- Ryan,acho que fiz merda! – disse baixo, enfiando minha cabeça no vão do seu pescoço o abraçando pela cintura em seguida.
- Alguém te fez mal? – perguntou em tom mais sério, sorri pelo modo carinhoso de sua preocupação, senti suas mãos abraçarem minha cintura.
- Eu discuti com a ! – disse mordendo o lábio em seguida .
- Deixa eu adivinhar, ela te fez um monte de pergunta sobre onde você estava, aí você perdeu a paciência? – perguntou se afastando um pouco para me olhar, sorri involuntariamente, ele me conhecia como ninguém!
- Como você sabe? – perguntei sorrindo de lado.
- , pode ser que a gente não se conheça desde pequenos, mas eu te conheço mais do que todo mundo! – ele disse com certa firmeza na voz sorrindo em seguida.
- Eu não queria Ryan! – falei apertando minhas mãos em volta da sua cintura.
- Eu sei que não pequena, já que você voltam a se falar, isso é coisa boba, já passa! – ele disse sorrindo.
- Mas como você sabe disso tudo? Digo, dela me fazer um monte de perguntas e tal? – perguntei encarando-o.
- , até parece que você não conhece a né, ela veio aqui em casa desesperada atrás de você, posso falar que fiquei preocupado também, mas você sabe o que faz e eu sempre soube que você odeia quando te prendem! – disse me dando um sorriso vencedor, não aguentei e comecei a rir.
- Você me conhece como ninguém pimpolho, te amo! - disse abraçando-o novamente colocando a cabeça em seu peito, senti Ryan fazer carinho em meus cabelos e dar um beijo na minha testa, depois disso apaguei completamente.

Capítulo 6

Acordei com uma luz forte nos meu olhos, os abri notando estar em um quarto que não era o meu, talvez do Ryan? Isso, Ryan, briga,, casa do Ryan, é...
Olhei do meu lado notando Ryan deitado de bruços com as pernas abertas babando no travesseiro, sorri com a cena, ele era lindo até dormindo, juro que se um dia eu ficar muito velha sem ninguém e Ryan também (o que pra ele é impossível mas vamos supor) a gente casa e vamos ter filhos lindos igual o pai, soltei um risinho abafado olhando-o.
Sentei na cama vendo que ainda estava com as roupas de o cheiro dele estava impregnado em mim, o que eu amava. Aquilo era viciante! Notei que ainda era 7 horas, o que era bom, pois entravamos na redação às oito e meia, daria tempo de fazer um café da manhã, ir para o meu apartamento tomar um banho relaxante, e infelizmente tirar o delicioso cheiro de de mim.
Levantei e fui em direção ao banheiro fazer minha higiene matinal, e sim, eu tinha uma escova de dente na casa de Ryan, não me julguem! Depois fui logo em direção à cozinha fazer um café e preparar algo pra comer, não estava afim de ir na Starbucks, Ryan que me perdoe, mas não vou mesmo, não hoje. Ri sozinha com meus pensamentos.
Enquanto fazia um ovo mexido com pão na chapa (como se diz no Brasil), Max (o Pug lindo do Ryan) me fazia companhia na cozinha brincando com uma bolinha.
- Olha coração, já podemos casar! – ouvi a voz do Ryan e pulei de susto enquanto ele gargalhava chegando perto de mim.
- Quer me matar do coração? – disse rindo enquanto ele vinha roubar um pedaço de pão.
- Desculpe pequena! – disse dando um beijo demorado no meu rosto e indo se sentar na mesa, fiz o mesmo levando os pães e o ovo.
- Dormiu bem? – ele me perguntou atacando a comida, sorri com a cena me sentando de frente a ele.
- Claro né! – disse começando a comer – O que você fez ontem? Tava desmaiado na cama, até babou! – disse rindo alto da cara que ele fez.
- Calúnia isso! – ele disse rindo – Fiz nada... – disse com cara de inocente, olhei-o sugestivamente.
- Certeza? Nem tomou um chazinho? – tinha certeza que ele tinha tomado chá, Ryan sempre desmaia quando toma chá, é um efeito extraordinário pra ele, infelizmente só para ele...
Fez que não com a cabeça, mas vi um sorriso brotando no canto de sua boca.
- MENTIROSO! – disse rindo – Jura por Deus! – falei já quase engasgando com o pão, eu e Ryan só sabíamos uma coisa do outro se era verdade ou não quando jurávamos por Deus, porque é pecado jurar quando é mentira, então eu sempre descobria seus piores segredos assim... E ele os meus.
- Você é uma chata! – ele disse rindo – Nunca consigo mentir pra você! – fez bico.
- Eu sou foda, sempre descubro a verdade! – fiz cara de vencedora e Ryan riu. Ficamos um tempo em silêncio comendo, até que Ryan resolveu se manifestar...
- ? – disse com receio, senti que lá vinha bomba. - Hãn? – resmunguei acabando de mastigar.
- Não se irrite comigo, mas que roupa é essa? – disse fazendo careta, eu não me controlei e comecei a rir.
- Por que? Não gostou? Achei que fiquei sexy! – disse dando uma piscadela rindo em seguida, Ryan fez uma careta.
- Ia ficar melhor com as minhas roupas! – disse apenas, olhei-o surpresa.
- Tá com ciúmes é? – disse rindo.
- Claro que não! Só acho minhas roupas mais bonitas tanto pra mim quanto pra você! – disse fazendo charme – E além do mais a senhorita ainda não me disse, de quem é? – perguntou com curiosidade.
- Não te devo satisfação! Mas como você é meu melhor amigo, lá vai... É do ! – disse olhando-o com receio, Ryan fez uma cara de surpreso.
- ...? – perguntou me encarando.
- Sim! – disse simplesmente.
- Olha ... – hesitou – Não é por nada, não estou querendo me intrometer, é super gente boa, ótimo amigo e tudo, mas... – parou por aí, fiquei impaciente.
- Mas...? – incentivei.
- Mas não acho ele o cara ideal pra você! – fiz cara de desentendida – Não que eu torça pra que o relacionamento de vocês dê errado, pelo contrário, mas sei lá, se fosse o ou o pelo menos... Mas justo o ? – fiquei mais confusa e senti o pão que eu havia comido embrulhar no estômago.
- Por que você está dizendo isso? – perguntei com uma voz magoada, estava com vontade de gritar, será que eu era só mais uma para ele?
- ... é mulherengo, até ano passado eu e ele combinávamos de ir pras baladas pegar o máximo de meninas possíveis, agora eu mudei, ele também mudou, mas não sei se nesse sentido, me entende? – fiz que sim com a cabeça, querendo transmitir que estava bem, mas não, eu não estava.
- Acha que eu fiz merda? – perguntei com medo da verdade, Ryan soltou um sorrisinho se levantando e vindo na minha direção, ajoelhando em seguida pra ficar da minha altura.
- Eu não sei o que você fez a noite passada e nem quero saber... – ele disse com cara de pervertido rindo em seguida, não aguentei e soltei um sorriso – Só não quero te ver triste, faça o que te deixa feliz, tá? – concordei com a cabeça abraçando-o pelo pescoço, Ryan passou seu braços em minha cintura de uma forma carinhosa.

Já estávamos na redação, depois de ir para meu apartamento me trocar, dar comida pra Chanel e correr para encontrar Ryan novamente.Eu precisava urgentemente conversar com , mas tinha esquecido que ela tinha ido passar uns dias na Irlanda com a família, vira e mexe a vai para lá, o que é super normal, família né?! Mas ela não devia ter ido justo hoje que eu ia me desculpar, aliás ela também era minha melhor amiga aqui. Mandei uma mensagem de texto, mas duvido que deva ter chegado.
- , a Srª. Riddely pediu pra que você desse uma revisada nesses textos porque temos que publicar até amanhã. – ouvia Mary dizer, concordei dando um sorriso doce, ok, trabalho me chama.
Após varias tentativas de concentração em todos aqueles textos,resolvi ir à cozinha da redação tomar um café. Estava encostada na pia bebericando meu café, pensando em tudo que o Ryan havia me dito e ao mesmo tempo em tudo que eu e havíamos passado. Até agora não havia recebido um sinal de vida de , talvez Ryan tenha razão, talvez eu deva desencanar, mas dentro de mim gritava um “não faça isso, eu sei que você quer”... Droga!
Estava perdida em meus pensamentos quando senti meu celular vibrar, tirei ele do bolso e na tela estava “1 nova mensagem”, meu coração foi à mil, mas calma , pode ser a respondendo apenas...
Desbloqueei gelando do pé à cabeça, senti meu estômago embrulhar, havia me mandando um sms.
“Bom dia atrasado docinho haha , está ocupada?” xx
Abri um sorriso enorme e ri sozinha do “Bom dia atrasado”, pois já eram 3 da tarde, meio atrasadinho esse , pensei sorrindo mais ainda.
“Boa tarde baby , estou com uma pilha de papeis para fazer revisão, pouco né? Haha” xx
Dei um último gole no meu café e senti alguém entrando na cozinha, olhei na direção vendo Ryan vindo perto de mim.
- Muito trabalho? – perguntou sorrindo pegando a garrafa de café e colocando um pouco para si no copo.
- Muito mais do que eu esperava! – disse sorrindo olhando-o.
- Véspera de lançamento, isso fica uma loucura! – realmente, as véspera de lançamento da revista ficava uma loucura, todos nervosos e cheios de trabalho.
- Tens razão. – disse rindo e Ryan me acompanhou, senti meu celular vibrar, disfarcei a minha ansiedade dando um beijo no rosto de Ryan e rumando para minha mesa.
Sentei na cadeira de frente para o computador olhando para a pilha de papeis, fazendo careta e em seguida, peguei meu celular abrindo a mensagem.
“Oh dó, queria muito poder te dizer que estou indo te resgatar, mas infelizmente tenho uma entrevista daqui a pouco” xx
Sorri sozinha, e eu posso dizer que queria muito que você fizesse isso , pensei rindo.
“Eu agradeceria muito ok? Hahah, mas eu sobrevivo a mais algumas horinhas de tortura” xx
Respondi em seguida colocando o celular de lado e começando a revisar os papeis, afinal, eu precisava terminar isso hoje.
Lá se foram mais três horas e meia e quando eu terminei de revisar, eu estava totalmente acabada, várias pessoas já haviam ido embora, restavam apenas eu, alguns faxineiros e mais duas pessoas nas suass respectivas mesas. Ryan havia ido embora, mas disse pra eu ligar quando terminasse que iria me buscar. Ouvi o toquinho tão conhecido por mim soar, peguei meu celular vendo no visor “”. Gelei.
- A que devo a honra? – disse divertida ouvindo sua risada gostosa do outro lado.
- Pensei que nunca iria me atender! – disse, parecia que eu estava vendo-o todo sorridente, aquele sorriso lindo, OH GOD!
- Sorry, estava tentando me decidir se valeria à pena! – disse rindo.
- Você não tem vergonha de ser tão sincera assim? – disse rindo – Sabe, magoar as pessoas não é legal, a sorte sua é que me afeto com essas coisas! – disse fazendo charme.
- Insensível até que ponto? – disse rindo.
- QUEM TA FALANDO? HARRY, VOCÊ ESTÁ ME TRAINDO, NÃO ACREDITO! – ouvi uma voz masculina gritar do outro lado e me assustei, não só pelo que ele falou, mas pelo grito.
- Meu amor, para de gritar assim, vai assustar a ! – disse .
- Alô? – disse com receio.
- , desculpa – disse rindo – SEU GORDO, SAI DE CIMA DE MIM CACETE, DEVOLVE MEU CELULAR AGORA!
- ? É a mesma do pub? – disse o cara da voz masculina que agora descobri que ela .
- Oi? ? Sim, é a do pub! – disse rindo.
- PORRA, DÁ MEU CELULAR! – ouvia gritando no fundo.
- , o tá nervosinho porque eu peguei o celular dele, mas eu quero falar com você, você é legal! – disse simplesmente, não deu tempo de responder porque ouvi um barulho.
- Desculpa por isso! – ouvi a voz ofegante de e gargalhei.
- , ta tudo bem? Quer deixar pra me ligar depois? – disse rindo.
- Não! Ta tudo bem, o que fica enchendo meu saco. – disse – SAI! - ouvi a voz irritada de – Onde a gente parou mesmo?
- Que você era insensível ?! – disse rindo.
- Não sou! – disse bravinho – Onde você tá? – perguntou do nada.
- Estou na redação, e por falar nisso esqueci completamente de ligar pro Ryan! – disse desesperada, desligando o computador e pegando minhas coisas.
- Ligar pro Ryan? Você está sozinha aí? – disse com tom de voz que me pareceu preocupado.
- Sim, quer dizer, mais ou menos, tem umas quatro pessoas aqui. – disse levantando com minhas coisas descendo pro térreo.
- Eu vou te buscar! – disse simplesmente.
- Não precisa, Ryan pediu pra ligar quando terminasse a correção!
- Jura que vai recusar uma carona em um carro confortável com todinho pra você? – gelei na parte do “todinho pra você”.
- Juro! – disse gargalhando em seguida.
- Você é muito má! – disse – Mas quer saber? Nem ligo, to chegando aí docinho, me espere! – disse desligando o celular na minha cara.
- E desde quando você me obedece, ?! – pensei alto.
Estava na frente da redação esperando chegar, ventava um pouco e o típico frio de Londres dominava, as ruas estavam vazias e já estava bem escuro. Vi um lindo Nissan 350z virar a esquina e sorri ansiosa.
parou o carro saindo em seguida do mesmo, cheguei perto dele.
- Você sabe que não precisava fazer isso, né? – disse frente a frente com ele, que sorria.
- Eu quis! – disse me encarando sorrindo de modo fofo – Vem aqui... – disse me chamando de modo sexy, caí na gargalhada.
- Para de rir da minha sensualidade! – ele disse rindo junto comigo.
- I’m sexy and I know it! – disse no ritmo da música e fez uma dancinha que me fez quase rolar no chão de tanto rir.
- Eu teria um belo futuro como stripper, eu sei disso! – disse convencido.
- As mina pira! – eu disse em português rindo.
- Quê? – ele disse sem entender.
- As mina pira é uma gíria no Brasil, não tem significado especifico, mas é como se fosse um ‘The girls rave’ – disse olhando-o.
- Você delira né? Eu sei! – ele disse pegando minhas mãos me fazendo chegar perto e entrelaçando-as em seu quadril.
- Pouco convencido você! – disse sorrindo, estávamos com nossos corpos colados um no outro, e nosso rosto muito próximo. que estava com as mãos nos meus braços me olhando, chegou o rosto bem próximo do meu ouvido sussurrando:
- As mina pira! – ele disse tudo enrolado e eu comecei a rir.
me encarava sorrindo, por um segundo ele encostou sua testa na minha, o que me fez ficar tensa e ir parando de rir aos pouco, nós nos encarávamos até que ele tomou a iniciativa me beijando levemente.
O beijo dele dessa vez não foi um simples beijo, foi com língua, foi com vontade, sua boca tinha um sabor que não sei explicar, só sei que era muito bom, posso dizer que foi o beijo mais delicioso que eu já recebera, não por ser , longe disso! Mas porque foi... Diferente, ele me beijava com calma, como se quisesse aproveitar cada segundo e não vou mentir, eu estava amando.
Passei meus braço em volta do seu pescoço e deixou um em volta da minha cintura e uma mão no meu rosto, dali alguns segundos nós quebramos o beijo. me encarava sorrindo e eu fazia o mesmo.
- Docinho, temos que treinar seu português! – disse rindo.
- Acho injusto você saber duas línguas, já imaginou quando você quiser me xingar? Vai poder me xingar em português e eu nem vou saber ! – disse ele balançando a cabeça negativamente.
- Sabe que você me deu uma boa ideia? – disse gargalhando em seguida do olhar que ele havia me dado.
- Você não se atreveria! – disse rindo.
- Vai duvidando, coração... – eu disse rindo enquanto ele me olhava com aquele olhar e um sorriso de lado.
Senti um vento frio que me fez encolher.
- Vamos? Aqui fora está muito frio! – concordei, deu a volta no carro abrindo a porta pra mim, fui andando atrás dele, sorri com o gesto entrando no carro, em seguida deu a volta entrando também.
Estávamos em silêncio, dirigia com atenção enquanto eu pensava no que havia acontecido minutos atrás, aquilo era demais pra mim. Após alguns minutos parou em frente meu prédio.
- Você quer entrar? – perguntei sendo educada.
- Calma menina, você acha que eu vou te deixar ir assim tão rápido? – ele disse rindo.
- Esqueci que com você só em base de trocas! – fiz careta rindo.
- A sorte sua é que a minha recompensa te favorece também! – ele disse chegando perto.
- Ah é?! – eu disse chegando perto dele, dessa vez era eu quem ia tomar atitude, puxei-o pela gola da camisa beijando-o .
ficou meio surpreso, eu comecei a rir entre o beijo, o que fez ele rir junto. Mas após alguns segundos o beijo foi se intensificando, já me puxava para si e eu me deixei levar pelo beijo, quando vi já estava sentada em uma da suas pernas, me arrumei passando uma perna para cada lado de seu corpo. colocou sua mão dentro da minha blusa erguendo-a, quando senti os dedos dele dedilharem minhas costas nuas, tive noção do que estava fazendo e onde. Parei imediatamente mordendo seu lábio sorrindo em seguida.
- Por que parou? Você acabou com o clima, !– fez bico.
- , primeiro olha onde a gente tá, segundo, é praticamente nosso segundo encontro, se é que se pode chamar de encontro, terceiro, desmancha esse bico! – disse rindo.
- Primeiro, eu não ligo pro lugar, segundo, eu quero ficar assim com você pra sempre, terceiro, se meu bico for fazer você ficar com dó e continuar, eu não vou tirar ele não! – disse rindo me encarando.
Ok, meu mundo parou quando ele disse a segunda, acho que demorei um pouco pra sacar o resto da sua frase. Ouvi meu celular tocar, me curvei para pegá-lo em cima do banco carona já que eu estava no colo de .
- Alô? – disse.
- , você morreu ou o quê? Faz uma hora que estou te mandando sms e você não me responde, quer que eu vá te pegar? Já tá tarde! – ouvi Ryan dizer, coitado, esqueci de avisá-lo.
- Não Ryan, não precisa, quer dizer, eu já estou aqui na frente do prédio... – hesitei – O foi me buscar, me desculpa, de verdade! – me encarava sério.
- Ah... Tudo bem então... Tchau! - desligou , confesso que fiquei meio mal, deixei Ryan me esperando,e le não merecia. Desliguei o telefone olhando para .
- Que foi ? – perguntei.
- Nada... É que... – hesitou.
- É que...? – incentivei.
- Você e Ryan são bem próximos né? – disse me olhando sério.
- Sim, Ryan é como um irmão pra mim, ele sempre me ajudou muito desde quando cheguei aqui! – disse o olhando também.
- Hum... – resmungou fazendo bico em seguida, entendi o que ele quis dizer com o bico e gargalhei.
- Nem vem , tenho que ir, ta tarde. – disse rindo, numa tentativa de sair de seu colo, mas me prendeu me beijando.
Após longos minutos de despedida com já que ele não me deixava ir, fui para o meu apartamento indo direto para minha cama.

Capítulo 7

Acordei mais cedo pra ir conversar com Ryan, afinal, ontem eu não o avisei sobre e sei que no fundo ele ficou magoado comigo. Fiz minha higiene matinal, arrumei meu quarto e a cozinha que estava uma zona total, alimentei a Chanel e parti pro apartamento da frente de pijama mesmo.
Apertei a campainha três vezes e nada de Ryan abrir, pensei em entrar sem avisar, mas e se ele estivesse realmente furioso comigo? Estava quase desistindo quando ouvi o barulho da porta ser aberta e um Ryan só de samba canção com cara amassada e cabelo bagunçado me olhando.
- Oi? – disse hesitando, queria rir da cena.
- , por que tão cedo? – ouvi-o dizer com a voz rouca de sono.
- Desculpa! É que eu não consigo ficar assim com você sabe, tenho que resolver essas situações logo, não só com você como com a também...
- Que situação? – fez cara de desentendido.
- Vim pedir desculpas por ontem, eu esqueci de te avisar, sou completamente idiota, me perdoa? – fiz biquinho sabendo que ele não iria resistir.
- Acho que não... – disse, fiquei muda desmanchando o bico – Claro né pequena! Com esse bico é golpe baixo, sou um amor de pessoa, te perdoo. – disse convencido.
- Awn! – abracei-o pelo cintura – Nunca mais faça isso seu convencido, pensei que era verdade. – disse rindo.
Depois disso esperei Ryan se arrumar e rumamos para a redação.

Os dias passaram rapidamente, logo já era sexta feira, em todo esse tempo eu havia trocado mensagens com , mas não chegamos a nos ver depois daquele dia, ele estava muito atarefado e eu também.
havia me convidado para jantar, e é claro que eu aceitei.
Saí mais cedo da redação pois já havia terminado todo meu trabalho e a Sra. Riddely liberou. Resolvi ir ao centro da cidade comprar um vestido para usar à noite, iria do jeito que estava mesmo, pois não teria tempo de me trocar. Queria muito que estivesse comigo, mandei até mensagem falando que estava morrendo de saudades, mas o sinal daqui para Irlanda é horrível, creio que ela não iria receber tão cedo.
- Vamos entrar aqui, vem Ryan. – disse puxando Ryan pelo braço, eu o havia levado comigo e ele estava odiando tudo isso, a gente teve uma longa discussão antes de eu o convencer a ir, lógico que tive que fazer drama, mas como nada vem de graça, teria que pagar um milk-shake para ele depois.
Já fazia tempo que nós estávamos rodando o centro e não achava nada que eu gostasse, já estava quase desistindo quando a vendedora me mostrou um vestido que eu amei, só precisava torcer pra servir.
- O que achou ? – disse mostrando o vestido em meu corpo para Ryan que estava jogado em alguns pufes da loja com cara de tédio.
- Wow , very sexy , não vai aguentar tudo isso não! – disse ele me encarando, lê-se me secando com vestido.
- Sério que ta bom? Não tá muito curto? Muito social? – disse me olhando no espelho.
- Eu gostei. , para de me fazer essas perguntas, eu não sei dessas coisas, não sou mulher! – disse emburrado.
- Ryan, eu te chamei pra me ajudar! – disse ficando irritada.
- , pra mim tudo que você colocar vai estar curto, porque cara, você sempre vai ser minha pequena! E você fica linda em tudo e não leve isso como clichê ok?! – disse voltando fazer cara de tédio.
- Awn, que amigo mais lindo que eu tenho! – disse correndo em sua direção e apertando suas bochechas.
- Para com isso sua louca , vai logo trocar de roupa porque quero meu milk-shake! –disse e eu comecei a rir.
- Credo Ryan! Seu gordo! – disse indo me trocar.
Depois de comprar o vestido, fomos comprar milk-shake, Ryan é um filha da mãe, pegou o maior e lógico que foi o mais caro. Conversamos bastante até resolvermos ir embora.

Já estava pronta, maquiada, perfumada, só esperando me ligar. Fiquei vendo televisão e fazendo carinho em Chanel enquanto isso. Bob Esponja é tão inocente né? Ele sempre cai nas pegadinhas dos outros, coitado...
Estava perdida nos meus pensamentos quando ouvi meu celular tocar.
- Tô descendo! – falei e ouvindo um “ok” do outro lado da linha desliguei em seguida. Já estava chegando na calçada quando avistei um extremamente sexy encostado em seu carro, ele estava muito gostoso devo admitir, seus cabelos jogados de modo bagunçado, os olhos brilhantes. Ele estava com uma calça escura e blusa branca com blazer preto por cima, sexy, muito sexy!
- Wow, meu Deus! – ouvi-o dizer enquanto eu chegava perto.
- O que foi? – perguntei ficando nervosa.
- Você... – disse simplesmente, senti que ia ter um treco se ele não completasse a fala – Tá perfeita!
- Ai , que susto! E obrigada, saiba que você está extremamente sexy! – disse rindo e vendo ele chegando mais perto de mim.
passou a mão pela minha cintura em seguida me dando um selinho, notei que ele estava agindo lentamente. sorria de lado, vi-o passar o nariz pelo meu pescoço deixando alguns beijos ali, subiu seus lábio para minha orelha sussurrando:
- Não mais que você! – fechei meus olhos ao sentir seus lábios gelados em minha orelha.
- Você sabe que isso vai ter troco né? – disse mordendo o lábio, ouvi a gargalhada de em seguida.
- Contanto que seja com você... – ele disse me encarando sorrindo.
O caminho para o restaurante foi sossegado, eu e conversávamos empolgados e mal vi quando chegamos, devo dizer que acertei em cheio quando escolhi esse vestido, pois o lugar era muito sofisticado. Estávamos sentados em uma mesa ao ar livre, o lugar era aconchegante, chique e gostoso. Os garçons tratavam como um rei, talvez por ele ser famoso.
- Eu amei esse lugar. – disse olhando em volta que havia bastante árvores.
- Eu adoro vir aqui, é tão sossegado, não tem aquela gritaria e nem fãs o tempo todo. Mas claro que é ótimo ter fãs, afinal eles fazem a gente estar onde estamos, mas às vezes é cansativo. – disse começando a se servir, fiz o mesmo.
- Eu imagino, vida de famoso não é fácil. – disse começando a comer, enquanto o garçom colocava vinho.
Eu e conversamos muito, sobre tudo, falei um pouco sobre o Brasil e ele ficou louco pra conhecer os lugares, ele me contou um pouco de como era sua vida antes de ser famoso e de como está sendo agora.
- Acho melhor eu parar de beber! – disse rindo, já estava me sentindo mais animada.
- Temos que marcar de um dia fazer rodada de tequila. – disse ele sorrindo.
- É verdade! Vocês vão rir demais com a bêbada! – disse rindo me lembrando de alguns momentos.
- Por que? O que ela faz? – disse curioso.
- Ela é do tipo que fica bêbada e conta os segredos dos outros, e fala o que acha na cara das pessoas sabe? – disse rindo.
- Sério? Vou fazer ela ficar bêbada pra me contar seus segredos! – ele disse rindo.
- Ela não faria isso tá? Mentira, ela faria sim... – disse pensativa.
Depois de mais alguns papos resolvemos ir embora, estávamos indo em direção ao carro quando tive uma grande ideia.
- ? – disse parando de frente pro carro – Lembra daquela aposta do vídeo game? Então... Você terá que cumpri-la agora. – disse rindo.
- Como assim? – me olhava com medo.
- Posso ir dirigindo? Lá eu te explico. – disse estendendo a mão pra ele me dar a chave do carro.
- , você bebeu... E meu carro é tipo, meu bebê... – olhava assustado de mim pro carro e do carro pra mim, segurei o riso.
- anda logo, confia em mim, não vamos morrer e seu bebê vai ficar são e salvo! – disse sorrindo.
- Se você fizer um arranhãozinho, você é uma pessoa morta, ouviu? – ele disse dando metade da chave em minha mão, puxei mas ele não soltava.
- , solta! – disse rindo.

Eu estava dirigindo com o maior cuidado do mundo, ainda mais porque estava impaciente do meu lado e perguntava de cinco em cinco segundos o que eu estava aprontando.
Parei o carro em uma rua escura, havia casas dos dois lados, mas todas com as luzes apagadas e nenhuma iluminação na rua, me olhava assustado.
- O que você ta fazendo? – ele perguntou me encarando.
- , eu sou uma vampira e vim te comer. – disse com cara irônica e ele rolou os olhos – Tá legal, é o seguinte, tira a roupa. – disse simplesmente caindo na gargalhada com a cara dele.
- , você realmente ta me deixando com medo! – ele disse assustado.
- Vai , é só uma brincadeira, juro que não sou nenhuma maníaca tá? – disse rindo.
- Você só pode tá de brincadeira com a minha cara né?! – disse me olhando.
- Não, e anda logo ! – disse impaciente.
- Eu não vou fazer isso! – ele disse com firmeza na voz.
- Foi a aposta, você não pode escolher. – disse e vi sua cara de derrota.
estava tirando a roupa ali do meu lado, eu queria muito rir, muito mesmo, mas ele já tava muito bravo, preferi então segurar.
- Eu não acredito que to fazendo isso! – ouvi-o dizer – Sabe, se você quer ver o tamanho do meu amigo é só pedir, não precisa de tudo isso! – ouvi ele dizer rolei os olhos.
- Eu não quero ver seu amigo . – disse rindo.
- Pronto! – disse ele só com o samba canção.
- Sai do carro e vai lá na frente. – eu disse segurando a risada.
- QUÊ? Você tá louca né? – ele disse e eu apenas neguei. - Saiba que na próxima eu não vou deixar você ganhar. – ele disse saindo do carro bravo.
- Ei, você não me deixou ganhar! – disse fazendo cara feia.
- Quem disse ? – ele falou dando um sorriso safado.
- Eu disse! – falei com cara feia.
já estava de frente com o carro, acendi o farol olhando-o.
- Tira o samba canção! – falei rindo.
- Nem vem ! – ele disse fechando a cara.
- Anda logo ! – eu disse rindo.
- Não! – disse ele.
Apertei a buzina, mas não sabia que aquilo era tão alto, entrou em desespero.
- VOCÊ TA FICANDO LOUCA? VAI ACORDAR A VIZINHANÇA INTEIRA!
- Tira a merda do samba canção, senão vou apertar de novo! – ameacei e abaixou o samba canção de uma vez.
Wow, era grande, sei que não devia estar escrevendo isso aqui, mas Wow!
Comecei a rir da cara de , há poucos minutos atrás ele estava bravo, mas agora estava com cara de pervertido, aproveitei que ele não estava vendo e tirei uma foto. Não que eu fosse usar aquilo contra ele ou algo do tipo, nunca. Mas é que um momento como esse é relíquia. Em seguida liguei o carro acelerando em sua direção vi sair rápido da frente e pulando no carro pela janela, comecei a gargalhar.
- Você é completamente louca! – disse rindo enquanto eu dirigia pelas ruas de Londres.
- Você devia ter visto sua cara! - disse enquanto via vestir suas roupas.
- Saiba que vamos ter que fazer outra aposta pra eu poder aprontar uma nessa altura pra você! – disse ele rindo.
- Saiba que eu não topo. – disse rindo e entrando com o carro de dentro do estacionamento do meu prédio.
- Você não tem que escolher. – ele disse rindo me olhando.
- Ah cala a boca! – disse parando o carro, olhando para , notei que ele estava só com a calça que mostrava sua samba canção e sem camisa.
Mordi o lábio involuntariamente e vi rir, chegou mais perto, sorri chegando perto dele também, encostei nossas testas esfregando meus lábios nos dele, ele fez menção de me beijar mas eu afastei um pouco. fez cara feia mas logo desmanchou rindo, pulei de banco sentando em seu colo ficando com uma perna de cada lado do seu corpo, comecei a passar a ponta da minha língua por toda extensão de seu pescoço, notei que ele arrepiou, sorri com isso. Subi para a orelha dele, mordiscando de leve, senti gemer baixo, beijei de leve toda extensão de seu maxilar até chegar em sua boca, puxei seu lábio inferior, senti um volume entre suas pernas, sorri olhando em seguida para os glóbulos que tanto me encaravam, soltando seu lábio que estava preso entre meus dentes.
não disse nada, apenas me puxou me beijando com vontade, as mãos dele rolavam soltas pelo meu corpo, senti que ele estava prestes a tirar meu vestido quando ouvimos um barulho, paramos na hora olhando para janela.
- Vocês moram aqui? – um guarda do prédio perguntou, senti minha cara queimar de vergonha, vi que estava segurando a risada.
- Sim senhor, eu moro! – eu disse, tinha certeza que estava uma pimenta, olhou pra mim e abaixou a cabeça rindo baixo.
- Então por favor, suba para seu apartamento, nós temos câmeras instaladas em todo lugar! – ele disse e saiu andando, ouvi a gargalhada de em seguida, comecei a rir junto dele.
- AI QUE VERGONHA! – disse rindo.
- Que empata, acabou com o clima! – disse fazendo bico rindo em seguida.
- Vamos subir logo antes que venha até o síndico aqui! – eu disse rindo me levantando do colo de .
Já estava do lado de fora do carro, quando ouvi me chamar.
- Que foi? – perguntei olhando-o.
- A situação ta precária. – disse ele apontando para suas calças, comecei a gargalhar.
- Eis o azar de ser homem! – eu disse rindo.
Após convencer a ir com o seu blazer na frente de sua calça disfarçadamente, subimos para meu apartamento. me agarrou assim que fechei a porta me prensando contra a mesma e antes dele resolver querer fazer algo ali na sala, fui beijando-o e puxando-o para o quarto. Ao chegar no quarto empurrei na cama, indo pra cima do mesmo logo em seguida. Não demorou muito para nossas roupas estarem jogadas no chão.

Capítulo 8

Acordei vendo o braço de sobre meu quadril, sorri com isso, eu estava deitada de costas para ele, virei notando que nós havíamos dormido de conchinha, ele estava num sono profundo e seus cabelos estavam caídos levemente por sua testa, lindo!
Levantei devagar para não acordá-lo, olhei no relógio e eram 10:30, fui direto para o banheiro fazer minha higiene matinal e tomar um banho. Após tomar banho, voltei para meu quarto onde ainda estava dormindo, escolhi colocar um shorts e uma regata com renda, estava terminando quando ouvi a voz de :
- Tem coisa melhor do que acordar com uma cena dessa? – ele disse rindo.
- A Cinderela acordou! – disse rindo abotoando meu shorts.
- O certo agora era você falar “claro que tem meu amor, você aqui tirando esse shorts e essa blusa”, apesar de você ficar muito sexy assim... – ele disse me secando, comecei a rir.
- Seu pervertido! – eu disse pegando uma almofada do chão e jogando nele.
- Ei, você devia me agradecer pelo elogio e não me atacar com um almofada! – disse ele rindo, fui até o mesmo.
- Obrigada doçura! – disse me abaixando para dar um beijo em sua bochecha. aproveitou minha posição e me puxou pela cintura, me fazendo cair em cima dele.
- Nem vem , preciso fazer o café da manhã pra gente! – disse rindo em cima dele que beijava meu pescoço.
- Ah , fica aqui comigo vai! – ele disse manhoso, caí na cama ao seu lado e ele veio pra cima de mim.
- , não se contentou com ontem não? – disse passando meus braços por seu pescoço enquanto ele dava alguns chupões no meu pescoço.
- Não! – disse subindo seus lábios para minha boca dando alguns selinhos – Eu quero você! – disse aquelas palavras olhando em meus olhos e eu senti meu coração acelerar, o beijei, foi um beijo profundo, eu que queria ele pra mim, e pra sempre.
Após alguns amassos, fui fazer um café, enquanto isso ele foi tomar banho e se arrumar.
Estava sentada na mesa com à minha frente, ele falava que teria uma entrevista ao vivo na sexta e que se desse era pra eu assistir, que haveria umas brincadeiras com eles e que ele iria lançar o novo clipe lá, e eu concordei falando que ia tentar assistir.
- Você cozinha bem docinho, quem te ensinou? – disse com a boca cheia.
- , que feio, mastiga com a boca fechada! – disse rindo e ele tacou a tampinha do suco em mim – Foi minha mãe quem me ensinou... Você fala que minha comida é boa porque não provou a da minha avó! – disse convencida.
- Hum, que convencida você! – ele disse rindo – Quero provar a comida da sua avó.
- Vamos comigo pro Brasil então. – disse rindo e acabando de comer.
- Quando eu entrar de férias eu quero ir, sério, você me deixa louco de curiosidade! – ele disse.
- Você vai amar! – disse me levantando indo levar as coisas na pia
me ajudou a arrumar a cozinha e depois fomos ver se estava passando algum filme na televisão. Estávamos deitados no colchão que havíamos colocado no chão da sala eu estava com a cabeça apoiada no peito dele, que me abraçava de lado. Chanel estava dormindo entre nossas pernas.
- O Josh Duhamel é perfeito! – disse suspirando,estávamos assistindo “ Juntos pelo Acaso”, um dos meus filmes preferidos.
- Eu sou mais eu. – disse convencido – Ele parece um rato ! – disse rindo
- AI MEU DEUS, você não disse isso! – eu disse incrédula.
- Sim, eu disse!
- , como pode? Ele é um Deus grego, não vejo nada de rato... – disse emburrada me afastando dele enquanto ele ria da minha cara.
- , ele é lind,o pronto? – ele disse rindo – Volta aqui!
- Não! – fiz bico mas queria muito rir.
- Eu que vou ficar bravo então, porque sou mil vezes mais bonito que esse aí! – ele falou fazendo cara feia, comecei a rir.
- Meu amor, prefiro você! – disse pulando em cima dele – Mas só tenho que admitir que ele é uma gracinha. – disse rindo, eu estava sentada no meio das pernas de apertando suas bochechas.
- Sei. Só falou isso pra eu voltar ao normal com você, não me convenceu! – disse fazendo cara de convencido.
- Ta bom então! – fiz menção de levantar mas me abraçou.
Começou mais um sessão de amassos que duraram até o filme acabar, já era tarde então resolveu ir embora porque tinha compromisso com os meninos da banda, mas prometeu me mandar mensagem.
Depois de ir, fiquei um tempo deitada pensando em tudo que havia acontecido e acho que eu nunca estive tão feliz em toda minha vida, meu sorriso não estava cabendo em meu rosto. A vida inteira sonhei em casar com Dougie Poynter, quando ele começou a namorar foi o fim do mundo para mim, mas olha como a vida nos engana e vira o jogo totalmente, hoje eu estou saindo com um boyband que é perfeito. Não ligo dele ser famoso ou não, mas por ele ser ele, isso é tão lindo, você conhecer a pessoa realmente... Fora da mídia... É outra coisa.
Acordei pra vida quando ouvi a companhia tocar, será que era Ryan? Fui até a porta e nem olhei no olho mágico, abrindo-a de uma vez, e me deparei com uma toda meiga.
- OH MEU DEUS! – eu disse um pouco alto abraçando-a apertado – Amiga, que saudades de você, olha me desculpa por tudo tá? Eu sou uma idiota, nunca quis brigar com você, eu te amo! – comecei a falar tudo de uma vez.
- Ai , você ta esmagando as panquecas de chocolate que minha avó fez pra você! – ela disse rindo, ao ouvir aquilo a soltei rapidamente olhando para suas mãos com os olhos brilhando, nem havia percebido que tinha algo em mãos, e eu amo as panquecas da avó dela.
- Não acredito que sua vóvis fez panqueca pra mim, AI MEU DEUS! – disse pegando o pote de suas mãos e entrando no apartamento, veio atrás de mim fechando a porta.
- Sim ela fez, e essa ficou melhor do que todas as outras devo admitir! – disse rindo indo comigo para cozinha.
- Ai , você deu um beijo e um abraço apertado nela por mim né? – disse já abrindo a travessa e comendo um pedaço, a avó de sempre fazia panquecas de chocolate pra mim quando ela ia visitá-la na Irlanda, ela faz as melhores panquecas do mundo!
- Claro né , minha avó é uma diva! – ela disse convencida e eu ri. - Eca , você ta com a boca toda suja de chocolate! – ela disse fazendo cara de nojo.
- Eca , você ta com a boca toda suja de chocolate! – a imitei fazendo uma voz fina, passei o dedo no chocolate e passei em seu rosto, fez careta.
- Sua vacaaaaaaa! Você me paga! – disse ela, comecei a gargalhar.
- Você me ama! – eu disse acabando de comer – , agora é sério... – disse limpando minha boca – Me desculpa tá? Eu sou uma idiota, não queria ter discutido com você! – disse olhando-a.
- , tudo bem, eu que sou um pouco controladora, me desculpa também tá? – ela disse sorrindo e eu levantei para abraçá-la.
- Claro né gorda, você é minha melhor amiga! – disse abraçando-a apertado.
- Mas e Ryan? – ela disse rindo.
- Ryan é meu melhor amigo homem! – eu disse rindo.
- Homem? – ela disse fazendo careta e rindo em seguida.
- Ah, esqueci que ele é uma biba louca! – disse entrando na brincadeira.
Ficamos horas conversando, contei tudo sobre mim e e eu via os olhinhos de brilharem, ela realmente ficou feliz por mim.

- , tive uma ideia! – disse olhando-a, estávamos vendo Bob Esponja na sala e fazia carinho em Chanel.
- Que ideia? – ela me olhou curiosa.
- Estava falando com ontem e ele disse que queria fazer uma rodada de tequila, que tal fazermos uma hoje aqui? – disse fazendo cara sapeca.
- EU TOPO! – ela disse rindo, me levantei indo pegar o telefone.
- Beleza, pega meu celular e manda mensagem pro Ryan o chamando, fala pra ele chamar a Mica e a Lizzy também! Vou ligar pro . – disse indo em direção ao meu quarto e já discando o número de .
Após alguns segundos esperando, ele atendeu.
- Alô? – ouvi uma voz masculina do outro lado da linha, mas espera... Não era a voz de .
- Oi?! – disse insegura.
- ? Aqui é o , tudo bem? – ouvi-o dizer suspirei aliviada.
- Ah, oi , tudo bom e você? – disse.
- Tudo ótimo também linda! O foi no banheiro ma... - foi cortado por uma voz que eu pensei ser de .
- , com quem você está falando? Me dá aí – disse a voz.
- Estou falando com o seu amorzinho! – ouvi dizer rindo e falar um “cala a boca”de fundo, quando disse “seu amorzinho” senti as borboletas no meu estômago fazerem a festa.
- ? – ouvi a voz de .
- ? – disse rindo.
- Desculpa docinho, não estava aqui! – ele disse e pude jurar estar vendo ele sorrir do outro lado da linha.
- Magina! Você e os meninos vão estar ocupados hoje? – eu disse.
- Não, pra falar a verdade, temos uma reunião com o Simon mas nada muito demorado, por que? – dizia calmamente.
- Que tal rodada de tequila aqui em casa depois? – disse sorrindo involuntariamente.
- Eu acho ótimo ! – ele disse e pude ouvir sua risada – O meninos vão surtar, mas se prepare porque eles bêbados são um porre! – disse rindo.
- Vou surtar com o que? Ei, eu não sou um porre quando bebo! – ouvi uma voz de fundo.
- Ah você é sim ! – disse rindo – Ai seu viado! – pude ouvir um barulho de tapas e tinha certeza que era eles se matando. - , depois da reunião a gente vai aí então, e pode deixar que eu passo comprar as bebidas! – disse meio ofegante – , você está amassando minhas partes íntimas!
- Ok ! – disse rindo – Não se atrase!
- Não vou amor! – disse e eu senti meu coração acelerar.
- AI AMOR, TA TÃO ÍNTIMO ASSIM? VOCÊ ROUBOU MEU HOMEM... - ouvi a voz de e comecei a rir.
- , vou desligar que o ta me matando, depois a gente se fala, se cuida! – e desligou.
Voltei para sala vendo que estava quase dormindo no sofá, taquei uma almofada nela.
- , pode tratar de acordar e me ajudar a pôr ordem nesse apartamento antes deles virem! - disse a ouvindo resmungar – ANDA LOGO! – disse fazendo cócegas nela que caiu de bunda no chão de tanto rir.

Capítulo 9

(Coloque para tocar quando eu mandar = clique)

Já estava tudo pronto, o apartamento arrumado e eu e estávamos, modéstia à parte, lindas. Eu estava vestida com uma blusa da “Hipsta Please”, que deixava à mostra um pouco da minha barriga e um shorts com a bandeira dos Estados Unidos. Já não estava muito diferente, com uma blusa básica e saia de cintura alta, linda.
Ouvi a campainha tocar, fui abrir a porta me deparando com Ryan e Mica de mãos dadas, quase que por um impulso fiz careta, mas me contive, aliás, Mica não era chata, é só esse meu ciúmes enorme por Ryan que me domina. Os cumprimentei e dei espaço para que eles entrassem,estava fechando a porta quando senti alguém segurá-la. Olhei para a frente me deparando com um sorridente e lindo, sorri de volta.
- Olá! – disse sem graça.
- Oi. – ele disse vindo em minha direção, segurou meu rosto com as duas mãos me dando um selinho.
- AI COMO O AMOR É LINDO! – ouvi uma voz atrás de , quando olhei me deparei com mais à frente e atrás dele estava os resto dos meninos, senti meu rosto queimar de vergonha.
- Oi meninos! – disse rindo me desvencilhando de indo cumprimentá-los.
- OI GATINHA! – disse me abraçando apertado, comecei a rir.
- Olha os apelinhos fofos com a minha garota! – ouvi gritar provavelmente da cozinha.
- Ui, agora ele está sensível. – disse rindo se desvencilhando de mim indo cumprimentar os outros. “Minha garota”, aquelas duas palavras ficavam sendo repetidas na minha cabeça.
- Oi ! – veio me abraçar dando um beijo na bochecha em seguida me apresentando sua namorada que se chamava Lauren, a cumprimentei .
- Oi ! – ouvi dizer me dando um abraço de urso, comecei a rir, em seguida veio fazendo o mesmo, aqueles meninos era muito amorosos e lindos!
Estávamos todos sentados na sala em uma roda, no meio dela estava a garrafa de tequila e cada um tinha seu respectivo copinho, iríamos jogar “Eu nunca”.
A primeira rodada começou parando em para , vi dando uma risadinha. - Eu nunca chorei assistindo Toy Story! – disse todos caímos na gargalhada vendo enchendo seu copinho e virando-o.
Na próxima parou de mim para Lauren, não sabia nada dela mas arriscaria algo.
- Eu nunca fiz sexo no primeiro encontro! – vi praticamente todos virando um copinho de tequila, mandei um olhar arregalado pra que percebeu e apenas soltou um “depois”.
Terceira rodada parou de Ryan para mim, gelei na alma, aquele sabia muitas coisas de mim, Ryan começou a rir da minha cara desespero.
- Eu nunca pedi pra tomar leite na mamadeira quando estava bêbado! – ele disse gargalhando em seguida todos riram juntos tirando sarro de mim.
- AQUILO FOI UM DESLIZE TÁ, E JÁ FAZ TEMPO! – eu disse me defendendo mas não adiantou, virei um copinho de tequila sentindo o líquido queimar.
Quarta rodada que parou em Ryan novamente, mas dessa vez para , os dois começaram a rir e eu até fiquei com medo do que viria.
- Eu nunca fui pego quase fazendo sexo no estacionamento do prédio! – ouvi Ryan dizer e senti meu rosto queimar, havia contado para Ryan? WTF?!
Eu e pegamos o copinho de tequila e viramos, todos estavam até roxos de tanto rir.
Quinta rodada parou em mim para , sorri já sabendo o que falar.
- Eu nunca beijei mulher. – disse rindo vendo todos os homens virarem um copinho de tequila.
Sexta rodada parou em para .
- Eu nunca beijei homem! – vi todas mulheres da roda inclusive eu virar um copinho.
- Alá , pode virar seu copinho também! – disse e mandou o dedo para ele, todos da roda rimos da cena.
Sétima rodada e já estávamos todos alegres, a brincadeira seguiu até que a tequila acabou, eu levantei para ir no banheiro enquanto todos conversavam alto demais.
Estava me sentindo meio tonta, preferi não usar o banheiro do meu quarto pra não sujá-lo, então usei o do corredor. Tinha acabado de usá-lo, quando estava abrindo a porta senti alguém me puxar pela cintura e me prensar na parede do corredor, assustei mas logo me acalmei vendo . Ele me beijou ferozmente passando suas mão por minhas pernas, levei minhas mãos até sua nuca arranhando-a e puxando seu cabelo.
(dê play na música)
Ouvi uma música tocar e imaginei que eles deviam ter ligado o som, colocou a mão dentro da minha blusa levantando-a, mordi seu lábio inferior fortemente e ouvi um gemido vindo de , sorri e voltei a beijá-lo, comecei a puxar sua camisa para tirá-la, entendeu o recado e se desvencilhou de mim a tempo de tirar a camisa e jogá-la no chão voltando a me beijar, comecei a arranhar suas costas, senti ele apertar minhas coxas e me prensar mais fortemente na parede.
- A e o estão se pegando! – ouvi alguém dizer, mas não dei bola, pra falar a verdade eu nem prestei atenção, o meu amasso com o estava bem mais interessante.
estava dando chupões no meu pescoço, subi minhas pernas em volta da sua cintura sentindo o volume que ali fazia, sorri, comecei a passar minha língua por seu pescoço mordendo em seguida. soltava alguns gemidos baixos, o que me fazia querer continuar provocando-o.
- Meu Deus, vão para um quarto! – ouvi alguém passar por nós dizendo isso, mas nem tive o trabalho de ver quem era.
que estava com as mãos em minhas coxas subiu-as para minha bunda, me segurando no colo indo em direção ao quarto enquanto nos beijávamos. Ao chegar, desci de seu colo e ele continuou me beijando, eu estava andando de costas com me empurrando quando bati em algo que imaginei ser a cama, em seguida caindo na mesma puxando comigo, estávamos quase sem roupa quando sussurrei um pedaço da música em seu ouvido.
- Hey , I heard you like the wild ones! – disse rindo e sorriu docemente me beijando em seguida.

Acordei sentindo um peso nos meus pés, olhei para os mesmos notando Chanel deitada em cima deles, sorri mas logo senti uma pontada na cabeça, ressaca, ninguém merece! Olhei para que dormia feito anjo, levantei calmamente para não acordá-lo e fui fazer minha higiene matinal.
Após me arrumar e tomar um remédio para enxaqueca, coloquei minha pantufa do pateta e fui ver a situação do povo, cheguei na sala caindo na gargalhada, estavam deitados no colchão e abraçadinhos, a cena era muito fofa, não aguentei e peguei meu celular tirando uma foto. Tentei relembrar quem estava em casa ontem à noite, e na sala, Ryan e Mica de certo foram pro apartamento de Ryan, e Lauren deveriam ter ido embora e só sobrou... e , é isso, ri da minha descoberta, fui em direção ao quarto de hóspedes. Ao abrir me deparei com dormindo no peito de aquela cena era linda, fiquei uns 5 minutos admirando, eles haviam ficado ontem? Não me julguem, não lembro de muita coisa...
Aproveitei que estava com meu celular em mãos e tirei uma foto dos dois, indo em seguida para Starbucks já que não havia mais nada na cozinha para comermos.
Estava entrando no de volta no meu prédio, quando ouvi a voz de Albert o porteiro.
- A festa foi boa ontem hein? Quer ajuda? – ele disse sorrindo.
- Ah foi ótima Albert! Obrigada, mas acho que consigo. – disse risonha, estava subindo o elevador com 6 frappuccinos e uma sacola com muffins.
Entrei no apartamento notando o silêncio, não estava mais agarrado com no colchão, talvez ele estava no banheiro. Fui direto para cozinha arrumar a mesa.
- BOM DIA FLOR DO DIA! – disse rindo me dando um beijo na bochecha e sentando na cadeira em seguida.
- Bom dia chuchu da minha horta! – disse rindo.
- Hm, o que temos para o café da manhã? – ele disse abrindo a sacola – MUFFINS! – disse feito uma criança pegando um, comecei a rir da sua cara.
- Dá pra vocês falarem baixo?! – apareceu uma com a cara amassada na cozinha.
- Olha só, acordou a margarida! – eu disse rindo e me mandou o dedo – Quanto mau humor já cedo... – eu disse pra provocar.
- Estou com uma puta dor de cabeça! – Ela disse sentando-se de frente para na mesa.
- Quem manda encher a cara? – eu disse rindo da cara que ela fez.
- Vai se ferrar. – ela disse pegando um muffin.
- To vendo que o amor predomina aqui! – entrou na cozinha rindo – Oba, frappuccino! – disse todo feliz – Valeu , te amo! – disse me dando um beijo estalado na bochecha se sentando ao lado de .
- Não ama nada! – ouvi a voz de e sorri involuntariamente, estava lavando louça de costas para eles, senti me abraçar por trás dando um beijo demorado na minha bochecha.
- Ai que amor, meu Deus, deu até vontade de vomitar! – disse e eu mandei o dedo para ela.
- Bom dia linda! – sussurrou no meu ouvido, notei que ele estava só de samba canção, virei de frente para o mesmo.
- Bom dia coração. – disse sorrindo, me deu alguns selinhos, o que foi suficiente para começarmos um beijo longo.
- , você é um traidor, fica agarrando a na minha frente, como acha que eu me sinto? – disse com a voz afetada como uma menininha, nós quebramos o beijo de tanto rir.
Sentamos todos na mesa para comer, menos que não acordava por nada. Após um tempo tacou um tênis nele que acordou irritado.
- , vem comer, trouxe um frappuccino delicioso pra você! – eu disse tentando amenizar a situação. - Obrigado , você é um amor. – ele disse sorrindo me abraçando – E tem troco depois viu !– ele disse e pude notar que estava rindo.
- Me ama. – disse convencido.
- Deve te amar mesmo pra te emprestar até o samba canção. – disse como quem não quer nada.
- Ei, esse samba canção é meu! – disse protestando.
- Não é não! – retrucou, e assim começou uma longa discussão onde eu estava quase rolando de rir, até desfez a cara de mau humor e começou a rir.

Capítulo 10

Todos haviam ido embora, até mesmo pois tinha um compromisso com sua mãe. foi mas não me deu explicação e eu claro que não cobrei, porque estamos só saindo.
Comecei a fazer uma faxina básica em meu apartamento, terminei de arrumar a cozinha, a sala que estava uma zona por conta da tequila e do colchão com lençóis bagunçados, fui arrumar o quarto de hóspedes e depois arrumei o meu.
Sentei exausta no sofá ligando a televisão, Chanel pulou sentando-se ao meu lado, comecei a fazer carinho na mesma. Passou em torno de uma hora, eu estava assistindo um filme qualquer quando ouvi a companhia tocar. Levantei sem ânimo indo em direção à porta, ao abrir me deparei com um sorridente.
- Oi? – ele disse sorrindo, sorri involuntariamente.
- Oi! – comecei a rir dando espaço para ele entrar.
- Desculpa ter ido embora sem falar nada. É que eu vim dirigindo, então eles dependiam da minha carona para irem embora... – disse meigo entrando no apartamento.
- , tá tudo bem, você não precisa se explicar.
- Mas eu quero! – ele disse chegando perto de mim me puxando pela cintura.
- Você é lindo, sabia?! – disse mais para mim mesma do que para ele.
- Eu sei! – ele disse rindo debochado.
- Convencido. – eu disse rindo, aproximou seus lábios dos meus me beijando.
- Acho melhor você ir se trocar! – disse com os lábios encostados aos meus, olhei-o sem entender - Vou te levar para praticar um esporte... Você anda meio gordinha! – ele disse rindo da minha cara.
- Você não disse isso! - me desvencilhei dele com a boca aberta, olhei para minha barriga fazendo bico.
- Amor, eu to brincando! – ele disse rindo chegando perto, pera, ele havia me chamado de amor? Isso mesmo?
- Tô gorda! – eu disse fazendo a pior cara possível.
- Não tá não, você tá é gostosa. – ele disse mordendo meu pescoço.
- Nem vem , a merda já está feita – disse empurrando-o rindo indo em direção ao meu quarto.
Entrei em meu quarto e fui pegar uma roupa apropriada para esportes, coloquei um shorts preto e uma regata preta também com um tênis. Cheguei na sala e estava deitado com Chanel no sofá vendo televisão, sentei ao seu lado.
- Wow, você está... Gostosa! – ele disse passando um braço pelos meus ombros em seguida dando um beijo na minha bochecha.
- Eu to gorda. – disse fazendo cara emburrada,
- Ah para , eu estava brincando! – ele disse me olhando sério.
- Eu sei, mas eu realmente estou, estava reparando... – disse olhando-o também.
- Pra mim você ta gostosa! – ele disse mordendo minha bochecha.
Segurei seu rosto com as duas mãos puxando seu lábio inferior, sorriu, soltei seu lábio e ele me deu alguns selinhos. O clima começou a esquentar e assim um simples selinho virou um beijo demorado, baguncei seu cabelo enquanto ele apertava minhas coxas, senti algo vibrar e assustei, começou a rir da minha cara retirando do bolso seu celular.
Atendeu o celular mas logo desligou dizendo que era perguntando de sua camisa xadrez.
- Acho melhor nós irmos antes que eu arranque esse shorts aqui mesmo! – sussurrou com os lábios perto dos meus, mordi meu lábio sorrindo ele me deu um selinho demorado.
estacionou o carro próximo ao parque onde Spark havia pulado em mim, vi-o descendo do carro e fiz o mesmo.
pegou na minha mão e eu achei aquele gesto muito fofo. Ao contrário da última vez, aquele enorme campo não estava tão lotado, mas mesmo assim havia algumas pessoas brincando com seus cachorros e o parquinho das crianças também não estava tão vazio.
Próximo ao parque havia uma quadra de basquete não muito grande, era mais para o pessoal brincar, vi me levando para aquela direção.
- Vamos jogar basquete? – eu disse olhando-o.
- Sim! E já vou avisando que sou muito bom nisso! – disse convencido me dando um selinho rápido e soltando minha mão pegando a bola. Só havia reparado em sua roupa agora, ele estava com uma calça da adidas verde com uma regata branca e um casaco aberto de mangas compridas verde combinando com a calça, lindo.
Começamos o jogo, e realmente, ele era bom naquilo. Mas eu também não ficava para trás, já que jogava basquete demais no colegial. O tempo passou e estava empatado 5 x 5, em um impulso peguei a bola de jogando-a na cesta, mas errei, não perdeu tempo pegando-a e correndo para a cesta ao contrário acertando o arremesso, sorrindo vencedor em seguida.
- Não gostei! – fiz cara de perdedora.
- Sou muito bom, eu sei! – ele disse rindo vindo na minha direção, estávamos pingando suor. - Eu sou melhor! – eu disse convencida, parou frente a frente comigo.
- Desculpa amor, no basquete eu ganho de você, mas... Tem outras coisas que você manda muito bem viu! – ele disse rindo safado me mandando uma piscadela, ia pronunciar algo mas me cortaram.
- ! – uma menina morena e magra disse chegando perto do mesmo e ao seu lado havia uma ruiva de olhos claros.
- Olá – disse sorrindo.
- Sou Lindsay e essa é minha amiga Lohan – ela disse apresentando-se – Somos muito suas fãs, você é tipo, perfeito, quer casar comigo? – ela disse rindo abraçando ele. Me ignoraram total.
- Ah obrigada lindas! – sorriu sem graça abraçando-a em seguida foi a ruiva abraçá-lo.
- Nem acredito que estou te vendo pessoalmente, sonhei tanto com esse dia! – a ruiva disse com a voz fina.
- Vamos dar uma festa hoje à noite na minha casa, estou te convidando, você vai né? – a morena disse com um sorriso pervertido na cara que me vez ficar vermelha de raiva, bitch .
- Ah, é que tenho um compromisso hoje... – ele disse sem graça coçando a cabeça.
- Não posso acreditar , vai recusar um pedido meu?! – ela disse cínica – Espero que seu compromisso seja algo muito importante para não ir! – ela disse me encarando com desprezo, senti que poderia voar no pescoço dela á qualquer momento.
- Infelizmente não vai dar mesmo meninas! Mas quem sabe em uma próxima! – ele disse olhando-a.
- Claro! Por que não?! – a tal de Lindsay disse mordendo o lábio, vadia vadia vadia.
Antes de irem embora tiraram uma foto com , as duas dando beijo em seu rosto, a Lindsay fez questão de beijar o canto da boca dele, o que me fez ficar mais emburrada.
- Estou com fome, quer ir comer em algum lugar ? – disse após elas irem embora me abraçando de lado.
- Não. – disse seca desviando meu olhar do dele, eu só queria minha casa, sim havia ficado brava, aquela bitch havia ignorado minha presença e ainda por cima me olhado com desprezo.
Já estava anoitecendo. não disse mais nada. Apenas caminhamos em direção ao carro. Durante o percurso para meu apartamento não trocamos uma palavra, parou o carro de frente com meu prédio e resolvi que era hora de encará-lo.
- Obrigada por hoje – disse dando um sorrisinho sem mostrar os dentes.
- Você ficou com ciúmes? – ele disse me olhando meigamente.
- Ciúmes? Não. – disse seca.
- Então me dá um beijo – ele disse me encarando.
- Eu não, pede pra Lindsay te dar! – eu disse fazendo a pior cara possível, e ouvi sua gargalhada gostosa.
- Não acredito que você ficou com ciúmes ! – ele disse rindo.
- Não to com ciúmes, e para de rir. – disse ficando irritada.
- ! – ele disse controlando o riso e chegando mais perto de mim – Você é linda, gostosa, cheirosa e conservadora! – hesitou soltando um sorriso – Eu não te trocaria por nada!
- Você está mentindo pra mim. – disse desviando meu olhar.
- Eu não tenho motivos para mentir pra você. – ele disse colocando a mão em meu queixo fazendo-me olhar em seus olhos.
- Que droga ! – disse fazendo cara de choro.
- Para com isso! – disse me beijando em seguida.

Capítulo 11

Segunda-feira, pior dia da semana! Já acordei de mau humor, talvez fosse a TPM atacando já cedo. Estava no centro da cidade com Ryan ao meu lado, tínhamos acabado de passar na Starbucks comprar nosso queridíssimo frappuccino.
- Acho que você precisa cortar esse cabelo, Ryan. – disse risonha, o cabelo dele tinha crescido muito.
- Ah , eu estou sexy assim! – ele disse convencido e eu caí na gargalhada.
- Você já é sexy, baby! – disse mandando uma piscadinha.
- Oh meu Deus, , sua mulher está me dando cantadinhas! – ele disse fazendo cara de incrédulo.
- Para com isso. – disse sem graça.
- Preciso de um espelho pra ver esse cabelo. – ele disse fazendo cara de preocupado.
Ryan parou perto de uma banca para ver seu reflexo no vidro e eu nem prestei atenção e continuei andando. Quando me dei conta já estava um pouco longe dele, então parei de andar olhando para trás.
- Ryan? – disse vendo-o parado de frente com a banca e com uma revista em mãos – Vamos nos atrasar, anda logo! – disse impaciente.
Vendo que Ryan não se moveria, fui rapidamente ao seu encontro, mas paralisei assim que vi o que ele tinha em mãos.

com uma namorada?” , “Quem será a nova peguete de ?”, “Será que é apenas mais um passatempo ou essa é pra valer?”

Senti meu estômago embrulhar, como assim 'peguete'? Como assim tinha foto minha com na revista, nos jornais, em praticamente tudo? Deus, como nunca pensei nisso?
Peguei uma revista que havia ali perto dando o dinheiro equivalente para o dono da banca, abri a mesma dando de cara com fotos minhas e de . Várias fotos.
Dei uma olhada geral e notei que aquela não era a única revista que falava de nós.
- , ta tudo bem? – ouvi a voz de Ryan.
- Não... - sussurrei mais para mim do que para ele.
Fomos o caminho inteiro para redação em silêncio. Digamos que eu estava magoada com o vocabulário usado pela revista, não só por esta, como pelas outras também. Estava com medo da reação de ao ver aquilo. Será que ele já teria visto? Pensei em mandar uma mensagem, mas achei melhor dar um tempo.
Chegamos na redação e eu peguei a maior parte do trabalho pra fazer, queria ocupar a cabeça e Ryan percebeu.
- Você quer conversar? – disse parado de frente com a minha mesa.
- Não. – disse simplesmente, não estava com paciência pra conversar, sei que Ryan não tinha nada a ver com isso, mas estava evitando falar não só com ele como com todos ao meu redor. Ele apenas saiu andando me deixando sozinha.

’s POV
Revistas de todos os tipos com fotos minha e de estavam espalhadas pela mesa, estava com medo de Gregory por sua cara e postura de quem iria me matar, mas eu sabia o que queria e ia impor isso a ele querendo ou não.
Gregory é um dos nosso empresários, lógico que Simon também é, mas como ele não tinha muito tempo, quem vivia na nossa cola era Gregory.
- Você tem noção do que essas fotos estão causando ? – ele disse rígido.
- Pra falar a verdade eu não vi nenhum comentário sobre isso... – disse como quem pouco se importava, o que fez ele ficar mais puto comigo.
- Pare de ser criança e cresça de uma vez. , você está com idade suficiente pra saber que não é hora de ficar com gracinha de namoro pra depois dar polêmica, chutar a menina e pegar outra. - a hora que ele disse isso senti meu sangue ferver - E se não viu nenhum comentário, olhe seu twitter, sites que falam sobre a banda, sites de redes de televisão, tem coisas por toda parte. – disse irritado.
- OLHA AQUI, EU GOSTO DELA! EU TO COM ELA PORQUE ELA É ESPECIAL, E NÃO PRETENDO CHUTÁ-LA! – ergui meu tom de voz – E EM RELAÇÃO AOS SITES, EU TO POUCO ME LIXANDO, FALEM O QUE QUISEREM, EU SEI O QUE EU SINTO, EU SEI O QUE É VERDADE, E É ISSO QUE IMPORTA!
- AH É? E AS OUTRAS QUE VOCÊ FEZ A MESMA COISA? VOCÊ É FAMOSO NO MUNDO INTEIRO, ACORDA, VOCÊ TEM UMA REPUTAÇÃO, TEM EMPRESÁRIOS APOSTANDO EM VOCÊ! – ele disse praticamente gritando comigo - ENTÃO É ASSIM? FODA-SE O MUNDO? TEM CERTEZA QUE QUER ISSO? JÁ PENSOU NA SUAS FÃS?
- Minhas fãs querem minha felicidade, e minha felicidade é ela! – disse baixo.
- AH, AGORA VAI DAR UMA DE APAIXONADO? – hesitou – Olha, não quero me intrometer desse jeito, mas você e os meninos são muitos novos pra saber o que querem da vida em parte de amor, existe muitas meninas querendo apenas tirar proveito disso, coisa que eu não vou deixar acontecer aqui! – disse apontando o dedo para mim.
- Ela não é assim. – disse olhando-o.
- E como você sabe ? – ele disse me encarando – É mais seguro você namorar alguma famosa, porque alem de já ter dinheiro, não vai querer ficar de barriga. – tive vontade de dar um soco na cara dele quando soltou aquelas palavras, mas não podia, pelo menos por enquanto. E ele querendo ou não, tinha um pouco de razão.
- Eu não vou terminar com ela! – disse afirmando.
- Você vai sim! Antes que seja tarde... – disse me olhando.
- Eu não vou... Eu não posso fazer isso.
- Eu não mandei você começar com isso. – ele disse frio – A melhor pessoa pra você namorar é a Jasmine e você sabe.
- Você ta louco? Eu não vou namorar a Jasmine! – disse convicto.
- ... – hesitou – Vai ser só por um tempo, eu prometo. É até toda essa empolgação abaixar um pouco, vocês estão em alta agora, as fãs querem ver vocês solteiros ou com famosas...
- Por que a Jasmine? – disse, estava me sentindo muito mal, a é muito importante pra mim. E Gregory estava extremamente convicto. Aquilo me dava raiva, medo talvez. Porque me fazia bem, me fazia sorrir. Bleh, pareço uma biba falando, mas dane-se.
- Porque vocês já ficaram, ela é modelo, famosa e querida pela mídia – disse.
- Eu fiquei com ela porque estava bêbado e a também é tudo isso! – disse olhando-o sério.
- Eu não vou mais discutir com você, já sabe minhas ordens, vá atrás de Jasmine e largue essa logo! – e saiu da sala me deixando sozinho.
Sentia meu rosto queimar de ódio, ele não tinha esse direito de vir e tirar o que me fazia feliz, eu me importo demais com meus fãs, mas com a mídia nem um pouco. era a pessoa mais doce e meiga que eu já havia conhecido, antes de conhecê-la eu era o típico pegador que está pouco se lixando, mas as coisas mudaram, eu cresci, me magoei com algumas coisas e estava pronto pra ter um relacionamento sério... Com , não com Jasmine.

’s POV
Os dias passaram rápidos, não havia me mandado mais mensagens, então resolvi mandar uma.
Tá tudo bem? xx

Isso fora há uns três dias, não obtive resposta, deduzi que ele tinha visto as revistas e jornais e que algo bem ruim havia acontecido para ele não me responder, queria pensar na possibilidade dele estar ocupado demais, só que sabia que não era por isso.
- Já perdi as contas de quantas vezes você olhou para esse celular essa manhã ! – Ouvi Ryan dizer mas não disse nada, estávamos na redação, ele estava de frente com a minha mesa onde eu estava sentada olhando para o computador. - Odeio te ver assim... - Ryan veio até mim se abaixando em minha frente para ficar da minha altura.
- Acho que acabou. – eu disse me segurando para não chorar – Ele não responde minhas mensagens.
- , não fica assim! Cara, se ele não te quer, tem quem queira, de verdade, eu te amo e a gente pode casar se você quiser, tá? – ele disse brincalhão e eu soltei um sorriso triste.
- Eu vou ficar bem. – disse mais para mim mesma do que para ele.
- Eu sei que vai! – ouvi Ryan sussurrar me dando um beijo na bochecha.

Era sexta feira e hoje teria a tal entrevista de no programa, já estava no meu apartamento deitada no sofá com Chanel no colo, deveria ser umas 9 da noite. não viria hoje, ia ficar terminando alguns projetos.
Foi anunciado que o One Direction ia entrar e logo vi entrando sorridente, em seguida o resto dos meninos. estava impecavelmente lindo, me deu um aperto no peito ao vê-lo ali, lindo e não poder estar lá, ou conversar com ele, tocar, beijar.
A apresentadora começou a fazer perguntas sobre o novo álbum e eles respondiam animados, só parecia meio abatido, diria talvez nervoso e tristonho, mas talvez seja só impressão mesmo...

Ryan’s POV
Estava tomando banho quando ouvi meu celular apitar por mensagem. Fui me arrumar e depois de um bom tempo lembrei de que alguém havia mandando sms. Peguei o celular vendo que era uma mensagem de .
Ryan, faz um favor? Não deixa a assistir a entrevista de hoje, por favor, tenho certeza que vão fazer perguntas sobre nosso relacionamento e eu quero conversar isso pessoalmente com ela. .
Já fazia quinze minutos que ele havia mandando a mensagem, liguei a televisão colocando no canal onde estava acontecendo a entrevista.
- Mas e aí , você pode nos dizer quem é ? Acredito que estamos todos curiosos para saber! – a entrevistadora disse.
Não esperei pra ouvir a resposta de , saí do meu apartamento entrando sem nem tocar a companhia no apartamento de , mas era tarde demais.

’s POV
- Prefiro não tocar nesse assunto! – disse sério.
- Mas por que? Ela é tão especial pra você não querer nem comentar?
- é só uma amiga. – disse olhando duro para um ponto qualquer, todos os meninos olhavam para ele com cara tristonha, com pena talvez. Qual é? Era de mim que eles tinham que ter pena! Nunca gostei que os outros tivessem pena de mim, mas ter pena de ? Sério?
- Tem certeza, ? Não é isso que vimos na foto sua beijando-a
- Nosso relacionamento foi passageiro. – hesitou – Vamos mudar de assunto, por favor. – dito isso mudaram de assunto.
Senti as lágrimas que eu tanto temia pela semana escorrerem pelo meu rosto, sabia que Ryan estava parado na porta, tinha ouvido ele gritar meu nome segundos antes de dizer tudo isso, mas não dei atenção.
Comecei a soluçar, senti Ryan sentando-se ao meu lado e me abraçando forte. Eu não entendia por quê havia feito isso comigo. Tudo bem que nós não tínhamos nada sério, mas já fazia mais de um mês que a gente estava saindo e ele era meigo e fofo, e fazia sempre questão de deixar claro que não queria mais ninguém, como eu também não. Eu teria que admitir, estava completamente apaixonada por . Nunca falei isso a ninguém, nem para Ryan, mas agora eu poderia dar certeza de que sim, sentia como se um caminhão houvesse passado em cima de mim, estava sentindo algo horrível, era melhor ter levado um tapa na cara do que ter ouvido aquelas palavras frias dele.
Eu o queria. Só ele. Eu sentia necessidade. Eu acordava pensando nele e dormia pensando nele. Eu deveria ter ouvido Ryan desde o começo, mas sou teimosa demais.
Sabe o que é sentir borboletas no estômago, sentir sua mão suar, ter medo de perder e ficar fazendo planos mentalmente com aquela pessoa? Então.. Lógico que eu nunca comentava nada com ninguém, além do mais, prefiro guardar pra mim.
A única coisa que pairava sobre minha mente era um simples “Por que?”. Eu estava com raiva, ódio, queria socá-lo, eu queria matar . Por tudo. Pela dor que ele estava me fazendo sentir, pela falta de consideração, pela humilhação nacional, pelo fato de que por mais que eu tentasse, não conseguia sentir raiva dele.
Senti Ryan me abraçar mais forte enquanto eu deixava as lágrimas rolarem, sabia que chorar não ia adiantar, mas pelo menos eu tentava me conformar que com isso, a dor passaria.
Limpei algumas lágrimas olhando de relance para Ryan que me encarava com cara de dor. Eu poderia imaginar minha situação naquele momento. Cabelo bagunçado, olhos vermelhos, bochechas rosadas. Eu entendia o motivo da cara de Ryan, ele sempre deixou claro que odiava me ver chorar, porque isso o fazia mal. Eu o entendia porque era o mesmo de eu vê-lo chorar, era o suficiente para quebrar o meu coração e querer matar a vadia que o fez sofrer.
Me levantei do sofá sem dizer nada, sabia que Ryan entenderia. Fui em direção ao meu quarto. Entrei no mesmo pegando uma almofada no caminho e tacando-a com força na parede, e novamente pude sentir lágrimas rolarem por meu rosto. Caí deitada na cama olhando o teto que logo foi embaçado pelo choro.
Depois de algum tempo, Ryan entrou no quarto deitando-se ao meu lado, me puxou para si me abraçando, senti o mesmo dar um beijo em minha testa. Eu amava Ryan mais que tudo nesse mundo, não sei o que faria sem ele. Ele me entendia, tomava as dores por mim e fazia o possível e o impossível pra me ver bem, por que não amá-lo sem ser como irmão? Ele era perfeito, em todos os aspectos, claro que me irritava às vezes, todos temos defeitos. Mas e eu ele éramos como um quebra cabeça, nos encaixávamos perfeitamente...
E assim adormeci com Ryan me abraçando, com a cabeça em seu peito, e com meus pensamentos nele.

Capítulo 12

POV
Doeu pra caralho dizer aquilo, fiquei com vontade de sair correndo. Meu medo de ter assistido o programa me dominou a ponto de eu não conseguir dormir, por ansiedade talvez. Por mais que havia dito para Ryan não deixá-la assistir, sei que chegaria ao seus ouvidos.
havia me mandando uma mensagem no começo da semana e a evitei por não saber o que fazer, dizer... Sabia que ela iria se magoar, eu estava muito irritado com essa situação, ela não merecia nada disso, mas eu era obrigado a obedecer Gregory, certo?
Fui obrigado a ir atrás de Jasmine, aquela garota me irritava profundamente, talvez por não fazer meu tipo em nenhum aspecto. Ok, ela era muito gata, mas não era quem eu queria, não era ela.
- Hey, aposto que está pensando nela, né? – ouvi dizer sentado-se ao meu lado.
- Não pensei que ia ser tão difícil. – disse olhando para o chão – Já faz uma semana , uma semana! Eu nunca fiquei assim por nenhuma outra garota, por que agora? Por que com ela? – disse irritado e logo senti meus olhos encherem de lágrimas.
- Eu não sei o que te falar cara. – disse me encarando – Eu adoro a como eu adoro você, não acho justo o que você está fazendo com ela, mas não acho justo o que você está fazendo com si próprio. – disse e suas palavras me acertaram em cheio, ele tinha total razão. – Pensa nisso tá? - Disse por fim se levantando e indo falar com que gritava o chamando na cozinha.

’s POV
Segunda de manhã, a noite fora horrível! Sonhei com , ele ia ser pai e tinha vindo me contar a novidade, o filho era de Jasmine e o pior de tudo, ele estava feliz. Depois estávamos em um cemitério à noite, estava escuro, me disse umas coisas estranhas e de repente eu havia sumido.
Acordei suando e assustada, será que eu havia morrido? Digo, no sonho, claro! Levantei em um impulso a fim de tomar um banho quente e depois ir pra Starbucks mais próxima, sozinha.
Sentei na mesa mais escondida possível, havia mandado mensagem para Ryan avisando que não iria para a redação com ele, resolvi ir à pé. Meus olhos estavam inchados pela noite mal dormida e por eu ter chorado antes de dormir, o que estava acontecendo bastante ultimamente, já que era só eu ver uma notícia ou foto de com a Jasmine e já tinha vontade de me matar. Pelo menos se fosse alguém legal, mas a Jasmine, jura?
Estava com a cabeça baixa encarando meu frappucino com o pensamento a mil quando fui interrompida.
- Posso me sentar? – ouvi uma voz um tanto quanto conhecida dizer, ergui minha cabeça, era .
- Nem precisa pedir! – disse sorrindo docemente sem mostrar os dentes, sorriu sentando-se de frente para mim.
- Sua animação me comove ! – ele disse soltando uma risadinha e sorri abertamente.
- Juro que queria estar mais animada. – disse olhando-o.
- Eu não gosto de te ver assim. – ele disse segurando minha mão que estava em cima da mesa.
- Acho melhor você não fazer isso! – disse olhando dele para minha mão – Sabe, pode ter paparazzis, não quero criar mais polêmica. – disse por fim olhando para baixo.
- Hey, para com isso! Acha mesmo que eu me importo? – ele disse fazendo carinho na minha mão – Olha pra mim. – levantei meu olhar para seu rosto e senti as lágrimas que eu tanto temia rolarem por meu rosto.
- Por que ? Por que comigo? Por que ele? Por que ela? – eu disse já sentindo outras lágrimas escorrerem. apertou minha mão de uma forma carinhosa.
- Hey, não fica assim! Olha, por mais que não pareça, eu sei que tudo vai dar certo no final. – ele me olhava com piedade e eu não gostava daquilo. Eu não precisava que os outros tivessem dó de mim, certo? – Após a tempestade, sempre vem um céu azul. – disse limpando com sua outra mão algumas lágrimas que insistiam cair por meu rosto.
- Eu não queria. – disse simplesmente.
- Ele também não, . – disse me encarando – Pode parecer mentira, mas ele está triste com essa situação, ele tem seus motivos. – quando disse isso comecei a ficar irritada, afastei minha mão da dele.
- Desculpa , mas ele não pensou nem um pouco em mim para fazer isso, ele não tinha motivos. Ele não precisava simplesmente me dar um fora em rede nacional. – disse convicta respirando fundo.
- Realmente, mas dê uma chance. Deixa ele tentar explicar. – hesitou – Ele falou pra mim que já te ligou e mandou milhões de mensagens, mas você o ignora, por que não dá uma chance? – ele me encarava sério;
- E você acha que ele realmente merece? – eu disse meio incrédula.
- Todos merecemos uma segunda chance, ! Somos seres humanos, todos erram. – disse por fim.

Depois dessa conversa com , eu não consegui mais prestar atenção em nada. O dia na redação parecia uma eternidade. Acho que havia desistido, pois não mandou nenhuma mensagem e nem ligou, aquilo ao mesmo tempo que era bom, era ruim.
Assim que deu meu horário, eu peguei minhas coisas e vim embora, não esperei Ryan, estava com pressa, queria poder me enfiar novamente em meu quarto. Ao chegar em casa, estava lá, com . Esqueci de comentar que esses dois estão se pegando já faz semanas, né? Então, eles era muito fofos e lindos juntos.
- Olá! – disse sorrindo quando entrei no apartamento, e estavam na cozinha, lavando a louça e ao seu lado.
- Olá linda. – disse vindo em minha direção me abraçando forte, retribuí.
- Tudo bem com vocês? – disse indo abraçar .
- Tudo ótimo aqui, e você ? – ouvi falar perto do meu ouvido enquanto me abraçava.
- Tudo indo. –disse me desvencilhando dele.
- Fiz janta pra gente, ! – disse apontando com a cabeça a mesa onde estava a comida.
- Obrigada , mas não estou com fome. – disse olhando-a.
- Não acredito dona , nem um pouquinho? Jura? – ela fez cara de cachorro sem dono, merda, ela sempre consegue.
- Ta bom , depois eu pego um pouco ta? –disse rindo baixo indo pro meu quarto.
Tomei banho, estava de toalha quando ouvi a campainha tocar, me recusei a ir atender, na esperança de ou irem, tocou mais 1, 2, 3... OK, agora me irritei! Cadê esses dois que não atendem a merda?
Saí correndo para abrir a porta, estava enrolada em uma toalha, apenas, e toda desengonçada, gritei no meio do corredor:
- DÁ PRA VOCÊS PARAREM DE SE PEGAR E IREM ATENDER ESSA MERDA? – mas não obtive resposta, como imaginava.
Abri a porta sem ao menos olhar no olho mágico me deparando com . Ok, eu realmente não esperava por aquilo.
- Você... – disse assustada, senti minha mão começar a suar, merda de menino.
- Achei o melhor a fazer já que você não responde minhas mensagens e nem me atende, né? – disse me encarando, podia sentir o olhar dele entrar dentro de mim de tamanha a intensidade.
- Eu... Eu não quero falar com você. – disse na tentativa de fechar a porta, mas segurou-a.
- Deixa eu me explicar, por favor. – ele disse sério e eu nunca havia visto assim, seus olhos estavam mais e penetrantes, porra viu?
- Entra. – respirei fundo dando passagem para ele – Vou me trocar, espera aqui na sala. – disse indo em direção ao meu quarto. Coloquei a calça do meu pijama e uma regata branca, estava simples demais, porém sexy.
Voltei pra sala vendo sentado no sofá olhando para televisão desligada. Quando ele percebeu minha presença levantou rapidamente ficando de frente comigo. Ficamos um tempo encarando um ao outro até que ele tomou iniciativa de falar algo.
- Como você está? – ele disse e eu pude notar a insegurança em sua voz.
- Como você acha? – disse encarando-o , ele suspirou.
- Eu... Eu não queria. – hesitou – Olha , eu sou um idiota, só faço merda, não deveria ter feito isso, me desculpa. – disse olhando em meus olhos enquanto eu segurava pra que as lágrimas não rolassem por meu rosto.
- Agora você não queria? – eu disse olhando-o – , você me humilhou na frente do país inteiro! – eu disse sentindo uma lágrima escapar.
- Eu não sei te explicar , foi preciso... Eu não tive escolha, docinho... – ele disse chegando mais perto, dei uns passos pra trás. Fechei o olho com força ouvindo-o dizer “docinho”.
- Não me chama de docinho, ! – abri meus olhos sentindo mais lágrimas rolarem, me olhava com cara de dor – Você não tem mais esse direito. – disse o encarando.
- Me desculpa. – ele disse mordendo o lábio em seguida, vi piscar várias vezes, talvez ele estivesse segurando o choro, ou não.
- Só me diz uma coisa. – hesitei olhando-o nos olhos – Por que? – pareceu ser pego desprevenido com a minha pergunta, abriu e fechou a boca várias vezes mas nenhuma palavra foi dita. - Vai embora. – eu disse sentindo uma dor insuportável no peito, eu não queria que ele fosse, pra falar a verdade minha vontade era de socá-lo ali mesmo, eu queria que ele sentisse o que eu estava sentindo.
- Por favor, não faz isso comigo. – ele disse praticamente implorando.
- Vai embora. – repeti, estava doendo demais em mim, mas eu não podia ser fraca, eu não podia me entregar tão fácil.
- ... – ele disse com os olhos vermelhos, eu queria muito poder abraçá-lo, que bosta.
- VAI EMBORA! – aumentei meu tom de voz, ouvi as risadas de e deduzindo que eles tinha saído do quarto.
- , você viu aquela minha... - dizia mas parou no meio da frase quando viu .
- Ai, desculpa gente. – disse envergonhada com ao seu lado.
- Não, tudo bem , já estava de saída. – disse me lançando um olhar, seus olhos estavam avermelhados e eu senti que mais lágrimas escorriam por meu rosto, talvez por vê-lo assim. Eu não queria causar isso, eu não queria ver chorar.
- Não , me desculpe, eu... – foi interrompida.
- Ta tudo bem, eu já estou indo. – disse passando por mim e saindo. Vi dar um selinho em e correr atrás dele.
Minhas pernas fraquejaram e eu sentei no sofá chorando, eu amava , por que eu tinha que ser forte o tempo todo? Por que ele veio até aqui? Eu estava bem sem vê-lo, sem sentir seu cheiro, sem ouvir sua voz, sem olhar em seus olhos.
Eu não aguentava mais.
veio até mim sentando ao meu lado, me deitei no sofá com a cabeça em suas pernas, senti ela fazer carinho e limpar minhas lágrimas.
Não demorei muito pra pegar no sono depois do ocorrido.

Para não correr o risco de não ir para redação com o Ryan, ele fez questão de bater na minha porta cedo, quando digo cedo, é que era bem cedo.
- O que você ta fazendo aqui essa hora? – disse abrindo a boca, estava de pijama com a porta aberta olhando para o mesmo.
- Obrigada pela linda recepção ! - Ele disse risonho.
- Não há de quê, querido. – disse esfregando meus olhos – Mas agora é sério, to morrendo de sono e você me acordou duas horas mais cedo, espero que tenha uma boa desculpa pra isso! – disse olhando-o.
- E eu tenho meu amor! Hoje você vai pra redação comigo e eu vim mais cedo porque dá pra gente conversar, porque ultimamente você anda fugindo de mim. – ele disse me encarando.
Era verdade, ultimamente eu havia evitado falar com Ryan. Sei que ele não tinha nada a ver, mas ele era amigo de também, sei que Ryan nunca iria contar minhas coisas para , mas eu não havia entendido por que me distanciei, só queria paz, só queria não lembrar de .
- Desculpa. – disse dando espaço para Ryan passar.
- está aqui? – Ele disse entrando no apartamento.
- Sim, ela tá dormindo no quarto de hóspedes.
Eu e Ryan ficamos deitados na minha cama conversando, falamos sobre , sobre ele e Mica, sobre Jasmine, sobre e e sobre o acontecimento de ontem. Ryan me deu bronca por não ter deixado se explicar, mas eu deixei, ele que não falou, certo? Certo. E depois acabamos cochilando, mas logo levantamos rumo à redação. Não vi , de certo ela tinha a manhã livre então não quis acordá-la, apenas saí sem fazer barulho com Ryan ao meu alcance.
Estava me sentindo mais leve, conversar com Ryan sempre foi bom, mesmo levando bronca, Ryan era um doce.

O dias passaram rápido, as coisas com ficaram na mesma, sem notícias dele, tudo que eu sabia era de algo que ouvia as pessoas comentando ou olhava na internet às vezes, mas evitava pois haviam fotos dele com a Jasmine por toda parte.
Havia conhecido Mark Wright essa semana, posso admitir com toda certeza que ele é completamente e literalmente um Deus grego. Ele é amigo de Dougie Poynter e isso influenciou para que eu ficasse mais caída de amores por ele. Mark estava sendo a capa da revista desse mês de “Tall, dark, beautiful and sexy” e sim, fui eu quem deu a ideia de colocar essa frase na capa, aliás, não estou mentindo, estou?
Foi engraçada a sessão de fotos, ele não parava quieto e fazia gracinha a todo momento. Fiquei imaginando se o Dougie estivesse ali, eu iria pirar completamente, primeiro porque os dois juntos não dão certo, segundo porque Mark estava quase nu na minha frente e ver Dougie Poynter nas mesmas situações meu pobre coração não sobreviveria e por último porque são MARK e DOUGIE... Tipo... Tudo!
- Você ainda está com aquela cara de boba apaixonada feat. safada. – ouvi Ryan dizer e caí na gargalhada. Estávamos dentro do carro indo para o McDonald’s.
- Eu ainda não estou acreditando que vi Mark Wright quase nu na minha frente, obrigada Deus! – disse olhando para cima em forma de agradecimento, ouvi a gargalhada de Ryan.
- Cara, você á a garota mais tarada que eu conheço! – ele disse desviando o olhar da rua para mim.
- Não sou não! – disse balançando a cabeça negativamente.
- É tem razão, você não é, mas chega perto das que são! – ele disse risonho, dei um tapa no seu braço.
- Que horror Ryan! Sou santificada.
- Ah é sim! – ele disse irônico estacionando o carro, havíamos acabado de sair da redação e então resolvemos comer fora, e nada melhor do que McDonald’s. Fizemos nossos pedidos e sentamos em um mesa, estávamos conversando animadamente quando fomos interrompidos por uma menina:
- Oi, você que é a ? – ela disse parada de frente com a nossa mesa me encarando, fiquei sem reação.
- Sim... Eu acho... – eu disse confusa olhando-a, ela era alta, morena, tinha olhos escuros e segurava nas mão o que me parecia uma revista.
- Você não cansa não? Vai querer pegar todos do One Direction? Tirando que você já está com outro aqui né? – ela disse olhando para Ryan, quem era aquela menina? Do que ela tava falando ?
- Desculpa, mas do que você ta falando? – eu disse encarando-a.
- Vai dar uma de desentendida agora? Sisso aqui querida – disse jogando o que eu pensava ser uma revista na mesa, na capa continha uma foto minha e de e do lado uma minha com . Droga.
- Desculpa, mas acho que ela não deve satisfação de seus atos pra ninguém, muito menos pra você! – Ryan disse olhando para menina, senti o olhar fulminante dela para ele.
- Olha aqui... – eu disse hesitando – Eu realmente não lhe devo satisfação, mas queria deixar claro que o não passa de um amigo e nada mais, agora por favor, nos dê licença para comermos em paz. – eu disse com o pouco de paciência que me restava vendo ela pegar a revista da mesa com raiva.
- E eu queria deixar claro que se você não se afastar dos meus meninos irá pagar caro por isso! – ela disse me olhando com raiva, senti meu sangue ferver.
- Já que você veio até á minha mesa e fez questão de acabar com o resto da minha noite, escute o que eu tenho pra dizer. – disse olhando-a séria - Você não tem direito algum de vir até mim impondo suas opiniões, você só está se rebaixando a um nível ridículo. E ao invés de ficar socando moral em mim como se eu fosse uma vadia, por que não vai tentar conquistar um dos meninos da banda? Já que eles são TÃO seus? Você só está perdendo seu tempo, sinto informar.– disse sentindo Ryan segurar minha mão com força e depois fazer carinho, fui me acalmando ao poucos vendo a menina se afastar com raiva.
Eu e Ryan comemos em silêncio, não queria conversar e ele sabia. Estávamos saindo do McDonald’s quando ele parou para conversar com um cara alto moreno de olhos extremamente azuis, se eu não estivesse tão chateada com o que havia acontecido estaria paquerando esse amigo de Ryan. Ele conversava com Ryan e desviava a maioria das vezes seu olhar pra mim, queria corresponder mas não estava com cabeça para isso. Apertei a mão de Ryan querendo dizer que queria ir embora, após alguns minutos Ryan finalizou a conversa falando tchau e partimos dali.

Capítulo 13

veio passar o fim de semana comigo, comemos várias porcarias, vimos séries, assistimos filmes e dormimos como nunca. Eu tinha sorte por ter conhecido , se eu não quisesse ir em balada ela também não queria, se eu quisesse ficar em casa dormindo, ela ficava comigo. Ela era o tipo de amiga topa tudo e isso fazia eu amá-la cada vez mais.
- Levantou cedo hoje... – ouvi dizer assim que passei por ela na cozinha me sentando na cadeira de frente para a mesa.
- Sim meu amor. – disse sorrindo para ela e comendo um pedaço de bolo com café.
- Por que a pressa? – disse me olhando e roubando um pedaço do meu bolo.
- Não sei, acordei meio elétrica. – disse bebericando meu café – E você? Não vai trabalhar? – disse olhando-a.
- Minha folga hoje é de manhã, aliás, estou voltando para meus aposentos, bom trabalho para a senhorita, e me inveje, ok? – ela disse rindo, me dando um abraço e indo para o quarto.
Eu estava elétrica, não me pergunte o motivo. Após alguns minutos levantei indo para o apartamento de Ryan para irmos para a redação.

Estava editando algumas coisas quando ouvi a porta da sala da Sra. Riddely abrir, levantei pegando uns papeis indo em direção a sala da mesma, mas alguém parou na minha frente, olhei pra ver quem era me de parando com...
- Jasmine? – meus olhos se arregalaram.
- Sim, sou eu querida! – ela disse da forma mais cínica possível, mas que porra era aquela?
- O que você ta fazendo aqui? – disse séria, senti que todos ao nosso redor estavam intrigados demais na nossa conversa.
- Olha só, “A melhor” não ta sabendo o motivo que me trouxe aqui? – ela disse dando ênfase em “A” e em seguida soltando sorrisos irônicos.
- Para de graça e fala logo! – falei ríspida.
- Olha, ela está ficando irritadinha! – disse colocando uma mão na boca como indignação, se eu matar ela agora ninguém vai sentir falta né?
- Você é tão podre que me causa náuseas. – eu disse olhando-a com desgosto em seguida passei por ela indo em direção à cozinha .
Tá legal, o que aquela piranha, filha de uma #$$^%* tava fazendo aqui? Ela já havia tirado tudo de mim, o que mais ela queria? Senti meu rosto queimar de ódio
. - Você ta bem? – ouvi a voz de Ryan, olhei-o.
- O que aquela vaca ta fazendo aqui? – disse meio que desesperadamente enquanto Ryan me olhava preocupado.
- , respira... – ele disse me olhando docemente.
- Se ela pensa que vai tirar meu trabalho também ela ta muito enganada Ryan, muito enganada! – disse irritada.
- Se acalma ta bom? Ela não vai tirar seu trabalho , eu não deixo! – disse me encarando – E também nunca que minha tia ia demitir alguém com tanta capacidade como você!
- Ryan, acorda, eu não tenho faculdade, sou uma ninguém! – disse respirando fundo.
- Você não é uma ninguém , pelo amor de Deus! Se minha tia um dia resolver te demitir eu vou junto então, feito? – ele disse sério.
- Claro que não, vira essa boca pra lá – disse irritada olhando-o feio.
- Ué, então para de falar besteira! – disse me puxando para um abraço.
- Obrigada pequeno monkey. – disse abraçando-o forte.
- Pequeno macaco ? Sério? – ele disse rindo.
- Eu amo macacos tá? – disse rindo.
- Ou seja, me ama! – ele disse convencido.
- Te amo! – disse dando um beijo em sua bochecha.
- ? – olhei na direção da voz e vi que era Mary.
- Oi? – disse me desvencilhando de Ryan.
- Sra. Riddely está te chamando na sala dela. – disse e saiu, olhei para Ryan.
- Jasmine? – disse encarando-o.
- Talvez. – disse apenas.
Rumei para a sala da Sra. Riddely sentindo que ia ter um treco de tanto nervosismo. Pedi licença para entrar notando que Jasmine estava lá dentro. Droga.
- Pode entrar ! – ouvi sua voz calma e baixa soar e obedeci.
- Mandou chamar? – disse dando um sorrisinho, senti o olhar de Jasmine sobre mim.
- Sim, queria te apresentar Jasmine, mas creio que vocês já se conhecem. – fiz que sim com a cabeça, infelizmente, pensei. – Então, a modelo que faz as fotos para o nosso tutorial de moda assinou um contrato em Paris, ela não sabe se vai pra ficar ou se é temporário, então chamei a Jasmine para substituí-la nesse tempo. – disse me olhando e eu apenas dei um sorriso forçado em troca.
Como assim a JASMINE? Ela nem era tão bonita assim... Ok ela era, mas qual o problema, por que justo ela? Podia ser sei lá, qualquer pessoa, menos ela. Eu estava surtando por dentro, já era difícil lidar com a minha vontade de matar Jasmine nas festas, agora imagina todo dia.
- Vai ser ótimo poder trabalhar com a Magazine Twenty-One. – ela disse me olhando e dando um sorriso irônico.
- Claro! – eu disse no mesmo tom – Bom, a Senhora precisa de mais alguma coisa? – eu disse me dirigindo à Sra. Riddely.
- Sim, preciso que revise essas entrevistas pra mim. – ela disse me dando alguns papeis.
- Preciso ir ao banheiro, com licença. – Ouvi a Barbie dizer e sair porta afora nos deixando a sós, melhor assim, pensei.
Após conversar com a Sra. Riddely saí de sua sala me preparando mentalmente caso visse a Barbie, mas me deparei com outra coisa, estranha eu diria. Ryan e Jasmine conversavam um pouco distantes de mim, Ryan estava com uma expressão rígida e ela irritada eu diria, assim que notaram minha presença se afastaram e Ryan voltou à sua mesa sem dizer nada, fiquei confusa olhando para Ryan que fingia não me ver.
Não fui atrás dele pra tirar satisfação, aliás eu não tinha nada a ver com aquilo, só achei estranho, Ryan nunca havia me dito que conversava com Jasmine. Mas eu não podia julgá-lo, pois eu também não sabia que ele era amigo do ... E olha onde meu pensamento foi parar novamente... . Será que Jasmine já havia contado a “novidade” para seu amor? Fico imaginando a cara dele, talvez espanto? Alegria? Raiva? Sei lá. sempre fora uma caixinha de surpresas.

O dia foi normal, tirando a parte em que ver Jasmine transitando, respirando e convivendo no mesmo lugar que eu era extremamente... Estranho. Ok, o dia não foi nada normal, pra falar a verdade passou bem longe disso.
Estava dentro do elevador com Ryan, resolvi que talvez fosse a hora certa de fazer aquela pergunta.
- Desde quando você é amigo da Jasmine? – ok, podem me bater, mas aquilo realmente havia me incomodado. Ele me olhou com cara de desentendido.
- Da onde você tirou isso? – ele disse me encarando.
- Não adianta disfarçar, eu vi vocês conversando e só foi eu aparecer que cada um foi pra um lado. – disse me lembrando da cena.
- Desde quando tem ciúmes de mim? – ele disse deixando um sorriso brotar no canto dos lábios.
- Desde sempre, e não muda de assunto Ryan... – disse manhosa, o elevador abriu e nós dois saímos ficando na frente do nosso respectivos apartamentos.
- Nós não somos amigos , mas não é por isso que vou ignorá-la certo? – ele disse me abraçando de lado.
- E o que ela foi te falar? – eu disse olhando-o feio, ele tava escondendo algo de mim, eu tenho certeza disso.
- Mas meu Deus, que ciúmes! Amor, eu te amo e não vou te trocar pela Jasmine tá? Agora vem aqui me dar um beijinho! – Ryan disse de um jeito engraçado me fazendo rir, apertou seu braço em volta do meu pescoço me abraçando mais forte.
- Desculpa. É que o último, me trocou por aquilo... Por ela. – eu disse dando um sorrisinho triste de lado.
- Eu não faria isso com você e você sabe também né , pelo amor. – ele disse se exaltando – Eu gosto desse seus ataques de ciúmes momentâneos! – ele disse rindo me dando um beijo na testa – É fofo.
- Não está mentindo pra mim, certo? – eu disse olhando-o insegura. Sim, eu não tinha me convencido ainda daquilo tudo.
- Não, coração. – ele disse me olhando
- Então tá, pode ir embora agora. – eu disse o empurrando rindo em seguida.
- Ah é assim ? Me usa e depois joga fora? – ele disse fingindo indignação.
- To brincando little monkey, eu te amo – eu disse voltando abraçá-lo.
- Tira esse littlle monkey e tá tudo certo – ele disse rindo.
- Ok.
Depois disso eu entrei no meu apartamento notando que não estava lá. Fui fazer algo para comer e dar comida para Chanel também. E depois rumei para minha cama.

A semana passou extremamente rápida,o que me fez agradecer porque meu ânimo estava abaixo de zero ultimamente. Ver Jasmine todos os dias fazia eu querer voar no pescoço dela a cada indireta que ela me mandava.
Acordei desanimada, fui abrir meu guarda roupa e me deparei com as roupas de , moletom da GAP, uma blusa branca que dava de camisola pra mim e um samba canção. Aquilo foi o suficiente pra acabar com meu dia. O cheiro dele dominou meu quarto, me dominou.
Senti que choraria se ficasse mais alguns minutos ali, joguei a roupa de qualquer jeito de volta no guarda roupa e saí praticamente correndo do quarto. Eu parecia uma retardada, eu sei.
Fui pra cozinha comer algo quando ouvi a companhia tocar, fui em direção olhando no olho mágico vendo um Ryan parado do outro lado, abri a porta olhando-o.
- Desde quando você pede permissão pra entrar? – disse dando um sorriso de lado.
- Tem razão doçura! – ele disse rindo segurando meu queixo com uma mão, dando um beijo na minha bochecha e entrando no meu apartamento.
Ryan e eu fomos para cozinha, ele não parava de falar sobre coisas aleatórias e eu estava mais muda que o normal.
- Você tá um porre hoje. – Ryan disse me encarando – Quer me contar algo?
- Não sei... – disse olhando dele para o chão, eu não tinha muito o que falar, ele já sabia de tudo mesmo, era só aquele vazio, vazio por falta dele, causado por ele. Engraçado né? Nem um pouco.
- É algo relacionado ao ? – ele disse me encarando sério, apenas balancei minha cabeça positivamente. Ouvi um suspiro de Ryan.
Eu estava encostada na pia de frente pra mesa onde Ryan estava sentado. Vi ele levantar vindo na minha frente e me abraçando.
- Você precisa sair mais. Precisa ir em festas, barzinhos, precisa se distrair. – Ryan disse perto do meu ouvido, ele tinha razão.
- Não tenho vontade. – disse suspirando abraçando-o também.
- Ah vamos lá , faz um esforço, chama a e vão cair na night! – ele disse se desvencilhando de mim fazendo uma dancinha pra me animar, sorri.
- Vou tentar. – disse mais pra mim do que para ele.
- Promete? – ele disse me encarando.
- Sim. – disse por fim.
Depois de mais algumas conversas com Ryan nós fomos passear um pouco, porque de acordo com ele eu já estava embolorando dentro de casa. Como era sábado não havia muitas lojas abertas, mas mesmo assim acabamos indo parar no centro da cidade. Ficamos por lá horas, fomos em uma sorveteria próxima dali e depois para o shopping. No shopping eu podia notar vários olhares tortos pra mim, principalmente de adolescentes. O que eu havia feito de errado?
Ok, eu já imaginava, sou a “vadia” que o apenas pegou e jogou fora de acordo com algumas revistas, sites, fãs e talvez pelas palavras do próprio . Claro que ele não me chamou de vadia, mas muitas pessoas entenderam assim.
Depois de tanto andar, diga-se de passagem rápido, porque o que eu mais queria no momento era sumir, paramos em frente uma loja onde tinha várias camisetas engraçadas e umas escrito “I Love London” ou “I Love Paris” coisas do tipo. Ryan nem um pouco tonto, foi lá e mandou a mulher fazer uma escrito “I Love Ryan”, já que a confecção era lá mesmo.
Depois de entregue a camiseta Ryan me deu de presente me fazendo vesti-la. Quase morri de vergonha mas o que eu não faço pelo meu melhor amigo?
- Só sei que a vai ficar morrendo de ciúmes! – eu disse rindo enquanto saíamos do shopping.
- Não tem problema, depois eu dou uma pra ela também. – ele disse convencido.
- Você é muito mala Ryan! – eu disse rindo e ele começou a rir junto.
Fomos embora discutindo sobre como deve ser ruim trabalhar em shopping.

Estava deitada no sofá olhando para televisão sem prestar atenção , já deveria ser umas oito ou mais. Estava em uma briga interna comigo mesma pra decidir se valeria a pena sair e ir pra algum pub.
- Ok, eu vou sair pra dançar e beber um pouco, acho que to precisando! – disse pra mim mesma olhando em seguida para Chanel que parou de se lamber me olhando, ela estava deitada nos meus pés. – Vou entender isso como um “sim”. – eu disse olhando-a e rindo sozinha.
Levantei indo em direção ao meu guarda-roupa vendo que roupa colocaria, em seguida mandei uma mensagem para a chamando. Após alguns minutos ouvi o toque do meu celular anunciando que havia chegado mensagem. não iria, ela ia sair com , disse que qualquer coisa passaria por lá, mas eu duvido. Aquilo ia virar namoro, eu tinha certeza, os dois não desgrudavam.

’s POV
Eu e os meninos passamos o dia no estúdio. Vida de cantor não é fácil. Não aguentava mais ficar naquele lugar, a única coisa boa que estava tendo ali era os meninos fazendo palhaçada todo momento e a equipe que participava das brincadeiras também. Entrei no meu apartamento fechando a porta atrás de mim me jogando no sofá, em seguia me lembrei de um detalhe.
- Droga, a demo. – disse pra mim mesmo sentindo Spark lamber minha mão – Oi amigão! – disse passando a mão na cabeça de Spark que não parava de me lamber – Como passou o dia hoje? Prometo não te deixar mais tão solitário ok? – disse fazendo carinho nele que não demorou muito pra pular em cima de mim - Aqui não cabe nós dois Spark! – disse para o cão, ele era enorme, literalmente não cabia nós dois ali. Empurrei Spark pra fora do sofá cuidadosamente e peguei meu celular ligando para .
- Mas não vive sem mim mesmo! – ouvi dizer assim que atendeu o celular, rolei os olhos.
- Esqueci de te chamar para um encontro hoje, meu amor. – disse entrando na brincadeira ouvindo a risada de no fundo.
- Só se for ménage à trois querido! – ouvi-o dizer rindo.
- Claro que sim! Eu e duas mulheres.– eu disse rindo também.
- Poxa aí não tem graça, eu que sou o prato principal! – disse rindo.
- Essa papo tá muito gay, eca. – disse imaginando a cena – Enfim...
- O que você quer? – disse – Meu samba canção de novo não ! – pude ouvir sua risada de fundo.
- Cala boca sua bicha. – eu disse soltando uns risinhos – E aquele samba canção era meu, eu tenho certeza. – disse pensativo – Enfim, eu esqueci as demos, com quem ficou?
- Era minha. Tá com o .
- Ok bicha, obrigado. – disse desligando mas não antes de ouvir falando algum palavrão.
Legal, teria que ir lá no apartamento de pegar as demos, não estava com vontade nenhuma pra isso. Olhei Spark que estava quase dormindo devido aos meus carinhos.
Encostei minha cabeça no braço do sofá olhando o teto, não demorou muito para o meu pensamento parar em . Não havia tido notícias dela, tudo que eu sabia era que ela estava bem, sua vida continuava a mesma, única diferença era que ela tinha que ver Jasmine todos os dias. O que para ela devia estar sendo uma tortura, afinal, não deve ser nem um pouco bom ver a mulher que namora a pessoa com quem você tava afim, além de tudo, as duas já não se davam antes, agora então ...
era quem me passava essas informações, ele era o único que talvez confiava em mim. apenas me cumprimentava de longe quando me via e Ryan... Ryan nunca mais falou comigo, quer dizer, a gente se topou algumas vezes, mas deu pra perceber que ele não havia gostado nem um pouco. Eu dava razão para ele. Eu também não estava gostando de mim no momento.
Eu sentia falta da , é engraçado pensar nisso, porque a gente se conheceu por acaso e ela me odiava, e eu achava a coisa mais fofa do mundo quando ela fazia cara de nojo pra mim. Sei que parece entranho, mas ela era linda sendo... Ela. nunca mentiu seus olhares, seu jeito. Ela era espontânea sem esforço, era isso que me prendia mais nela. Ela não fazia questão de me ter por perto ou não, eu precisava disso, eu precisava ser ignorado, ser pisado, pra poder dar valor em alguém como ela. Modéstia à parte, eu sou um cara muito atraente, não vou mentir o que já é obvio, e sempre tive tudo o que quis, principalmente mulheres. Isso nunca me faltou, até antes da fama, depois então era como se tivesse sido abertas as portas do paraíso. Era isso que qualquer homem de verdade diria e queria.
era totalmente o contrário. Ela não implorava pela minha presença, por mim. Ela não me queria. E desafios sempre foram meu forte, sempre amei, em qualquer circunstância. Sempre quis o que nunca pude ter.
Acordei dos meus pensamentos sentindo Sparks lamber minha mão novamente. Me lembro das demos.
Levantei rapidamente saindo do meu apartamento e indo em direção ao de .

Capítulo 14

Cheguei rápido no apartamento de , já que era super perto do meu. Bati na porta e após alguns minutos abriu-a, ele estava descalço e sem camisa, apenas com uma calça jeans me olhando.
- Fala aí cara – disse já se distanciando e eu entrei no apartamento atrás dele fechando a porta.
- E aí – disse me jogando no sofá dele.
- Nossa, quanto ânimo. – ouvi-o dizer da cozinha – O que aconteceu? – disse já vindo na minha direção, me encarando.
- Nada. – disse apenas olhando para a televisão desligada.
- Porra , você ta me deixando desanimado só de te ver, na boa, fala logo! – senti ele dar um tapa no meu pé que estava sobre o sofá e saindo indo em direção ao seu quarto.
Levantei indo em direção ao quarto dele, entrei vendo um se arrumando e passando perfume ,olhei-o estranho soltando um sorriso de lado, já imaginando com quem ele iria sair.
- O que? – disse me olhando.
- Vai sair com a patroa? – eu disse caindo na gargalhada vendo ele me mandar dedo do meio.
- E você? Vai fazer o que? – ele disse me encarando.
- Não sei... Jasmine foi pra um desfile de moda lá no fim do mundo. – disse pensativo, me jogando na cama de .
- Por isso está desanimado? – ele disse se olhando no espelho – Cara, por que você ta com ela afinal? Tipo ela é gostosa, bonita, mas sei lá, vocês não combinam. Além do mais, você se lembra de todos os acontecimentos do passado né ? – ele disse por fim me olhando.
- Não gosto da Jasmine . – disse olhando o teto – Digo, como amiga ela é legal, mas como namorada é um porre, me liga toda hora, isso me irrita. E sim , eu lembro, mas preferiria não lembrar. E também não é por isso que estou assim.
- É por que então?- disse enquanto vestia uma camisa social.
- Sei lá... – hesitei por um momento – A ... – não completei a fala por não saber mais o que falar.
- Tá na hora de organizar sua vida disse me olhando pelo espelho – Cara, eu to com a faz tempo se for pensar, lógico que já tiraram fotos nossa juntos, mas eu realmente não ligo, gosto dela e ela me faz bem.
- Gregory nunca te disse nada em relação a isso? – eu disse levantando a cabeça para encará-lo.
- Uma vez ele disse praticamente a mesma coisa que falou pra você, mas acho que ele não pega tanto no meu pé pela não ser famosa e ter haters e todo mundo saber sobre cada coisa que ela já fez ou não. Agora a já estava na mídia antes de te conhecer, e você é o mais pegador da banda , normal Gregory ficar com medo de você engravidá-la. – ele disse compreensivo.
- Sou um puto... – disse analisando minha vida antes de conhecer .
- Você ERA um puto, depois que conheceu a você mudou demais, nem eu te reconheço mais. – disse finalmente pronto me olhando – O que achou?
- Só pra mudar sua opinião, vou sair hoje e transar com todas. – disse com raiva – E a roupa tá ótima, vai delirar. – disse por fim me levantando.
- Valeu! – ouvi falando e em seguida pegando o celular que apitava por mensagem, saí do quarto de indo para a sala atrás das demos.
- cadê as demos? – gritei vendo-o em seguida chegar na sala.
- Em cima da mesa. – disse apontando para a mesa da cozinha.
- Valeu. – disse após ter pego as demos - Estou indo embora amor! – eu disse em tom afeminado fazendo rir – Bom encontro amoroso com a patroa e use camisinha! – disse já abrindo a porta para sair ouvindo um “vai se foder” de fundo.
Já estava quase fechando a porta do apartamento de quando ouvi-o gritar meu nome. Coloquei minha cabeça dentro do apartamento olhando-o.
- Que foi? – disse vendo - o olhar do celular pra mim.
- Vá ao Funky Buddha hoje! – ele disse simplesmente dando um sorriso.
- Por que? – disse olhando-o desconfiado.
- Não pergunta porra, só vai. – concordei sem entender e finalmente indo embora.

’s POV
Fiquei quase uma hora pra escolher uma roupa. No fim escolhi meu vestido mais decotado . Sei que vocês vão pensar “ela só tem vestido preto”, mas era o mais extravagante que tinha no meu guarda-roupa, e hoje eu queria realmente chamar atenção. Depois de fazer um makeup chamativo nos olhos, passei um batom nude e coloquei um sapato vermelho sangue, passei perfume me olhando no espelho.
Sorri satisfeita, eu estava muito bonita e faria qualquer um naquele pub cair nos meus pés. Queria a opinião de alguém então resolvi ligar para Ryan.
Após tocar várias vezes, estava quase desistindo quando Ryan atendeu.
- Finalmente. – eu disse rindo
- Desculpa pequena. – ele disse provavelmente sorrindo do outro lado.
- Tá ocupado amor da minha vida? – disse me fitando no espelho.
- Mais ou menos, por que? – ele disse.
- Não ta em casa? – disse mordendo o lábio.
- Não... Eu to com a Mica ...
- Ah entendi. Então tá... – disse ficando sem graça.
- Por que pequena? Aconteceu algo? – disse em tom preocupado.
- Não, é que queria sua opinião sobre minha roupa, a saiu com o e eu to sozinha, e... – parei de falar.
- E? – ele disse esperando eu terminar a frase.
- E eu não tenho ninguém aqui a não ser a Chanel...
- Desculpa pequena, acho que não vou demorar, se quiser esperar vou aí depois...
- Magina Ryan, ta louco, não ligo não. Bom, vou desligar porque já ta tarde, amanhã te conto se tiver novidades, pequeno! – disse sorrindo.
- Tenho certeza que você está muito linda e gostosa, se cuida e não vai fazer merda ! – ele disse em tom mais autoritário logo rindo em seguida.
- Ok chuchu, vou tentar, beijos, juízo! – disse por fim desligando.
Sem Ryan, sem , sem ...
Eu realmente tenho que parar com essa mania chata de ficar querendo, pensando, desejando o a todo momento.
Peguei meu celular e fui em direção à porta, dei uma última olhada para Chanel que estava deitada no sofá dormindo e saí do apartamento. O tempo de Londres estava até bom comparado com os outro dias, ventava, mas sem sinal de chuva, agradeci mentalmente por isso passando pelo Albert e dando boa noite. Senti os olhares masculinos e femininos sobre mim, mas não liguei, afinal, eu queria mesmo chamar a atenção.
Entrei no meu New Beetle preto, sim, eu tinha um carro como havia comentado antes. Só não o usava muito pois não era necessário, eu e Ryan vivíamos juntos, trabalhávamos juntos, fazíamos praticamente tudo juntos, e isso ajudava muito a economizar gasolina.
Liguei o som enquanto dirigia e começou a tocar o novo hit do momento, e adivinha qual era?
- I know we only met but let's pretend it's love.. – cantei por impulso me lembrando automaticamente de quem era a música. – Droga – disse baixo parando em um sinal vermelho.
Batuquei impaciente no volante tentando fazer o máximo para que meu pensamento não parasse em .
Logo em seguida o sinal abriu e eu continuei meu caminho para o pub mais badalado de Londres.
“E esse foi mais um hit do momento, One Direction está em primeiro lugar nas paradas não só Londrinas como no mundo todo. E parece que os meninos mais cobiçados do momento...”
Bufei levando minha mão ao radio para mudar de estação quando algo que a locutora disse me chamou a atenção.
“Vão estar nas próximas semanas nos Estados Unidos, isso mesmo, parece que as meninas britânicas vão ter que se contentar em dividir seus amados com as americanas, mas relaxem meninas, uma hora eles voltam para vocês!”
A locutora disse e em seguida uma musica começou.
- Até hoje não voltou. – eu disse pensativa estacionando o carro em frente o pub – Próximas semanas... Estados Unidos? – repeti para mim mesma tentando me convencer de que ouvira certo.
Após sair do meu, se posso chamar assim, “transe”, saí do carro indo em direção a entrada, e como sempre aquilo estava lotado. Entrei já ouvindo o som do psy inundar meus ouvidos, fui em direção ao bar sem perder tempo, afinal não tem muito o que se fazer em uma balada sozinha a não ser beber e dançar.

’s POV
Chegando no meu apartamento pensei um pouco no que faria, após refletir sobre todas minhas opções decidi ir na do , Funky Buddha devia estar um inferno hoje, mas quem liga? Me arrumei da melhor forma possível, não que eu não me arrumasse assim antes, mas sei lá, balada é outra história, mulheres, bebidas, mulheres, mulheres, mulhe... Ok. Passei perfume em seguida fui direto para a sala, peguei minhas chaves na bancada dando uma última olhada em Spark que brincava com uma bolinha, sorri involuntariamente, fechando a porta atrás de mim.
Enquanto dirigia comecei a refletir sobre o que havia me dito, ele tinha razão, precisava arrumar minha vida, de preferência o mais rápido possível. Mas o que se fazer quando você não é dono nem da sua própria vida?
- Droga, droga, droga de vida! – falei para mim mesmo batendo no volante.
Estacionei o carro do lado de um New Beetle preto, sempre achei New Beetle bonitinho, só não comprei porque é muito afeminado, mas é bonito. Fui em direção a entrada e como previa, estava uma loucura, mas logo consegui entrar, afinal, sou , infelizmente ou como pode-se dizer em alguns momentos como este, felizmente.

’s POV
Algumas tequilas vão... Outras vem, e eu já estava, digamos que “animada” demais. Já havia sido agarrada por alguns caras e isso estava me irritando, tudo bem, eu estava chamando atenção, mas porra, me deixa em paz.
Começou a tocar uma musica animada e eu não demorei muito pra me infiltrar no meio do povo para dançar. Após alguns minutos dançando sozinha senti alguém segurar com força minha cintura.
- E aí gostosa, ta afim de dar um fora daqui e ir para um lugar melhor? – ouvi uma voz grossa soar pelos meus ouvidos e o cheiro de bebida com tabaco inundou minhas narinas, o que fez meu estômago embrulhar.
- Me solta! – disse séria tentando me soltar, notando que o cara era alto e forte, senti um pouco de medo, admito.
- Oh, por que belezinha? Vai dizer que veio aqui pra ficar à toa? – ele disse me virando de frente pra si, fiz cara de nojo tentando me desvencilhar. – Não é isso que uma mulher como você faz! – ele disse e senti sua aproximação, ele lambeu meu pescoço e em um impulso de nojo e enjoo total eu o empurrei com toda força possível fazendo-o trombar com algumas pessoas.
- A diferença é que eu não sou uma vadia. – eu disse entre os dentes.
Não perdi tempo em sair o mais rápido dali, entrei no meio das pessoas indo para o meio da pista onde estava bem longe dele. Pelo menos por enquanto...

’s POV
Adentrei no meio das pessoas e algumas me reconheceram, claro que eu tinha noção de que não ia passar despercebido, mas isso pra mim ainda é estranho porque continuo sendo uma pessoa normal... Normal até demais.
Após conversar com duas garotas que vieram praticamente me xavecar fui em direção ao bar pedindo um whisky, o que não demorou muito pra chegar.
Comecei a passar o olhar pelo lugar reparando em tudo, principalmente em mulheres, posso dizer. Não que eu não ame Jasmine, quer dizer, eu realmente não a amo e eu tinha esperança de que ela tivesse noção disso, pelo menos torcia por isso.
Meu olhar parou quando vi uma mulher com um vestido extremamente decotado e curto, ela estava de costas pra mim na multidão, de primeira admito que fiquei secando-a, mas parei logo após ver um cara que daria uns três dela a agarrando a força, pude perceber pelo seus atos que o desespero a havia tomado por completo. O cara agarrou-a com mais força lambendo seu pescoço, eu estava prestes a entrar no meio quando pude ver ela empurrar o cara falando algo que não foi possível ouvir pela música alta, e assim saiu quase que correndo dali para o meio da pista.
Soltei um riso abafado por vê-la praticamente correndo, não que eu esteja me divertindo, de jeito algum! Aliás, homens como aquele cara merecem morrer. Mas é que realmente foi engraçado.
Dei um gole no meu whisky observando a garota que insistia em ficar de costas pra mim. Meus pensamentos foram interrompidos quando senti alguém relar no meu braço.
- . – disse uma menina loira de cabelos longos e ao seu lado havia uma morena sorridente, elas eram... Atraentes.
- Olá? – disse sorrindo simpático.
- Que sorte a nossa te encontrar por aqui! – disse a morena piscando pra mim.
- Pois é... – disse alargando o sorriso – Bom, meu nome vocês já sabem, agora posso saber o seus? – eu disse olhando da morena para loira.
- Claro!, Sou Brittany e ela – a loira apontou para morena – é Scarllet – por fim soltou um sorriso malicioso.
- Prazer meninas! – eu disse sorrindo.
- Prazer é todo nosso. – a morena disse sorrindo e chegando mais perto.
Em uma tentativa de dar mais um gole em meu whisky e deixar meu olhar vagar pelo local, foi quando parei meu olhar naquela mesma garota, que agora estava de frente pra mim. Engasguei notando quem era, era ela.
- Tá tudo bem? – a loira disse assustada, enquanto eu tossia.
- Tá... Ta tudo ótimo... – disse ainda sem tirar meu olhar de .

Capítulo 15

P.O.V ON
Eu estava no meio da pista observando discretamente se aquele cara estava por perto, não que eu estivesse com medo... Ok, eu realmente estava, ele era BEM mais alto que eu, se me pegasse à força, coitada de mim.
Foi quando meu olhar parou em algo especial, no começo eu não havia percebido, mas foi só ver um aglomerado de meninas que minha ficha caiu.
. estava ali. Droga. O que ele estava fazendo aqui? Tudo bem que balada é publica e etc, mas por que justo hoje? Senti meu coração bater mais forte e um frio na barriga, ele ainda tinha esses efeitos sobre mim.
Vi uma loira indo pra cima dele, pelo que deu pra perceber ele estava tossindo. Ele olhou para a loira dizendo algo que não foi possível que eu entendesse, e me pegando de surpresa, olhou diretamente pra mim.
- Droga! – disse pra mim mesma mantendo o contato visual com ele. me olhava sério, como eu nunca vira antes. Não consegui decifrar o que seu rosto estava transmitindo, raiva talvez... Mas pelo que? Eu que deveria ter raiva aqui.
Soltei um suspiro e em um impulso, saí andando em direção ao banheiro, tentando me distanciar ao máximo dele. Só não me pergunte por que eu estava fazendo isso. Eu estava fugindo.

P.O.V ON
Enquanto eu tentava me recuperar do meu “susto” ao ver quem era a garota que estava com aquele vestido e quase sendo abusada no meio da pista, algumas meninas se aglomeraram e ficaram conversando comigo, falando sobre minha carreira e claro, jogando indiretas e cantadas. Mas meu olhar insistia em olhar para ela. Seu olhar também parou no meu, pude ver que ela se surpreendeu, mas não se atreveu a quebrar nosso contato. Seus lábios se movimentaram, mas não foi possível entender, provavelmente era um xingamento. Eu a olhava sério. Pra falar a verdade eu estava puto, desde quando ela tem o direito de sair com aquele tipo de vestido? Ela estava quase pelada. Não estou exagerando. Por mais que ela não estivesse comigo, ela era minha. Só minha.
soltou um suspiro pesado e saiu andando no meio da multidão sumindo no meio da mesma.
- ? Fala com a gente! – a tal de Brittany disse com uma voz fina, a olhei.
- Garotas, desculpa ser inconveniente, mas tenho que ir ao banheiro, com licença. – eu disse já me afastando delas.
Pra falar a verdade, eu não queria ir em banheiro porra nenhuma. Eu queria achar e levá-la embora dali. Isso mesmo.
Após um tempo, procurando-a e não tendo sucesso algum, decidi voltar ao mesmo lugar de antes. Estava encostado no bar apenas varrendo meu olhar por todos os cantos do pub.

P.O.V ON
(Coloque pra tocar quando eu mandar!)

Me olhei no espelho e aproveitei para retocar a maquiagem. Se o estava pensando que eu ia me rebaixar a ponto de ir embora só porque eles estava ali, AH, ele estava muito enganado.
Arrumei meu vestido deixando-o da forma mais vulgar possível. Não sou esse tipo de pessoa que gosta de aparecer, pelo contrário, sempre fiz de tudo para não chamar a atenção, mas depois de você quase namorar um boyband mais famoso no mundo todo e ser julgada por meninas que tem idade de talvez ser sua irmã mais nova, e além de tudo levar um fora em rede nacional... Ah, um vestido desse não chega nem aos pés daquilo. Eu iria fazer comer na minha mão hoje. Vingança? Talvez. Mas da pior forma possível pra ele, ou seja, sedução.
Saí do banheiro já tendo em mente o que viria a seguir. E como se o mundo estivesse conspirando ao meu favor naquele momento, Domino da Jessie J começou a tocar. Abri o maior sorriso possível, e assim, meu olhar cruzou com o dele novamente. No mesmo lugar de antes.
(pode pôr pra tocar)

P.O.V ON

I'm feeling sexy and free
(Estou me sentindo sexy e livre)
Like glitter's raining on me
(Como se estivesse chovendo Glitter em mim)

voltou para o mesmo lugar de antes, só que agora um sorriso malicioso brotou em seus lábios, ela me olhava fixamente enquanto dançava. Eles estava maravilhosamente gostosa. Seus cabelos estavam soltos e levemente bagunçados, balançando suavemente conforme ela se movimentava, e aquela maldita musica dizia o que ela queria transmitir, literalmente.

You like a shot of pure gold
(Você é como uma dose de ouro puro)
I think I'm 'bout to explode
(Eu acho que vou explodir)

Seu vestido estava extremamente colado e curto, marcando exatamente toda a extensão de mau caminho que havia ali, conforme ela se mexia deixava exposto o começo de seus seios. Eu senti uma onda furiosa de ciúmes passar sobre mim. Na minha opinião ela estava vestida como uma vadia, e por seus movimentos inadequados, aquilo parecia ser a intenção. Afinal, ela não estava exatamente afastando todos os olhares masculinos que se aproximavam dela. Senti meu sangue ferver.

I can taste the tension like a cloud of smoke in the air
(Posso sentir a tensão como uma nuvem de fumaça no ar)
Now I'm breathing like I'm running
(Agora estou respirando como se estivesse correndo)
Cause you're taking me there
(Pois você me leva até lá)
Don't you know
(Tá sabendo?)
You spin me out of control
(Você me faz perder o controle)

era minha. Eu não me importo com o que ela pensa sobre isso, ela era minha e ponto final. E eu estava pouco me lixando pelo motivo pelo qual ela resolvera bancar a biscate por uma noite. O ciúmes e meu sentimento de posse foi maior que meu orgulho e racionalidade, sem pensar duas vezes virei meu copo de whisky e segui até ela.
Ela estava de costas pra mim, dei um sorriso malicioso para os homens que ali rodeava e deixei minha raiva me dominar por completo. Aos poucos todos foram se afastando. continuou da mesma forma, talvez não percebendo o que acontecera, ou apenas não se importando. Quebrei o pouco de distância entre nós, colocando em seguida minha mão sobre sua cintura, senti seu corpo estremecer.

Uuh uuh uuh uh
We can do this all night
(Podemos fazer isso a noite toda)
Turn this club skin tight
(Deixe essa balada cheia e apertada)
Baby come on
(Baby vamos nessa)

Uuh uuh uuh uh
Pull me like a bass drum
(Puxe-me como um bumbo)
Sparkin' up a rhythm
(Agitando o ritmo)
Baby, come on!
(Baby vamos nessa)

Ela sabia que era eu. Isso era meio que inevitável. Esperei para que ela me empurrasse e fosse embora, ou que pelo menos me desse um tapa. Mas já disse que nunca vou entender as mulheres? Como uma pessoa totalmente espontânea e bipolar, simplesmente voltou a dançar, colando suas costas no meu peito. Tenho que admitir que aquilo me excitou.

Rock my world into the sunlight
(Agite meu mundo até o amanhecer)
Make this dream the best I've ever known
(Faça desse sonho o melhor que eu já tive)
Dirty dancing in the moonlight
(Danças sensuais sob o luar)
Take me down like I'm a domino
(Me derrube como um dominó)

E pela minha surpresa, não demorou muito para que o cheiro de bebida misturado com o perfume de inundasse minhas narinas. Oh, vejo que alguém andou bebendo por aqui. Então era isso. Comecei a seguir os movimentos dela conforme a música tocava.
encostou sua cabeça no meu ombro e eu aproveitei para fazer a pergunta que tanto me atormentava.
- Por que? – disse próximo ao seu ouvido, ela não disse nada, apenas se desencostou de mim se virando de frente, e ficou me fitando. Mordi o lábio involuntariamente.

Every second is a highlight
(Cada segundo merece destaque)
When we touch don't ever let me go
(Quando nos tocarmos, não me solte nunca)
Dirty dancing in the moonlight
(Danças sensuais sob o luar)
Take me down like I'm a domino
(Me derrube como um dominó)

passou seus braços em volta do meu pescoço sem perder o ritmo da música. Fitava meus olhos diretamente e eu fazia o mesmo com ela.
- Por que o que? – ela disse baixo.
Vi seus olhos contornados de delineador preto, eles estavam vermelhos. Mas mesmo assim ela continuava linda, tão linda que estou agindo como idiota reparando em cada traço de seu rosto. Ela parecia tão vazia, algo havia acontecido para ela tomar tal ato como este. Minha culpa? Talvez.

You got me losing my mind
(Você me faz perder a cabeça)
My heart beats out of time
(Meu coração bate fora de compasso)
I'm seeing Hollywood stars
(Estou vendo estrelas de Hollywood)
You stroke me like a guitar
(Você me toca como uma guitarra)

I can taste the tension like a cloud of smoke in the air
(Posso sentir a tensão como uma nuvem de fumaça no ar)
Now I'm breathing like I'm running
(Agora estou respirando como se estivesse correndo)
Cause you're taking me there
(Pois você me leva até lá)
Don't you know
(Tá sabendo?)
You spin me out of control
(Você me faz perder o controle)

- O que você está fazendo aqui? – eu disse sem quebrar nosso olhar.
- Não te interessa! – ela disse sem parar de dançar.
- Me interessa sim, o que deu em você pra bancar a vadia, e além de tudo, bêbada? – eu disse olhando diretamente em seus olhos.
- Não, não te interessa! – ela disse dando um sorriso debochado no canto do lábios – Que foi ? Ciúmes? Sério? Ou só raiva porque consigo te deixar mais excitado apenas com uma dança do que todas aquelas vadias que estavam em cima de você? – ela disse chegando perigosamente perto.
- Para de falar besteira! – eu disse tentando me controlar.
- Oh, agora é besteira? – ela disse dando um sorriso cínico – Eu acho que não.. – disse no pé do meu ouvido mordendo meu lóbulo em seguida.
Senti como se uma corrente elétrica passasse pelo meu corpo.

Uuh uuh uuh uh
We can do this all night
(Podemos fazer isso a noite toda)
Turn this club skin tight
Deixe essa balada cheia e apertada)
Baby come on
(Baby vamos nessa)

Uuh uuh uuh uh
Pull me like a bass drum
Puxe-me como um bumbo)
Sparkin' up a rhythm
(Agitando o ritmo)
Baby, come on!
(Baby vamos nessa)

- Porque... – ela disse hesitando – Eu vim aqui com a intenção de ficar com algum cara, e quem sabe, me divertir a noite toda... – disse soltando uma risada totalmente maliciosa – Isso te deixa irritado? Pensar nesses caras me tocando? Me fazendo delirar mais do que você?
Ok, ela conseguiu me tirar do sério.
- Se esses caras são tão melhores que eu... – hesitei chegando mais perto do seu pescoço passando meus lábios levemente por ali – Por que ainda está aqui comigo?
- Você me deseja tanto, me quer tanto só pra você, quer tanto ser o único, ... Que chega a ser ridículo! – ela disse soltando um riso debochado em seguida.

Rock my world into the sunlight
(Agite meu mundo até o amanhecer)
Make this dream the best I've ever known
(Faça desse sonho o melhor que eu já tive)
Dirty dancing in the moonlight
(Danças sensuais sob o luar)
Take me down like I'm a domino
(Me derrube como um dominó)

Every second is a highlight
(Cada segundo merece destaque)
When we touch don't ever let me go
(Quando nos tocarmos, não me solte nunca)
Dirty dancing in the moonlight
(Danças sensuais sob o luar)
Take me down like I'm a domino
(Me derrube como um dominó)

- Continua com isso , que vou te mostrar realmente como posso acabar com você! – hesitei dando um sorriso abafado em seu pescoço – Se é que você me entende, docinho. – disse por fim mordiscando seu pescoço.

Ooh baby baby got me feeling so right
(Ai baby baby me sentindo tão bem)
Ooh baby baby dancing in the moonlight
(Ai baby baby dançando ao luar)
Ooh baby baby got me feeling so right
(Ai baby baby me sentindo tão bem)
Ooh baby baby dancing in the moonlight
(Ai baby baby dançando ao luar)
Ooh baby baby got me feeling so right
(Ai baby baby me sentindo tão bem)
Ooh baby baby dancing in the moonlight
(Ai baby baby dançando ao luar)
Ooh baby baby got me feeling so right
(Ai baby baby me sentindo tão bem)
Ooh baby baby dancing in the moonlight
(Ai baby baby dançando ao luar)

Rock my world into the sunlight
(Agite meu mundo até o amanhecer)
Make this dream the best I've ever known
(Faça desse sonho o melhor que eu já tive)
Dirty dancing in the moonlight
(Danças sensuais sob o luar)
Take me down like I'm a domino
(Me derrube como um dominó)

Every second is a highlight
(Cada segundo merece destaque)
When we touch don't ever let me go
(Quando nos tocarmos, não me solte nunca)
Dirty dancing in the moonlight
(Danças sensuais sob o luar)
Take me down like I'm a domino
(Me derrube como um dominó)

me empurrou levemente para o lado, saindo andando em seguida em direção ao bar. Revirei os olhos impaciente indo atrás da mesma.

Capítulo 16

Quando cheguei ao seu lado no balcão do bar ela havia acabado de virar dois shots de tequila, estava com os olhos fechados e com uma cara de “quem comeu e não gostou” batendo levemente os copinhos sobre o balcão, onde estava cada um em uma mão.
Balancei a cabeça negativamente olhando-a e esperando ela abrir os olhos.
Aos poucos abriu os olhos me olhando de relance e em seguida fingindo que não me viu, fazendo sinal pro garçom trazer mais dois shots. O que não demorou muito a chegar.
O garçom colocou o líquido nos dois copinhos, e quando menos pudesse esperar, eu peguei os copos rapidamente do balcão virando-os em seguida. Fechei os olhos fortemente sentindo aquele líquido descer queimando. Após o efeito passar abri meus olhos devagar vendo uma digamos que indignada e ao mesmo tempo irritada... O que a deixava extremamente sexy, devo admitir.
- Seu... Seu ... Filho da mãe! – ela disse hesitando, talvez estivesse tentando pensar em uma palavra apropriada, coisa que não deu muito certo devido ao nível de álcool no sangue.
Vi virar para o garçom novamente fazendo o mesmo gesto, como quem queria mais, mas me intrometi.
- Nada disso, vamos embora! – disse segurando seu braço e em seguida olhando sugestivamente para o garçom que entendeu o recado.
Era preciso pôr um limite em . Ela estava bêbada e com aquele pedaço de pano que o que menos fazia ali era “tampar” algo. Já eu, não estava bêbado. Graças a Deus eu já tivera várias experiências com bebidas, e de acordo com os estudos, “quanto mais você ingere bebida alcoólica, mais seu corpo fica imune a elas”, não que eu seja totalmente imune, claro que não, mas digamos que era bem mais experiente do que aquela louca que estava na minha frente de cabelos bagunçados, maquiagem borrada, olhos vermelhos e ao mesmo tempo extremamente sexy. Droga! Falei que ela está sexy novamente. Droga ! Está na hora de parar com essa mania de reparar demais em . Mas não me julguem, qualquer homem em minha situação falaria coisas piores, ou melhor, faria coisas piores, tipo se “aproveitar” da coitada. Ok, de coitada não tinha nada... Muito menos eu.
- Eu não vou pra lugar nenhum! – ela disse se desvencilhando com brutalidade de mim – Muito menos com você. – rolei meus olhos impaciente com toda aquela manha. Em seguida saiu pisando duro porta afora do pub, e logicamente eu fui atrás. Saí vendo ela toda desengonçada procurando a chave de seu... New Beetle?
- Você não vai embora dirigindo. – disse sério olhando-a e ela riu, isso mesmo, riu na minha cara, da minha cara.
Senti meu sangue ferver, pra falar a verdade, eu estava extremamente irritado. Mas eu me esquecia disso ao olhar para aqueles olhos vermelhos, não deveria estar falando isso, mas ela estava meiga demais pra me enfurecer. Droga, droga, droga de garota.
- Desde quando você acha que manda em mim ? – ela disse se aproximando.
- Desde o momento em que você está vestida como uma piranha em uma balada cheia de homens loucos atrás de uma cadela no cio! – hesitei me lembrando em seguida de um outro detalhe – Ah, quase ia me esquecendo, desde o momento em que você esteja bêbada fazendo manha feito uma garotinha de cinco anos quando quer um brinquedo idiota. – disse involuntariamente chegando mais perto dela.
Senti um misto de ódio e ironia dominar os olhos de , seus olhos que já estavam vermelhos e brilhantes, ficaram mais do que antes. Por um momento pensei que ela fosse chorar, mas deveria imaginar que nunca chora, não é?
- Você – disse me dando um empurrão com as duas mão fazendo eu ir para trás – é – outro empurrão – um – outro – completo – outro – idiota – outro – – outro – . – por fim parou alguns centímetros longe de mim me olhando atentamente. – Não é porque você é famoso e rico que precisa agir feito um babaca que sai comendo essas putinhas por aí. Você me dá nojo . Nojo. – ela disse com certa repugnância no olhar.
Ficamos um tempo nos encarando até eu soltar um sorriso de lado, o qual eu sabia que ela odiara.
- Mas – eu disse chegando perto da fera – você se esqueceu de uma coisa amor. – disse já frente a frente com ela. – Que você me ama e que esse seu charminho – hesitei encarando atentamente seus olhos – não me convence. – disse por fim colando meus lábios no dela.
tentou me afastar no começo dando alguns tapas e socos no meu peito, mas eu a puxei pela cintura segurando-a firme, ela finalmente se rendeu passando os braços com certa urgência em volta do meu pescoço.
Senti puxar os fios do meu cabelo com força e pude notar que eu não era o único que estava com saudade. Aos poucos fui soltando sua cintura e em um ato impensado, entrelacei meus dedos nas tiras do decote em suas costas, apreciando cada curva do corpo maravilhosamente lindo dela.
Involuntariamente puxei com toda força para mim, eu queria ela, se possível eu fundiria nossos corpos ali mesmo.
quebrou o beijo ofegante e um sorriso sapeca apareceu no canto de deus lábios. De acordo com a minha sã consciência sabia que aquele sorriso só estava ali porque ela estava muito alterada para contestar, caso contrário, estaria uma fera nesse exato momento. Mordi seu lábio inferior vendo-a sorrir em resposta.
- Quero ir embora. – ela falou feito uma criança, sorri involuntariamente.
- No meu carro. – eu disse sério olhando-a.
- Tanto faz, estou com sono! – disse coçando os olhos, e sua aparência de cansaço já dava sinal de vida.
- Tudo bem, vem, pequena. – disse me desvencilhando dela, contra minha vontade devo admitir, e puxando-a pela mão. Ela não contestou, apenas entrou no carro e eu fiz o mesmo.
Fomos o caminho todo em silêncio, nem me atrevi a pôr musica, o barulho da respiração de era melhor, o cheiro dela, do perfume misturado com o cheiro de bebida, era melhor. Pode me chamar de idiota e apaixonado, talvez, eu era uma bicha, literalmente. Caído de amores por uma louca, irritadinha, estressada, paranóica e controladora. Oh Deus, estou falando coisas estranhas de novo, ou melhor, pensando. O que esta acontecendo comigo afinal?
.
era a resposta para todas as perguntas.
Maldita !
Olhei para algumas vezes de relance percebendo que ela estava quase caindo no sono, até que parei em frente seu prédio.
- Ei, pequena, não dorme não. – eu disse me curvando no banco pra ficar mais perto dela passando meu polegar por seu rosto.
abriu os olhos levemente me encarando e mordendo o lábio em seguida.
- Por que você é tão linda, ? Droga, você só fode com o pouco de consciência que me resta. – disse extremamente baixo mas sabia que ela havia escutado. continuou do mesmo jeito, mas dessa vez me encarando nos olhos. Ela foi chegando mais perto lentamente até tocar meus lábios, de primeira apenas esfregou os seus nos meus, por fim me dando um selinho demorado. Foi um gesto simples, mas delicado e se me permite dizer, havia muitos significados e talvez até sentimentos por trás daquilo.
Ao fazer isso ela voltou a sua posição inicial encostando-se no banco, me olhando. Ela estava com sono e cansada, eu sabia, aliás, ela havia bebido mais do que eu bebera em um dia de pôker com os amigos. Sem esperar que ela falasse alguma coisa, algo que eu não esperaria acontecer, saí do carro dando a volta e abrindo a porta para ela sair. fez manha no começo querendo que eu a levasse no colo.
- Vamos pequena, pelo menos vá andando até entrarmos no elevador. – disse incentivando-a, ela reclamou um pouco mas fez o que pedi, com minhas mãos em sua cintura guiando-a.

Já estávamos saindo do elevador quando parou de andar me olhando.
- Que foi? – disse olhando-a sem entender.
- Meu carro... Ficou lá! – disse com ar de preocupação.
- Ah, relaxa, deixa a chave comigo, eu passo pegar ele daqui a pouco. – não disse mais nada, apenas deu a chaves em minhas mãos rumando para dentro do apartamento. Eu fui atrás dela. entrou em seu quarto jogando-se no colchão, olhei-a por alguns instantes, ela encarava o teto. Vi meu celular apitar por mensagem e era Jasmine mandando coisas melosas, fiz careta ignorando a mensagem. Quando voltei meu olhar na direção de , ela já estava em pé tirando o vestido. Isso mesmo, como se eu nem estivesse ali. Senti um arrepio correr pela minha espinha ao vê-la daquele jeito. Tão à vontade na minha frente, tão minha.
- , o que você... – não deixou eu terminar a frase, vindo em minha direção e colocando o dedo na minha boca. Em seguida me empurrou para trás até que caí sentado no pufe.
Engoli em seco, jogou seus cabelos sensualmente para o lado puxando devagar uma alça de seu sutiã vermelho sangue para baixo, e a cretina ainda teve a capacidade de morder o lábio e olhar em minha direção. Engoli em seco novamente sentindo minha calça ficar apertada demais. Sem menos esperar eu me recompor, fez o mesmo com a outra alça do sutiã, mordi meu lábio involuntariamente.
veio em minha direção sentando no meu colo com uma perna de cada lado. Juro que tentei me controlar, mas em um ato totalmente inconsciente minhas mãos foram parar em suas coxas
. Aquela garota testava meus limites, ou melhor, ela fazia eu chegar nos meus extremos, ela fazia eu pedir socorro até para coisas inanimadas. Por que tinha que ser tão linda, tão perfeita? era uma espécie rara do que era ser mulher tanto por dentro quanto por fora. Ela não tinha o corpo perfeito, mas era perfeita... Pra mim.
Sem quebrar o olhar com o meu, já estava pronta para tirar o sutiã por completo, quando em um surto do que é certo e errado brotou no meu subconsciente e levantei rapidamente levando comigo, deitando por cima dela na cama.
Senti minhas partes íntimas roçarem nas coxas de e tive que repreender um gemido baixo.
- É isso que você quer ? Me deixar louco? Me ver perder a cabeça? Quer que eu te leve para o céu? Quer que eu te enlouqueça até você pedir para eu parar? É isso? – eu disse olhando-a nos olhos – Reponde. – disse sério e apenas balançou a cabeça afirmando, diga-se de passagem, contra sua vontade. – Oh pequena! – disse passando meu dedo pela lateral de seu rosto – Eu adoraria ouvir você gritar meu nome, eu adoraria te fazer gemer e te levar para o céu, tenho certeza que nenhum homem faria melhor que eu! – disse ainda encarando-a – Só que eu vou usar o pouco de consciência que me resta, pelo simples fato de que não quero ser acusado amanha como o “aproveitador” de meninas inocentes, coisa que você não é nem um pouco, mas... - disse me esfregando em seu corpo propositalmente sentindo minha parte íntima roçar na dela. soltou um gemido baixo e eu sorri de lado satisfeito.
Em seguida me levantei, vendo o olhar incrédulo de em minha direção.
- Seu... Seu filho da puta , volta aqui agora ! – ela disse enquanto eu ia em direção a porta. – Eu não acredito que você vai me deixar nesse estado. ? – ouvi gritar assim que fechei a porta atrás de mim e em seguida ouvi o barulho de algo ser arremessado contra a porta.
Comecei a rir baixo. Sim eu queria ver louca, descontrolada, mesmo tendo uma pontada de medo desse lado paranóico dela. Mas não importa, saber que era você que está no poder em certas situações é muito bom. Espero que ela não se esqueça dessa noite, afinal, será ótimo ver a cara dela no dia seguinte.
E assim eu saí do apartamento de , deixando em seguida a chave de seu New Beetle com um dos seguranças para que levasse o carro até o apartamento dela. Em seguida rumei para o meu apartamento.

’s POV
Enxaqueca, era isso que me descrevia no momento. Abri meus olhos com dificuldade, aquela maldita luz que atravessava a cortina vinha direto para meus olhos, podia dizer que isso era até uma ironia da vida. Senti uma pontada na cabeça, e de repente duas, três, quatro, milhões, e pensei que poderia desmaiar. Ok, posso estar exagerando, mas essa dor é insuportável. Queria levantar para pegar um remédio, mas minha preguiça, dor e cansaço não me permitia. Justo hoje não estava aqui pra me ajudar, justo hoje, droga.
Pensei em ligar para Ryan, mas como sempre, meu amigo pensa mais rápido que eu.
Peguei meu celular vendo que havia duas mensagens, respirei fundo abrindo uma.
“Amiga, como foi ontem? Novidade? Quero saber de tudo! , beijos da tia xx”
Ri sozinha ao ver o “Tia”, sempre doida.
Estava com preguiça de responder, então apenas abri a outra mensagem.
“Pequena, como foi ontem? Acabei chegando de madrugada também, bati no seu apartamento mas você não atendeu, deduzi que não estava... Você ta viva né? Ai meu Deus , você não se matou não né? Me responde logo! xx Ryan”
Soltei uma gargalhada com a mensagem do Ryan mas logo em seguida senti uma pontada enorme na cabeça, fiz careta, droga, nunca mais bebo. Reli a mensagem soltando um riso baixo, só o Ryan mesmo!
Fui responder, mas pra isso tive que fazer uma nota mental sobre o que tinha acontecido na noite passada, afinal, acho que nunca havia bebido tanto.
Primeiro o meu “vestido vulgar”... Ao pensar isso olhei diretamente para meu corpo notando que só estava de calcinha e sutiã.
- Mas o que eu.. – hesitei um pouco, e como em um “clique” a noite passada passou por meus olhos – MAS QUE PORRA! – gritei pra mim mesma sentindo outra pontada na cabeça – DROGA, EU SOU UMA MULA! – outra pontada, quer saber? Foda-se minha dor de cabeça – Eu só faço merda! Droga, droga, droga. – disse socando o travesseiro ao meu lado.
Levantei rapidamente, em seguida comecei a ficar tonta e minha visão começou a escurecer, encostei na parede esperando aquele maldito mal estar passar. Após alguns segundos abri meus olhos devagar e fui em direção ao apartamento da frente. Não toquei a campainha, abri direto a porta do apartamento de Ryan, vendo que não havia ninguém na sala, fui em direção ao seu quarto. Entrei no cômodo vendo Ryan pegando algo no guarda roupa, a porta do guarda roupa tampava sua visão, por isso ele não havia notado minha presença ainda.
- Ryan, eu só faço merda! – disse com cara de choro e vi Ryan dar um pulinho de susto me olhando. – EU SOU UMA ANTA, QUE SACO! – eu disse chegando mais perto dele que me olhava com cara de assustado.
- , voc... – cortei sua fala.
- EU SOU UMA IDIOTA, EU FUI NO FUNKY BUDDHA ONTEM E ELE TAVA LÁ, E VOCÊ SABE QUE ELE ME TIRA DO SÉRIO, E.;. – disparei a falar tudo muito rápido e enquanto falava vi o olhar de Ryan descer pelo meu corpo, sem me tocar do porquê daquilo.
- CALA A BOCA! – Ryan gritou e eu assustei parando de falar imediatamente – Amor da minha vida, sei que você deve ter feito muita merda ontem pra você estar nesse estado, mas porra , foi tanta merda assim a ponto de esquecer de se vestir? Eu sou homem, tá legal? – ele disse com tom meio brincalhão e só aí eu me lembrei que estava só de calcinha e sutiã, DROGA.
Tentei me tampar rapidamente com a mão mas aquilo não ia adiantar nada.
- Ai desculpa, eu... – sem que eu pudesse terminar a frase, um enjôo enorme me dominou, sai correndo em direção ao banheiroe de Ryan. Sentei no chão de frente pra privada deixando meu estômago soltar tudo que eu havia prendido durante a noite. Ouvi os passo apressados de Ryan vindo atrás de mim, ele segurava meus cabelos enquanto eu vomitava. Depois de alguns minutos, levantei dando descarga, em seguida olhei pra Ryan que me encarava encostado na pia do banheiro.
- Desculpa..; – disse sem jeito já esperando a bronca que teria que ouvir dele.
- Vou buscar uma roupa pra você, toma banho e escova os dentes, ok? – ele disse vindo na minha direção me dando um beijo na testa e em seguida saindo da suíte.
Obedeci Ryan, afinal eu realmente precisava de um banho. Perdi a noção do tempo em baixo do chuveiro, depois que saí, escovei meus dentes e passei um perfume de Ryan, o que eu mais gostava. Abri a porta do banheiro em um meio fio notando que ele havia deixando algumas roupas ali, peguei-as trancando a porta em seguida novamente. Me vesti com as roupa de Ryan, uma camisa cinza de futebol do Chelsea que me dava de pijama e uma cueca preta que era estilo shortinho. Me olhei no espelho vendo que minha cara estava péssima. Maquiagem pra salvar minha vida seria bom agora. Pena que Ryan não era gay... MENTIRA. Graças a Deus porque seria um desperdício jogar aquilo tudo fora. Ainda bem que ele não lê pensamentos.
Saí do quarto indo em direção à cozinha onde pude notar Ryan fazendo algo para comermos. Sorri com aquilo.
- Que menino prendado! – eu disse rindo vendo-o me olhar assustado.
- Quando você vai parar de chegar do além e me assustar? Sabe, isso é chato... – ele disse me olhando sorrindo em seguida.
- Desculpa coração. – disse rindo sentando na cadeira de frente para mesa. Ryan veio trazendo um lanche improvisado para nós, sentando em seguida de frente pra mim. Comemos em silêncio e eu sabia que a hora que Ryan abrisse a boca, seria pra perguntar tudo e dar bronca no final. Ele parecia meu pai às vezes, chegava a ser irritante, mas ele sempre tinha razão.
Ryan havia acabado de comer primeiro que eu como sempre, e ficou me encarando.
- Sou tão linda assim? – disse soltando um sorriso bebericando meu suco.
- Você sabe que vamos ter que conversar sobre isso né? – ele disse me olhando, senti meu estômago embrulhar novamente, mas não, não iria vomitar.
- É, eu sei... – disse por fim comendo meu último pedaço de pão, olhando-o em seguida – Pode começar o questionário! – eu disse por fim soltando um sorriso sem graça.

Capítulo 17

- Você está se sentindo melhor? – Ryan disse me encarando, balancei minha cabeça positivamente. – Me conta o que aconteceu ontem pequena.
Hesitei procurando as palavras certas, pra falar a verdade eu não sabia nem por onde começar a contar tudo que havia acontecido. Preferi começar pelo começo, ou seja, pelo meu vestido nada discreto, em seguida dei continuação, acabando até hoje na hora que havia acordado.

- Eu estou sem palavras pra você . – Ryan disse em um misto de graça com surpresa, por fim ele começou a rir muito.
- Para de rir! – disse irritada dando um tapa em seu ombro, comecei a rir depois ao relembrar de algumas cenas, eu realmente havia me superado.
- Você é uma jumenta! – Ryan disse rindo – Na boa, se superou, meu docinho de côco. – mandei o dedo do meio pra ele rindo junto.
Após mais alguns ataques de risos, Ryan e eu fomos arrumar a cozinha.
- Isso é pra ver se você cria juízo, cabeçuda! – Ryan disse quando terminamos lavar a louça, me dando um peteleco na cabeça. – Mas o que você vai fazer em relação ao ? Porque agora não adianta jogar a culpa pra cima dele , você foi a pervertida da história, e modéstia à parte amor, ele foi muito macho de não ter abusado de você ou algo do tipo. Pelo o que eu conheço do , não sei de onde ele tirou sanidade mental quando você.... Você sabe. – disse me encarando.
- Eu não sei o que vou fazer, aliás, eu não vou fazer nada. – disse pensativa – Não quero ver o nunca mais, ainda mais depois disso, que vergonha, eu fui uma vadia! – disse levando minhas mão à cabeça, e Ryan começou a rir – Para de rir! – disse empurrando-o, soltando um riso no final.
Fui em direção à sala e Ryan foi ao meu alcance.
- Vamos ver filme? – disse animada olhando para ele.
- Que tal assistir alguma série? – Ryan disse já se deitando no sofá.
- Pode ser. – disse olhando para televisão e mudando de canal – AAAAAH! Ta passando American Horror Story! – dei piti, dando alguns pulos, olhei para Ryan vendo-o revirar os olhos.
- Ai , só assisto isso com você com uma condição! – ele disse me olhando sério.
- Qual? – eu disse encarando-o sem entender.
- Nada de ficar dando piti de amores pelo Tate. – ele disse soltando um risada e se levantando em seguida.
- Isso é inevitável, você sabe do meu amor platônico pelo Evan Peters. – disse olhando-o como uma criança feliz, Ryan balançou a cabeça negativamente e saiu andando – Ei, pra onde você vai?
- Vou buscar o colchão de ar, já que eu sei que você vai ficar reclamando o tempo todo de como ta apertado e me empurrando do sofá. – Ryan disse já sumindo da minha visão.
Era verdade, eu sempre ficava reclamando e empurrando Ryan do sofá porque era muito apertado, mas por outro lado, eu amava ficar perto dele e ficar agarrando-o sem precisar dar desculpas por isso. Fiquei sentada no chão olhando pro comercial que passava na TV esperando Ryan.
- Seria bem legal da sua parte me ajudar. – ouvi sua voz e comecei a rir, levantei indo ajudá-lo.
Após colocar o colchão no chão e me jogar nele, virei pro Ryan que estava deitado ao meu lado sussurrando perto do seu ouvido:
- Frangote. – comecei a rir.
- Você que é, jumenta. – ele disse me olhando e sorrindo de lado.
- Você é tão frangote que não aguenta nem com um colchão de ar, Ryan! – disse balançando a cabeça negativamente e rindo – Coitada da sua mulher, viu! – disse para irritá-lo.
- Coitada de você então né, amor? – ele disse chegando mais perto de mim.
- Nem vem Ryan! – eu disse me afastando já sabendo o que estava por vir, em um impulso Ryan veio pra cima de mim começando a me fazer cócegas, e eu a me contorcer de tanto rir.
Após alguns minutos, comecei a ficar sem ar, chutei Ryan sem querer querendo e caí do colchão. Ouvi um gemido dele e quando voltei meu olhar pra ele, estava com as mão na partes íntimas e com cara de dor, fiz careta.
- Se eu não puder ter filhos, você também não vai ter, ouviu? – ele disse me olhando com cara de dor.
Eu queria muito rir, Ryan estava até roxo, coitado, mas não foi minha intenção né? Comecei a rir e Ryan me mandou um olhar mortal.
- Não faz essa cara pra mim Ryan! – eu disse risonha e pulei em cima dele abraçando-o.– Te amo pitchulo! – eu disse, Ryan não aguentou e começou a rir do apelidinho que havia lhe dado.
A série começou, eu nem piscava os olhos só pra não perder um movimento sequer do Tate. Ryan ao meu lado também estava mudo e com o olhar na televisão, não demorou muito para uma cena de suspense começar e eu pular em cima dele agarrando-o.
- Depois eu que sou frangote. – Ryan disse enquanto eu o agarrava.
- Eu sou mulher, eu posso! – disse desviando meu olhar da TV e escondendo meu rosto no vão do pescoço de Ryan, respirei fundo sentindo o aroma do seu perfume, sorri involuntariamente.
- Para de ser feminista! – ele disse risonho abraçando minha cintura.
Deixei o assunto morrer ali, depois de alguns minutos a série acabou e começou a passar algum comercial em que eu não me interessei em prestar a atenção. Continuei da mesma forma. Eu estava quase em cima de Ryan, nossas pernas entrelaçadas, eu amava ficar daquela forma. Mas meu pensamento insistia em relembrar os acontecimentos da noite passada, principalmente da parte em que o havia me beijado. Ryan sabia no que eu estava pensando, afinal, ele sempre consegue me ler, eu não preciso dizer nada para ele me entender, isso era bom, porém irritante quando eu insistia em querer esconder meus sentimentos para ele.
Ouvi a porta do apartamento do Ryan ser aberta, ergui minhas sobrancelhas, mas não me movi pra ver quem era. Senti Ryan virar o pescoço em direção a porta, em seguida ouvi uma voz conhecida entrar por meus ouvidos.
- Eca, vocês parecem um casal apaixonado! – ouvi a voz de e pude ver que ela se aproximava – E Ryan, você não tem medo da Mica entrar aqui e te pegar assim com a ? – ela disse e foi inevitável não sentir raiva daquilo, afinal dane-se a Mica, Ryan sempre fora meu, de uma forma diferente, mas sempre fora.
Ergui minha cabeça olhando-a e suspirando em seguida, olhei para Ryan e estava sério como eu. Me levantei indo para cozinha. Estava tomando água quando e Ryan entraram conversando animadamente, nem parecia que momentos antes estávamos em uma situação desconfortável.
- Ele joga muito mal, sério, como você pode gostar daquilo? – dizia olhando para Ryan.
- Lógico que não, você ta ficando louca ? O Phellipe joga pior! – Ryan disse encarando-a também.
- Posso saber do que vocês estão falando? – eu disse perdida observando a discussão dos dois.
- Futebol. – Ryan disse me olhando de relance e voltando à discussão com , fiz careta, não curto muito futebol, pra falar a verdade até gosto, mas prefiro assistir séries e filmes ao invés disso.
Enquanto os dois discutiam, eu peguei um saco de pipoca colocando no microondas. Deu tempo da pipoca ficar pronta, de eu colocar na travessa e ficar encostada na pia comendo só de camarote ouvindo os dois discutirem. Tava ficando engraçado. Eu comecei a rir sozinha.
- Quer saber, eu desisto de discutir sobre isso, você sabe que meu time é o melhor! – disse Ryan após um tempo dando um sorriso vencedor, em seguida veio na minha direção roubando algumas pipocas.
- Você que não tem mais argumentos. – disse rindo e vindo pegar pipoca também – Falando nisso... – ela me olhou – Como foi a noite ontem, pimpolha? – ela disse socando umas pipocas na boca, vi Ryan me olhar de lado e soltar um sorriso, viado.
- Eca, come certo menina! – eu disse tacando uma pipoca nela – Foi... Interessante. – eu disse pensativa, não tinha outra palavra pra denominar a noite.
me olhou curiosa.
- Por que? O que aconteceu? Que roupa você foi? O tava bonito? Você ficou com ele? - disparou a falar tudo muito rápido, mas pude notar ela falando “”, e ela, claro que percebeu, e começou a ficar nervosa e a disfarçar.
Mandei um olhar mortal, parando de comer em seguida. Eu não acredito que aquela vaca falou pro onde eu ia estar, não acredito!
- ... – disse olhando-a séria.
- Quê? – ela desviava seu olhar do meu – Olha gente, foi muito bom ver vocês hoje, mas eu já to ind... – cortei sua fala.
- Ta indo o caralho, pode me explicar, você falou “”, eu ouvi, você ouviu também, né Ryan? – olhei pro Ryan que agora assistia nossa discussão rindo.
- Eu? ? Que? – se fez de desentendida saindo aos poucos da cozinha.
- VOLTA AQUI! – eu disse indo atrás dela que parou na sala me olhando – Me conta, , você mesma se entregou sua anta, pode falar, você contou pra ele? Eu sabia! Era coincidência demais.
- Eu não contei nada ! Eu não sei do que você ta falando... – ela disse como quem não quer nada e eu a olhei feio, em seguida vi Ryan do lado segurando o pote de pipoca e assistindo a discussão. Aquela cena estava engraçada, eu estaria rindo muito se não estivesse tão irritada.
- Fala logo , eu to mandando, pro seu bem, eu não vou ficar com raiva de você, fala a verdade! – eu disse olhando-a séria , ela não disse nada, apenas me encarava, parecia travar uma briga interna. – RYAN, ME AJUDA! – disse alto, olhando-o.
- Acho melhor você falar a verdade pro dragãozinho aí! – Ryan disse pra olhando pra mim em seguida. Teria rido do apelidinho de Ryan pra mim, mas meu mau humor não permitia.
- Tá bom... Ai , olha, não foi exatamente eu, ta? Foi o . – ela disse hesitando – Nós saímos ontem, a o acabou passando na casa dele antes de ele vir me pegar, eu tinha falado pro que você havia convidado nós pra irmos lá e ele deixou escapar pro ... – ela disse me olhando – Só que o não falou pra ele ir lá porque você iria estar lá, ele apenas disse para ele ir...
- E ele foi. – eu disse completando sua fala, respirei fundo.
- Tá brava comigo? – ela disse com cara de dó.
Respirei fundo revirando os olhos e voltando pra cozinha e os dois vieram atrás.
- Mas... Foi tão ruim assim? – disse me olhando séria, Ryan começou a rir.
- Ruim? Queria que tivesse sido ruim assim pra mim também! – Ryan disse caindo na gargalhada e eu mandei o dedo do meio pra ele, não aguentei dei um sorriso. nos olhava sem entender.
Contei tudo pra , como havia contado ao Ryan. Ryan só sabia ficar comendo pipoca e rindo com a boca cheia, enquanto fazia cara de nojo. Mas até que era engraçado. Após ficar boquiaberta com meus atos insanos da noite passada, fomos ver filme, mas antes do filme acabar ela foi embora pois tinha combinado de ver .
- Eles estão namorando? – Ryan disse depois de um tempo que havia saído.
- Nada oficial, mas acho que isso já é mais que namoro. – disse sem tirar meu olhar da televisão.
Senti o olhar de Ryan em mim, virei minha cabeça olhando-o. Estávamos deitados no colchão de ar.
- Que foi? – disse após olhar para Ryan que abriu um sorriso.
- Nada. – ele disse sorrindo.
Ficamos um tempo nos encarando, eu comecei a reparar em cada traço de Ryan, nos olhos, sobrancelhas, os olhos extremamente bonitos, a boca delineada e o sorriso aberto.
- Por que o ? Tipo, não que ele seja feio, mas por que você o ama tanto? Sabe... Não é ciúmes, é que dói em mim ver você sofrendo assim... – ele disse olhando diretamente nos meus olhos, e eu senti como se aquelas palavras tivessem sido uma facada no peito.
Respirei fundo pensando no que poderia responder.
- Acho que a gente não escolhe por quem se apaixona... – Hesitei – Se eu pudesse, talvez escolheria ele mesmo assim. – eu disse olhando-o nos olhos e sorrindo em seguida – Você é meu amigo, irmão, pai, amor. Eu te amo de uma forma inexplicável, sabe que nosso relacionamento é diferente, não sabe? – disse esperando uma resposta, ele apenas balançou a cabeça positivamente, então continuei – Eu tenho um ciúmes incontrolável de você, você de alguma forma é meu.. – Ryan não esperou eu completar minha fala.
- E você de alguma forma é minha. – ele disse abrindo um sorriso largo e me puxando pela cintura, ficamos mais próximos. – Eu sei , mesmo a gente não tendo contato físico, mesmo sendo só... Isso que somos, mesmo eu estando com a Mica e você com alguém, você é minha e eu sou seu. – ele disse com tanta certeza e isso fez com que eu me convencesse facilmente.
Agarrei a cintura de Ryan, entrelaçando nossas pernas, e dei um beijo leve em seu pescoço, em seguida afundei minha cabeça no mesmo, adormecendo facilmente ali.

Já estava tarde, então eu e Ryan acabamos ficando ali mesmo. Acordei sentindo cheiro de waffles. Abri meus olhos encarando a TV onde passava desenho animado, sorri com isso. Escutei um barulho vindo da cozinha e deduzi que Ryan estava lá fazendo algo para comermos, lembrei que hoje teríamos que ir pra redação, fiz careta afundando minha cabeça no travesseiro.
- Pode acordar belezinha, temos muito trabalho hoje! – ouvi a voz de Ryan, que foi se distanciando de mim rapidamente, deduzi que ele só havia passado por mim na sala e ido para algum outro cômodo.
Levantei minha cabeça do travesseiro me esticando para poder ver se Ryan estava na cozinha, mas sem sucesso. Me dei por vencida me levantando, em seguida indo para o banheiro do quarto de Ryan fazer minha higiene matinal. Entrei no quarto, sem sinal de Ryan, pensei. Fui me aproximando do banheiro e ouvi o barulho do chuveiro, entrei no mesmo sem tocar na porta. Vi a imagem embaçada de Ryan pelo box, ele estava de costas pra mim. Inconscientemente mordi meu lábio, mas logo desviei meu olhar indo em direção à pia, comecei a escovar meus dentes e pude ver pelo espelho que Ryan estava de frente com o Box, e logicamente ele já havia notado minha presença lá.
- Quem deixou? – ouvi Ryan dizer rindo em seguida, cuspi a pasta de dente na pia olhando-o pelo espelho.
- Quem vê pensa que eu nunca te vi pelado! – eu disse revirando os olhos em seguida e rindo.
- Pelado nunca me viu mesmo, amor. – ele disse jogando um pouco de água em mim, fiz careta.
- Lógico que vi! – eu disse convicta. – Teve aquele dia da piscina, o dia em que você ficou bêbado e tirou a roupa na minha frente, e teve a outra vez que você foi trocar de roupa e tirou a toalha pensando que eu não estava vendo, mas eu estava... – terminei de falar pensativa.
Ryan já havia aberto a porta do box e estava todo molhado com apenas a toalha na cintura me encarando.
- Que mentirosa, eu nunca fiquei bêbado na sua frente. – ele disse protestando – E o dia da piscina foi você que entrou do nada lá.
- E aquele dia da festa da Mary, foi eu que fiquei bêbada? – eu disse com ironia – E eu não ia imaginar que você tava pelado. – eu disse como se fosse óbvio, Ryan me mandou um olhar mortal.
- Eu não fiquei bêbado, só alegre. E sim, você tinha que ter imaginado! – ele disse soltando um sorriso de lado em seguida, revirei meus olhos rindo. Ryan abriu os braços pra me abraçar e eu tentei correr mas não deu tempo, ele me abraçou por trás quando estava prestes a abrir a porta, me molhando.

Capítulo 18

Ryan sempre odiou o fato de eu falar que ele já ficou bêbado na minha frente. Pra falar a verdade ele nunca ficou ruim a ponto de não conseguir andar ou coisa do tipo, mas já chegou a ficar alegre. Eu tinha uma leve ideia do porquê dele não admitir isso nunca. Ryan nunca queria dar uma de sem juízo, ele sempre fora O certinho, O paizão, sempre demonstrou ser responsável por tudo, até por aquilo que ele não tinha nada a ver... Até por mim.
Estávamos chegando na frente da redação. Eu estava encapotada pois estava muito frio, mas o sol estava insistindo em sair, uma luz fraca iluminava Londres, porém não estava calor, deveria estar uns 3 graus positivos. Ryan entrou com o carro no estacionamento. Quando estávamos chegando perto da porta de entrada da gloriosa Magazine Twenty-One, avistei um carro parando em frente à mesma, rapidamente senti meu estômago começar a virar e um arrepio me percorrer.
- Acho que você tem visita hoje. – Ryan disse em tom de deboche após ver o carro de parado.
Olhei para Ryan com cara de desespero esperando que ele me ajudasse.
- Nem adianta me olhar assim , se vira! – não deu tempo de eu responder pois por um momento o mundo parou pra mim.
desceu do carro, em seguida apertando o alarme do mesmo, ele parecia ter saído daqueles filmes americanos, onde tudo é perfeito. estava com uma calça jeans preta, uma camisa preta que provavelmente era de manga, não me deixando ver pela camisa de botão azul marinho de mangas ¾, aberta por cima, e como se não bastasse todo aquele charme exalando, havia um óculos de sol preto em seu rosto. Totalmente e literalmente a coisa mais linda que eu já havia visto. Senti que poderia babar a qualquer momento. E sem tirar meus olhos de , falei baixo para Ryan que estava ao meu lado:
- O que ele ta fazendo aqui? Jasmine só entra às nove, não é? – disse mordendo meu lábio inferior e logo em seguida sendo obrigada a tirar meus olhos dele. Olhei para qualquer outro ponto como desculpa fingindo não vê-lo.
- Sim meu amor, mas acho que não é exatamente com a Jasmine que ele quer conversar hoje. – Ryan disse com sarcasmo até que chegamos mais perto de . Merda, merda, merda. estava de frente para Ryan ao meu lado, estávamos todos na frente da Magazine Twenty-One. Fui obrigada a parar também, pois Ryan, com rapidez já sabendo que eu iria fugir, segurou meu braço com força.
- E aí cara! – Ryan disse sorrindo abraçando que o cumprimentou. Minha mão começou a suar, e Ryan provavelmente já havia notado aquilo.
- E aí. – disse abraçando-o de volta, soltando aquele sorriso que eu tanto amava. Desviei meu olhar olhando pro chão, pois saberia que ele iria provavelmente me cumprimentar em seguida.
- Veio fazer o que a essa hora da manhã aqui? Pensei que a Jasmine só entrava às nove. – Ryan disse, claro que ele ia dizer aquilo, ele nunca deixa passar. Pelo menos teve um lado bom, não me cumprimentou. Sentir o perfume dele logo de manhã seria tortura.
- Pois é, vim resolver outro assunto... – ele disse e eu não pude deixar de olhá-lo, após dizer isso ele olhou diretamente pra mim. Ryan já percebendo nossa troca de olhares, apressou sua fala.
- Beleza, preciso ir, sabe, muito trabalho né? – ele disse soltando um sorriso sacana de lado, filha da mãe. – Falou . – ele disse se despedindo, e eu me apressei a fazer o mesmo, porém, sem me despedir.
Quando dei as costas para , senti o mesmo puxar meu braço. Virei com tudo percebendo que estávamos muito próximos um do outro. Engoli em seco. Os olhos de pareciam penetrar em mim.
- Você fica. – ele disse me encarando, não consegui decifrar sua feição. Ele não estava nem sério e nem risonho.
- Não. Eu vou. – eu disse entre os dentes e fazendo impulso pra sair, porém já deveria imaginar que não adiantaria. segurou meu braço com mais força fazendo com que eu mal saísse do lugar. – , me solta. – eu disse séria olhando-o.
- Não. Não vou te soltar até a gente poder conversar. – ele disse agora sério me encarando. Respirei fundo, sem desviar meu olhar do dele.
- Entra comigo. – Após isso, me soltei de indo em direção à porta da redação.
Eu andava na frente e atrás. Por onde a gente passava todos olhavam sem entender. Claro, a burra que foi chutada sendo vista com ele de novo, só podia ser otária mesmo pra cometer o mesmo erro duas vezes. Ok, tenho que parar com isso, afinal, não fui eu quem veio atrás.
Entramos no elevador e algumas pessoas entraram junto, inclusive uma secretária qualquer que eu já havia visto por ali. Ela estava com uma saia curta e um casaquinho vermelho. Sem pensar duas vezes olhei para que estava ao meu lado, pude vê-lo admirar o corpo da mulher, mas assim que percebeu meu olhar para ele desviou disfarçando. Rolei os olhos batendo meu pé impaciente.
Assim que o elevador abriu, fui uma das primeiras a sair. Passei pela mesa de Mary que ficou boquiaberta ao ver com quem eu estava, de longe pude ver Ryan na porta da cozinha tomando café, quando me avistou com quase cuspiu tudo, aquilo me fez rir baixo, afinal, estava realmente assustando a todos.
Fui em direção à sala de reuniões, que era do lado da pequena cozinha que ali tínhamos. Olhei para Ryan que se recompunha.
- Que horas a Sra. Riddely chega hoje? – perguntei acabando de abrir a porta com a chave olhando-o.
- Provavelmente nove. – ele disse me olhando e em seguida olhando pro .
- Ok. – entrei na sala dando espaço pra entrar também. – Ok , você ouviu, minha chefe chega daqui a pouco, então seja rápido. – disse curta e grossa fechando a porta atrás de mim e em seguida tirando meu casaco. Vi me encarar com uma cara engraçada e percorrer com o olhar por todo meu corpo. Revirei os olhos.
- Não tem medo? – ele disse um pouco longe de mim, olhei-o sem entender.
- Por que teria? – perguntei.
- Sei lá, arriscar seu trabalho assim.;. – ele disse chegando perto – Por minha causa. – disse me olhando. Soltei uma risada, mesmo sem achar graça alguma.
- Nunca arriscaria meu trabalho por você. – Mentira, total mentira. Deixaria tudo por ele. Mas ele não precisava saber disso.
- Não foi isso que me pareceu na noite retrasada. – ele disse soltando um sorriso debochado. Engoli em seco, ficando muda. – Que foi? O gato comeu sua língua agora docinho? – ele disse perigosamente perto.
- Cala a boca. – eu disse entre os dentes.
- Isso é seu melhor ? Sério? – ele disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. – Esperava mais de você amor. – ele disse com os lábios quase colados aos meus. Fechei meus olhos por puro instinto.
- Vai se foder... . – eu disse ainda com os olhos fechados sentindo o toque dele em meu rosto. Ouvi soltar uma risada baixa.
- Oh , você estava tão linda, você é linda... – ele disse passando o polegar em forma de carinho na minha bochecha. Mordi o lábio inferior. – Admite, admite pelo menos uma vez na vida que você me quer, que me deseja... – senti os pelos do meu corpo se arrepiarem.
- Cai fora, ! – eu disse empurrando-o e me distanciando dele. Ficamos nos encarando por um tempo – E sobre aquela noite... Você é um idiota aproveitador. – eu disse, mesmo sabendo que era mentira, a única idiota ali era eu.
soltou uma risada de irônica dando alguns passos à frente.
- Eu? Aproveitador? – ele riu – Eu posso ter feito de tudo, mas o que eu menos fiz com você naquela noite foi me aproveitar. – hesitou me encarando nos olhos – Não adianta querer arrumar uma desculpa.
Realmente, não adiantaria nada, mas eu preferia morrer do que admitir meu erro pra ele.
- Eu não preciso de desculpas. – disse encarando-o da mesma forma – Só estou falando a verdade. – soltou mais um riso irônico chegando perto de mim, fui dando alguns passos para trás, tentando me afastar, mas de nada adiantou, logo em seguida bati em algo que deduzi ser a mesa. aproveitou da situação chegando perigosamente perto, novamente. Minha respiração começou a ficar falha quando ele ficou cara a cara comigo.
- Você nunca vai admitir, não é? – hesitou pondo as mãos na mesa uma de cada lado do meu corpo. – Nunca vai admitir que é a errada. – ele disse por fim olhando nos meus olhos.
- Nunca. – sussurrei mais pra mim mesma do que para ele. abriu um sorriso de lado. – E... – eu disse hesitando – Eu não esqueci dos xingamentos, principalmente do bêbada, vadia e piranha. – eu disse por fim querendo sorrir, mas fiz o possível para aquilo parecer mais uma careta do que um sorriso.
abriu um sorriso largo, sem quebrar nosso olhar.
- Que bom que lembra de tudo, deve se lembrar também de quand... – não esperei terminar a fala, depositei meu dedo em seus lábios. Eu não queria saber do que eu havia feito, muito menos admitir o erro. Eu queria esquecer. Eu queria o , pra mim. Queria ele... De corpo e alma.
me olhou surpreso.
- Eu sei o que eu fiz, você não precisa ficar me lembrando. – eu disse, em seguida tirando meu dedo do seus lábios.
- É bom te lembrar... Melhor ainda é te ver irritadinha com isso – ele disse sorrindo, revirei meus olhos.
- Vai embora . – eu disse por fim encarando-o.
- Você acha mesmo que eu vim aqui só pra isso? – disse.
- Acho. – disse como quem não quer nada – Ou vai esperar por sua namoradinha Barbie que aliás, daqui a pouco chega? – disse com indiferença na voz. Pude ver alargar mais o sorriso.
- Está com ciúmes ? – ele disse chegando com o rosto mais perto do meu.
- Nunca. – disse cinicamente – Aliás, acho que sua namoradinha adoraria saber o que você fez no sábado. – disse olhando-o cinicamente, com um sorriso de lado.
- Fique a vontade para em contar, amor. – disse – Eu estou pouco me lixando para o que Jasmine irá pensar.
- Que ótimo namorado é, . – eu disse olhando-o com desgosto.
- Sou bom em tudo, mas ótimo... É só com você, meu amor.– disse dando uma piscadela e soltando seu sorriso cínico, e quando eu menos podia esperar, seus lábios já estavam colados aos meus.
Demorei um certo tempo até abrir passagem para sua língua. Eu não queria me dar por vencida, não merecia. De qualquer forma ele ainda estava namorando. Eu só estava sendo apenas “A outra”. E isso não é nem um pouco legal.
Senti a língua de se entrelaçar na minha, e aquilo parecia o paraíso. envolveu minha cintura e eu não pensei duas vezes em fazer o mesmo com seu pescoço. Não demorou para os dedos de tocarem minha pele quente por debaixo da minha blusa. Puxei seus cabelos sentindo os pelos de sua nuca se arrepiarem, sorri com aquilo. mordeu meu lábio inferior, pude vê-lo abrir os olhos e sorrir, em seguida me beijou novamente. Um calor repentino subiu por entre meu corpo, eu já não tinha consciência de onde estava e nem com quem. me segurou me fazendo sentar na mesa, em um impulso puxei sua camisa jogando-a longe. Comecei a arranhar suas costas, vi de relance fazer uma careta, desci meus beijos por entre seu pescoço, sentindo seu perfume, travava uma guerra com os botões da minha blusa enquanto eu aproveitava para fungar em seu pescoço absorvendo o máximo de perfume possível. percebeu, sorrindo de lado, quando finalmente conseguiu desabotoar minha blusa, ouvimos a porta ser aberta, dei um pulo da mesa e se afastou rapidamente.
- Vocês só podem estar de brincadeira! – Ryan disse nos olhando, suspirei aliviada ao ver que era ele – Transar aqui já é demais né? – ele disse parecendo autoritário mas ao mesmo tempo segurando o riso, rolei os olhos começando a arrumar minha blusa. – Minha tia ta subindo , andem logo vocês dois. – ele disse olhando de mim pro , e assim saiu fechando a porta atrás de si.
Respirei fundo acabando de abotoar minha blusa, olhando em seguida para que estava pegando sua camisa do chão. Após ter pego, chegou perto de mim, ficando frente a frente como antes. Ficamos nos encarando por um tempo, até que eu resolvi me pronunciar.
- Você ta legal? – perguntei olhando-o, ele abriu um sorrisinho de lado me encarando.
- Claro, e você? – ele perguntou desdobrando sua camisa que estava toda amassada.
- To bem.. – ele sorriu, chegou com a cabeça mais perto pra me dar um selinho, mas eu me afastei, ele me olhou confuso. Respirei fundo tomando coragem pra falar. – Olha ... Eu não quero ser “A outra”, então por favor, organiza sua vida, vê o que você realmente quer e depois vem atrás de mim, ok? – hesitei, me encarava sério – Resumindo, ou eu ou a Jasmine. Me procure caso a escolhida tiver sido eu. – disse simplesmente saindo em seguida da sala.
Fui direto para minha mesa, em seguida pude ver a porta do elevador se abrir e a Sra.Riddely entrar, gelei na alma com medo de que saísse da sala naquele momento. Todos que haviam me visto com ele estavam com os olhares curiosos em cima de mim, até mesmo Ryan. Cumprimentei Sra.Riddely, e logo em seguida sentei na minha cadeira, vendo-a entrar em sua sala. E todos voltaram seu olhar pra mim, mas logo a porta se abriu novamente e vi a Barbie entrar pela mesma. E nesse exato momento saiu da sala de reuniões dando de cara com Jasmine no corredor. Isso que era sorte. Repreendi um sorriso.
Eles não estavam tão distantes, por esse motivo minha vista era privilegiada. Ela tentou dar um beijou nele, mas o mesmo virou o rosto. Pelo jeito ela tinha ficado realmente brava com aquele ato, mas o sempre conseguia contornar a situação, e foi exatamente isso que ele fez. Não me pergunte o que ele disse pra ela. Mas logo sua feição mudou. Desviei meu olhar deles quando percebi que estava se despedindo dela para ir embora, porém, sem beijos e abraços.
Olhei para minha mesa lembrando de algumas papeladas que tinha que levar para a Sra.Riddely ver. Me levantei pegando-as, quando estava pronta para sair andando, parou ao meu lado me olhando, e falando rapidamente perto do meu ouvido :
- E você... – disse hesitando – Nunca mais se vista daquela forma. – ele disse sério como da vez que havia me visto no meio da pista de dança – Você é minha , só minha. – E assim saiu andando me deixando lá, totalmente confusa.

As horas passaram rápidas, e as palavras de me torturavam. “Você minha é , só minha”, isso seria uma escolha? A escolhida teria sido eu? O que ele quis dizer?
Deus, estava me deixando louca.
Assim que cumpri todas minhas obrigações na redação, saí de lá indo para casa de . Apenas havia trocado algumas palavras com Ryan. Não havíamos conversado sobre o acontecimento de mais cedo, pra falar a verdade, não estava afim de falar sobre isso com Ryan, pelo menos não por enquanto. Precisava conversar com alguém do sexo feminino, de preferência, minha melhor amiga.

Capítulo 19

Mandei uma mensagem para , avisando que logo mais estaria parando em frente ao hospício onde a mesma trabalha. Ela havia apenas me mandado um “ok” como resposta, e posso dizer que aquilo me preocupou. Não havia motivos para ela estar brava comigo, talvez algo com o trabalho, talvez com os pais, ou com o .... Por mais que eu ache difícil, pois aqueles dois se davam muito bem. Afastei esses pensamentos quando o sinal abriu, pisei fundo no acelerador, chegando o mais rápido que o previsto.
entrou no carro se sentando no carona, em seguida me olhou de relance. - Seu carro agora criou asas e eu não sabia? – ela disse se ajeitando ao meu lado.
Comecei a rir em seguida dei partida com o carro.
- Tá tudo bem? – eu disse olhando-a de lado, suspirou.
- Tudo bem, tirando o fato do meu chefe estar insuportável, por um motivo que eu não sei qual é e .... – olhei-a esperando para que elas terminasse a fala, o que não aconteceu.
- E....? – eu disse incentivando.
- Ai , eu não aguento mais! – ela disse com a cara tristonha. Logo em seguida fui obrigada a parar em um semáforo, olhei-a preocupada.
- Me conte... o que aconteceu? É sua mãe?
- Não. É o . – ela disse mordendo o lábio inferior em preocupação. Nesse momento trilhões de pensamentos me cercavam, e um em especial.
- Ai meu Deus, você ta grávida? – eu disse olhando-a incrédula, em seguida a única coisa que ouvi foi varias buzinas, xingamentos e uma desesperada.
- Vai , anda, sua anta, já abriu o sinal, anda logo! – falava desesperadamente do meu lado enquanto eu rapidamente saía dali.
- Droga! – eu disse enquanto me distanciava o mais rápido possível da onde estávamos.
- E eu não estou grávida. – disse me olhando, olhei-a séria, mas não aguentamos e caímos na gargalhada logo em seguida.
- Você me assustou vaca. – disse já entrando com o carro no estacionamento do prédio. – Mas não seria nada mal ser titia, imagina que lindo! – eu disse sonhadora e revirou os olhos. – Mas então, qual o problema de vocês ? – eu disse esperando ela dar continuidade.
- A gente brigou ontem.... - falava enquanto nós entrávamos no elevador – Vazaram umas fotos e vídeos dele com algumas fãs....
- E como você é hiper ciumenta...... – eu disse completando, enquanto saíamos do elevador , em seguida pronta para abrir a porta.
- Mas não é isso .... A menina agarrou ele pela cintura e no vídeo deu a impressão que ela deu um selinho nele. Eu tenho certeza que foi um selinho, claro que o negou, mas eu tenho certeza que foi. E depois as fotos deles juntos, sei lá.... – dizia enquanto se jogava no meu sofá. Fiz o mesmo só que no outro.
- Você acha que possa ter rolado algo? – disse encarando-a.
- Eu não sei, eu confio demais no ... mas sabe aquela insegurança? Bem lá no fundo? – fiz que “sim” com a cabeça – Então...
- Ai, não sei o que falar... Eu acho que você deveria confiar nele... Sei lá, se ele te traiu, pelo menos quem vai ficar com peso na consciência vai ser ele e não você. E outra coisa, a verdade sempre aparece... cedo ou tarde. – disse por fim olhando-a.
- Você tem razão... conversarei com ele. – disse olhando para um ponto qualquer.
Após um tempo resolvi me pronunciar.
- Vamos comigo no mercado? – disse me espreguiçando.
- Vamos gatinha – disse me olhando.
- Vou tomar banho então – disse me levantando – Ah, sei que não preciso falar já que você faz tudo aqui sem minha permissão – disse olhando-a risonha – Se você quiser, o quarto de hóspedes está disponível – eu disse rindo enquanto revirava os olhos.
- Vai tomar banho! – ela disse tacando uma almofada em mim, saí rindo, indo em direção ao meu quarto.
Deixei a água quente cair sobre minhas costas, me permitindo viajar sobre tudo que havia acontecido. Só aí me toquei de que não havia contado ainda sobre o que acontecera mais cedo para . Fiquei tão intrigada no assunto dela com o de que acabei esquecendo de contar sobre o . Não demorei muito pra sair do banho e logo apareceu no meu campo de visão trocada de roupa e fazendo maquiagem.
- Hm, mas que rápida – eu disse passando por ela no corredor.
- Mais que você, sem duvida né. – ela disse rindo, e eu mandei o dedo em sua direção. Acabamos de nos arrumar e rumamos para o supermercado. Chegamos no estacionamento e aquilo estava uma loucura.
- Odeio vir ao mercado. – eu disse enquanto pesava os tomates.
- Eu gosto... É relaxante. – disse me olhando.
- Relaxante? É puro estresse, olha a movimentação, muita gente, e no caixa então nem se fala! – disse enquanto colocava as coisas no carrinho. Quando virei para pegar algo na geladeira, acabei trombando com alguém. – Ops, desculpa! – disse olhando para pessoa mais alta que eu.
- Imagina! – aqueles par de olhos azuis disse olhando diretamente para mim, senti minha respiração falhar por uns minutos. Ele era o amigo de Ryan, aquele que havíamos encontrado no dia em que fomos ao McDonald’s. Seus cabelos pretos estavam jogados, mas de alguma forma arrumados. Ele era.... lindo. Inconscientemente mordi meu lábio inferior. – Ei, ? – ele disse me encarando e abrindo um sorriso, me surpreendi ao ver que ele sabia meu nome.
- Sim... – disse sorrindo
- Eu li uma matéria sua na Magazine Twenty-One, algo sobre a nova moda. – ele disse me olhando. Na mesma hora me lembrei da matéria, ela havia sido publicada há pouco tempo. Nela eu havia comentado sobre a nova coleção da Dior e outras marcas importantes, onde o tema do desfile seria “A nova moda”. Por um momento passou pela minha cabeça se ele seria gay, porém, eu deveria imaginar que não eram apenas mulheres que liam as minhas matérias.
- Sério? E você gostou? – eu disse risonha, ele fez que sim com a cabeça.
- Você escreve super bem. – ele disse sorrindo.
- Obrigada. – eu disse meio sem jeito, olhei de relance para que estava um pouco atrás de nós e sorria maliciosamente pra mim. – Então... – eu disse voltando meu olhar pra ele.
- Você é mais bonita pessoalmente. – ele disse como quem não quer nada, pegando um Danone na geladeira e pondo no carrinho. Senti minhas bochechas queimarem.
- Er... Obrigada – eu disse rindo – Eu acho que te conheço... – disse olhando-o – Você é amigo do Ryan... Eu acho – disse sem graça.
- Ryan? – ele disse pensativo – Ah, claro, o Ryan sobrinho da Sra. Riddely? – ele disse sorrindo, fiz que sim com a cabeça – A gente se conhece faz tempo... E fazia muito tempo que não via ele, a última vez foi no McDonald’s, e você estava junto, não é? – ele disse sorrindo e foi impossível não sorrir.
- Sim... – disse sorrindo e em seguida ouvi um resmungo vindo de , só aí me lembrei que ela estava me esperando. – Eu preciso ir... Foi um prazer te conhecer... – fiz uma pausa esperando para que ele dissesse seu nome.
- Mike, eu me chamo Mike. – ele disse sorrindo – E foi um prazer te conhecer pessoalmente, . – ele disse dando um piscadela de lado, e senti que poderia agarrar aquele peitoral bem definido dele a qualquer momento. – Me passa seu número pra gente combinar de sair qualquer dia...
- Claro – eu disse em seguida dando meu numero a ele que agradeceu e sumiu por entre os corredores do mercado. Sorri para o nada.
Virei em direção a que me olhava sorrindo, passei reto por ela falando:
- Acho que mercado é muito mais interessante que ficar em casa...
- Como uma simples trombada pode mudar a sua opinião! – ela disse rindo e vindo atrás de mim. – Mas amiga, convenhamos, depois daquilo ali – ela disse apontando para o lugar onde eu estava há poucos minutos – Você não tem moral mais pra reclamar da vida. – ela disse rindo.
- não iria gostar de ouvir isso. – eu disse rindo pegando mais algumas coisas nas prateleiras.
- Ele que me perdoe, mas , que homem é aquele! – ela disse maravilhada e eu caí na gargalhada. – Você vai ligar pra ele né?
- Eu não! – disse convicta – Se ele quiser, ele que me ligue...
- Por que tanta frieza, posso saber? Ele não é o pra você ser orgulhosa assim... – Ela disse me olhando séria, revirei os olhos
- Eu não sou orgulhosa, e dane-se o ... – disse desviando o meu olhar do dela. Eu não sabia mentir nem pra mim mesma, imagina para .
- Pensa que me engana, mas tudo bem... E que eu me lembre, a senhora tinha algo pra me contar sobre ele... – Não havia contado sobre o acontecimento para , não havia dado tempo pra falar sobre isso. Por fim respirei fundo e comecei a contar. Enquanto eu contava, nós íamos pegando as coisas das prateleiras, não demorou muito para irmos para o caixa e logo mais voltar ao meu apartamento.

Os dias passaram rápidos, estava tudo uma correria na redação, gente pra todo lado, preocupados, pois as vendas haviam abaixado e isso é preocupante. A novas revista ia sair e estava um arraso, haviam caprichado.
havia sumido, literalmente. Esse homem queria acabar comigo. Pra falar a verdade, eu havia ouvido alguns comentários sobre a banda, e segundo as “más línguas”, eles estavam ocupados demais com shows, turnê, apresentações em programas e entrevistas. Típico.
Havia acabado de chegar na redação, passei por Mari cumprimentando-a. Senti uns olhares estranhos na minha direção, mas acho que estou com mania de perseguição. Só pode. Olhei para o telefone que piscava loucamente... Mensagem da Sra. Riddely, pra mim ir à sua sala. E foi o que eu fiz.
- Posso entrar? – disse pondo minha cabeça dentro da sala.
- Ah, claro ! – Sra. Riddely disse simpática. Entrei fechando a porta atrás de mim e indo em direção à sua mesa. – Preciso que você faça algumas coisas pra mim. – ela disse dando um sorriso, assenti.
- Pode falar – disse sorrindo de volta.
- Sente-se por favor. – o fiz – Preciso que você participe da sessão de fotos da modelo Bar Refali, pra que você dê um auxilio, e que você escreva uma matéria sobre spikes, já que estão super em alta.
- Sem problemas! – disse sorrindo sincera – E quando é a sessão de fotos?
- Na quarta. – ela disse enquanto olhava para alguns papeis em sua mesa. – E eu também tenho uma ótima notícia! – disse voltando seu olhar pra mim – Os convites para o desfile da Chanel já chegaram. – quando ela disse isso senti meus olhos brilharem.
- Ai, não acredito! – eu disse olhando-a, enquanto ela ria da minha cara.
- Pois é , esse ano vai estar mais perfeito que o ano passado, eles sempre se superam! – disse e eu senti uma alegria e ansiedade imensa me dominar. Porém, isso não significava que eu iria. Eles sempre mandavam no máximo dois convites, ano passado foi a Sra. Riddely e o Ryan. Posso dizer que fiquei feliz por meu amigo ter a oportunidade de ir ao desfile da Gabrielle Bonheur Chanel, mesmo ela não estando lá para poder vangloriá-la. Mas Ryan fez tão pouco caso de ir que fiquei com vontade de bater nele. Porém voltou usando algumas roupas da coleção. Usava Chanel como minha inspiração na moda, como vários outros importantíssimos estilistas, Dior, Balenciaga, Prada, Gucci, Lavin, etc.
- Eu imagino! – disse sorrindo abertamente – Esse ano vai ser onde? Porque que eu me lembre ano passado foi em Milão, certo?
- Correto. Esse ano vai ser na adorável Paris. – ela disse sorrindo.
- Ai meu Deus! Vai estar mais perfeito ainda! – eu disse empolgada.
- Acho que eu nem devo te perguntar se quer ir, não é? – ela disse rindo.
- O QUÊ? AI MEU DEUS, SÉRIO? – eu disse pulando da cadeira e indo abraçá-la – Eu não acredito, ai muito obrigada! – disse apertando-a.
- Sem problemas . –ela disse rindo – Pode ir arrumando as malas, na próxima segunda estaremos aterrissando em Paris.
Saí com um sorriso maior que eu da sala da Sra. Riddely, dando de cara com Ryan no corredor.
- Oi gatinha! – ele disse enquanto passava por ele pra ir para minha mesa, o mesmo veio atrás de mim.
- Oi meu amor! – eu disse sorridente.
- Vixi, pela sua cara imagino que já tenha visto as redes sociais. – ele disse rindo, enquanto eu sentava de frente para o computador.
- O que? – eu disse sem entender olhando-o.
- Ué, coloca em qualquer site de fofoca que você vai ver. – ele disse me encarando. Senti minha barriga gelar. Não demorei para abrir um site qualquer de fofoca. Primeira página:

e Jasmine teriam mesmo terminado o namoro?”

- Ah não! – eu disse incrédula olhando pra Ryan que estava encostado na minha mesa de frente pra mim com um sorriso sapeca. – Só pode estar brincando né? – eu disse sorrindo – Não tem como o dia ficar melhor, só coisa boa acontecendo! - eu disse rindo, Ryan abriu um sorriso doce me observando.
- Se eu fosse você, não cantava vitória antes da hora, . – ouvi uma voz irritante soar pelos meus ouvidos. Era Jasmine. Acabara de passar pelo meu lado indo em direção à sala da Sra. Riddely.
- Como se eu precisasse, querida. – eu disse olhando-a rindo, ela apenas revirou os olhos seguindo em frente. – Vadia. – eu disse baixo para que só Ryan escutasse. Em seguida olhei de volta pro computador e comecei a sorrir dando uns pulinhos. Olhei para Ryan que só ria da situação.
- Você fica linda sorrindo. Eu amo te ver feliz. – ele disse soltando um sorriso de lado. Levantei da cadeira dando a volta na mesa pra ficar de frente com Ryan.
- E eu amo essa sua mania de reparar em cada detalhe meu. – eu disse admirando o rosto de Ryan que me encarava sorrindo.
- Posso saber a outra novidade? Porque pelo jeito que você saiu da sala da minha tia, a coisa deve ser realmente boa! – disse me encarando;
- E é meu amor! – disse rindo – Que venha Mademoseille em mim! – disse sabendo que Ryan iria entender o que quis dizer. Ele abriu a boca e fechou sem saber o que falar.
- Eu não acredito que minha tia fez isso comigo. – ele disse me mandando um olhar mortal. Comecei a rir.
- Pois possa acreditar... E aliás, esse ano é em Paris – eu disse mandando um beijo no ar pra ele.
- Cara, que injustiça! – ele disse fazendo cara feia.
- Eu não sei por quê você ta reclamando. Ano passado você fez tão pouco caso de ir. – eu disse encarando-o.
- Eu fiz porque nem imaginava quantas modelos gostosas tinham lá. – ele disse e eu revirei os olhos rindo.
- Vai se ferrar! – eu disse voltando a sentar na cadeira.
- Por que fui apresentar você pra minha tia? Agora fico pra escanteio em tudo. – ele disse fazendo bico.
- Vai reclamar pra ela meu bem. – eu disse rindo.
- Não. Estou feliz por você pitchula. Sério, você sempre quis isso, parabéns! – ele veio na minha direção me abraçando por trás. Comecei a rir.
- Você é tão bipolar. – eu disse rindo enquanto o abraçava de volta. Não demorou muito para nos distanciarmos.
- Vou pegar um café, você quer? – ele disse me encarando, fiz que não com a cabeça. Ryan saiu andando, indo em direção à cozinha.
- Ah, Ryan! – disse, Ryan parou de andar não tão longe de mim, me encarando e esperando que eu falasse algo – Você é tão doce que eu tenho vontade de te comer. – eu disse rindo sabendo que Ryan iria levar isso por outro lado.
- Isso soou extremamente pornográfico! – ele disse rindo.
- Eu sei. – eu disse rindo mandando uma piscadela. Em seguida voltei aos meus afazeres.

Capítulo 20

Flashback on
Eu estava cansada, mal conseguia respirar. Um calafrio me dominou. Olhei em volta. Só havia mato do lado esquerdo, do direito havia um enorme penhasco que andando mais pra frente, com muita dificuldade por causa da grossas gotas geladas que caíam do céu, era possível ver o mar. Arrepiei com a possibilidade de poder cair daqueles, talvez, dez metros. A água do mar devia estar gelada. O mar estava agressivo. Respirei fundo tentando absorver o máximo de ar possível. Eu estava com frio. Com medo.
Olhei para a frente vendo alguém. Forcei minha vista pra tentar enxergar, porém aquela chuva não ajudava. Pude notar que a pessoa estava de costas pra mim.
- ? É você? – eu disse com um pouco de desespero na voz. – ? – eu disse praticamente gritando.
se virou lentamente na minha direção. Seus cabelos pingavam água, suas roupas ensopadas, não muito diferente de mim. Seus olhos brilhavam entre as grossas gotas de águas. Sua feição era séria e seu maxilar estava travado. Me encolhi involuntariamente, devido à corrente de vento que vinha em nossa direção, pelo frio, e se possível dizer, pelo estados em que nos encontrávamos.
- ? – eu disse sussurrando, mas sabia que ele havia escutado. – O que aconteceu? Por que... Por que estamos aqui? – disse calmamente e extremamente baixo. apenas me encarava. O pavor estava me dominando. Por que não falava nada? O que estávamos fazendo ali? O que tinha acontecido? – Me responde.
- Você não percebe? – disse baixo – Não percebe que isso nunca vai dar certo? – fiquei sem fala por um momento. Do que ele estava falando?
- Do que você está falando? Onde estamos? Por que você me trouxe aqui? – eu disse já sentindo meus olhos encherem de lágrimas.
- A gente. A gente nunca vai dar certo . – ele disse sério me encarando – E não fui eu quem te trouxe aqui. – disse.
- Por que não? – eu disse já sentindo as lágrimas rolarem por meu rosto. A figura de estava embaçada devido às minhas lágrimas e à chuva. – Quem me trouxe aqui? – disse entre os soluços e vi balançando a cabeça negativamente.
- Você não vê? – ele disse hesitando – Sempre vai ter alguém ou algo para nos atrapalhar. – disse em seguida desviou o olhar do meu para um ponto qualquer. – E foi você... – disse voltando seu olhar ao meu – Foi você que veio aqui. Foi sua escolha.
- Minha escolha? Do que você está falando ? – eu disse dando alguns passos em sua direção, mas parei quando notei se afastar um pouco.
- Eu preciso ir . – disse me olhando – Faça o bem. – ele disse em seguida chegando perto do enorme penhasco que ali havia. Quando notei o que ele estava prestes a fazer, um desespero enorme me dominou.
- O que... O que você vai fazer ? – eu disse praticamente gritando, mas não tive tempo de correr até lá.
acabara de se jogar do penhasco. Soltei um grito correndo até lá.
Em seguida só foi possível ver o mar, e a forte chuva. Meu choro era a única coisa que era possível ouvir ali, apesar do barulho bruto da chuva que caía sobre mim.
Flashback off

Sentei rapidamente na cama. Eu estava pingando suor, meu coração estava acelerado e minha respiração cortada. O que foi aquilo? Aquilo havia sido definitivamente um dos meus piores pesadelos. Levantei rapidamente indo em direção ao banheiro. Fui arrancando meu pijama pelo caminho, não estava nem aí para a bagunça, só queria tomar um banho quente e relaxar, mesmo sabendo que seria difícil esquecer aquilo. Deixei com que a água quente caísse sobre meu corpo. As palavras de me torturavam, principalmente a frase:
“Faça o bem.”
O que ele quis dizer com aquilo? O que aquele sonho significava?
Não demorei muito pra sair do banho, coloquei apenas uma calcinha e uma camisa de Ryan que achei jogada em meu guarda roupa. Fui em direção à sala sentando no sofá. Eram 4 da manhã e eu estava me torturando com aquele bendito sonho. Droga!
Olhei para Chanel que estava dormindo ao meu lado no sofá.
- Me passa seu sono, Chanel? – eu disse mais pra mim mesma porque é claro que ela não entenderia.
Olhei em seguida para o telefone em cima da mesinha. Peguei-o, fiquei uns cinco minutos na indecisão sobre ligar ou não ligar. Por fim, me dei por vencida discando aqueles números que eu já havia decorado. Dane-se a hora, dane-se se ele está dormindo.
Tocou umas, duas, três, várias vezes. Quando eu estava preste a desistir ouvi a voz cansada e de sono de .
- Alô? – ele disse e eu senti as borboletas fazerem a festa no meu estômago. Fiquei muda, eu estava em uma briga interna sobre o que falar. – Quem ta falando? – ele disse e pude ouvi-lo respirar fundo. Agradeci mentalmente por nunca ter passado meu número de casa para . – Olha, são quatro da manhã e eu estou com sono, se não for falar nada, irei desligar. - Mordi o lábio, sorrindo de lado. Como era bom ouvir a voz dele. – Ok, tchau. – disse por fim desligando na minha cara. Desliguei o telefone em seguida ficando cerca de quinze minutos olhando-o. Por que eu não tive coragem de falar nada? Respirei fundo deitando no sofá e puxando Chanel pra dormir comigo. O que demorou um certo tempo, mas no fim acabei adormecendo.

Acordei sentido meu corpo doer, talvez por ter dormido mal, talvez por ter dormido no sofá, talvez por ter acordado de hora em hora com medo de que aquele maldito pesadelo fosse verdade. Chanel já estava andando pela cozinha e miando loucamente por comida. Quando eu falo que essa gata é folgada ninguém acredita em mim.
Levantei me espreguiçando lentamente e olhando diretamente para o relógio do lado do telefone. Eram 9 da manhã. Hoje eu tinha uma folga de manhã. Entraria às 13 horas na redação. Respirei fundo ouvindo mais um miado agudo vindo de Chanel.
- Já vou, já vou! – eu disse olhando-a indo em direção à cozinha colocar comida pra mesma.
Após alimentar Chanel e comer uma salada de frutas improvisada, corri tomar um banho e me arrumar. Iria dar uma volta por aí e quem sabe almoçar pelo centro da cidade mesmo.
Acabei parando o carro em um estacionamento no centro, não estava afim de procurar uma vaga, ainda mais em plena Quarta Feira onde Londres estava em uma movimentação só, tirando o tanto de turistas que ocupavam a adorável Oxford Street. Por fim optei por caminhar um pouco. Estava andando sem rumo, quando dei por mim lá estava eu, em frente à Postman's Park. Não sei por que, mas quando meus olhos pararam em todos aqueles azulejos brancos que com certeza marcou a vida de muita gente, um arrepio me dominou.
Postman’s Park fica entre Little Britain e Angel Street. Em 1887, George Frederic Watts, filho de um fabricante de pianos, deu uma ideia para a Times, que seria demonstrar e comemorar o heroísmo de pessoas normais, comuns. Foi uma ideia linda. Sempre que era preciso passar pela London Now, para levar alguma reportagem, ou o que fosse, eu arrumava um jeito de passar por ali. Já que ficava apenas alguns minutos de distância. Porém fazia um bom tempo em que eu não tirava esses minutos para ir lá. De qualquer forma, a carta de Watts não funcionou, ninguém acreditou nele, muito menos deram expectativas ou respostas. Mas ele fez mesmo assim. E agora, a parede inteira do jardim de uma igreja velha no meio de Londres, era repleta de azulejos mostrando o heroísmo de pessoas comuns. Que na minha opinião poderia ser considerada mais famosas que muita gente por aí.
Parei em frente um azulejo lendo em voz alta porém não muito alto.
“Alice Ayers, filha de um pedreiro, que por uma conduta valente salvou três crianças de uma casa em chamas em Union Street, Borough, e perdeu a própria vida.”
Finalizei a leitura respirando fundo. Afinal, ela deu sua própria vida pelas crianças. Ela merecia ser reconhecida por tal ato. Não só ela como todos que estavam ali. Talvez eu não teria coragem... Talvez eu não arriscaria minha vida por isso... Como ela. Talvez eu não sirvo pra ser heroína. Não levo em consideração egoísmo, não é egoísmo. É falta de coragem. Dei mais algumas olhadas nos outros azulejos refletindo. Isso fez com que eu retomasse minha vida inteira, chegando à conclusão que eu nunca fiz nada mais caridoso para alguém do que dar uma simples informação, ou comida, roupas e sapatos. Sempre disse que queria ir em um asilo e em um hospital com crianças com câncer, mas infelizmente, a gente só fala e nunca age...
Após dar mais algumas olhadas nos azulejos, saí andando decidida. A voz de ainda ecoava na minha cabeça. “Faça o bem”, aquilo me deixou atordoada. Eu precisava fazer algo, talvez, apenas deixa uma marca boa aqui na terra.
Peguei o carro e fui em direção ao The Royal Marsden. Sabia que lá havia algumas crianças com câncer, e como dizem, nunca é tarde, ainda mais quando é pra se fazer algo bom.
Parei o carro em frente, saindo logo em seguida. Aquelas paredes brancas chegavam a me doer os olhos de tanta claridade. Cheguei na entrada avistando o balcão, andei até lá, e uma moça loira, com a roupa toda branca na qual, em seu peito esquerdo tinha uma plaquinha escrita “Summer Parkless”, que deduzi ser seu nome, me deu um sorriso simpático, sorri de volta.
- Posso ajudá-la? – ela disse me encarando.
- Eu acho que sim – tentei dar o sorriso mais simpático – Eu sei que aqui tem algumas crianças com câncer, eu queria saber como funciona o horário de visita, adoraria poder visitá-las as vezes. – Terminei de falar e vi a moça sorrir, eu diria um sorriso empolgado.
- Claro – ela disse mexendo em alguns papeis em cima da mesa. – Olha... – disse apontando para algo em um papel esperando que eu olhasse – Os horários disponíveis de segunda à sexta são das 13h ás 18h e aos sábados e domingos normalmente as crianças que são liberadas pelos médicos vão passar o dia com os pais. – Terminou a fala me olhando, concordei com a cabeça.
- Então isso quer dizer que eu não posso vê-los agora? – eu disse mordendo o lábio pensativa. Summer me olhou e em seguida olhou para o relógio em seu pulso.
- De acordo com as normas do hospital não, pois agora é horário de almoço deles, porém, posso te levar pra conhecer o lugar onde eles ficam e como funciona, aí se você quiser, volta mais tarde ou amanhã. – ela disse por fim sorrindo, concordei animada sorrindo de volta.
- Por mim tudo bem, Summer. – eu disse a chamando-a pelo nome – Se é que eu posso te chamar assim... – eu disse risonha e ela riu de volta.
- Sem problemas... – fez uma pausa esperando que eu dissesse meu nome - , meu nome é , mas pode m chamar de .
- , vamos lá? – ela disse dando a volta para sair de trás do balcão.
Assenti e lá fomos nós. Entramos em um corredor que parecia não ter fim. Depois de andarmos um tanto, Summer parou virando para a esquerda e abrindo uma porta branca. Assim que ela abriu, pude ver várias crianças brincando, e várias camas. Cada cama tinha uma plaquinha onde marcava o nome da criança. Tinha crianças de todas as idades. E quando meus olhos pararam naquelas criaturinhas tão imaturas, a maioria pode-se dizer carecas, meu coração deu aperto e uma vontade de chorar me dominou. Era triste. Pra mim que estava vendo e ainda mais para eles que viviam aquele pesadelo. Acho que Summer percebeu meu estado pois me olhou com cara triste e apenas me deu um sorriso, que foi correspondido com dificuldade da minha parte.
- Eu sei... É triste. – Summer hesitou – Mas sabe, o que dá forças para essas crianças são pessoas como você, . – ela disse me olhando em seguida – Eles sentem falta de alguém. Eles são carentes. Eles não querem nem brinquedos, eles só querem alguém pra fazer companhia. Tão simples...
- Eles não mereciam isso. – eu disse segurando o choro e em seguida respirei fundo. Algumas crianças que estavam mais perto de mim me encaravam fascinadas. Eu comecei a encarar o lugar, olhando cada milímetro e mal percebi uma voz fina e feliz falar comigo.
- Tia, quer brincar comigo? Quem é você? – olhei pra baixo vendo uma menininha com poucos cabelos claros segurando duas Barbies nas mãos. Sorri imediatamente agachando e ficando do seu tamanho.
- Eu aceito brincar com você princesa, mas não hoje porque agora vocês vão almoçar, tudo bem? – eu disse com a voz suave vendo a menininha assentir.
- Mas você promete que vai voltar? – ela disse e eu quase pude ver seus olhos implorarem por aquilo.
- Mas é claro! – eu disse sorrindo.
- Ela não vai voltar Beline, eles nunca voltam... Você sabe. – ouvi uma voz masculina falar e virar pra trás automaticamente vendo um menino sentado em um murinho que havia de frente para uma janela enorme. Ele rapidamente tirou seu olhar do meu olhando para fora da janela.
- Por que não voltaria? – eu disse fitando-o. Ele era lindo. Como todas as crianças ali. Mas ele prendeu minha atenção, por algum motivo que eu não sei o qual. Ele tinha os olhos azuis como o céu em um dia de sol, e seus cabelos aos contrário de outras crianças ali, por não estar careca, eram castanhos escuros lisos e nas pontas faziam alguns cachos. Seus lábios estavam avermelhados e seus cílios eram mais longos que o normal.
- Porque essa é a verdade. – ele disse tirando os olhos da janela e voltando-os pra mim. – Todos dizem as mesmas coisas, mas nunca cumprem. Sempre vem ver como é, sentem pena da gente e nunca mais voltam. – terminou de falar em seguida travando o maxilar.
Vi Summer me olhar sem graça, e imaginei que ele fosse assim com todo mundo. Mas aquilo me intrigou.
- Qual o seu nome? – eu disse encarando-o.
- Por que você quer saber? Não vai voltar mesmo. – ele disse soltando um risinho irônico voltando a olhar para janela.
- Andy, por favor não começa... – ouvi Summer dizer olhando-o feio.
- Andy... Então esse é o seu nome? – eu disse me aproximando mais dele – Eu sempre amei esse nome... – Andy apenas me olhou de relance – Quantos anos você tem?
- Catorze. – ele disse tão baixo que eu quase não entendi. Sorri de lado olhando-o.
- , desculpa, mas você precisar ir, já te trouxe aqui, coisa que eu nem podia fazer. – ouvi Summer dizer soltando um sorriso – Se você quiser pode voltar às 13h – ele disse simpática.
- Ok Summer, e já falei que pode me chamar de . – sorri de volta. Voltei meu olhar para Andy que encarava a parte de fora da janela.
- Tchau Andy, foi um prazer te conhecer. – Eu disse fitando-o. Andy não se moveu. Então eu acompanhei Summer até a saída. Ela pediu desculpas por Andy e disse que se eu voltasse amanhã no horário de visita iria me contar mais sobre as crianças e principalmente sobre Andy.
Por incrível que pareça, eu saí de lá me sentindo mais leve. Eu estava feliz. Não que eu tenha feito muita coisa, mas por mais triste que pareça, nada compra o prazer de poder ajudar. Tirando que Andy não saía do meu pensamento. Por que tão rude? Tão amargo?
Eu estava ansiosa para amanhã. Estava ansiosa para saber mais sobre Andy. Entrei no carro olhando no relógio, faltava uma hora para eu ter que ir pra redação, por fim resolvi ligar para Ryan. Tocou duas vezes e logo meu amigo atendeu.
- Fala linda. – ouvi-o dizer do outro lado da linha e sorri involuntariamente.
- Obrigada, sei que sou linda. – eu disse rindo e era como se eu pudesse ver Ryan revirando os olhos do outro lado da linha. – Onde você ta? Vem almoçar comigo?
- Eu to na redação querida, porque eu sou muito trabalhador e minha tia acha que eu não mereço férias e nem folgas. – ele disse rindo.
- Dramático como sempre né?! – eu disse rindo – Mas e aí? Vem ou não vem?
- To indo , te encontro onde?
- Me encontra na Hard Rock daqui a vinte minutos babe! – disse por fim mandando beijos e desligando.

Continua...

Nota da Autora: OLÁAAAAAAAAAAAA MEU AMORESSSSS!!
Cara que saudades imensas disso aqui! , Por favor não me matem pela demora. Espero que tenha valido á pena. Queria dizer que esses dois capítulos não foi tão centrado nos principais porque eu resolvi ressaltar um assunto muito complicado. O câncer como todos viram. Eu tive essa idéia por acaso, após ver verias pessoas com essa doença, eu não tenho nem o que falar sobre isso, existe pessoas na minha família e uma amiga com essa doença e eu posso dizer que não existe nada mais triste do que isso. Acho que ninguém no mundo merece passar por uma coisa dessas ainda mais crianças tão imaturas. Espero que vocês entendam a mensagem que eu quis passar!! Os próximos capítulos vão ser mais centrados nos principais, quis fazer isso com uma forma de conscientização pois afinal, não custa nada pra gente gastar alguns minutos da nossa vida indo visitar crianças e idosos. É triste demais, porém essa é a realidade....
Mudando de assunto, me digam como vocês estão cupcakesss, cara que saudadessssss de vocês. Isso de ficar sem escrever já estava me corroendo. Virou tanto rotina e agora nem tempo mais pra isso eu tenho ): . Enfim, vocês gostaram dos capítulos? Eu fiquei com medo de fazer meio diferente e vocês odiarem. Me falem o que vocês acharam, eu realmente preciso de opiniões. Vão no Twitter, tumblr, facebook, me stalkeam, perguntem, o que for. Estou morrendo de saudades de vocês. Não deixem de falar comigo. Eu prometo que vou fazer o possível para os próximos capítulos saírem logos.
Beijos pitchulas, amo vocês!!

PS : Algumas informações desses dois últimos capítulos foram tirados do livro Charlotte Street, algumas pesquisas ou coisas que eu já sabia.

Twitter : carolisgualbert

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Nota da Beta: Qualquer tipo de erro encontrado nessa atualização, contacte-me por e-mail. Fique por dentro das fanfics que foram enviadas e as que ainda estão pendentes por aqui. Obrigada, espero que gostem da fic. XX